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Portos e Terminais: do Planejamento à Operação

Book · December 2020

CITATIONS READS

2 3,549

12 authors, including:

Newton Pereira Dierci Silveira


Universidade Federal Fluminense Universidade Federal Fluminense, Brazil Volta Redonda- Rio de Janeiro
102 PUBLICATIONS 263 CITATIONS 9 PUBLICATIONS 5 CITATIONS

SEE PROFILE SEE PROFILE

Antonio Iacono Beatriz López Bermúdez


Universidade Federal Fluminense RAND Corporation
5 PUBLICATIONS 26 CITATIONS 35 PUBLICATIONS 271 CITATIONS

SEE PROFILE SEE PROFILE

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Florianópolis – 2021
Editora CONCEITO ATUAL

Editor Responsável Conselho Editorial


Lourdes Fernandes André Maia
Adriana Mildart
Capa e Diagramação Cesar Luiz Pasold
Paulo H. Benczik João Batista Lazzari
Marcelo Alkmim
Martonio Mon´t A. B. Lima
Michel Mascarenhas
Vicente Barreto

Catalogação na Publicação: Bibliotecária Angela Schmidt CRB-14/1171

P436p

Pereira, Newton Narciso.


Portos e terminais: do planejamento à operação/Newton Narciso Pereira. – 1. ed. –
Florianópolis: Conceito Atual Editora, 2021.
656p.

ISBN 978-65-5812-007-0

1. Portos 2. Direito marítimo 3. Fluvial 4. Terminais I. Título

CDU – 347.79(81)

Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo.


A violação dos direitos autorais é punível como crime, previsto no Código Penal e
na Lei de direitos autorais (Lei nº 9.610, de 19.02.1998).
© Copyright 2021 Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Rua José Honório da Costa, 177 – Térreo


Palhoça/SC – CEP: 88130-420
Editorial: Fone (48) 99611 5911 – editorial1@conceitojur.com.br
www.conceitoatualeditora.com.br
Dedicatória
O organizador dedica este livro a Maria, Ayrton,
Adriana, Ana Carolina e Matheus Henrique Pereira
“Um livro é resultado de um empreendimento
coletivo, do qual seu autor é apenas parte.”
Joseph Miller
Autores

Antonio Iacono
Professor doutor da Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São
Paulo (EEL/USP). Mestre e doutor em Engenharia de Produção pela USP e graduado
em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Itajubá (Unifei). Tem expe-
riência na área de Engenharia de Produção, com ênfase em Planejamento, Projeto e
Controle de Sistemas de Produção. Desenvolve pesquisas na área de inovação tecno-
lógica e processos de produção.

Beatriz López Bermúdez


Doutora em Análise Econômica e Estratégia Empresarial pela Universidade da
Corunha (UDC), Universidade de Santiago de Compostela e Universidade de Vigo
(Espanha). Prêmio extraordinário de doutorado. Licenciada em Administração e Di-
reção de Empresas e em Direito pela Universidade da Corunha. Máster em Geren-
ciamento e Planejamento de Portuária e Intermodalidade transmitida por Porto do
Estado (Espanha).

Carlos Pais Montes


Doutor em Economia pela Universidade da Corunha (UDC), Espanha. Prê-
mio extraordinário de doutorado. Licenciado em Matemática pela Universidade de
Santiago de Compostela, Espanha. Mestre em Logística e Transporte Marítimo pela
UDC. Máster em Gestão e Políticas Públicas pela UDC.

Dierci Marcio Cunha da Silveira


Graduado em Engenharia Mecânica pela Fundação Souza Marques. Mestre
em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Doutor (Ph.D. in Health and Safety Sciences) pela University of Surrey - European
Institute of Health Medical Sciences, Inglaterra/Reino Unido. Pós-doutorado em Meio
Ambiente e Sustentabilidade na University of California (UCLA, Estados Unidos) -
no Institute of the Environment and Sustainability (IoES). Pós-graduado em Engenha-
ria de Saúde Pública e do Meio Ambiente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
- Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) e em Engenharia de Segurança pela Pon-

9
AUTORES

tifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Atualmente é professor-as-


sociado da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Felipe George
MSc. Engenheiro com experiência técnica em planejamento e gestão de em-
presas de navegação e terminais; avaliação e avaliação crítica da integração por-
tuária nas cadeias de suprimentos; economia marítima e logística internacional;
modelagem e simulação de sistemas de transporte intermodais; avaliação de opera-
ções portuárias e terminais; análise de viabilidade econômico- nanceira; projeto de
sistemas oceânicos; Exploração de petróleo e gás; aplicação de Remotely Operated
Vehicle (ROVs) em engenharia de petróleo e mineração; agronegócio; e operações
de logística humanitária.

Fernando González Laxe


Doutor em Economia pela Universidade de Santiago de Compostela, Espanha.
Catedrático de Economia Aplicada na Universidade da Corunha (UDC), Espanha.
Diretor do Instituto de Estudos Marítimos da Universidade. Diretor do Máster de
Administração Marítima e Gestor Portuário durante 10 anos, como codiretor do Más-
ter marítimo em outras universidades latino-americanas. Autor de numerosos artigos
e livros sobre economia marítima e portuária em revistas indexadas nos primeiros
números. Foi presidente do Organismo Público Puertos del Estado. Editor da revista
Atlantic Review of Economics/Revista Atlântica de Economía (www.aroec.org).

Ilton Curty Leal Junior


Graduado em Administração de Empresas. Mestre em Gestão e Estratégia de
Negócios pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Doutor em
Engenharia de Transportes na Coppe/UFRJ. Professor adjunto da Universidade Fe-
deral Fluminense (UFF), com atuação em cursos de graduação e no Programa de
Pós-Graduação em Administração (PPGA/UFF). Já atuou como professor do Pro-
grama de Engenharia de Transportes/Coppe/UFRJ, como diretor executivo da Asso-
ciação Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes e como diretor do Instituto de
Ciências Humanas e Sociais da UFF.

Ingrid Zanella
Vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de Pernambuco (OAB/
PE). Sócia titular do escritório Queiroz Cavalcanti Advocacia. Doutora e mestre em
Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Professora da Faculdade
Damas da Instrução Cristã. Professora adjunta da UFPE. Especialista pelo Law of
Marine Insurance e Liability for Maritime Claims, pela International Maritime Law
Institute (IMLI). Conselheira estadual da OAB/PE. Presidente da Comissão de Direi-
to Marítimo, Portuário e do Petróleo da OAB/PE. Membro da Comissão Nacional de
Direito Marítimo e Portuário do CFOAB. Membro da Associação Brasileira de Di-

10
AUTORES

reito Marítimo (ABDM), Instituto Ibero-Americano de Direito Marítimo, membro


fundador da Wista Brasil.

Léo Tadeu Robles


Graduado em Ciências Econômicas. Mestre e doutor em Administração pela
Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA/USP).
Professor pesquisador associado da Universidade Federal do Maranhão (UFMA),
participando como professor pesquisador do Grupo de Estudos em Logística, Ne-
gócios e Engenharia Portuária (Gelnep). Atuação como coordenador e professor de
cursos de pós-graduação em Comércio Exterior, Logística e Gestão e Engenharia
Portuária. Autor de obras acadêmicas sobre Logística Reversa, Cadeias de Suprimen-
tos, Logística Internacional, Gestão Patrimonial e Logística e Organização e Estru-
tura Portuária.

Marcos Maia Porto


Engenheiro civil. Gerência de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Agência
Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).

María Jesús Freire Seoane


Professora emérita da Universidade da Corunha (UDC), Espanha. Doutora
em Economia pela Universidade de Santiago de Compostela, Espanha. Licenciada
em Ciências Econômicas e Comerciais pela Universidade de Deusto, Espanha. Mes-
tre em Auditoria e Responsabilidade do Ministério da Fazenda. Codiretora da Máster
Gestion y Plani cación Portuaria y Intermodalidad de Puertos del State.

Newton Narciso Pereira


Professor adjunto da Universidade Federal Fluminense (UFF) lotado no De-
partamento de Engenharia de Produção da Escola de Engenharia Industrial Meta-
lúrgica de Volta Redonda (EEIMVR). Coordenador geral do Centro de Estudos para
Sistemas Sustentáveis (CESS/UFF). Engenheiro de Produção pela Universidade de
Guarulhos (UNG), Tecnólogo Fluvial pela Faculdade de Tecnologia de Jaú da Uni-
versidade Estadual Paulista (Unesp). Mestre, doutor e pós-doutor pelo Departamen-
to de Engenharia Naval e Oceânica da Universidade de São Paulo (USP). Coautor
de 10 patentes depositadas e de alguns livros, incluindo Água de Lastro: Gestão e
Controle, publicado pela Editora Blucher em 2018.

Osvaldo Agripino de Castro Junior


Advogado sócio do Agripino & Ferreira AC. Graduado na Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Professor do Mestrado e Doutorado em Ciência
Jurídica na Universidade do Vale do Itajaí (Univali), do Mestrado em Engenharia
de Transportes e Gestão do Território da Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC) e convidado do International Maritime Law Institute (IMO), Malta. Autor

11
AUTORES

e organizador de 27 livros e 141 artigos jurídicos publicados no Brasil e no exterior.


Senior Fellow do Center for Business and Government da Harvard University, Esta-
dos Unidos, onde realizou o seu Pós-Doutoramento em Regulação de Transportes
e Portos Comparada. Em 2013, recebeu a Medalha do Mérito Tamandaré do Co-
mandante da Marinha. O cial de Náutica da Marinha Mercante (Ciaga, Efomm,
1981/83), tendo viajado como piloto de navios mercantes para 27 países, durante
quatro anos, e operado em 65 portos. Autor de uma patente registrada no INPI so-
bre sistema híbrido de produção de energia sustentável (eólica, solar) em terra para
navios atracados (2020).

Renã Margalho Silva


Professor de Direito Marítimo e Legislação do Centro de Instrução Almi-
rante Braz de Aguiar (CIABA). Advogado. Presidente da Comissão de Direito Ma-
rítimo, Portuário e Aduaneiro da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará
(OAB/PA). Coordenador acadêmico e professor do curso de Especialização em
Logística Portuária e Direito Marítimo do Instituto Navigare. Pós-graduado em
Direito Marítimo e Portuário pela Universidade Católica de Santos (UNISAN-
TOS). Mestre e doutorando em Direitos Humanos e Meio Ambiente pela Univer-
sidade Federal do Pará (UFPA).

Vanessa de Almeida Guimarães


Doutora em Engenharia de Transportes (Coppe/UFRJ). Mestre em Adminis-
tração pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e em Engenharia de Transportes
(COPPE/UFRJ). Especialista em Administração Pública pela UFF. Bacharel em Ad-
ministração pela UFF. Atualmente é professora efetiva do Centro Federal de Educa-
ção Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), campus Angra dos Reis/RJ.

12
Depoentes Colaboradores

Antônio Marcelo Barros Ribeiro


Especialista em Gestão Portuária, com experiência na implantação, admi-
nistração e gestão de Terminal Portuário, com ênfase no gerenciamento de Capex,
Opex, implementação de Alfandegamento, ISPS Code e no Controle Back O ce das
operações portuárias com recebimento rodoviário, ferroviário e expedição marítima.

Eduardo Batalha
Engenheiro com 13 anos de experiência em operações e gerenciamento de
projetos, desenvolvido principalmente nos setores portuário e de TIC. Atualmente,
o projeto de doutorado nalizado se concentra em investigar como o conceito de
Desempenho Social Corporativo é incorporado nos portos marítimos.

Guilherme Peixoto
Engenheiro civil com ênfase em transportes pela Faculdade de Engenharia
Industrial (FEI). Mestre em Engenharia Naval e Oceânica em Portos e Terminais.
Diretor regional para América Latina da TBA BV com sede na Holanda. Sócio funda-
dor da Portplan Consultoria, Planejamento e Engenharia Portuária Ltda. – Empresa
brasileira atuante em projetos e estudos associados a terminais portuários.

Gustavo Costa
Engenheiro naval pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
(USP). Ex-diretor da ATM-Aliança Transporte Multimodal. Especialista em negó-
cios logísticos.

Leonardo Dutra
Foi gerente de Planejamento e Controle da Produção (CSN) Mina de Casa de
Pedra/Porto de Itaguaí (RJ). Formado em Ciências Econômicas pela Faculdade Santa
Rita (Fasar). Pós-graduado em Supply Chain Management pelo Instituto de Tecnolo-
gia de Massachusetts (MIT). Gestão Estratégica de Operações e Logística pela UFSJ.

13
DEPOENTES COLABORADORES

Luciana Guerise
Diretora executiva da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP).
Mestre em Gestão de Negócios.

Luiz Abdenur
Mais de 20 anos de carreira centrada nas áreas de Engenharia e Planejamento
Portuário, Otimização de Sistemas Logísticos e Engenharia Naval. Entusiasta pelo se-
tor marítimo e portuário, acumula a entrega de mais de US$ 10B em projetos desen-
volvidos em diversos países. Engenheiro naval pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ). Mestre em Gerenciamento de Transportes pela Chalmers University
of Technology (Suécia), trabalhou a maior parte de sua carreira na Vale, exercendo a
função de líder de Engenharia e Planejamento.

Rogerio Freitas
Inspetor de Embarque e Desembarque de Navios II – Loading Master/Dra
Surveyor no terminal da VALE - Terminal Marítimo Ponta da Madeira. Especialista
em Logística Portuária e Engenharia de Produção.

Walter Pinheiro
Gerente executivo dos portos Vale do Sul, especialista em Gestão de Opera-
ções de unidades de médio e grande porte.

14
Agradecimentos

Em primeiro lugar, a Deus, inteligência suprema, causa primária de todas as


coisas!
Para o desenvolvimento deste livro, gostaria de agradecer a todas as pessoas e
instituições que direta ou indiretamente proporcionaram elementos para a criação
dele. Este livro é fruto da interação do organizador com os autores, bem como com
pro ssionais do setor marítimo portuário que, ao longo do tempo, me ensinaram
na prática o dia a dia dos desa os das operações portuárias. Foram inúmeros portos
públicos e terminais privativos que nos receberam ao longo de 15 anos de trabalho,
para a condução de pesquisas, reuniões de trabalho e troca de experiências. Tivemos
a oportunidade de conhecer muitas pessoas incríveis, que fazem a logística portuária
deste país acontecer. A todos vocês, muito obrigado.
Agradeço aos autores de alguns capítulos deste livro que trouxeram suas con-
tribuições para que este projeto pudesse se concretizar. Quando tive a ideia de reali-
zar esta obra, foi por meio de incentivo de muitos alunos, pesquisadores, pro ssio-
nais do setor, pro ssionais liberais e professores que tinham interesse em conhecer
mais a fundo o funcionamento dos portos e do transporte marítimo. Então, partin-
do do princípio de que um livro é o resultado de um empreendimento coletivo, do
qual seu autor é apenas parte, foi que tive a ideia de convidar meus colegas para par-
ticipar, contribuindo para uma visão mais plural sobre o tema. Falar de portos não
é fácil, uma vez que impossível apenas um indivíduo conhecer tudo! Deste modo,
criamos o ambiente para que as contribuições viessem de pessoas com notório saber
e experiência para partilhar conosco nestas páginas sua visão e experiência nos 16
capítulos deste livro.
Nominalmente agradeço aos colegas que prontamente atenderam ao convite:
Antonio Iacono, Beatriz López Bermúdez, Carlos Pais Montes, Dierci Silveira, Felipe
George, Fernando González Laxe, Ilton Curty Leal Junior, Ingrid Zanella, Léo Tadeu
Robles, Marcos Maia Porto, María Jesús Freire Seoane, Osvaldo Agripino de Castro
Junior, Renã Margalho Silva e Vanessa de Almeida Guimarães, muito obrigado! Sem
vocês este livro não caria completo.
A todos nossos colegas do setor marítimo portuário que também atenderam
ao nosso convite, que deram seus depoimentos aos leitores. Esta também era uma
pergunta recorrente das pessoas que não estão ligadas diretamente à atividade por-

15
AGRADECIMENTOS

tuária, onde eu encontro informações e vivência do pessoal do porto. Foi por isso
que nós convidamos alguns pro ssionais, para deixar sua mensagem para os leitores,
e aos quais agradecemos: Gustavo Costa, Rogerio Freitas, Walter Pinheiro, Luciana
Guerise, Antônio Marcelo Barros Ribeiro, Guilherme Peixoto, Leonardo Dutra, Luiz
Adbenur e Eduardo Batalha. Aos outros colegas que não puderam nos atender, com-
preendemos e agradecemos a atenção dispensada.
Aos colegas que também contribuíram com fotogra as e informações para
ilustrarmos melhor nosso livro, ao comandante Rodrigo Mendes do Amaral e Ama-
rildo da Assunção Gomes de Andrade Júnior pelas fotogra as compartilhadas da
experiência da navegação na hidrovia do Tapajós. Também aos pesquisadores do
Centro de Estudos Para Sistemas Sustentáveis da Universidade Federal Fluminen-
se (CESS/UFF), que contribuíram signi cativamente para o desenvolvimento deste
livro, em especial, a Euler Sanchez Ocampo, Patrick Fernandes Ribeiro da Fonseca,
Marcele e Vitor Hugo.
Aos colegas do Instituto Navigare, pelo belo trabalho que têm feito pelo Brasil
ajudando a difundir a cultura portuária, nas Regiões Norte e Nordeste do Brasil.
À UFF, pelo suporte necessário para que pudéssemos conduzir os trabalhos de
pesquisa, bem como compartilhar nosso conhecimento com inúmeros alunos que
passaram pela disciplina de Logística e Transporte.
Por m, mas nunca por último, agradeço a duas pessoas especiais na minha
vida, Ana e Matheus Henrique. Ana foi a primeira leitora o cial desta obra, revisora
e crítica, sempre com disposição em ajudar a melhorar o texto, a concordância e
o entendimento das frases obscuras ao leitor. Matheus pelo suporte e acreditar no
trabalho do papai, nas horas em que deveria estar brincando com ele, mas que com-
preendeu com muito carinho o chamado para nalizarmos este livro.

Prof. Dr. Newton Narciso Pereira

16
Prefácio

A evolução das atividades econômicas desde a chegada dos portugueses, con-


testados descobridores, mas sem dúvida, os primeiros ocupantes da costa leste da
futura América do Sul, determinou a adaptação constante das soluções de carrega-
mento de mercadorias e trânsito de pessoas via marítima.
A lenta ocupação da costa e o bloqueio colonial no intercâmbio com o Exte-
rior, tornam os primeiros 3 séculos desde a chegada dos colonizadores, um período
de baixo desenvolvimento dos portos dos domínios portugueses, nas capitanias do
Brasil, nas possessões divididas do estado do Maranhão e mais ao sul no estado do
Brasil. Mesmo após a reuni cação em 1774 determinada por Pombal persiste o ma-
rasmo, somente rompido com a abertura dos Portos em 1808.
Pouco a pouco ao longo da costa despontam as soluções de embarque, na ver-
dade trapiches, pontes lançadas em locais abrigados para recepção de alvarengas (no
Sul) ou saveiros (no Norte), cargas transferidas nas costas dos escravos. Passageiros
e visitantes das exposições de produtos embarcados (centros de compras utuantes)
levados por barcos a remo até os navios ancorados ao largo.
De fato, somente no m do século XIX são construídas as primeiras instala-
ções de acostagem de embarcações, Santos 1892, Rio de Janeiro 1910, Salvador 1913
e Recife 1918.
A natureza provê as áreas abrigadas propensas à ancoragem de navios, os Por-
tos e ao homem cabe construir os Terminais de Cargas e Passageiros.
O Porto como denominação geral da área de abrigo e das Cidades a que dão
origem e que os circundam, os Terminais como as instalações onde se processam a
recepção de cargas, armazenamento, carga e descarga de mercadorias e operação dos
navios ali atracados.
Esse é o objetivo do excelente trabalho do professor doutor Newton Narciso
Pereira, coletânea de artigos sobre Portos e Terminais: do Planejamento à Operação.
No Brasil de fato muito pouco de Planejamento e sim de soluções forçadas
induzidas pela evolução rápida das atividades econômicas no nal do Império e ad-
vento da República.
Oscilamos entre os modelos privado e estatal, ao sabor da ideologia predo-
minante, exempli cadas pela demolição do nascente conglomerado comandado por

17
PREFÁCIO

Mauá ao predomínio dos oligarcas do café aliados a interesses ingleses, sucedidos por
empresas estatais no modelo getulista.
O modelo estatal centralizado vige até a debacle nanceira do Estado Brasilei-
ro nos anos 1980 e a promulgação da Lei de Modernização dos Portos 8.630/93. Nela
se abrem as possibilidades de participação privada no investimento e na operação de
terminais portuários dentro do âmbito dos Portos públicos, através de licitação de
arrendamentos.
A operação de terminais privativos para atendimento a instalações privadas
ou de empresas estatais, notadamente Petrobrás e Vale do Rio Doce, determina a au-
torização de novos empreendimentos à movimentação de cargas próprias. Abre-se a
exceção à operação de cargas de terceiros, mas não em volume predominante.
Longa e desgastante batalha se estabelece durante o governo empossado em
2002 de viés estatizante, com o Decreto 6620/08 que restringiria a entrada de inves-
tidores privados em Terminais de Utilização Privada por impedir a prevalência de
cargas de terceiros.
Vencida essa inútil pendência, um retardamento desnecessário à entrada de
investimentos privados na evolução de terminais especializados, restam ainda obs-
táculos a serem vencidos notadamente na centralização de ações no governo federal,
obstaculizando as decisões regionais de investimentos, as administrações das compa-
nhias docas sujeitas a periódicas interferências políticas, a liberação da contratação
da mão de obra portuária e a e ciente administração das vias de acesso marítimo,
controle de acesso e manutenção de profundidade.
Lentamente e forçado pelas pressões das atividades econômicas este país de
múltiplas oportunidades, inúmeras portas de entrada, produção variada e de impor-
tância internacional encontrará seus caminhos e soluções.
Esperemos que não haja mais mudança de orientação geral na política adotada
de atração do capital privado, do investimento em novas instalações e do aumento da
concorrência no setor portuário.
As necessárias ligações terrestres, hidroviárias e de acesso marítimo certamen-
te fazem parte de conjunto de soluções logísticas determinantes à inserção de nitiva
do Brasil no âmbito de comercio internacional e no crescimento e ciente do sistema
produtivo nacional.
A obra do professor Newton Narciso Pereira e seus colaboradores certamente
contribuirá para as decisões a serem tomadas.

Nelson Carlini
Engenheiro Naval

18
Notas do Livro

Em um mundo cada vez mais globalizado, o desenvolvimento do país passa


necessariamente pelo desenvolvimento de sua infraestrutura portuária.
O Brasil caminhou a passos largos nas últimas décadas com a desregulamen-
tação do setor e a participação da iniciativa privada nos complexos portuários, mas
ainda há muito o que ser feito.
Viabilizar o transporte intermodal desburocratizando o processo de transfe-
rência de carga é só um exemplo. A busca por um transporte mais sustentável e com
menor impacto no meio ambiente passa necessariamente pela facilitação do embar-
que. Não pode também ser mais oneroso transportar por navio do que por caminhão
entre duas cidades costeiras separadas por mais de 500 quilômetros.
Embora tenham ocorrido muitos avanços, o sistema portuário brasileiro ainda
é complexo e com diversas variações e atores. Se você quer entender a diferença entre
porto e terminal portuário, o que é governança portuária ou mesmo a importância
de ter iniciativa privada concomitantemente com agências reguladoras fortes, eu re-
comendo fortemente a leitura deste livro.
Conheço e acompanho o trabalho do professor Newton há muitos anos. Ele
combina entusiasmo pelo setor com dedicação e pesquisa de alto nível. A prova disso
é sua capacidade de reunir um time de excelência de autores, alguns meus conheci-
dos desde a época da faculdade, para escrever esta obra.
Espero que vocês tenham uma leitura tão agradável e elucidativa como foi a
minha!

Luis de Mattos
Presidente da Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (Sobena)

19
Notas do Livro

O Brasil é um país de dimensão continental, com 7.367 km de costa. Este fato,


por si só, torna impossível dissociar o seu desenvolvimento econômico-social da sua
estrutura portuária e de transportes aquaviários, cujo potencial é enorme.
Como diretor-presidente de uma entidade que representa os interesses dos
embarcadores usuários de portos, transportes e do sistema logístico, aqueles que fa-
zem os comércios doméstico e internacional, a rmo que ainda somos carentes de
boas obras e estudos que joguem luz positiva e propositiva sobre o setor, ao ponto de
estimular que, cada vez mais, empresas comercializem seus produtos por essas vias,
que são de baixo custo, sustentáveis e de extrema e ciência.
Assim, desejo que essa importantíssima obra cumpra a função de estimular
que mais empresas utilizem nossos portos e o modal aquaviário, pois, quanto maior
o crescimento em escala dessas estruturas, menor o custo logístico e mais barato che-
garão os produtos aos consumidores nais, gerando efeitos positivos em empregos,
renda e arrecadação.

André de Seixas
Diretor-presidente da Logística Brasil

21
Notas do Livro

Muito me orgulhou o convite dos professores Renan Margalho e Newton Nar-


ciso Pereira para que eu elaborasse uma nota do presente trabalho.
A atuação de ambos, agrega os pro ssionais dos Direitos Portuário, Marítimo
e Aduaneiro, de todo o Brasil, criando um ambiente não apenas de rede de relaciona-
mentos, mas, em especial, uma “rede de conhecimento”, tão carente neste segmento
do Comércio Exterior nacional.
A abordagem de ambos, ao longo de suas aulas, vejo re etida nos temas tra-
tados no livro que ora é apresentado à comunidade: “a ciência, o conhecimento, se
aliam à ‘práxis’ do planejamento e da operação de portos e terminais”.
As atividades portuária e marítima (hospedeiras de grande parte da atividade
econômica nacional) têm suas evoluções de maneira histórica; assim, grande parte
dos pro ssionais atuantes construíram suas vidas de maneira ou pragmática (alheios
a uma visão sistêmica das atividades), ou atuando na atividade de planejamento
(afastados dos meandros, das vicissitudes dos tipos de operação portuária).
A lista de temas tratados, por cada um dos seletos autores, sob a organização
do professor Newton Narciso Pereira, assim como o próprio título, “Portos e Termi-
nais - Do Planejamento à Operação”, é mais um “pilar” nesta construção que tem sido
fazer nosso país se entender marítimo para que, talvez, um dia possamos ter a mesma
sensação de Fernando Pessoa, ao acreditar que o Mar era Português, ou termos a
lucidez do general romano Pompeu, ao não temer a tempestade: “Navegar é preciso.
Viver não é preciso”. Tudo isso por estarmos certos da segurança de nossos portos.
Obrigado pela deferência! Parabéns aos autores!
Agora, é degustar o livro!

Antonio Marcos Campos Lima


Engenheiro civil, graduado na Universidade da Amazônia (Unama).
Bacharel em Direito, graduado Unama.
Auditor scal da Receita Federal, com atuação em Comércio Exterior.

23
Apresentação

Este livro é dedicado a estudantes, pro ssionais das mais diversas áreas do co-
nhecimento, curiosos e interessados no setor portuário e marítimo. Nós procuramos
escrever este livro numa linguagem simples e fácil de interpretar, mas sem perder o
caráter técnico-cientí co necessário para explicar um tema desta relevância.
Os portos são os elos entre as cadeias logísticas globais. Porém, poucas pessoas
sabem o que acontece por trás dos muros dos portos e terminais. O Brasil é um país
marítimo e portuário, é uma vocação natural, considerando sua extensão litorânea,
bem como sua distribuição uvial em toda sua extensão.
Porém nós sabemos que esta vocação é desconhecida da maioria dos brasilei-
ros, que não sabem a importância que os portos têm para o comércio global. Não nos
é ensinado nas escolas que nossa vocação é interagir com o mar, nas suas diversas dis-
ciplinas além do lazer, possíveis para o transporte, movimentação de cargas, geração
de renda, pesca e geração de energia. Assim, nós decidimos, então, com um pouco de
ousadia, contribuir para colocar um pouco de luz nesta escuridão no conhecimento.
A maioria das referências bibliográ cas a respeito da temática portuária não
são nacionais. Traduzimos os manuscritos de outras pessoas, de outros países que
têm características diferentes das nossas. Pouca literatura também sobre transporte
uvial, que em nosso país conta com pelo menos mais de 40.000 km de vias navegá-
veis. Entender as nuanças considerando nossa realidade foi o que procuramos apre-
sentar neste livro.
Nós iniciamos esta obra discutindo a questão relativa à caracterização de um
porto e a logística portuária. A própria de nição da “logística” popularizada nem
sempre é aplicada da maneira correta, sendo mais atrelada ao transporte, e não à
grandeza do tema. Ao mesmo tempo, a questão da “logística portuária” mais espe-
ci camente não é amplamente discutida e percebida dentro do seu papel estratégico
nacional e internacional. Outro ponto que procuramos esclarecer é o que devemos
considerar para construir novos portos. Não é incomum identi carmos muitas pes-
soas com certa reputação dizendo que nosso problema logístico é falta de portos e
terminais no país. Ouvindo isso, imaginamos, então, que é só construir mais portos,
mais terminais que resolvemos nosso gargalo logístico. Obviamente que a coisa não
é tão simples assim, e procuramos juntar os elementos para mostrar como devem ser
avaliadas com cuidado.

25
APRESENTAÇÃO

Temos que ter em mente que estamos ligados numa cadeia logística global e
as variantes do mercado internacional, legislações, geopolítica e interesses diversos
podem afetar o mercado e a governança portuária dos diversos países. Compreender
estes movimentos que ocorreram ao longo dos anos permite-nos realizar uma análise
mais profunda sobre a importância estratégica dos portos para as nações.
A questão da governança portuária também vai depender das ações do ator
principal neste contexto que é o transporte marítimo. Este que é responsável pelo
transporte de 80% das cargas globais. A falta de compreensão deste mercado nos leva
a admirar os navios quando estão navegando pelos canais de acesso, ou mesmo pa-
rados na área de fundeio para atracar. Contudo, muitos de nossos compatriotas não
imaginam as variáveis econômicas, comerciais, legislativas e operacionais que regem
o transporte marítimo. As diversas interações entre países, uxos de carga e evolução
do tamanho dos navios, mercados e portos são elementos importantes que compõem
as regras do transporte marítimo nacional e internacional.
Ainda sempre esquecemos que nosso país é repleto de rios navegáveis e que
muita carga tem sido transportada pelas vias navegáveis brasileiras. Este tipo trans-
porte do interior para o litoral é um dos elementos propulsores das atividades eco-
nômicas brasileira, impulsionando principalmente as exportações das nossas ma-
térias-primas. Entretanto, a navegação uvial é muito mais restritiva em relação à
marítima e apresenta características particulares que precisam se tornar percebidas
pela sociedade. Isso envolve infraestrutura, obras, projetos especializados, frotas de
embarcações características para a navegação em rios. Os próprios terminais por-
tuários uviais apresentam características diferenciadas em relação aos marítimos,
uma vez que estão sujeitos à variação de níveis d’água, precipitações e dependem da
variação do clima. Em termos de operações do setor portuário uvial, também são
sistemas mais sucintos e de menor capacidade com relação ao marítimo, mas que
precisam ser e cientes e compatíveis com as demandas operacionais necessárias. O
setor uvial que se desenvolve de vento em popa no Brasil, mas ainda é desconhecido
da maioria dos brasileiros que vivem longe das águas dos rios amazônicos.
Para preparar estas infraestruturas marítimas e uviais são necessárias obras e
recursos para sua implementação e manutenção. Uma série de serviços assessórios é
necessária para que sejam realizadas. Variáveis ambientais diversas precisam ser mo-
nitoradas e acompanhadas para implementação de infraestruturas e superestruturas
e cientes para que os navios possam operar na costa e nos rios nacionais. Entender
as variáveis e como as obras são realizadas elucida e aproxima a comunidade do setor
portuário mostrando por que é necessário realizar os investimentos e intervenções
na natureza para propiciar o transporte marítimo uvial.
Uma vez que a infraestrutura está pronta, chegam os navios e as embarcações
para operarem nos portos. Seus equipamentos instalados são utilizados para opera-
ções de carga e descarga do navio; além dos recursos parceiros que são empregados
para conduzir os navios aos berços de atracação, os veículos terrestres que chegam

26
APRESENTAÇÃO

para trazer e buscar cargas nos portos, a interface entre terra e navio acontece no
porto e nos terminais especializados. As inúmeras características de cargas e navios
que precisam conviver e ser movimentadas, bem como sua produtividade, precisam
garantir que o uxo das produções nacionais e estrangeiras seja atendido nos prazos
contratados. É nesta indústria complexa que deverá existir o controle das movimen-
tações, das questões de segurança e riscos da operação. Um porto ou terminal pre-
cisa ser produtivo, precisa atender sua demanda comprometida e, para isso, existe
uma série de requisitos que devem ser implementados para o monitoramento das
operações, como acontece em qualquer empresa organizada, que utiliza seus indica-
dores de performance para sua avaliação operacional. Adicionalmente, a operação
portuária ainda necessita interagir com inúmeros órgãos intervenientes que podem
in uenciar nas atividades, e isso é importante ser conhecido.
Por outro lado, tudo isso ainda precisa garantir que a atividade portuária seja
regulada e que seja defendida a concorrência entre os entes. Conforme já falamos, os
interessados no âmbito portuário são diversos, e a legislação nacional e as agências
reguladoras têm um papel importante na garantia do cumprimento das regras e pro-
posições políticas para a garantia da competividade e dos interesses da sociedade.
Como todo e qualquer setor que apresenta risco ao meio ambiente e precisa ser
controlado, o portuário não é diferente. A atividade portuária é potencialmente po-
luidora, devido às características das cargas movimentadas, dos veículos empregados
para o transporte, ao volume de carga movimentada de uma única vez, que precisam
desenvolver uma série de atividades e medidas mitigadoras. Portanto, é necessário
garantir a preservação do meio ambiente marinho e terrestre, devido à interferência
com a atividade portuária. Para garantir uma operação segura do ponto de vista am-
biental, deve-se considerar as melhores práticas já preconizadas mundialmente e ter
medidas implementadas de gestão ambiental.
Isso porque o setor portuário está passando por uma transformação rigorosa
nos últimos anos, mudando as características poluidoras para se tornarem portos
mais sustentáveis, “green ports”. Para isso, é necessário implementar, além das ações
ambientais, as ações sociais que vão conduzir a uma melhoria do resultado econô-
mico, conforme preconiza o princípio da sustentabilidade. Para o desenvolvimento
sustentável dos portos é imprescindível que exista a avaliação do desempenho sus-
tentável, no que tange aos diversos atores e elementos envolvidos na atividade que
precisam ser controlados e monitorados. A missão para atingir o desempenho sus-
tentável exige uma mudança de paradigmas dos atores envolvidos, seguindo passos
e procedimentos que irão conduzir a ação sustentável, que podem ser traduzidos em
indicadores de sustentabilidade portuária.
Considerando a característica do nosso país, com dimensões continentais,
existem nuanças especí cas de cada região que precisam ser consideradas no pro-
cesso de desenvolvimento portuário. Partindo deste princípio, é importante entender
que as vocações portuárias de cada região precisam ser consideradas nos projetos, em

27
APRESENTAÇÃO

função da sensibilidade do ambiente, características regionais, comunidades tradi-


cionais e eventuais impactos que as infraestruturas e explorações locais podem trazer.
O desa o nacional é grande devido à sua distribuição geográ ca, impactada pelos
níveis de interiorização e investimentos de desenvolvimento sustentável que tem sido
implementado ao longo dos anos, principalmente do século passado para o presente.
Neste cenário de mudanças globais, em termos da percepção do papel dos portos
numa cadeia mais sustentável, não podemos perder de vista que as mudanças climáticas
já trazem efeitos perceptíveis que impactam a atividade portuária em várias partes do
mundo e no Brasil. O clima está mudando, isso é um fato, e essas mudanças podem afe-
tar os terminais portuários existentes e novos projetos a serem implementados no país.
Compreender os impactos oriundos dessas mudanças climáticas, bem como identi car
as vulnerabilidades na zona portuária e ao longo da cadeia logística de atendimento ao
porto, é um papel fundamental para os tomadores de decisões, gestores portuários e
governos, para garantir a capacidade de adaptabilidade destas infraestruturas.
Isso tudo vai ter uma relação direta entre os problemas perceptíveis pela socie-
dade causados pelos portos e sua relação com seus vizinhos. O con ito porto-cidade
nos últimos anos tem chamado a atenção de diversos pesquisadores e governos, uma
vez que o porto indutor de riquezas passou a ser visto pela sociedade, em algumas
localidades, como um vilão para a sua qualidade de vida. A falta de entendimento
entre cidades versus portos pode gerar problemas para ambos os lados. Os portos
têm um papel importante na cadeia logística, na geração de empregos e sobre os im-
pactos positivos e negativos que geram para a sociedade. Considerando estes fatos,
a convivência entre os portos e as cidades é inevitável e não existe outro caminho. A
pergunta fundamental a que precisamos responder é: quem veio primeiro, o porto
ou cidade? Respondida a difícil pergunta, nos resta então trabalhar para que a con-
vivência ocorra da melhor maneira possível, é necessário avançar nas ações de sus-
tentabilidade e mitigação dos impactos ambientais e sociais diversos, para contribuir
para uma melhor percepção da sociedade sobre os portos, reduzindo os muros entre
a cidade e os portos.
Mitigar os con itos e criar um ambiente propício ao desenvolvimento susten-
tável portuário deverá estar na agenda de inteligência e gestão portuária. Isso deman-
da investimentos em inovação, entendendo seu papel estratégico para o desenvolvi-
mento local, regional e nacional, com investimentos em capacitação e treinamento da
equipe para atingir os objetivos proposto pela administração. Por m, na agenda da
inteligência portuária deveria constar a palavra comunicação, ou seja, como os por-
tos estão se comunicando com as comunidades e com a sociedade, para mostrar os
resultados das suas ações e o que isso tem trazido de benefícios diretos e indiretos.
Embora o setor marítimo e portuário apresente certo grau de conservadoris-
mo, é inevitável para sua manutenção e competividade o investimento em inovação.
As nações líderes são aquelas que investem uma parcela razoável do seu Produto
Interno Bruto (PIB) em inovação. Isso garante desenvolver novos produtos e capturar

28
APRESENTAÇÃO

novos mercados. A inovação tecnológica é o trunfo do mercado, que também é utili-


zado no setor portuário. A tendência dos portos brasileiros é aumentar sua competi-
ção intraportos, serão mais bem-sucedidos aqueles que melhor investirem em inova-
ção tecnológica e inteligência corporativa. Investimentos em colaboração inter rmas,
bem como inovações sustentáveis, poderão gerar diferenciação entre os portos para
atingirem novos mercados mais exigentes do ponto de vista ambiental e sustentável.
Considerando o nível de desenvolvimento tecnológico e inovações, a questão
volta para imaginarmos quais serão os requisitos para os portos do futuro. O modelo
que conhecemos de operação hoje serão os mesmos? O que mudará? São muitas
dúvidas ainda que permeiam o ambiente portuário, pois alguns indicativos mostram
que deverão, no curto prazo, existir tecnologias que poderão reduzir mais ainda a
interação humana nas operações dos portos e terminais. A expansão da internet das
coisas (IoT), digitalização, automação, prototipação (impressão 3D), comunicação
em nuvem e inteligência arti cial deverão substituir o ser humano em uma série de
atividades, principalmente as repetitivas. No ambiente portuário não será diferente,
mas também poderá gerar novas oportunidades para pro ssionais mais capacitados.
O futuro deverá exigir uma série de investimentos nos terminais portuários atuais
para mudança do patamar de porto 2.0/3.0 para 4.0. Para isso, muitas barreiras ainda
precisam ser quebradas dentro do nosso ambiente portuário tradicional. As mudan-
ças na utilização de novos veículos de cargas autônomos, e isso envolve caminhões,
trens e navios, deverão ser a grande fronteira a ser vencida em termos do conserva-
dorismo do setor, para incorporação destas tecnologias no médio prazo. Além disso,
os próprios modelos regulatórios também deverão se adaptar às mudanças tecnoló-
gicas que se avizinham no curto, médio e longo prazo.
Compreender todos estes aspectos apresentados é o objetivo deste livro, de
modo a permitir ampliar a discussão sobre portos e terminais no Brasil, conside-
rando nossas especialidades e particularidades. Procuramos incluir uma seção de
depoimentos neste livro. Muitas pessoas sentem-se muito distantes e sem condições
de interagir diretamente com as pessoas do setor, devido aos elementos já comen-
tados anteriormente. Para tentar diminuir os muros do setor para com a sociedade,
procuramos trazer os depoimentos de pro ssionais que estão e/ou já estiveram traba-
lhando na área portuária. Isso permitirá ao leitor capturar um pouco mais a sensação
do que é viver o ambiente portuário, entender como estes pro ssionais enfrentaram
desa os das atividades nas suas carreiras, além de poder experimentar o sabor do
tempero portuário.

Prof. Dr. Newton Narciso Pereira


Professor Adjunto da Universidade Federal Fluminense (UFF) lotado na Escola
de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda (EEIMVR)
junto ao Departamento de Engenharia de Produção.
Coordenador geral do Centro de Estudos para Sistemas Sustentáveis (CESS).
Coordenador do Curso de Engenharia de Produção da EEIMVR.
29
Lista de Ilustrações e Tabelas

Figura 1.1 - Descrição do sistema do porto considerando seus subsistemas de operação. ............... 54
Figura 1.2 - Principais portos instalados no Brasil. ............................................................................................. 64
Figura 1.3 - Movimentação nacional entre 2010-2019 no Brasil. .................................................................. 67
Figura 1.4 - Movimentações realizadas no Brasil pelas diversas divisões dos portos e
terminais. a) portos organizados; b) docas; c) portos delegados; d) terminal de uso privativo. ........ 67
Figura 1.5 - Desenvolvimento do mercado marítimo internacional (milhões de toneladas
transportadas). ................................................................................................................................................................. 69
Figura 1.6 - Exemplos de distribuição de portos na região costeira dos países. 1) China; 2)
Japão; 3) Estados Unidos; 4) Holanda; 5) Austrália; 6) Reino Unido. ............................................................. 70
Tabela 1.1 - Principais portos movimentadores de contêineres no mundo. Volumes em
milhões de TEUs ............................................................................................................................................................... 71
Tabela 1.2 - Movimentação em tonelagem nos principais portos do mundo em 2016....................... 72
Tabela 1.3 - Dados de movimentação dos portos europeus .......................................................................... 72
Figura 1.7 - Densidade de tráfego marítimo......................................................................................................... 73
Figura 2.1 - Movimentações portuárias do Porto do Sudeste nos últimos anos..................................... 80
Figura 2.2 - Movimentação Porto do Açu (RJ). ..................................................................................................... 81
Figura 2.3 - Movimentação de minérios pelo Tecar. .......................................................................................... 82
Figura 2.4 - Movimentação no Porto do Açu (RJ). .............................................................................................. 83
Figura 2.5 - Movimentação da HBSA. ...................................................................................................................... 84
Figura 2.6 - Exemplo representativo da sazonalidade da demanda ao longo do ano. ......................... 85
Figura 2.7 - Mapa da distribuição das empresas no país com dados relativos de 2010. ...................... 86
Figura 2.8 - Distribuição dos portos públicos ao longo da costa brasileira............................................... 87
Tabela 2.1 - Distribuição da movimentação de contêineres nos últimos anos no Brasil
(ABRATEC). ......................................................................................................................................................................... 88
Figura 2.9 - Previsão da demanda e análise da capacidade do terminal. .................................................. 91
Figura 2.10 - Conexão modal existente e suas interconexões: Exemplo - Porto de Santos -
Alamoa. ............................................................................................................................................................................... 93
Figura 2.11 - Acesso rodoviário junto ao Porto de Santos. .............................................................................. 94
Figura 2.12 - Acesso ferroviário da malha da MRS.............................................................................................. 95
Figura 2.13 - Malha ferroviária da ALL/RUMO. ..................................................................................................... 95
Figura 2.14 - Movimentação de contêineres no Sepetiba Tecon. ................................................................. 96
Figura 2.15 - Extensão do mineroduto da Samarco. .......................................................................................... 97
Figura 2.16 - Mineroduto da Anglo American operando entre Conceição do Mato Dentro até
o Sepetiba Tecon (RJ). .................................................................................................................................................... 98

31
LISTA DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS

Figura 2.17 - Projetos de mineroduto desenvolvidos na região mineira para os portos do


sudeste. ............................................................................................................................................................................... 99
Figura 2.18 - Hinterlândia do porto do Itaqui no Maranhão. .......................................................................101
Figura 2.19 - Distribuição dos calados dos navios nos berços do Porto de Santos
considerando baixamar e preamar. ........................................................................................................................103
Figura 2.20 - Distribuição dos calados homologados no canal no Porto de Santos............................104
Figura 2.21 - Canal de acesso do Porto de Sepetiba. Cada área de fundeio é considerada em
função da sua profundidade. ....................................................................................................................................105
Figura 2.22 - Canais de navegação existente na foz do rio Pará. ................................................................. 106
Figura 2.23 - Carta náutica da região da foz do rio Amazonas - área 1 é o Canal da Barra Norte
(bancos de areia) e área 2 (concentração de lama uida). .............................................................................107
Tabela 3.1 - Port Authority Renaissance Matrix (nova governança portuária).......................................121
Tabela 3.2 - Os modelos atuais de governança portuária na América Latina: funções, papéis e
entidades..........................................................................................................................................................................123
Tabela 3.3 - Operadores de terminais privados nos portos com maior volume de mercadorias
em contêineres na Ásia, Europa, América do Norte e América do Sul e Caribe (abril de 2018) .......135
Quadro 4.1 - Fatores que in uenciam a demanda e a oferta do mercado de transporte
marítimo ........................................................................................................................................................................... 154
Quadro 4.2 - Agentes de cargas no transporte marítimo ..............................................................................156
Figura 4.1 - Estrutura do Mercado de Transporte Marítimo de Fretes....................................................... 158
Quadro 4.3 - Especialização do Mercado de Afretamento ............................................................................159
Figura 4.2 - As quatro variáveis da logística marítima.....................................................................................160
Figura 4.3 - Transporte marítimo na logística global. ......................................................................................162
Figura 4.4 - Fluxos comerciais do transporte marítimo. .................................................................................163
Figura 4.5 - Primeiro embarque de carga conteinerizada no Porto de Newark em 1956 no
Ideal-X, o primeiro navio porta-contêineres........................................................................................................164
Figura 4.6 - Evolução dos navios porta-contêineres. .......................................................................................166
Figura 4.7 - Tipos de contêineres mais comuns.................................................................................................168
Figura 4.8 - Fluxo do reposicionamento de contêineres. ...............................................................................171
Figura 4.9 - Distribuição da frota mundial de contêineres segundo as 20 principais empresas
de navegação. Situação em 21 de junho de 2018. ............................................................................................173
Figura 4.10 - Modelo de uxo de caixa do transporte marítimo, mostrando as receitas, os
custos de exploração e a remuneração do capital. ...........................................................................................174
Tabela 4.1 - Tipologia de navios graneleiros em Porte Bruto (DWT) .........................................................176
Figura 4.11 - Principais custos operacionais de um navio graneleiro.* ....................................................177
Figura 4.12 - Subsistemas portuários. ...................................................................................................................181
Figura 4.13 - Portos como sistemas e seus subsistemas componentes. ..................................................182
Figura 5.1 - Principais rios com potencial navegável.......................................................................................188
Figura 5.2 - Variação do nível médio d’água do Rio Madeira em Porto Velho (RO) (2009-2017). ....193
Figura 5.3 - Série histórica de 119 anos de variação das cotas no rio Paraguai em Ladário (MS).... 194
Tabela 5.1 - Estatística descritiva da série histórica de varações no rio Paraguai em Ladário,
considerando as leituras disponibilizadas ...........................................................................................................194
Figura 5.4 - Série histórica de 1969 a 2019 anos do rio Madeira. Dados da estação ANA
(15400000). ......................................................................................................................................................................197

32
LISTA DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS

Tabela 5.2 - Estatística descritiva da série histórica de variações no rio Madeira, considerando
as leituras disponibilizadas ........................................................................................................................................197
Figura 5.5 - Variação do nível médio d’água do rio Tocantins em Marabá. Estação (29200000). ....198
Tabela 5.3 - Estatística descritiva da série histórica de varações no rio Tocantins em Marabá.........198
Figura 5.6 - Variação do nível d’água em Itaituba ao longo dos anos. Estação (29050000). .............199
Figura 5.7 - Variações das cotas médias no trecho de Itaituba no rio Tapajós - nota-se que, no
ano de 1991, foram observadas as maiores cotas médias da série registrada, que signi ca que
nesse período as chuvas provavelmente alcançaram os máximos já registrados.................................199
Tabela 5.4 - Estatística descritiva da série histórica de varações no rio Tapajós em Itaituba ............ 199
Figura 5.8 - Sumário dos custos de transporte para exportação de grãos no período do
quarto trimestre de 2018............................................................................................................................................201
Figura 5.9 - Relação entre as distâncias percorridas entre as opções de escoamento de carga. ....202
Figura 5.10 - Comparação dos tempos totais para entregar o produto aos portos de destino.......203
Figura 5.11 - Comparação dos custos de transporte entre as rotas americanas e brasileiras
para o transporte de grãos. .......................................................................................................................................204
Figura 5.12 - Custo de transporte da soja do norte e nordeste brasileiro para Shanghai (2016-
2018). .................................................................................................................................................................................205
Figura 5.13 - Comparativo dos custos dos portos americanos para realização do transporte
até Shanghai. .................................................................................................................................................................. 206
Figura 5.14 - Participação dos modos de transporte no processo de transporte de grãos,
comparação Brasil x Estados Unidos. .....................................................................................................................208
Figura 5.15 - Comboios tipo padrão da hidrovia Tietê-Paraná que são utilizados no transporte
de carga diversas produzidas no interior de São Paulo com in uência sobre alguns estados
no seu entorno. ..............................................................................................................................................................210
Figura 5.16 - Comboio típico do rio Madeira operando na Região Amazônica formação 5x5. ....... 211
Figura 5.17 - Hidrovia do rio Mississipi, nos Estados Unidos, sendo a principal hidrovia do
país, responsável pelo transporte de milhões de toneladas de carga todos os anos. ......................... 212
Figura 5.18 - Composição dos tramos da hidrovia Paraguai-Paraná para operação do Brasil
até o Uruguai. ................................................................................................................................................................. 213
Tabela 5.5 - Classi cação da restritividade dos passos da hidrovia............................................................ 214
Figura 5.19 - Trecho de elevada sinuosidade que afeta a manobrabilidade, bem como o
cruzamento de comboios pelo trecho. .................................................................................................................214
Figura 5.20 - Localização das pontes no tramo 1. .............................................................................................215
Figura 5.21 - Ponte ferroviária sobre o rio Paraguai no tramo 1. ................................................................. 216
Figura 5.22 - Veri cação de restrição de altura na ponte ferroviária no tramo 1 em condição
de cheia. ............................................................................................................................................................................ 217
Figura 5.23 - Veri cação de restrição de altura na ponte ferroviária no tramo 1 em condição
de baixa.............................................................................................................................................................................218
Figura 5.24 - Veri cação de restrição de largura na ponte ferroviária no tramo 1 para os
comboios tipo Mississipi.............................................................................................................................................219
Figura 5.25 - Embarcação dedicada a transporte de passageiros em Manaus. a) Embarcação
para viagens longas, com camarotes e áreas para amarração das redes para os passageiros. b)
Embarcações dedicadas a pequenas distâncias, geralmente utilizadas por ribeirinhos (rabeta
com motor de centro).................................................................................................................................................. 220
Figura 5.26 - Processo de fabricação de embarcações uviais em estaleiros uviais em Manaus. 220
Figura 5.27 - Exemplo do tempo de ciclo composto pelo trajeto do veículo entre a origem e o

33
LISTA DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS

destino e retorno à origem. .......................................................................................................................................222


Figura 5.28 - Representação esquemática da rota hidroviária.....................................................................223
Figura 5.29 - Fotogra as relativas ao Porto de Sobramil em Corumbá (MS). .........................................226
Figura 5.30 - Porto de Gregório Curvo em Corumbá (MS).............................................................................227
Figura 5.31 - Visão geral da área do Porto de San Nicolas, Argentina, que opera
especialmente com insumos oriundos da mineração. ....................................................................................229
Figura 5.32 - Píer de descarga de barcaças de minério de ferro no Porto de San Nicolas. ................230
Figura 5.33 - Equipamento de pátio para carregamento do carregador de navios móvel. ..............231
Figura 5.34 - Carregador de navios móvel utilizado para posicionar no porão de navios e
realizar a transferência do minério do pátio para o navio - carregador de navios sobre rodas. .......231
Figura 5.35 - ETC Hidrovia do Brasil em Itaituba. ..............................................................................................233
Figura 5.36 - Terminal de descarga de barcaças e carregamento de navios da Hidrovias do
Brasil em Vila do Conde. ..............................................................................................................................................234
Figura 5.37 - Sistema de descarga de fundo dos vagões carregados com minério de ferro -
processo de descarga manual para abertura dos vagões. .............................................................................235
Figura 5.38 - Pátio de armazenamento de minérios com sistema de recuperação. ............................236
Figura 5.39 - Equipamentos de recuperação no pátio para carregamento móvel sobre rodas,
semelhante ao sistema existente nos terminais de Corumbá. .....................................................................236
Figura 5.40 - Berço de atracação utuante em função da variação do nível d’água. ..........................237
Figura 5.41 - Visão de outros berços de atracação na barranca do rio em Macapá, junto ao
Porto de Santana. ..........................................................................................................................................................237
Figura 5.42 - Típico navio selfunloader para carga e descarga de minérios. ........................................... 240
Figura 5.43 - Operação de transhipment de um navio selfunloader transferindo carga para um
navio de maior porte....................................................................................................................................................240
Figura 5.44 - Ponto de carregamento de carvão nas barcaças oceânicas. ..............................................241
Figura 5.45 - Ponto de transhipment entre a carga da barcaça para o navio oceânico por meio
de uma grua utuante. ................................................................................................................................................242
Figura 5.46 - Representação do processo de transhipment. .........................................................................245
Figura 6.1 - Exemplo de batimetria realizada na zona portuária. ...............................................................253
Figura 6.2 - Exemplo de Carta Náutica com as informações relativas à batimetria..............................254
Figura 6.3 - Exempli cação do comportamento das marés..........................................................................257
Figura 6.4 - Tábua de maré do Porto de Santos. ................................................................................................ 259
Figura 6.5 - Bacia de evolução Porto de Itaguaí, Rio de Janeiro. ................................................................. 267
Figura 6.6 - Áreas de pré-fundeio distribuídas ao longo do canal de Sepetiba.....................................268
Figura 6.7 - Esquema funcional de uma draga. .................................................................................................270
Figura 6.8 - Projeto conceitual do Porto Brasil em Peruíbe, em São Paulo, de 2007. ...........................271
Figura 6.9 - Proposição de dragagem no Porto de Santos. ...........................................................................272
Figura 6.10 - Molhe de Portocel em Aracruz (ES). .............................................................................................275
Figura 6.11 - Espigão localizado na região de Ponta d’Areia, em São Luís do Maranhão...................276
Figura 6.12 - Quebra-mar do porto do Açu, no Rio de Janeiro. ...................................................................277
Figura 6.13 - Superestrutura e infraestrutura portuária. ................................................................................278
Figura 6.14 - Layout clássico de um terminal portuário. ................................................................................282
Tabela 7.1 - Classi cação dos navios em função das dimensões básicas e faixa de DWT .................292
Tabela 7.2 - Distribuição das principais classes de navios em mercados especí cos de cargas......294

34
LISTA DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS

Figura 7.1 - Navio product tanker. ...........................................................................................................................295


Figura 7.2 - Navio de transporte de suco. ............................................................................................................296
Figura 7.3 - Navio graneleiro Valemax de 400.000DWT. .................................................................................296
Figura 7.4 - Navio porta-contêiner OOCL Hong Kong de 21.000TEUs. .....................................................298
Figura 7.5 - Distribuição dos contêineres a bordo dos navios. ....................................................................298
Figura 7.6 - Itens que compõem a segurança para a movimentação de contêineres no
embarque em navios. (a) Castanha utilizada para ser inserida nos cantos dos contêineres
superiores; (b) canto inferior; (c) twist lock utilizado para o travamento vertical das castanhas
entre dois contêineres; (d) barra de xação do contêiner utilizado no processo de lashing,
para garantir que os contêineres quem xos no convés do navio. .......................................................... 299
Figura 7.7 - Processo de cintamento, lashing dos contêineres localizados no convés superior
do navio. ........................................................................................................................................................................... 300
Figura 7.8 - Evolução do crescimento dos navios porta-contêineres nos últimos anos. ....................301
Figura 7.9 - Exempli cação do tweendeck do navio, com a subdivisão do porão de carga. .............303
Figura 7.10 - Navio de carga geral dotado de equipamento de pau de carga para
movimentação da carga a bordo do navio e no terminal para carga e descarga..................................304
Figura 7.11 - Navio Ro-Ro com a rampa abaixada e pátio de veículos que serão embarcados
no navio. ........................................................................................................................................................................... 305
Figura 7.12 - Navio para transporte de carga vivas, com gaiolas instaladas sobre o convés. ...........306
Figura 7.13 - Navio Minerva durante o processo de embarcamento junto a porto de VDC. ............ 307
Figura 7.14 - Navio de cruzeiro para transporte de passageiros. ................................................................307
Figura 7.15 - Rebocador. ............................................................................................................................................ 308
Figura 7.16 - Empurrador uvial..............................................................................................................................309
Figura 7.17 - Conjunto de barcaças carregadas com minério de ferro e o sistema de
amarração das barcaças com cabeamento de aço. ..........................................................................................309
Figura 7.18 - Sugador de granéis de baixa densidade. ...................................................................................311
Figura 7.19 - Descarregador de navios - grab..................................................................................................... 312
Figura 7.20 - Descarregador de canecas para granéis sólidos. ....................................................................313
Figura 7.21 - Carregador de navios - shiploader. ...............................................................................................314
Figura 7.22 - Esteira ou transportador. .................................................................................................................315
Figura 7.23 - Empilhadeira de minério de ferro operando em pátio portuário. .................................... 316
Figura 7.24 - Recuperadora posicionada em pátio de minérios.................................................................. 317
Figura 7.25 - Virador de vagões instalado em terminal portuário. .............................................................318
Figura 7.26 - Tripler. ......................................................................................................................................................319
Figura 7.27 - Hopper.....................................................................................................................................................320
Figura 7.28 - Moega utilizada para carregamento de fundo cujo material é injetado na moega
por meio de pá carregadeira e depois transportado para o carregador de navios. .............................321
Figura 7.29 - Moega para carregamento de vagões ferroviários e caminhões. .....................................322
Figura 7.30 - Moega para descarga de fundo de vagões ferroviários. ...................................................... 323
Figura 7.31 - Pá carregadeira empregada no processo de rechego e carregamento no porto. ......324
Figura 7.32 - Armazens utilizados no armazenamento dos produtos. .....................................................325
Figura 7.33 - Içamento de carga pesada do interior do porão do navio, considerando uso de
alças especiais para cargas pesadas. ...................................................................................................................... 326
Figura 7.34 - Formas mais comuns de equipamentos e acessórios utilizados no içamento e

35
LISTA DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS

movimentação de carga geral em terminais portuários. ................................................................................327


Figura 7.35 - Rede de cargas e paletes para movimentação de granéis. .................................................327
Figura 7.36 - Posicionamento dos caminhões no porto.................................................................................328
Figura 7.37 - Preparação para o embarque. ........................................................................................................328
Figura 7.38 - Embarque de tubos dentro do porão do navio. ......................................................................329
Figura 7.39 - Pá eólica dentro do porão do navio. ............................................................................................330
Figura 7.40 - Processo de remoção das pás eólicas dos porões do navio com uso de
guindastes do terminal. ..............................................................................................................................................330
Figura 7.41 - Terminal de carga geral dedicado a operações de apoio a plataformas o shore. ......331
Figura 7.42 - Terminal de Ilha d’Água. ...................................................................................................................332
Figura 7.43 - Manifold (piano de válvulas) em terra. ........................................................................................333
Figura 7.44 - Manifold (piano de válvulas) do navio para carregamento/descarregamento. ...........333
Figura 7.45 - Loading arm - braço de carregamento dos navios. ................................................................334
Figura 7.46 - Tanques de armazenamento. .........................................................................................................335
Figura 7.47 - Terminal de contêineres. ..................................................................................................................336
Figura 7.48 - Portêiner sobre o navio. ...................................................................................................................337
Figura 7.49 - RTG sobre pneus. ................................................................................................................................338
Figura 7.50 - Detalhe do sistema de trilhos do RMG. ......................................................................................338
Figura 7.51 - Strudlle-carrier. .....................................................................................................................................339
Figura 7.52 - Reach stacker utilizado para empilhamento de contêineres num terminal no
Porto de Santos. .............................................................................................................................................................340
Figura 7.53 - Tractor utilizado no porto de Roterdã. ........................................................................................341
Figura 7.54 - Arranjo geral de um terminal de contêineres Eurogate em Hamburgo.........................342
Figura 7.55 - AGV aguardando carregamento do contêiner embaixo do portêiner. ...........................343
Figura 7.56 - RTG automatizado operando nos portos europeus. .............................................................344
Figura 7.57 - Gate automatizado no Porto de Vancouver, no Canadá....................................................... 344
Figura 7.58 - Terminal de veículos da Multirerminais no Rio de Janeiro. .................................................345
Figura 7.59 - Descarga de veículos - navio Ro-Ro. ............................................................................................346
Figura 7.60 - Operação no porto de um navio LNG. ........................................................................................347
Tabela 7.3 - Características dos terminais brasileiros de LNG.......................................................................348
Figura 7.61 -Sistema utuante de regasei cação do LNG na Baía de Guanabara. ...............................348
Figura 7.62 - Esquemático de uma operação ship to ship para regasei cação instalada no Brasil. 349
Figura 7.63 - Operações características de um porto. ..................................................................................... 350
Figura 7.64 - Exemplo de plano de carregamento de um navio mineraleiro. ........................................352
Figura 7.65 - Plano de carregamento de navio porta-contêiner. ................................................................353
Figura 7.66 - Representação dos dados de chegada, atracação, início e término de
carregamento e desatracação de navios que operaram em um terminal brasileiro. Recorte
inicial com 16 chegadas sucessivas. .......................................................................................................................355
Figura 7.67 - Comportamento das chegadas sucessivas dos navios ao longo de todo um ano
e seu atendimento num terminal de granel sólido. .........................................................................................356
Figura 7.68 - Dados coletados da operação de um porto Y com diversos produtos
movimentados. ..............................................................................................................................................................357
Figura 7.69 - Linha de tempo do navio no porto, considerando os elementos principais da

36
LISTA DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS

operação da chegada até a desatracação. ........................................................................................................... 358


Tabela 7.4 - Indicadores dedicados para terminais de contêineres ...........................................................362
Figura 7.70 - Exemplo de Statement of Facts de um navio durante a operação num porto..............363
Figura 7.71 - Detalhamento da operação durante o tempo em que o navio estava carregando
no porto, considerando apenas o DN 1. ............................................................................................................... 364
Tabela 7.5 - Análise dos indicadores de operação dos navios no terminal de granel ......................... 368
Tabela 7.6 - Tempos de operação de um terminal de contêineres .............................................................370
Tabela 7.7 - Indicadores gerais de manutenção aplicados a terminais portuários. .............................373
Tabela 7.8 - Análise dos dados de manutenção de determinado equipamento de embarque
de um terminal de granéis. ........................................................................................................................................374
Tabela 9.1 - Componentes de Sistema Gestão Ambiental (Siga). ...............................................................441
Figura 9.1 - Componentes de Sistema de Gestão Ambiental (Siga). .........................................................442
Quadro 9.1 - Procedimento de elaboração de análise de impacto ambiental....................................... 445
Tabela 10.1 - Atributos econômicos mais citados pela literatura. ..............................................................457
Tabela 10.2 - Principais impactos ambientais provenientes da atividade portuária. ..........................459
Tabela 10.3 - Principais atributos sociais relacionados aos portos.............................................................462
Tabela 10.4 - Dimensões avaliação do desempenho em transporte.........................................................465
Figura 10.1 - Relação entre os aspectos analisados. ........................................................................................467
Tabela 10.5 - Indicadores para avaliação de sustentabilidade em portos - Aspecto econômico ... 470
Tabela 10.6 - Indicadores para avaliação de sustentabilidade em portos - Aspecto ambiental......472
Tabela 10.7 - Indicadores para avaliação de sustentabilidade em portos - Aspecto social...............476
Tabela 12.1 - Elementos da natureza e estruturas aquaviárias afetadas. ................................................. 533
Figura 13.1 - Relação de proximidade do porto com a cidade. ................................................................... 541
Figura 13.2 - Cidades de Santos e Guarujá tomaram todos os espaços de expansão do Porto
de Santos, em São Paulo. ............................................................................................................................................542
Figura 13.3 - Detalhe da relação entre um terminal e moradores de Guarujá, em São Paulo..........543
Figura 13.4 - Problemas diversos da relação porto x cidade. .......................................................................544
Tabela 13.1 - Categoria dos elementos de sustentabilidade aplicados nos portos europeus. ........546
Figura 13.5 - Atividades de lazer na área do Porto de Leixões, em Portugal. .........................................550
Figura 13.6 - Exemplo do Porto de Long Beach em apresentar suas ações em relação à
sociedade. ........................................................................................................................................................................551
Figura 13.7 - Site da Codeba e informes de sustentabilidade. ..................................................................... 552
Figura 13.8 - Informação no site do Porto de Santos. ......................................................................................553
Tabela 13.2 - Direcionamento das ações e relatórios de sustentabilidade portuária de portos
públicos ............................................................................................................................................................................ 554
Tabela 13.3 - Principais indicadores de sustentabilidade dos portos brasileiros .................................. 555
Tabela 13.4 - Identi cação das informações nos sites dos portos públicos brasileiros....................... 555
Tabela 13.5 - Abordagem da questão porto x cidade nos websites dos portos brasileiros ...............555
Figura 13.9 - Comparativo dos indicadores disponíveis por região........................................................... 556
Figura 13.10 - Indicadores de sustentabilidade apresentados nos relatórios da Santos Brasil
S.A. tomados como exemplo, seguindo o padrão proposto pelo GRI. ...................................................... 557
Figura 13.11 - Exemplos de locais que zeram a diferença na integração dos ativos
disponíveis para serem integrados à cidade. a) Estação das Docas, no Pará; b) Porto Maravilha,
no Rio de Janeiro. .......................................................................................................................................................... 558

37
LISTA DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS

Figura 15.1 - Diferentes tipos de inovação. .........................................................................................................573


Figura 15.2 - Escala de tipos e graus de inovação.............................................................................................575
Tabela 15.1 - Principais impulsionadores da competitividade portuária ................................................577
Figura 17.1 - Tecon. ......................................................................................................................................................600
Figura 17.2 - Arranjo geral do navio. .....................................................................................................................601
Figura 17.3 - Plano esquemático.............................................................................................................................602
Figura 17.4 - Bays, rows e tiers. .................................................................................................................................603
Figura 17.5 - Exemplo de bay plan preenchido. ................................................................................................ 607
Figura 17.6 - Operações junto ao navio no berço. ............................................................................................609
Figura 17.7 - Acompanhamento do carregamento do navio. ......................................................................610
Figura 17.8 - Processo de veri cação do calado dos navios e sondagem dos tanques. .....................611
Figura 17.9 - Ministrando aula no laboratório Portuário da Universidade Católica de Santos,
2010. ...................................................................................................................................................................................619
Figura 17.10 - Publicação do livro “Porto que te quero perto“, 2010. ........................................................621
Figura 17.11 - Fases do processo de licitação do Tegram. .............................................................................625
Figura 17.12 - Movimentação prevista ao longo do tempo..........................................................................626
Figura 17.13 - Processos envolvidos na operação. ...........................................................................................631

38
Sumário

Autores .......................................................................................................................................... 9

Depoentes Colaboradores ....................................................................................................... 13

Agradecimentos ........................................................................................................................ 15

Prefácio........................................................................................................................................ 17

Notas do Livro ............................................................................................................................ 19

Notas do Livro ............................................................................................................................ 21

Notas do Livro ............................................................................................................................ 23

Apresentação ............................................................................................................................. 25

1
Portos e Terminais são a Mesma Coisa? ................................................................................ 49
Newton Narciso Pereira
1.1. Conceitos introdutórios............................................................................................................................... 49
1.2. Caracterização do sistema portuário ...................................................................................................... 53
1.3. Logística portuária ........................................................................................................................................ 56
1.4. Tipos de portos ............................................................................................................................................... 58
1.5. Portos no Brasil ............................................................................................................................................... 63
1.6. Portos no exterior .......................................................................................................................................... 68
Referências .............................................................................................................................................74

2
Planejamento Portuário ........................................................................................................... 77
Newton Narciso Pereira
2.1. Onde tudo começa?...................................................................................................................................... 77
2.2. Elementos principais a serem considerados........................................................................................ 78
2.2.1. Demanda ............................................................................................................................................... 78
2.2.2. Conexão modal ................................................................................................................................... 92
2.2.3. Área de in uência da carga ..........................................................................................................100

39
SUMÁRIO

2.2.4. Acesso portuário...............................................................................................................................102


2.2.5. Aspectos ambientais .......................................................................................................................108
2.2.6. Layout .................................................................................................................................................109
2.2.7. Escolha de equipamentos portuários .......................................................................................110
2.2.8. Questões políticas in uenciam o planejamento ..................................................................111
Referências ...........................................................................................................................................112

3
Governança Portuária: Evolução e Atualidade ..................................................................115
Fernando González Laxe
- Beatriz López Bermúdez
- Carlos Pais Montes
- María Jesús Freire Seoane
3.1. Introdução ......................................................................................................................................................115
3.2. Revisão das teorias sobre governança portuária .............................................................................116
3.2.1. Teorias clássicas.................................................................................................................................117
3.2.2. A nova governança portuária ......................................................................................................119
3.3. Governança portuária na América Latina ...........................................................................................122
3.3.1. Os sistemas portuários hoje ......................................................................................................... 122
3.3.2. Argentina .............................................................................................................................................125
3.3.3. Brasil ......................................................................................................................................................125
3.3.4. Chile.......................................................................................................................................................125
3.3.5. Colômbia .............................................................................................................................................126
3.3.6. Costa Rica ............................................................................................................................................126
3.3.7. Equador................................................................................................................................................127
3.3.8. El Salvador...........................................................................................................................................127
3.3.9. Guatemala ...........................................................................................................................................128
3.3.10. Honduras ..........................................................................................................................................128
3.3.11. México ................................................................................................................................................129
3.3.12. Nicarágua ..........................................................................................................................................129
3.3.13. Panamá ..............................................................................................................................................129
3.3.14. Paraguai .............................................................................................................................................130
3.3.15. Peru .....................................................................................................................................................130
3.3.16. Venezuela .........................................................................................................................................131
3.4. Rumo a uma nova governança portuária ...........................................................................................131
3.5. Governança portuária em nível internacional ..................................................................................133
Conclusões ...........................................................................................................................................136
Referências ...........................................................................................................................................138

4
In uência do Transporte Marítimo Sobre os Portos ......................................................... 149
Léo Tadeu Robles
4.1. Introdução ......................................................................................................................................................149
4.2. Economia marítima ou mercado do transporte marítimo............................................................151
40
SUMÁRIO

4.3. As dimensões do mercado de transporte marítimo .......................................................................155


4.4. O mercado de transporte marítimo de fretes....................................................................................155
4.4.1. O mercado de fretes e a logística marítima ............................................................................ 160
4.5. A revolução da conteinerização ............................................................................................................. 163
4.6. A economia das empresas de navegação ...........................................................................................172
4.6.1. Os navios graneleiros (bulk shipping) ........................................................................................176
4.6.2. Sistemas de regulamentação da indústria marítima e o direito do mar ......................178
4.7. Os sistemas portuários e suas relações com o transporte marítimo.........................................180
4.8. Tendências do negócio de transporte marítimo de mercadorias ..............................................182
Referências ...........................................................................................................................................184

5
Transporte Hidroviário e Portos Fluviais............................................................................. 187
Newton Narciso Pereira
5.1. Transporte uvial no Brasil .......................................................................................................................187
5.1.1. Rios de corrente livre x navegação em reservatórios .......................................................... 192
5.1.2. Custo do transporte x infraestrutura uvial ............................................................................ 200
5.2. Frota uvial.....................................................................................................................................................209
5.2.1. Comboio de empurra...................................................................................................................... 209
5.2.2. Embarcações uviais dedicadas ao transporte de passageiros.......................................219
5.2.3. Dimensionamento de frota uvial pelo cálculo racional ...................................................221
5.2.4. Terminais uviais ..............................................................................................................................225
5.2.5. Terminal o shore uvial .................................................................................................................238
5.2.6. Desa os e oportunidades em âmbito uvial .........................................................................246
Referências ...........................................................................................................................................248

6
Estruturas Portuárias Marítima e Fluvial ............................................................................. 251
Felipe George Gomes Pereira
- Newton Narciso Pereira
6.1. Introdução ......................................................................................................................................................251
6.2. Estruturas hidráulicas .................................................................................................................................252
6.2.1. Batimetria ............................................................................................................................................ 253
6.2.2. Normas regulamentadoras ........................................................................................................... 255
6.2.3. Equipamentos e produtos............................................................................................................. 255
6.3. Hidrodinâmica das ondas do mar..........................................................................................................255
6.3.1. De nições importantes ..................................................................................................................256
6.3.2. Marés ..................................................................................................................................................... 256
6.3.3. Amplitude de maré no Brasil........................................................................................................257
6.4. Corrente marítima .......................................................................................................................................260
6.4.1. Correntometria (medição de correnteza) ................................................................................ 260
6.4.2. Transporte de sedimentos ............................................................................................................261
6.4.2.1. Transporte de sedimentos transversal .......................................................................... 262

41
SUMÁRIO

6.4.2.2. Transporte de sedimentos litorâneo longitudinal ....................................................262


6.4.3. Contribuição de sedimentos das bacias hidrográ cas .......................................................263
6.4.4. Evolução da morfologia uvial ....................................................................................................263
6.4.4.1. Classi cação do curso d’água ...........................................................................................264
6.4.4.2. Equilíbrio dinâmico de um rio ..........................................................................................265
6.5. Canal de acesso e bacias portuárias......................................................................................................265
6.5.1. Canal de acesso .................................................................................................................................265
6.5.2. Bacias portuárias...............................................................................................................................266
6.5.2.1. Bacias de evolução ...............................................................................................................266
6.5.2.2. Bacias de espera .................................................................................................................... 267
6.5.2.3. Bacias de berço ......................................................................................................................268
6.6. Dragagem .......................................................................................................................................................269
6.6.1. Dragagem de canal e berço..........................................................................................................269
6.6.2. A dragagem de manutenção .......................................................................................................270
6.6.3. Dragagem por resultado ...............................................................................................................272
6.6.4. Volume a ser dragado .....................................................................................................................273
6.6.5. Projeto básico de dragagem ........................................................................................................273
6.7. Derrocagem ...................................................................................................................................................273
6.7.1. Retirada e transporte do material ..............................................................................................274
6.7.2. Deposição do material derrocado ..............................................................................................274
6.8. Obras de proteção e abrigo .....................................................................................................................274
6.8.1. Molhes ..................................................................................................................................................275
6.8.2. Espigões ...............................................................................................................................................276
6.8.3. Quebra-mar ........................................................................................................................................ 276
6.9. Estruturas portuárias ..................................................................................................................................277
6.9.1. Infraestrutura .....................................................................................................................................278
6.9.2. Superestrutura...................................................................................................................................279
6.9.3. Arranjo geral (layout).......................................................................................................................280
6.9.4. Instalações operacionais de berço .............................................................................................281
6.9.5. Instalações operacionais de retroárea ......................................................................................281
6.9.6. Equipamentos de movimentação de cargas .......................................................................... 283
Referências ...........................................................................................................................................284

7
Operações Portuárias .............................................................................................................287
Newton Narciso Pereira
7.1. Elementos da operação portuária .........................................................................................................287
7.1.1. Navios nos portos.............................................................................................................................290
7.1.2. Navio-tanque para cargas líquidas ............................................................................................294
7.1.3. Navio granel sólido ..........................................................................................................................296
7.1.4. Navio porta-contêiner .................................................................................................................... 297
7.1.5. Navio de carga geral........................................................................................................................302
7.1.6. Navio frigorí co.................................................................................................................................304
7.1.7. Navio roll-on/roll-o .......................................................................................................................304

42
SUMÁRIO

7.1.8. Navio de carga viva..........................................................................................................................305


7.1.9. Navio de passageiros ...................................................................................................................... 307
7.1.10. Rebocadores ....................................................................................................................................308
7.1.11. Comboio uvial ..............................................................................................................................308
7.2. Cargas cativas do transporte marítimo................................................................................................ 310
7.2.1. Granel sólido ......................................................................................................................................310
7.3. Principais equipamentos para a movimentação de granéis sólidos.........................................311
7.3.1. Carga geral .......................................................................................................................................... 326
7.3.2. Granel líquido ....................................................................................................................................331
7.3.3. Contêiner .............................................................................................................................................336
7.3.4. Terminais roll-on/roll-o ...............................................................................................................345
7.3.5. Terminal de gás natural liquefeito (LNG) .................................................................................346
7.4. Planejamento da operação ...................................................................................................................... 349
7.4.1. Indicadores da operação portuária............................................................................................359
7.4.1.1. Indicadores de produtividade de saída ........................................................................359
7.4.1.2. Avaliação de congestionamento no porto ( las) ...................................................... 360
7.4.1.3. Taxas de operação (pranchas) ..........................................................................................360
7.4.2. Coletando dados para aplicar os indicadores ........................................................................362
7.4.3. Indicadores de manutenção portuária ..................................................................................... 371
7.5. Parceiros da operação portuária ............................................................................................................375
7.6. Segurança da operação portuária .........................................................................................................376
7.6.1. Agentes intervenientes no porto ...............................................................................................377
7.7. Considerações nais ...................................................................................................................................378
Referências ...........................................................................................................................................379

8
Regulação Portuária e Defesa da Concorrência ................................................................383
Osvaldo Agripino de Castro Junior
8.1. Introdução ......................................................................................................................................................383
8.2. Aspectos conceituais ..................................................................................................................................385
8.2.1. A origem das agências reguladoras...........................................................................................385
8.2.2. Aspectos destacados da reforma portuária ............................................................................ 389
8.2.3. O papel do extinto Conit ............................................................................................................... 394
8.3. Princípios gerais da regulação portuária.............................................................................................396
8.3.1. Funções e competências da ANTAQ ..........................................................................................400
8.3.2. Poder normativo ............................................................................................................................... 401
8.3.3. Regulação do transporte aquaviário ......................................................................................... 405
8.3.4. O marco regulatório ........................................................................................................................ 410
8.3.4.1. O Decreto nº 8.033/2013 e a ANTAQ .............................................................................. 410
8.3.4.2. Independência regulatória ................................................................................................ 412
8.4. Teoria geral da defesa da concorrência no setor portuário .......................................................... 414
8.4.1. Defesa da concorrência na lei dos portos................................................................................414
8.4.2. A relação do cade com as agências setoriais .......................................................................... 417
8.4.3. O Cade e a defesa da concorrência no setor portuário ...................................................... 418

43
SUMÁRIO

8.4.4. Cade e ANTAQ: possibilidades e limites da cooperação na defesa da concorrência ....423


8.4.4.1. O papel da ANTAQ, Autoridade Portuária e CAP na regulação econômica .....427
Conclusão .............................................................................................................................................428
Referências ...........................................................................................................................................430

9
Meio Ambiente e Gestão Portuária ......................................................................................433
Dierci Marcio Cunha da Silveira
9.1. Introdução ......................................................................................................................................................433
9.2. Características portuárias: de nições, conceitos, meio ambiente e legislações
pertinentes ...............................................................................................................................................................434
9.3. De nições .......................................................................................................................................................435
9.4. Padrões de gestão ambiental em portos ............................................................................................439
9.5. Sistema corporativo de gestão ambiental nas empresas portuárias ........................................441
9.5.1. Liderança e compromisso .............................................................................................................443
9.5.2. Política e objetivos estratégicos ..................................................................................................443
9.5.3. Organização, recursos e documentação ..................................................................................443
9.5.4. Avaliação e gerenciamento de riscos ........................................................................................444
9.5.5. Planejamento .....................................................................................................................................445
9.5.6. Implementação e monitoramento.............................................................................................445
9.5.7. Auditoria ..............................................................................................................................................446
Considerações nais ............................................................................................................................................447
Referências ...........................................................................................................................................447

10
Sustentabilidade Portuária: Método para Avaliação de Desempenho com Base em
Indicadores de Gestão ............................................................................................................451
Ilton Curty Leal Junior
- Vanessa de Almeida Guimarães
10.1. Introdução ...................................................................................................................................................451
10.2. Sustentabilidade em transportes ........................................................................................................453
10.3. Sustentabilidade em terminais portuários de carga ....................................................................455
10.3.1. Impactos econômicos ..................................................................................................................456
10.3.2. Impactos ambientais .................................................................................................................... 458
10.3.3. Impactos sociais .............................................................................................................................460
10.4. Avaliação de desempenho sustentável em transportes .............................................................464
10.5. Proposição de método para avaliação de desempenho em sustentabilidade...................467
10.5.1. Passo 1: de nições iniciais ..........................................................................................................468
10.5.2. Passo 2: atributos e pesos ...........................................................................................................468
10.5.3. Passo 3: indicadores e medidas ................................................................................................469
10.5.4. Passo 4: desempenho padrão ...................................................................................................482
10.5.5. Passo 5: coleta de dados..............................................................................................................482
10.5.6. Passo 6: determinação .................................................................................................................482
10.5.7. Passo 7: processamento e análise ............................................................................................483

44
SUMÁRIO

10.5.8. Passo 8: simulação e melhorias .................................................................................................483


Conclusões ...........................................................................................................................................484
Referências ...........................................................................................................................................485

11
O Porto e o Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental na Região
Amazônica ................................................................................................................................ 511
Renã Margalho Silva
11.1. Introdução ...................................................................................................................................................511
11.2. A transformação da lógica do planejamento portuário ao longo da história ....................512
11.3. Objetivos ambientais e diretrizes da governança portuária no Brasil ...................................515
11.4. O porto e as comunidades tradicionais amazônicas....................................................................516
11.4.1. Direitos, garantias e diretrizes internacionais que afetam os
empreendimentos portuários na região amazônica ........................................................................518
11.5. Diretrizes complementares aplicáveis ao contexto amazônico ............................................... 519
Conclusão .............................................................................................................................................520
Referências ...........................................................................................................................................521

12
As Mudanças Climáticas e a Atividade Aquaviária ........................................................... 523
Marcos Maia Porto
12.1. Contexto: um breve relato do fenômeno ......................................................................................... 523
12.2. O m de uma discussão e o início de um processo de mitigação........................................... 525
12.3. A necessidade de resposta do setor aquaviário.............................................................................525
12.3.1. Com o que devemos nos preocupar....................................................................................... 526
12.3.2. Os eventos constantes e as alterações acumulativas .......................................................526
12.4. A elevação dos níveis dos mares: uma preocupação particular ..............................................527
12.5. A elevação da temperatura das águas, as modi cações nos regimes de ondas, de
correntes etc. ...........................................................................................................................................................528
12.5.1. Os eventos extremos – meteorológicos ................................................................................ 528
12.5.2. O encontro das águas dos mares e oceanos com as águas do continente .............. 529
12.6. As paralisações e suas consequências ...............................................................................................530
12.7. Por mares nunca dantes navegáveis .................................................................................................. 531
12.7.1. A necessidade de novas estruturas portuárias – a vez e a hora do
planejamento aquaviário focado nas MCS ...........................................................................................531
Conclusão .............................................................................................................................................532
Referências ...........................................................................................................................................533

13
Relação Porto X Cidade ..........................................................................................................535
Newton Narciso Pereira
13.1. Introdução ...................................................................................................................................................535
13.2. Porto como indutor de riqueza ............................................................................................................539

45
SUMÁRIO

13.3. Problemas da atividade portuária no Brasil e no mundo ...........................................................540


13.3.1. Como mitigar os problemas? ....................................................................................................546
Referências ...........................................................................................................................................559

14
As Etapas Inerentes à Inteligência Portuária......................................................................561
Ingrid Zanella
14.1. Introdução ...................................................................................................................................................561
14.2. Etapas, inovações e desa os .................................................................................................................562
14.2.1. A primeira etapa – compliance.................................................................................................562
14.2.2. A segunda etapa envolve o necessário investimento em tecnologias e
inovações ..........................................................................................................................................................564
14.2.3. A terceira etapa envolve regulamentação, legislação e futuro próximo ...................565
14.2.4. A quarta etapa envolve investimento em educação e capacitação ............................566
14.2.5. A quinta etapa envolve a análise da viabilidade e segurança de adoção das
criptomoedas ..................................................................................................................................................566
Conclusão .............................................................................................................................................567
Referências ...........................................................................................................................................567

15
Inovação no Sistema Portuário.............................................................................................569
Antonio Iacono
15.1. Inovação e competitividade..................................................................................................................569
15.2. Inovação tecnológica............................................................................................................................... 570
15.3. Inovação quanto ao grau de novidade .............................................................................................572
15.4. Competitividade e inovação em portos ...........................................................................................576
15.5. Economias de escala no transporte....................................................................................................578
15.6. Mudanças (reforma) de governança portuária ..............................................................................578
15.7. Coopetição entre os portos próximos ...............................................................................................579
15.8. Rede inter rmas ........................................................................................................................................ 579
15.9. Desa os de sustentabilidade e portos verdes ................................................................................ 580
Referências ...........................................................................................................................................581

16
Portos do Futuro ......................................................................................................................583
Newton Narciso Pereira
16.1. Introdução ...................................................................................................................................................583
16.2. Porto 4.0 .......................................................................................................................................................584
16.3. Impactos da inovação nos portos .......................................................................................................588
16.3.1. Impacto dos navios autônomos nos portos ........................................................................590
Referências ...........................................................................................................................................596

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SUMÁRIO

17
Depoimentos ............................................................................................................................599
17.1. Operação em um terminal de contêineres nos anos 1980... .....................................................599
17.2. Função do loading master nas operações portuárias................................................................... 608
17.3. Aspectos relevantes da gestão portuária ......................................................................................... 613
17.4. Êxito do público ao privado ..................................................................................................................616
17.5. São luís, um novo ciclo ............................................................................................................................622
17.6. Noite sem dormir! .....................................................................................................................................632
17.7. Visão operacional portuária ..................................................................................................................635
17.8. O conto .........................................................................................................................................................640
17.9. Porto ..............................................................................................................................................................651

47

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