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Os direitos humanos e a soberania nacional

Fausto Brito

Os direitos humanos tornaram-se fundamentais na história moderna


desde as revoluções Americana e Francesa, anunciados, respectivamente,
através da Declaração de Independência dos Estados Unidos, em 1776,
da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em 1789. As
grandes novidades históricas dessas declarações fizeram do homem a
fonte do Direito, assim como portador de direitos fundamentais ina-
lienáveis, que não dependem de sua posição na sociedade e na política,
mas são decorrentes da propria natureza humana.
Essas declarações revolucionárias do final do século XVl serviram
de fundamento para a política moderna: o absoluto deixava de ser um
deus ou um rei e passava a ser o indivíduo com seus direitos essenciais.
O Estado, resultado do contrato social efetivado na Constituição, tinha
o dever de garantir os direitos naturais dos individuos.
Quais são esses direitos proclamados pelas revoluções Americana e
Francesa? A Declaração de Independência dos Estados Uuidos traz no
Seu preâmbulo, como verdades evidentes por si mesmas, que tdos o
homens são criados iguais e dotados pelo criador de certos direitos ina-
lienáveis, entre eles os direitos à vida, à liberdade e à busca da felicidade.
Para garantir esses direitos sâo instituídos entre os homens governos,
que derivam os seus justos poderes do consentimento dos governados. Se

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cabe ao povo o direito


uma forma de governo não obedecer a esses fins,
Além dos direitos
de alterá-la ou aboli-la e instituir um novo governo.
da declaração afirma
inalienáveis e da soberania popular, o preâmbulo
o direito de rebeliäo, no caso particular, contra o sistema colonial im
tirania demonstrava impropria a um
posto pela Gr-Bretanha, cuja se
o direito a ir a guerra
povo que desejava ser livre, afirmando, portanto,
pela independência.
Irata-se de um prembulo, cuja redaçãoé atribuida a Thomas Jet
ferson (1743-1826), com uma dimensão política revolucionária, mas
inconsistente com a realidade social norte-americana, onde os escravos,
as mulheres e os católicos estavam excluídos desses direitos que, por
serem naturais, deveriam pertencer a todos.
A declaração francesa de 1789 considera, também no seu preâmbu-

lo, que a ignorância, a negligência ou o menosprezo pelos direitos dos


homens são as grandes causas dos males públicos e da corrupção gover
namental. As grandes novidades proclamadas pelos franceses estão nos
tres primeiros artigos. No primeiro, reconhece-se que os homens nascem
e permanecem livres e iguais em direitos sagrados e inalienáveis. No
segundo, enuncia-se que o objetivo dó contrato social, ou da associação
politica, é a conservação dos direitos naturais e imprescritiveis dos ho-
mens, tais como a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência
à opressão. E no terceiro artigo afirma-se que o princípio de soberania
reside na nação e no em ordens ou estamentos.
São muitas as semelhanças entre as duas declarações, porém o con-
texto histórico de cada uma delas é diterente, acentuando as suas espe-
cificidades. A Revoluço Francesa não foi uma guerra de independência,
como nas colönias americanas, mas a destruição revolucionária do
antigo regime, ancorado nas relações feudais que garantiam o Absolu-
tismo Monárquico. Deixava-se para trás, na história, um corpo politico
cindido pelos estamentos, cuja unidade só se realizava pela imposição
da autoridade mon rquica, e introduzia-se na cena politica a unidade da
nação construída pelo poder soberano do povo.
A semelhança maior é que ambas têm uma forte influência dos
filósofos contratualistas, em especial de John Locke (1632-1704) e de

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OS DIREITOS HUMANOS EA
SOB ERANIA NACIONAL

lean-Jacques Rousseau (1712-79). Em Locke, como nas declarações


revolucionárias, os homens nascem livres e iguais segundo o direito na-
tural. Entretanto, sem a criaçao de uma sociedade política, o exercício
da liberdade natural, direito humano
fundamental, coloca em risco a
conservação da própria vida e das posses de cada um. Agindo em bene-
ficio próprio, os individuos, em acirrada competição, confrontam-se e
corrompem as relações sociais. No limite, chegam ao estado de guerra,
que compromete até mesmo o direito à própria vida.
Somente a sociedade política, consequência do contrato social, é capaz
de garantir os direitos naturais. A liberdade natural é indispensável para
a sua construção, pois a adesão ao contrato depende da vontade indivi-
dual. Todavia, ela desaparece no espaço público ou da politica, quando
o contrato se efetiva. Para Locke, os direitos individuais se subordinam
às leis consentidas, elaboradas pelo Poder Legislativo, que transtormam
a liberdade natural em liberdade civil e a posse em propriedade. A li-
berdade natural recolhe-se aos espaços sociais privados, que a lei não
alcança. Porém, existem limites ao consentimento legal, tal como se
observa na declaração norte-americana, de inegável infíluência lockiana.
Os indivíduos têm o direito de resistir à tirania, pois ela coloca em risco
a liberdade essencial, definida pela lei e indispensável à preservação da
vida e da propriedade.
Em Rousseau, a liberdade natural, assim como os direitos dos indiví-
duos, intrínsecos à natureza humana, depois da fundação da sociedade
política subordinam-se à vontade geral. Como em Locke, a adesão ao
contrato social pressupõe a negação da liberdade natural em favor da
liberdade civil, e os indivíduos passam a ser simultaneamente cidadãos e
súditos, isto é, parte do poder soberano que elabora as leis da sociedade
política, ou do Estado e, ao mesmo tempo, plenamente subordinados
a essas leis.
Nas declarações americana e francesa, asim como em Locke e

Kousseau, aflora um fundamental: os direitos humanos, re-


paradoxo
Sultado do direito natural, são inerentes à pessoa humana, contudo só
Se efetivam, de fato, no âmbito da sociedade politica, cristalizados nas
leis do Estado. Os direitos humanos se confundem com os direitos dos

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cidadãos em cada Estado-nação. A não adesão ao contrato implica,


Como em Rousseau, que o indivíduo seja considerado um "estrangeiro"
A criação de uma sociedade política não se diterencia, segundo Rous-
seau, da criação de uma sociedade de cidadãos e súditos que aderiram ao
contrato e que residem em um determinado território. Assim, os direitos
humanos passam a ser os direitos dos cidadãos, especihcamente dos
cidadãos nacionais. Ao extremo, os direitos humanos podem até mesmo
ser considerados um privilégio dos nacionais de etnias semelhantes.
A história dos direitos humanos no mundo contemporáneo foi for-
temente condicionada por esse paradoxo fundamental, ficando à merce
do seu reconhecimento pelos Estados nacionais. No período entre as
duas grandes guerras, com as experiências totalitárias do nazismo e do
stalinismo, cristalizou-se a ruptura radical dos direitos humanos, segun-
do a tradição construída desde as Revoluções Americana e Francesa.
Uma sociedade de campos de trabalho e de concentração, uma barbárie
sem precedentes históricos, criou uma massa de homens supértluos em
função de sua etnia, sua posição social ou sua ideologia, excluídos po-
liticamente e despidos de qualquer direito tradicionalmente reconhecido
como intrínseco à natureza humana.
Logo após a Segunda Guerra Mundial havia um clamor por uma
alternativa política que tornasse inviável a emergência de um novo
desastre humanitário. A criação da Organização das Nações Unidas,
com o objetivo de superar as limitações da antiga Liga das Nações, foi
a alternativa proposta pelas potëncias vitoriosas, os Estados Unidos, a
União Soviética, a Inglaterra e a França. Na introdução de sua carta de
fundação, de 1945, mencionava-se a necessidade do respeito universal
aos direitos humanos e às liberdades essenciais. E advogava-se, no artigo
1.3, a importáncia da cooperação internacional para encorajar o respeito
aos direiros humanos. O mais importante é que no capitulo X, artigo
68, a Carta previa que o seu Conselho Econômico e Social teria eomo
um de seus objetivos a criação de uma Comissão de Direitos Humanos.
Em 1947, essa comissão iniciou as suas atividades, dirigida pela ex
primeira dama dos Estados Unidos, Eleanor Roosevelt, com a pretensão

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EA SOBERANIA NACIONAL

deelaborar mais do que uma declaração-um tratado que vinculasse as


obrigações legais dos paises-membros. Em dezembro de 1948 foi apro
vada pela Assembleia Geral das Nações Unidas a Declaração Universal
dos Direitos Humanos com os votos tavoráveis de 48 países, sem nenhum
voto contra. Ocorreram oito abstenções - Arábia Saudita, Africa do
Sul e os seis países do bloco sOviético. Tratava-se somente de uma de-
claração, evidentemente com uma grande força moral, mas distante de
um tratado com obrigações legais por parte dos países-membros, como
era a intenção preliminar da comissão.
No seu preämbulo, a declaração manifesta "que o reconhecimento
da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus
direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e
da paz no mundo". Referindo-se ao passado recente, ela reconhece

que o desrespeito e o desprezo pelos direitos humanos tem resultado


em atos bárbaros, que ofenderam a consciência da humanidade, e que
o advento de um mundo em que seres humanos tenham a liberdade
de viver sem medo e privações foi proclamado como a aspiração mais
elementar do homem comum.

Torna-se, então, fundamental que "os direitos humanos sejam pro-


tegidos pelo Estado de direito, para que o homem no seja compelido a
recorrer, em última instância, à rebelião contra a tirania e a opressão".
O compromisso com os direitos humanos por parte dos países-mem-
bros das Nações Unidas, explicitado na declaração, é amenizado ainda
mesmo preâmbulo: "A Assembleia Geral proclama esta Declaração
Universal dos Direitos Humanos como um ideal comuma ser alcançado
por todos os povos e todas as nações." Por ser somente um ideal co-
mum a ser alcançado, a declaração não veio acompanhada de nenhum
necanismo que garantisse, com a força de um tratado, a adesão por
Todos os países-membros. As particularidades da declaração refletem a
Situação da ONU, que não tinha legitimidade política e juridica para se
SODrepor à soberania de cada um dos seus membros, a nao ser que esse

Tosse o desejo do seu Conselho de Segurança, n0 qual tnham assento

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DIMENSOES POLITICAS DA JUSTIÇA

com poder de veto os Estados Unidos, a União Soviética, a Inglaterra.

França e a República da China.


Permanecia, desse modo, o mesmo paradoxo ja evidenciado pelos
filósofos contratualistas e nas declarações americana e trancesa: apesar
da sua pretensão à universalidade, os direitos humanos estavam limitados
à soberania de cada país. Ainda que inerente a todos os membros da
família humana, a sua efetivação politica dependia de sua incorporação à
legislação de cada um dos países-membros. O contexto internacional do
pos-guerra, de polarização entre as duas grandes potëncias, os Estados
Unidos e a União Soviética, com as suas respectivas áreas de intluencia,
só agravava essa situação. O poder político-militar de cada uma delas
condicionava a implementação dos direitos humanos nos paises em sua
órbita de influência.
Essas limitações, contudo, no devem minimizar O Signihcado da
Declaração Universal dos Direitos do Homem. Ela abriu caminho no
Direito internacional, colocando no seu horizonte a possibilidade de uma
revolução, quando o indivíduo, e nãoo Estado, seria o sujeito.
Na Declaração Universal dos Direitos do Homem, os artigos tercei-
ro a vigésimo primeiro reterem-se aos direitos humanos chamados de
primeira geração. So aqueles direitos considerados inerentes à pessoa
humana, constitutivos das declarações revolucionárias da segunda meta-
de do século XVII. Eles são também chamados direitos-liberdade, pois,
segundo as tradições revolucionárias americana e francesa, visavam a
limitar o poder do Estado em face do indivíduo. São eles os direitos à
vida, à liberdade, à segurança pessoal, ao casamento, à privacidade e à
propriedade. Consagram-se também as liberdades de pensamento, opi-
nião, consciência, religio, expressão, reunião, associação e participação
política. A escravidão e o tráfico de escravos, assim como a tortura,
são condenados, garantindo-se a presunção de inocência e a igualdade
perantea lei. Os pressupostos das declarações de 1776e 1789, relativas
ao poder soberano do povo, são também incorporados, enfatizando que
a vontade do povo deve ser a vontade do governo.
Os direitos de segunda geração aparecem como deveres do Estado,
responsável pelo bem-estar dos indivíduos. Ele é um sujeito passivo,

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OS DIREITOS HUMANOS
EA SOBERANIA NACIONAL

Dois o titular do direito continua sendoo indivíduo, como nos direitosS-


liberdade. Os direitos de primeira geraço
têm como meta limitar o poder
soberano do Estado e ampliar a democracia política, enquanto osde
segunda geração tem como objetivo fortalecer as atividades do Estado
e ampliar
democracia social. Os três últimos
a
artigos da declaração
propõem que a ordem social e internacional assegure que os direitos e
a liberdade possam ser plenamente realizados e que os seres humanos
estejam sujeitos apenas as restrições postas pela lei, que não deve con-
trariar os propósitos e princípios da ONU.
No que se retere à mobilidade da população, grave problema vivido
durante a Segunda Guerra Mundial e nas experiencias totalitárias,
maior avanço da declaração foi o direito à nacionalidade. Ninguém pode
ser destituído dela e fica garantido o direito de mudá-la, se assim o indi-
víduo desejar. O grave problema dos apátridas, das minorias, e mesmo de
alguns imigrantes internacionais, estaria resolvido. O indivíduo teria o
direito, segundo a declaração, de não ser destituído de sua nacionalidade
em seu país de origem, assim como de requerer outra nacionalidade no
país escolhido como destino.
O grande problema continua sendo a não superação do paradoxo
entre a universalidade dos direitos humanos e a sua real etetivação na
legislação de cada país. A nacionalidade, dos pontos de vista político e
jurídico, dependeria menos dos direitos reconhecidos pela declaração
e mais da decisão de cada Estado-nação. O indivíduo, em tese, detém
titularidade dos seus direitos, mas a sua realização no plano internacio-
nal se subordina à soberania de cada país, que é o principal titular no
Direito público internacional.
A insufhciência da Declaração de 1948 levou as Naçöes Unidas
elaborarem um conjunto de convençôes que pudessem complementá-la
Não se pode omitir uma das respostas dada pela Assemblena Cieral aos
horrores da Segunda Grande Guerra, essa sim sob a forma de uma con
Venção, considerando o genocidio crime sob o Direito Penal internacio-
nal. A Convenção para a Prevenção e a Punição do Crime de Genocidio,
aprovada em 9 de dezembro de 1948, responsabiliza penalmente não

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o Estado, mas as pessoas que cometeram o crime, sejam governantes,


funcionários ou particulares.
levou as
A importância dos direitos humanos na política internacional
discuti
Nações Unidas à convocação de uma conferência especihca para
los em Viena, no ano de 1993. Ela proclamou dois grandes avanços que
merecem ser mencionados: a criação do Alto Comissariado dos Direitos
Humanos e a implementação de um Tribunal Penal Internacional para
Julgar os crimes contra os direitos humanos. Esse último só se etetivou,
de fato, em 1998, como Tratado de Roma, para julgar os crimes de
genocídio, guerra e agressão. Por princípio, assim como na convenção
sobre os crimes de genocídio, a sua finalidade não é julgar a conduta
de países em relação aos direitos humanos, mas o delito de indivíduos
contra o Direito internacional.
A construção de um sistema internacional de direitos humanos não
é independente da estrutura de poder que rege as relações entre as na-
ções. O período da guerra fria acabou desdobrando a Declaração de
1948 em dois pactos aprovados pela Assembleia Geral em 1966, mas
que só entraram em vigor dez anos depois. A existëncia de dois pactos,
um sobre direitos civis e políticos e outro sobre direitos econômicos,
sociais e culturais, foi resultante dos conflitos de prioridades entre os
países ocidentais, defensores dos primeiros, e os socialistas, defensores
do segundo.
Mesmo com as suas enormes dificuldades, é inegável a importância
histórica da Comissão de Direitos Humanos, abrindo brechas na inércia
da bipolaridade política refletida no Conselho de Segurança das Nações
Unidas, lutando contra o racismo, o colonialismo e os regimes ditatoriais,
inclusive os da América Latina.
Superado o contexto da guerra fria com as mudanças nos regimes
socialistas articulados à União Soviética, na Conferência Mundial
sobre os Direitos Humanos, patrocinada pela Organização das Nações
Unidas, em Viena, no ano de 1993, o sistema internacional de direitos
humanos foi novamente ameaçado pela visão relativista defendida por
muitos paises asiáticos, inclusive a China, e também pelos países islâ-
micos. Foi notável a vitória da viso universalista dos direitos humanos

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OS DIREITOS HUMANOS E A
SOBERANIA NACIONAL

contra o relativism0, que muitas vezes escondia argumentos favoráveis a


alguns Estados historicamente autoritários. Um novo sopro de otimismno
alimentou novas esperanças quanto a0 sistema internacional de direitos

humanos.
Contudo, ao otimismo se sucedeu uma apreensão quanto à atuaço
futura das Nações Unidas. A Comissão de Direitos Humanos da ONU
foi substituída em 2006, sessenta anos depois da sua criação, pelo
Conselho de Direitos Humanos ligado diretamente à Assembleia Geral.
Essa mudança faz parte da tentativa de reforma das Nações Unidas e o
seu objetivo seria corrigir as ingerências políticas nas decisões da antiga
comissão. As possibilidades de êxito do novo conselho dependem, por
um lado, da importância política que será concedida à ONU no contexto
da politica internacional contemporânea, e por outro, da sua capacida-
de de superar, efetivamente, o obstáculo que a antiga comissão sempre
encontrou: a submissão do sistema internacional de direitos humanos à
soberania dos Estados nacionais.
A história mostra que a tutela dos direitos humanos pelo sistema
internacional da Organização das Nações Unidas, mesmo com todos
os progressos após a Segunda Grande Guerra, não assegurou o que a
filósofa Hannah Arendt (1906-1975) chamava de "direito a ter direitos
independentes das fronteiras nacionais". Essa possibilidade está relacio
nada à existência de um espaço político internacional, onde o direito a
ter direitos é uma consequência do mero pertencimento à humanidade,
não se dissolvendo nos limites de cada nação. Contudo, o conceito arend-
tiano é de grande valor heurístico para a compreensão das democracias
berais contemporâneas, que estabeleceram limites territoriais, sociais
E politicos para o pleno exercício dos direitos humanos. O direito a ter
aireito é não só a nepgação do totalitarismo, nas suas tormas clássicas do
nazismo e do stalinismo, mas é também a negação dos seus resíduos que
anda prevalecem nas democracias resistentes a uma verdadeira tutela

internacional dos direitos humanos.

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