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UNIFTC – CENTRO UNIVERSITÁRIO

Curso – Psicologia 2º Semestre – Noturno


Matéria: Fenômenos - Prof.: Bruno
Trabalho em Grupo VA1
Tema: Inteligência Lógico Matemática

CONCEITO

O renomado Psicólogo Cognitivo e educacional, Howard Gardner,


professor da Universidade Harward, em sua grande contribuição para o avanço
da educação, em 1983 com a teoria das Inteligências Múltiplas. Para Gardner,
a inteligência consiste na habilidade de resolver problemas ou criar produtos
significativos em um ou mais ambientes culturais. Ele concluiu inicialmente, que
existem sete tipos de inteligências, dentre eles a Inteligência Lógico
Matemática.
A inteligência lógico-matemática está relacionada diretamente à
capacidade do ser humano em manipular números e padrões lógicos utilizando
a razão. É a habilidade de analisar as situações de maneira abstrata ou a partir
de conceitos científicos, e tem como principais características, o uso da razão,
pensamento lógico, raciocínio indutivo e dedutivo e a resolução de problemas.
As pessoas que possuem essa inteligência tem maior facilidade em
realizar cálculos, bem como resolver problemas de forma analítica, e. tendem a
ter uma consciência mais ampla, porque lidam constantemente com a
observação, controle e pensamento. Dessa forma, conseguem compreender
melhor os próprios erros, tendo uma conexão pessoal desenvolvida e um
amplo autoconhecimento.
São também características das pessoas com inteligência lógico-
matemática desenvolvida, a habilidade de dominar as noções de quantidade.
Exemplo: pessoas que pegam algo na mão e já dizem mais ou menos quanto
pesa. Podem também ter a capacidade de calcular de cabeça a quilometragem
de um lugar a outro.
O uso de soluções lógica, é a habilidade para encontrar rapidamente
soluções lógicas para problemas ou situações. Consegue rapidamente
visualizar uma solução. Há também a habilidade com números e operações
matemáticas em geral, a exemplo dos vendedores que conseguem calcular
rapidamente quando deu a sua compra sem sequer encostar na calculadora,
sabendo qual o valor total, quanto será o troco sem dificuldade alguma.
Existe também a alta capacidade de raciocínio, que é a capacidade de
raciocinar de forma analítica utilizando a razão como suporte, considerando
hipóteses distintas para o mesmo caso, podendo fazer experimentos e
baseando-se nos resultados, conseguem tirar conclusões. Já a Categorização,
é a habilidade em estabelecer conexões entre diferentes elementos, facilitando
a classificação e organização das informações. A organização das
informações, é a habilidade na organização de suas tarefas, atividades e rotina
a partir de listas e esquemas. Há também a habilidade em jogos que exigem
raciocínio, é a facilidade em jogos como quebra-cabeças, xadrez, e aqueles
que estabelecem desafios mentais. Já o desenvolvimento da metacognição,
refere-se a consciência, sendo habilidoso nas atividades que necessitem
supervisionar, controlar e desenvolver os processos de aprendizagem ou
pensamento e resultados. Possibilita a identificação dos próprios erros sabendo
onde e por que errou, o que impulsiona na busca por desenvolver as
habilidades cognitivas.

FORMAS DE ESTÍMULOS

Os avanços tecnológicos estão cada vez mais rápidos e frequentes e as


pessoas já estão sendo substituídas por inteligências artificiais, por isso é
importante treinar essa habilidade do futuro.
A inteligência lógico-matemática se desenvolve a partir de recursos e tarefas
que estimulam o raciocínio lógico, por exemplo: os jogos, os problemas
matemáticos e as projeções geográficas. Uma grande dica para desenvolver
essa inteligência é praticar e realizar atividades que tenham números ou
apresentem incógnitas para estimular a agilidade e a solução rápida dessas
questões, como:

 Jogo de tabuleiro - Estimular o seu pensamento lógico, por meio das


estratégias e pelo raciocínio;
 A organização e o planejamento - Com a tomada de decisões,
desenvolvem o pensamento lógico-matemático, visto que o intelecto
cria possíveis soluções e meios para a divisão de tarefas, ordenando as
funções, horários e programações de modo que esteja no tempo-limite;
 Calcule - Pequenos cálculos no dia-a-dia podem te ajudar a
desenvolver essa inteligência;
 Seja curioso - Tenha curiosidade pelos acontecimentos diários e por
temas que te interessam. Saia da superficialidade e busque conhecer
todas as informações sobre o assunto;
 Questione - O conhecimento aprofundado possibilita ter base no
assunto e também a resolver possíveis problemas e esclarecer dúvidas.
 Assista filmes - Busque por aqueles que nos fazem pensar. Esses tipos
de histórias levam os espectadores a ter contato com os enredos, que
são densos, e estimulam o pensamento;
 Leia livros - A leitura atua em diversos pontos como concentração,
atenção e memória, e auxilia na construção de um raciocínio dedutivo
por estimular o leitor a tirar conclusões e incentivar a busca por
hipóteses;
 Jogos de cartas – Ter estratégia e calcular probabilidades, e é nesse
momento que acontece o estímulo do pensamento lógico;
 Cubo mágico - concentração, memória e raciocínio.

PROCESSOS BIOLÓGICOS

Ao estudarmos o centro lógico ou do raciocínio lógico-matemático concluímos


que ele possui uma estrutura de anel e como estrutura básica, o grupo binário,
e mantém as leis gerais do nosso Universo. Por outro lado, sabemos que o
nosso cérebro possui outras regiões em que não é utilizado o raciocínio
Lógico/Matemático. O melhor exemplo disto é o sistema límbico, das emoções,
que não se utiliza das regras ditas lógicas, e em muitos casos é incompatível
com elas. Podemos citar outras regiões como o sentido espacial, o centro ético
e moral, a consciência, entre outras. O centro lógico tem a capacidade de gerar
uma estrutura fundamental que é equivalente à estrutura de grupo da
Matemática. Esta região não possui "memórias" é uma estrutura, podemos
dizer que é um centro operacional.

Se analisarmos a anatomia de um neurônio, fica evidente que ela é muito


complexa. Podemos ver as suas macro partes e perceber que essa célula tem
um corpo celular com diversas outras porções: os dendritos, o axônio, os
terminais do axônio e a baía de mielina. Enfim, há vários elementos que fazem
com que um neurônio seja, de fato, um neurônio. Até hoje, ainda não se sabe
muito bem como cada uma dessas células funciona em conjunto.
Sabe-se, porém, que existem vários tipos deles: eles são ligeiramente
diferentes uns dos outros. Além disso, cada neurônio se conecta com muitos
outros (cada um faz, em média, sete mil conexões). Tais conexões são
chamadas sinapses. Podemos imaginar, então, que um neurônio sozinho
esteja se conectando e enviando informações, por meio de impulsos elétricos,
formando sinapses com sete mil outros. Esse neurônio, por sua vez, também
recebeu informações de outros neurônios. Existe, portanto, uma malha muito
complexa de conexões entre os neurônios do cérebro humano (que possui
cerca de oitenta e seis bilhões dessas células).

Inspirada na rede neural biológica, foi criada a rede neuronal artificial, que tem
como base o Neurônio Matemático, que é a cópia do neurônio biológico. Um
neurônio matemático de uma rede neural artificial é um componente que
calcula a soma ponderada de vários inputs, aplica uma função e passa o
resultado adiante. Modelando uma unidade lógica de processamento que
recebesse diferentes sinais em sua entrada; essa unidade iria decidir se
soltaria, na saída, o sinal 1 ou a informação 0 (sistema binário), tendo o
conceito de estar disparado (ativado), ou não estar disparado (desativado).
Esse conceito de modelagem do Perceptron tentava imitar, de certa forma, o
conceito que se tinha até então de neurônio biológico: o neurônio estaria
ativado ou desativado. Ou seja, a célula estaria mandando informação
(impulsos elétricos) para outros neurônios, ou ela não estaria enviando
informação.

Os modelos baseados em redes neurais artificiais são os que mais ganharam


atenção nos últimos anos por conseguirem resolver problemas de IA nos quais
se conseguia pouco avanço com outras técnicas. A partir da concepção do
neurônio matemático, várias arquiteturas e modelos com diferentes
combinações entre esses neurônios, e aplicando diferentes técnicas
matemáticas e estatísticas, surgiram e propiciaram a criação de arquiteturas
avançadas.

TRANSTORNOS ASSOCIADOS

A Discalculia é um transtorno de aprendizagem que geralmente se manifesta


em crianças, pois estão em idade escolar. Os portadores de Discalculia são
incapazes de identificar sinais matemáticos, montar operações, classificar
números, entender princípios de medida, seguir sequências, compreender
conceitos matemáticos, relacionar o valor de moedas entre outros.

Tipos de Discalculia:

 Discalculia verbal: Dificuldade para nomear e compreender quantidades


matemáticas, números, símbolos, que são apresentados à criança
verbalmente.

 Discalculia léxica: Diferente da verbal, a dificuldade é para ler e entender


símbolos, números, expressões e equações matemáticas quando são escritos.

 Discalculia gráfica: Dificuldade para escrever símbolos matemáticos.

 Discalculia ideognóstica: Dificuldade para realizar operações mentais e


entender os conceitos da matemática.

 Discalculia operacional: Dificuldade de usar números e símbolos matemáticos


no processo de cálculo.

 Discalculia practognóstica: Dificuldade de relacionar um conceito matemático


abstrato a um conceito real.

Além da classificação em tipos, é possível classificar a Discalculia em cada


indivíduo como leve, moderada ou grave. Os profissionais fazem esse
diagnóstico de acordo com a intensidade e a facilidade com que têm avanços
após o tratamento.

Causa: Algumas das causas da discalculia correspondem a déficit cognitivo na


representação numérica. Isto é uma disfunção neural que impossibilita a
correta representação mental dos números. Faz a decodificação numérica mais
difícil e afeta a compreensão do significado de tarefas ou problemas de
matemática. Também há o déficit cognitivo que impede a capacidade de
armazenamento de informação no cérebro. As crianças com discalculia
mostram uma disfunção em uma conexão neural específica que as
impossibilita de acessar as informações numéricas. Suas redes de conexão
neural usam rotas alternativas que uma pessoa que não tem o transtorno não
usa. Existem outras possíveis causas relacionadas à dislexia. Algumas
possíveis causas são os transtornos cerebrais neurobiológicos, as
insuficiências de maturação neurológicas, as alterações psicomotoras e incluso
os problemas de memória relacionados ao ambiente, tais como a exposição da
mãe ao álcool, a medicamentos no útero ou os nascimentos prematuros.

Diagnostico: A condição pode começar a aparecer entre 4 e 5 anos de idade,


ainda na educação infantil. No entanto, o diagnóstico costuma ser feito por
volta dos 7 anos, quando a criança é apresentada para mais conceitos, como
operações de soma, subtração, multiplicação e divisão.

Tratamento: O tratamento mais eficaz para a discalculia, é um diagnóstico


precoce. Quanto antes o problema é identificado, antes a criança que sofre
esse transtorno vai aprender a usar as ferramentas necessárias para ajudá-las
a se adaptar aos novos processos de aprendizagem, além de que vão ter
menos probabilidade de sofrer atrasos na área da educação, menos problemas
de autoestima e outros transtornos mais sérios.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com o citado neste estudo, pode-se afirmar que as conexões do


sistema cognitivo possibilitam o desenvolvimento da inteligência lógico-
matemática, as peculiaridades viabilizam o desempenho do raciocínio
lógico, bem como as habilidades em cálculo mental e resolução  de equações
através  do pensamento dedutivo, entre outras aptidões. 

Portanto, chega-se à conclusão que a inteligência é intrínseca às


características de um indivíduo, e como o aprendizado é um processo  mental
que envolve a captação  de informações, e sua passagem pela memória de
curto prazo para a memória  de longo prazo, essa inteligência  pode ser
aguçada através  de exercícios de estímulos cognitivos possibilitando assim
seu aprimoramento. 

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