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CENTRO UNIVERSITÁRIO NOBRE

GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

Cleide Rosangela Santos Nassif

Daiana Brito

Laise da Silva Magno

Marília Maria Gandra Gusmão

Nicelia Brito da Silva

Rita de Fátima Moraes

Talita Gomes Santos

Thirza Oliveira Silva

Valdeilson Moreira

TRABALHO DISCENTE EFETIVO - NOTA TÉCNICA SOBRE O DOCUMENTÁRIO:

O DESAFIO DA SAÚDE MENTAL PARA PESSOAS PRETAS

FEIRA DE SANTANA-BA

Novembro/2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO NOBRE
BACHARELADO EM PSICOLOGIA

Cleide Rosangela Santos Nassif

Daiana Brito

Laise da Silva Magno

Marília Maria Gandra Gusmão

Nicelia Brito da Silva

Rita de Fátima Moraes

Talita Gomes Santos

Thirza Oliveira Silva

Valdeilson Moreira

TRABALHO DISCENTE EFETIVO - NOTA TÉCNICA SOBRE O DOCUMENTÁRIO:

O DESAFIO DA SAÚDE MENTAL PARA PESSOAS PRETAS

Atividade apresentada ao curso de


Bacharelado e Formação em
Psicologia do Centro Universitário
Nobre de Feira de Santana/Ba, como
requisito avaliativo para a disciplina
Políticas Públicas em Saúde Mental,
orientada pelo docente Wellington R.
Gomes Jr..

FEIRA DE SANTANA-BA/Novembro de 2023.


1. Introdução

A insuficiente implementação de políticas de saúde mental direcionadas à população

negra no Brasil é uma questão crucial que perpetua a hierarquia racial estabelecida pelo

colonialismo (Ignácio; Mattos, 2019). Embora avanços significativos tenham sido feitos, Ignácio

e Mattos (2019) destacam a influência do movimento negro na formulação de políticas de saúde,

a saúde mental continua sendo uma área negligenciada. Esta lacuna levanta sérias questões sobre

a abordagem universal das políticas de saúde no país, visto que a discriminação racial e a

exclusão social estão intrinsecamente ligadas ao sofrimento psíquico da população negra.

Dados alarmantes ilustram a extensão da discriminação nos serviços de saúde. De acordo

com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013, 10,6% dos adultos no Brasil, cerca de 15,5

milhões de pessoas, afirmaram ter sido discriminadas no serviço de saúde por médicos ou outros

profissionais de saúde. Notavelmente, as mulheres (11,6%), pessoas de cor preta (11,9%) e parda

(11,4%), bem como aquelas com níveis de instrução mais baixos (11,8%), destacaram-se como

grupos particularmente vulneráveis a essa discriminação. Os motivos percebidos para essa

discriminação incluem a falta de dinheiro (53,9%) e a classe social (52,5%), destacando a

interseção complexa entre raça, classe e acesso aos cuidados de saúde.

Além disso, a disparidade no acesso aos serviços de saúde é evidente, com 78,8% das

pessoas negras não possuindo plano de saúde. A falta de acesso adequado à saúde aumenta

significativamente a exposição a riscos, especialmente para aqueles com menores rendimentos,

sem acesso à educação e vivendo em condições precárias de moradia. Indicadores de saúde

mental, como taxas de depressão, e comportamentos de risco, como tabagismo, são mais
prevalentes nesse grupo vulnerável, destacando a urgência de adaptações políticas específicas

para atender às suas necessidades.

Esse documentário visa realizar uma análise crítica das políticas públicas de saúde mental

direcionadas à população negra em Feira de Santana, Bahia. O objetivo principal é destacar a

complexidade e urgência desse tema, evidenciando omissões nas políticas atuais e a falta de

consideração às necessidades individuais e comunitárias dessa comunidade na esfera regional e

também sugerir contribuições eficazes e inclusivas.

O vídeo conta com a participação do produtor de eventos culturais, Val, coordenador

geral do Grupo Cultural Moviafro e diretor presidente da Associação Cultural Bloco Afro

Império Africano; Ana Gabriela Barreto é representante Sindical; Bárbara Anunciação é

Comunicóloga e Josenilda dos Santos é mestranda em Educação do Campo. Todos personificam

as deficiências nas políticas existentes, com ênfase na ausência de ações comunitárias por parte

do governo municipal, em contraste com os princípios de integralidade e participação

preconizados pela Lei do SUS n.º8.080, de 19 de setembro de 1990.

A relevância do documentário é ressaltada ao centrar-se nas experiências do ativista, a

sua narrativa destaca a importância de compreender as especificidades culturais e históricas ao

formular políticas públicas, elevando o debate sobre saúde mental para além do indivíduo,

abraçando a coletividade e a preservação da identidade cultural.

Esse documentário não apenas destaca a importância dessas vozes na discussão sobre

saúde mental, mas também ressalta a necessidade urgente de políticas públicas mais inclusivas,

culturalmente sensíveis e eficazes para a população preta.


2. Sobre o Tema: Desafios para as políticas públicas de saúde mental da população

preta

Antes de explorarmos os desafios enfrentados pelas políticas públicas de saúde mental, é

imperativo reconhecer a premissa fundamental de que o racismo contribui para o sofrimento

psíquico. Gostaríamos de enriquecer essa atividade com uma reflexão do pensamento da Dra.

Rachel Gouveia, representada na fala do Daivis Faustino "Racismo, subjetividade e saúde

mental: O pioneirismo negro", publicado no canal do YouTube da Editora Appris, no dia 25 de

março de 2023. O vídeo aqui documentado tem duração aproximadamente de 10 minutos e

aborda os seguintes temas:

● O impacto do racismo na subjetividade e na saúde mental das pessoas negras;

● O pioneirismo dos psicólogos negros na compreensão e no tratamento do racismo;

● As perspectivas para a saúde mental das pessoas negras no Brasil.

A fala de Davis & Faustino (2023) ocorre no minuto 20:16 e se estende até o minuto

23:46. Ele aborda a questão do racismo na reforma psiquiátrica brasileira. O Faustino destaca

que a reforma no Brasil, inspirada na reforma italiana liderada por Franco Basaglia, teve como

ponto de referência o pensamento de Frantz Fanon, uma figura influente na descolonização

africana. Contudo, ele traz o questionamento do livro da Raquel Gouveia a discussão. “Como a

reforma no Brasil, um país que passou a maior parte de sua história sob o jugo da escravidã o,

pode evoluir sem considerar as raízes do racismo?”

Faustino continua “ao nos depararmos com a história dos manicomializados,


que majoritariamente eram pessoas pretas, prostitutas e marginalizadas pela

sociedade…perdemos a oportunidade de colocar o racismo no centro da discussão desde o início

dessa jornada crítica de reforma.”

Essa reflexão é importante para o debate sobre o racismo e a saúde mental no Brasil,

chama a atenção para o fato de que a reforma psiquiátrica brasileira não aprofundou as

desigualdades raciais existentes no país. Isso contribuiu de alguma forma para a perpetuação do

racismo no sistema de saúde mental brasileiro.

Kabengele (2014, apud Santos, 2018) destaca que os efeitos da discriminação racial são

devastadores na estrutura psíquica. Essa constatação, embora cada vez mais reconhecida, ainda

não se traduziu de maneira efetiva nas políticas públicas. Ignácio e Mattos (2019) observam que,

somente em 2014, durante o Grupo de Trabalho Racismo e Saúde Mental, houve um

reconhecimento mais amplo dessa premissa. No entanto, esse reconhecimento ainda não se

converteu em ações concretas que abordem as disparidades étnicas e raciais na saúde mental.

A inclusão tímida da temática racial na Reforma Psiquiátrica, conforme discutido por

Ignácio e Mattos (2019), destaca a resistência em incorporar questões raciais nas políticas de

saúde mental. Mesmo nas conferências nacionais, como a de 2001 e 2010, o tema foi abordado

de maneira insuficiente, evidenciando a necessidade de uma abordagem mais proativa e efetiva.

Maria Lúcia, citada por Ignácio e Mattos (2019), destaca a lacuna na abordagem da saúde

mental, que geralmente se concentra no momento da crise, deixando de lado o sofrimento

psíquico cotidiano da população negra. Essa omissão reflete a falta de estratégias para lidar com

a realidade enfrentada por essa comunidade.

Além dos desafios intrínsecos à abordagem da saúde mental, surge o problema do

racismo institucionalizado. Kalckmann et al. (2007) definem o racismo institucional como


padrões e práticas que perpetuam desigualdades raciais, resultando em um tratamento

diferenciado e injusto.

A reflexão proposta por Moreira, Costa e Santos (2023) destaca que o autoconceito das

pessoas negras pode ser impactado pelo racismo, reforçando a importância de considerar a

multidimensionalidade do ser humano. Essa abordagem não apenas reconhece o sofrimento

psíquico cotidiano, mas também destaca a necessidade de ações preventivas e de

desinstitucionalização do racismo.

Outro desafio crucial é a falta de preparo dos profissionais de saúde mental para lidar

com questões raciais. Gouveia & Zanello (2018, apud Moreira, Costa e Santos, 2023) indicam

que muitos profissionais são incapazes de reconhecer suas próprias atitudes racistas

internalizadas, evidenciando a necessidade de educação contínua e conscientização.

Em resumo, desenvolver políticas públicas eficazes para a saúde mental da população

negra exige o reconhecimento da interseção entre racismo e saúde mental. Isso implica superar

barreiras históricas, institucionais e individuais para criar abordagens inclusivas, preventivas e

culturalmente sensíveis que promovam a equidade racial e a saúde mental para todos.

3. Metodologia

Após a definição do tema “Desafios para as políticas públicas de saúde mental da

população negra", parte da equipe se mobilizou para levantamento de dados teóricos para

embasamento do trabalho, enquanto a outra parte se dedicou a encontrar pessoas relevantes que

pudessem contribuir com entrevistas e, desse modo, construir o documentário, sendo que Thirza

e Nicélia foram responsáveis pela edição do vídeo.


No nosso processo de seleção dos entrevistados, definimos como critério de busca

pessoas que, sendo negras ou estando próximas à população negra, pudessem contribuir com a

visão mais próxima possível da realidade da pessoa preta. Ou seja, ouvir quem de fato vivencia

de forma direta ou indireta os desafios das políticas públicas de saúde mental em Feira de

Santana e região. A equipe entende que esse critério é muito importante, uma vez que políticas

públicas para determinados grupos precisam ser estabelecidas mediante a escuta dos problemas,

das dores enfrentadas por eles. E, quem mais sabe de sua dor senão aqueles que, diariamente,

estão submetidos a elas?

Um dos selecionados para entrevista foi Val Conceição, Coordenador Geral da

Associação Cultural Moviafro de Feira de Santana. Ativista e figura importante para os

movimentos afros na cidade de Feira de Santana, ele vivencia, na própria pele e através da

aproximação com a comunidade, a realidade da pessoa negra.

Criado em 2014, a Associação Cultural Moviafro de Feira de Santana promove a

igualdade e justiça social através da cultura afro-brasileira e da educação antirracista. A

associação representa 26 instituições culturais e religiosas da cidade, as quais trabalham questões

sociais em esporte, educação, segurança e saúde.

A entrevista com Val Conceição foi conduzida por Daiana Brito e Rita de Fátima no local

previamente estabelecido, Mercado de Arte Popular. O local foi escolhido devido seu valor

histórico para Feira de Santana uma vez que se constitui como parte da cultura popular da

cidade. A entrevista foi realizada em um dos restaurantes do mercado, aquele em que o

entrevistado se sentiu o mais confortável possível para o diálogo. Para o trabalho, foram

elaboradas dez perguntas para aplicação durante as entrevistas. Antes da realização das

entrevistas, foi feita uma votação virtual, por meio de enquete, para que os integrantes do grupo
escolhessem quais questões seriam perguntadas, considerando a possibilidade de contribuição ao

tema do trabalho de cada um dos participantes. Para a entrevista com Val Conceição foram

selecionadas cinco perguntas, descritas abaixo:

● Como você avalia a atual situação da saúde mental na comunidade afro da nossa cidade?

● Quais são os principais desafios enfrentados pela população preta em relação à saúde

mental?

● Como podemos envolver a comunidade afro nas decisões e implementação de políticas

de saúde mental locais?

● Quais recursos ou programas você acredita que seriam mais eficazes na promoção da

saúde mental na comunidade afro?

● Como a educação e a conscientização podem desempenhar um papel na melhoria da

saúde mental da população preta em nossa cidade?

Outra pessoa selecionada para realização da entrevista foi Cristiane Oliveira Lopes,

pessoa que trabalha na Secretaria de Saúde de Feira de Santana. Uma das missões da secretaria é

promover a atenção integral por meio de ações que englobam a integralidade dos indivíduos. Por

isso, o grupo entendeu que esta seria uma entrevista relevante que poderia corroborar

positivamente para ampliação do tema do nosso trabalho.

De forma diferente à entrevista anterior, o grupo precisou elaborar um Termo de

Consentimento solicitando autorização do órgão para participação de Cristiane Oliveira Lopes no

documentário. O documento foi enviado, por correio eletrônico, para a Secretaria de Saúde,

destinado à Coordenação da Atenção Básica.


Devido à ausência de resposta da Secretaria de Saúde na autorização da participante na

entrevista, o grupo precisou se reorganizar para encontrar outros (as) participantes que pudessem

ampliar as discussões sobre o tema do trabalho.

Após nova busca, foram selecionadas mulheres pretas de diversas categorias que

pudessem ampliar a visão do documentário contribuindo com suas percepções e vivências.

Foram elas: Ana Gabriela Barreto, representante sindical da categoria de alimentos do estado da

Bahia; Bárbara Anunciação, comunicóloga, mestre em educação e professora da rede estadual e

Josenilda dos Santos, mestranda em educação de campo e integrante do Quilombo Tapera

Melão, no município de Irará, estado da Bahia. As questões foram escolhidas pela equipe, por

meio de votação no grupo do whatsapp, antes da aplicação da entrevista e estão descritas abaixo:

● Como se pensar a luta histórica de pessoas negras em busca de saúde mental numa

sociedade que provoca adoecimento, como por exemplo as angústias e constrangimentos

provocados pelo racismo?

● Os objetivos principais das políticas públicas em saúde mental pra população negra é a

promoção da saúde integral reduzindo as desigualdades étnico raciais, combate o racismo

e a discriminação nas instituições nos serviços do sus. No seu ponto de vista esses

objetivos têm sido alcançados?

As demais questões elaboradas foram desconsideradas do trabalho, não sendo aplicadas

ao documentário por não terem sido selecionadas após votação no grupo. Estão descritas abaixo:

● Em sua opinião, como as experiências históricas e sociais da comunidade afro impactam

a saúde mental hoje?


● Como podemos garantir que as políticas de saúde mental sejam culturalmente sensíveis e

abordem as necessidades específicas da comunidade afro?

● Em sua experiência, quais são os estigmas mais prevalentes associados à saúde mental na

comunidade afro, e como podemos combatê-los?

Após elaboração das entrevistas, os vídeos foram disponibilizados para ajustes e cortes,

por meio do editor de vídeo Canva. Para tornar as falas ainda mais complementares foi acordado

colocar trechos das falas dos entrevistados, recortes de noticiários para embasar ainda mais a

realidade da população preta.

A edição final foi realizada por meio do Canva. Foram totalizados minutos de gravação,

somados todos os vídeos gravados e, após edição, o documentário totalizou minutos. Sintetizar

um assunto tão vasto e denso foi um dos principais desafios da edição, uma vez que não foi

tarefa fácil selecionar os principais pontos dentre tantos levantados durante entrevistas.

O tema do documentário foi escolhido mediante votação virtual com os membros do

grupo, via enquete. Os temas a serem votados estão descritos abaixo. O tema “Desafios para as

políticas públicas de saúde mental da população negra” foi selecionado com 57% dos votos.

● Como pensar saúde mental para pessoas pretas?

● Um recorte da saúde mental de pessoas negras.

● Desafios para as políticas públicas de saúde mental da população negra.

De igual modo, foram selecionadas três músicas para votação, descritas abaixo.

Inicialmente, foi escolhida “Pontos”, de Túlio Borges. Entretanto, após pesquisa, foi identificado

direitos autorais, o que inviabilizou seu uso. Dessa forma, as duas músicas restantes foram

postas, novamente, para votação, vencendo a música instrumental “Djembe Jenny”. Sua escolha
se justifica devido ao toque do tambor estar associado à identificação cultural e se conectar com

a ancestralidade da população negra, integrando-o às suas raízes.

● Pontos - Túlio Borges

● Djembe Jenny

● Restless Natives

4. Considerações Finais

Ao explorarmos os desafios enfrentados pela população preta nas políticas públicas de

saúde mental no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), torna-se evidente a complexidade e

a urgência de abordar questões profundamente enraizadas que perpetuam o racismo estrutural.

Este trabalho, ao analisar a situação em Feira de Santana, Bahia, revela lacunas e obstáculos que

refletem um padrão nacional de negligência às necessidades específicas da comunidade

afrodescendente.

Os dados alarmantes sobre discriminação nos serviços de saúde, destacados pela Pesquisa

Nacional de Saúde de 2013, ilustram a urgência de ações que promovam a equidade racial. A

ausência de acesso adequado à saúde mental, evidenciada pela falta de planos de saúde entre a

população preta, intensifica os riscos à saúde, reforçando a necessidade premente de políticas mais

inclusivas e sensíveis.

A reflexão proporcionada pela Dra. Rachel Gouveia, por meio do pensamento de Daivis

Faustino, sublinha a importância de incorporar a perspectiva racial desde a raiz das políticas de

saúde mental. A reforma psiquiátrica brasileira, inspirada na descolonização africana, negligenciou

a abordagem crítica ao racismo estrutural, perdendo a oportunidade de transformar

significativamente o sistema de saúde mental.


A análise das entrevistas com Val Conceição, representante da Associação Cultural

Moviafro, e Cristiane Oliveira Lopes, da Secretaria de Saúde, ressalta a necessidade de incluir as

vozes da população preta no processo decisório. A falta de representatividade contribui para a

perpetuação de políticas que não atendem às necessidades específicas e que não consideram a

complexidade da experiência afrodescendente.

A ausência de fiscalização eficaz nas políticas públicas de saúde mental, citada pela

sindicante, Ana Gabriela Barreto, agrava ainda mais a situação, permitindo a continuidade de

disparidades e a reprodução de estigmas. Para enfrentar esses desafios, é imperativo um

compromisso mais robusto com a fiscalização e avaliação constante das políticas, garantindo que

sejam eficazes e justas.

Além disso, a abordagem dos fatores sociais, como o impacto do racismo na estrutura

psíquica, precisa ser central na formulação de políticas públicas, comentados por Bárbara

Anunciação, Comunicóloga e Josenilda dos Santos, mestranda em Educação do Campo . A

interseção entre raça, classe e acesso aos cuidados de saúde deve ser considerada de maneira mais

aprofundada, reconhecendo o contexto histórico e social que molda as experiências da população

preta.

A elaboração desse documentário trouxe crescimento pessoal e acadêmico para todo grupo,

que despendeu esforços para que o trabalho apresentasse de fato aquilo que o tema exigia por sua

seriedade e profundidade, tendo cada participante desenvolvendo a parte que foi designado, como

a montagem do vídeo, busca dos entrevistados, encontro para gravação da entrevista,

fundamentação teórica em torno do tema e apresentação em sala de aula.


Referências

Ignácio, M. V. M.; Mattos, R. A. de.(2019). O Grupo de Trabalho Racismo e Saúde Mental do


Ministério da Saúde: a saúde mental da população negra como questão. Saúde Em
Debate, v. 43, n. spe8, p. 66-78. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/0103-11042019S805. Acesso em: 02/11/2023..

Moreira, N. M.; Costa, I. I.; Santos, J. E.(2023). Promoção em Saúde Mental da População
Negra Brasileira, um Levantamento Bibliográfico. Estudos e Pesquisas em Psicologia,
v. 23, n. 2, p. 667-688.

Kalckmann, S. et al..(2007). Racismo institucional: um desafio para a equidade no SUS?.


Saúde e Sociedade, v. 16, n. 2, p. 146–155, maio.

Santos Abrahão de Oliveira. Saúde mental da população negra: uma perspectiva não
institucional. Revista da ABPN, v. 10, n. 24, p.241-259, nov. 2017 – fev. 2018.

Ferreira, J. (2022) MoviAfro fortalece cultura afro-brasileira em Feira de Santana. Ação social,
Cultura e Lazer, Educação, Na Perifa. Disponível em:
https://expresso.estadao.com.br/naperifa/moviafro-promove-cultura-afro-brasileira-na-
periferia-de-feira-de-santana/. Acesso em: 19/11/2023.

Davis, E. C., Passos, R. G., & Faustino, D. (2023). Racismo, subjetividade e saúde mental: O
pioneirismo negro. [Vídeo]. YouTube.
https://www.youtube.com/watch?v=mVyBrFLNxP4

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