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Zoologia

estudo dos animais

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A zoologia[1] (do grego antigo: ζώο, zôion, 'animal'; e -λογία, -logia, 'estudo') ou biologia
animal[2] é o ramo da biologia especializado no estudo científico dos animais.[3] O
profissional especializado em zoologia é chamado zoólogo[4] ou, às vezes, zoologista.[5]

Coleção de borboletas brasileiras,


Museu de Zoologia, Universidade de
São Paulo

Classificações
Seguindo a divisão proposta por Carolus Linnaeus, o reino animal é um dos cinco reinos,
sendo subdividido principalmente nos seguintes filos: poríferos, cnidários, platelmintos,
nematelmintos, anelídeos, moluscos, artrópodes, equinodermos, e cordados: peixes, répteis,
anfíbios, aves e mamíferos — animais com corda dorsal.

Ramos
Os ramos originais da zoologia estabelecidos no final do século XIX como zoofísica,
ecologia e morfografia, estão constituídos nas mais diversas áreas da biologia que incluí
estudo de mecanismos comuns para plantas e animais. A biologia animal aborda várias
áreas.

Estrutura
A biologia celular estuda as propriedades estruturais e fisiológicas das células), incluindo
seu comportamento, interações, e ambiente. Isso é feito tanto em nível microscópico quanto
em molecular, para organismos unicelular como bactérias e célular especializadas em
organismos multicelular como os humanos. Entender a estrutura e função das células é
fundamental para todas as ciências biológicas. Essas similaridades e diferenças entre os
tipos de célula são particularmente relevantes para a biologia molecular.

A Anatomia considera as formas de estrutura macroscópica como os órgãos e sistemas.[6]

Fisiologia
A fisiologia estuda os processos mecânicos, físicos, e bioquímicos dos organismos vivos ao
tentar entender como todas as estruturas funcionam como um todo. O tema da "estrutura
para função" é central para a biologia. Estudos fisiológicos tem sido tradicionalmente
divididos em fisiologia vegetal e fisiologia animal, mas algumas propriedades da fisiologia
são universais, não importando qual o organismo particular está sendo estudado. Por
exemplo, o que se aprende na fisiologia das células de levedura também pode ser aplicado
para células humanas. O campo da fisiologia animal se estende desde as ferramentas e
métodos da fisiologia humana até as espécies não-humanas. A fisiologia estuda como, por
exemplo, os sistemas nervoso, imunológico, endócrino, respiratório, e circulatório funcionam
e interagem entre si.

Evolução

Evolução equina. Composto de


Esqueletos de Staatliches Museum
für Naturkunde Karlsruhe, Alemanha.
Da esquerda para a direita:
desenvolvimento do tamanho,
alterações biométricas no crânio,
redução dos dedos dos pés (antepé
esquerdo).

A pesquisa evolucionária se preocupa com a origem e as descendências das espécies,


assim como a sua mudança com o passar do tempo, e inclui cientistas de várias disciplinas
orientadas pela taxonomia. Por exemplo, geralmente envolve cientistas que possuem um
treinamento especial em organismos particulares como mamologia, ornitologia, ou
herpetologia, mas usa esses organismos como sistemas para responder as questões gerais
sobre a evolução.

A biologia evolucionária é parcialmente baseada na paleontologia, que usa os registros


fósseis para responder as questões sobre o modo e o tempo da evolução,[7] e parcialmente
em desenvolvimentos nas áreas de genética populacional[8] e teoria evolucionária.
Sistemática
A classificação científica em zoologia é o método pelo qual os zoologistas agrupam e
categorizam organismos pelo seu tipo biológico, como gêneros e espécies. A classificação
biológica é uma forma de taxonomia científica. As classificações biológicas modernas tem
raízes no trabalho de Carolus Linnaeus, que agrupou as espécies de acordo com
características físicas em comum. Esses agrupamentos tem sido revisados desde então
para melhorar a consistência com os princípios de Darwin sobre descendente comum.
Filogeneticistas moleculares, que usam sequência de DNA como dados, tem levado a muitas
revisões recentes e provavelmente continuarão a fazê-lo. A classificação biológica pertence
a ciência da sistemática zoológica.

Tabela de Linnaeus sobre o Reino


Animal na primeira edição de
Systema Naturae (1735).

Muitos cientistas atualmente consideram o sistema de cinco reinos ultrapassado. Sistemas


de classificação alternativos geralmente começam com um sistema de três reinos: Archaea
(originalmente Archaebacteria); Bacteria (originalmente Eubacteria); Eukariota (incluindo
protistas, fungos, plantas, e animais)[9] Esses domínios se referem a célula possuir ou não
núcleo, assim como, também, às diferenças da composição química do exteriores da
célula.[9]

Após, cada reino é dividido recursivamente até que cada espécie tenha uma classificação
separada. A ordem é: Domínio; Reino; Filo; Classe; Ordem; Família; Género; Espécie. O nome
científico dos organismos é gerado do seu gênero e espécie. Por exemplo, humanos são
listados como Homo sapiens. Homo é o gênero, sapiens a espécie. O nome científico de um
organismo, se capitaliza a primeira letra do gênero e mantem em caixa baixa todas as letras
da espécie, com todo o termo podendo estar em itálico ou sublinhado.[10][11]

Sistemas de classificação
ç

Esqueleto de Duiker

Morfografia inclui toda a exploração sistemática e classificação dos fatos (pt: factos)
envolvidos no reconhecimento de todos os tipos de animais extintos e atuais e a distribuição
deles no espaço e no tempo. Os fundadores de museus de tempos atrás e seus
representantes modernos, os curadores, descritores de coleções zoológicas, os primeiros
exploradores, naturalistas modernos, escritores de zoo-geografia, coletores de fósseis e
paleontólogos, são os principais responsáveis por qualquer pessoa que trabalhe com
zoologia que não esteja nesse grupo citado acima. Gradualmente, desde a época de Hunter e
Cuvier, o estudo anatômico tem associado a si mesmo com a morfografia mais superficial e,
até hoje, ninguém considera um estudo de forma animal que tenha algum valor, caso não
inclua estrutura interna como histologia e embriologia nos seus objetivos.

O real alvorecer da zoologia depois do período lendário da Idade Média, está conectado com
o nome de um inglês, Edward Wotton, nascido em Oxford, em 1492, que foi médico em
Londres e morreu em 1555. Ele publicou um tratado - "De differentiis animalium" - em Paris,
em 1552. Em muitos aspectos, Wotton foi, simplesmente, um expoente de Aristóteles, cujo
ensinamentos, junto com várias ideias fantasiosas da época, constituiu a base real do
conhecimento zoológico, ao longo da Idade Média. Foi mérito de Wotton ter rejeitado essas
lendárias ideias, e retornou apenas a Aristóteles e a observação da natureza.

O significado mais notável do progresso da zoologia, durante os séculos XVI, XVII e XVIII, é
comparar as concepções classificatórias de Aristóteles e de sucessivos naturalistas, com
aquelas que são encontradas nos trabalhos de Caldon.

Ramos
Exemplos de ramos da zoologia são:
Entomologia - insetos
Carcinologia - crustáceos
Helmintologia - vermes
Malacologia - moluscos
Ictiologia - peixes
Herpetologia - répteis e anfíbios
Mastozoologia - mamíferos
Ornitologia - aves
Etologia - comportamento dos animais
Mirmecologia - Estudo das formigas
Primatologia - Estudo dos primatas
Aracnologia - Estudo dos aracnídeos

Zoólogos e Naturalistas

Alexandre Rodrigues Ferreira


Rodolpho von Ihering
Edwin Willis
Eugene Odum
Jacques Veilliard
José Carlos Reis de Magalhães
Richard Dawkins
Steve Irwin
Austin Stevens
Steve Backshall
Jeff Corwin

Referências

1. «zoólogo» (https://dicionario.pribera
m.org/zo%C3%B3logo) . Dicionário
Priberam. Consultado em 24 de
janeiro de 2022
2. «Biologia Animal» (https://butantan.
gov.br/pesquisa/ddc/biologia-anim
al) . Instituto Butantan. Consultado
em 24 de janeiro de 2022
3. «Zoologia» (https://www.dicio.com.b
r/zoologia/) . Dicio. Consultado em
24 de janeiro de 2022
4. «Zoólogo» (https://www.dicio.com.b
r/zoologo/) . Dicio. Consultado em
24 de janeiro de 2022
5. «zoologista» (https://dicionario.pribe
ram.org/zoologista) . Dicionário
Priberam. Consultado em 24 de
janeiro de 2022
6. "Anatomy of the Human Body". (htt
p://www.bartleby.com/107/1.html)
20th edition. 1918. Henry Gray.
7. Jablonski D (1999). «The future of
the fossil record». Science. 284
(5423): 2114–16. PMID 10381868 (h
ttps://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubme
d/10381868) .
doi:10.1126/science.284.5423.2114
(https://dx.doi.org/10.1126%2Fscien
ce.284.5423.2114)
8. John H. Gillespie Population
Genetics: A Concise Guide, Johns
Hopkins Press, 1998. ISBN 0-8018-
5755-4.
9. Woese C, Kandler O, Wheelis M
(1990). «Towards a natural system
of organisms: proposal for the
domains Archaea, Bacteria, and
Eucarya» (http://www.pnas.org/cgi/r
eprint/87/12/4576) . Proc Natl Acad
Sci USA. 87 (12): 4576–9.
Bibcode:1990PNAS...87.4576W (htt
p://ui.adsabs.harvard.edu/abs/1990
PNAS...87.4576W) . PMC 54159 (htt
ps://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/arti
cles/PMC54159) . PMID 2112744
(https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubm
ed/2112744) .
doi:10.1073/pnas.87.12.4576 (http
s://dx.doi.org/10.1073%2Fpnas.87.1
2.4576)
10. Heather Silyn-Roberts (2000).
Writing for Science and Engineering:
Papers, Presentation (http://books.g
oogle.com/?id=hVUU7Gq8QskC&lpg
=PA198&dq=species%20epithet%20
capitalize&pg=PA198#v=onepage&q
=species%20epithet%20capitalize) .
Oxford: Butterworth-Heinemann.
198 páginas. ISBN 0750646365
11. «Recommendation 60F» (http://ibot.
sav.sk/icbn/frameset/0065Ch7OaGo
NSec1a60.htm#recF) . International
Code of Botanical Nomenclature,
Vienna Code. 2006. pp. 60F.1
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