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Graduação em Psicologia
Uso de vírgulas1
Geralmente, usamos vírgulas para garantir a pausa nas orações. Desse modo, quanto
maior ou mais explicativo for um período, mais se exigem pausas, as quais são, na
maioria das vezes, representadas por vírgulas.
Apesar de seu uso corresponder a um estilo pessoal, pois cada um define o ritmo de
seu texto, o mau uso da vírgula pode acarretar problemas que afetam o entendimento
de uma sentença ou provocar ambiguidade.
Prezado leitor, para entendermos o uso da vírgula, devemos lembrar de uma regra
básica:
Tal oração não precisa de vírgula por duas razões básicas: ela está na ordem direta e
o sujeito (As crianças) se liga diretamente ao verbo (brincaram).
ou
ou ainda
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Texto produzido por Afonso Henrique Novaes Menezes para a disciplina Práticas de produção técnico-científica do
Mestrado Profissional em Gestão Pública da Univasf.
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Nesse último caso, não se pode colocar vírgula entre o verbo (assistir) e o objeto (aos
vídeos).
Mas, agora, vejamos a primeira oração, apresentada acima, mas com outra estrutura:
Observe que o advérbio “hoje” se deslocou de sua posição mais comum (após o verbo)
para o início da oração.
Nesse caso, quando o termo está deslocado, a vírgula deve ser usada separando
esse termo do restante da oração.
Mas, se ampliarmos essa mesma oração, trazendo uma explicação a respeito de algum
nome, a vírgula deve ser usada. Vejamos:
Nesse caso, a explicação, chamada de aposto, se refere ao sujeito (as crianças) e, por
ficar perto dele, pede uma “pausa” para que ela informe quem é João. Nesse caso, a
vírgula é obrigatória.
Muita gente confunde Aposto com Vocativo, como se um fosse o outro e vice-versa.
Ambos utilizam a vírgula, mas têm funções diferentes.
Assim, enquanto o aposto explicativo é separado por vírgula quando explica o sujeito
logo depois dele, o vocativo serve para invocar, chamar o sujeito e sempre é separado
por vírgula do restante da oração. Vejamos um exemplo:
Muitas pessoas confundem o Vocativo com o sujeito, achando que são a mesma coisa.
Não é. O vocativo é um termo à parte da oração. O sujeito, em orações com vocativo,
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vem normalmente oculto. Ainda assim, é bom reafirmar: todo vocativo deve ser
separado por vírgula.
Outro caso muito comum no uso das vírgulas é em expressões de explicação como em:
Outro caso ocorre em um período composto por duas orações. Se a oração dependente
(também chamada de subordinada) iniciar o período, deve se usar a vírgula separando-
a da outra oração, como em:
Observe que a oração dependente (que identificamos porque ela é iniciada por uma
conjunçao (SE), abre o período. Nesse caso, a vírgula é importante para separá-la da
oração principal, que vem depois.
Um caso interessante a se destacar é que a vírgula pode substituir um verbo que já foi
dito anteriormente, ocorrendo o que chamamos de elipse, como em:
A vírgula, nesse caso, serviu para substituir e, ao mesmo tempo, indicar o verbo, o qual
entendemos qual é porque ele já foi usado antes.
Por fim, há um caso interessante em que podemos usar ou não a vírgula. Ele ocorre em
orações adjetivas.
Tais orações são iniciadas por pronomes relativos (o mais comum é o pronome QUE) e
sempre indicam uma qualidade ou característica de um nome da outra oração.
A oração que está entre vírgulas se refere ao nome “alunos”. Para isso, basta
perguntarmos: quem “que chegaram cedo?” A resposta será esse nome: os alunos.
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Desse modo, temos uma oração que indica uma característica (uma qualidade) do nome
anterior, por isso a chamamos de Oração adjetiva.
No caso de orações como essa, o uso da vírgula é facultativo, pois o que muda é a
classificação da oração.
Assim, quando há vírgulas numa oração adjetiva, tal oração será chamada de
explicativa.
No entanto, se não houver vírgulas, tal oração continua sendo adjetiva, mas é
classificada como restritiva, tal como podemos observar abaixo: