Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
grandeza física
A temperatura reflete a energia cinética média das partículas na matéria, enquanto calor é a
energia térmica em trânsito das regiões de maior para aquelas com menor temperatura. A
energia térmica transmitida como calor é armazenada como energia cinética translacional
em átomos e rotacional em moléculas. Adicionalmente, parte da energia térmica pode ser
convertida em energia potencial associada aos modos de vibração, de maior energia, nas
ligações interatômicas. Translação, rotação e as energias cinética e potencial associadas à
vibração representam os graus de liberdade do movimento que contribuem classicamente à
capacidade térmica. Em temperaturas suficientemente altas, cada grau de liberdade
contribui igualmente com o calor específico (de acordo com o teorema da equipartição, a
contribuição de cada um no calor específico molar é 1/2 R), de tal forma que o calor
específico dos metais e muitos sólidos a temperatura ambiente aproxima-se a 25 joules por
kelvin para cada mol de átomos, dado pela lei de Dulong-Petit. Devido a fenômenos da
mecânica quântica, alguns graus de liberdade podem não ser atingidos ou estar disponíveis
parcialmente, de forma que o calor específico é uma fração do máximo.
Quantidades extensivas e
intensivas
A capacidade térmica (símbolo C) é dada pelo quociente entre a energia fornecida sob a
forma de calor e o aumento resultante na temperatura do corpo. Matematicamente,
A unidade usada no SI é J/K (Joule por Kelvin). Por motivos históricos, é comum o uso da
unidade caloria por graus Celsius (cal/ºC).
Termodinâmica
A capacidade térmica da maioria dos sistemas não é constante. Ao invés disso, ela depende
em algum grau das variáveis de estado (da própria temperatura, assim como da pressão e
volume) do sistema termodinâmico, além do processo pelo qual o aquecimento ocorre. Com
isso, é possível realizar diferentes medições da capacidade térmica, sendo mais comumente
feitas a pressão constante e a volume constante.
De forma análoga com o que ocorre com as capacidades térmicas, o calor específico e o
calor específico molar também dependem do processo ao qual a substância é submetida; de
mesma forma, definem-se as quantidades a pressão constante e a volume constante.
Capacidades térmicas
A primeira lei da termodinâmica estabelece que . O trabalho realizado pelo
gás pode ser escrito em função da pressão do volume, e dividindo a equação por uma
diferencial de temperatura obtém-se a capacidade térmica:
Por essa última relação, nota-se que a capacidade térmica depende do processo pelo qual o
calor é cedido à substância. Para o caso da capacidade térmica a volume constante, a
variação no volume é nula e da relação anterior,
Nesse caso, todo o calor fornecido é transformado em energia interna pelo sistema, já que
nenhum trabalho é realizado. Já a capacidade térmica a pressão constante é dada por
As capacidades térmicas a pressão constante e a volume constante são relacionadas por: [4]
isotérmica.
Calor específico molar a volume
constante
O calor específico molar a volume constante é definido como:
Sendo que,
onde:
onde:
Regra de Dulong-Petit
A regra de Dulong-Petit consiste em obter, aproximadamente, o calor específico das
substâncias por meio da massa molar:
Em que:
é o calor específico, em joules por
quilograma kelvins (j.kg-1.K-1);
é a constante dos gases reais,
equivalente a 8,31 joules por mol
kelvins (j.K-1.mol-1);
é a massa molar, em quilograma
por mol (kg/mol).
Graus de liberdade
O comportamento termodinâmico das moléculas dos gases monoatômicos, como hélio, e
dos gases diatômicos, como o nitrogênio, é muito diferente. Em gases monoatômicos, a
energia interna é unicamente para movimentos de translação. Os movimentos são
movimentos de translação em um espaço tridimensional em que as partículas se movem e
trocam energia em colisões elásticas da mesma forma como fariam bolas de borracha
colocadas num recipiente que foi agitado fortemente. (Veja animação aqui (https://upload.wi
kimedia.org/wikipedia/commons/6/6d/Translational_motion.gif) ). Estes movimentos nas
dimensões X, Y, e Z significam que os gases monoatômicos tem apenas três graus de
liberdade de translação. Moléculas com maior atomicidade, no entanto, tem vários graus de
liberdade interna, rotacionais e vibracionais. Elas se comportam como uma população de
átomos que podem se mover dentro de uma molécula de formas diferentes (veja a animação
à direita). A energia interna é armazenada nesses movimentos internos. Por exemplo, o
nitrogênio, que é uma molécula diatômica, tem cinco graus de liberdade: três de translação e
dois de rotação interna. Note que a calor específico molar a volume constante do gás
monoatômico é , sendo R a constante universal do gás ideal, ao passo que para o valor
Massa molar
Uma razão pela qual o calor específico tem valores diferentes para diferentes substâncias é
a diferença de massas molares, que é a massa de um mol de qualquer elemento, que é
diretamente proporcional à massa molecular do elemento, a soma dos valores das massas
atômicas da molécula em questão. A energia térmica é armazenada pela existência de
átomos ou moléculas de vibração. Se uma substância tem uma massa molar mais leve, em
seguida, cada grama de que tem mais átomos ou moléculas disponíveis para armazenar
energia. Esta é a razão pela qual o hidrogênio, a substância com menor massa molar tem um
calor específico muito elevado. A consequência deste fenômeno é a de que, quando se mede
o calor específico em termos molares a diferença entre substâncias torna-se menos
acentuada e o calor específico de hidrogênio para de ser atípico. Da mesma forma, as
substâncias moleculares (também absorvem calor em seus graus de liberdade internos)
pode armazenar grandes quantidades de energia por mol se é moléculas grandes e
complexas, e, portanto, seu calor específico medido em massa é menos perceptível . Uma
vez que a densidade média de um elemento químico está fortemente relacionada com a sua
massa molar, em termos gerais, há uma forte correlação inversa entre a densidade do sólido
eo (calor específico a pressão constante). Lingotes sólidos grandes de baixa densidade
tendem a absorver mais calor do que um lingote pequeno de mesma massa, porém com
densidade mais elevada que o primeiro, porque contém mais átomos. Por conseguinte, em
termos gerais, há uma forte correlação entre o volume de um elemento sólido e a sua
capacidade total de calor. No entanto, existem muitos desvios desta correlação.
As ligações de hidrogênio
Contendo hidrogênio na sua composição, moléculas polares como o etanol, amônia e água,
têm poderosas ligações intermoleculares de hidrogênio quando em sua fase líquida. Estas
ligações proporcionam um outro local em que o calor pode ser armazenado como energia
potencial de vibração, mesmo em baixas temperaturas comparativamente.
Impurezas
No caso de ligas, existem certas condições em que as pequenas impurezas podem alterar
grandemente o calor específico medido. As ligas podem mostrar uma diferença marcada no
seu comportamento, mesmo que a impureza em questão seja um dos elementos que
formam a liga, tais como ligas impuras em semicondutores ferromagnéticos que podem
conduzir a medições muito diferentes.
Livros e manuais no
Wikilivros
Calor
Calorimetria
Coeficiente de expansão adiabática
Referências
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?
title=Capacidade_térmica&oldid=67026066"