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Deus todo dia

Rute

Rute colhe espigas em ceara de Boaz


Deus todo dia - Rute

Estudo sintético do livro de Rute do capítulo 1 ao capítulo 4,


do programa Deus todo dia

Marcos Morgado
23/08/2023 - xx/08/2023

Rute 1
O livro tem o propósito de demonstrar como o povo de Israel passou do período em que sua
regência se fazia através de líderes juízes para o período em que Deus dirigiu a nação
através de seus reis.

Ainda em meio ao período dos juízes

Ainda ao tempo dos juízes (1), a belemita Noemi, com seu esposo e filhos deixaram sua
terra rumando para o território moabita por conta da fome, de onde retorna, viúva, após a
tragédia familiar da perda de seus filhos, junto à uma sensível nora estrangeira, a qual
demonstra fidelidade também ao Deus israelita (2-18).

De retorno a terra, Noemi prefere ter seu nome mudado de ‫נָעֳ מִ י‬, nā'omī, "encantadora”,
“agradável”, "suavidade" para ‫מרא‬, marah, "amarga", definindo a mudança de seu
status não por razão de escolha familiar, mas de desígnio e ação divina (21).

Rute 2
Voltando de Moabe à sua cidade Belém, a judia Noemi trouxe a moabita Ruth, que se
propõe colher espigas na plantação de um parente próximo do falecido esposo de Noemi
(1-3), chamado Boaz, que a instrui, tratra bem (4-15) e favorece (16-23).

Rute 3
Neste curto livro, este curto capítulo resumirá os relatos do encontro da estrangeira Ruth
com o judeu de Belém, dono da eira, Boaz.

O casal será antepassado do futuro rei Davi, e talvez este seja um dos maiores propósitos
do livro, apresentar as condições e origens do futuro monarca de Israel.

A sogra Noemi instrui sua nora a aproximar-se de seu parente Boaz, que a elogiou por sua
pureza e fidelidade (10), prometendo-na remir.
O texto demonstra a pureza com que se trataram, não consumando qualquer intimidade
(14), confirmando a fidelidade da moabita Ruth e a seriedade do judeu Boaz, que a despede
abençoando-na com generosa porção de cereais (15-17).

Rute 4
O capítulo vai revelar os trâmites que culminará na oficialização do matrimônio de Boaz com
Ruth.

Boaz, sabiamente, tomará posição no lugar certo para iniciar o assunto, a praça ou lugar
próximo à porta da cidade, onde geralmente tomava assento os anciãos da cidade, que
compunham uma espécie de tribunal civil, local para assembléias e ajuntamentos dos
habitantes.

Ali se acertava assuntos vários, e o sábio Boaz trará dois deles: o direito de resgate da
propriedade de Elimeleck, já falecido, que tornaria à viúva Noemi, mantendo-na em meio a
família e seu desejo de desposar a moabita Ruth. Sabiamente vinculará ambos assuntos.

A questão era que haveria um parente de Elimeleck mais próximo do que Boaz, que teria a
preferência na tomada de decisão quanto a adquirir a propriedade.

Interessante é que o parente mais chegado, que teria condições de ser o resgatador não foi
nomeado pelo autor (1), sendo relegado ao anonimato, ao passo que Boaz será lembrado
como ascendente do rei Davi e do Messias.

Acertadamente Boaz, dentro dos moldes da lei vigente, submete a compra ao resgatador,
que ao saber que a aquisição da propriedade estaria atrelada ao dever de levirato,
declinando, libera Boaz a fazê-lo (3-6), com testemunho dos da cidade e dos anciãos (9-11).

Boaz assume a grande responsabilidade, e não somente redime a herança, como toma
Ruth como sua esposa. Então sela o matrimônio, do qual adveio um filho (13), o qual Noemi
assumiu como neto (14-16).

O judeu belemita ‫ּוב ֹעַ ז‬


֨ , Boaz, "força", descendente da estrangeira Tamar, filho da cananéia
Raab, gerou com a moabita Ruth aquele que viria a ser avô do rei Davi (18-22), ascendente
do Salvador Messias, a um pouco mais de um milênio.

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