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2) A energia (E) da radiação em um intervalo de frequência [ν, ν + dν] no interior de uma cavidade
com volume (V ) pode ser expressa em termos da densidade de energia ρT (ν) conforme a expressão abaixo:
E
= ρT (ν)dν (1)
V
dE 1 dΩ
= ρT (ν)dν (2)
VP 2 ΩT
onde a densidade de energia da cavidade é dividida por 2, pois somente a metade da potência atravessa a
área A do orifı́cio na direção para fora da cavidade (um corpo em equilı́brio com o meio absorve e emite
radiação na mesma proporção). Além disso, dΩ = sin(θ)dθdϕ é o infinitesimal de ângulo sólido e ΩT é o
ângulo sólido completo (uma esfera de raio unitário):
Z π/2 Z 2π
ΩT = 2 sin(θ)dθdϕ = 4π (3)
0 0
Sendo a área do orifı́cio igual a A, a projeção desta área na direção da radiação vinda de P vale
A cos(θ) (ver Figura 2). Como a radiação se propaga com a velocidade da luz c, num intervalo de tempo
∆t, ela se desloca uma distância c∆t, esta é a altura do cilindro que contém a radiação vinda de P . Sendo
assim, o volume do cilindro será dado por:
VP = A cos(θ)c∆t (4)
Como a radiação chega ao orifı́cio igualmente de todas as direções, para obter a energia total que é
emitida pela cavidade, basta integrar sobre os ângulos ϕ e θ nos intervalos [0,2π] e [0,π/2], respectivamente,
pois assim leva-se em consideração a contribuição das emissões de todos os pontos de uma semiesfera da
cavidade (multiplica-se a integral por 2 para levar em conta também a contribuição da outra semiesfera):
Z π/2 Z 2π Z π/2
2 ρT (ν)dνAc∆t ρT (ν)dνAc∆t
E= sin(θ) cos(θ)dθdϕ = 2π sin(θ) cos(θ)dθ (6)
2 4π 0 0 4π 0
0
ρT (ν)dνAc∆t u2
Z
ρT (ν)dνAc∆t 1 ρT (ν)dνAc∆t
E= −udu = = (7)
2 1 2 2 0 4
Sabe-se que:
E
RT (ν)dν = (8)
A∆t
Então, substituindo a equação (7) na expressão acima:
cρT (ν)dν
RT (ν)dν = (9)
4
ou ainda:
c
RT (ν) = ρT (ν) (10)
4