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UNIVERSIDADE SAVE

CLASSIFICAÇÃO E CATEGORIAS DE ADOPTANTES DE INOVAÇÕES.

Licenciatura em Agro-pecuária com habilitações em extensão Agrária.

Emilia Perengue

Milda Sabino

Sarifa Cuamba

Wanda Nhaurangue

Massinga

2021
UNIVERSIDADE SAVE

DEPARTAMENTO DE ESTEC

CLASSIFICAÇÃO E CATEGORIAS DE ADOPTANTES DE INOVAÇÕES.

Trabalho referente a cadeira de Didática de extensão


rural a ser apresentado ao curso de Agropecúaria, no
Departamento da ESTEC, Universidade SAVE
Extensão de Massinga para efeitos de avaliação

Docente: Dr. Anastância Mucuho.

Massinga

2021
Indice
1. Introdução................................................................................................................................................4
1.1.Objectivos..............................................................................................................................................4
1.1.1.Geral...................................................................................................................................................4
1.1.2.Especificos..........................................................................................................................................4
1.2. Metodologia..........................................................................................................................................4
CAPITULO II.............................................................................................................................................5
2. REFERENCIAL TEORICO....................................................................................................................5
2.1. Conceitos..............................................................................................................................................5
2.1.1.Tipos de inovacao...............................................................................................................................5
2.2. Classificação dos adotantes de inovações.............................................................................................6
2.3. Categorias de adoptantes de inovações.................................................................................................7
2.4.Factores inibidores da inovação...........................................................................................................10
2.5.Condicoes ou factores para o sucesso de uma inovação:.....................................................................11
3.Conclusão...............................................................................................................................................13
4.Referências bibliográficas......................................................................................................................14
1. Introdução
A difusão de inovações tem sido uma das atribuições mais visíveis e atuais da Comunicação
Social, porém não se observam discussões epistemológicas mais intensas sobre esse assunto. A
inovação tecnológica tem despertado bastante interesse das empresas do setor da construção
civil, pois a possibilidade de redução de custos de produção e aumento da qualidade dos produtos
ou serviços pode representar uma vantagem sobre seus concorrentes. O presene trabalho tem
como objectivo classificar as categorias de adoptantes de uma inovacao.

1.1.Objectivos

1.1.1.Geral
 Conhecer a classificação de Inovações e categorias de adoptantes.

1.1.2.Especificos
 Classificar os adoptantes face a inovações;
 Descrever as categorias de adoptantes perante uma inovação.

1.2. Metodologia
Para a elaboracao do presente trabalho recorreu se a pesquisa virtual, na qual consistiu na leitura
de obras e artigos disponiveis na internet sobre o tema em estudo. Para a sua compilacao usou-se
o pacote informatico Microsoft- Word.
CAPITULO II

2. REFERENCIAL TEORICO

2.1. Conceitos
 Difusão: é o processo pelo qual uma inovacao se dessemina ao longo do tempo entre os
membros de um sistema social.
 Inovação: é uma idéia ou prática percebida como nova por um indivíduo”. Inovação é
uma idéia, prática ou “algo” que, para um indivíduo ou grupo, é percebido como novo.
 Difusão de inovação: é uma teoria que procura explicar como, por que e em que
proporcao novas ideias e tecnologias se desseminam.
 Adopcao: Rogers (2003) descreveu o processo de adoção, como o processo pelo qual um
indivíduo ou outra unidade responsável pelas decisões, passa do primeiro conhecimento
de uma nova tecnologia, a uma decisão de adotar ou rejeitar, a implementação da nova
idéia.

2.1.1.Tipos de inovacao

 Inovação absoluta:

Inovação como algo que nunca foi feito por ninguém, e estamos perante um conceito que ousaria
chamar de inovação absoluta.

 Inovação relativa:

Por outro lado, a inovação pode ser algo que determinada pessoa nunca fez mas que vai fazer
pela primeira vez.

Elementos chave para uma inovação

 Comunicação:
a comunicação da inovação compreende o tratamento que a idéia ou prática recebe, para ser
transmitida ao indivíduo. Para que a mensagem contendo a nova idéia ou prática possa fluir da
fonte ao destinatário, ela necessita ser transmitida por meio de um canal de comunicação . O
canal de comunicação nada mais é do que o meio que fará com que a nova idéia passe de um
indivíduo até o outro. Podem ser os meios de comunicação interpessoal ou, então, a comunicação
em massa.

 Tempo:

Tempo contabilizado no processo de decisão/inovação que tem início com o conhecimento e o


término com a confirmação ou rejeição da inovação. O tempo envolvido com a adoção prévia ou
tardia de um usuário.

 Sistema social:

Corresponde à comunidade em que a idéia ou inovação está sendo difundida. E a compreensão


das suas normas e valores permite organizar eficientes estratégias de acção para um programa de
introdução de inovações tecnológicas

2.2. Classificação dos adotantes de inovações


Segundo Rezende (2003), Day, et al. (2003) e Rogers (2003); os possíveis adotantes de uma
nova tecnologia podem ser classificados em segmentos e representados em uma curva de
distribuição Normal (ou distribuição Gaussiana), conforme figura 1. E podem ser classificados
em: inovadores, adoptantes iniciais, maioria inicial, maioria tardia e retardatarios.
2.3. Categorias de adoptantes de inovações
A difusao da inovacao não depende somente do sistema social e da sua estrura, mas tambem das
caracteristicas dos individuos. Os individuos de um sistema social não adoptam ao mesmo tempo
uma inovacao. Rogers e Shoemaker (1971), definiram um metodo para categorizar os individuos
face a adopcao. O metodo tem por base a curva de adopcao, apresentada na figura1.

2.3.1. Inovadores

Com representatividade de 2,5% os “inovadores” são os primeiros indivíduos a adoptar uma


nova tecnologia/produto. Os inovadores estão dispostos a assumir riscos, são os mais jovens em
idade, têm a mais alta classe social, têm grande liquidez financeira, são muito sociais e têm o
contacto mais próximo com fontes científicas e a interacção com outros inovadores. A tolerância
ao risco os leva a adoptar tecnologias que podem falhar, embora seus recursos financeiros os
ajudem a absorver essas falhas.

 Principais características
o Uma abordagem “aventureira” em relação a mudanças;
o Rápido para captar novas idéias, conhecimentos e tecnologias;
o Sabe lidar com a incerteza e fracasso;
o Assumem riscos;
o Desempenham um papel importante na introdução das inovações/produtos no sistema.
o Desempenham um papel de guardião do fluxo de informações em um sistema social;

2.3.2. Adoptantes iniciais

Com representatividade de 13,5%, esta é a segunda categoria mais rápida de indivíduos na


adopção de uma inovação/produto. Dentro das suas redes são mais cautelosos na decisão de
adopção e introduzem a inovação. Eles são mais discretos nas escolhas de adopção do que os
inovadores, pois percebem que a escolha criteriosa da adopção os ajudará a manter uma posição
central de comunicação.

Esses indivíduos têm o mais alto grau de liderança de opinião entre as outras categorias de
adoptantes. Os adoptantes iniciais geralmente são jovens, têm um status social mais alto, têm
mais liquidez financeira, possuem uma educação avançada e são mais socialmente avançados do
que os adoptantes tardios.

 Principais características:
o Membros “respeitados” do sistema;
o São líderes de opinião e são mais integrados ao sistema social do que os inovadores;
o Fornecer conselhos e informações a outras pessoas sobre as inovações;
o Já estão cientes da necessidade de mudar e, portanto, estão muito confortáveis em adoptar
novas idéias;
o Os primeiros adoptantes ajudam a desencadear a massa crítica quando adoptam uma
inovação; (como se tivessem um selo de aprovação);
o Tem uma posição central no sistema social (rede de comunicação);

2.3.3. Maioria Inicial


Com representatividade de 34%, esse perfil tem como característica observar as experiências dos
antecessores para fazer a aquisição do novo produto.Só depois de conseguir observar os
benefícios da solução que eles partem para a adesão. A “maioria inicial” tende a ser mais lenta
no processo de adopção, tem status social acima da média, tem contacto com os que adoptam
cedo e raramente ocupa posições de liderança de opinião em um sistema.

 Principais características:
o Precisam ver evidências, pensar e ser convencidos por outras pessoas antes de estarem
dispostos a adoptar um novo produto/inovação;
o Raramente desempenha funções de liderança;
o São um elo importante no processo de difusão, pois são a conexão entre os “adoptantes
iniciais” e a “maioria tardia”;

2.3.4. Maioria Tardia

Com representatividade de 34%, esse perfil tende a resistir ainda mais às mudanças. São pessoas
que não gostam de correr riscos e costumam aderir à produtos já testados no mercado, em que
trazem benefícios claros e comprovados. Os indivíduos dessa categoria adoptam um
produto/inovação depois que a maioria da população já adoptou. Esses indivíduos abordam uma
inovação com um alto grau de ceticismo, isto é, são muitos duvidosos.

 Principais características:
o Céticos e cautelosos com relação à mudança e tem uma atitude questionadora em relação
às inovações;
o A adopção pode resultar da pressão dos colegas ou da necessidade econômica, e não da
motivação para a mudança;
o A inovação deve ser bem apoiada por normas sociais para ser desejável;

2.3.5.Retardatários
Com representatividade de 16%, os retardatários são os últimos a adoptar uma inovação. o
último segmento a adotar uma inovação são muito relutantes em mudar.Geralmente eles não se
interessam muito por novos produtos e nem acompanham novidades pelos canais comuns de
comunicação.Eles adquirem produtos quando eles se tornam comuns ou, em alguns casos, sequer
adquirem. Os retardatários normalmente tendem a se concentrar em “tradições.

 Principais características:
o Tradicional”, na medida em que são limitados pela tradição e são muito conservadores;
o Eles não são líderes de opinião e, na maioria das vezes, são considerados ‘isolados’ no
sentido de rede social (não estão fortemente conectados ou com muitos outros membros
do sistema).
o Os pontos de referência para os retardatários são o passado
o Eles são muito céticos em relação à mudança e são o grupo mais difícil de motivar a
adoptar inovações;
o Eles demonstram resistência a inovações e são avessos ao risco;
o Eles estão em uma situação econômica vulnerável, portanto, o acesso aos recursos é
restrito;

2.4.Factores inibidores da inovação

2.4.1.A cultura errada

O termo “cultura corporativa” é um clichê. Mas o que, de fato, ele significa? Criar uma cultura
corporativa pode significar desde oferecer refrigerantes e salgadinhos aos funcionários até criar
um programa de voluntariado ou exercícios físicos. Tudo isso para fazer com que os empregados
tenham mais satisfação no escritório.

Da mesma forma que pode ser uma alavanca para a inovação, a tal da cultura corporativa pode
representar um obstáculo. Por exemplo, se na sua empresa, ela se focar mais em aspectos de
política e burocracia, provavelmente vai sufocar a inovação.

Mais da metade dos respondentes (55%) citou problemas com a cultura organizacional e de
mentalidade como o fator número 1 para a inovação falhar. O estudo de Imaginatik afirma que
“os entrevistados lamentam a forma como as forças invisíveis do conservadorismo e
complacência conspiram para frustrar os esforços bem intencionados para fazer avançar a causa
da inovação.”

Não adianta muito se um funcionário ou equipe vir com uma ideia inovadora, se não
encontrarem lugar para executar isso nas estruturas corporativas. A cultura da empresa pode
dizer muito sobre o potencial de inovação.

A Imaginatik reconhece que pode ser difícil incutir um programa de inovação eficaz em uma
organização com a cultura errada. Mas, com insistência e muito esforço, é possível fazer essa
transformação na cultura corporativa.

2.4.2. Falta de continuidade à ideia

Ter ideias inovadoras é a parte fácil do processo. Contudo, uma das maiores ameaças para a
inovação dentro de uma empresa é a falta de esforço para fazer com que essas ideias saiam do
papel. É preciso criar um ambiente que permita essa execução.

2.4.3. Financiamento e recursos limitados

A inovação não acontece apenas porque as pessoas querem. Sua empresa precisa aplicar fundos e
recursos para ser efetiva. Dos profissionais entrevistados, apenas 16% relataram “investimentos
agressivos” orientados à um time dedicado à inovação e 13% afirmaram que recebem recursos
para aplicarem em ferramentas e tecnologias inovadoras.

“Investimentos são necessários para se conseguir tanto as melhores tecnologias quanto as


melhores pessoas. É aí que muitas iniciativas são trancadas. Os negócios querem continuar com
uma abordagem de experimentação, mas não quer pagar para fazer isso”, comentou um
executivo de um conglomerado multibilionário de logística e serviços financeiros que respondeu
o estudo.
2.5.Condicoes ou factores para o sucesso de uma inovação:

2.5.1. Tecnologia

Aplica-se aqui a gestão de todas as tecnologias que foram necessárias para a materialização da
inovação, os softwares, hardwares e sistemas de informação e comunicação, como também a
gestão da informação, o business intelligence (BI), o data science e o big data.

Considere também a ‘tecnologia humana’, as pessoas e seus conhecimentos, habilidades e


atitudes que foram determinantes para materializar a inovação e serão necessárias para sua
evolução.

2.5.2. Qualidade

A qualidade de um produto e (ou) serviço inovador deve ser monitorada, não só em seu período
de nascimento, mas também durante todo o processo de desenvolvimento evolutivo e inserção de
novos elementos. Avalie os riscos envolvidos, atuais e futuros, de perenidade da inovação.

Devemos nos monitorar quanto à tentação da velocidade do tempo de lançamento de uma


inovação, do ímpeto de colocar logo no mercado e para uso dos clientes, para não comprometer a
qualidade do produto e (ou) serviço, o que pode prejudicar a continuidade da própria inovação.

2.5.3. Vantagem competitiva

É sempre necessário considerar a vantagem competitiva gerada pela inovação, o potencial


competitivo que ela proporciona à organização no mercado e com relação aos seus concorrentes,
seus ganhos monetários e não monetários.

A Vantagem competitiva pode ser conseguida com inovações incrementais, radicais e


disruptivas, não sendo excludente outras formas como custos, exclusividade, singulares e
personalizadas.
3.Conclusão
Durante a realizacao do trabalho o grupo concluiu que a difusao da inovacao não depende
somente do sistema social e da sua estrura, mas tambem das caracteristicas dos individuos. Por
exemplo quanto mais tradiocional for um individuo mais relutante ele sera para aderir um
inovacao.
4.Referências bibliográficas
ROGERS, M.E. Diffusion of innovations, 5nd ed., Free press, New York, 2003 (1ª edição:
1962).

SMITH, Julie, Guia para monitoramento e avaliacao de projectos baseados em


comuinidades, Unesco, Franca, 2010. 83p.
ROGERS, Everett, Diffusion of innovations, 4th Edition, The Free Press, New York,
1995, 501p.
JARVIS, Peter, Sociologia de la educacion continua y de adultos, Editorial Cooperativa El
Roure, Barcelona, 1989, 296p.
FAGERBERG, J. Innovation: a guide to the literature. In: FAGERBERG, J; MOWERY,
D.C; NELSON, R.R. The Oxford handbook of innovation. Oxford University Press,
2006. 1993.

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