a- O tipo de obrigação objeto do negócio jurídico celebrado por Maurício e
Robson é uma obrigação de dar, especificamente uma obrigação de dar coisa
determinada, que envolve a transferência de propriedade de um touro reprodutor de raça registrado, premiado em eventos agropecuários, em troca de um valor de R$ 50.000,00.
b- Na situação descrita, diante do fato de que o touro foi acidentalmente
abatido por Robson enquanto este praticava tiro esportivo sob influência de álcool, Robson estava obrigado a entregar o touro reprodutor a Maurício no prazo de trinta dias a partir da celebração do negócio. Mas quando uma obrigação se torna impossível de ser cumprida por um motivo alheio à vontade do devedor, a obrigação é extinta de acordo com Código Civil, dispõe "Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos".
Nesse caso, isso resulta na extinção da obrigação de Robson de entregar o
touro, e ele não pode mais cumprir essa obrigação. Portanto, Maurício tem o direito de buscar outras formas de reparação ou compensação, uma vez que a obrigação original não pode mais ser cumprida devido à morte acidental do touro.
c- Maurício não é obrigado a aceitar outro animal mais valioso como
pagamento da obrigação. Em uma obrigação de dar coisa determinada, o objeto da obrigação é uma coisa específica, no caso, o touro de raça registrado e premiado. A morte acidental do touro extinguiu a obrigação original de entregar esse touro. Robson ofereceu outro animal, mas Maurício não é obrigado a aceitá-lo, uma vez que não é a mesma coisa que foi objeto do contrato original. O princípio do "devedor não é credor" significa que o credor não pode ser obrigado a aceitar algo diferente do que foi originalmente acordado. Maurício tem o direito de recusar o novo animal oferecido por Robson e buscar outras formas de reparação ou compensação por não receber o touro original.