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Gestãode Pessoas e Desenvolvimento de Equipes
Gestãode Pessoas e Desenvolvimento de Equipes
Unicesumar
GESTÃO DE
PESSOAS E
DESENVOLVIMENTO
DE EQUIPES
Impresso por:
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos
com princípios éticos e profissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade,
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos
em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil:
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba,
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades
de todos. Para continuar relevante, a instituição
de educação precisa ter pelo menos três virtudes:
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é
promover a educação de qualidade nas diferentes
áreas do conhecimento, formando profissionais
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
02511483
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está
iniciando um processo de transformação, pois quando
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou
profissional, nos transformamos e, consequentemente,
transformamos também a sociedade na qual estamos
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com
os desafios que surgem no mundo contemporâneo.
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita.
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns
e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis-
cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe
de professores e tutores que se encontra disponível para
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
AUTORES
Link: http://lattes.cnpq.br/5105366847351675
Link: http://lattes.cnpq.br/6722846348879093
APRESENTAÇÃO
SEJA BEM-VINDO(A)!
É com prazer que apresentamos a você, caro(a) aluno(a), o livro que o(a) acompanhará
na disciplina Gestão de Pessoas e Desenvolvimento de Equipes. Ele foi preparado com
muito cuidado para que possa ser uma referência sólida de conhecimentos atualizados
na área.
Inicialmente, é importante esclarecer que vários termos são utilizados atualmente quan-
do se fala em gerenciar o fator humano nas organizações: administração de pessoas, ad-
ministração de recursos humanos, gestão de pessoas, gestão de talentos, entre outros.
Esses termos guardam diferenças conceituais, com especificidades que os diferenciam
e indicam reais mudanças pragmáticas, as quais iremos esclarecer logo na primeira Uni-
dade, eles ainda são usados indistintamente pelas empresas, motivo pelo qual também
os utilizaremos indistintamente ao longo deste livro: RH, ARH ou GP.
Na primeira Unidade – Administração de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas – res-
saltaremos a relevância que as pessoas, o chamado fator humano, vêm ganhando no
mundo do trabalho, sendo colocado no centro das preocupações nas organizações que
pretendem ser bem-sucedidas. Apresentaremos a evolução histórica ocorrida no Brasil
em termos de administração de recursos humanos nas empresas e alguns dos conceitos
necessários para que você adquira uma base consistente na compreensão do pensa-
mento que permeia essa área. Ainda nesta unidade, discutiremos os efeitos da globali-
zação para a área de pessoas, que culminam com a necessidade do desenvolvimento de
planejamento estratégico na gestão de pessoas para atender às necessidades do con-
texto sempre em transformação.
Na segunda Unidade – Recrutando e Selecionando Pessoas – começaremos a falar di-
retamente sobre os processos constituintes da área de Recursos Humanos, expondo os
processos de recrutamento e seleção, sua importância para a organização, tipos e téc-
nicas específicas, assim como sobre sua avaliação. Consideramos importante também
que, mais do que conhecer técnicas, você possa refletir sobre as competências e postura
ética necessárias a esse profissional.
Na terceira Unidade – Ferramentas Táticas de Gestão de Pessoas – denominamos como
ferramentas táticas os processos de análise e descrição de cargos, avaliação de desem-
penho e os sistemas de recompensas que podem ser adotados pelas organizações. Para
cada um dos temas, apresentamos definições, métodos e técnicas que procuram aten-
der a seus diversos objetivos.
Na quarta Unidade – Capacitando Pessoas – serão apresentados especialmente os pro-
cessos de treinamento e desenvolvimento de pessoal, gestão da saúde, segurança e
qualidade de vida no trabalho. Serão apresentados os métodos, técnicas e ambientes a
serem desenvolvidos na prática desses processos, porém, mais do que o aspecto formal,
consideramos importante trazer à reflexão a necessidade de as empresas desenvolve-
rem a visão de que são também organizações que aprendem, que assumem as respon-
sabilidades pela capacitação de colaboradores efetivos e eficazes, os quais buscam no
trabalho satisfação e ambientes física e psicologicamente seguros e saudáveis.
APRESENTAÇÃO
UNIDADE I
15 Introdução
16 As Pessoas e as Organizações
37 Considerações Finais
44 Referências
45 Gabarito
UNIDADE II
49 Introdução
60 Recrutando Pessoas
63 Tipos de Recrutamento
68 Técnicas de Recrutamento
71 Selecionando Pessoas
75 Técnicas de Seleção
87 Considerações Finais
93 Referências
94 Gabarito
UNIDADE III
97 Introdução
141 Referências
142 Gabarito
11
SUMÁRIO
UNIDADE IV
CAPACITANDO PESSOAS
145 Introdução
182 Referências
183 Gabarito
12
SUMÁRIO
UNIDADE V
187 Introdução
221 Referências
222 Gabarito
223 CONCLUSÃO
Professora Dra. Waldeciria Souza da Costa
Professora Me. Patrícia Rodrigues da Silva
I
ADMINISTRAÇÃO DE
UNIDADE
RECURSOS HUMANOS E
GESTÃO DE PESSOAS
Objetivos de Aprendizagem
■ Refletir sobre a relevância do fator humano para o sucesso das
organizações.
■ Descrever as fases de evolução da Administração de Recursos
Humanos da industrialização até a atualidade.
■ Analisar as influências do contexto globalizado na Administração de
Recursos Humanos.
■ Situar a Administração de Recursos Humanos no contexto da
administração estratégica organizacional.
■ Indicar as atividades essenciais em Recursos Humanos nas
organizações.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ As pessoas e as organizações
■ Administração de recursos humanos e gestão de pessoas
■ O contexto de globalização e a administração estratégica de recursos
humanos
■ Planejamento estratégico de recursos humanos
■ Atividades essenciais em recursos humanos
15
INTRODUÇÃO
Introdução
16 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
AS PESSOAS E AS ORGANIZAÇÕES
indivíduo é único, assim como cada organização é única, com as mais variadas
formas de atendimento de suas necessidades.
As organizações, necessariamente, precisam de uma estrutura planejada
para obter um bom desempenho, de acordo com as demandas que se apresen-
tam em face da tecnologia, circunstâncias do mercado, diversidade de produtos
e velocidade de mudanças. Cria-se, sem dúvida, uma interdependência entre as
pessoas e as organizações onde elas trabalham.
Como bem coloca Chiavenato (2014), não é possível separar a existência das
pessoas do seu trabalho, elas precisam dela não apenas para subsistir, mas para
atingir os mais diversos objetivos pessoais e profissionais, terem sucesso e serem
bem-sucedidas. Nessa interdependência, as organizações dependem inevitavel-
mente das pessoas para atingir seus objetivos globais e estratégicos, produzir
bens e serviços, atender os clientes e competir nos mercados. Ambas as partes
dependem uma da outra.
Porém atenção, caro(a) aluno(a), pois falar de interdependência entre orga-
nizações e pessoas exige que se esclareça que ambas têm objetivos próprios e
diferentes, que nem sempre coincidem, e nem sempre são de fácil ajuste. A figura
a seguir demonstra essas diferenças.
As Pessoas e as Organizações
18 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 1 - Objetivos organizacionais e objetivos individuais das pessoas
Fonte: Chiavenato (2014).
“As duas coisas mais importantes de uma empresa não aparecem nos seus
demonstrativos financeiros: sua reputação e suas pessoas.”
(HENRY FORD).
As Pessoas e as Organizações
20 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS E
GESTÃO DE PESSOAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
lho em termos nunca antes vistos.
Essa escola de pensamento concebe a organização como uma organização
formal em que a relação entre a administração e os empregados é tratada sim-
plesmente como uma relação de interesses, em que o funcionário é visto como
homo economicus, que em troca da compensação monetária buscará os resulta-
dos máximos em seu trabalho (MOTTA, 1974 apud MARRAS, 2011).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
sobre realizar uma gestão estruturada (DUTRA, 2009).
b. Fase Legal – Estado Novo (1930 a 1950). Fase em que foi criado o Ministé-
rio do Trabalho, Indústria e Comércio, em 1930. Nessa fase surge a figura
do chefe de pessoal, para acompanhar o cumprimento da CLT – Con-
solidação das Leis do Trabalho, instituídas por Getúlio Vargas em 1943.
Segundo Tose (apud MARRAS, 2011), o poder dos chefes de produção
sobre os funcionários passa para o chefe de pessoal por seu domínio das
regras e normas jurídicas impostas pela CLT.
c. Fase Tecnicista (1950 a 1965). Nessa época, o modelo americano de gestão
de pessoal é implantado no Brasil durante o governo de Juscelino Kubits-
chek, que implementou a indústria automobilística em território nacional.
A figura do Gerente de Relações Industriais é introduzida nos organogra-
mas e foi responsável por grandes mudanças nas relações entre capital e
trabalho. O GRI dividia funções com o Gerente de Recursos Humanos –
GRH. O primeiro cuidava das questões puramente administrativas, e o
segundo tratava das questões “humanas” (MARRAS, 2011). Assim, a fun-
ção dos Recursos Humanos passa a ser dividida em subáreas, com maior
abrangência no espaço das organizações. Foram operacionalizadas ativi-
dades como os serviços de recrutamento e seleção, treinamento, cargos
e salários, higiene e segurança, entre outros.
d. Fase Administrativa ou Sindicalista (1965 a 1985). Esta é a fase que,
segundo Tose (1997), pode se caracterizar como revolucionária nas relações
capital e trabalho. O movimento “novo sindicalismo” com suas reivindica-
ções, implementado pelas bases trabalhadoras, teve um grande papel nas
mudanças ocorridas nesse período. A denominação e a responsabilidade
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PESSOAS COMO RECURSOS OU PESSOAS COMO PARCEIRAS
DAS ORGANIZAÇÕES
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
sentes, seja qual for o tipo e tamanho da organização, todos os esforços deverão
ser empenhados para o planejamento, organização, direção, liderança, coorde-
nação e controle, com uma visão empresarial, ambiental e interativa – a nossa
organização e o resto do mundo!
Em face desse contexto, e considerando a velocidade acelerada com que o
mundo vem mudando, as organizações que pretendem se manter no mercado
precisam encorajar e desenvolver o pensamento estratégico em seus gerentes e
funcionários.
Mais do que nunca, é percebido o valor das pessoas nas organizações. Embora
seja uma visão bastante propalada hoje, nem sempre ela é reconhecida por quem
dirige as organizações. As duas frases apresentadas a seguir, retiradas de Lacombe
(2005), refletem em grande parte a relevância que uma gestão estratégica deve-
ria dar ao seu pessoal.
“O futuro dos seus negócios está nas mãos dos seus empregados” (MORITA, apud
LACOMBE, 2005, p. 239).
Uma empresa é uma entidade do meio social. É constituída de pessoas.
O resultado de uma empresa depende muito mais do desempenho das
pessoas do que da excelência de seus manuais ou estruturas de organi-
zação (BELTRÃO apud LACOMBE, 2005, p. 239).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• Otimização da capacidade instalada.
É possível perceber, caro(a) aluno(a), que diante desses fatores cruciais, as empre-
sas foram obrigadas a se preocupar com as necessidades e expectativas de seus
funcionários. Se o mercado globalizado se apresenta como forte pressão externa,
os funcionários e suas necessidades constituem-se em pressão vinda de dentro
da própria organização, exigindo reflexões sobre a gestão de pessoas, mudando
o foco do pensamento tradicional para um pensamento estratégico: do controle
de pessoas para o desenvolvimento de pessoas (DUTRA, 2009). Estamos falando
da necessidade do Planejamento Estratégico de Recursos Humanos.
Com essas análises será possível à empresa adotar estratégias tanto mais
flexíveis e ágeis quanto exigir as mudanças ambientais, o que demandará o envol-
vimento global da organização para a elaboração de uma estratégia que responda
às seguintes questões: O que somos? O que queremos ser? Como fazer? O que
fazer? Aonde chegar?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
“O lema da estratégia competitiva é ser diferente. Significa escolher, de for-
ma deliberada, um conjunto de atividades para proporcionar um mix único
de valores”.
(Michael Eugene Porter)
Marras (2011) indica algumas variáveis contextuais que devem ser motivo de
transformação das tradicionais práticas de recursos humanos para práticas estra-
tégicas de recursos humanos – de ARH para AERH, são elas: a globalização dos
mercados e seus desdobramentos nas organizações e a mudança na filosofia de
vida das pessoas, em todos os sentidos da existência humana. Para o autor não
é mais possível ao empresário, pensando na lógica do lucro, ignorar as seguin-
tes constatações nos dias de hoje:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ATIVIDADES ESSENCIAIS EM RECURSOS HUMANOS
6. Monitorar pessoas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
5. Departamento de Pessoal (DP).
6. Relações Trabalhistas (RT).
7. Serviços Sociais e Benefícios (SSB).
8. Serviços Gerais (SG) etc.
Nas próximas unidades, trataremos de alguns desses subsistemas, especialmente
daqueles que, sob nossa perspectiva, são essenciais para o desenvolvimento de
políticas e práticas de Gestão de Pessoas em uma empresa organizada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
38
1. Foi estudado que as organizações são constituídas por pessoas, afinal, toda a
produção que desenvolvemos como civilização, ao longo dos séculos, decorre
do trabalho humano. É certo que as organizações verdadeiramente são consti-
tuídas de pessoas e para as pessoas. Com base nos estudos sobre as pessoas e
as organizações, analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta.
I. Máquinas, tecnologia, recursos financeiros e estratégias são suficientes para
que se faça uma organização.
II. As pessoas com suas percepções, características peculiares, crenças, desejos e
frustrações é que permitem a existência de uma organização.
III. A compreensão sobre o valor do ser humano em sua diversidade cultural e
em sua particularidade pessoal implica em reconhecê-lo apenas como um
ser político que é.
IV. Desconsiderar a individualidade dos seres humanos e suas necessidades
transforma as organizações em máquinas.
Está correto somente o que se afirma em:
a) I.
b) I e II.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
2. Sabe-se que nas organizações é necessário criar e manter um ambiente sistema
social integrado. Porém, o que deve ser considerado pelas organizações para
que este feito seja alcançado? Analise as afirmações e assinale a alternativa
correta.
I. Considerar as pessoas e suas individualidades.
II. Reunir as pessoas em torno de um objetivo comum, promovendo, assim, um
trabalho cooperativo.
III. A divisão do trabalho acontecer segundo aptidões, expectativas e motiva-
ções.
IV. Coordenação e liderança organizarem a divisão do trabalho e ajustar as pos-
síveis disfunções.
39
Para fechar as reflexões, os autores nos levam a refletir sobre: “o que vem por aí?”. E nos
deixam a mensagem de que a área de Recursos Humanos ou Gestão de Pessoas é de
suma importância nas organizações, pois ela se transformou de “fonte de custos” para
uma posição estratégica.
Dessa forma, faz-se importante o fato de que as organizações passaram a considerar os
profissionais de Recursos Humanos como colaboradores e estes participam e opinam
nas tomadas de decisões, nas ações e investimentos e têm, ainda, outro fator de peso:
apoiadores nos processos de mudanças.
Vemos ainda que, nos dias atuais, o profissional da área de gestão de pessoas precisa
possuir capacitação, ser independente, gerar mudanças, ser curioso, e não ficar preso
somente às atividades burocráticas. Um grande desafio não é mesmo? Mas realize uma
leitura apurada do material, faça reflexões a respeito e trace estratégias que podem ser
utilizadas para destacar ainda mais o papel da área de ARH nas organizações.
Vale a leitura! Aproveite!
Indicação de leitura: Viscaino e Estork (2007, on line)2.
Fonte: as autoras
MATERIAL COMPLEMENTAR
Material Complementar
44
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS ONLINE
2
Em: <http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/5RcsPl2d-
Jl8KVgB_2013-4-30-10-54-58.pdf>. Acesso em: 22 nov. 2017.
45
REFERÊNCIAS
GABARITO
1. C.
2. E.
3. D.
4. B.
5. C.
Professora Dra. Waldeciria Souza da Costa
Atualização: Professora Me. Patrícia Rodrigues da Silva
RECRUTANDO E
II
UNIDADE
SELECIONANDO PESSOAS
Objetivos de Aprendizagem
■ Refletir sobre o papel estratégico da escolha de colaboradores.
■ Conhecer aspectos organizacionais e de outros processos de gestão
de pessoas que interferem no recrutamento e seleção.
■ Definir os processos de recrutamento e seleção de pessoas.
■ Descrever as técnicas de recrutamento e seleção, com suas vantagens
e desvantagens.
■ Refletir sobre as competências e ética necessárias ao profissional da
área.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Papel Estratégico da Escolha de Pessoas Como Colaboradoras
■ Fatores Intervenientes no Recrutamento e Seleção de Pessoas
■ Recrutando Pessoas
■ Tipos de Recrutamento
■ Técnicas de Recrutamento
■ Avaliando o Processo de Recrutamento
■ Selecionando Pessoas
■ Técnicas de Seleção
■ Avaliação e Escolha do Candidato
■ Perfil do Profissional de Recrutamento e Seleção
49
INTRODUÇÃO
Introdução
50 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PAPEL ESTRATÉGICO DA ESCOLHA DE PESSOAS
COMO COLABORADORAS
1) que vagas deverão ser abertas e; 2) se as vagas serão preenchidas por candida-
tos internos ou externos, isso para todos os níveis hierárquicos da organização.
O planejamento de pessoal possibilita não apenas a busca de profissionais para
ocuparem as vagas, mas também permite o planejamento para preparar futuros
ocupantes de cargos, especialmente para os níveis gerenciais (BANOV, 2012).
A variabilidade das organizações é muito grande e as características espe-
cíficas de cada uma determinarão os processos de recrutamento e seleção, não
apenas pelas características e requisitos das vagas, mas também por outros fato-
res que serão abordados a seguir.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FATORES INTERVENIENTES NO RECRUTAMENTO E
SELEÇÃO DE PESSOAS
Há alguns fatores importantes que devem ser levados em conta pelo profissional
responsável antes e durante a elaboração de um planejamento de um processo
de recrutamento e seleção. Esses fatores vão além da especificidade das vagas
em questão e envolvem aspectos abrangentes da organização. São eles: a cultura
organizacional, as relações de poder, a estrutura organizacional, o mercado de
trabalho e as influências dos outros processos de gestão de pessoas. Vejamos
cada um desses fatores.
A CULTURA ORGANIZACIONAL
muitas vezes se pense que são escolhas pessoais, na verdade essas características
são um reflexo da cultura da organização em que trabalham. De forma abreviada,
podemos abordar o tema da cultura organizacional analisando duas definições
de grandes autores que se aprofundaram no estudo do tema.
Vejamos as duas definições seguintes:
Cultura organizacional é um conjunto de pressupostos básicos que um
grupo inventou, descobriu ou desenvolveu ao aprender como lidar com
problemas de adaptação externa e integração interna e que funciona-
ram bem o suficiente para serem considerados válidos e ensinados a
novos membros como forma correta de perceber, pensar e sentir com
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nas questões relacionadas ao recrutamento e seleção de pessoas.
AS RELAÇÕES DE PODER
A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
se refletem nas gerências e nos funcionários. Claramente, você pôde perceber
que, no primeiro tipo, a margem do gestor ou colaborador para adotar posturas
comprometidas, com satisfação pessoal, autonomia e participação na tomada de
decisão é muito menor do que no segundo. Assim, todas as decisões referentes
ao recrutamento e seleção de colaboradores serão influenciadas pelas contin-
gências externas e pela estrutura organizacional.
O MERCADO DE TRABALHO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■ Insuficiente quantidade de ofertas de vagas.
■ Falta de competição entre as empresas para obter candidatos.
■ Redução dos investimentos em recrutamento.
■ Aumento das exigências aos candidatos.
■ Redução dos investimentos em treinamento.
■ Ênfase no recrutamento externo.
■ Políticas de substituição do pessoal (melhora do capital humano).
■ Orientação para o trabalho e para a eficiência.
■ Redução ou congelamento dos investimentos em benefícios sociais
(CHIAVENATO, 2014).
RECRUTANDO PESSOAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tação de pessoal. Esse é um processo
importante porque procura não
apenas divulgar vagas, mas também
atrair talentos, pessoas qualificadas
para preencher as atuais ou futuras
necessidades da organização.
Algumas empresas possuem
uma imagem popular tão positiva
que não se identificam em anúncios
no jornal para não terem candidatos
em excesso. Outras precisam despender muito tempo e dinheiro para atrair as
pessoas adequadas.
A revista exame publica anualmente um ranking sobre “as melhores empresas
para você trabalhar”. Estas provavelmente, têm mais atratividade para captar os
melhores profissionais. De qualquer forma, um dos elementos necessários para
o sucesso do recrutamento está no seu planejamento, que veremos mais adiante.
DEFINIÇÕES DE RECRUTAMENTO
ETAPAS DO RECRUTAMENTO
Recrutando Pessoas
62 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
lidades, requisitos exigidos, supervisão exercida, relacionamentos e condições
oferecidas pela empresa. Nos últimos anos, as competências comportamentais
passaram a fazer parte dos requisitos do cargo para atender ao contexto mais
dinâmico e competitivo que se apresenta na atualidade.
TIPOS DE RECRUTAMENTO
Tipos de Recrutamento
64 UNIDADE II
RECRUTAMENTO INTERNO
Esse tipo de recrutamento, segundo Araújo e Garcia (2010), ocorre quando a orga-
nização utiliza seus próprios recursos humanos sem recorrer ao mercado externo.
Para Chiavenato (2009), esse tipo de recrutamento pode envolver:
a) Transferência de pessoal.
b) Promoções de pessoal.
c) Transferências com promoções de pessoal.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
d) Programas de desenvolvimento de pessoal.
e) Planos de encarreiramento (carreiras) de pessoal.
Tipos de Recrutamento
66 UNIDADE II
RECRUTAMENTO EXTERNO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Traz “sangue novo” à empresa, com a possibilidade de introdução de ideias
novas, novas soluções para antigos problemas, atualização com o mercado externo
e com o que ocorre em outras empresas.
Renovação e enriquecimento dos recursos humanos, quando há a política de
buscar por melhor capital intelectual do que o existente na empresa.
Aproveitamento dos investimentos em treinamento e desenvolvimento de pessoal
realizado por outras empresas ou pelo próprio candidato, ocasião em que a empresa
não apenas economiza, mas também pode obter alto desempenho em curto prazo.
Recrutamento misto
Tipos de Recrutamento
68 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
TÉCNICAS DE RECRUTAMENTO
Técnicas de Recrutamento
70 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tivo e a que custo.
Na figura seguinte, é possível veri-
ficar como é incrivelmente pequena a
proporção de aproveitamento entre os
candidatos que se apresentam e os que
estão realmente preparados para dis-
putar uma vaga. Isso mostra a importância do planejamento criterioso desse
processo, que poderá estar embasado em avaliações de processos anteriores.
SELECIONANDO PESSOAS
Selecionando Pessoas
72 UNIDADE II
Ao selecionar pessoas, precisamos ter claro que não há um método ideal. Sempre
há elementos objetivos e subjetivos a serem analisados e a diversidade de pessoas e
circunstâncias é infinita. Seja qual for o perfil desejado, até podemos aplicar técni-
cas mais ou menos objetivas, mas o fato de sermos pessoas selecionando pessoas
incluirá sempre um nível de subjetividade. De qualquer forma, para que o processo
de seleção seja eficaz, temos que ter em mente, como nos coloca Robbins (2009), que
[…] a qualidade da força de trabalho de uma organização resulta, em
ampla medida, dos profissionais que são contratados para trabalhar
nela. Se a empresa contratar pessoas com habilidades inadequadas, o
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
desempenho não será bom, independente dos esforços da administra-
ção em proporcionar motivação e liderança, criar grupos eficazes ou
projetar atividades desafiadoras (ROBBINS, 2009, p. 242).
Essa afirmação traduz o desafio da seleção de pessoal que buscará, por meio de
inúmeras ferramentas, obter informações que possam ajudar a determinar se um
candidato possui ou não as competências adequadas para o trabalho em ques-
tão. Algumas dessas ferramentas serão abordadas na sequência.
Vemos que ambas as definições pressupõem que para iniciar a seleção de pes-
soal se disponha de candidatos já captados pelo recrutamento. As duas definições
também falam em “candidatos mais adequados”. O que isso significa?
deve ser escolhido o candidato que mais demonstre conciliar suas competências e
potencialidades com as expectativas e necessidades desejadas pela empresa para
o ocupante do cargo a ser preenchido. Por um lado, admitir um funcionário cujo
potencial é maior do que a capacidade da empresa em oferecer oportunidade de
desenvolvimento e crescimento pode levar a desinteresse e sentimento de des-
valorização profissional, por outro, admitir um funcionário sem qualificações e
competências necessárias poderá gerar ansiedade e estresse, fraco desempenho,
e por vezes, gastos com treinamento e capacitação, que nem sempre surtirão o
efeito desejado. Em ambos os casos, a seleção terá falhado em seus objetivos.
A ANÁLISE DE CURRÍCULOS
Selecionando Pessoas
74 UNIDADE II
Critérios informais
“As empresas baseiam-se no perfil do cargo e nas competências (que com-
portam não somente habilidades técnicas, mas também comportamentais
e adequadas a sua cultura) para estabelecerem os critérios de seleção. Por
exemplo. Um determinado hotel tinha muitos problemas com suas cama-
reiras em decorrência do assédio por parte dos seus hóspedes. Tal hotel
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
começou a contratar mulheres menos atraentes; resolveu o seu problema,
diminuiu significativamente o assédio. Esse dado jamais foi divulgado ofi-
cialmente (por questões legais), mas os selecionadores sabiam de tal crité-
rio”.
Fonte: Banov (2012).
TÉCNICAS DE SELEÇÃO
Totalmente padronizada
Padronizada
Entrevista
Diretiva
Não diretiva
De conhecimentos
Testes De capacidades
Psicológicos
Fonte: a autora.
A ENTREVISTA DE SELEÇÃO
Técnicas de Seleção
76 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Técnicas de Seleção
78 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
9. Estabilidade
10. Realizações ou resultados obtidos
11. Responsabilidades ou tarefas mais importantes
12. É membro de alguma associação ou sindicato?
13. Qualidade das escolas básicas frequentadas
14. Nível de formação superior
15. Pós-graduação (lato ou strictu senso)
16. Trabalhos ou pesquisas concluídos
17. Idiomas
18. Cultura geral: leituras, cursos, viagens culturais etc.
19. Clubes e igreja que frequenta
20. Esportes praticados
21. Hobbies
22. É membro de alguma associação para fins sociais?
23. Tem amigos? Quantos? Qual a frequência dos encon-
tros?
24. Qual o seu fim de semana predileto?
25. Como planejou e efetivou as últimas três férias?
Vimos, no quadro, alguns pontos importantes que podem ser levados em con-
sideração durante a entrevista, de modo a dar ao entrevistador mais subsídios.
Segundo Banov (2012, p. 70), é comum na entrevista o entrevistado:
TESTES
Os testes que podem compor o processo seletivo são inúmeros e serão escolhi-
dos de acordo com o cargo a ocupar, os objetivos que se quer alcançar em termos
de verificação de competências e, por fim, de acordo com a experiência e qua-
lificação da pessoa responsável por sua aplicação. Vejamos alguns desses testes
segundo classificação de Banov (2012):
a) Teste de conhecimentos gerais:
Podem se apresentar em forma de questionários a serem respondidos por
escrito ou de forma oral. As questões são relacionadas à área de atuação
de forma genérica, com conteúdos de cultura geral.
Técnicas de Seleção
80 UNIDADE II
d. Testes psicológicos:
Podem ser classificados em testes de aptidão e testes de personalidade. Os
de aptidão pretendem avaliar tendências de capacidades para a realiza-
ção de determinadas tarefas, entre eles estão os testes de inteligência que
medem inteligências específicas, como lógico-matemáticas, verbal, musi-
cal, espacial, interpessoal, assim como os testes de memória e atenção.
Os testes de personalidade procuram identificar certos traços das carac-
terísticas superficiais das pessoas, como equilíbrio emocional, interesses,
motivações e outras características que definem o perfil comportamental
de cada indivíduo. No Brasil, esses testes só podem ser aplicados e inter-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
pretados por psicólogos.
Vemos, assim, que existem diferentes testes que podem ser utilizados no
processo seletivo. A seguir, falaremos de uma nova ferramenta para esse
processo, que é o uso de dinâmica de grupo.
DINÂMICAS DE GRUPO
A dinâmica de grupo (DG) é uma técnica que vem sendo utilizada por algu-
mas empresas no processo seletivo quando se pretende analisar como a pessoa
interage em grupo, como ela assume papéis e atitudes ao interagir com outras
pessoas. A DG também pode ser usada para perceber como as pessoas expres-
sam suas emoções em grupo.
O procedimento consiste em propor ao grupo uma atividade e observar como
cada candidato se comporta em termos de cooperação, competitividade, flexibi-
lidade ou outras características que sejam importantes para o cargo ao qual está
concorrendo. Essas atividades podem ser histórias do cotidiano, análise de fil-
mes, jogos, discussão de temas.
Segundo Banov (2012), pelo desempenho da pessoa na DG é possível veri-
ficar, por exemplo, se ela é capaz de mudar um ponto de vista ou se é inflexível
ao se sentir ameaçada, se sabe liderar e de que maneira lidera. No planejamento
da seleção, deverão estar muito claras quais as características dos candidatos a
serem observadas e avaliadas para que se faça a escolha da técnica mais adequada.
EXAME MÉDICO
Técnicas de Seleção
82 UNIDADE II
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AVALIAÇÃO E ESCOLHA DO CANDIDATO
sempre o “melhor” candidato é o mais adequado para a função. Por isso lembre-
-se, caro(a) aluno(a), colocar a pessoa certa no lugar certo é o grande objetivo
da seleção de pessoas.
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soas que já trabalham ou que
pretendem adentrar nessa área
de trabalho. Falamos, antes,
sobre a importância da defini-
ção do perfil, etapa necessária
para se realizar uma boa sele-
ção, e agora perguntamos: que
competências são necessárias ao
selecionador de pessoal? Como ele ou ela deve ser? Qual o seu perfil?
Para Banov (2012), é de extrema importância definir as competências, habi-
lidades e aptidões necessárias, assim como conhecer as armadilhas que envolvem
a profissão. Para a autora, conhecer processos e técnicas é imprescindível, porém,
não é suficiente para garantir o bom trabalho do profissional de recrutamento e
seleção. Formação, conhecimento, posicionamento ético serão decisivos nessa
prática. Vejamos o que a autora expõe sobre as competências necessárias que se
referem aos conhecimentos, habilidades e atitudes esperados.
Conhecimentos: incluem o domínio de processos e instrumentos utilizados
no recrutamento e seleção, conhecimento da cultura organizacional, do mercado
de trabalho e do negócio da empresa.
Habilidades: envolvem habilidades para descrição de cargos, mapeamento
de competências, observação, atenção, escolha adequada de instrumentos, ela-
boração e aplicação de entrevistas e dinâmicas de grupo, trabalhar em conjunto
com o requisitante do cargo.
Atitudes: inclui adaptar, experimentar e testar novas práticas, fazer networking
com outros profissionais da área, buscar atualização constante, ser sigiloso, ser
ético com a empresa, com as pessoas envolvidas no processo e com os candidatos.
Tanto Banov (2012) quanto Dessler (2003) indicam algumas “armadilhas”
ou erros comuns que podem acontecer durante as entrevistas e ao longo do pro-
cesso de seleção. Resumiremos algumas dessas armadilhas:
Ênfase na subjetividade. é o deixar-se levar pela simpatia e não pelos fatores
objetivos ligados às necessidades da vaga.
Efeito halo. é a tendência a atribuir características positivas, sem bases objeti-
vas, a pessoas que tiveram resultados positivos, da mesma forma no caso negativo.
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ÉTICA PROFISSIONAL
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1. A Virtude do zelo. refere-se aos cuidados com a imagem da empresa, do
profissional de recrutamento e seleção e do processo seletivo em geral.
Desde os cuidados em não usar linguagem discriminatória no anúncio da
vaga, esclarecer os candidatos sobre as etapas do processo, dar feedback
ao candidato sobre a sua aprovação ou não até os meios de comunicação
utilizados para os contatos são fatores importantes para a construção de
uma imagem negativa ou positiva da empresa no mercado de trabalho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao fim desta Unidade II e esperamos ter conseguido trazer até você
informações importantes e pertinentes sobre alguns dos processos mais centrais
em gestão de pessoas, recrutamento e seleção.
Com o apoio dos vários autores citados, iniciamos por colocar esses processos
como estratégicos na estrutura da empresa, esperando que você tenha compre-
endido que a estratégia visa contribuir para que a empresa alcance seus objetivos
diante do mercado competitivo e de mudanças aceleradas que se apresentam.
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Considerações Finais
88
1. Ao tratar sobre o processo de agregar pessoas, Costa (2016) cita alguns fatores
intervenientes no recrutamento e seleção, que acabam por demonstrar a impor-
tância e necessidade do profissional de RH responsável por estas atividades, ter
amplo conhecimento sobre a sua realização. Estes fatores são:
I. Cultura e estrutura organizacional.
II. Relações de Poder.
III. Mercado de Trabalho.
IV. Interações dos processos de recrutamento e seleção com outros em gestão
de pessoas.
Tendo por base o conteúdo estudado, são fatores intervenientes no recruta-
mento e seleção, o que se apresenta em:
a. I e II.
b. II e III.
c. I, II e III.
d. II, III e IV.
e. I, II, III e IV.
2. Analise atentamente o excerto apresentado a seguir e assinale a alternativa
com as palavras que preenchem as lacunas existentes.
é o conjunto de
que um grupo inventou, descobriu ou desenvolveu ao aprender como lidar com
problemas de ___________ ou
e que funcionaram bem o suficiente para serem considerados válidos e ensinados a
novos membros da organização.
a. Cultura organizacional – pressupostos básicos – adaptação externa – integra-
ção interna.
b. Clima organizacional – pressupostos básicos – adaptação interna – adaptação
externa.
c. Pressupostos básicos – elementos sociais – integração interna – adaptação
externa.
d. Integração interna – elementos básicos – cultura organizacional – identidade
social.
e. Cultura organizacional – identidade social – elementos básicos – integração
interna.
89
ARAUJO, Luis César; GARCIA, Adriana Amadeu. Gestão de Pessoas. Edição Compac-
ta. São Paulo: Atlas, 2010.
BANOV, Márcia Regina. Recrutamento, seleção e competências. 3. ed. São Paulo:
Atlas, 2012.
CARVALHO, Sueli Galego. Cultura organizacional como fonte de vantagem compe-
titiva. In: HANASHIRO, Darcy Mitiko Mori; TEIXEIRA, Maria Luisa Mendes; ZACARELLI,
Laura Menegon (orgs.). Gestão do Fator Humano: Uma visão baseada em Stake-
holders. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: O novo papel dos recursos humanos
nas organizações. 4. ed. Barueri: Manole, 2014.
______Recursos Humanos: O capital humano das organizações. 9. ed. São Paulo:
Elsevier Editora. 2009.
DESSLER, Gary. Administração de Recursos Humanos. 2. ed. São Paulo: Prentice
Hall, 2003.
FRANÇA, Ana Cristina Limongi. Práticas de Recursos Humanos: PRH, Conceitos,
ferramentas e procedimentos. São Paulo: Atlas, 2008.
LACOMBE, Francisco José Masset. Recursos humanos: princípios e tendências. São
Paulo: Saraiva, 2005.
MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do operacional ao es-
tratégico. São Paulo: Saraiva, 2009.
ROBBINS, Stephen Paul. Fundamentos do Comportamento Organizacional. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
ZACARELLI, Laura Menegon; TEIXEIRA, Maria Luisa Mendes. Um lado da moeda:
atraindo e selecionando pessoas. In: HANASHIRO, Darcy Mitiko Mori; TEIXEIRA, Ma-
ria Luisa Mendes; ZACARELLI, Laura Menegon (orgs.). Gestão do Fator Humano:
Uma visão baseada em Stakeholders. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
GABARITO
1. E.
2. A.
3. A.
4. O recrutamento refere-se aos meios utilizados pelas organizações para a divul-
gação de suas vagas com o objetivo de atrair candidatos desejados por elas.
É o processo de identificação e atração de um grupo de candidatos entre os
quais serão escolhidos alguns para, posteriormente, serem contratados para o
emprego. A seleção abrange o conjunto de práticas e processos usados para es-
colher, dentre os candidatos disponíveis, aquele que parece ser o mais adequa-
do para a vaga existente. Busca, entre os vários candidatos recrutados, aqueles
mais adequados aos cargos existentes na organização ou que possuam as com-
petências requeridas pelo negócio, visando manter ou aumentar a eficiência do
desempenho humano, bem como a eficácia da organização.
5. Cultura organizacional é um conjunto de valores e pressupostos básicos ex-
presso em elementos simbólicos que, em sua capacidade de ordenar, atribuir
significações, construir identidade organizacional, tanto age como elemento
de comunicação e consenso quanto oculta e instrumentaliza as relações de do-
minação.
Professora Dra. Waldeciria Souza da Costa
Atualização : Professora Me. Patrícia Rodrigues da Silva
FERRAMENTAS TÁTICAS DE
III
UNIDADE
GESTÃO DE PESSOAS
Objetivos de Aprendizagem
■ Classificar a terminologia adotada na análise e descrição de cargos.
■ Verificar os objetivos e utilização da análise e descrição de cargos.
■ Explicar os propósitos da avaliação de desempenho.
■ Discutir as vantagens e desvantagens dos métodos de avaliação de
desempenho.
■ Refletir sobre a importância do feedback do desempenho.
■ Compreender os conceitos fundamentais e a importância da gestão
da remuneração para as organizações.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Analisando e descrevendo cargos – conceitos, definições e objetivos
■ Métodos de análise e descrição de cargos
■ Fases da descrição e análise de cargos
■ Avaliando o desempenho das pessoas
■ Métodos tradicionais e contemporâneos de avaliação de
desempenho
■ feedback da avaliação de desempenho
■ Recompensando pessoas
97
INTRODUÇÃO
ções para as quais foram admitidos. A reflexão a ser realizada deve considerar
que a descrição de cargos de fato sistematiza o trabalho em uma empresa, mas
é preciso reconhecer que esse processo, especialmente no que diz respeito ao
conceito de cargo tradicional, precisa ser encarado como algo temporário e em
constante transformação. Em grande parte, essa mutabilidade do conceito deve-
-se à automatização e informatização dos meios de produção, que exigem dos
profissionais uma multifuncionalidade para fazer frente às transformações no
mundo do trabalho em tempos de globalização.
O segundo processo apresentado, a avaliação de desempenho, faz a compara-
ção sobre o que se espera da pessoa e os resultados que ela apresenta, procurando
explicitar seus pontos fortes e fracos, incentivando-a a aperfeiçoar o seu desem-
penho. Por ser um processo avaliativo, apesar de possuir métodos e ferramentas
específicas das quais iremos tratar, a avaliação de desempenho é sempre passível
de más interpretações e exige que metodologias adequadas a seu bom desenvol-
vimento sejam adotadas, como a prática de feedback dos resultados.
O terceiro processo abordado na unidade é o sistema de remuneração, crucial
para que as pessoas queiram continuar fazendo parte da organização, melhorando
cada vez mais o seu desempenho. São apresentados os fatores componentes da
remuneração tradicional e da remuneração estratégica.
Procure ler a unidade fazendo uso das indicações para reflexão e informa-
ções extratexto, leitura complementar e outros materiais que são apresentados
ao longo e ao final da unidade.
Bons estudos!
Introdução
98 UNIDADE III
Um programa de
desenho, análise e
descrição de cargos
faz parte do Programa
de Remuneração ou
Cargos e Salários de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
uma empresa e com-
põem a administração
de salários juntamente
com outras etapas,
entre elas a construção
da estrutura salarial e
a política de remu-
neração. Vamos falar
sobre esses processos
neste tópico.
O planejamento e
organização do trabalho
são essenciais para que as organizações façam uma adequada distribuição das
tarefas. Há muito tempo, em decorrência da divisão do trabalho, as necessidades
de recursos humanos são estabelecidas por meio de um esquema de descrição e
análise dos cargos, a descrição referindo-se às tarefas, deveres e responsabilida-
des do cargo, e a análise, ou especificações, referindo-se aos requisitos necessários
ao ocupante do cargo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Desenho de cargos Simplificado e estreito. Os Multifuncional e amplo. As
gerentes pensam e as pes- pessoas pensam e melho-
soas fazem e executam. ram continuamente.
Grupos de trabalho Importantes apenas como Sistemas sociotécnicos
unidades administrativas integrados e com ampla
formais. utilização de equipes.
Compensação Salário fixo, conforme a clas- Salário flexível definido por
sificação do cargo e desem- metas e pelo desempenho
penho individual. individual e grupal.
Treinamento Limitado apenas ao cargo. Amplo e conceitual. Ocu-
Ocupante é descartável pante é valioso e é enco-
rajado a aprender novas
habilidades e competências
Fonte: adaptado de Chiavenato (2014).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 1 - Exemplo do desdobramento do cargo em funções e tarefas
Fonte: Chiavenato (2014).
Um cargo deve ter uma posição definida no organograma. Essa posição indica o
seu nível hierárquico, a subordinação e os subordinados, departamento ou divi-
sões em que está localizado. Veja a figura seguinte:
DESCRIÇÃO DE CARGO
Para realizar uma descrição de cargo, é importante ter sempre em mente que a
descrição é do cargo e não do seu ocupante. Para descrever um cargo, é neces-
sário produzir um documento escrito, com os deveres e responsabilidades de
quem o ocupa. Essa descrição deve responder às seguintes questões:
1. O que o ocupante faz.
2. Quando o ocupante faz.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3. Como o ocupante faz.
4. Onde o ocupante faz.
5. Por que o ocupante faz.
ANÁLISE DE CARGOS
A análise de cargos pode ser definida como o processo para determinar os requi-
sitos de deveres e responsabilidades de um cargo e o tipo de pessoa que deverá
ocupá-lo (CHIAVENATO, 2014). O essencial nessa análise é que ela deverá
determinar as exigências para o desempenho do ocupante: os requisitos men-
tais, os requisitos físicos, as responsabilidades e as condições de trabalho, com
seus respectivos fatores de especificações. Vejamos esses requisitos e a que fato-
res de especificações se referem:
1. Requisitos mentais: instrução essencial; experiência anterior essencial;
adaptabilidade ao cargo; iniciativa necessária; aptidões necessárias.
2. Requisitos físicos: esforço físico necessário; concentração mental/visual;
destreza ou habilidade; compleição física necessária.
Todas as informações devem ser colhidas com o máximo de cuidado pelo profissio-
nal, observando possíveis falseamentos ou alteração de informações, razão pela qual
é necessário obter informações de várias fontes e não apenas do ocupante do cargo.
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Gráfico de Organização
de Corporação
ENTREVISTA
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Vale ressaltar que essas perguntas servem de orientação. Outras questões podem
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ser feitas, como também algumas podem ser adaptadas à realidade da organiza-
ção. Procure sempre, caro(a) aluno(a), analisar o ambiente em que está inserido
para depois desenvolver essas práticas.
QUESTIONÁRIO
Nome do colaborador:
Unidade:
PARTE A - Descrição do cargo
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2. Quais os conhecimentos exigidos ao ocupante do cargo para realizar as tarefas
previstas?
3. Experiência
Qual o tempo mínimo de experiência para treinar alguém, com o nível de instru-
ção e habilitação apontados, a desempenhar de modo satisfatório as tarefas do
cargo? (Não especifique a sua experiência).
anos no próprio cargo, além de anos nos seguintes cargos
anteriores da carreira:
anos no cargo:
anos no cargo:
anos no cargo:
5. Responsabilidades
Total da folha de pagamento sem encargos (anual) R$
Total do seu orçamento (anual) R$
Total da receita operacional (anual) R$
7. Autonomia
Indique as decisões mais importantes que você toma sem necessidade de levar à
apreciação de seu superior.
8. Contatos
Informe as finalidades dos contatos mantidos para a realização do seu trabalho.
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da equipe executante, da elabora-
ção do cronograma de trabalho,
da escolha de métodos de coleta
de dados e da preparação do mate-
rial a ser utilizado, como impressos
e outros.
É necessário, ainda, realizar a
sensibilização e esclarecimento das chefias e funcionários quanto aos objetivos
do trabalho de descrição e análise de cargos.
Na fase de execução, deverão ser seguidos os seguintes passos:
a) Coleta de dados.
b) Triagem dos dados obtidos.
c) Redação provisória da análise do cargo pelo analista de cargos.
d) Apresentação da redação provisória ao supervisor imediato para retifi-
cação ou ratificação.
e) Redação definitiva da análise de cargo.
f) Apresentação da redação definitiva para elaboração do catálogo ou manual
de cargos.
Veja, caro(a) aluno(a), um exemplo de descrição e especificações do cargo de
Analista de Cargos e Salários.
DESCRIÇÃO SUMÁRIA
Executa trabalhos de descrição e especificação de cargos, pesquisas salariais e
extra-salariais e processamento de aumentos e reajustes salariais.
DESCRIÇÃO DETALHADA
• Descreve e especifica cargos, baseando-se nos planos de avaliação pre-
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ESPECIFICAÇÃO
1. Instrução
Formação escolar:
Conhecimentos formais equivalentes aos adquiridos em curso superior comple-
to.
2. Conhecimentos
Técnicas de Administração de Salários.
Estatística aplicada à Administração Salarial.
Microinformática.
3. Experiência
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Quatro anos, adquirida no exercício do próprio cargo.
4. Iniciativa/complexidade
Tarefas em geral não padronizadas, exigindo iniciativa para a solução de pro-
blemas diversificados. Exige discernimento e desembaraço para tomar decisões
mais convenientes. Trabalho que exige ação independente.
5. Responsabilidade por dados confidenciais
O responsável pelo cargo tem acesso a informações confidenciais (salários de
todos os colaboradores), cuja divulgação inadvertida pode provocar embaraços
internos.
6. Responsabilidade por erros
Trabalho que envolve recomendações de política salarial, que, se cometidos er-
ros de julgamento, podem implicar dispêndios consideráveis para a companhia.
7. Responsabilidade por contatos
Contatos frequentes com colaboradores, gerentes e representantes de outras
companhias, exigindo tato e discernimento para levar a termo entrevistas de
tipos variados.
8. Condições de trabalho
Normais de escritório.
Mais uma vez, caro(a) aluno(a), o formulário apresentado é uma sugestão. Analise,
reflita sobre ele e veja quais elementos são importantes para a realização da aná-
lise de cargos e salários.
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penho será alcançado. Falhando um desses elementos, o bom desempenho estará
comprometido. Quanto mais se conhecer sobre essas variáveis, melhores serão os
resultados de um processo de avaliação de desempenho; evita-se, assim, o risco
de responsabilizar apenas o funcionário, ou a empresa, ou o ambiente de traba-
lho quando forem apontadas as falhas no desempenho.
Nessa e em outras perspectivas atuais, é inerente à avaliação de desempenho
buscar reconhecer nos resultados da avaliação as contribuições que as pessoas
podem trazer como respostas eficazes à empresa. Neste sentido, para Nassif
(2008), é adequado falar em Gestão do Desempenho Humano.
Bergamini e Beraldo (2007) defendem que a atitude humana é até mais
importante que a técnica, para permitir que as pessoas tenham oportunidade
de entendimento entre si, com tranquilidade para rever o seu próprio compor-
tamento. Os autores, defendendo uma re-humanização da avaliação, afirmam
que assim
[...] a avaliação de desempenho deixa de ser um veículo do medo, da
insegurança e das frustrações, para ser a mensageira do otimismo, da
esperança e da realização pessoal, a valorizadora dos pontos fortes de
cada um, como redutos de força e sinergia humana para o trabalho
(BERGAMINI; BERALDO, 2007, p. 13).
AUTOR(A) CONCEITO
Pontes (2014) Avaliação de Desempenho ou Administração do Desem-
penho é uma metodologia que visa, continuamente,
estabelecer um contrato com os funcionários referente aos
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melhorar as competências das pessoas e da empresa, servir como instrumento
para levantamento de necessidades de treinamento, dar orientações constantes
sobre o desempenho das pessoas, entre muitos outros.
MÉTODOS TRADICIONAIS
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métodos tradicionais mais utilizados: check-list, escalas gráficas e incidentes críticos.
CHECK-LIST
Com uma forma bem simples de aplicação, esse método consiste em apresentar
uma lista com objetivos que descrevem o comportamento no trabalho, cada item
refletindo uma qualidade positiva ou negativa que o funcionário pode possuir.
Vantagem: forma simples de aplicação.
Desvantagem do método: é unidirecional, aplicado de supervisor para
funcionário.
No quadro seguinte, encontra-se um exemplo de formulário para Check-list.
Quadro 6 - Formulário de avaliação - Check-list
ESCALAS GRÁFICAS
A escala gráfica tem sido o método mais divulgado e empregado pelas empresas.
A avaliação é realizada por meio de fatores ou características previamente estabe-
lecidas, que são graduadas de ruim a excepcional (escala Likert). São aplicadas,
em geral, dez características a um conjunto de cargos, que servirão de parâmetro
para a avaliação dos seus ocupantes. São inumeráveis os fatores que podem ser
utilizados nesse tipo de avaliação, por exemplo: administração do tempo, assi-
duidade, atendimento às normas da empresa, atitude no trabalho, comunicação,
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GRAU DE
FATORES
AVALIAÇÃO
2 3 5
1 4
Pouco Pouco Muito Pontos
Muito insa- Satisfa-
insatis- satisfa- satisfa-
tisfatório tório
fatório tório tório
Pontualidade
o funcionário
não se atrasa
e nem sai mais
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cedo. Segue
firmemente os
horários deter-
minados.
Assiduidade
O funcionário
nunca falta.
Quando necessi-
ta, avisa ante-
cipadamente a
chefia e repõe a
falta em outro
horário.
Integração
O funcionário
está integrado
às normas e
regras da em-
presa.
Fonte: adaptado de Nassif (2008).
INCIDENTES CRÍTICOS
MÉTODOS CONTEMPORÂNEOS
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trada no grupo ou avaliação de 360 graus.
Como já foi comentado, a avaliação de 360 graus é feita de modo circular por
todas as pessoas que mantêm alguma forma de contato com o avaliado: seus supe-
riores, colegas, clientes internos e externos. Ela traz informações muito amplas
e relevantes, vindas de todos os lados, fazendo com que o avaliado reflita e pro-
cure se aperfeiçoar, a partir de diferentes demandas do seu contexto de trabalho.
A figura seguinte demonstra a amplitude desse tipo de avaliação.
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Gerente
Outros
Executivos
gerentes
Subordinado Subordinado
Subordinado
É preciso admitir que não é fácil ficar sob a mira de todos os olhares se não esti-
ver preparado, com mente aberta e atitude flexível para esse tipo de abordagem.
Nassif (2008) analisa que, se a atitude for positiva, a avaliação de 360 graus serve
de base para a construção de um plano de desenvolvimento profissional e pes-
soal que, consequentemente, contribuirá para o crescimento da organização.
Muito interessante não é mesmo?
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FEEDBACK DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
br/portal/coaching-carreira/feedback-positivo-negativo-sempre-importan-
te/>.
Fonte: as autoras.
Na condução da entrevista, é preciso deixar claro que seu objetivo principal pode
ser reforçar o desempenho satisfatório ou diagnosticar e melhorar o desempenho
insatisfatório. O estabelecimento de metas é obrigatório, identificando passos
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É necessário, ao entrevistador, preparar-se para o momento de diálogo que ocor-
rerá na entrevista, atentando para: enfatizar os pontos positivos do avaliado; não
fazer falsos elogios; ser franco, objetivo e específico ao falar das deficiências;
conversar sobre o desempenho e nunca sobre o indivíduo; saber ouvir; pedir ao
colaborador a própria avaliação e depois fornecer a sua; não fazer julgamentos.
A figura seguinte sistematiza esses cuidados a serem tomados.
Podemos dizer, ainda, que as reações emocionais das pessoas como negação e
defesa são comuns nesses processos, e o entrevistador precisa estar preparado
para lidar com elas.
cida ou, por vezes, preconceituosa das pessoas avaliadas. Estão entre as distorções
que se deve evitar:
■ Subjetivismo: atribuir à pessoa avaliada qualidades e defeitos que são
próprios do avaliador. Exemplo: projeção de antipatias ou simpatias, sem
razões objetivas.
■ Unilateralidade: valorizar aspectos que apenas o avaliador julga importantes.
Exemplo: gostar apenas de quem trabalha da mesma forma que o avaliador.
■ Tendência central: por não querer prejudicar colegas ou assumir responsa-
bilidade pelos excelentes, não avalia nos extremos positivos ou negativos.
Exemplo: todos estão na média, nem tão bons, nem tão maus.
■ Efeito de halo: o avaliador apega-se a uma característica positiva ou
negativa mais marcante para ele mesmo e contamina todas as outras
características avaliadas. Exemplo: assume a mesma classificação para
uma pessoa, em todos os aspectos avaliados.
■ Falta de memória: ater-se aos últimos acontecimentos, esquecendo o que
ocorreu durante o período que está sendo avaliado. Exemplo: próximo ao
período de avaliação o desempenho pode melhorar de maneira incomum.
■ Supervalorização da avaliação: acreditar que uma avaliação vai corrigir
os defeitos das pessoas. Exemplo: esperar mudanças radicais nas pessoas
por causa da avaliação.
■ Desvalorização da avaliação: não acreditar no valor da avaliação em ter-
mos de contribuir para o melhor desempenho dos avaliados. Exemplo:
informações incorretas ou incompletas, por não julgar importante relatar.
Essa lista não esgota os tipos de distorção que podem ocorrer no processo de ava-
liação de desempenho. Elas ocasionam distorções de julgamento que precisam
ser reconhecidas e administradas, desde a escolha e treinamento dos avaliado-
res até controles estatísticos sistemáticos dos resultados obtidos.
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RECOMPENSANDO PESSOAS
inclui outros fatores além dos salários, ou o termo “remuneração”, para se refe-
rir ao pacote financeiro pago aos colaboradores.
A remuneração necessariamente reflete a relação de parceria existente nas
relações de trabalho: de um lado está a empresa, com seus objetivos e necessida-
des para realizá-los e, de outro, está o colaborador, que se integra a esses objetivos
em troca da recompensa.
As diferentes modalidades de recompensa possuem funções específicas para
direcionar a integração dos colaboradores aos objetivos da empresa.
O sistema de recompensas depende de outros sistemas de Recursos Humanos
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para ser efetivo. Vem sendo discutida há muito tempo a questão sobre o papel
da remuneração na motivação das pessoas, e a evolução no esclarecimento dessa
questão vem trazendo mudanças importantes na sua abordagem.
Conforme aponta Chiavenato (2014), numa abordagem tradicional havia
a “suposição de que as pessoas são motivadas exclusivamente por incentivos
salariais, financeiros e materiais”, no modelo mecanicista do homo economicus
(CHIAVENATO, 2014, p. 238).
Essa perspectiva vem sendo substituída na abordagem moderna, em que
predomina o modelo do homem complexo, que considera que as pessoas são
movidas por uma grande variedade de incentivos: salário, objetivos e metas,
satisfação no trabalho, realização pessoal, entre outras. Assim, no contexto com-
petitivo atual, as organizações procuram atrair, reter e motivar os funcionários
por meio de um sistema de recompensas que mantenha o seu fator humano e
que seja sustentável.
O modelo tradicional de salários é voltado ao estabelecimento de um salário-
-base e uma política salarial que se baseia em dois princípios básicos, conforme
Hanashiro (2008):
■ Equilíbrio interno: refere-se à compatibilidade entre cargos e salários, den-
tro da própria empresa. Busca uma noção de justiça na estrutura salarial.
■ Equilíbrio externo: refere-se à compatibilidade entre o salário pago pela
empresa e pelo mercado. Busca uma noção de justiça em relação às outras
empresas
Recompensando Pessoas
132 UNIDADE III
Conhecer essas duas perspectivas nos fornece subsídios para analisar e estudar
o modelo tradicional de salários nas organizações.
O QUE É REMUNERAÇÃO
Para que o funcionário tenha interesse em investir seu tempo, esforço e dedica-
ção, seus conhecimentos e competências, é necessário que receba em troca uma
retribuição adequada. Você com certeza reconhece esse fato por sua própria
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experiência pessoal no mundo do trabalho. Você trabalha, se esforça, apresenta
resultados e quer ter recompensas.
O setor de remuneração, mais tradicionalmente chamado de cargos e salá-
rios, é o responsável pela elaboração da política salarial adotada pela empresa, que
determina o sistema de remuneração adotado. Embora, por vezes, a remuneração
seja confundida com o salário, é necessário esclarecer que não são a mesma coisa.
O conceito de remuneração total, apresentado por Chiavenato(2014), cons-
titui-se de quatro componentes: a remuneração básica, os incentivos salariais, os
incentivos não financeiros e os benefícios, conforme mostra a figura seguinte:
Remuneração total
Distribuição de ações
Seguro de vida
Bônus Opção de compra de ações
Seguro saúde
Salário mensal Prêmios Participação em metas e
Refeições subsidiadas
Salário por hora Participação nos lucros resultados
Transporte subsidiado
Remuneração variável Prêmios em viagens
Etc.
Prêmios em bens
Recompensando Pessoas
134 UNIDADE III
Benefícios Sociais
Os benefícios sociais são considerados salário indireto ou recompensas não
financeiras. Podem ser compulsórios ou espontâneos.
Benefícios compulsórios - quando são oferecidos por exigência da lei. Por
exemplo: 13º salário, salário família, auxílio doença, auxílio maternidade etc.
Benefícios espontâneos - quando a empresa os oferece por decisão própria.
Por exemplo: cesta básica, restaurante, seguro de vida, assistência médica e odon-
tológica, creche para os filhos, horário móvel, transporte próprio, entre outros.
Certos benefícios, como creche, por exemplo, podem ser espontâneos em
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algumas empresas e compulsórios em outras. Esse último caso ocorre quando
um acordo coletivo o torna obrigatório (FIDELIS; BANOV, 2007).
Vamos conhecer, a seguir, algumas concepções a respeito da remuneração
estratégica.
Remuneração estratégica:
No sistema de remuneração tradicional, as pessoas são compensadas pelo
seu trabalho baseadas no cargo que ocupam. No sistema de remuneração estraté-
gica, os colaboradores que se destacam recebem uma remuneração diferenciada.
As remunerações denominam-se variáveis ou por competências.
Remuneração fixa ou variável:
A remuneração pode ser paga com base fixa, em salários mensais ou por
hora, sendo a forma mais comum encontrada nas empresas brasileiras. Tem a
vantagem de reduzir riscos tanto para a empresa quanto para o trabalhador. A
remuneração variável vem sendo utilizada por algumas empresas no Brasil, espe-
cialmente a partir de 1994, devido a uma medida provisória que dispõe sobre a
participação dos trabalhadores nos lucros. Essa prática instituiu legalmente o que
já acontecia em alguns contextos: vincular o desempenho individual aos resultados
alcançados pela organização. Na perspectiva da gestão estratégica, o pressuposto
da remuneração variável é a partilha dos riscos e dos sucessos entre colaborado-
res, que serão parceiros no negócio. Entre essas estratégias estão a participação
nos lucros, participação nos resultados, pagamento por mérito, remuneração
de equipes, prêmio especial de reconhecimento e bônus (HANASHIRO, 2008).
Remuneração por competência:
Recompensando Pessoas
136 UNIDADE III
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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e organização do trabalho, essencial para o alcance dos objetivos organizacio-
nais e estabelecimento de metas pessoais.
Ao apresentar o processo de avaliação de desempenho, iniciamos tratando
sobre a dificuldade que a maioria das pessoas tem para lidar com avaliações e sobre
as dificuldades que uma empresa poderá enfrentar para implantar esse sistema,
apresentando em seguida seus objetivos, métodos e importância do feedback.
No último tópico da unidade, versamos sobre o sistema de remunerações
e seus conceitos, sua forma tradicional e sua forma estratégica, esperando ter
suscitado a sua reflexão sobre a importância, para a empresa, de desenvolver
um adequado plano de remuneração, que motive os colaboradores e contribua
não apenas para a produtividade e lucratividade da empresa, mas também para
o alcance da satisfação e dos objetivos pessoais de cada pessoa que faz parte da
organização.
Nosso objetivo é que você consiga refletir e analisar o que foi discutido
para a compreensão do seu próprio contexto de trabalho: se já trabalha na área,
poderá iniciar a elaboração para possíveis mudanças; se não trabalha ainda, fica
desde já com um conhecimento necessário a um futuro trabalhador da área de
recursos humanos.
Esperamos que você busque as obras referenciadas para aprofundar os seus
conhecimentos!
1. Vimos que definição de Cargos e Salários estabelecerá uma política salarial efi-
caz que permitirá a ascensão profissional dos colaboradores de acordo com suas
aptidões e desempenhos, além de subsidiar o desenvolvimento do plano de
carreiras. Assim sendo, descreva o que é a análise de cargos e aponte como a
maioria das empresas divide os cargos em suas estruturas.
2. Explique como o feedback contribui para o processo de avaliação de desem-
penho.
3. O conceito de remuneração total constitui-se de quatro componentes: a remu-
neração básica, os incentivos salariais, os incentivos não financeiros e os benefí-
cios. Considerando os componentes da remuneração, analise as afirmações a
seguir:
I. As recompensas financeiras são a retribuição da organização ao trabalho
prestado pelo empregado, como: salários, bônus, prêmios e comissões.
II. Os benefícios sociais são considerados salário direto e recompensa financeira.
Além disso, se classificam como compulsórios.
III. Dentre as formas de remuneração variável estão a participação nos lucros,
participação nos resultados, pagamento por mérito, remuneração de equi-
pes, prêmio especial de reconhecimento e bônus.
IV. Os benefícios compulsórios são aqueles oferecidos por exigência da lei. Por
exemplo: 13º salário, salário família, auxílio doença, auxílio maternidade etc.
a. Somente as afirmações I e II estão corretas.
b. Somente as afirmações II e IV estão corretas.
c. Somente as afirmações I, III e IV estão corretas.
d. Somente as afirmações I, II e III estão corretas.
e. Todas as afirmações estão corretas.
138
1. A análise de cargos é o estudo que se faz para reunir informações sobre as ta-
refas componentes dos cargos e as especificações exigidas do seu ocupante.
Para melhor organização dos cargos existentes, as empresas dividem os cargos
em grupos ocupacionais, agrupam-se os cargos que se assemelham no que diz
respeito à natureza do trabalho, tais como: grupo ocupacional gerencial, gru-
po ocupacional de nível superior, grupo ocupacional de nível médio técnico e
administrativo, grupo ocupacional administrativo e grupo ocupacional opera-
cional.
2. Na avaliação de desempenho, o feedback oferece a perspectiva de revisão do
passado, com vistas ao desempenho futuro. Ao visar ao aproveitamento do po-
tencial do colaborador, retira-se o caráter de “ajuste de contas”, muito comum
quando falta preparo, maturidade e experiência de quem o realiza. Em se tra-
tando de um processo formal de avaliação de desempenho, faz-se obrigatória
a realização de uma entrevista de avaliação, em que serão comunicados os re-
sultados do processo.
3. C.
4. B.
5. D.
Professora Dra. Waldeciria Souza da Costa
Atualização: Professora Me. Patrícia Rodrigues da Silva
IV
UNIDADE
CAPACITANDO PESSOAS
Objetivos de Aprendizagem
■ Definir o conceito de treinamento e de desenvolvimento, explicando
suas diferenças.
■ Descrever os objetivos, métodos e etapas de treinamento e
desenvolvimento.
■ Analisar a importância e o alcance do treinamento e
desenvolvimento no contexto organizacional.
■ Compreender o alcance dos programas de saúde, segurança e
qualidade de vida no trabalho na prática de RH.
■ Conhecer os preceitos legais que regem a saúde e a segurança no
trabalho no Brasil.
■ Identificar os meios para tornar seguro e agradável o ambiente de
trabalho.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Desenvolvendo pessoas
■ Aprendizagem, desenvolvimento e competência organizacional e
individual
■ Treinamento e desenvolvimento
■ Definindo e diferenciando treinamento e desenvolvimento
■ Métodos, técnicas e ambientes de treinamento e desenvolvimento
■ Gestão da saúde, segurança e qualidade de vida no trabalho
145
INTRODUÇÃO
Introdução
146 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
DESENVOLVENDO PESSOAS
CAPACITANDO PESSOAS
147
esses processos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
APRENDIZAGEM, DESENVOLVIMENTO E
COMPETÊNCIA ORGANIZACIONAL E INDIVIDUAL
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■ Resolução sistemática de problemas.
■ Experimentação de novas abordagens.
■ Aprendizagem por meio de sua própria experiência e história.
■ Aprendizagem por meio da experiência e prática dos outros (o que faz
de melhor a concorrência).
■ Transferência de conhecimento rápida e eficiente em todos os níveis da
organização (FRANÇA, 2008; LACOMBE, 2005).
CAPACITANDO PESSOAS
149
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
CAPACITANDO PESSOAS
151
Vemos por essa definição que o treinamento traz benefícios tanto à empresa
quanto às pessoas. Araújo e Garcia (2010, p. 96) complementam que “treinar é
sinônimo de um processo que oferece condições que facilitem a aprendizagem
e a plena integração das pessoas na organização” e deve traduzir-se em mudan-
ças no conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes pessoais necessárias
para a realização de um trabalho.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
não somente para atendimento a necessidades atuais.
Para diferenciar treinamento e desenvolvimento vale ressaltar que, embora
ambos sejam processos de aprendizagem e façam uso de técnicas similares, seus
objetivos são diferentes. O treinamento
[...] está voltado para o condicionamento da pessoa no sentido da exe-
cução de tarefas, as quais devem ser muito bem definidas. Já o desen-
volvimento está dirigido ao crescimento da pessoa no nível do conhe-
cimento, da habilidade, atitudes e valores éticos, de modo que possa
desempenhar seu papel da melhor forma e com níveis crescentes de
complexidade (ARAUJO; GARCIA, 2010, p. 98).
TREINAMENTO DESENVOLVIMENTO
Processo de aprendizagem. Processo de aprendizagem.
Voltado para o condicionamento da Voltado para o crescimento da pessoa
pessoa; para a execução de tarefas. em nível de conhecimento, habilidade
e atitude.
Pontual; atende a necessidades do Projeção de necessidades futuras. Mé-
momento. Curto prazo. dio e longo prazo.
Fonte: adaptado de Araujo e Garcia (2010).
Esperando ter deixado clara a distinção entre as duas práticas, passemos a espe-
cificação de cada uma delas. Iniciemos pelo treinamento.
CAPACITANDO PESSOAS
153
TIPOS DE TREINAMENTO
O treinamento pode ser formal ou informal. O informal ocorre de forma não estru-
turada, a qualquer momento, por exemplo, quando um colaborador mais experiente
explica a um novo como realizar suas tarefas. O treinamento formal é planejado e
realizado seguindo metodologias específicas para o alcance dos objetivos.
Quanto ao público alvo, o treinamento pode ser realizado aos diferentes
níveis de colaboradores, podendo ser:
■ Gerencial ou de gestão: direcionado a executivos e gerentes.
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OBJETIVOS DO TREINAMENTO
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■ Na elevação do número de acidentes de trabalho;
■ Quando há queixas no atendimento ao cliente.
Essa lista não esgota todas as possibilidades, mas traz indicadores que dire-
cionam as atividades de treinamento, buscando as respectivas mudanças de
comportamento.
A figura seguinte detalha como se caracterizam os conteúdos do treinamento
e as mudanças comportamentais que se espera que ocorram nos treinandos.
Desenvolver/modificar comportamentos
Desenvolvimento Mudança de atitudes negativas para atitudes favoráveis,
Treinamento
de atitudes conscientização e sensibilidade com as pessoas, com os
clientes internos e externos
CAPACITANDO PESSOAS
155
Esperamos ter deixado claro até aqui, prezado(a) aluno(a), a diferença que há
entre treinamento e desenvolvimento. Apesar das diferenças apresentadas, diver-
sos autores concordam que as etapas que devem ser seguidas para a realização
dessas atividades são semelhantes. Utilizaremos, para nos auxiliar nessa exposi-
ção, especialmente o que nos colocam Marcondes (2008), Araújo e Garcia (2010)
e Chiavenato (2014).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■ Como treinar: que métodos ou recursos serão utilizados.
■ Em que treinar: que assuntos ou conteúdos serão tratados.
■ Quem serão os instrutores.
■ Onde será o treinamento.
■ Quando se realizará o treinamento.
■ Para que será realizado.
CAPACITANDO PESSOAS
157
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de observação do desempenho no trabalho.
■ Mudança ou Impacto dos resultados na organização: fará a relação custo x
benefício, verificando se houve redução de custos operacionais, aumento
de lucratividade, redução de rotatividade, entre outros aspectos que pudes-
sem fazer parte dos objetivos do treinamento.
Apenas com a definição bem clara dos objetivos antes da execução será possível
realizar satisfatoriamente o processo de avaliação do treinamento.
CAPACITANDO PESSOAS
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• Instruções programadas, que orientam em cada etapa
a ser superada.
• Painel de discussões, no qual anotam-se ideias, suges-
tões e contestações sobre determinados assuntos.
• Simpósio, com apresentação sobre um ou vários
temas.
• Educação a distância, com o uso de internet e intranet.
• Teleconferência, por meio de internet ou televisão.
Simulação ou • Dramatização, com uso de técnicas teatrais, com tema
aprender específico, em que treinandos interpretam persona-
imitando a gens reais ou fictícios.
realidade • Jogos de empresa. Idealizam-se empresas que compe-
tem entre si, com um vencedor ao final.
• Estudos de caso, utilizando experiências reais ou
fictícias.
• Jogos diversos, vão desde pegadinha a desafios físi-
cos e psicológicos.
Comporta- • Aconselhamento psicológico por um especialista.
mental ou • Psicodrama, uma técnica para romper bloqueios psico-
aprender por lógicos, especialmente de relacionamento.
desenvolvi- • Grupos T, discussão e negociação interpessoal para
mento psicoló- aprendizado do trabalho em equipe.
gico
• Dinâmicas de grupo, para o aprendizado de negocia-
ção, liderança, cooperação, comunicação, entre outros
aspectos.
Fonte: Marcondes (2008).
CAPACITANDO PESSOAS
161
orientação são utilizados para a busca pessoal de resultados. Considera-se que este
método baseia-se no ditado popular “não dê somente o peixe, ensine a pescar”.
Mentoring: é estabelecida uma cumplicidade e parceria, baseada no com-
promisso com a verdade entre o mentor e a pessoa orientada. O objetivo é
potencializar o ser humano em busca da excelência pessoal. Atende mais a obje-
tivos de desenvolvimento do que de treinamento.
Teleconferências/videoconferências: utilizadas por empresas dispersas no
território, pelo Brasil e pelo mundo. Diminui os gastos e amplia a difusão de
conhecimento. Feita antes por telefone, hoje a internet é o seu principal meio
de difusão.
Intranet/Internet: são mais usadas pelas empresas para troca de informações
e também são utilizadas para educação a distância, tanto para treinamento como
desenvolvimento. Muitas Instituições de ensino e outras instituições indepen-
dentes oferecem cursos de extensão, técnicos, de capacitação, de especialização,
entre outros.
Os meios são os mais diversos e cabe a cada empresa reconhecer o seu papel
no aprendizado de seus colaboradores. Felizmente, esse reconhecimento está
se ampliando. Mais do que o treinamento tradicional, para suprir necessidades
imediatas, as empresas passaram a reconhecer, também, a importância de inves-
tir no desenvolvimento, processo cujos resultados ocorrem em longo prazo, e
ainda mais do que isso, está se fortalecendo na administração a noção de gestão
do conhecimento, da qual trataremos a seguir.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
GESTÃO DO CONHECIMENTO E UNIVERSIDADES
CORPORATIVAS
CAPACITANDO PESSOAS
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
competitivas para as empresas baseadas no fator humano (MARCON-
DES, 2008, p. 272).
CAPACITANDO PESSOAS
165
colaboradores em continuar
trabalhando na organização
e com desempenho o mais
satisfatório possível exige
que se empreguem grandes
esforços no sentido de man-
ter satisfatórias as condições
físicas e ambientais, psicológicas e sociais. Cuidar desses elementos é procurar
garantir que os aspectos ambientais não afetem negativamente o bem-estar físico
e mental das pessoas.
Pesquisas comentadas por Araújo e Garcia (2010) apontam que as preocupa-
ções com saúde e segurança no trabalho surgiram no século XVI, pela percepção
de muitas perdas humanas, especialmente após a Revolução Industrial. Nesse
período, surgiram as primeiras leis trabalhistas na Itália. Apenas no século XIX,
em diversos países, aos poucos, foram sendo estabelecidos preceitos de proteção
e segurança das pessoas no trabalho (LÁZARO FILHO, 1993 apud ARAUJO;
GARCIA, 2010).
Gostaríamos de afirmar que todas as empresas no Brasil colocam como prio-
ridade a Higiene e Segurança no Trabalho e a Qualidade de Vida no Trabalho,
mas essa não é a realidade. Apesar disso, não se pode negar que esses temas fazem
parte, atualmente, das preocupações básicas de grande parte das empresas, tanto
por questões legais e econômicas quanto por questões morais, procurando evitar
danos à saúde física e mental das pessoas, como também proporcionar satisfa-
ção e motivação de cada trabalhador no exercício de suas funções.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(NR), que dispõem sobre equipamentos e máquinas de proteção, insalubridade
e outros elementos visando à proteção do trabalhador.
Apresentamos, a seguir, alguns conceitos que direcionam as ações em Saúde,
Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho - QVT.
CAPACITANDO PESSOAS
167
Saúde no Trabalho
É importante frisar que, quando se fala em saúde, não se trata apenas da ausência
de doenças, mas sim do estado físico, emocional e social de bem-estar, segundo a
Organização Mundial de Saúde – OMS. Nesse sentido, pode-se dizer que doen-
ças, acidentes ou estresse emocional podem prejudicar a saúde de uma pessoa,
o que exige da empresa, por meio de seus gestores, a responsabilidade de cuidar
do bem-estar geral dos seus colaboradores.
A Lei 24/94 criou o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
– PCMSO – que tem como exigências a realização, por parte do trabalhador, sob
a responsabilidade da empresa, de vários tipos de exames médicos:
■ Exame médico pré-admissional.
■ Exame médico periódico.
■ Exame de retorno ao trabalho (no caso de afastamento superior a 30 dias).
CAPACITANDO PESSOAS
169
Ergonomia
Muito ainda precisa ser estudado sobre a saúde mental do trabalhador brasileiro.
Apesar de muito estar se falando sobre o tema, são escassos os dados oficiais. O
que se pode verificar é que o alcoolismo, o consumo de drogas, as fobias e doen-
ças psicossomáticas – úlceras, gastrites, hérnias de hiato, problemas cardíacos
etc. – são alguns dos distúrbios que podem se manifestar devido a aspectos liga-
dos ao ambiente de trabalho (CARVALHO et al. 2012).
Entre muitas causas que podem influenciar desajustes na saúde mental das
pessoas no trabalho está o estresse, que provoca ansiedade e angústia. O estresse
pode ter inúmeras origens: dificuldades de relacionamento entre os colegas e
entre níveis hierárquicos, autoritarismo, desconfiança, pressão das exigências e
cobranças, limitação da criatividade no trabalho, monotonia de tarefas, falta de
perspectiva profissional, insatisfação no trabalho, entre outras. Causas ambien-
tais e causas pessoais estão na origem do estresse e de outros distúrbios mentais.
Chiavenato (2014) considera que a organização, os gerentes de linha e espe-
cialistas de RH podem contribuir para identificar e reduzir o estresse no trabalho,
o que inclui ações como a monitoração e identificação de sintomas, a identifi-
cação de fontes de estresse, a adequação entre pessoa e cargo e planejamento de
carreiras.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Dor nas costas, joelhos machucados, hérnia inguinal, depressão, mioma ute-
rino, varizes, doença isquêmica do coração, hemorragia no início da gravi-
dez, câncer de mama e bexiga caída são líderes – nesta ordem – em fazer as
pessoas se afastarem de seus cargos, esses problemas também podem ser
reflexo das más condições do ambiente de trabalho.
Para ler a reportagem completa acesse: <http://saude.ig.com.br/minha-
saude/as+dez+doencas+que+mais+afastam+as+pessoas+do+trabalho/
n1238166888474.html>.
Fonte: Aranda ([2017], on-line)2.
CAPACITANDO PESSOAS
171
AS NORMAS REGULAMENTADORAS
A CIPA é uma comissão eleita pelo voto dos funcionários para os cargos de vice-pre-
sidente, suplente e membros, e a indicação do presidente está a cargo do empregador.
Cabe à CIPA verificar as condições do ambiente de trabalho, apontando as con-
dições inseguras que possam causar acidentes, e realizar palestras preventivas e
campanhas de conscientização sobre as condições de saúde e segurança no traba-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
lho, especialmente com a realização da SIPAT – Semana Interna de Prevenção de
Acidentes - que deve ser promovida anualmente. A CIPA não tem poder de deci-
são, a ela cabe fiscalizar e informar a unidade responsável pela saúde e segurança
do trabalho, de onde devem surgir as soluções para os problemas detectados.
CAPACITANDO PESSOAS
173
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Qualidade de Vida no Trabalho - QVT. Depois disso, muitos desenvolvimentos
conceituais e práticos foram feitos na área, os quais basicamente preocupam-se
com o bem-estar psicológico e social das pessoas no trabalho.
Sendo um conceito com-
plexo, a QVT constitui-se de
vários fatores, como: a satisfa-
ção com o trabalho executado;
as possibilidades de futuro na
organização; o reconhecimento
pelos resultados alcançados; o
salário percebido; os benefícios
auferidos; o relacionamento
humano dentro da equipe e da
organização; o ambiente psi-
cológico e físico do trabalho; a
liberdade de atuar e a respon-
sabilidade de tomar decisões; e as possibilidades de estar engajado e participar
ativamente (CHIAVENATO, 2014, p. 487). Esses fatores nos indicam que aspectos
intrínsecos e extrínsecos do cargo estão presentes, afetando atitudes e compor-
tamentos individuais relevantes para a produtividade individual e em grupo.
No trabalho, qualidade de vida representa hoje a necessidade de valo-
rização das condições de trabalho, da definição de procedimentos da
tarefa em si, do cuidado com o ambiente físico e dos bons padrões de
relacionamento (FRANÇA, 2008, p. 168).
CAPACITANDO PESSOAS
175
quada
3. Equidade externa
4. Jornada de trabalho
Condições de trabalho
5. Ambiente físico seguro e saudável
6. Autonomia
7. Significado da tarefa
Utilização e desenvolvimento
8. Identidade da tarefa
de capacidades
9. Variedade de habilidades
10. Retroação e retroinformação
11. Possibilidades de carreira
Oportunidades de crescimen-
12. Crescimento profissional
to e segurança
13. Segurança do emprego
14. Igualdade de oportunidades
Integração social na organi-
15. Relacionamentos interpessoais e grupais
zação
16. Senso comunitário
17. Respeito às leis e direitos trabalhistas
18. Privacidade pessoal
Garantias constitucionais
19. Liberdade de expressão
20. Normas e rotinas claras da organização
Trabalho e espaço total de 21. Papel balanceado do trabalho na vida
vida pessoal
22. Imagem da empresa
23. Responsabilidade social pelos produtos/
Relevância social da vida no
serviços
trabalho
24. Responsabilidade social pelos emprega-
dos
Fonte: Chiavenato (2014).
França (2008) cita resultados de trabalhos publicados nos anos de 1990 que con-
cluíram que as empresas com bom ambiente de trabalho e melhor desempenho
financeiro caracterizam-se por tipos de relacionamento no trabalho com base
nos seguintes motivadores: confiança na direção da empresa, orgulho do traba-
lho e companheirismo com os colegas.
Na busca de manter a motivação e o comprometimento dos trabalhadores
a partir da valorização de sua qualidade de vida, vêm sendo desenvolvidos por
várias empresas os Programas de Bem-Estar dos colaboradores. Esses progra-
mas incluem, em geral, três componentes:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a. Ajudar os funcionários a identificarem os riscos potenciais à saúde.
b. Educar os funcionários a respeito dos riscos à saúde, como hipertensão,
fumo, obesidade, dieta pobre e estresse.
c. Encorajar a mudança de estilos de vida por meio de exercícios e boa ali-
mentação, com monitoramento da saúde.
Muitos instrumentos têm sido criados para avaliar a QVT, existindo já uma consi-
derável literatura sobre o tema, a qual traz os desenvolvimentos ocorridos na área.
CAPACITANDO PESSOAS
177
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
178
Capacitação e Treinamento
Passar treinamentos para seus colaboradores dará resultado? O Resultado demora a aparecer?
Treinamento e desenvolvimento humano. Acesse o link disponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=wlGgkZBM_5s>.
Material Complementar
182
REFERÊNCIAS
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ta. São Paulo: Atlas, 2010.
BITTENCOURT, Cláudia. Gestão Contemporânea de Pessoas. Novas práticas, con-
ceito tradicionais. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.
BRASIL. Ministério da Previdência Social. Anuário Estatístico da Previdência So-
cial 2006. Seção IV – Acidentes de Trabalho. 2006. Disponível em: <http://www1.
previdencia.gov.br/aeps2006/15_01_03_01.asp>. Acesso em: 24 nov. 2017.
______. Portaria n° 08, de 23 de fevereiro de 1999. Altera a Norma Regulamenta-
dora n.º 05, que dispõe sobre a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA
e dá outras providências. Disponível em: <http://www.capecanaveral4045.com/nr-
05nova021999.html>. Acesso em: 24 nov. 2017.
______. Portaria n° 3.214, de 08 de junho de 1978. Aprova as Normas Regulamen-
tadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas
à Segurança e Medicina do Trabalho. Disponível em: <http://www.camara.gov.br/
sileg/integras/839945.pdf>. Acesso em: 24 nov. 2017.
______. Portaria n°24, de 29 de dezembro de 1994. Programa de Controle Médi-
co de Saúde Ocupacional. Ministério do Trabalho. Secretaria de segurança e saúde
no trabalho. 1994. Disponível em: <http://redsang.ial.sp.gov.br/site/docs_leis/st/
st13.pdf>. Acesso em: 24 nov. 2017.
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CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: O novo papel dos recursos humanos
nas organizações. 4. ed. Barueri: Manole, 2014.
FIDELIS, Gilson José; BANOV, Márcia Regina. Gestão de Recursos Humanos: tradi-
cional e estratégica. 2. ed. São Paulo: Érica, 2007.
FRANÇA, Ana Cristina Limongi. Práticas de Recursos Humanos: PRH, Conceitos,
ferramentas e procedimentos. São Paulo: Atlas, 2008.
GOMES, Carlos Eduardo; BORIN, Paulo César; BARRELLA, Fabíola Assumpção; SOA-
RES, Maria Thereza Rubim Carvalho. Competências Organizacionais e individuais: o
que são e como se desenvolvem. In: HANASHIRO, Darcy Mitiko Mori; TEIXEIRA, Maria
Luisa Mendes; ZACARELLI, Laura Menegon (Orgs.). Gestão do Fator Humano: uma
visão baseada em stakeholders. São Paulo: Saraiva, 2007.
LACOMBE, Francisco José Masset. Recursos humanos: princípios e tendências. São
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MARCONDES, Reynaldo Cavalheiro. Desenvolvendo Pessoas: do treinamento e de-
senvolvimento à Universidade Corporativa. In: HANASHIRO, Darcy Mitiko Mori; TEI-
XEIRA, Maria Luisa Mendes; ZACARELLI, Laura Menegon (Orgs.). Gestão do Fator
Humano: uma visão baseada em Stakeholders. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
183
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS ON-LINE
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2017.
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as+pessoas+do+trabalho/n1238166888474.html>. Acesso em: 24 nov. 2017.
GABARITO
1. D.
2. B.
3. A.
4. Coaching. é uma forma de buscar resultados desenvolvendo as habilidades dos
componentes de uma equipe e da equipe como um todo. Aconselhamento e
orientação são utilizados para a busca pessoal de resultados. Considera-se que
este método se baseia no ditado popular “não dê somente o peixe, ensine a
pescar”. Mentoring: é estabelecida uma cumplicidade e parceria, baseada no
compromisso com a verdade entre o mentor e a pessoa orientada. O objetivo
é potencializar o ser humano em busca da excelência pessoal. Atende mais a
objetivos de desenvolvimento do que de treinamento.
5. A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a pro-
moção da saúde do trabalhador.
Professora Dra. Waldeciria Souza da Costa
Professora Me. Patrícia Rodrigues da Silva
V
MODELOS E FERRAMENTAS
DE GESTÃO DE PESSOAS
UNIDADE
E O PAPEL ESTRATÉGICO DO
GESTOR DE PESSOAS
Objetivos de Aprendizagem
■ Caracterizar os modelos de gestão participativa e diretiva na gestão
de pessoas.
■ Identificar as características de ferramentas gerenciais na gestão de
pessoas.
■ Descrever a pesquisa de clima organizacional (PCO) como uma
ferramenta para a avaliação e gestão do clima no ambiente de
trabalho.
■ Descrever as responsabilidades e competências dos gerentes de
recursos humanos.
■ Reconhecer os desafios que se impõem à formação dos profissionais
de recursos humanos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Modelos de Gestão
■ Ferramentas Gerenciais na Gestão de Pessoas
■ Gerenciamento do Clima Organizacional
■ Papel Estratégico do Gestor de Pessoas
■ Desafios e Perspectivas na Gestão de Pessoas
187
INTRODUÇÃO
Introdução
188 UNIDADE V
MODELOS DE GESTÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
que ultimamente vem ganhando
terreno quando se trata da admi-
nistração do trabalho das pessoas
nas organizações.
Embora tenhamos abordado
essas mudanças ao longo do tempo,
nesta última unidade, pretendemos
focalizar nas ferramentas de gestão,
que vão concretizando essas mudanças nas formas de gestão e no papel atual do
gestor de pessoas. Esperamos que você possa entender a atuação do profissional
de RH como um agente de planejamento e de ação estratégica.
É possível afirmar que existem pelo menos dois modelos básicos de administração
que equilibram, de modo diferenciado, a autoridade, a obediência, a liderança, a
disciplina e a autonomia: o modelo diretivo (ou diretivo autoritário) e o modelo
participativo (ou consultivo-participativo). Vejamos o que caracteriza cada um
desses modelos de gestão.
Modelos de Gestão
190 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
trabalho, sendo considerada, também, uma possibilidade para reter e atrair
os talentos, de maneira a viabilizar o sucesso organizacional. Pensa-se que,
sentindo-se integrantes da tomada de decisão estratégica nos níveis mais
altos da organização, as pessoas atuam diretamente e de maneira empe-
nhada na obtenção de resultados otimizados. Para saber mais, acesse o link
disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/ges-
tao-de-pessoas-uma-visao-estrategica/68929/>.
Fonte: as autoras.
Modelos de Gestão
192 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
diferentes maneiras de lidar com o fator humano, as quais veremos nos tópi-
cos a seguir.
Como você pode perceber, a GQT está fundamentada nas pessoas, com o esforço
dos gestores sendo direcionado sempre para a motivação e a internalização dos
propósitos da excelência e da qualidade total por parte dos funcionários da
organização.
EMPOWERMENT
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
que a motivação é capaz de conduzir pessoas a resultados excepcionais. Para isso,
é necessário conceder-lhes poder, autoridade e responsabilidade, minimizando
hierarquias e diminuindo a distância entre as unidades organizacionais. O maior
valor é dado para quem está na base da pirâmide organizacional, ou seja, quem
está em contato com o cliente. Dorsey (2000, apud ARAUJO; GARCIA, 2010, p.
248) indica três pilares sobre os quais se assenta a perspectiva do Empowerment:
1. Visão do futuro: desejar, imaginar o amanhã ideal e lutar por isso.
2. Assumir o poder: acreditar que todos podem contribuir para a melho-
ria, que todos podem ajudar na construção desse futuro.
3. Apropriar-se: no sentido de sentir-se responsável por tudo que diga res-
peito às metas traçadas.
REENGENHARIA
COACHING
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
lecida uma relação humana forte entre o coach/treinador e seu(s) orientando(s).
MENTORING
TERCEIRIZAÇÃO (OUTSOURCING)
É um termo comum e você já deve ter ouvido falar dessa ferramenta. Ela pro-
move um enxugamento da estrutura, com redução dos funcionários contratados
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
deixa as pessoas dos níveis hierárquicos mais baixos com pouco envolvi-
mento na dinâmica organizacional.
Analisando essa ferramenta de gestão, você já imaginou o esforço que será neces-
sário ao gestor de pessoas para desenvolver não apenas a gestão horizontal, mas
também outras aqui apresentadas? Aparentemente, algumas são apenas sonhos
muito distantes, porém, como já comentado, muitas empresas brasileiras já ado-
tam esses tipos de gestão, com mais ou menos sucesso.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
GERENCIAMENTO DO CLIMA ORGANIZACIONAL
influências contínuas e precisa ser gerenciado. Outro ponto que o autor expõe
“decorre das decisões e ações pretendidas da empresa”, isso quer dizer que o clima
de uma organização é reflexo de suas ações sobre as pessoas e sobre o ambiente.
Porém, a que corresponde o clima? Podemos dizer, caro(a) acadêmico(a),
que o clima organizacional corresponde à percepção que as pessoas têm da orga-
nização, no que diz respeito ao seu ambiente de trabalho. Em alguns casos, o
clima também pode ser avaliado a partir da percepção de clientes, fornecedores
e outros públicos com os quais a organização se relacione; dependerá da forma
de avaliação e dos objetivos almejados.
Segundo Chiavenato (2014), o clima organizacional manifesta os sentimentos
que os indivíduos têm e a maneira como eles interagem entre si, com os clientes
ou elementos externos à organização. Esses sentimentos são manifestados por
meio de comportamentos que se voltam a estados de satisfação ou insatisfação,
repercutindo na produtividade e na percepção a respeito da empresa.
Complementando essa ideia, Luz (2012) afirma que o clima organizacional
reflete a atmosfera psicológica que envolve a organização e os seus funcionários,
ou seja, a situação psicológica do ambiente interno no qual convivem os membros
da organização, relacionando-se, ainda, com o seu grau de motivação e satisfação.
Na perspectiva de Johann (2013), que reforça o que foi tratado pelos autores
anteriores, o clima organizacional é formado pelo somatório de influências no que
diz respeito ao dia a dia das pessoas e às suas percepções sobre salário, sorrisos
do chefe, relacionamento com colegas, atendimento médico, comunicação, con-
dições de trabalho, reconhecimento e tantos outros que podem ser explorados.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Quando se trata das formas de classificação do clima organizacional, Luz (2012)
ressalta que esse pode ser considerado bom, prejudicado ou ruim. É bom quando
prevalecem atitudes positivas e satisfação no ambiente de trabalho; prejudicado
não só quando há aspectos negativos, mas também positivos; ruim quando os
aspectos negativos prevalecem.
Procurando identificar alguns sinalizadores da situação do clima organiza-
cional, Luz (2012) destaca:
■ Rotatividade: pode representar uma “pista” de que algo vai mal. Quando
muito alta, pode significar que as pessoas não têm comprometimento
com a empresa ou a empresa não tem comprometimento com o colabo-
rador. Falta algo na empresa para satisfazê-las.
■ Absenteísmo: da mesma forma, o excessivo número de faltas e atrasos
pode ter o mesmo significado que o apresentado sobre a rotatividade.
■ Programa de sugestões: programas de sugestões malsucedidos e mal
planejados também podem revelar a falta de comprometimento dos fun-
cionários, que reagem à empresa, não apresentando em número ou em
qualidade as sugestões que ela esperava.
■ Avaliação de desempenho: quando a empresa utiliza um procedimento para
avaliar o desempenho de seus empregados, as informações encontradas
vão confirmar que o baixo desempenho de determinados colaboradores
decorre de seu estado de ânimo, da sua apatia em relação à empresa ou,
até mesmo, de problemas pessoais que estejam afetando o desempenho.
Por isso é importante que a empresa, por meio de seus gestores, ouça
seus empregados.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
predomina na organização (JOHANN, 2013, p. 185).
Assim sendo, notamos que a PCO tem por função principal permitir um levanta-
mento dos aspectos que envolvem a percepção dos empregados sobre a empresa.
Para tanto, é importante que as etapas de execução da pesquisa sejam bem pla-
nejadas e delineadas, de modo que os resultados obtidos realmente representem
a realidade organizacional.
Ressalta Johann (2013) que a pesquisa de clima envolve a aplicação de ques-
tionário junto aos empregados da organização. Essa aplicação pode ser realizada
por formulários eletrônicos ou impressos. A forma de aplicação escolhida deve
ser aquela que melhor se adeque à realidade e à necessidade da organização.
Sobre as dimensões que podem ser pesquisadas, essas também variam. Johann
(2013) sugere as seguintes: remuneração, oportunidade de crescimento profissio-
nal/reconhecimento, grau de autonomia/delegação/participação, relacionamento
entre equipes, local de trabalho/ambiente/segurança e saúde, relacionamento
chefia/subordinado, comunicação interna e orgulho de trabalhar na empresa.
A partir daí, serão elaboradas questões que permitam uma classificação de
respostas, por parte dos respondentes, a respeito dessas dimensões. O impor-
tante, caro(a) acadêmico(a), é que o formulário de pesquisa de clima seja um
instrumento construído de maneira alinhada aos elementos presentes no con-
texto organizacional e que demonstre necessidade de avaliação.
Os autores Oliveira (2010) e Luz (2012) têm a mesma percepção no que diz
respeito às formas de aplicação da PCO, sendo por meio de: entrevista indivi-
dual, painel de debates e/ou questionários.
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PAPEL ESTRATÉGICO DO GESTOR DE PESSOAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
sentes na organização de maneira geral.
c) Formulação e implementação da política
Elaborar e propor novas políticas ou revisões da política de pessoal para
a resolução de problemas recorrentes ou para evitar problemas futuros;
monitorar o desempenho dos setores e departamentos para assegurar a
conformidade com as políticas, procedimentos e práticas de RH e; res-
ponsabilizar-se pelo esclarecimento aos gerentes de questões referentes
às políticas adotadas.
d) Defesa do funcionário
Ouvir as preocupações e necessidades dos funcionários e comunicá-las
aos gerentes e alta administração, atuando em favor dos funcionários, é
tarefa primordial, assim como fornecer uma estrutura de suporte sempre
que mudanças drásticas interferirem nas atividades comumente desen-
volvidas.
CONTROLE
CORPORATIVO
• Perspicácia corporativa
• Orientação aos clientes
• Relacionamentos externos
CREDIBILIDADE
PESSOAL
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• Confiança
CONTROLE • Relações pessoais CONTROLE
DE RH • Valores obtidos DAS MUDANÇAS
com a experiência
• Seleção de pessoal • Coragem • Influência e habilidades
• Avaliação de desempenho interpessoais
• Remuneração • Capacidade de resolução
• Comunicação de problemas
• Estrutura da organização • Sistema de compensação
• Capacidade de inovação
e criatividade
Vemos, assim, que o preparo do GRH para lidar com inúmeras questões sociais
deve ser amplo, uma vez que pode lidar com questões levantadas pela cobrança
da responsabilidade social por parte da empresa; lidar com a diversidade; direi-
tos iguais para as mulheres e minorias sociais, pessoas com deficiências físicas ou
mentais, idosos, e todas as questões referentes à contratação, treinamento, pro-
moção e remuneração dessas pessoas; negociações com sindicatos, entre outras
tantas questões internas e externas à empresa.
Domínio do negócio
Domínio do RH
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Domínio das mudanças
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para que ele seja o mais valioso gestor estratégico de pessoas.
O nosso voto, caro(a) aluno(a), é que você se empenhe e se sobressaia como
um talento valioso nas organizações em que atue.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
você irá encontrá-los em estado puro nas organizações, mas que haverá grandes
diferenças no modo como cada uma irá equilibrar a autoridade, a obediência, a
liderança, a disciplina e a autonomia dos seus colaboradores.
Tratamos, também, sobre o Gerenciamento do Clima Organizacional, eviden-
ciado como a fase em que os gestores/administradores têm a oportunidade de
conhecer a percepção das pessoas (empregados) sobre a organização. Com isso,
foi destacada a principal ferramenta de mensuração do clima, que é a Pesquisa
de Clima Organizacional (PCO), instrumento que precisa ser devidamente pen-
sado, planejado e elaborado para que os resultados obtidos representem com
veracidade o todo organizacional.
Embora não tenhamos esgotado (e nem poderíamos!) a apresentação das
ferramentas de gestão utilizadas atualmente, esperamos ter apresentado pelo
menos as mais usuais no Brasil para que você possa iniciar ou dar continuidade
aos seus estudos para a atuação na área de pessoas de forma estratégica, conhe-
cendo os vários ângulos de atuação de um gerente de recursos humanos dentro
da empresa.
Apresentamos, na sequência, as responsabilidades e competências exigi-
das do gerente de recursos humanos e você pôde verificar como são complexos
os conhecimentos, habilidades e competências que se exigem atualmente desse
profissional.
Escolhemos, para encerrar a nossa abordagem, alguns comentários de autores
que corroboram o que defendemos ao longo do texto: a necessidade de desenvol-
vimento de talentos, de profissionalização constante de todos os profissionais, e a
sua principalmente, que quer se tornar um gestor de pessoas ou um empresário.
Considerações Finais
214 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Recém Chegada
Lucy Hill (Renée Zellweger) é uma poderosa e ambiciosa executiva,
apaixonada pelo estilo de vida que leva em Miami - roupas, sapatos,
carros e belos homens. Quando surge a chance de reestruturar uma
fábrica, no meio do nada, no gélido estado de Minnesota, Lucy vê a
chance de uma promoção e aceita em um estalar de dedos.
Mas o que seria apenas mais um trabalho, se transforma em uma
tremenda roubada. Com seu modo de vida arrogante, a recém-
chegada executiva enfrentará situações hilárias ao ser recebida com
frieza pela população da pequena cidade e, em especial, pelo bonitão e sindicalista Ted (Harry
Connick, Jr.).
Comentário: como falamos, nesta unidade, de ferramenta de gestão de pessoas, o filme
possibilita a análise sobre como a mudança é percebida no ambiente de uma empresa, quando
não planejada adequadamente. São passíveis de análise na trama: o impacto da cultura
organizacional, a questão de treinamento de funcionários, o clima de trabalho, a capacidade de
comunicação da nova gerente, os relacionamentos e laços estabelecidos, dentre outros assuntos
que envolvem o contexto de Gestão de Pessoas nas organizações.
221
REFERÊNCIAS