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Nazaré
2023
LORENA DA SILVA OLIVEIRA
Nazaré
2023
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Resumo:
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
Somente mais de duas décadas depois, a própria associação revisou sua definição
em 1985, redefinindo o Marketing como "o processo de planejamento e execução de
concepção, preço, promoção e distribuição de ideias, bens e serviços, organizações
e eventos para criar trocas que venham a satisfazer objetivos individuais e
organizacionais" (LAS CASAS, 1997, p.96, citado por VELOSO, 2000, p. 24).
Sobre o marketing, Smith (1776, citado por CARNEIRO, 2008, p.1) faz uma
observação relevante:
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O próximo elemento do mix, o preço, segundo da Silva e Calic (2012), é crucial para
determinar se um determinado produto será adquirido e em que quantidade. Ele
determina a quantia de dinheiro, bens e serviços que devem ser trocados para
adquirir ou usar um produto. Além disso, a praça, também um elemento do mix,
desempenha um papel importante na estratégia de marketing. Conforme Kotler
(2008, p. 47), "a conveniência de acesso é geralmente uma das considerações mais
importantes para os clientes". Esse elemento está relacionado à distribuição e ao
local onde a venda ocorre.
Por fim, a promoção, que faz parte dos quatro elementos do mix, está
frequentemente ligada à comunicação. Ela é utilizada para alcançar um público-alvo
com o objetivo de informar, educar e persuadir. Essas ações garantem que o público
conheça o produto e a organização, motivando-o a agir. A promoção representa a
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Uma vez estabelecidos esses elementos, o Marketing, segundo Kotler (2007), tem
como objetivo garantir que a organização alcance seus objetivos e lucratividade, ao
mesmo tempo em que atende e satisfaz sua clientela e assume responsabilidade
social. Isso ocorre porque esses são os indicadores externos do desempenho da
organização, que contribuem para sua adaptação e crescimento.
Chias (1995) observa que, embora o marketing tradicional esteja voltado para o
"cliente", a administração pública considera o cidadão como seu "cliente", ao mesmo
tempo que representa toda a sociedade, que é contribuinte e beneficiária.
Kotler e Lee (2008) destacam que o marketing foi frequentemente utilizado para
resolver problemas de interesse público, como questões de saúde, trânsito,
educação, questões sociais e serviços postais. No entanto, eles ressaltam que
muitos gestores de políticas públicas podem não compreender totalmente o
potencial do marketing, faltando-lhes prática na área, além de lidar com processos
burocráticos característicos da administração.
No entanto, Walsh (1994, p. 67) argumenta que "a soberania do consumidor não
abrange completamente a cidadania, que é a base da comunidade, assim como dos
direitos individuais". Diferentemente do setor privado, o setor público prioriza a
coletividade, onde o acesso aos serviços públicos é igualitário para todos.
Nesse sentido, Medici e Silva (1993) destacam que a atual conjuntura social requer
que todo o aparato estatal se adapte às exigências das organizações de maneira
diferenciada. Portanto, o foco no cidadão-consumidor deve prevenir a inércia
organizacional, tornando as instituições receptivas às mudanças nas áreas
demográficas, econômicas, tecnológicas, sociológicas, culturais, políticas, legais e
naturais.
Assim, o aumento das demandas no setor público direciona o marketing para uma
nova abordagem, na qual o atendimento ao cidadão é considerado mais importante
do que a tentativa de limitar suas escolhas e ações. Reconhecer suas reais
necessidades e expectativas é essencial ao criar estratégias de atendimento. Focar
em um departamento específico de uma organização na perspectiva do consumidor-
cidadão implica mais do que a adoção de uma nova política; requer uma série de
ações e sistemas, conhecidos como a cultura organizacional (BUTLER, NEIL, 1995).
Nesse contexto, Matei et al. (2009) destacam que a administração pública deve
buscar melhorias nos serviços prestados à população, reduzindo falhas e
melhorando sua imagem, muitas vezes vista como ineficiente e dispendiosa. A
aplicação do marketing é necessária tanto para a organização pública quanto para a
sociedade.
O primeiro desafio apontado pelos autores é o custo excessivo. Isso ocorre porque a
aplicação do marketing no setor público pode resultar em gastos substanciais
relacionados à pesquisa de mercado, planejamento e implementação de programas
de marketing.
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Por outro lado, o marketing público, de acordo com os autores Kotler e Lee (2008),
Ticlau et al. (2010) e Tiganas et al. (2011), apresenta várias vantagens. Em primeiro
lugar, está relacionado aos serviços, onde os especialistas em marketing
desempenham um papel fundamental na construção de sistemas que podem avaliar,
atender e satisfazer diversos públicos. Esses profissionais compreendem todos os
fatores que afetam a satisfação dos cidadãos-consumidores e do público em geral, o
que se reflete em atitudes favoráveis em relação ao setor público.
Por fim, os autores destacam a governança pública como a última vantagem. Uma
abordagem orientada para o marketing pode contribuir para o aprimoramento do
governo por meio da governança, que se baseia em cinco valores: prestação de
contas, senso de justiça, equidade no tratamento dos cidadãos, transparência de
informações e cumprimento das normas públicas. Esses valores estão em
conformidade com os princípios da administração pública, como legalidade,
imparcialidade, moralidade, publicidade e eficiência.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
DEBARBA, R.O marketing público como fator de integração e gestão eficaz. 2008.
KOTLER, P.; KELLER, K.L. Administração de Marketing.12 ed. São Paulo: Pearson
Pretince Hall.2006
LAS CASAS, A.L. Marketing: conceitos, exercícios, casos. 4º ed. São Paulo: Atlas,
1997.