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Nome: Renan Pereira Gomes

RA: 11202130687
Turma: A2 – Noturno

Ficha Técnica:
Nome: O Tempo dos Operários
Autor: Stan Neumann
Episódio: 04

O quarto episódio da série “O tempo dos Operários”, denominado “O tempo da


destruição”, irá tratar de uma classe operária já consolidada, a qual busca, no século
XIX, organizar-se de acordo com suas respectivas ideologias e combater regimes como
fascismo e o nazismo para alcançar uma sociedade livre de qualquer exploração.
O ano de 1932, na Bélgica, foi marcado por uma série de homenagens aos 50 anos da
morte de Karl Marx, pensador alemão do socialismo científico, o qual viria a ser, para
muitos grupos organizados de trabalhadores, a ciência da classe operária. É na década
de 30, também, que gesto do punho fechado apontado para cima irá ganhar força
como símbolo da luta proletária. Essa simbologia ganhará popularidade, inicialmente,
durante a Guerra Civil Espanhola, pela sua utilização por parte da Frente Popular,
movimento de esquerda formado em 1936, a qual lutará contra o fascismo franquista.
Durante o mesmo período, na França, greves são instauradas em mais de 12 mil
empresas por todo o país, reivindicando melhores condições de trabalho. As greves
saem vitoriosas e conquistam direitos como a jornada de trabalho de 48h, férias
remuneradas e convenções coletivas.
As experiências de esquerda que ganhavam espaço na Europa estavam divididas. De
um lado há aqueles que seguem as ideias de Marx, como economia planificada e
centralismo democrático, em busca de atingir o socialismo e, finalmente, o
comunismo. Do outro, se encontravam os anarquistas, seguidores de Mikhail Bakunin,
os quais, ao contrário dos anteriores, que buscavam a conquista do Estado,
inicialmente, por parte da classe trabalhadora, almejavam a destruição desse órgão.
Para os anarquistas, apenas a anarco-sindicalismo da gestão operária poderia trazer
bem-estar para a população. Contudo, diferente do primeiro grupo, esses se utilizavam
de táticas, muitas vezes, mal preparadas e sem estratégia. Roubos e destruição do
patrimônio público configuravam alguma dessas ações. É possível identificar essa
característica nos Pirineus espanhóis, o epicentro do anarquismo. Em 1930, mineiros
da região tentam uma revolução, porém sem nenhuma tática bem construída, apenas
de acordo com a espontaneidade do movimento. O resultado é o fracasso da
insurgência, porém, para eles não se tratava de sair vitorioso ou derrotado. Um dos
grandes objetivos era exercitar essas práticas nos anarquistas para agirem melhor em
outras oportunidades, como uma ginástica revolucionária.
Finalmente, na Espanha, mesmo com ajudar internacional ao lado da Frente Popular, o
franquismo, com financiamento da Itália fascista e da Alemanha nazista, sai vitoriosa
na guerra civil e deixa um rastro de 500 mil mortos no país. No mesmo contexto, em
outras partes da Europa, é possível ver a consolidação de diversas ideologias
autoritárias, pautadas na superioridade racial e na opressão de determinados grupos,
especialmente a classe operária. Na Alemanha, por exemplo, cerca de 7 milhões de
estrangeiros foram levados até o país para exercer um trabalho forçado.

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