Na terceira edição do livro Introdução à Psicologia de Linda L. Davidoff é
possível encontrarmos considerações à respeito do pensamento e da linguagem. O capítulo 6 da citada obra dedica cerca de 30 páginas dessa edição a conceituar, estruturar e exemplicar as concepções já trabalhadas para os termos pensamento e linguagem. O ser humano passa a maior parte do tempo pensando, processando todas as informações que recebe ao longo do dia. Esses pensamentos se transformarão em ações cognitivas. Tais ações estarão interligadas, atuando um esquema de influência mútua. Sobre o que ocupa o centro do pensamento, Davidoff elenca 03 ideias: a imagem, a ação e a representação. Sobre essas ideias traz considerações importantes, a saber: • Embora sejam relevantes, as imagens não são essenciais a todo e qualquer pensamento, uma vez que tendemos a buscar imagens mais adequadas ao pensamento e nem sempre a encontramos. • Para Frank Mcguigan a ação, assim como a imagem, acompanha com grande frequência o pensamento. Através de seus estudos Mcguigan concluiu que as pessoas pensam fazendo uso do corpo inteiro. • A representação ou conceito trato da ideia livre da roupagem das palavras ou das imagens. O pensamento tende a representar com frequência itens que não estão diretamente presentes.
A essa altura do capitulo temos uma interessante nata do revisar técnico,
trazendo a distinção entre conceito e categoria. Conceito refere-se à representação mental de uma categoria, enquanto a categoria abarca os exemplos atendidos por determinado conceito. Dentro de definição de categoria, a autora afirma que os psicólogos creem no uso de dois modelos pelas pessoas - o modelo clássico (baseado nas propriedades comuns dos exemplos) e o modelo protótipo (segundo o qual as pessoas tendem a categorizar as coisas por aproximação ou semelhança diante de um determinado protótipo - um modelo ideal da categoria em questão). Para se conhecer uma categoria e entende-la devemos conhecer as propriedades que lhe são comuns entre a maioria dos seus itens. Os conceitos permitirão ir além da informação fornecida, fazendo com que não necessitemos entrar em contato direto com algo para que possamos ter muito conhecimento sobre ele. Tal capacidade é fundamental para o pensamento. Os cientistas cognitivos chamam de pensamento dirigido a atividade na qual traçamos um objetivo definido e almejamos determina da conclusão. Nesse momento, mantemos o controle sobre o que pensamos e evitamos distrações e vaguidades. O pensamento dirigido envolve dois processos: o raciocínio e a solução de problemas. Entende-se por raciocínio o processo no qual usamos diversas estratégias na busca por uma resposta precisa para determinada questão. O raciocínio irá envolver a recuperação de informações de memória, a comparação com protótipos, a busca por uma verificação através de exemplos e até mesmo a construção de explicações causais. Na sequência temos o processo de solução de problemas que envolve a identificação deste, a sua representação e os obstáculos que a permeiam (dados confusos, informações incompletas, etc) e por fim a solução. Davidoff afirma que além do raciocínio, as pessoas que estão resolvendo problemas frequentemente usam a estratégia do teste de geração, da análise de meios e fins da imaginação. Atendo-se ao aspecto de linguagem, os psicolinguistas manterão a concentração em 03 questões centrais: a aquisição, a compreensão e a produção de linguagem. Davidoff cita Gleitman, ao afirmar que as línguas se estruturam de modo ordenado, significativo, social e criativo. Por ordenação entende-se a observância das regras gramaticais, o caráter prescritivo e normativo - que indicam como devemos falar ou escrever, o caráter descritivo elencará o conjunto de regras e princípios que direcionam as pessoas à criação e compreensão de infinitas construções do seu idioma.