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Zamignani & Meyer (2014) - A Pesquisa de Processo em Psicoterapia, o Desenvolvimento Do SiMCCIT (Vol. 1)
Zamignani & Meyer (2014) - A Pesquisa de Processo em Psicoterapia, o Desenvolvimento Do SiMCCIT (Vol. 1)
ISBN 978-85-62550-06-5
CDD-616.8914
NLM-WM 420
14-10825
Apresentação 7
Denis Roberto Zamignani e Sonia Beatriz Meyer
Prefácio 11
Sérgio Vasconcelos de Luna
SEÇÃO
Origem e desenvolvim ento do SiMCCIT
Capítulo 1 19
Avaliação sistemática da literatura sobre categorização de com portam entos
Denis Roberto Zamignani e Sonia Beatriz Meyer
Capítulo 2 45
Desenvolvim ento e avaliação de concordância do SiMCCIT
Denis Roberto Zamignani e Sonia Beatriz Meyer
Capítulo 3 61
Um exercício de descrição do processo terapêutico analítico-comportamental
com base nas categorias de com portam ento do SiMCCIT
Denis Roberto Zamignani
Capítulo 4 83
Aplicação do SiMCCIT em um conjunto de sessões de terapia
analítico-comportamental
Denis Roberto Zamignani e Sonia Beatriz Meyer
Capítulo 5 107
Possibilidades de sistematização dos dados (10)
Denis Roberto Zamignani, Roberto Alves Banacoe Sonia Beatriz Meyer
SEÇÃO
2 Discussões para o desenvolvim ento e aprim oram ento do SiMCCIT
Capítulo 6 127
Ajustes no SiMCCIT com criação de banco de dados de
com portam entos de terapeutas comportam entais
Sonia Beatriz Meyer
Capítulo 7 149
Algumas considerações sobre as categorias do SiMCCIT sob a
perspectiva de uma terapeuta-pesquisadora-participante
Patrícia Rivoli Rossi e Sônia Beatriz Meyer
SEÇÃO
| ---------- 3 Apêndices
Apêndice I 161
Manual revisado para categorização do Sistema M ultidim ensional de
Categorização de Com portam entos da Interação Terapêutica - SiMCCIT
_____________________________________________ I--------------------
Apêndice II 291
Apresentação do treino sistemático
Denis Roberto Zamignani e Sonia Beatriz Meyer
Referências 301
SOBRE OS AUTORES
Professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, filiado aos programas de
Universidade de São Paulo. Mestra pela Western Michigan University e doutora pela
APRESENTAÇAO
O ano era 1952. Um a publicação do psicólogo britânico H ans Eysenck caiu com o
um a bom ba na com unidade de psicoterapeutas. Em um estudo científico, Eysenck
não encontrou diferença significativa quando com parou os dados de m elhora dos
sintom as cie pacientes que haviam sido subm etidos à psicoterapia com os daqueles
que estavam em fila de espera para atendim ento ou que foram “tratad o s” p o r clínicos
gerais. Em outras palavras, o estudo de Eysenck dizia que a psicoterapia não passava de
um procedim ento inócuo e que seus resultados não eram m ais efetivos do que “tocar
a vida” e não fazer tratam ento algum.
O estudo de Eysenck (1952) desencadeou m uitas críticas da com unidade
profissional, mas seu efeito m ais benéfico foi dar im pulso ao nascim ento de um a am pla
linha de pesquisa que até hoje produz frutos. D esde então, u m a eno rm e q u an tidade de
pesquisas - denom inadas p e s q u is a s d e re su lta d o - foi desenvolvida para d em o n strar a
efetividade da psicoterapia. E studos desenvolvidos p o r terapeutas das m ais diferentes
abordagens, em todo o m undo, p roduziram evidências para a refutação da hipótese de
Eysenck. Graças a essa linha de pesquisa, sabe-se hoje que a psicoterapia é um serviço
que funciona e tam bém que algum as m odalidades de psicoterapia são m ais efetivas
que outras para alguns tipos de problem as.
À m edida que os pesquisadores foram encontrand o respostas para sua pergunta
inicial, ainda persistia certa insatisfação. Sabia-se que a psicoterapia funcionava,
m as restava com preender o que exatam ente ocorre d entro da psicoterapia que
faz com que ela seja ou não efetiva. Era o m om ento de se voltar para o interior do
processo terapêutico e investigar, m om ento a m om ento, os processos de m udança que
apresentação 7
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nele ocorriam . Assim, no início dos anos 60, sessões de psicoterapia com eçaram a
ser registradas em áudio ou vídeo e analisadas em busca de identificar padrões de
interação relacionados à m udança terapêutica. Nesses estudos, d enom inados p e sq u isa
d e processo, os pesquisadores desenvolviam categorias para identificar classes de
com portam ento que ocorriam na interação terapêutica. Nessa linha de pesquisa,
tam bém desenvolvida por pesquisadores de todo o m u n d o nas m ais diferentes
abordagens, trabalhos im portantes foram desenvolvidos e lançaram luz sobre m uitos
dos processos envolvidos na m udança terapêutica.
No Brasil, W ielenska (1989) foi a prim eira analista do co m p o rtam en to a investigar
o processo de interação na psicoterapia, mais especificam ente na supervisão de
terapeutas. A pesquisadora lançou m ão de um procedim ento de análise da interação
pesquisador-sujeito, desenvolvido por Simão (1982). O procedim ento consistia em
atividades form alm ente planejadas pelo pesquisador para que o participante fizesse
relatos sobre um fenôm eno-terna em um a série de sessões. Nas entrevistas conduzidas
p or W ielenska, com base no relato prévio do terapeuta, eram selecionados fenôm enos-
terna p ara aprofundam ento do relato que, por sua vez, dava origem a novos tem as para
posteriores entrevistas. A autora identificou, com o uso do procedim ento, m udanças
na atuação do terapeuta-participante. O estudo de W ielenska é im p o rtan te p o r ter
voltado a atenção para o processo de m udança duran te a intervenção, m as ainda tinha
com o interesse o relato do terapeuta sobre o processo.
Foi no trabalho de M argotto (1998), sob a orientação da Dr.a Rachel Rodrigues
K erbauy na U niversidade de São Paulo, que o prim eiro estudo de processo envolvendo
a filmagem e categorização de com portam entos na interação terapêutica analítico-
com portam ental foi desenvolvido no Brasil. P aralelam ente ao estudo desenvolvido
pelas autoras, R oberto Banaco dava início, na PUC-SP, a um a linha de pesquisa sobre
a tom ada de decisão do terapeuta ao longo do processo terapêutico, inicialm ente
orientando dois trabalhos: o prim eiro de Iniciação científica (Zam ignani, 1995) e o
segundo de Trabalho de C onclusão de Curso de G raduação em Psicologia (Kovac,
1995). Banaco partia das sessões registradas em vídeo para conduzir entrevistas
(procedim ento sem elhante ao de W ielenska, 1986) com os terapeutas-participantes
sobre episódios ocorridos na interação. Os trabalhos desenvolvidos por K erbauy
e Banaco deram o pontapé inicial em um a profícua linha de pesquisas voltada ao
estudo sobre o processo terapêutico em terapias de base analítico-com portam ental,
que envolveu pesquisadores de todo o país. Têm sido significativos os trabalhos
apresentação 9
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da psicoterapia, elas apresentavam dados que dificilm ente pod eriam ser com parados,
já que cada um a utilizava diferentes in strum entos para a sistem atização dos dados
clínicos. Seria possível, então, p ropor a unificação das pesquisas de processo em to rn o
de u m dos sistem as já existentes para a categorização da interação terapêutica analítico-
com portam ental? Alguns instrum entos de categorização de co m portam ento para o
estudo do processo terapêutico haviam sido desenvolvidos até então. Restava verificar
se, entre os in strum entos existentes, havia algum m ais apropriado para esse fim.
Tendo essa questão em vista, Z am ignani (2007) realizou um am plo levantam ento
na literatu ra1, considerando-se a possibilidade de adoção de alguns dentre eles para
0 estudo da interação terapêutica. Uma vez que n en h u m dos sistem as selecionados
atendia plenam ente a todos os critérios de inclusão, tais sistem as foram analisados
categoria a categoria, a fim de se obter o m aior núm ero possível de elem entos para
a caracterização dos com portam entos típicos da interação terapêutica e para o
desenvolvim ento de um sistem a suficientem ente abrangente. C om base nessa análise
e tam bém em estudos prelim inares e consulta à literatura voltada à form ação de
terapeutas, foram desenvolvidas as categorias do Sistema M ultidim ensional de
Categorização de C o m portam entos na Interação Terapêutica para o com portam ento
verbal vocal do terapeuta e do cliente.
D esde 2007, q uando do desenvolvim ento do SiMCCIT, até o presente m om ento,
m uitos projetos de pesquisa têm sido desenvolvidos utilizando esse sistema.
A parentem ente, está sendo atingido o objetivo inicial, o de co n trib u ir para o
desenvolvim ento da área, p erm itindo a com paração entre dados de diferentes
pesquisas a p artir de um a m assa de dados m ais robusta. Em pouco tem po de existência
do sistema, já existe um a m assa de dados bastante rica, os quais p o dem ser com parados
e relacionados com m aior facilidade, devido à sistem atização m ais hom ogênea.
O presente livro apresenta o processo envolvido no desenvolvim ento do SiMCCIT,
incluindo um exercício de aplicação das categorias às diferentes etapas do processo
terapêutico analítico-com portam ental. Traz tam bém o m anual para a utilização
do instrum ento p o r pesquisadores e a apresentação do treino de observadores
desenvolvido para o SiMCCIT.
E speram os com esta obra contribuir para que a psicoterapia seja um a prática
cada vez m ais consistente, na qual as evidências científicas sejam a sustentação p ara a
condução de um processo terapêutico efetivo.
10
PREFÁCIO
prefácio 11
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os casos, o procedim ento terapêutico estava sendo posto sob a lupa do pesquisador,
e o tem po dava sinais de que finalm ente a proposta da Prof> C arolina Bori - estudar
interação, e não apenas falas consecutivas, - com eçava a to m ar form a. A díade
terapeuta-cliente era agora um sujeito de pesquisa. N ão fam iliarizado com a literatura
na área, eu via tudo isso com um m isto de surpresa - por ter clareza das dificuldades
m etodológicas aí envolvidas - e de esperança: que nós pesquisadores não clínicos
fôssem os brin d ad o s com procedim entos m elhores para o estudo da inform ação verbal
na pesquisa em análise do com portam ento. A história que apenas esbocei aqui o leitor
encontrará detalhadam ente descrita na introdução deste livro, razão pela qual não
acho necessário prolongar-m e nela.
M inha participação na trajetória dessa linha de pesquisa culm in o u com a
o portunidade que tive de ser arguidor na defesa da tese de d o utorado do Prof. D enis
Zam ignani. M ais um a vez, a Prof.a Sonia M eyer teve papel atuante neste p ro d u to
na qualidade de orien tad o ra da tese, resgatando sua experiência acum ulada em
pesquisas no assunto. As atividades de am bos co n co rreram decisivam ente para a
com posição deste livro.
A ntes de passar a falar do conteúdo do livro p ropriam ente dito, quero fechar estes
com entários prelim inares e justificá-los. O conjunto de trabalhos que m encionei (a
m aioria dos quais tem seus resultados apresentados neste livro) com partilha um a
característica m arcante, a qual vem atendendo às expectativas que m encionei aqui:
cada capítulo, aqui, põe m ais um a peça no intrin cad o quebra-cabeças que constitui
a atividade de pesquisa no s e ttin g clínico. Term inei m eus dois trabalhos há pouco
m encionados defendendo a possibilidade/necessidade de que o terapeuta seja um
cientista, reconhecendo, porém , que essa tarefa dep enderia sem pre do desenvolvim ento
de m etodologia e tecnologia própria. O conteúdo deste livro m o stra que isso vem se
tornando cada vez mais um a realidade.
D esde os prim eiros trabalhos no am biente clínico, reconhecia-se a necessidade
de um instrum ento capaz de perm itir, de m odo confiável e generalizável, as trocas
verbais entre terapeuta e cliente. A literatura sobre pesquisa de processo m ostra que
vários sistem as foram desenvolvidos nessa direção, evidenciando o reconhecim ento
da necessidade de instrum entos que perm itissem colocar o processo terapêutico à luz
da pesquisa.
1?
} prefácio 13
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SEÇAO I
capítulo 1
AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA SOBRE
CATEGORIZAÇÃO DE COMPORTAMENTOS
MÉTODO
PROCEDIMENTO
diferentes formas. A m esm a busca foi realizada no acervo local da m esm a biblioteca e
na internet p o r m eio da ferram enta de busca G oogle ®, utilizando-se o sistem a de busca
avançada. N a busca na internet, os tem as acim a listados foram pro cu rad o s em inglês,
português e espanhol, em páginas ou em docum entos nos form atos PDF e D O C ,
1 ) capítulo 19
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20 seção 1
RESULTADOS
1 ) capítulo 23
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24 seção 1
TA BELA 1
Q uanto ao prim eiro critério, Categorias e definições, com exceção de Ford (1978),
todos os sistem as analisados apresentaram um conjunto de categorias definidas
operacionalm ente de form a razoavelm ente precisa. Em bora houvesse diferenças na
form a com que cada autor organizava os eventos relevantes da sessão terapêutica,
todos eles destacaram eventos im portantes para a análise da interação, segundo a
literatura clínica (por exemplo, Fiorini, 1995; M eyer & Vermes, 2001; Sturmey, 1996).
Os sistem as desenvolvidos por Hill (1978) e Ford (1978), entretanto, co n tin h am
categorias de diferentes dim ensões em u m único nível de categorização. O sistema
de Ford (1978) contém , no m esm o nível, categorias de interação verbal (por exemplo,
Solicita inform ação) e categorias tem áticas (por exemplo, Fraquezas do cliente
enfatizadas), e o sistem a de Hill (1978) agrupa, em um m esm o nível, eventos de
natureza estritam ente topográfica (por exemplo, Q uestões abertas, Q uestões fechadas)
e eventos que envolvem relações com portam entais mais com plexas (tais com o
Exploração da relação terapeuta-cliente), o que não responde ao segundo critério, de
C oerência do conjunto.
capítulo 23
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26 seção 1
27
TABELA 2
SISTEMATIZAÇÃO DAS CATEGORIAS DE COMPORTAMENTO DO TERAPEUTA COM BASE
NOS SISTEMAS DE CHAMBERLAIN E RAY (1988), FORD (1978), FIORINI (1995), HILL (1978),
MARGOTTO (1998), MEYER E VERMES (2001 ), SCHINDLER ET A L (1989), STILES (1992),
TOURINHO ET A L (2003) E ZAMIGN ANI (2001 ).
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28 seção 1
2.3. C A T E G O R IA S D O T E R A P E U T A R E F E R E N T E S A E M P A T IA
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Entendimento
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capítulo 29
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2.5. C A T E G O R IA S D O T E R A P E U T A R E F E R E N T E S A S U M A R IZ A Ç Ã O , S ÍN T E S E E P A R Á F R A S E
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30 seção 1
2.7. C A T E G O R IA S D O T E R A P E U T A R E F E R E N T E S A E S T R U T U R A Ç Ã O E E N Q U A D R E
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1 ■ capítulo 3
2.9. C A T E G O R IA S D O T E R A P E U T A R E F E R E N T E S A IN T E R P R E T A Ç Õ E S E IN F E R Ê N C IA S
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32 seção 1
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1 ; capítulo 33
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34 seção 1
35
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TABELA 3
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS SISTEM AS DE CATEGORIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO
VERBAL VOCAL DO CLIENTE
36 seção 1
Q uanto ao prim eiro critério, C a teg o ria s e d e fin iç õ e s, todos os sistem as analisados
apresentaram um conjunto de categorias definidas operacionalm ente de form a
razoavelm ente precisa. Já com relação ao critério C o erên cia do c o n ju n to , os sistemas
desenvolvidos por C ham berlain e Ray (1988) e Hill et al. (1992) con tin h am categorias
específicas para o estudo da resistência do cliente, enquanto outras classes de resposta
verbal foram condensadas na categoria “não resistente”, o que dificulta o seu uso para
estudos em outras questões de pesquisa.
A respeito do critério U tiliza çã o p r é v ia e m p e sq u isa s, os sistem as utilizados em um
m aior núm ero de pesquisas da área foram os de C ham berlain e Ray (1988) e Hill et
al. (1992). O sistem a de M argotto (1988) foi tam bém adaptado p ara o uso em vários
estudos nacionais, enquanto os de Schindler et al. (1989) e Z am ignani (2001) foram
utilizados, cada qual, em um a única pesquisa.
C om relação ao últim o critério, C o m p a tib ilid a d e , as categorias disponíveis para a
classificação do com portam ento do cliente são, em boa parte, advindas de pesquisa
com fu ndam entação psicodinâm ica. Isso talvez explique o grande n úm ero de pesquisas
voltadas para o estudo de com portam entos do cliente, conhecidos sob a denom inação
de resistência. Dos sistem as localizados, dois tin h am esse caráter (C ham berlain & Ray,
1988; Hill et al., 1992), apresentando algum as incom patibilidades com os pressupostos
da análise do com portam ento. Os trabalhos de M argotto (1988), Schindler et al.
(1989) e Z am ignani (2001), po r sua vez, foram desenvolvidos para o estudo de terapia
co m p o rtam ental e, em bora os sistem as de Z am ignani (2001) e M argotto (1988)
apresentassem algum as categorias específicas aos focos de seus trabalhos, a m aioria
das categorias que os co m punham tinha um caráter generalista.
Q uanto ao critério T reino siste m á tic o , os três trabalhos, entretanto, não apresentam
um m anual detalhado do sistem a nem um m étodo para treinam ento sistem ático de
observadores, em bora apresentem definições precisas das categorias e exem plos de
trechos de sessão categorizados dentro de cada um a delas.
N enhum dos sistem as analisados preencheu, portanto, todos os critérios propostos
para a adoção do conjunto de categorias. Em vista disso, a análise seguinte tran sco rreu
de m aneira sem elhante à do estudo das categorias de co m portam entos do terapeuta,
já descritas.
( 1) capítulo 37
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S IS T E M A T IZ A Ç Ã O D E C A T E G O R IA S D E C O M P O R T A M E N T O S D O C L IE N T E
E N C O N T R A D A S N A L IT E R A T U R A
TABELA 4
SISTEMATIZAÇÃO DAS CATEGORIAS DE COMPORTAMENTO DO CLIENTE A PARTIR
DOS SISTEMAS DE CHAMBERLAIN E RAY (1988), HILL ET AL. (1992), MARGOTTO (1998),
SCHINDLER ET AL. (1989) E ZAMIGNANI (2001).
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38 seção 1
4.2. C A T E G O R IA S D O C L IE N T E R E F E R E N T E S A D E S C R IÇ Ã O
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1 ; capítulo 39
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Chamberlain e Ray (1988) 35. Desesperançado, culpado, reclamando (eu não posso...)
Duas subcategorias: (a) Desesperança e (b) Culpa e
reclamação
40 seção 1
4.7. C A T E G O R IA S D O C L IE N T E R E F E R E N T E S A R E P R O V A Ç Ã O , C O N F R O N T O , D E S A F IO ,
R E C L A M A Ç Ã O , D IS C O R D Â N C IA
AUTOR CATEGORIA
) 41
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1 capítulo
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Cabe, nesse m om ento, a retom ada de alguns dos critérios apresentados no início
deste estudo:
C a te g o r ia s
42 seção 1
C o e r ê n c ia in te r n a d o s is te m a
É possível n o tar que alguns dos sistem as analisados apresentam diferentes
dim ensões ou níveis de especificidade (p. ex., Hill, 1978) em suas categorias, ou
ainda eventos estritam ente topográficos e eventos inferenciais em um m esm o nível
de categorização (p. ex., Ford, 1978). E ntretanto, a m aioria dos sistem as analisados
m antém boa coerência entre as categorias.
P a d r o n iz a ç ã o d o tr e in o
E sta foi a m aior dificuldade encontrada em boa parte da literatura pesquisada: ou
não apresentava um m anual ou treino padronizado, ou não era possível ter acesso a
esse m aterial.
1 ) capítulo 43
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44
capítulo 2
DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE CONCORDÂNCIA
DO Sistema Multidimensional de Categorização de
Comportamentos da InteraçãoTerapêutica - SiMCCIT
In te rp re ta ç õ e s e in ferências; A p ro v a ç ã o , apoio, a ss e g u ra m e n lo e e n c o ra ja m e n to ;
Processo sem elhante foi conduzido para a análise das categorias de co m portam ento
verbal vocal do cliente, resultando em oito grupos de categorias: so licita çã o de
in fo rm a ç ã o ; descrição; relações o u insight; m e lh o ra o u pro g resso te ra p êu tico ; ve rb a liza ç õ e s
capítulo 45
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MÉTODO
PARTICIPANTES
ASPECTOS ÉTICOS
MATERIAL E EQUIPAMENTO
AM BIEN T E
FIGURA 1
ESQUEMA REPRESENTATIVO DO AMBIENTE DE COLETA DE DADOS, COM A
IDENTIFICAÇÃO DO POSICIONAMENTO DAS CÂMERAS
Uma vez registrados os dados de terapeuta e cliente separadam ente, foi necessária
a m ixagem das im agens, posicionando lado a lado os dois participantes, para inserção
no so ftw a re T he O b s e r v e r K. Para isso, foi utilizado o m ix e r fornecido pela em presa
N o ld u s T echnology.
2 j capítulo 47
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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definições que com põem os instrum entos e catálogos de co m portam entos analisados
no capítulo 1. Foram tam bém consultados textos de revisão bibliográfica sobre
interação terapêutica (p. ex., M eyer & Vermes, 2001) e textos para a form ação de
terapeutas (p. ex., Fiorini, 1995). Além da leitura dessas publicações, foram estudadas
transcrições de sessões de terapia analítico-com portam ental que haviam sido utilizadas
em trabalhos prévios.
O desenvolvim ento dos qualificadores referentes a variáveis paralinguísticas
baseou-se nos trabalhos de C ham berlaim e Ray (1988) e Rice e K err (1986), que
tiveram com o referência as definições de respostas m otoras de V ieira (1975) e de
term os linguísticos de Crystal (1980). As categorias desenvolvidas para o registro de
com portam entos verbais não vocais, incluídas no Eixo I e no Eixo III, basearam -se nos
trabalhos de Caballo (1993), Hill, Siegelman, Gronsky, Sturniolo & Fretz. (1981), Hill
e Stephany (1990), Keeley (2005), Kim, Liang e Li (2003), M ahl (1968), M ahl (1987),
M onti, Kolko, Fingeret & Zwick, (1984), Vieira (1975), Rodrigues (1997), Tepper
e H aase (1978). As categorias desenvolvidas para o Eixo II (Tema) foram baseadas
nos trabalhos de Barbosa (2006), Eells, Kendjelic e Lucas (1998), G oldberg, H obson,
M aguire, M argison, O sborn e Moss (1984) e Yano (2003).
U m a prim eira versão de um sistem a de categorias foi elaborada e aplicada a sessões
de terapia. Realizaram -se sucessivos testes de concordância entre observadores, com
ajustes no sistema, até p roduzir um índice de concordância satisfatório, conform e
descrito detalhadam ente na tese de Z am ignani (2007).
C om base nos dados de observação de diferentes sessões, de estudos desenvolvidos
por diferentes pesquisadores e dos estudos de concordância entre observadores,
foi proposta a versão final do S is te m a M u ltid im e n s io n a l de C a te g o riza ç ã o de
C o m p o r ta m e n to s d a In te ra ç ã o T e ra p êu tica . Um a vez que, da form a com o a terapia é
conduzida na atualidade, grande parte da interação que nela ocorre é verbal (Pérez-
Álvarez, 1996), optou-se por assum ir com o eixo principal de categorização o eixo
verbal vocal, a p artir do qual as outras dim ensões de interesse do com p o rtam en to são
categorizadas.
48
RESULTADOS
)
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
2 capítulo 49
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
TABELA 1
VALORES OBTIDOS NO CÁLCULO DE CONCORDÂNCIA ENTRE A OBSERVADORA 2 E O
PESQUISADOR REFERENTE ÀS CATEGORIAS RESPOSTAS VERBAIS E QUALIFICADORES,
NA CATEGORIZAÇÃO FINAL DE 30 MINUTOS DA SESSÃO 17
Terapeuta Cliente
Medida Valor Valor
Terapeuta Cliente
Terapeuta Cliente
50 seção 1
TABELA 2
Matriz de concordância (em segundos) entre a categorização de pesquisador (linhas)
e a Observadora 2 (colunas), referente a cada categoria de respostas verbais da cliente
- S oucita(SOL), Relata(REL), M elhora(MEL), E stabelece R elações(CER), C oncorda(CCO),
O posiçâo(OPO), O utras(COU), Insuficiente(CIN) e S ilêncio(CSL) - em 30 minutos da Sessão 17.
O BSERVADORA 2
SOL REL MEL CER CCO OPO COU CIN CSL Total
M EL 0 18 0 59,33 0 0 0 0 0 77,4
PESQUISAD OR
2 ) capítulo 51
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
52 seção 1
FIGURA 2
DISTRIBUIÇÃO DAS CATEGORIAS DE RESPOSTAS VERBAIS DA CLIENTE DE ACORDO
2
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capítulo 53
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
Na Figura 2 nota-se que o registro dos dados feito pela O bservadora 2 foi m uito
diferente daquele efetuado pelo pesquisador. Para verificar se a origem da discordância
foi o treino de observadores ou algum a característica do pró p rio sistem a de categorias,
um novo cálculo de concordância com relação a esse m esm o trecho da sessão foi
realizado, agora entre o pesquisador e a O bservadora 1 (que havia participado do
aperfeiçoam ento do sistem a e categorizado essa m esm a sessão para avaliação prévia
antes de subm etê-la à O bservadora 2).
TABELA 3
VALORES OBTIDOS NO CÁLCULO DE CONCORDÂNCIA ENTRE O PESQUISADOR
E A OBSERVADORA 1, REFERENTE ÀS CATEGORIAS DE RESPOSTAS VERBAIS E
QUALIFICADORES DA CLIENTE, NA CATEGORIZAÇÃO DE 30 MINUTOS DA SESSÃO 17
MEDIDA VALOR
MEDIDA VALOR
Duração de concordâncias 830,68
MEDIDA VALOR
54 seção 1
TABELA 4
MATRIZ DE CONCORDÂNCIA (EM SEGUN D O S) ENTRE A CATEGORIZAÇÃO DE
PESQ UISAD O R (LINHAS) E A OBSERVADORA 1 (COLUNAS) REFERENTE A CADA
CATEGORIA DE RESPOSTAS VERBAIS DA CLIENTE - S olicita(SOL), R elata(REL),
M elhora(MEL), Estabelece Relações(CER), Concorda(CCO), O posiçáo(OPO), O utras(COU) e
FIG U RA 3
DISTRIBUIÇÃO DAS CATEGORIAS DE RESPOSTAS VERBAIS DA CLIENTE PELA
I OBSERVADORA 1, EM 30 MINUTOS DA SESSÃO 17
Na Figura 3, pode-se observar que, em bora o registro da O bservadora 1 seja mais
próxim o daquele realizado pelo pesquisador, ainda há diferenças im portantes nos
dados registrados, quando com parados a qualquer um dos observadores.
A Tabela 5 apresenta os dados referentes à concordância entre o pesquisador e a
O bservadora 2 com relação a cada categoria do qualificador Tom em ocional do cliente.
Na Tabela 5, pode-se observar que, em todas as categorias, o índice de concordância
é baixo. E nquanto a O bservadora 2 atribuiu o tom N e u t r o a 80% das respostas
verbais da cliente, apenas 50% das respostas foram atribuídas pelo pesquisador a esse
qualificador. A concordância nos qualificadores P o s i t i v o i e 2 e N e g a t i v o i e 2, por
sua vez, foi praticam ente zero.
56
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TABELA 5
MATRIZ DE CONCORDÂNCIA (EM SEGUNDO S) ENTRE A CATEGORIZAÇÃO DO
PESQ UISAD O R (LINHAS) E A OBSERVADORA 2 (COLUNAS) REFERENTE A CADA
CATEGORIA DO QUALIFICADOR TOM EMOCIONAL, EM 30 MINUTOS DA SESSÃO 17
2 ; capítulo 57
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TA BELA 6
58 seçao 1
2 ) capítulo 59
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60 seção 1
capítulo 3
UM EXERCÍCIO DE DESCRIÇÃO DO PROCESSO
TERAPÊUTICO ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL A PARTIR
DAS CATEGORIAS DE COMPORTAMENTO DO SiMCCIT
...um terapeuta que queira ser passivo e acolhedor, mas forçar seu cliente a
tomar a iniciativa [na conversação], pode responder primariamente por meio de
capítulo 61
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Nas últim as décadas, m uitos autores (p. ex., Borges & Cassas, 2012; D ougher,
1999; Hayes, 1987; K ohlenberg & Tsai, 1991; Pérez-Alvarez, 1996) avançaram no
desenvolvim ento de um a descrição dos processos no decurso de um a terapia de base
analítico-com portam ental, especialm ente no que se refere à interação terapeuta/
cliente em terapia verbal1. O presente tópico tem com o objetivo apresentar um
exercício de descrição de alguns desses processos, relacionando-os com as categorias
que com põem o SiMCCIT.
E ntre as m uitas tentativas de sistem atização do processo terapêutico analítico-
com portam ental, m erece destaque o trabalho de Follette, N augle e Callaghan (1996).
Esses autores apresentaram um a descrição bastante d etalhada das diferentes etapas
que ocorrem ao longo do processo de interação terapeuta/cliente, incluindo análises
conceituais que relacionam os processos que ocorrem na terapia a possíveis m udanças
do cliente fora da terapia. A proposta desses autores será utilizada com o referência
para a discussão a seguir.
A relação terapêutica, além de ser a base para o desenvolvim ento de qualquer
estratégia terapêutica, é considerada po r Follette et al. (1996) o principal m ecanism o
de m udança que ocorre na psicoterapia. Entende-se, desse p onto de vista, que
o com portam ento do cliente na sessão é um a am ostra de padrões de interação
que ele estabelece em seu am biente social e que, ao interagir com o terapeuta, são
desenvolvidos novos padrões de interação. A m o d e la g e m de repertório social, por
m eio de re fo rç a m e n to d ife re n c ia l na interação terapêutica, seria então a principal
1 Grande parte da interação que ocorre em psicoterapia é eminentemente verbal (Pérez-Álvares, 1996), e a
investigação do processo terapêutico necessariamente deve passar por uma compreensão dos processos
verbais e de sua interação com eventos não verbais que ocorrem ao longo da terapia e no cotidiano do
cliente.
62 seção 1
técnica a ser desenvolvida pelo terapeuta. Para isso, supõe-se o terapeuta com o alguém
que pode dispor de reforçadores sociais. O processo po r m eio do qual o terapeuta se
to rn a um a potencial fonte de reforçadores sociais e a m aneira com que ele dispõe dessa
característica da interação para p roduzir m udanças, conform e descritos p o r Follette el
al. (1996), serão apresentados a seguir.
D e acordo com Follette et al. (1996), a experiência d ireta que o co rre en tre
te rap eu ta e cliente é o c o m p o r ta m e n to d e in te re sse do terap eu ta, e a h istó ria de
aprendizagem que se desenvolve ao longo dessa interação é o m e c a n is m o d e m u d a n ç a
que ocorre na terapia. Esse processo com eça nas p rim eiras sessões, q u an d o o cliente
p ro cu ra o terapeuta.
Nas sessões iniciais, é im portante que o sim ples fato de o cliente ter pro cu rad o
ajuda, independentem ente de qualquer padrão de com p o rtam en to que ele apresente,
seja alvo de reforçam ento social. O que faz do terapeuta, nesse m om ento, alguém que
pode dispor de reforçam ento social é o seu s ta tu s profissional que, segundo Follette et
al. (1996), serve com o um e stím u lo esta b eleced o r , que pode evocar respostas do cliente
de se engajar no tratam ento.
Follette et al. (1996) afirm am que, nessa etapa do processo, o terapeuta provê
expressões gerais de suporte ao fato de o cliente estar em terapia, dados os problem as
que ele está enfrentando e dada a possibilidade de a terapia ser um a experiência difícil
para o cliente. A dificuldade inicial pode vir do fato de que, p ara alguns clientes, é
difícil falar a respeito de incidentes constrangedores, pensam entos, fraquezas pessoais
ou erros (Sturmey, 1996).
O reforçam ento social2 que o terapeuta deve prover nesse m om ento parece “não-
contingente”, visto que não é direcionado a nen h u m a classe particular de respostas
do cliente, e sim a um a am pla classe de com portam ento s do cliente de se engajar em
um processo de m udança. As classes de resposta a serem em itidas pelo terapeuta são
2 Vale ressaltar que, ao falar sobre reforçamento social, assume-se uma possível função de um conjunto de
ações do terapeuta. Isso porque, culturalmente, essas ações costumam exercer função reforçadora para
as classes de resposta que a produzem. Entretanto, não se pode perder de vista a noção de que a função
reforçadora de determinados estímulos é idiossincrática, dependendo da história de interação do cliente
com cada classe de ações do terapeuta.
capítulo 63
aquelas necessárias para o processo terapêutico ocorrer e são constituídas tipicam ente
de ações e verbalizações do terapeuta, as quais sugerem cuidado e su p o r te g eral
c o n tin g e n te (Follette et al., 1996).
A audiência não punitiva é parte im portante desse processo inicial. Skinner (1953)
afirm a que, para constituir-se com o um a alternativa a um a história de interação com
eventos aversivos, o terapeuta ouve o relato do cliente sem n en h u m tipo de crítica
ou julgam ento. Supõe-se que esse tipo de interação favoreça que o cliente fale sobre
assuntos “difíceis” - tem as ou ações que possam ter sido alvo de punição no decorrer
de sua história de vida (Skinner, 1953; Sturmey, 1996; Vermes, Z am ignani & Kovac,
2007). C om o efeito desse conjunto de contingências - o terapeuta se estabelece com o
ocasião para interações reforçadoras e para a rem oção do controle aversivo - , o
terapeuta, por si só, pode tornar-se um evento reforçador condicionado, e o contexto
da terapia pode tornar-se algo “desejável”.
O processo po r m eio do qual o terapeuta se estabelece com o um reforçador
condicionado é parte do fenôm eno cham ado p o r alguns autores de c o n stitu iç ã o
d a a lia n ç a tera p ê u tic a . Sturm ey (1996) afirm a que um a a lia n ç a te r a p ê u tic a entre
terapeuta e cliente deve ser estabelecida desde m uito cedo na terapia: “d e v e e sta r claro
p a r a o c lien te q u e su a s p re o c u p a ç õ e s estão s e n d o le v a d a s a sério e tr a ta d a s d e m a n e ira
64 seção 1
relações descritas pelo cliente e que dispõe de estratégias para ajudá-lo. Tal habilidade,
portanto, pode envolver a em issão de algum tipo de resposta de Interpretação ou
Informação p o r p arte do terapeuta já nas sessões iniciais.
Sturm ey (1996) inclusive alega que para alguns clientes altos níveis de acolhim ento
e em patia podem ser contraprodutivos, ofensivos ou culturalm ente inapropriados.
A especificação, entretanto, a respeito dos contextos em que respostas de E m p a t i a
são mais ou m enos apropriadas, é algo que necessita m aiores investigações. A lgumas
contribuições nesse contexto podem ser encontradas em Garfield (1995).
capítulo
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! 65
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
A coleta das inform ações no trabalho clínico pode ser feita p o r m eio de quatro
diferentes estratégias - a e n tr e v is ta , a o b serva çã o d ireta , a a n á lise f u n c i o n a l e as escalas
d e c o m p o r ta m e n to (Barker, Pistrang & Elliott, 1994; Carr, Langdon & Yarbrough, 1999)
cada um a das quais pode envolver diferentes ações do terapeuta e do cliente. Neste
trabalho será dado destaque a duas dessas estratégias - a e n tr e v ista e a o b serva çã o
- , práticas m ais frequentem ente utilizadas em terapia verbal. A análise funcional,
por seu caráter de m aior controle experim ental, tem sido reservada mais a contextos
institucionais e a populações com m aior défice com portam ental, tais com o problem as
de desenvolvim ento atípico e transtornos psicóticos (Repp & H orner, 1999). Q uanto
às escalas de avaliação com portam ental, há certa oposição a seu uso p o r terapeutas
com portam entais, sendo m ais utilizadas em situações de pesquisa, a saber:
A entrevista clínica
66 seção 1
função na interação, que é a de indicar que o terapeuta está prestando atenção ao relato
do cliente e sugerir a continuidade do relato (Sturmey, 1996). No capítulo 4 deste livro,
pode-se observar que esse tipo de interação em que o cliente R elata ou Estabelece
relações e o terapeuta em ite respostas de Facilitaçâo e G estos de concordância
ocorre continuam ente em todas as sessões.
S turm ey (1996) e Hill (1978) distinguem dois tipos de solicitação de relato, em
relação à sua forma: perguntas abertas e perguntas fechadas. P erguntas abertas,
segundo esses autores, seriam utilizadas para evocar um a am pla gam a de respostas, e o
m aterial obtido com base nesse tipo de pergunta seria relativam ente não estruturado.
Já P erguntas fechadas solicitam respostas breves que clarificam algum ponto
específico ou provêm respostas a um a questão pontual. Sturm ey (1996) defende
a ideia de que, durante a sessão terapêutica, o terapeuta inicia com um a série de
P erguntas A bertas que propiciam um leque de assuntos que, no decurso da sessão,
são clarificados por P erguntas Fechadas . O autor ainda afirm a que o uso excessivo
de P erguntas Fechadas ou a apresentação desse tipo de p ergunta m uito cedo na
sessão são erros com uns de terapeutas destreinados ou novatos, o que pode lim itar os
dados obtidos a respostas breves ou a sins e nãos, deixando de pro p o rcio n ar acesso a
am plas áreas de problem as. M erece m elhor investigação a form a com que ocorre essa
transição de um a série de P erguntas A bertas para P erguntas Fechadas e quais os
critérios que guiam esse processo.
O u tra ação com um do terapeuta nas interações iniciais é o pedido para que o
cliente observe suas ações e/ou determ inados eventos (Solicitação de observação
- subcategoria de Solicitação de reflexão ), em busca de dados adicionais para
um a a n á lise d e c o n tin g ê n c ia s. Esse pedido pode envolver observações não estruturadas
(o terapeuta apenas pede que o cliente observe determ inadas situações, o que ele sente
ou faz nessas situações e/ou o que ocorre após a sua ação), ou registros estru tu rad o s
(por m eio de escalas de avaliação, tabelas de registro ou outras estratégias específicas).
No últim o caso, além de respostas de Solicitação de observação, o terapeuta deve
em itir respostas de Informação sobre o funcionam ento do registro e eventualm ente
sobre as razões pelas quais o registro está sendo solicitado.
Nas sessões iniciais, afirm a Sturm ey (1996), m uitos clientes encontram -se perplexos
com seus problem as po r percebê-los com o randôm icos ou incontroláveis. Esse autor
afirm a que, em m uitos casos, o cliente tem as próprias teorias sobre o problem a
(Estabelece relações ), que podem incluir visões personalistas ou m oralistas que o
3 J capítulo 67
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ajudam pouco. Banaco (1993) sugere tam bém que o R elato do cliente, especialm ente
nas prim eiras sessões, pode ser predom inantem en te a respeito de eventos encobertos
(R elato de sentimentos e emoções , R elato de estados motivacionais ou
T endências à ação imediata ). É possível ainda que o cliente estabeleça relações que
atribuam s ta tu s causal a eventos encobertos, um a vez que tal prática seria com um
em nossa cultura (Banaco, 1993, K ohlenberg & Tsai, 1991). Isso ocorre porque, em
razão de sua interação com a com unidade verbal, o cliente n o rm alm en te apresenta um
repertório verbal pouco fortalecido de observação e descrição de variáveis am bientais
das quais o com portam ento é função.
Nesse caso, as verbalizações do terapeuta que pod eriam p ro d u zir inform ações
para um a análise das contingências e constru ir um novo repertório discrim inativo
coincidiriam com as subcategorias de Solicitação de informações sobre fatos
(ações e eventos am bientais), Solicitação de relatos de respostas encobertas
do cliente ou com a categoria de Solicitação de reflexão . Esse tipo de interação,
na qual o cliente Relata e o terapeuta Solicita Relato ou Solicita R eflexão ,
m antém -se ao longo de todo o processo, e supõe-se que, ao longo do tem po, as
verbalizações do tipo Relato , do cliente, passem a envolver o Estabelecimento de
relações entre suas ações abertas ou encobertas e eventos am bientais relevantes.
68 seção 1
O relato de eventos privados pode tam bém ser utilizado com o estratégia para
obtenção de dados sobre o cliente. A lguns terapeutas solicitam do cliente o relato de
sentim entos, sonhos e fantasias (Solicitação de R elato de R espostas Encobertas )
com o estratégias para acesso a inform ações difíceis de obter p o r m eio de relato
direto (Banaco, 1993; D elitti & Meyer, 1995; Regra-N alin, 1993; O tero, 1993). U m a
vez que o cliente tenha descrito eventos desse tipo, o terapeuta p ode então solicitar
que o cliente estabeleça relações ou analogias entre esses eventos e episódios p o r
ele vividos (T erapeuta Solicita R eflexão ), estabelecendo, então, interpretações
(Interpretação ) a p artir das contingências em vigor.
Ao solicitar inform ações sobre a queixa do cliente e sobre outros aspectos a ela
relacionados, é im portante tam bém que o terapeuta obtenha inform ações sobre suas
habilidades e suas M etas de m udança. Tais inform ações ajudam no planejam ento
de com portam entos alternativos ou incom patíveis com a resposta-queixa, além
de p ro porcionar inform ações sobre possíveis fontes de reforçam ento que estariam
subutilizadas ou indisponíveis (Sturmey, 1996).
A lguns terapeutas têm com o prática, ao final de cada sessão terapêutica, fechar
a sessão sum arizando brevem ente os principais pontos da sessão (por m eio de
Estabelecimento de sínteses ou D escrição de processo ) ou solicitando que o
cliente observe (Solicitação de observação ), até a sessão seguinte, alguns aspectos
que precisam de m ais inform ações ou não ficaram claros d u ran te a entrevista (Sturmey,
1996).
S turm ey (1996) propõe um a série de questões que m ereceriam m aior investigação:
(1) com o o terapeuta lida com situações em que o cliente não responde às suas
questões; (2) com o o terapeuta lida com deslizes ou lapsos do cliente ao longo da
entrevista; (3) com o são feitas reform ulações a p artir de novas inform ações ou quando
as hipóteses iniciais são rejeitadas; (4) quais as habilidades necessárias para lidar com
clientes evasivos, difíceis ou irritadiços; (5) com o lidar com situações em que o relato
do cliente é distorcido, especialm ente quando tal contexto envolve questões legais; (6)
com o é conduzida a entrevista com mais de um cliente; (7) quais seriam as variáveis
a serem consideradas para tran sp o r os dados de entrevista em um a form ulação
co m p o rtam ental e dessa form ulação para um a estratégia de intervenção.
capítulo 69
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70 seção 1
As propriedades dinâm icas (Skinner, 1957) da fala do cliente tam bém podem
prover inform ações im portantes. A intensidade com a qual u m a resposta verbal é
em itida, a velocidade com a qual respostas verbais sucessivas são em itidas, repetições,
a frequência com que determ inadas classes de resposta verbal ocorrem são, então,
objeto da observação do terapeuta. O qualificador Tom em ocional da fala, que com põe
o presente sistem a de categorização, tem com o alvo algum as dessas propriedades.
O utros com portam entos não vocais do cliente, tais com o M udanças de postura ,
a presença de G estos ilustrativos , M ovimentos repetitivos de m em bros e
Autoestimulação , tam bém m erecem atenção por parte do terapeuta. O qualificador
G estos ilustrativos , do presente sistema de categorização, bem com o o eixo de
categorização referente a R espostas motoras , visa identificar a ocorrência desses
tipos de eventos.
O segundo passo da avaliação com portam ental, de acordo com Follette, Naugle
& L innerooth (1999), é a elaboração de u m a análise de contingências na qual os
problem as e características do cliente são organizados de acordo com princípios
da análise do com portam ento. C om base nessa organização, o terapeuta pode ter
um p anoram a geral do caso clínico envolvendo a análise tanto da função exercida
pelas respostas-problem a do cliente quanto de respostas do cliente que são desejáveis
(pois p roduziriam reforçadores se em itidas em m aior frequência e em um contexto
apropriado) e que devem ser fortalecidas.
Essa etapa da intervenção é tratada po r alguns autores com o a n á lise fu n c io n a l. O
term o análise funcional, entretanto, tem sido alvo de discussão. T radicionalm ente,
na literatura analítico-com portam ental, o term o análise funcional diz respeito a
dem onstrações experim entais de relações funcionais entre eventos. U m a vez que,
na terapia de cun h o verbal, o que tem os são “a n á lises fu n c io n a is n ã o e x p e r im e n ta is ,
isto é, a id e n tific a ç ã o (o u te n ta tiv a ) de (...) processos de in te ra ç ã o e m e x e m p lo s de
3 ) capítulo 71
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M eyer (1995) afirm a que o conhecim ento e a aplicação dos princípios básicos do
com portam ento, assim com o a relação desses princípios com as práticas (técnicas e
procedim entos), devem existir para que um trabalho terapêutico seja considerado
consistente com a análise do com portam ento. C onceitos tais com o reforçam ento,
extinção, punição, controle de estím ulos, generalização e outros, segundo a autora,
devem fornecer a estru tu ra conceituai para o desenvolvim ento da prática do terapeuta
analítico com portam ental.
Z am ignani (2001) estudou dois terapeutas an alítico-com portam entais atendendo
a casos que envolviam queixas de transtorno obsessivo-com pulsivo, em busca de
verificar a consistência da prática desses terapeutas com a sua teoria de referência. Para
tanto, analisou as ações do terapeuta relacionadas a explica çõ es de eventos ou co n selh o s
(categorizadas neste trabalho com o Interpretação ou I nformação no prim eiro caso
e R ecomendação no segundo). No trabalho de Z am ignani (2001), a categorização
das verbalizações de terapeuta e cliente e o desenvolvim ento posterior de categorias
de análise p erm itiram discutir alguns aspectos im portantes da prática dos terapeutas
estudados. Por exemplo, foi possível identificar dois estilos de intervenção bastante
diversos, am bos com patíveis com o referencial teórico analítico-com portam ental:
o prim eiro voltado para a em issão de regras p o r m eio de análise de contingências e
aconselham ento; o segundo voltado para a consequenciação diferencial de respostas
do cliente dentro da sessão. Estudos que investiguem a interação entre diferentes
terapeutas e clientes com um a m aior variedade de queixas clínicas poderiam elucidar
variáveis relacionadas à m aior ou m enor consistência teórica da prática do terapeuta
analítico-com portam ental, além de identificar a relação de diferentes estilos de
intervenção com resultados do processo.
O m odelo teórico analítico-com portam ental descreve o com p o rtam en to em
term os de um processo de seleção pelas consequências. Nesse processo, pelo m enos
quatro elem entos básicos são im portantes para a com preensão de um determ in ad o
com portam ento: as operações estabelecedoras (OE), que estabelecem determ inados
estím ulos com o m om entaneam ente reforçadores; os estím ulos discrim inativos (Sns),
que estabelecem a ocasião em que o reforçador estará disponível caso a resposta
venha a ser em itida; a em issão da resposta pelo indivíduo (R); a apresentação de
estím ulos com o efeito da (contingentes à) resposta em itida (S'!). Esse m odelo teórico é
representado pelo paradigm a apresentado na Figura 1.
72 seção 1
FIGURA 1
Esquema representativo do paradigma do com portam ento operante, no qual "O E "é uma
operação estabelecedora, "S n'é um estímulo discriminativo, o símbolo representa uma
função probabilística na qual, dadas determinadas circunstâncias, há uma probabilidade
de que uma resposta seja emitida, "R" é a resposta, a seta à direita indica uma relação de
contingência entre resposta e consequência e " S " é o estímulo produzido pela resposta
que, ao retroagir sobre o organismo, altera a probabilidade de que respostas da mesma
classe venham a ser emitidas (Follette et al., 1999).
capítulo 73
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
internos).
C om relação ao responder do cliente, podem existir problem as relacionados
a excessos c o m p o r ta m e n ta is (com portam entos que ocorrem com frequência ou
intensidade m aiores do que seria apropriado ao contexto, p ro d u zin d o consequências
aversivas), défices c o m p o r ta m e n ta is (falta de repertórios im portantes, tais com o
habilidades sociais, expressão de intim idade) ou c o m p o r ta m e n to s in te r v e n ie n te s
(com portam entos que im pedem a em issão de outras respostas mais efetivas para a
produção de reforçadores).
Por últim o, com relação às consequências, p o dem in e x is tir as c o n se q u ê n c ia s q u e
s e r ia m a p ro p r ia d a s para a m anutenção do com portam ento-alvo; podem ocorrer
para o indivíduo, mas que podem ser inapropriadas para o grupo, tais com o situações
de abuso sexual).
Follette et al. (1996) afirm am que, a p artir de um a etapa inicial de reforçam ento
aparentem ente não contingente a n enhum a classe de resposta específica (etapa em
que o tipo de reforçam ento provido pelo terapeuta é m ais próxim o da categoria
74 seção 1
Empatia ), gradualm ente ocorre um afunilam ento do foco das consequências providas
pelo terapeuta durante a sessão terapêutica. Aos poucos, então, o terapeuta passa
a dirigir sua intervenção a aspectos mais específicos do responder do cliente, com
vistas à instalação e m anutenção de com portam ento e à construção de condições
para a m udança. Essa etapa coincide com a aplicação de procedim entos p o r p arte do
terapeuta m ediante a análise de contingências.
Problem as em cada u m dos elos da relação com portam ental exigem do terapeuta
diferentes estratégias de intervenção apropriadas.
No caso de n ã o e x is tir e m e v e n to s a n te c e d e n te s a p ro p r ia d o s p a ra a em issã o de
respostas, K anfer e G rim m (1977) propõem a m odificação direta do am biente atual (o
que, segundo Z am ignani, Kovac & Vermes, 2007, é possível p o r m eio de intervenção
extraconsultório) ou a busca por novos am bientes que disponibilizem reforçadores
de um a form a m ais apropriada. Follette et al. (1999) ainda sugerem que o terapeuta
facilite essa descoberta pelo cliente e incentive sua participação em am bientes mais
ricos em o p ortunidades de interação.
O terapeuta pode dispor de diferentes estratégias para conduzir o cliente em
busca de novos am bientes ou grupos sociais. U m a das possibilidades é p o r m eio da
apresentação de um a análise de contingências (Interpretação ), na qual ele pode
explicitar as variáveis do am biente que im pedem a m udança. O u tra possibilidade é a
Recomendação direta de busca po r am bientes alternativos. Esta é provavelm ente a
form a m ais “diretiva” e talvez a que produziria mais rapidam ente a m udança necessária.
M eyer (2004a) alega que um dos fatores responsáveis pela am pla aceitação da terapia
com portam ental é a rapidez com que ela consegue resultados, especialm ente em razão
do recurso a procedim entos estruturados baseados em com p o rtam en to s governados
por regras. E ntretanto, alguns autores (inclusive Meyer, 2004a) têm questionado esse
tipo de estratégia pela pouca oportu n id ad e que ela dá para a construção do repertório
necessário ao desenvolvim ento de autonom ia do cliente. A lguns estudos apontam
ainda um a m aior frequência de respostas de resistência ou O posição do cliente,
quando o terapeuta age de form a mais diretiva, e forte correlação entre a resistência do
cliente e um resultado negativo da terapia e/ou abandono dela (Ablon & Jones, 1999;
Abramowitz, Abram ow itz, Roback, & Jackson, 1974; Beutler, M oleiro & Talebi, 2002;
Bischoff & Tracey, 1995). Beutler, M oleiro e Talebi (2002) realizaram um a revisão
de vinte estudos que verificaram os efeitos diferenciais da diretividade do terapeuta,
rendo em vista a resistência dos clientes. Foi constatado que 80% desses estudos
capítulo 75
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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76 seção 1
3 ) capitulo
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! 77
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
com portam entos m ais úteis, utilizando-se para isso as estratégias já descritas
anteriorm ente para a redução e instalação de novas respostas.
Q uando o problem a do cliente envolve um arranjo de contingências problem ático,
Follette et al. (1999) afirm am que o terapeuta deve prever que, se tais condições
am bientais não forem alteradas, o com portam en to tenderá a não se m an ter e a ser
substituído por com portam entos m ais problem áticos. Para lidar com essa condição,
K anfer e G rim m (1977) propõem que o terapeuta estabeleça u m rearranjo de
contingências. Para isso, o terapeuta deve estabelecer com o cliente objetivos de curto
prazo (o que envolve Interpretações e R ecomendações ) e reforçadores arbitrários
(A provação ) interm ediários, até que respostas de autogerenciam ento do cliente
venham a ser fortalecidas po r m eio de consequências naturais.
No caso de c o n se q u ê n c ia s co n c o rre n te s ou co n tro le in a p r o p r ia d o p e la s c o n se q u ê n c ia s,
Follette et al. (1999) sugerem que intervenções em am biente natural sejam desenvolvidas
para restringir o acesso ou aum entar o custo de respostas que envolvam a em issão de
com portam entos inapropriados.
78 seção 1
Vale ressaltar que, em bora tal estratégia nào envolva a descrição de todos os elos da
contingência, ela supõe um responder do cliente sob controle de regras, um a vez que o
terapeuta descreve elem entos da contingência, os quais o cliente não havia observado
(regra com o descrição de contingências - Informação ou I nterpretação ), ou
instrui o cliente a observar esses aspectos (regras com o instrução - R ecomendação
ou Solicitação de reflexão ).
O últim o dos procedim entos descritos po r M eyer (2004b) consiste na m odelagem
de repertórios por m eio da c o n se q u e n c ia ç ã o direta dos com portam entos do cliente que
ocorrem na interação com o terapeuta. Parte do pressuposto que os com portam entos
do cliente que ocorrem durante a sessão terapêutica são um a am ostra de sua form a de
agir em outros contextos (Follette et al„ 1996; K ohlenberg & Tsai, 1991). A m odelagem
direta de com portam entos envolve desde a audiência não punitiva do terapeuta, que
seleciona e fortalece respostas de aproxim ação e autoexposição do cliente, até a seleção
de outras respostas sociais do cliente, por m eio de reforçam ento diferencial.
É possível ag ru p ar as estratégias descritas p o r M eyer (2004b) em duas classes
principais. As três p rim eiras estratégias seriam relacionadas ao controle p o r regras,
en q u an to a últim a diz respeito à m odelagem de co m p o rtam en to a p a rtir das
consequências sociais dispensadas pelo te rap eu ta na sessão terapêutica. Z am ig n an i
(2001), de form a sem elhante, identificou entre os profissionais p o r ele estudados
dois p adrões distintos de intervenção: o p rim eiro enfatizava o fo rn ecim en to de
regras e conselhos, de m odo a co n stru ir um rep e rtó rio de au to co n h ecim en to ; o
segundo privilegiava o fe e d b a c k após verbalizações do cliente, visando à m odelagem
de repertório.
A adoção de diferentes estratégias de intervenção entre terapeutas que seguem o
m esm o referencial, conform e identificado po r M eyer (2004a) e Z am ignani (2001),
rem ete ao debate existente quanto ao controle p o r regras na terapia. Alguns autores,
entre os quais C atania (1999), alegam que o controle por regras é um a form a eficaz de
controle do com portam ento hum ano; outros, entre os quais G uedes (1993), questionam
a ênfase nesse tipo de controle na relação terapêutica. M eyer (2004a) afirm a que esse
tipo de procedim ento é especialm ente im portante nos casos em que “as c o n se q u ê n c ia s
d o c o m p o r ta m e n to são m u ito a d ia d a s o u escassas, to r n a n d o -se , p o r ta n to , in e fic a ze s n a
m o d ific a ç ã o d e c o m p o r ta m e n to s , ou q u a n d o os c o m p o r ta m e n to s q u e s e r ia m m o d e la d o s
p e la s c o n tin g ê n c ia s e m v ig o r sã o in d e s e já v e is ” (p. 152). A autora afirm a que as regras
apresentadas pelo terapeuta p odem tanto especificar claram ente um a ação que o cliente
deveria seguir quanto prescrever um a tarefa terapêutica (nesses casos, tratar-se-ia de
regras específicas) ou, de form a m ais genérica, especificar o resultado a ser atingido, em
vez da topografia da ação a ser executada (regra genérica). Em estudos desenvolvidos
p or M eyer e D onadone (2002), essas diferentes utilizações das regras são com paradas,
em sessões de terapeutas experientes e inexperientes, m o stran d o algum as diferenças
im portantes. Estudos que relacionem essas diferenças de procedim ento a resultados
clínicos seriam de grande utilidade para o desenvolvim ento da área.
Sturm ey (1996), discutindo as diferentes possibilidades de utilização da análise
funcional no contexto clínico, considera que a interpretação funcional pode ser
utilizada com o tratam ento em si ou com o u m dos com ponentes do tratam ento.
Posição sem elhante é adotada po r M eyer (2004a), ao afirm ar que a análise funcional
feita pelo terapeuta com seu cliente seria um procedim ento de fornecim ento de regras.
O terapeuta, nesse caso, deveria trabalhar com o cliente para que este desenvolva um a
análise funcional do próprio com portam ento e ajudá-lo a usar a análise funcional para
m udar o próprio com portam ento. Para isso, ele p ode apresentar a análise para o cliente
(Interpretação ) ou trabalhar colaborativam ente com o cliente para desenvolver
um a análise funcional com partilhada. G oldiam ond (1975) recom endou que o
cliente fosse conduzido a elaborar a própria análise funcional, ao invés de recebê-la
p ro n ta do terapeuta. Nesse caso, o terapeuta Solicita relato , Solicita reflexão
e fornece consequências diferenciais às respostas-solução p o r m eio de respostas de
A provação , Facilitação ou Empatia . Isso im plicaria um a participação mais ativa
do cliente no próprio tratam ento. Esse tipo de proposta é consonante com os dados
de M atthew s, C atania e Shim off (1985), que defendem a ideia de que a m odelagem do
com portam ento verbal aum enta a probabilidade de m u d an ça no com portam ento não
verbal correspondente.
80 seção 1
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente tópico teve com o objetivo levantar alguns dos processos que ocorrem
na terapia analítico-com portam ental e as possibilidades de uso das categorias do
SiM CCIT para o seu estudo. É im portante ressaltar que as categorias desenvolvidas,
3 ) capítulo 81
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
por seu caráter generalista, visam a um m apeam ento geral das respostas típicas que
ocorrem ao longo do processo, mas não têm com o objetivo a discrim inação precisa
de especificidades que ocorrem dentro de cada classe de eventos. Por exemplo, um a
Interpretação pode envolver o estabelecim ento de relações explicativas com patíveis
ou não com os pressupostos da terapia analítico-com portam ental, e não é p arte da
proposta desse sistem a fazer essa diferenciação. O pesquisador cujo problem a de
pesquisa envolve questões desse tipo pode, em um segundo m om en to de análise,
p ropor subcategorias ou categorias de análise que p erm itam tal diferenciação.
82
capítulo 4
APLICAÇÃO DO SiMCCIT EM UM CONJUNTO DE SESSÕES
DE TERAPIA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL
Este estudo foi desenvolvido com o p arte da tese de do u to rad o do prim eiro autor,
de m odo a ilustrar a aplicabilidade do SiM CCIT a sessões terapêuticas em diferentes
etapas do processo. A análise das sessões teve um caráter exclusivam ente descritivo
sem um a questão específica de investigação. A sistem atização dos dados visou à
identificação de alguns padrões de interação ao longo das três sessões selecionadas.
MÉTODO
PARTICIPANTES
MATERIAL E EQUIPAMENTOS
capítulo 83
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
3. so ftw a re s M ic ro so ft W o rd e Excel;
4. três sessões de terapia registradas por m eio de gravação em vídeo;
5. um m ix e r, fornecido pela em presa N o ld u s T e c h n o lo g y ®.
AMBIENTE
Idem ao C apítulo 2.
SELEÇÃO DOS D A D O S P A R A A N Á L I S E
PROCEDIMENTO PARA C A T E G O R IZ A Ç Ã O
84 seção 1
categorização do eixo referente ao tem a da sessão, o que não foi possível nesta etapa
da pesquisa, urna vez que foi priorizado o investim ento na análise e revisão de outros
eixos de categorização.
capítulo 85
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
RESULTADOS
FIGURAI
SOMA DAS CATEGORIAS DO EIXO I: RESPOSTAS VERBAIS DO TERAPEUTA E DO
CLIENTE (INCLUINDO RESPOSTAS VERBAIS VOCAIS E GESTOS COMUNICATIVOS) EM
OCORRÊNCIAS E DURAÇÃO (SEGUNDOS), EM CADA UMA DAS TRÊS SESSÕES E NO
TOTAL DAS TRÊS SESSÕES ANALISADAS
Legenda: T = Terapeuta; C = Cliente; S02 = Sessão 2; S 11 = Sessão! 1; S 17 = Sessão 17.
86 seção 1
N ota-se que as respostas verbais da cliente ocuparam oito vezes o tem po de fala do
terapeuta. Isso indica que um a única fala da cliente tendia a ser m aior que as falas do
terapeuta, enquanto, em núm ero de ocorrências, as respostas do terapeuta superaram
as do cliente, diferença que se m ostra consistente em todas as três sessões analisadas.
A Figura 2 apresenta a duração m édia das falas do terapeuta e da cliente com relação
ao tem p o de duração de cada sessão.
N ota-se, na Figura 2, que a duração m édia das falas da cliente foi m aior na Sessão
2 do que nas sessões seguintes e a duração m édia das falas do terapeuta, em bora m uito
m en o r que a do cliente, foi aum entando ligeiram ente no decorrer das três sessões.
i/i
o
T3
C
D
CTl
<
LU
O
■ Cliente ♦ Terapeuta
FIGURA 2
DURAÇÃO MÉDIA DAS RESPOSTAS VERBAIS DO TERAPEUTA E DA CLIENTE
(INCLUINDO RESPOSTAS VERBAIS VOCAIS E GESTOS COMUNICATIVOS) EM CADA UMA
DAS TRÊS SESSÕES E NO TOTAL DAS TRÊS SESSÕES ANALISADAS
Legenda: S02 = Sessão 2; SI 1 = Sessãol 1; SI 7 = Sessão 17.
)
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4 capítulo 87
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
% 100
) Ocorrência T
90
80 ) Duração T
70
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50
40
30
20
10
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CATEGORIAS
DO CLIENTE
seção
capítulo 89
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
tem po de um segundo para cada ocorrência das categorias do tipo evento, tanto do
terapeuta q uanto da cliente (Facilitação e G estos comunicativos para o terapeuta;
G estos comunicativos p ara a cliente), para as quais não há um registro de tem po de
ocorrência. Essa m udança ocorreu para que a ocorrência desses eventos pudesse ser
visualizada no gráfico de frequência acum ulada.
N ota-se, na Figura 4, que verbalizações de R elato da cliente o correram ao longo
de toda a sessão, acom panhadas regularm ente p o r respostas de Facilitação do
terapeuta. Pode-se notar tam bém que as respostas da cliente de Estabelecimento
de relações ocorreram em períodos específicos da sessão, geralm ente antecedidos
E stabelecimento de relações .
O terapeuta e a cliente perm aneceram , durante grande parte do decorrer da sessão,
em itindo respostas de Autoestimulação (no caso da cliente, m exendo nos cabelos
enquanto falava). O terapeuta apresentou tam bém m uitos Bocejos e M ovimentos
repetitivos , especialm ente no intervalo de 750 a 1570 segundos, período em que houve
90
FIGURA 4
DISTRIBUIÇÃO DAS CATEGORIAS MAIS FREQUENTES DO TERAPEUTA E DA CLIENTE
AO LONGO DA SESSÃO 2, EM FREQUÊNCIA ACUMULADA DE TEMPO DE OCORRÊNCIA
(SEGUNDOS). As barras coloridas abaixo do eixo horizontal representam a distribuição
no tempo do Eixo III: Respostas motoras deT e C e do qualificador do Eixo LTom
emocional da interação.
Legenda: C-Cliente;T-Terapeuta; Motor-Comportamentos motores do terapeuta ou do cliente; Auto
Est-Auto-Estimulação; Mov Rep-Movimentos Repetitivos; Mud Post-Mudanças de Postura; Tom
Emoc-Tom Emocional da Interação.
© capítulo
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
91
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
É possível observar tam bém , na Figura 4, que o tom em ocional da interação, tanto
para cliente quanto para terapeuta, oscilou, na m aior p arte do tem po, entre N eutro
e Po sitiv o i para am bos. A penas no final da sessão houve dois episódios em que a
fala da cliente teve o tom N egativo i . Vale ressaltar que, em am bos os episódios, a
m udança de tom em ocional da cliente foi precedida p o r intervenções do terapeuta; na
prim eira, um a fala de Interpretação e, na segunda, u m a fala de Empatia . Ademais,
o terapeuta não em itiu, nesses episódios, respostas de Bocejo ou M udança de
postura , além de ser m enor a ocorrência de Autoestimulação .
C om base na análise das categorias mais frequentes e na observação dos dados
em frequência acum ulada, um a análise foi conduzida para identificar a probabilidade
de ocorrência de algum as sequências de com portam entos. A Figura 5 m ostra, então,
a probabilidade de transição de cada reposta selecionada do cliente em sequência às
principais respostas verbais do terapeuta.
FIGURA 5
PRO BABILIDAD E DE TRANSIÇÃO DE CATEGORIAS DE RESPOSTAS VERBAIS DO
TERAPEUTA (Empatia; Interpretação; Solicitação de Reflexão; Solicitação de Relato)
PARA CATEGORIAS DO CLIENTE (Relata; Estabelece Relações e Concorda), COM UM
INTERVALO ATÉ QUATRO SEGUNDOS, NA SESSÃO 2
92 seção
4 ) capítulo 93
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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FIGURA 6
PERCENTUAL DE OCORRÊNCIA E DE TEM PO OCUPADO POR CADA CATEGORIA
DE COMPORTAMENTO VERBAL DO TERAPEUTA E DA CLIENTE NA SESSÃO 11, EM
RELAÇÃO AO TOTAL DE VERBALIZAÇÕ ES DO PRÓPRIO PARTICIPANTE
94 seção
#
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capítulo 95
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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F IG U R A 7
DISTRIBUIÇÃO DAS CATEGORIAS M AIS FREQUENTES DO TERAPEUTA E DA CLIENTE AO
LONGO DA SESSÃO 11, EM FREQUÊNCIA A CUM ULAD A DE TEM PO DE OCORRÊNCIA
(SEGUNDOS). As barras coloridas abaixo do eixo horizontal representam a distribuição
no tem po do eixo III - respostas motoras d e T e C e do qualificador do eixo I - tom
em ocional da interação.
Legenda: C-Cliente;T-Terapeuta; Motor-Comportamentos motores do terapeuta ou do cliente; Auto
Est-Auto-Estimuiação; Mov Rep-Movimentos Repetitivos; Mud Post-Mudanças de Postura;Tom
Emoc-Tom Emocional da Interação.
seçao
capítulo 97
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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FIGURA 8
PRO BABILIDAD E DE TRANSIÇÃO DE CATEGORIAS DE RESPOSTAS VERBAIS DO
TERAPEUTA (Aprovação, Empatia; Informação, Interpretação; Recom endação,
Reprovação, Solicitação de Reflexão e Solicitação de Relato) PARA CADA UM A DAS
98 seção
que sugere que as inform ações providas pelo terapeuta ten h am com o função justificar
ou contextualizar as recom endações apresentadas. Tanto as Interpretações , quanto
as R ecomendações e Informações providas pelo terapeuta foram seguidas p o r
C oncordância ou R elatos do cliente, o que sugere um a boa aceitação das propostas
do terapeuta pela cliente.
É tam bém notável que, consistentem ente com a literatura (Patterson & Forgatch,
1985; Sturmey, 1996), a reprovação do terapeuta foi seguida de O posição do
cliente, enquanto respostas de A provação foram seguidas de novos R elatos e
Estabelecimentos de relações .
capítulo 99
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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FIGURA 9
PERCENTUAL DE OCORRÊNCIA E DE TEM PO OCUPADO POR CATEGORIA DE
COMPORTAMENTO VERBAL DO TERAPEUTA E DO CLIENTE NA SESSÃO 17, COM
RELAÇÃO AO TOTAL DE VERBALIZAÇÕ ES DO PRÓPRIO PARTICIPANTE
100 seção
capítulo 101
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
FIGURA 10
DISTRIBUIÇÃO DAS CATEGORIAS MAIS FREQUENTES DO TERAPEUTA E DO CLIENTE AO
LONGO DA SESSÃO 17, EM FREQUÊNCIA ACUMULADA DE TEMPO DE OCORRÊNCIA
(SEGUNDOS). As barras coloridas abaixo do eixo horizontal representam a distribuição
no tempo do eixo III - respostas motoras deT e C e do qualificador do eixo I - tom
emocional da interação.
Legenda: C-Cliente;T-Terapeuta; Motor-Comportamentos motores do terapeuta ou do cliente; Auto
Est-Auto-Estimulação; Mov Rep-Movimentos Repetitivos; Mud Post-Mudanças de Postura; Tom
Emoc-Tom Emocional da Interação.
102 seção
FIGURA 11
PROBABILIDADE DE TRANSIÇÃO DE CATEGORIAS DE RESPOSTAS VERBAIS DO
TERAPEUTA (Aprovação, Empatia; Informação, Interpretação; Recomendação,
Reprovação, Solicitação de Reflexão e Solicitação de Relato) PARA CADA UMA DAS
RESPOSTAS VERBAIS DO CLIENTE SELECIONADAS (Relata; Estabelece Relações,
Concorda e Oposição), COM UM INTERVALO ATÉ QUATRO SEGUNDOS, NA SESSÃO 17
4 ) capítulo 103
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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FIGURA 12
OCORRÊNCIA E DURAÇÃO DOS QUALIFICADORES GESTOS ILUSTRATIVOS EM CADA
UM A DAS CATEGORIAS NO CONJUNTO DE SESSÕ ES
104 seçao
Pode-se notar, na Figura 12, que, com exceção das categorias do terapeuta
Facilitação e Solicitação de relato e do cliente Solicita , o qualificador G estos
ilustrativos acom panha a m aior parte das ocorrências de respostas verbais do
C O M P A R A Ç Ã O EN TRE A S S E S S Õ E S
105
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
capítulo
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
FIGURA 13
DURAÇÃO E TOTAL DE O CORRÊNCIAS DE CADA UM A DAS CATEGORIAS DO
TERAPEUTA E CLIENTE NAS TRÊS SESSÕ ES ANALISADAS
106 seção
capítulo 107
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
C O N S ID E R A Ç Õ E S A R E S P E IT O D O E S T U D O
108 seção 1
capítulo 5
POSSIBILIDADES DE SISTEMATIZAÇÃO
DE DADOS NA PESQUISA DE PROCESSO
S IS T E M A T IZ A Ç Ã O E M T O R N O D A F R E Q U Ê N C IA E P E R C E N T U A L D E O C O R R Ê N C IA
Parte das pesquisas nessa área tem com o estratégia a m edida da frequência de
diferentes classes de com portam entos observados, correlacionando essa frequência
com outros elem entos, tais com o a abordagem adotada pelo terapeuta (p. ex., B runnik
& Schroeder, 1979; Hill & 0 ’Grady, 1985; Rodrigues, 1997), o tem po de experiência do
terapeuta (p. ex., D onadone, 2004; Novaki, 2003) ou os resultados do tratam en to (p. ex.,
B ãnninger-H uber & W idm er, 1997). D iferentes form as de análise e sistem atização dos
dados do SiM CCIT têm sido conduzidas com base nesse tipo de m edida: análises de
frequência sim ples de ocorrência das categorias ou frequência percentual; frequência
das categorias no estudo e/ou frequência das categorias por sessão.
As Figuras 1 e 2 apresentam a sistem atização da frequência de ocorrências de cada
categoria de com portam entos do terapeuta e do cliente, respectivam ente, em um a
sessão (Sadi, 2011). D ados de frequência com o os dessas duas figuras in fo rm am -n o s
pouco um a vez que eles não são com parados entre si sessão a sessão nem com outras
terapias.
FIGURA 1
EXEM PLO DE SISTEMATIZAÇÃO DE DADOS EM TORNO DA FREQUÊNCIA DE
OCORRÊNCIA DE CATEGORIAS DO SIMCCIT DE COMPORTAM ENTOS DO TERAPEUTA
EM UM A SESSÃO DE TERAPIA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL (SADI, 2011)
Legenda: SRE- Solicitação de Relato; FAC- Facilitação; EMP- Empatia; INF- Informação; SRF-
Solicitação de reflexão; REC- Recomendação; INT- Interpretação; REP- Reprovação;TOU-
Outras vocal; TSL-Terapeuta permanece em silêncio.
110 seção 1
FIGURA 2
EXEM PLO DE SISTEMATIZAÇÃO DE DADOS EM TORNO DA FREQ UÊNCIA DE
OCORRÊNCIA DE CATEGORIAS DO SIMCCIT DE COMPORTAMENTOS DO CLIENTE EM
UM A SESSÃO DE TERAPIA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL (SADI, 2011)
Legenda: SOL-Solicitação; REL- Relato; MEL-Melhora; MET- Meta; CER- Estabelecimento
de Relações; CON - Concordância; OPO- Oposição; COU- Outras vocal; CSL- Cliente
permanece em silêncio.
5 ) capítulo 111
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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FIGURA 4
PORCENTAGENS DAS CATEGORIAS RELATO [REL] E ESTABELECIMENTO DE RELAÇÕES
[CER] DO CLIENTE AO LONGO DAS TREZE SESSÕ ES (SADI, 2011)
112 seçao
FIGURA 5
CATEGORIAS DE COMPORTAMENTO DO TERAPEUTA DO EIXO VERBAL VOCAL DO
SIMCCIT, DE ZAM IGNANI (2007). Com paração da frequência de ocorrência percentual
dos com portam entos de dois terapeutas em duas sessões: um com um adulto
diagnosticado com Transtorno de Personalidade Borderline e o outro com uma
criança opositora.
Legenda: EMP: Empatia; SRE: Solicitação de relato; FAC: Facilitaçâo; INI : Interpretação;
SRF: Solicitação de Reflexão; REP: Reprovação; INF: Informação; APR: Aprovação; REC:
Recomendação.
O uso exclusivo da m edida de frequência tem sido criticado p o r alguns autores (p.
ex., D onadone, 2004; Hill, 2001; Russel & Trull, 1986; Stiles, 1999) pela inform ação
pouco específica que ela oferece sobre aquilo que determ ina a ocorrência da resposta.
Para esses autores, a m edida apropriada para o estudo de processo deveria registrar
não só a ocorrência da resposta m as tam bém identificação de processos interpessoais
relevantes. A sim ples m edida de frequência de u m a d eterm in ad a classe de respostas do
; 5 ) capítulo 113
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
terapeuta não p erm ite avaliar a sua qualidade ou efetividade, bem com o o m om ento
ou o contexto em que ela seria m ais apropriada (Hill, 2001, Stiles, 1999).
As m esm as m edidas podem ser tom adas a respeito de duração: duração de cada
categoria por sessão ou p o r estudo, com putada em valores absolutos ou porcentuais.
A análise de frequência e de duração em vários estudos m o stro u algum as diferenças
típicas entre as m edidas de frequência e duração. Por exemplo, algum as categorias,
com o o caso da F a c i l i t a ç ã o , tendem a ocorrer em m aior frequência, m as com cu rta
duração, enquanto outras, tais com o a I n t e r p r e t a ç ã o , o correm em baixa frequência,
m as com m aior duração. A análise unicam ente em term os de frequência tenderia a
supervalorizar a prim eira, enquanto a duração ten d eria a destacar a segunda.
D ados de frequência e de duração, apresentados de form a percentual ou não, são
especialm ente úteis para com parar casos (com o na Figura 5) e indicar m udanças ao
longo do tem po, com o apresentado na Figura 4.
A m edida de duração, por vezes, exige recursos a equipam entos que p erm itam a
categorização dos dados d iretam ente por meio de vídeo, recursos que p o d em dificultar
o andam ento da pesquisa. A lguns autores, levando em consideração essas lim itações,
recorreram a m edidas indiretas do tem po da interação. Z am ignani (2001) utilizou,
com o m edida análoga ao tem po, o núm ero de linhas da transcrição da sessão ocupadas
por um a d eterm inada categoria. D onadone (2004), em busca de estudar a ocorrência
de orientações na sessão, utilizou o núm ero de palavras contidas em cada verbalização
do terapeuta categorizada com o orientação e do cliente categorizada com o auto-
orientação, com parando-as com o núm ero total de palavras proferidas p o r participante
na sessão. Baptistussi (2001), p o r sua vez, utilizou a frequência de palavras em um
determ inado intervalo de tem po com o indicador do nível de participação do cliente
na interação terapêutica. As soluções oferecidas pelos pesquisadores p roporcionaram
inform ações relevantes sobre as interações estudadas, e o uso dessas estratégias pode
ser boa alternativa quando não há recursos para outro tipo de registro ou q u ando não
há necessidade de acesso a variáveis não vocais da interação.
114 seção 1
FIG U RA 7
COMPARAÇÃO ENTRE FREQUÊNCIA E DURAÇÃO DAS CATEGORIAS DO CLIENTE
NO SIMCCIT AO LONGO DE SEIS SESSÕ ES ANALISADAS PARA O PARTICIPANTE 1
(VERNUCIO, 2012)
Legenda: SOL-Solicitaçâo; REL- Relato; MEL-Melhora; MET- Meta; CER- Estabelecimento
de Relações; CON - Concordância; OPO- Oposição; COU- Outras vocal; CSL- Cliente
permanece em silêncio.
5 } capítulo 115
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
116 seção
FIGURA 8
PERCENTUAL DE OCORRÊNCIA E DE TEM PO OCUPADO POR CATEGORIA DE
COMPORTAMENTO VERBAL DO TERAPEUTA E DA CLIENTE NA SESSÃO 2, COM
RELAÇÃO AO TOTAL DE VERBALIZAÇÕ ES DO PRÓPRIO PARTICIPANTE
5 capítulo 117
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
ANÁLISE DE SEQUÊNCIAS
seção 1
FIG U RA 9
PRO BABILIDAD E DE TRANSIÇÃO DE O CLIENTE ESTABELECER RELAÇÕES APÓ S
SOLICITAÇÃO DE REFLEXÃO PELO TERAPEUTA NAS SESSÕ ES 2,11 E 17
(ZAMIGNANI, 2007).
FIGURA 10
PORCENTAGEM DE COMPORTAMENTOS DE OPOSIÇÃO E NÃO OPOSIÇÃO DE UMA
CRIANÇA OPOSITORA APÓ S CADA CATEGORIA DE COMPORTAMENTO DO TERAPEUTA
DO SIMCCIT NO ESTUDO DE DEL PRETTE (2006)
120 seção 1
FIGURA 11
PORCENTAGEM DE OCORRÊNCIA DE COMPORTAMENTOS DE TERAPEUTA E DE
CLIENTES ANTES DA EM ISSÀO DE UM A ORIENTAÇÃO PELO TERAPEUTA NO ESTUDO
DE DO NADONE (2009)
Na Figura 11, pode-se verificar que orientações do terapeuta são m ais prováveis
depois de ele ter feito solicitações de reflexão e interpretação e depois de o cliente ter
estabelecido relação entre eventos. A orientação é nula após solicitações do cliente, ou
seja, não é dada diretam ente depois de pedidos de orientação (D onadone, 2009).
A análise sequencial não perm ite, entretanto, a identificação de padrões mais
com plexos de interação, que não podem ser identificados ou investigados m ediante a
contagem de sequências particulares de ação. O com portam en to verbal, especialm ente,
é um fenôm eno que ocorre sob controle de variáveis m últiplas, que p o dem estar em
eventos distantes no tem po ou em variáveis extrassessão e que, portanto, não p o dem
ser acessadas apenas pela observação da interação entre eventos im ediatam ente
contíguos. A análise de padrões mais com plexos pode envolver a identificação de
relações entre eventos distantes tem poralm ente ou de classes de resposta de ordem
superior (Catania, 1999).
5 ) capítulo 121
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
122 seção 1
lim itações, sendo necessária a com binação de diferentes m étodos de m odo a responder
à necessidade do pesquisador.
A sistem atização em to rn o das categorias do SiMCCIT, p o r sua vez, pode ocorrer
m ediante a seleção de categorias específicas de interesse do pesquisador ou m esm o
o agrupam ento de categorias, de m odo a com por o fenôm eno de interesse. Nos
estudos de Pinto (2007) e A m aral (2010), categorias do SiM CCIT foram com binadas
para o desenvolvim ento de um a pesquisa com m anipulação experim ental na sessão
terapêutica p ara investigar a correspondência fazer-dizer no co m p o rtam en to do
terapeuta.
P artindo da literatura de form ação em terapia analítico-com portam ental (H ackney
e Nye, 1973/1977; K ohlenberg e Tsai, 1991; Zaro, Barach, N edelm an e D reiblatt,
1977/1980), as pesquisadoras selecionaram três com portam entos-alvo dos terapeutas,
dois dos quais tidos com o necessários para um b om atendim ento, e o terceiro com o um
co m p o rtam ento indesejável. Para a definição dos com portam entos-alvo, as categorias
do SIM CCIT foram com binadas em torno de novas categorias, sendo acrescentadas
algum as especificações das pesquisadoras. C ada com portam ento-alvo foi descrito da
seguinte m aneira:
123
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registradas em áudio e transcritas, a p artir das quais foram selecionados doze episódios
representativos de cada um dos com portam entos-alvo, utilizados posterio rm en te
com o foco de quatro entrevistas. D urante as entrevistas, as pesquisadoras relatavam o
trecho da sessão que precedia o com portam ento-alvo em questão e perguntavam ao
terapeuta o que ele havia feito naquela situação. Em seguida à resposta do terapeuta
(correspondente ou não ao o corrido na sessão), a pesquisadora Ha para o terapeuta
o episódio registrado sem apresentar um fe e d b a c k direto sobre se houve ou não
correspondência. A correspondência entre as respostas relatadas e aquelas respostas
observadas nas sessões terapêuticas foi avaliada antes e depois do p rocedim ento de
entrevista, bem com o a frequência de ocorrência dos com portam entos-alvo ao longo
das sessões. C om o efeito do procedim ento, observou-se que não apenas houve o
aprim oram ento da correspondência dizer-fazer, m as tam b ém houve m elhora no
desem penho do terapeuta nas classes observadas, conform e m o stra a Figura 12, do
estudo de Pinto (2007):
FIGURA 12
NÚM ERO DE OCORRÊNCIAS DE CADA UMA DAS TRÊS CATEGORIAS O BSERVADAS NAS
Q UIN ZE SESSÕ ES TERAPÊUTICAS. AS LINHAS VERTICAIS REPRESENTAM O M OM ENTO
EM Q UE FOI REALIZADA A INTERVENÇÃO
124 seção 1
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O SIM C ITT tem -se m ostrado um a potente ferram enta para a produção de dados
que perm item análises tradicional m ente utilizadas na literatura clínica. C om o visto,
essa apresentação de dados pode ser feita com base em frequência de ocorrência ou
duração, aquela que representar m elhor as m udanças no tem po ou a com paração entre
estudos. A apresentação desses dados de form a percentual perm ite com parações entre
categorias, entre sessões e entre casos. Mas esses dados isolados não os inform am
m uito sobre processos com portam entais. A análise de sequências de com portam entos
perm ite m aior com preensão dos processos com portam entais que estejam sendo
responsáveis p o r m udanças ocorridas na psicoterapia.
A dicionalm ente, a utilização das categorias do SIM CITT para a observação de
classes com plexas de análises m ostrou-se um potente instru m en to para evidenciar os
resultados de intervenções sobre categorias do “bom atendim ento clínico”, revelando
os resultados de processos de intervenção mais explícita e controlada com o o ocorrido
no estudo de Pinto (2007).
Essas dem onstrações atestam que o SIM CITT tem um valor heurístico que
perm ite a descrição e a análise de processos clinicos mais naturalísticos, com o
tam bém apresenta base para o ensino de habilidades terapêuticas em processos com
características de pesquisa aplicada com ou sem m anipulação experim ental no interior
da sessão terapêutica.
capítuio 125
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SEÇÃO II
capítulo 6
AJUSTES NO SiMCCIT COM CRIAÇÃO DE BANCO DE
DADOS DE COMPORTAMENTOS DE TERAPEUTAS
COMPORTAMENTAIS1
-gradeço aos colaboradores que muito contribuíram para a criação e análise do banco de dados: Renata
: e"eira dos Santos Coelho, Daniela Tsubota, Victor Mangabeira Cardoso dos Santos, Victor Nicolino e Luiz
i a dos Santos (estatístico).
6 : capítulo 129
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ESTUDO 1
COMPARAÇÃO ENTRE DEZ SISTEMAS DE CATEGORIZAÇÃO
MÉTODO
O prim eiro passo para a com paração entre os sistem as de categorias foi o de reduzir
as treze categorias para verbalizações do terapeuta propostas p o r Z am ignani (2007)
a dez. As dez categorias re v isa d a s são S o l i c i t a ç ã o d e in f o r m a ç ã o , Fa c il it a ç ã o ,
RESULTADOS
130 seção 2
FIGURA 1
TOTAL DE CATEGORIAS CO RRESPO NDENTES ÀS CATEGORIAS REVISADAS,
APRESENTADAS EM DEZ SISTEMAS DE CATEGORIZAÇÃO DE COMPORTAMENTOS
DO TERAPEUTA, E TOTAL DE AUSÊNCIAS D ESSAS CATEGORIAS. AS CATEGORIAS
PROPOSTAS ESTÃO EM ORDEM DECRESCENTE DE NÚM ERO DE CATEGORIAS NELAS
INCLUÍDAS
)
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6 capítulo 131
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132 seção 2
CONSIDERAÇÕES FINAIS
ESTUDO 2
BANCO DE DADOS DE COMPORTAMENTOS DE TERAPEUTAS EM SESSÕES DE
TERAPIA COMPORTAMENTAL
134 seção 2
MÉTODO
capítulo 135
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136 seção 2
O banco de dados foi criado no program a SPSS 13.0 com a seguinte estrutura: a
prim eira coluna do banco de dados contém o núm ero de identificação da pesquisa; a
segunda refere-se à experiência do terapeuta de acordo com a seguinte classificação:
(1) pouco experiente (terapeutas em form ação ou terapeutas já form ados com até
cinco anos de experiência) e (2) experiente (com mais de oito anos de experiência);
a terceira especifica o núm ero do cliente dentro do estudo. Se o estudo apresentou
dados de cinco clientes, as inform ações das duas prim eiras colunas perm aneciam , e,
nas colunas seguintes, os dados de cada um dos clientes eram apresentados; a q u arta
indica o gênero do cliente: sendo 1 o m asculino e 2 o fem inino; a quinta contém a
idade do cliente; a sexta indica a sessão cujos dados percentuais são apresentados nas
colunas seguintes (único dado com parável por m eio dos estudos).
TABELA 1
EXEM PLO DE ENTRADA DE INFORM AÇÕES E PREENCHIM ENTO DO BANCO DE DADOS
6 J capítulo
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137
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Foram analisados os dados das sessões de 1 a 30. Para um a cada delas houve um
m ínim o de cinco ocorrências no total do banco de dados. Na Tabela 2 é apresentado
o núm ero de observações p o r sessão do banco de dados, da sessão 1 à sessão 30, além
do núm ero total de sessões e o nível de experiência.
A seleção do m aterial resultou em 16 estudos que, juntos, analisam 494 sessões
de psicoterapia realizadas po r 42 terapeutas com 64 clientes. Na Tabela 2, abaixo, são
apresentadas as inform ações das pesquisas que fazem p arte do banco de dados. As
inform ações para recuperação de cada estudo enco n tram -se nas referências.
TABELA 2
INFORM AÇÕES SOBRE 16 PESQ UISA S BRASILEIRAS DE INTERAÇÃO TERAPÊUTICA
138 seção 2
experiente; exp=experiente.
capítulo 139
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RESULTADOS
SOLICITAÇÃO DE INFORMAÇÃO
]----------
| FIGURA 2
PORCENTAGEM M ÉDIA DE SOLICITAÇÃO DE INFORMAÇÃO PARA O CONJUNTO DAS
TERAPIAS AO LONGO DAS SESSÕES. AS BARRAS REPRESENTAM DOIS ERROS PADRÃO
(EP) A MAIS E A M EN O S
140 seção 2
FACIL1TAÇÃO
FIG U RA 3
PORCENTAGEM M ÉDIA DE FACILITAÇÃO PARA O CONJUNTO DAS TERAPIAS AO
LONGO DAS SESSÕES. AS BARRAS REPRESENTAM DOIS ERROS PADRÃO (EP) A MAIS E
AM ENO S
141
6 ) capítulo
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INFORMAÇÃO
FIG U RA 4
PORCENTAGEM M ÉDIA DE INFORMAÇÃO PARA O CONJUNTO DAS TERAPIAS AO
LONGO DAS SESSÕES. AS BARRAS REPRESENTAM DOIS ERROS PADRÃO (EP) A MAIS
E AM ENO S
142 seção 2
RECOMENDAÇÃO
FIG U RA 5
PORCENTAGEM MÉDIA DE RECOM ENDAÇÃO PARA O CONJUNTO DAS TERAPIAS AO
LONGO DAS SESSÕES. AS BARRAS REPRESENTAM DOIS ERROS PADRÃO (EP) A MAIS
E A M ENO S
capítulo 143
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INTERPRETAÇÃO
| FIGURA 6
PORCENTAGEM M ÉDIA DE INTERPRETAÇÃO PARA O CONJUNTO DAS TERAPIAS AO
LONGO DAS SESSÕES. AS BARRAS REPRESENTAM DOIS ERROS PADRÃO (EP) A MAIS
E AM ENO S
144 seção 2
PROVER CONSEQUÊNCIAS
FIGURA 7
PORCENTAGEM M ÉDIA DE PROVER CONSEQUÊNCIAS PARA O CONJUNTO DAS
TERAPIAS AO LONGO DAS SESSÕES. AS BARRAS REPRESENTAM DOIS ERROS PADRÃO
(EP) A MAIS E A MENOS
6 caoítulo 145
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DISCUSSÃO
Esta pesquisa perm itiu verificar que a com binação de dados de categorização da
interação terapêutica proveniente de diferentes estudos brasileiros apresenta algum as
regularidades. Q uando analisados individualm ente, tais estudos p erm item pouca ou
n en h u m a generalização dos dados na análise de outros processos terapêuticos, o que
em parte é explicado pelo grande núm ero de variáveis não controladas e/ou específicas
de cada pesquisa. Por outro lado, a com binação proposta d im in u i o efeito de variáveis
espúrias e pocie gerar regularidades dos com portam entos verbais vocais do terapeuta
durante o processo terapêutico.
A análise das categorias com dados agrupados perm ite algum as conclusões
sobre os com portam entos do terapeuta em trinta sessões. As categorias S o licita çã o
d e in fo rm a ç ã o , In fo r m a ç ã o e F acilitação foram m ais frequentes nas prim eiras sessões
em com paração com as sessões posteriores. Tais resultados são coerentes com
a ideia de que, no início do processo terapêutico, deva haver um a coleta de dados
e o estabelecim ento de um a relação na qual o terapeuta seja um a audiência não
punitiva (Zam ignani, 2007). Passadas as sessões iniciais, observou-se um a dim inuição
porcentual em tais categorias.
Já as categorias R e c o m e n d a ç ã o , In te rp re ta ç ã o e P ro ver c o n se q u ê n c ia s, que podem
ser consideradas m ais interventivas, foram m ais frequentes em sessões posteriores.
Esse resultado tam bém é coerente com o esperado no processo terapêutico, visto que.
após o período inicial de estabelecim ento da relação, o terap eu ta detém inform ações
que aum entam a probabilidade de as intervenções serem efetivas.
146 seção 2
A lgum as ressalvas devem ser feitas no estudo em pauta: prim eiram ente, as
categorias utilizadas para análise nos diferentes estudos aqui reunidos não coincidem
totalm ente com as categorias utilizadas no banco de dados. A lgum as aproxim ações
foram realizadas para p erm itir a análise aqui apresentada; segundo, os dados estão
representados percentualm ente, logo a m udança nos valores de u m a categoria im plica
a m udança em um a ou m ais categorias. Terceiro, e m uito im portante, é considerar
esses dados com o auxiliadores para a com preensão de processos terapêuticos
com portam entais.
Os resultados obtidos devem auxiliar supervisores a ensinar novos terapeutas
com portam entais, m as não devem ser tom ados prescritivam ente, visto que não
p artiram de am ostras aleatórias e totalm ente representativas. Para au m en tar o alcance
dos resultados, novos dados precisam ser inseridos no banco de dados. Esses dados
podem ser provenientes de outras form as de terapias e de publicações em diversos
locais do m undo. De qualquer form a, diversas questões de pesquisa podem ser
retiradas dos resultados aqui apresentados, o que auxiliará a m anutenção do próprio
banco de dados.
6 ) capítulo 147
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2 39 ■ 44,37 23,13 4,95 10,19 14,78 10,90 10,28 12,85 10,70 10,60
3 33 ■ 40,83 22,90 2,20 4,60 10,91 9,91 11,19 13,03 14,63 12,79
4 33 42,19 24,87 2,90 4,79 9,33 9,13 11,12 12,91 16,72 13,97
5 30 35,50 19,04 2,93 4,43 10,16 7,67 14,65 13,73 18,71 11,92
6 28 35,83 16,4 7 3,81 5,27 9,28 6,80 14,39 11,36 19,98 12,65
7 20 25,67 13,89 3,60 6,84 11,61 8,10 14,59 12,01 22,47 11,83
8 22 26,74 17,58 5,39 7,46 15,96 14,35 15,08 13,80 16,03 11,81
9 19 26,41 16,03 4,27 6,87 12,28 8,49 17,33 13,86 17,54 13,05
10 13 24,51 12,50 3,54 11,65 8,56 7,70 16,37 11,36 24,36 15,67
11 15 23,94 12,51 5,37 13,39 8,62 9,81 17,06 10,74 22,52 14,20
12 15 22,31 10,78 2,62 6,22 13,29 15,77 16,57 14,35 19,80 15,35
13 9 26,80 11,69 2,11 4,55 9,00 7,73 17,60 14,40 20,29 11,15
14 15 25,98 12,59 5,24 8,08 9,43 9,51 18,26 15,03 24,93 16,49
15 9 27,35 14,20 5,37 9,01 11,42 9,85 20,32 15,04 20,90 11,81
16 10 26,04 9,29 4,25 6,22 11,98 7,48 9,57 15,37 25,72 19,00
17 10 15,19 12,58 7,03 13,00 8,46 11,94 15,59 15,98 30,01 21,26
18 10 : 21,89 5,93 5,06 8,01 10,65 8,86 16,59 18,52 22,75 16,99
19 7 18,30 6,61 0,99 2,61 7,73 11,11 17,91 12,27 29,45 15,46
20 9 22,54 14,35 4,84 7,55 7,46 6,57 18,68 21,38 21,89 14,31
22 11 21,93 14,37 4,31 5,24 9,61 S,98 11,40 16,07 20,84 16,22
23 10 18,42 14,80 4,85 6,27 9,18 9,91 16,75 22,06 19,15 12,48
24 5 24,44 9,16 0,71 1,58 2,01 2,82 16,37 8,67 39,75 4,12
26 5 25,84 9,88 1,24 2,28 10,21 15,34 15,06 12,58 28,42 15,6
27 5 24,66 5,87 3,64 5,88 11,12 12,03 14,30 14,42 31,10 15,56
28 6 30,36 14,52 3,00 3,89 7,98 7,81 13,08 10,08 31,12 15,43
29 5 23,33 11,49 4,35 6,76 9,62 10,76 11,44 14,32 28,92 15,17
30 5 20,25 7,97 1,28 1,88 11,26 13,51 9,70 4,51 37,21 14,34
TOTAL 447 31,33 18,97 4,00 7,32 11,32 10,89 13,65 13,60 19,46 14,62
148 seção
PROVER
A.EMPATIA B.CONCORDÂNCIA CDISCORDÂNCIA OUTROS
CONSEQUÊNCIAS
édia DP Média DP Média DP Média DP M édia DP
' 2,54 10,51 2,60 4,88 2,57 5,89 0,50 1,22 2,5/
2,14 C>- -
'6,05 10,66 1,78 4,10 1,70 3,82 0,66 2,00
14,10 10,05 2,62 6,03 1,60 2,85 0,57 1,21 2,70 3,48
20,03 12,11 2,29 4,41 2,98 6,13 0,35 0,74 2,03 3,00
18,74 10,73 3,81 5,37 3,64 7,06 0,81 1,52 2,44 4,28
20,29 10,90 3,61 6,48 4,12 10,86 0,45 0,80 2,20 5,30
21,97 10,31 0,86 2,98 0,00 0,00 0,20 0,69 1,04 2,43
18,69 10,02 2,30 5,22 1,02 2,70 0,36 0,79 4,45 13,25
24,57 16,8/ 2,46 4,95 0,35 0,93 0,10 0,39 1,08 796
22,95 11,37 2,58 7,75 0,21 0,62 0,00 0,00 1,25 2,25
14,02 8,87 2,86 4,7 3 1,03 1,84 1,16 3,26 2,67 4,16
13,95 11,61 3,19 7,39 0,42 1,19 0,14 0,40 1,46 2,45
21,61 16,95 4,50 8,34 0,08 0,26 0,92 2,40 0,82 1,78
21,10 15,12 2,52 5,38 1,68 3,52 1,1 I 2,41 2,62 3,82
24,41 9,01 1,35 3,58 0,37 0,98 0,74 1,95 722 2,87
19,36 9,89 4,51 8,53 1,17 2,41 0,48 718 5,22 12,89
25,61 13,16 4,72 8,77 0,99 1,74 0,32 0,84 1,95 3,44
29,55 21,66 6,61 11,76 2,06 3,43 1,04 2,55 2,36 8,63
28,51 21,16 6,74 11,22 1,45 3,07 2,98 8,12 j 3,14 7,07
15,69 13,31 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,04 1,55
12,88 12,80 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,28 9,08
16,35 11,65 0,00 0,00 1,05 2,3 1,05 2,35 ! 2,87 4,59
14,26 8,27 1,62 3,63 1,08 2,42 0,00 0,00 0,91 1,29
i
12,88 8,53 3,11 7,62 0,22 0,54 0,00 0,00 758 2,50
21,08 17,03 0,92 2,í )6 1,23 2,75 0,31 0,69 i 725 1,72
18,92 10,67 0,91 2,03 0,45 1,02 0,45 1,02 1,38 3,08
18,07 12,86 2,86 5,94 1,80 4,50 0,72 2,26 2,34 4,87
6 ) capítulo 149
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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capítulo 7
REFLEXÕES SOBRE ALGUMAS CATEGORIAS DO SiMCCIT NA
PERSPECTIVA DE UMA PESQUISADORA TERAPEUTA
Este texto tem com o objetivo discutir alguns aspectos sobre as categorias do
SiM CCIT com base em um estudo em que foram analisadas, por m eio do Eixo I
do SiM CCIT (Rossi, 2012), sessões de psicoterapias bem -sucedidas e m alsucedidas.
Consiste em reflexões sob a ótica de um a pesquisadora-terapeuta, m otivo pelo qual
será desenvolvido em prim eira pessoa. As funções de pesquisadora e terapeuta no
m esm o estudo perm itiram a análise do processo terapêutico a p artir de um a posição
privilegiada, u m a vez que, em cada um a das funções, há acesso a u m conjunto diferente
de inform ações e experiências.
A análise dos resultados do estudo não indicou diferença significativa entre as
sessões bem -sucedidas e m alsucedidas; entretanto, com o terapeuta da m aior parte dos
casos analisados, eu podia perceber diferenças im portantes entre essas sessões e passei
a levantar hipóteses sobre o resultado.
A p rim eira hipótese considerada foi que o Eixo I do SiM CCIT não seria
suficientem ente sensível para detectar as diferenças entre os processos terapêuticos
estudados. Dessa form a, voltei m in h a atenção para os episódios das interações nos
quais eu percebia diferenças não detectadas na categorização pelo SiMCCIT. Nesses
episódios, foi possível detectar que as categorias Relato , R elações e C oncordância
apresentavam lim itações relevantes, que serão discutidas a seguir.
7 ) capítulo 151
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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m e ta d e do c a m in h o e c o m e ç o u a fa la r q u e tin h a fic a d o c h a te a d o d e m e
e n c o n tr a r co m Ioda a ga lera na r u a ”.
152 seção 2
CL: Q ue nem eu gosto m uito é do Jack N icholson. Assim, é o ator que você
vê e “pu tz”! Ele é a profissão dele. Nossa! C ada personagem diferente.
Nossa! É m uito legal. Ele é m eu ícone, entendeu? Ele é m uito bom . Ele
é m uito bom .
T: É, porque você falou “O ” ator e na verdade não existe “O ” ator, existem
vários, né?
CL: Existem vários, mas assim, sabe? Tem que... Na verdade, que nem ... Eu
fui fazer um... M inha m ãe fica no m eu pé: “Ai, vai p ro cu rar Deus, vai
p ro cu rar D eus” e lá lá lá...
T: Sua m ãe o quê?
CL: P rocurar Deus. Ela sabe que eu sou ateu.
capítulo 153
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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154 seção 2
O trecho em destaque sugere fortem ente que o cliente tenha se esquivado de falar
sobre um tem a difícil: ser mal avaliado. Essa análise é im portante em term o s clínicos,
pois deveria levar o terapeuta a atentar para os eventos que o cliente considera aversivo.
E ntretanto, ao que pude constatar, essas diferenças sutis na qualidade dos relatos dos
clientes não podem ser detectadas por m eio da categoria R e l a t o do SiMCCIT. Na
descrição dessa categoria, os relatos são apresentados de form a indiscrim inada, não
havendo diferenciação entre relatos de m aior ou m enor qualidade, ou de m aior ou
m enor relevância, para a terapia. Em um contexto de análise clínica, a qualidade dos
relatos influencia a interação terapêutica, e, da form a com o a categoria é apresentada,
os relatos da prim eira e do segundo cliente, descritos anteriorm ente, bastante diversos
enquanto m aterial de análise terapêutica, seriam agrupados da m esm a forma.
capítulo 155
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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pensam entos ou reflexões sobre determ inado tem a elaborando algum tipo de relação
explicativa, causal ou de regularidade entre eventos, ou levantando alternativas de
ação e suas possíveis consequências (análise de consequências).
Em linhas gerais, os critérios estabelecidos para a categoria R e l a ç õ e s englobam
o com portam ento do cliente de se analisar funcionalm ente. Tal co m p o rtam en to é
extrem am ente relevante para a terapia analítico-com portam ental. Esse fator poderia
dar um destaque especial à categoria R e l a ç õ e s . N o entanto, essa categoria tam bém
abrange inferências sobre com portam entos de terceiros e atribuições diagnósticas ou
rótulo para seus com portam entos ou de terceiros. Logo, isso sugere que, dentro da
categoria R e l a ç õ e s , alguns estabelecim entos de relações entre eventos realizados
pelos clientes tam bém podem ser de m aior ou m en o r relevância p ara um contexto
terapêutico.
Para exemplificar, apresento o relato de um cliente que estabeleceu um a relação
entre expressar seus pensam entos e sentim entos e calar-se e “se rem oer por den tro ”:
156 seção 2
R E F L E X Õ E S S O B R E A C A T E G O R IA CON C O RD ÂN C IA
capítulo 157
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concordâncias m ais bem elaboradas do cliente de concordâncias m ais sim ples com o
“nossa!”. O utro problem a estaria no fato de que, se olhássem os um a sessão em que
ocorreram m uitas concordâncias, tenderíam os a concluir que a sessão tivesse sido
p rodutiva (não considerando os casos em que concordar seria um com p o rtam en to -
problem a). Todavia, não saberíam os definir se tais concordâncias seriam , na m aioria,
apenas “certo”, “claro”, “nossa”. Em um trecho extraído de um a sessão em que a cliente
relatou que seu nam orado a viu na rua com os am igos, houve duas concordâncias: a
prim eira foi apenas um “é” e a segunda envolveu um a concordância mais elaborada:
CL: Aí eu disse que não tin h a com o e que eles são m eus am igos e que não
podia fazer nada. Aí ele p erguntou pra m im se eu largaria tudo isso pra
ficar com ele. Aí eu falei que não dava.
T: Q ue era proposta m esm o que você sentiu, p orque quan d o você ficou
com ele...
CL: É...
T: N ão dava pra ficar com todo m undo...
CL: Não dava... N ão era nem ficar. É não ter vínculo algum . Não era nem
ficar. Eu não to falando assim: Ah! Ele não gosta que eu fique 24 horas
com m eus am igos. Eu NÃO posso ter amigos.
158 seção 2
CONSIDERAÇÕES FINAIS
capítulo 159
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apêndice I
Manual revisado para categorização do Sistem a
M u ltid im e n sio n a l de C a te g o riza çã o de C o m p o rta m e n to s da
In tera çã o Tera p êu tica - SiMCCIT1
EIXO I. Categorias referentes ao com portam ento verbal vocal e não vocal do
terapeuta e do cliente
Terapeuta aprova ou concorda com ações ou avaliações do cliente (Aprovação APR) 190
EIXO I-2. Categorização do com portam ento verbal não vocal do terapeuta 205
1 O presente manual apresenta algumas mudanças com relação àquele apresentado na tese de Zamignani
2007). Apresenta algumas correções na redação e modificações nas categorias do Eixo I do terapeuta
"lnterpretação"e "Reprovação" e nos Critérios de inclusão da categoria do Eixo I do cliente "Cliente
estabelece relações entre eventos’'.
1 ) apêndice 163
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EIXO I-4. - Categorização do com portam ento verbal não vocal do cliente 237
164 seção 3
O S is te m a M u ltid im e n s io n a l d e C a te g o riza ç ã o d e C o m p o r ta m e n to s d a In te ra ç ã o
te ra p ê u tic a (SiM CCIT) tem com o elem ento central para categorização os
c o m p o r ta m e n to s verb a is de terapeuta e cliente, que contem plam R esp o sta s verbais
vocais e G estos c o m u n ic a tiv o s (respostas m otoras cuja função é análoga a respostas
verbais vocais), m ediante os quais outras dim ensões do co m p o rtam en to são
tam bém categorizadas. É com posto por três Eixos de categorização', cada um dos
quais representa um a dim ensão ou aspecto do com po rtam en to dos participantes:
Comportamento verbal, Temas e Respostas motoras. Além dos Eixos principais, os
dois prim eiros são com postos tam bém po r Qualificadores, que especificam algum as
propriedades do com portam ento categorizado. O Eixo de categorização referente ao
Comportamento verbal tem com o qualificadores o Tom emocional e a presença ou
ausência de Gestos ilustrativos. O eixo Tema tem com o qualificadores o Enfoque
no tempo e a Condução do tema pelos participantes. Os Eixos e Qualificadores
desenvolvidos foram organizados da seguinte forma:
Eixo II: Tema. A categorização deste eixo não é realizada individualm ente para
cada participante; ele indica o tem a corrente na interação, in d ependentem ente do
falante.
2 Vale lembrar que as categorias referentes aos Eixos II e III não foram submetidas a avaliação de
concordância entre observadores e foram testadas apenas nas etapas iniciais do desenvolvimento do
projeto, não tendo sido testada a categorização de sua versão final. Sua apresentação neste trabalho é
inserida a cargo de sugestão para futuras pesquisas.
1 / apêndice 165
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166 secão 3
1 ) apêndice 167
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EIXO I - 1
CATEGORIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO VERBAL VOCAL DO TERAPEUTA
T em p o e m q u e os e v e n to s referid o s p o d e m te r o co rrid o
C om relação ao tem po em que os eventos ocorreram ou foram relatados, podem
existir (a) eventos ocorridos/relatados im ediatam ente antes, (b) eventos oco rrid o s/
relatados em outros m om entos da m esm a sessão ou (c) eventos ocorridos/relatados
em um passado recente ou rem oto ou em sessões anteriores.
- C indica uma fala de cliente,T uma fala do terapeuta. Um novo diálogo é iniciado em cada marcador».
1) 169
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apêndice
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170 seção 3
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1 ) apêndice 171
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[EMP]
(riso s)
172 seção 3
apêndice 173
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174 seção 3
1 ) apêndice 175
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176 seção 3
Exemplos:
» T: P essoas q u e tê m p r o b le m a s c o m álcool, g e r a lm e n te tê m u m a m á
q u a lid a d e d e sono. [INF]
» T: É m u ito c o m u m q u e a g e n te te n h a u m p o u c o d e d o r de cabeça ou en jo o
logo q u e c o m eça a to m a r o a n tid ep ressivo . M a s d e p o is d e u n s q u in z e d ia s
tu d o vo lta a o n o rm a l. [INF]
apêndice 177
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178 seção 3
179
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apêndice
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Exemplos:
» T: E u g o sta ria q u e você registrasse as situ a ç õ e s q u e te p r o v o c a m a n sie d a d e ,
p a r a q u e p o s s a m o s d is c u tir na s e m a n a q u e v e m . [SRF]
» T: V a m o s f a z e r u m a coisa... eu q u e ro q u e você a n o te e m u m c a d e r n in h o o
q u e você c o m e u e m ca d a refeição, a q u e h o ra s você c o m e u , e se a c o n te c e u
180 seção 3
o bservaçã o é acom panhada de inform ação sobre razões pelas quais o cliente
deve fazer aquela observação, registre a ocorrência de am bas as categorias
- S o l ic it a ç ã o d e reflexã o e I n f o r m a ç ã o - cada u m a no segm ento
apropriado da interação.
Exemplo:
» T: E u v o u su g e rir u m a coisa... q u ero q u e você fa ça u m tip o d e a n o ta ç ã o
p r a m im , d u r a n te essa s e m a n a . E u vou te d a r c e rtin h o o q u e vo cê p recisa
a n o ta r e você v a i fa z e r to d a v ez q u e a p a recer esse tip o d e p e n s a m e n to
[SRF]. P o rq u e se você m e descrever n a ho ra o q u e a co n tec eu , eu v o u ter
tr a b a lh a n d o . D u r a n te u m a s e m a n a a g e n te te m u m a m e d id a legal de
c o m o é q u e isso ocorre ao longo do dia. [INF]
apêndice 1
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2. Modelo: terapeuta declaradam ente oferece seu com p o rtam en to com o exemplo
de com o o cliente deve se com portar.
Exemplos:
» T: A g o ra le n te f a z e r u m p e d id o p a r a m im d a m e s m a f o r m a co m q u e aca b ei
d e fa la r . [REC]
182 seção 3
1 , apêndice 183
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184 seção 3
I ) apêndice 185
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TERAPEUTA INTERPRETA
Sigla: INT
Nome resumido: INTERPRETAÇÃO
Categoria tipo: estado
(*) Esta categoria apresenta m odificações com relação à versão original apresentada
na tese de Z am ignani (2007). As subcategorias D isc o rd â n c ia e In d ic a ç ã o de
c o n tra d iç ã o foram acrescentadas, enquanto a subcategoria C o n fro n ta ç ã o foi
elim inada, sendo corrigidos os respectivos critérios de inclusão/exclusão.
a fe ta m ? ” E n te n d e u ? [INT]
» C: ...n ã o esto u c o n se g u in d o ... tu d o a q u ilo q u e eu m e p ro p u s a f a z e r eu fic o
en ro la n d o ... a ch o q u e eu to m u ito d e sm o tiv a d o ...
se m a n te n h a f a z e n d o d e p e n d e d a c o n se q u ê n c ia d a q u ilo q u e a g e n te
f a z . Q u a n d o a g e n te f a z u m a coisa q u e te m u m a c o n se q u ê n c ia boa
im e d ia ta , legal, a te n d ê n c ia é q u e a g e n te c o n tin u e fa z e n d o . Q u a n d o
a c o n se q u ê n c ia n ã o é m u ito legal, a g e n te te n d e n ã o f a z e r m a is. [INT]
» T: Você se cobra ern m e lh o r a r o d e s e m p e n h o s e x u a l c o m se u m a rid o , m a s da
m a n e ir a c o m o você d escreve a relação se x u a l, ela n ã o é s a tisfa tó r ia p a r a
[INT]
186 seção 3
187
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8. N orm alizações: terapeuta sugere que algo que o cliente ou terceiros sentem ou
fazem é norm al, ou esperado.
Exemplo:
» '1: Isso é n o rm a l... a d o le sc e n te s te n d e m a a g ir dessa fo r m a . D a q u i a p o u c o
ele v a i v o lta r a se a p ro x im a r... [INT]
188 seção 3
Exemplo:
» C: P or q u e às v e ze s as coisas e m p a c a m e n te n d e u ?
T: É eu sei, e n ã o é d e hoje, ué? N ã o é d e h o je a coisa v e m e v a i p io ra n d o ,
p io r a n d o , n ã o sei, ach o a té q u e hoje você c o n v iv e m elhor. [INT]
te m co m você. [INT]
1 apêndice 189
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do cliente.
190 seção 3
Exemplo:
» T: O q u e m e p re o c u p a é a fu n ç ã o q u e o álcool está e x e rc e n d o e m su a v id a . O
uso d o álcool e m situ a ç õ e s so cia is é tra n q u ilo , m a s você o está u sa n d o p a ra
a lív io d a a n sie d a d e , c o m o se fo s s e u m rem éd io . E essa f u n ç ã o d o álcool é
p erig o sa p o r q u e fa v o r e c e a d e p e n d ê n c ia . [INT]
h . E m p a t ia precede I n t e r p r e t a ç ã o . Q uando em dúvida entre E m p a t i a e
In terpreta ç ã o , categorize E m p a t i a .
i. Q u a n d o o terapeuta fornece descrições de relações explicativas ou causais
In fo rm aç ão .
1 apêndice 191
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N o m e re s u m id o : A P R O V A Ç Ã O
192 seção 3
e n tre aspas, p o r q u e eu tô te n d o m a is d is c e rn im e n to , sa b e n d o o q u e é m a is
c o n v e n ie n te e o q u e n ã o é e tô te n ta n d o e n c o n tr a r o c a m in h o , n ã o é ?, S e m
ta n to m e d o d e se r feliz.
1 ; apêndice 193
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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C: É... e eu a c h e i m e lh o r fi c a r só co m três.
b. Se um a pergunta é feita com o p arte de um a verbalização de A provação
ou com o pedido de confirm ação de A provação dada pelo terapeuta, não é
considerada Solicitação de relato , e registra-se unicam en te a ocorrência
da categoria A provação .
c. Verbalizações curtas ou expressões paralinguísticas de concordância em itidas
pelo terapeuta após solicitação do cliente, ou im ediatam ente depois de o
cliente ter term inado um a fala, são categorizadas com o A provação (quando
após o relato de ações do cliente) ou Empatia (quando após a descrição
de outros eventos). Facilitação só é categorizada se acontece enquanto o
cliente tem a palavra. Não é codificada quando ocorre du ran te pausas de três
segundos ou m ais na conversação.
d. Facilitação precede A provação . Q uando em dúvida entre A provação e
Facilitação , categorize Facilitação .
e. C om entários em forma de exclamação, quando apresentados após a descrição
de outros eventos, que não ações do cliente, são categorizados como Empatia .
194 seção 3
apêndice 195
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
196 seção 3
1 ) apêndice 197
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
5. P aráfrase crítica: terapeuta apresenta de form a resum ida o que foi dito em
algum ponto anterior pelo cliente na m esm a sessão, p o r m eio de repetição
literal ou reorganização das verbalizações do cliente, explicitando um a crítica
ou apontando um a falta ou erro do cliente.
Exemplos:
» T: E les p e g a ra m a re c o m p e n sa m e s m o q u a n d o eles n ã o a tin h a m m erecid o ?
(pergunta apresentada em tom hostil depois de a cliente ter dito que
havia prom etido recom pensa aos filhos após um a tarefa e que os filhos
não cum priram a tarefa, m as ela os recom pensou). [REP]
» T: Você q u e r d iz e r q u e você o d e ix a d o r m ir e m su a c a m a e ele a m o lh a to d a
n o ite? (r is a d a ) [REP]
198 seção 3
Exemplos:
» T: E u v o u c o n tin u a r a a te n d ê -lo p o r q u e p a r a m im é u m d esa fio , m a s eu
n ã o g o ste i d e você. [REP]
e m d e z m in u to s ? [REP]
) 199
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
1 apêndice
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
200 seção 3
apêndice 201
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
202 seçáo 3
apêndice 203
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
Exemplo:
» C: E u fi q u e i re a lm e n te ch o c a d o c o m a q u e la cena. [TOU]
» T: E u acho q u e a televisã o n ã o d e v e ria m o s tr a r esse tip o d e coisa. N ã o
acrescen ta e m n a d a a v id a d a s pessoas. [TOU1
Não exemplo:
» T: E u p e n s o q u e você p o d e ria , sim , te r c o m p ra d o o livro. A fin a l, o d in h e iro é
seu, n ã o é? [REC] (*) N ão é um a verbalização do tipo O piniões pessoais
sobre eventos externos porque se refere ao co m p o rtam en to do cliente.
204 seção 3
apêndice 205
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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Tal categoria deve ser selecionada quando um a resposta verbal do tipo e sta d o do
terapeuta é encerrada sem que um a nova resposta verbal do tipo e sta d o do m esm o
falante seja iniciada.
Q uando não há outra resposta verbal do terapeuta do tip o esta d o , a categoria T
s il ê n c io deve ser m antida ativada, m esm o se outra categoria verbal do tipo e v e n to do
terapeuta ocorrer.
206 seção 3
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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EIXO 1-2
CATEGORIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO VERBAL NÃO VOCAL DO TERAPEUTA
As categorias a seguir referem -se à com unicação não vocal (gestos com unicativos).
E ntende-se po r com unicação não vocal as respostas m otoras, gestos ou expressões
faciais que são substitutas com uns de verbalizações, isto é, ações cujos significados são
com partilhados entre em issor e receptor.
Gestos com unicativos e expressões faciais são considerados com o com unicação
não vocal apenas quando ocorrem na ausência de qualquer verbalização, nitidam ente
com o signos da interação terapeuta-cliente. São categorizados p o r m eio das categorias
a seguir, com função análoga à de seus correspondentes verbais.
apêndice 207
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
208 secão 3
apêndice 209
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
210 seção 3
)
1 apêndice
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! 211
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
REGISTRO INSUFICIENTE
Sigla: TIN
Nome resumido: INSUFICIENTE TERAPEUTA
Categoria tipo: estado
212 seção 3
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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EIXO I - 3
CATEGORIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO VERBAL VOCAL DO CLIENTE
O rig e m do e v e n to n a sessão
1 ) apêndice 213
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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214 seção 3
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
Exemplos:
» C: O Z . f a l o u q u e te m q u e se r tr a b a lh a d o isso, viu?... [SOL]
» C: E u q u e ro q u e você m e e n sin e a a p lic a r a exp o siçã o p a r a p â n ic o . [SOL]
» C: E u v im a q u i p o r q u e m e u p s iq u ia tr a m e disse q u e eu p reciso d e u m a
te ra p ia d e e x p o siç ã o p a r a o T O C . [SOL]
1 ) apêndice 215
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
a c o m p a n h a m e n to eu p e d i p a r a o m é d ic o f a z e r u m teste de H IV , p o rq u ê ...
216 seção 3
e o grau de ansiedade foi sete... foi no dia que eu tin h a que fazer aquela
entrevista. [REL]
217
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
apêndice
'
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
» C: C h eg o u ao p o n to n o q u a l eu n ã o p e n s e i q u e e u pudesse v iv e r c o m ele
m a is p o r q u e ele era tã o d ifíc il (se re fe rin d o a se u filh o ) . E u a té tiv e v o n ta d e
d e m a tá -lo . E le é tã o ru im ... [REL]
218 seção 3
apêndice 219
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
¥
CLIENTE RELATA MELHORA OU PROGRESSO TERAPÊUTICO
Sigla: MEL
Nome resumido: M ELHORA
Categoria tipo: estado
c o n h e c e n d o m a is g e n te . [MEL]
220 seção 3
apêndice 221
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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222 seção 3
Exemplo:
» C: T en h o u m a v o n ta d e d e f a l a r u m a s p o u c a s e bo a s p a r a a q u e la f u l a n i n h a
[REL],
C: U m d ia a in d a v o u co n se g u ir fa z e r isso [MET].
c. Na dúvida entre Relato e M etas, categorize R elato.
d. M etas diferencia-se de M elhora porque esta é apenas um relato de eventos
e medidas já ocorridos, enquanto aquela inclui descrição de planos e ações a
serem executados.
apêndice 223
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
224 seção 3
en tã o ? [CER]
1 / apêndice 225
226 seção 3
apêndice 227
228 seção 3
1 ; apêndice 229
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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Critérios de inclusão/exclusão
a. Q uando, im ediatam ente após um a análise ou recom endação do terapeuta,
o cliente apresenta um a descrição de eventos que co rroboram a análise ou
concordam com a recom endação do terapeuta, categorize C oncordância , e
não Relato.
b. Q uando a concordância é acom panhada de descrição do evento que foi
alvo da concordância, é registrada unicam ente a ocorrência da categoria
C oncordância .
c. Na dúvida entre C oncordância e Relato, categorize Relato.
d. Q uando o cliente relata um a M elhora e, na m esm a sentença, atribui ao
terapeuta a responsabilidade ou o m érito po r essa m elhora, cada trecho da
sentença deve ser categorizado de acordo com a categoria apropriada.
e. Na dúvida entre M elhora E C oncordância , categorize M elhora .
f. Q uando o cliente relata concordância com um a verbalização do terapeuta e,
em seguida, relata algum projeto de m udança ou de ação (M eta), cada trecho
da sentença deverá ser categorizado de acordo com a categoria apropriada.
g. Na dúvida entre M eta E C oncordância , categorize M eta.
230 seção 3
disse ou fez. (*) Nesse caso, categorize tam bém o respectivo qualificador Tom
EM O CIO N A L.
Exemplo:
» C: Se você p e n s a q u e isto v a i fu n c io n a r , você está louco. [OPO]
e s c r iv a n in h a ? [OPO]
10. D esvios do assunto: verbalizações do ciente que o correm im ediatam ente após
um a solicitação de relato po r parte do terapeuta e que fogem com pletam ente
do assunto solicitado, quer o cliente explicite seu interesse em m u d ar de
assunto, quer não.
232 seção 3
Exemplo:
» T: Você j á se d e u c o n ta q u e o se u ú n ic o crité rio p a r a a escolha d e u m curso
é o q u e ele te m d e chato? [INT] (situação em que terapeuta e cliente
discutem a escolha de um curso universitário)
C: M in h a cabeça está d o e n d o ... [OPO]
1 ) apêndice 233
c. O posição tam bém é codificada para com portam en to s não verbais de não
seguim ento. Esses com portam entos devem acontecer em seguida a um a
recom endação ou a u m com ando de parada do terapeuta d entro da sessão.
Exemplo:
» T: V a m o s v e r se a g e n te se co n c e n tra n o e xercício ? fREC]
C: L e v a n ta p a r a p e g a r u m a bala. [OPO]
d. Se um pedido é apresentado ao terapeuta em tom claram ente hostil,
sarcástico, de desafio ou com o um a ordem , não categorize Solicitação, e sim
O posição, ainda que a resposta ten h a sido solicitada pelo terapeuta. Nesse
caso, categorize tam bém o respectivo qualificador Tom emocional .
e. Na dúvida entre O posição e Solicitação, categorize Solicitação.
f. Q uando o cliente culpa o terapeuta po r qualquer tipo de problem a que ele está
descrevendo, não é categorizado Relato, e sim O posição .
g. Quando O posição é acompanhada de descrição do evento que foi alvo da
O posição, é registrada unicamente a ocorrência da categoria O posição.
O posição inclui todas as declarações que explicam o porquê de o cliente
discordar do terapeuta.
h. O relato do cliente de que não fez algum a tarefa, ou de que fez algo que
o terapeuta desaconselha, é considerado O posição apenas quando em
tom hostil ou desafiador, ou quando acom panhado de crítica à tarefa ou
recom endação proposta. Q uando não há essas características, utilize a
categoria Relato. Nesse caso, categorize tam b ém o respectivo qualificador
Tom emocional .
i. Na dúvida entre O posição e Relato, categorize O posição .
j. Q uando, im ediatam ente após um a análise ou recom endação do terapeuta, o
cliente verbaliza concordância, m as sugere que, apesar disso, não consegue
m u d ar ou fazer o que foi proposto ou que é culpa sua (do cliente) de as coisas
estarem assim, categorize O posição . O posição inclui verbalizações do tipo
“Sim, mas...”.
Exemplo:
» T: Você p o d e im a g in a r c o m o ela d e v e te r se se n tid o ? [SRE]
C: S im , m a s eu a con h eço m e lh o r q u e q u a lq u e r u m e ach o q u e n ã o f o i n a d a
d e m a is. [OPO]
k. Um a resposta do cliente que preencha os critérios an terio rm en te descritos é
considerada O posição, m esm o que tenha sido solicitada pelo terapeuta.
234 seção 3
apêndice 235
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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236 seção 3
1 ; apêndice 237
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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Essa categoria deve ser selecionada quando um a resposta verbal do tipo estado do
cliente é encerrada sem que um a nova resposta verbal do tipo estado do m esm o falante
seja iniciada.
Q uando não há outra resposta verbal do cliente do tipo estado, a categoria C
silêncio deve ser m antida ativada, m esm o se outra categoria verbal do tipo evento
do terapeuta ocorrer.
238 seção 3
EIXO 1-4
CATEGORIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO VERBAL NÃO VOCAL DO CLIENTE
As categorias a seguir referem -se à com unicação não vocal (gestos com unicativos).
C om unicação não vocal do cliente im plica respostas m otoras, gestos ou expressões
faciais que tipicam ente substituem verbalizações, prescindindo da em issão destas, isto é,
ações cujo significado é com partilhado entre em issor e receptor. G estos com unicativos
e expressões faciais são considerados apenas quando ocorrem na ausência de qualquer
verbalização e ocorrerem nitidam ente com o signos da interação terapeuta-cliente; por
exemplo, balançar a cabeça com o sim ou não; apontar.
São categorizados por m eio das categorias abaixo, sem elhantes às de seus
correspondentes verbais.
1 apêndice 239
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
240 seção 3
apêndice 241
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
242 seção 3
1 ) apêndice 243
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
REGISTRO INSUFICIENTE
Sigla: CIN
Nome resumido: INSUFICIENTE CLIENTE
Categoria tipo: estado
244 seção 3
EIXO 1-5
CATEGORIZAÇÃO DO QUALIFICADOR 1:TOM EM OCIONAL
245
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
1 .) apêndice
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
246 seção 3
747
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
1 apêndice
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
Caracterização da categoria
C aracteriza-se po r falas em tom e intensidade regulares ou levem ente elevados
e/ou expressão facial com sorrisos fechados, sugerindo afeto, afabilidade, sim patia,
solicitude, interesse, em patia, preocupação. A expressão facial pode tam bém exibir
testa franzida, sobrancelhas erguidas ou sobrancelhas abaixadas ou cenho triste,
desde que tal expressão seja consistente com o conteúdo da m ensagem relatada pelo
interlocutor, sugerindo interesse, cuidado, em patia, preocupação. Na dúvida entre
P o s it iv o i e N e u t r o , categorize N e u t r o .
248 seção 3
+0 EMOÇÃO NEUTRA
Sigla: NTR
Nome resumido: NEUTRO
Caracterização da categoria
C aracteriza-se por falas em volum e e intensidade regulares e/ou expressão facial
com sobrancelhas em repouso ou levem ente abaixadas e boca fechada. Sugere afeto
neutro, direto, calmo. N a dúvida entre P o s m v o i , N e g a t i v o i e N e u t r o , categorize
N eutro .
1 .) apêndice 249
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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Caracterização da categoria
C aracteriza-se p o r padrão de fala entrecortada, trêm ula, apresentando variações
leves de tom e intensidade. Podem ocorrer interrupções entre palavras, sugerindo que
a pessoa está fazendo um a pausa para controlar os efeitos da em oção sobre o padrão
da fala. A expressão facial pode ser caracterizada por olhos lacrim ejados, cenho triste,
cenho franzido, sobrancelhas abaixadas, pálpebras com prim idas, lábios apertados ou
trêm ulos, os cantos da boca para baixo, ou os olhos levem ente arregalados. Sugere leve
tristeza ou com oção, m edo, ansiedade, irritação, aflição, desconforto, aborrecim ento,
vergonha ou constrangim ento. Q uando há ocorrência cie choro, acom p an h ad a de
ruídos característicos e/ou verbalizações ou expressões faciais que sugerem intensa
reprovação, acusação, raiva, ira ou desprezo, categorize N e g a t i v o z . Na dúvida entre
NEGATivoie N eutro, categorize N e u t r o .
250 seção 3
O apêndice 251
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EMOÇÃO OUTROS
Sigla: UTT
Nome resumido: OUTROS
Caracterização da categoria
Essa categoria é utilizada quando não é possível identificar qual das categorias
anteriores corresponderia ao tom , à voz ou à expressão facial do participante.
252 seção 3
EIXO I - 6
CATEGORIZAÇÃO DO QUALIFICADOR 2: GESTOS ILUSTRATIVOS
As categorias a seguir referem -se aos gestos ilustrativos que acom panham o
co m p o rtam ento verbal do terapeuta e do cliente (Q ualiíicador 2).
1 apêndice 253
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GESTOS ILUSTRATIVOS
Sigla: GIL
Nome resumido: ILUSTRATIVOS
Caracterização da categoria
Q ualquer m ovim ento das m ãos, dos braços ou da cabeça que acom panha a fala
e que a esta está diretam ente relacionado à fala, mas que, isoladam ente, não é um
substituto de um a verbalização. C aracterizado por m ovim entos m otores: m ovim entos
simples, repetitivos, rítm icos, que não apresentam u m a relação óbvia com o conteúdo
sem ântico da fala que ele acom panha.
254 seçao 3
DESCANSO DE GESTOS
Sigla: DSC
Nome resumido: DESCANSO GESTOS
Caracterização da categoria
Essa categoria é utilizada quando não há a ocorrência de gestos ilustrativos.
1 apêndice 255
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EIXO II
CATEGORIAS REFERENTES AO TEMA DA SESSÃO
EIXO 11-1
CATEGORIZAÇÃO DO TEMA DA SESSÃO
256 seção 3
RELAÇÃO TERAPÊUTICA
Sigla: RTR
Nome resumido: RELTER
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
O assunto corrente diz respeito a eventos que ocorreram dentro da sessão, na
interação do cliente com o terapeuta, ou diz respeito a sentim entos ou im pressões do
cliente ou do terapeuta, um com relação ao outro.
apêndice 257
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Caracterização da categoria
O assunto corrente diz respeito ao relacionam ento do cliente fora da sessão que
se refira a envolvim ento afetivo am oroso com um parceiro/parceira, ou à busca de
um parceiro/parceira, independentem ente de haver correspondência p o r parte da
outra pessoa. Pode envolver questões de relacionam ento, tais com o dificuldades de
convivência, queixas, reclam ações ou acusações, bem com o q u alquer tipo de interação
- amigável ou não - com pessoas com as quais haja interesse am oroso p o r parte do
cliente, ou com o(a) nam orado(a), cônjuge ou com panheiro(a).
258 seção 3
Caracterização da categoria
O assunto corrente diz respeito ao relacionam ento do cliente, fora da sessão, com
um filho ou enteado. Pode envolver questões de relacionam ento, tais com o dificuldades
de convivência, queixas, reclam ações ou acusações, orientação de pais, bem com o o
relato de qualquer tipo de interação - amigável ou não.
259
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Caracterização da categoria
O assunto corrente diz respeito ao relacionam ento do cliente, fora da sessão, com
pais ou padrastos. Pode envolver questões de relacionam ento, tais com o dificuldades
de convivência, queixas, reclam ações ou acusações, bem com o qualquer tipo de
interação - amigável ou não.
260 seção 3
Caracterização da categoria
O assunto corrente diz respeito ao relacionam ento do cliente com familiares. Pode
envolver dificuldades de convivência, queixas, reclam ações ou acusações, bem com o
qualquer tipo de interação - amigável ou não - com fam iliares, que não o cônjuge/
com panheiro.
1 j apêndice 261
TRABALHO, ESTUDO E/OU CARREIRA
Sigla: TRB
Nome resumido:TRAB EST
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
O assunto corrente diz respeito a questões do cliente relacionadas a trabalho,
estudo ou carreira, tanto no que se refere a projetos, decisões, dúvidas, planejam ento,
problem as de trabalho ou estudo, dificuldades de relacionam ento interpessoal que
interferem no trabalho ou estudo ou relacionam entos com colegas de trabalho que
têm im plicações diretas (im plicações sugeridas no relato presente do cliente) no
trabalho ou estudo.
262 seção 3
RELIGIÃO
Sigla: RLG
Nome resumido: RELIGIÃO
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
O assunto corrente diz respeito a questões do cliente relacionadas ao seu
engajam ento em um a determ inada crença ou grupo religioso, no que se refere
tanto a atividades, cultos, crenças, dúvidas, problem as, quanto a dificuldades de
relacionam ento interpessoal relacionadas às atividades religiosas (relação sugerida no
relato presente do cliente).
O apêndice 263
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Sigla: RIT
Nome resumido: REL INTERP
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
O assunto corrente diz respeito ao relacionam ento do cliente com pessoas com
as quais ele convive fora da sessão, à exceção da fam ília, relações am orosas e relações
profissionais. Pode envolver dificuldades de convivência, queixas, reclam ações ou
acusações, bem com o qualquer tipo de interação - amigável ou não - com outras
pessoas, que não o terapeuta, família ou cônjuge/com panheiro ou relações de trabalho.
264 seção 3
SENTIMENTOS EM GERAL, JULGAMENTOS OU TENDÊNCIAS A AÇÃO
Sigla: STM
Nome resumido: SENTIMENTOS
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
O assunto corrente diz respeito a sentim entos experim entados pelo cliente e
eventos a eles relacionados.
apêndice 265
TABELA 1
ESQUEMA BÁSICO DE PALAVRAS EMOCIONAIS ADAPTADO DE SHAVER ET AL. (1987)
POR BRANDÃO (2003)
266 seção
QUESTÕES EXISTENCIAIS
Sigla: EXT
Nome resumido: EXISTENCIAL
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
O assunto em pauta diz respeito a questões do cliente sobre a existência, sobre
o sentido de determ inadas experiências ou da própria vida. A ssuntos de natureza
filosófica ou existencial, em geral, devem ser categorizados nessa tem ática.
1) apêndice 267
EVENTOS TRAUMÁTICOS
Sigla: TRA
Nome resumido:TRAUMA
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
O assunto corrente diz respeito a eventos experim entados pelo cliente com o
traum áticos, em especial a situações de violência, eventos que im plicaram risco sério
de m orte ou lesão, perda de entes queridos, am eaça séria à sua integridade física ou
em ocional ou eventos a eles relacionados.
268 seção 3
ATIVIDADE DE FANTASIA OU JOGO
Sigla: FTS
Nome resumido: FANT JO G O
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
O assunto em curso trata de eventos que ocorrem durante um a atividade lúdica,
de viagem de fantasia, ro le -p la y in g , desenho ou qualquer atividade que envolva arte ou
fantasia com o recursos terapêuticos.
1 apêndice 269
DESENVOLVIMENTO DETÉCNICAS/PROCEDIMENTOS OU ENTREVISTAS
PADRONIZADOS
Sigla: TEC
Nome resumido:TÉCNICA
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
O assunto em curso trata de eventos que ocorrem du ran te a aplicação de um a
técnica ou procedim ento padronizado (com exceção de viagens de fantasia, role-
p la y in g , desenho ou qualquer atividade que envolva arte ou fantasia com o recursos
terapêuticos) ou ainda durante a aplicação de entrevistas ou de escalas de avaliação
padronizadas.
270 seçao 3
QUEIXAS PSIQUIÁTRICAS E SINTOMAS MÉDICOS
Sigla: QXS
Nome resumido: QUEIXAS
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
O assunto corrente diz respeito a (a) desconforto físico, descontentam ento,
desprazer ou dor relacionados a problem as de saúde - doenças ou sintom as físicos,
estím ulos interoceptivos ou proprioceptivos - incluindo a descrição de procedim entos
m édicos relacionados; (b) sintom as relacionados a quadros psiquiátricos, bem
com o tratam entos e procedim entos m édicos e psicológicos, m edicação, além de
procedim entos tom ados pelo paciente, fam iliares ou outros em situações de crise.
apêndice 271
SILÊNCIO
Sigla: SLC
Nome resumido: SILÊNCIO
Categoria tipo: Estado
Caracterização d a categoria
Essa categoria é utilizada quando am bos os participantes se encontram em silêncio.
272 seção 3
OUTROS TEMAS
Sigla: OTM
Nome resumido: OUTROS
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
Essa categoria é utilizada quando não é possível identificar o tem a principal
da conversação ou quando o tem a em curso não se refere a n en h u m dos previstos
anteriorm ente.
| 1 j apêndice 273
EIXO I I -2
CATEGORIZAÇÃO DO QUAL1FICADOR 1:TEM PO EM QUE O
ASSUNTO ÉTRATADO
274 seçao 3
AQUI E AGORA NA SESSÃO
Sigla: AGR
Nome resumido: AQUI AGORA
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
O assunto em curso trata de eventos que estão ocorrendo no m om ento da sessão,
na interação terapêutica ou em qualquer evento presente no m om ento da sessão.
1 apêndice 275
TEMPO ATUAL FORA DA SESSÃO
Sigla: PRE
Nome resumido: PRESENTE
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
O assunto em curso é tratado em tem po presente e se refere a eventos ocorridos
na sem ana do cliente ou eventos recentes tratados pelo cliente e/ou pelo terapeuta
no tem po presente. A ssuntos tratados com o “sem ana passada” ou “esses dias” são
considerados com o Tem po atual fora da sessão ( P r e s e n t e ).
276 seção 3
TEMPO PASSADO
Sigla: PAS
Nome resumido: PASSADO
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
O assunto em curso se refere a eventos tratados pelo terapeuta e/ou pelo cliente no
tem po passado, com exceção de relatos de eventos recentes (ocorridos nas sem anas
anteriores do relato). Na dúvida entre P r e s e n t e ou P a s s a d o , categorize P r e s e n t e .
apêndice 277
TEMPO FUTURO
Sigla: FUT
Nome resumido: FUTURO
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
O assunto em curso refere-se a eventos tratados pelo terapeuta e/ou pelo cliente
no tem po futuro. Podem referir-se a projetos, planejam ento, fantasias, questões
existenciais, desde que sejam eventos que ainda não ocorreram .
278
OUTROS
Sigla: OTT
Nome resumido: OUTROS
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
O assunto em curso se refere a um tem po não previsto nas categorias anteriores.
1 ) apêndice 279
EIXO 11-3
CATEGORIZAÇÃO DO QUALIFICADOR 2: CONDUÇÃO DO TEMA DA SESSÃO
Este m odificador tem com o objetivo identificar qual dos m em bros da díade
in troduz tem as novos e em que m om ento isso ocorre ou, ainda, verificar se o terapeuta
ou o cliente m udam de tem a ou derivam a p artir do assunto corrente.
Para sua categorização, deve ser verificado se a verbalização em questão consiste
em tem a novo introduzido pelo participante ou se é a continuidade de um assunto em
pauta. No caso de tem a novo, deve ser verificado se a in trodução do tem a consiste em
novo assunto após esgotam ento ou encerram ento do assunto anterior, derivação de
tem a anterior ou m udança de tema.
Em caso de períodos de silêncio de am bos os participantes, deve ser categorizado
A usente (no Tfie O b se rv e r , usa-se a categoria M issin g ).
280 seção 3
TERAPEUTA INICIA/MUDA
Sigla: TIN
Nome resumido:T INICIA
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
O terapeuta intro d u z um assunto novo. Inclui episódios em que o terapeuta inicia
assunto após finalização do assunto anterior, com ou sem um período de silêncio
interm ediário, ou episódios em que ele m uda de assunto, quando o tem a em discussão
anterior ainda não havia sido encerrado, seja por m eio de verbalizações explícitas
solicitando a m udança de assunto, seja pela introdução de outro tem a não derivado
do anterior.
1 aoêndice 281
CLIENTE INICIA/MUDA
Sigla: CIN
Nome resumido: C INICIA
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
O cliente in troduz um assunto novo. Inclui episódios em que o cliente inicia
assunto após finalização do assunto anterior, com ou sem um p eríodo de silêncio
interm ediário, ou episódios em que ele m uda de assunto, q u ando o tem a em discussão
anterior ainda não havia sido encerrado, seja por m eio de verbalizações explícitas
solicitando a m udança de assunto, seja pela introdu ção de outro tem a não derivado
do anterior.
282 seção 3
TERAPEUTA DERIVA
Sigla: TDR
Nome resumido:T DERIVA
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
Terapeuta m uda o assunto por derivação do tem a que estava em curso anteriorm ente.
O novo tem a inserido pelo participante deve ter um a relação explícita com o tem a
tratado anteriorm ente. C om um ente, a derivação pode se iniciar com expressões com o
“isso me lem bra aquele episódio...”, “falando nisso...”
1 ) apêndice 283
CLIENTE DERIVA
Sigla: CDR
Nome resumido: C DERIVA
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
O cliente m uda o assunto por derivação do tem a que estava em curso anteriorm ente.
Inclui episódios em que é explícita a relação entre o tem a tratad o anteriorm ente e o
tem a novo inserido.
284 seção 3
CONTINUIDADE DO TEMA
Sigla: CTN
Nome resumido: CONTINUIDADE
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
Este qualificador é categorizado em casos em que a inserção de um a nova
categoria de tem a ocorreu p o r m udança de enfoque no tem po, m as n ão há m u d an ça
de tem a da sessão.
1 apêndice 285
EIXO III
CATEGORIAS DE REGISTRO RESPOSTAS MOTORAS DO TERAPEUTA
E DO CLIENTE
286 seção 3
AUTOESTIMULAÇÃO
Nome resumido: AST
Nome resumido: AUTOESTIM
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
C o m p ortam entos com o m order ou lam ber os lábios, b rin car com os cabelos,
beliscar ou m anipular a pele com os dedos, coçar, segurar a si m esm o, m ovim ento de
bater com as m ãos, fricção ou massagem.
1 ) apêndice 287
MOVIMENTOS REPETITIVOS OU DE EXTREMIDADES
Sigla: MRP
Nome resumido: MOVIM REPET
Categoria tipo: estado
Caracterização da categoria
1. Movimentos repetitivos ou estereotipados: m ovim entos com o tronco e/ou a
cabeça (típicos m ovim entos autísticos).
2. Movimentos de extremidades: m ovim entos de extrem idades geralm ente
são repetitivos, rápidos e não têm n enhum a relação com a fala. Podem ser
(a) m ovim entos de m ãos e braços - m ovim entos randôm icos de m ãos e
braços, não relacionados à com unicação, po r exemplo, não usados para
enfatizar, aco m panhar ou ilustrar o conteúdo da fala. Por exemplo, tam b o rilar
com os dedos, bater com as m ãos nas pernas ou nos braços da cadeira; (b)
m ovim entos de pés ou pernas - m ovim entos randôm icos de pés e pernas,
não relacionados à com unicação, por exemplo, não usados para enfatizar,
acom panhar ou ilustrar o conteúdo da fala. Por exemplo, balançar os pés com
as pernas cruzadas; bater repetitivam ente com os pés no chão.
288 seção 3
ESPREGUIÇAR/ALONGAR/BOCEJAR
Sigla: BCJ
Nome resumido: BO CEJAR
Categoria tipo: evento
Caracterização da categoria
M ovim ento que consiste em um alongam ento dos m em bros superiores,
acom panhados ou não po r alongam ento dos m em bros inferiores. Pode tam bém ser
acom panhado de bocejo.
1 apêndice 289
OUTROS MOVIMENTOS OU MUDANÇAS GERAIS DE POSTURA
Sigla: OPT
Nome resumido: POSTURA OUTROS
Categoria tipo: evento
Caracterização da categoria
Essa categoria é utilizada quando o participante realiza qualquer m ovim ento do
tronco, da cabeça ou dos m em bros, não identificado nas categorias anteriores.
Inclui tam bém qualquer troca de posição do tronco, incluindo inclinação do
tronco para frente ou para trás ou (re)cruzam ento de pernas.
É tam bém categorizada aqui qualquer tipo de ação do participante (terapeuta ou
cliente) que implica saída de sua poltrona para acender as luzes, abrir janelas, ligar
algum aparelho.
290 seção 3
POSTURA EM REPOUSO
Sigla: EST
Nome resumido: POSTURA REPOUSO
Categoria tipo: estado
1 apêndice 291
apêndice II
APRESENTAÇÃO DO TREINO SISTEMÁTICO
PARA OBSERVADORES
2 j apêndice 293
FIGURA 1
Exemplo de tela de treino no qual é apresentado um segmento de definição da
categoria SOLICITAÇÃO DE RELATO do terapeuta
294 seção 3
FIGURA 2
Exemplo de tela de treino na qual é apresentada uma atividade de identificação da
categoria SOLICITAÇÃO DE RELATO do terapeuta.
2 j apêndice 295
FIGURA 3
Exemplo de tela de treino no qual é apresentada uma atividade de identificação da
categoria SOLICITAÇÃO DE RELATO do terapeuta com base em trechos fictícios de
sessão terapêutica, gravados em vídeo
296 seção 3
FIGURA 4
EX EM PLO D E T E L A REFERENTE AOS EXERC ÍC IO S FIN AIS DO TREINO DO TERAPEUTA
apêndice 297
FIGURA 5
EX EM PLO D E T E L A REFERENTE AOS EXERC ÍC IO S FIN AIS DO TREINO DO TERA PEUTA
A série final do treino apresenta instruções e critérios para a inserção das categorias
no so ftw a re T h e Observer'®, incluindo o m om en to em que deve oco rrer o início de
categorização dos eventos, especificações de categorias do tipo evento ou estado,
quando inserir a categoria Silêncio.
298 seção 3
REFERÊNCIAS
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310 referências
A PESQ U ISA DE PRO CESSO EM PSICOTERAPIA
O desenvolvimento do SiMCCIT
Sistema Multidimensional para a Categorização de
Comportamentos na Interação Terapêutica
CATEGORIAS RESUMIDAS Outras Respostas não vocais - GESTOS OUTROS
TERAPEUTA/ GOT
Gestos não contemplados nas categorias anteriores.
Registro Insuficiente-INSUFICIENTETERAPEUTA/T1N
CATEGORIAS DO EIXO I______________________________
I Respostas Verbais para o TERAPEUTA CATEGORIAS DO EIXO I______________________________
I Respostas Verbais para o CLIENTE
Terapeuta Solicita Relato - SOLICITAÇÃO DE
RELATO/SRE Cliente solicita informações, opiniões, asseguramento,
Solicita ao cliente descrições de ações, eventos, recomendações ou procedimentos - SOLICITA/ SOL
sentimentos ou pensamentos. Pedidos ou questões ao terapeuta.
Terapeuta facilita o relato do cliente - FACILITAÇÃO/ FAC Cliente relata eventos - RELATA/ REL
Verbalizações curtas ou expressões paralinguísticas. Descreve ou informa a ocorrência de eventos.
Terapeuta demonstra empatia - EMPATIA/ EMP Cliente relata melhora ou progresso terapêutico -
Acolhimento, aceitação, cuidado, entendimento, validação MELHORA/ MEL
da experiência ou sentimento do cliente. Relata mudanças satisfatórias.
Terapeuta Fornece Informações - INFORMAÇÃO/ INF Cliente formula metas - METAS/ MET
Relata eventos ou informa o cliente sobre eventos, que Descreve projetos, planos ou estratégias para a solução de
não o comportamento do cliente ou de terceiros. problemas.
Terapeuta Solicita Reflexão - SOLICITAÇÃO DE Cliente estabelece relações entre eventos - RELAÇÕES/
REFLEXÃO/SRF CER Estabelece relações causais e/ou explicativas entre
Solicitação para que o cliente pense, reflita, estabeleça ou eventos.
relate relações a respeito de eventos. Cliente relata concordância ou confiança -
Terapeuta Recomenda ou solicita a execução de ações, CONCORDÂNCIA/ CON
tarefas ou técnicas - RECOMENDAÇÃO/ REC Julgamento ou avaliação favorável, relato de satisfação,
Sugestão de alternativas de ação ou solicitação para que esperança ou confiança.
cliente se engaje em ações ou tarefas. Cliente se opõe, recusa ou reprova - OPOSIÇÃO/ OPO
Terapeuta interpreta - INTERPRETAÇÃO/ INT Discordância, julgamento ou avaliação desfavorável.
Relações causais e/ou explicativas ou padrões a respeito Outras verbalizações do cliente - OUTRAS VOCAL
do comportamento do cliente ou de terceiros. CLIENTE/COU
Terapeuta aprova ou concorda com ações ou avaliações Não classificáveis nas categorias anteriores.
do ciiente - APROVAÇÃO/ APR Cliente permanece em silêncio - C SILÊNCIO/ CSL
Avaliação ou julgamento favorável. IdemT Silêncio.
Terapeuta reprova ou critica ações ou verbalizações do
Respostas não vocais de concordância do cliente -
cliente - REPROVAÇÃO/ REP
CONCORDÂNCIA CLIENTE/ CCN
Avaliação ou julgamento desfavorável. Concordância, aprovação, compreensão.
Outras verbalizações do terapeuta - OUTRAS
Respostas não vocais de discordância - DISCORDÂNCIA
VOCAL TERAPEUTA/TOU CLIENTE/ DC
Verbalizações do terapeuta não classificáveis nas
Oposição, discordância, descrença ou reprovação.
categorias anteriores.
Respostas não vocais de pedido/ordem/comando/
Terapeuta permanece em silêncio - T SILÊNCIO/TSL
incentivo - COMANDO CLIENTE/ COM
Resposta verbal do tipo estado é encerrada sem que uma
Pedidos ou ordens, contenção ou pedido de
nova resposta verbal do tipo estado do mesmo falante
parada.
seja iniciada.
Outras Respostas não vocais - GESTOS OUTROS
Respostas não vocais de facilitação/ concordância - CLIENTE/ GCO
CONCORDÂNCIA TERAPEUTA/GCT
Gestos não contemplados nas categorias anteriores.
Concordância, aprovação, compreensão.
Registro Insuficiente - INSUFICIENTE CLIENTE/ CIN
Respostas não vocais de discordância - DISCORDÂNCIA
TERAPEUTA/GDT
Oposição, discordância, descrença ou reprovação.
Respostas não vocais de pedido/ordem/comando/
incentivo - COMANDO TERAPEUTA/ GMT
Pedido, ordem ou incentivo, contenção do cliente,
ordenação ou organização do ambiente da sessão.
Q U A U FIC A D O R 1 DO EIXO I
I Tom Emocional
QUAUFICADOR 2 DO EIXO I
I Gestos ilustrativos
R e g is tr o I n s u fic ie n te - IN S U F IC IE N T E T E R A P E U T A /T IN
C A T E G O R IA S D O E IX O I______________
I R e s p o s ta s V e rb a is p a ra o T E R A P E U TA C A T E G O R IA S D O E IX O I
I R e s p o s ta s V e rb a is p a ra o C LIENTE
te r a p e u ta S o lic ita R e la to - S O L IC IT A Ç Ã O DE
R E LA T O /S R E C lie n t e s o lic ita in f o r m a ç õ e s , o p in iõ e s , a s s e g u r a m e n to ,
s e n tim e n to s o u p e n s a m e n to s . P e d id o s o u q u e s tõ e s a o te ra p e u ta .
T e ra p e u ta d e m o n s tr a e m p a t ia - E M P A T IA / EM P C lie n t e re la ta m e lh o r a o u p r o g r e s s o t e r a p ê u t ic o -
M E L H O R A /M E L
Ac o lh im e n to , a c e ita ç ã o , c u id a d o , e n t e n d im e n to , v a lid a ç ã o
(Ja e x p e riê n c ia o u s e n t im e n to d o c lie n te . R elata m u d a n ç a s s a tis fa tó ria s .
T e ra p e u ta F o rn e c e In fo r m a ç õ e s - IN F O R M A Ç Ã O / IN F C lie n t e f o r m u la m e ta s - M E T A S / M E T
n ã o o c o m p o r t a m e n t o d o c lie n te o u d e te rc e iro s . p ro b le m a s .
T e ra p e u ta r e p r o v a o u c r itic a a ç õ e s o u v e r b a liz a ç õ e s d o
R e s p o s ta s n ã o v o c a is d e c o n c o r d â n c ia d o c lie n t e - A u t o e s t im u la ç ã o - A U T O E S T IM / AST
c lie n te - R E P R O V A Ç Ã O /R E P C O N C O R D Â N C IA C L IE N T E / C CN M o r d e r o u la m b e r o s lá b io s , b rin c a r c o m o s c a b e lo s ,
A v a lia ç ã o o u ju lg a m e n t o d e s fa v o rá v e l. b e lis c a r o u m a n ip u la r a p e le c o m os d e d o s , co ç a r, s e g u ra r
C o n c o rd â n c ia , a p ro v a ç ã o , c o m p re e n s ã o .
O u tr a s v e r b a liz a ç õ e s d o t e r a p e u ta - O U T R A S a si m e s m o , m o v im e n t o d e b a te r c o m as m ã o s , fric ç ã o o u
R e s p o s ta s n ã o v o c a is d e d is c o r d â n c ia - D IS C O R D Â N C IA
V O C A L T E R A P E U T A /T O U m assagem .
C L IE N T E / D C
V e rb a liz a ç õ e s d o te r a p e u ta n ã o c la s s ific á v e is nas M o v im e n t o s r e p e t it iv o s o u d e e x tr e m id a d e s - M O V IM
O p o s iç ã o , d is c o rd â n c ia , d e s c re n ç a o u re p ro v a ç ã o .
c a te g o ria s a n te rio re s . R E P E T /M R P
R e s p o s ta s n ã o v o c a is d e p e d i d o / o r d e m / c o m a n d o /
T e ra p e u ta p e r m a n e c e e m s ilê n c io - T S IL Ê N C IO /T S L (1) M o v im e n to s r e p e titiv o s o u e s te r e o tip a d o s c o m o
in c e n t iv o - C O M A N D O C L IE N T E / C O M
R esposta v e rb a l d o t ip o e s ta d o é e n c e rra d a s e m q u e u m a t r o n c o e /o u a c a b e ç a (típ ic o s m o v im e n to s a u tís tic o s ). (2)
P e d id o s o u o rd e n s , c o n te n ç ã o o u p e d id o d e
n o v a re s p o s ta v e rb a l d o t ip o e s ta d o d o m e s m o fa la n te M o v im e n to s d e e x tr e m id a d e s
p a ra d a .
seja in ic ia d a . E s p r e g u iç a r / a lo n g a r /b o c e ja r - B O C E JA R / BCJ
O u tr a s R e s p o s ta s n ã o v o c a is - GESTOS O U T R O S
R e s p o s ta s n ã o v o c a is d e f a c ilit a ç ã o / c o n c o r d â n c ia - A lo n g a m e n to d o s m e m b r o s s u p e rio re s e /o u in fe rio re s
C L IE N T E /G C O
C O N C O R D Â N C IA T E R A P E U T A / G C T o u b o c e jo .
G e s to s n ã o c o n t e m p la d o s n as c a te g o ria s a n te rio re s .
C o n c o rd â n c ia , a p ro v a ç ã o , c o m p re e n s ã o . O u tr o s m o v im e n t o s o u m u d a n ç a s g e ra is d e p o s t u r a -
R e g is tr o I n s u fic ie n te - IN S U F IC IE N T E C L IE N T E / C IN
R e s p o s ta s n ã o v o c a is d e d is c o r d â n c ia - D IS C O R D Â N C IA P O S T U R A O U T R O S /O P T
T E R A P E U T A /G D T Q u a lq u e r m o v im e n t o d o tr o n c o , d a c a b e ç a o u d o s
O p o s iç ã o , d is c o rd â n c ia , d e s c re n ç a o u re p ro v a ç ã o . m e m b ro s , n ã o id e n tific a d o nas c a te g o ria s a n te rio re s .
R e s p o s ta s n ã o v o c a is d e p e d id o / o r d e m / c o m a n d o / P o s tu ra e m r e p o u s o - P O S T U R A R E P O U S O / EST
in c e n t iv o - C O M A N D O T E R A P E U T A / G M T P a rtic ip a n te se e n c o n tr a , q u a lq u e r q u e seja a p o s iç ã o
P e d id o , o r d e m o u in c e n tiv o , c o n te n ç ã o d o c lie n te , d o tr o n c o o u da c a b e ç a , s e m n e n h u m a m u d a n ç a d e
O rd e n a ç ã o o u o rg a n iz a ç ã o d o a m b ie n te d a sessão. p o s tu ra , m o v im e n t o r e p e titiv o o u d e a u to e s tim u la ç ã o .