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INTRODUÇÃO ÀS
METODOLOGIAS ÁGEIS
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Editorial
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Daniella Fernandes Haruze Manta
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ISBN 978-85-522-1489-2
CDD 005
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2019
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INTRODUÇÃO ÀS METODOLOGIAS ÁGEIS
SUMÁRIO
Apresentação da disciplina 4
Análise Comparativa 42
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Apresentação da disciplina
Ágil é usado como adjetivo para aquele que trabalha de maneira eficaz
e rápida. Isso já indica o objetivo almejado: Simplificar os modelos de
gestão e controle, garantindo a efetividade. Isso significa flexibilidade
para atender um cliente em constante mudança – mesmo depois de
fechado o escopo, e cada vez mais exigente em prazo, qualidade e custo.
4
Ainda será abordado o uso do kanban em conjunto com as
metodologias ágeis. O kanban é uma excelente ferramenta de controle
dos processos. Tornando os controles visuais.
Dado que o Manifesto Ágil faz uma opção evidente por privilegiar
as pessoas, é necessário discutir o fator humano. O método ágil é
responsivo, nada melhor que operar com indivíduos e empresas
responsivas também. Para isso será necessário organizar times de
trabalho e garantir a motivação. E finalmente, o que se espera do gestor,
o líder, dos times ágeis.
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Origens dos Métodos Ágeis:
Manifesto Ágil
Autor: Carlos Lobo
Objetivos
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1. Introdução
Deste modo, já se torna claro o fim último dos métodos ágeis. Por um
lado, simplificar os modelos de gestão e controle, e, por outro, torná-los
mais efetivos. De um modo muito geral, respondendo à demanda dos
clientes cada vez mais exigentes em termos de prazo, qualidade e custo.
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PARA SABER MAIS
Você pode se aprofundar na revisão do PMBOK e Prince2
consultando:
Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK
Guide, de Ricardo Vargas (2009). Onde se aborda a gestão
do projeto, utilizando-se o PMBoK.
Prince2: a practical handbook de Colin Bentley (2012).
Este texto é similar ao Guia do PMBoK, porém se utiliza
do Prince2.
Como o Manifesto Ágil se baseia na crítica da gestão
tradicional de projetos, é importante que você a conheça
para melhor compreender as mudanças introduzidas.
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2.2 Balanced Scorecard
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Figura 2 | Integração das Medidas de Desempenho
via Balanced Scorecard
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Figura 3 | Mapa Estratégico
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Segundo Rocha, 2016, este sistema busca conquistar os 4 Es, são eles:
• Elegância;
• Eloquência;
• Eficiência;
• Êxito.
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• Mais colaboração com o cliente e menos contratos e
negociações; e
• Mais flexibilidade para se adaptar às mudanças e menos atenção
ao planejamento detalhado.
E note que estes quatro valores buscados não querem dizer que se vá
abandonar a prática tradicional, apenas que os primeiros serão mais
valorizados que os outros.
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O que se propôs entregar? Qual é o negócio? Definir quais são os
compromissos primordiais de sua empresa traz clareza e mostra
qual é a mensagem a ser veiculada tanto para consumidores como
para parceiros e fornecedores.
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desejado. A comunicação frequente da área de negócios com
o desenvolvimento é fundamental para que os requisitos
funcionais sejam detalhados.
ASSIMILE
Na visão de dois pensadores japoneses, Nonaka e Takeushi
(1995), existe um ciclo de geração de conhecimento que
se inicia na interiorização do conhecimento, passa por
um processo de exteriorização até a socialização na
organização. E por outro lado, migra de conhecimento
implícito para o explícito. A figura 5 apresenta o modelo de
Nonaka e Takeushi.
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Figura 5 | Conhecimento Organizacional
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partes do projeto, subconjuntos, é tão importante. As entregas
fracionadas funcionam tanto para o time quanto para o cliente,
que dá feedback em tempo real com o desenvolvimento.
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Pense o iTunes da Apple como exemplo. Praticamente não existem
controles e ajustes a serem feitos. E isso não faz o sistema ser pior que
os outros. Por outro lado, qualidade no projeto
TEORIA EM PRÁTICA
Considere um grande banco de varejo. Somente na sede
da empresa trabalham aproximadamente 20.000 pessoas,
todas em funções de backoffice.
18
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Agora considere as seguintes questões que a direção deve
resolver para que o método ágil de gestão se efetive:
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
1. Dentre as afirmativas a seguir, qual delas se baseia em
um valor do Manifesto Ágil?
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c. Garantir que o software esteja funcionando é o
melhor caminho para mitigar os riscos.
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20
a. Necessidade de limitar o escopo de um projeto.
Referências Bibliográficas
ÁGIL. Dicionário online Dicio, 31 jan. 2018. Disponível em: https://www.dicio.com.br/
agil/. Acesso em: 31 jan. 2018.
BENTLEY, Colin. Prince2: a practical handbook. Routledge, 2012.
FOWLER, Martin; HIGHSMITH, Jim. The agile manifesto. Software Development, v. 9,
n. 8, p. 28-35, 2001.
CORRAL, Antonio J. Mora; URIETA, Carlos Vivas; MONOGRAFIA, A. E. C. A. Nuevas
herramientas de gestión pública: el cuadro de mando integral. Asociación Española
de Contabilidad y Administración de Empresas, 2001.
KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. Using the balanced scorecard as a strategic
management system. 1996.
KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. Having trouble with your strategy? Then map it.
Focusing Your Organization on Strategy—with the Balanced Scorecard, v. 49, 2000.
LAUTERBORN, Bob. New marketing litany. Advertising age, v. 61, n. 41, p. 26-26, 1990.
LOBO, Carlos Eduardo d’Araujo Vilaça. Aplicação do projeto axiomático para o
desenvolvimento de sistemas de medição de desempenho para manufatura. 2003.
149p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de
Engenharia Mecânica, Campinas, SP.
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NONAKA, Ikujiro; TAKEUCHI, Hirotaka. The knowledge creation company: how Japanese
companies create the dynamics of innovation. Oxford University Press; 1 edition (May
18, 1995).
PETROSKI, Henry. The evolution of useful things. Vintage, 1994.
ROCHA, Rodrigo. SEM – Sistema de Estratégia Minimalista: como 4 Es podem
tornar a sua vida mais leve e levar a sua empresa ao sucesso. São Paulo: HSM,
2016. 184 p.
VARGAS, Ricardo. Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK Guide.
Brasport, 2009.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: D
a) A documentação e manuais não devem ser pesados.
Embora um valor do Manifesto Ágil seja priorizar o funcionamento
do software em detrimento da documentação extensa, isso não
significa que esta deva ser pobre.
b) As reuniões diárias, realizadas de pé, devem durar 15
minutos ou menos.
Embora a afirmativa seja verdadeira, ela não é um valor direto do
Manifesto Ágil. Esta ideia é sim um desdobramento da valorização
do indivíduo e as interações dentre estes.
c) Garantir que o software esteja funcionando é o melhor caminho
para mitigar os riscos.
Garantir que o software que o cliente irá testar esteja funcionando
corretamente é um valor, mas não porque este mitigue os riscos.
d) Seja receptivo as mudanças nos requisitos, mesmo já avançado
no desenvolvimento.
Verdadeira.
e) As interações entre os indivíduos envolvidos no projeto podem
provocar demoras e atrasos. Ao contrário do contato com o cliente,
que é sempre bem-vindo.
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Questão 2 – Resposta: D
a) Falsa. O BSC não precisa ter obrigatoriamente 4 perspectivas. A
estratégia da companhia deve definir as perspectivas. Entretanto,
as 4 comumente utilizadas são as mais relevantes na maioria
dos casos.
b) Falsa. O BSC não cria a estratégia da companhia. Ele suporta a
sua implementação.
c) Falsa. O BSC não aumenta os KPIs de controle da companhia.
Muito pelo contrário, ele limita sua quantidade e cada área ou setor
da empresa passa a focar somente nos KPIs relevantes para eles.
d) Verdadeiro.
e) Falso. Na verdade, o plano orçamentário faz parte da perspectiva
financeira do BSC.
Questão 3 – Resposta: C
a) Necessidade de limitar o escopo de um projeto. Falsa. Limitar o
escopo é importante, mas o objetivo é evitar o desenvolvimento de
funcionalidades desnecessárias.
b) Estrutura de gestão que busca manter um controle estrito da
equipe de desenvolvimento. Falsa. A visão ágil busca dar maior
autonomia à equipe de frente do projeto.
c) Verdadeira.
d) Natural necessidade de manter o desenvolvimento restrito,
evitando extrapolar o orçamento inicial. Falsa. Embora este objetivo
seja atingido, ele é buscado evitando-se o desenvolvimento de
funcionalidades desnecessárias.
e) O desejo de manter a carga de trabalho equilibrada e constante
ao longo de todo o desenvolvimento do projeto. Falsa. Novamente
este desejo é verdadeiro, mas não está ligado à necessidade de o
gestor dizer vários “nãos”.
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Scrum, XP e Lean:
Princípios comuns
Autor: Carlos Lobo
Objetivos
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1. Introdução
2. Scrum
O Scrum data de 1993 e foi desenvolvido por Jeff Sutherland, sendo
hoje o método ágil mais popular. Pode-se ver o Scrum sendo aplicado
com sucesso em projeto de software, desenvolvimento de produtos e
serviços, bancos, construção civil, etc.
Não obstante, o Scrum tem sido usado como uma alternativa simples
e de fácil compreensão ao PMBoK, cuja estrutura é extremamente
minuciosa e exige o planejamento detalhado antes do início do projeto.
Pois o Scrum foca no controle do andamento do projeto. Para facilitar, o
controle é realizado em subconjuntos, denominados sprints. Por meio de
contínuos sprints, o projeto é desenvolvido de modo incremental.
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Os sprints são definidos a partir dos requisitos funcionais estabelecidos
com o cliente final, em que cada requisito corresponde a um sprint. E a
partir do sprint backlog são definidas as atividades que serão atribuídas
ao scrum team – time de desenvolvimento.
A duração de cada sprint não é pré-definida, por isso esta pode ser maior
ou menor de acordo com a complexidade das atividades apontadas
para o sprint. Entretanto, se busca definir sprints que não durem mais
que quatro semanas. Sprints maiores devem ser divididos em conjuntos
menores sempre que possível. No seu encerramento é feita uma
reunião de fechamento, o sprint review meeting.
3. XP
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• Agilidade.
• Economia.
• Qualidade.
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Como o próprio nome diz, “eXtreme” indica ações extremas. Assim, o
resultado disso são as seguintes práticas:
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Figura 2 | Diagrama de planejamento e feedback
ASSIMILE
No XP a proposta é controlar as entregas parciais –
sempre com qualidade e eficiência, através de estórias. E
estas estórias têm paralelo com os requisitos funcionais
estabelecidos pelo cliente.
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Figura 3 | Planejamento na XP
4. Lean
Como apontado na introdução deste tema, o intuito aqui é explorar
a visão e os princípios fundamentais do lean para ser possível sua
comparação com o Scrum e o XP.
Um autor que fez uma análise dos fundamentos do lean – que estão
muito além da fabricação de automóveis -, foi Steven Spear.
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Note que os 5 princípios são usados em conjunto com o mapa de fluxo
de valor. Estes não serão discutidos aqui. O foco são os fundamentos
do lean, por isso o discutiremos segundo a visão de Spear. O artigo
resultado desta pesquisa foi publicado como “Decodificando o DNA da
Toyota” (SPEAR e BOWEN, 1999). Aqui é citado a Toyota, pois a origem do
lean remete à montadora japonesa propriamente dita.
O DNA da Toyota foi publicado pela primeira vez em 1999 por Steven
Spear (SPEAR e BOWEN, 1999). Nesse artigo ele buscou apresentar o que
efetivamente guia o pensamento das pessoas na Toyota a produzir as
soluções que são vistas. Este modelo foi especificamente testado na área
da saúde, dando origem ao que se conhece por Lean Healthcare (SPEAR e
KENAGY, 2005) e (SPEAR, 2005).
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A regra 1 do DNA da Toyota diz respeito à atividade realizada. Ela define
que toda atividade deve ser definida em termos de não só o que fazer e
como fazer, mas qual deve ser o resultado esperado da atividade. Assim,
é possível ao próprio indivíduo aferir se o resultado da atividade tem a
qualidade esperada ou não. O melhor exemplo desta regra é o trabalho
padronizado preenchido de acordo com estes requisitos.
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Figura 5 | Objetivo da Regra 4
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PARA SABER MAIS
Você pode se aprofundar no método científico de
experimentação em funcionamento na Toyota lendo a
seção “The Experiments of Toyota Production System”, no
artigo Decoding the DNA of The Toyota Production System.
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Vários autores argumentam que o Lean pode e deve ser um modelo
cultural para a empresa. David Mann (2014) argumenta que uma cultura
de excelência, a cultura lean, somente é atingida através do sistema de
gestão. As boas práticas de gestão devem reforçar o comportamento
esperado pelo time. Assim, pode-se transformar boas práticas em
hábito. E assim moldar uma cultura de excelência. Note como a cultura
de excelência não pode ser atingida diretamente, muito menos medida.
Por isso o autor faz a ligação entre o modelo de gestão e a cultura.
Dentre Lean, XP e Scrum, Lean é a abordagem que mais pode influenciar
a cultura da empresa.
TEORIA EM PRÁTICA
Um tradicional fabricante do setor metal mecânico, de
conjuntos mecânicos feitos sob encomenda e a partir
de projetos desenvolvidos para a realidade de cada
cliente (engineer to order), decidiu investir em programa
de desenvolvimento ágil em sua área de projetos.
Tradicionalmente, neste setor, e em especial nesta empresa,
a área de projetos é um diferencial e vantagem competitiva
da empresa. Entretanto, a diretoria considera que depois
de conseguir reduzir o prazo de fabricação dos conjuntos,
chegou o momento de fazer o mesmo na área de projetos.
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Na fábrica foi aplicado o lean com grande sucesso e impacto
positivo sobre todos os indicadores de interesse, embora
a aplicação de lean na fábrica e PCP não tenha sido a
convencional, dado que se trata de uma indústria típica de
ETO. Mas isso não quer dizer que o mesmo possa ser feito
em Projetos. É comum se ouvir comentários anônimos na
área dizendo que eles não são uma fábrica. São diferentes.
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Vale ainda comentar que os projetos costumam levar de 3
a 6 meses na área de engenharia. E embora os projetistas
trabalhem para o líder da área comercial, para garantir o
funcionamento da área ainda existe um gerente de projetos
e 3 supervisores.
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
1. Considerando-se a 4ª Regra do DNA da Toyota, descrita
por Steven Spear, pode-se afirmar que:
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a. Envolve o mínimo de etapas possível.
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38
b. As atividades pendentes dos sprints anteriores e os
subconjuntos planejados que compõem o produto ou
serviço completo.
Referências Bibliográficas
ANWER, Faiza; AFTAB, Shabib. SXP: Simplified Extreme Programing Process
Model. International Journal of Modern Education and Computer Science, v. 9, n. 6,
p. 25, 2017.
CRUZ, Fábio. Scrum e PMBOK unidos no Gerenciamento de Projetos.
Brasport, 2017.
MANN, David. Creating a lean culture: tools to sustain lean conversions. Productivity
Press, 2014.
MOEN, Ronald. Foundation and History of the PDSA Cycle. In: Asian Network for
Quality Conference, 2009. p. 18.
OHNO, Taiichi. Toyota production system: beyond large-scale production. crc
Press, 1988.
SPEAR, Steven J. Fixing health care from the inside, today. Harvard business review, v.
83, n. 9, p. 78, 2005.
SPEAR, Steven; BOWEN, H. Kent. Decodificando o DNA do Sistema Toyota de
Produção. Harvard Business Review, p. 97-106, 1999.
SPEAR, Steven J.; KENAGY, John. Deaconess-Glover Hospital (C). Harvard Business
School, 2005.
WELLS, Don. Extreme Programming: A gentle introduction, 2002. Disponível em:
www.extremeprogramming.org. Acesso em: 18 mar. 2002.
___________ Extreme Programming: A gentle introduction, 2009. Disponível em:
www.extremeprogramming.org. Acesso em: 23 fev. 2019.
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Gabarito
Questão 1 – Resposta: E
a) Envolve o mínimo de etapas possível.
Verdadeira, mas se refere à 3ª regra.
b) Todas as atividades estão claras, óbvias, consistentes para o staff
e clientes.
Verdadeira, mas se refere à 1ª regra.
c) Toda melhoria se baseia no ciclo do PDSA.
Não é obrigatório. A regra 4 indica o método científico, que, por
exemplo, pode se basear no PDSA.
d) Responsabilidade de todos é responsabilidade de nenhum.
Verdadeira, mas se refere à regra 3.
e) Toda melhoria se baseia na observação direta.
Verdadeira. Esse é um princípio forte dentro do lean.
Questão 2 – Resposta: D
a) A estória do cliente é ponto de partida do XP.
Falsa. O ponto de partida do XP são os requisitos funcionais
apontados pelo cliente.
b) A estória não pode ser descrita em mais de uma página.
Falsa. É desejável e muito recomendado, mas uma estória suscinta
não é obrigatória.
c) Uma estória suscinta representa uma funcionalidade apontada
pelo cliente.
Verdadeira. As estórias suscintas correspondem às estórias.
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40
d) Cada estória deve representar uma funcionalidade completa
solicitada pelo cliente.
Falsa. A estória pode representar um requisito para a
funcionalidade desejada.
e) As estórias são escritas pelo cliente.
Falsa. As estórias devem ser redigidas pelo líder de projeto na XP.
Questão 3 – Resposta: E
a) Todos os subconjuntos planejados que compõem o produto ou
serviço completo.
Falso. O backlog de produto indica somente o que resta ser
desenvolvido do projeto do produto.
b) As atividades pendentes dos sprints anteriores e os subconjuntos
planejados que compõem o produto ou serviço completo.
Falso. As atividades que ficarem pendentes, atrasadas, de um Sprint,
não entram no backlog do produto.
c) As estórias de cada Sprint.
Falso. As estórias são criadas ao entrarem em desenvolvimento.
d) Scrum Master de cada sprint.
Falso. O Scrum Master do projeto, ou mesmo do Sprint, não faz parte
da descrição do backlog do produto.
e) Todos os subconjuntos planejados que ainda não foram
desenvolvidos e que compõem o produto ou serviço completo.
Verdadeiro.
41
Análise Comparativa
Autor: Carlos Lobo
Objetivos
42
42
1. Introdução
A presente abordagem parte do pressuposto que você conhece o
Manifesto Ágil e, também, os princípios do que se poderia chamar de
os três mais relevantes representantes do Manifesto: Lean, Scrum e XP.
Cabe destacar que o XP, e especialmente o Lean, não guardam uma
ligação de causa-efeito com o Manifesto (BECK, 2001).
ASSIMILE
Pode ser difícil definir quais metodologias de projeto podem
ser chamadas de ágeis e quais não. Muitos destes métodos
foram desenvolvidos antes do Manifesto Ágil (BECK,
2001). Assim, pode-se sintetizar os métodos ágeis como
frameworks de trabalho que possibilitam a cooperação com
o cliente e dentro da equipe de projeto, o desenvolvimento
e entregas incrementais, possibilitar mudanças a qualquer
tempo de projeto e, por fim, ser de fácil entendimento.
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2. Outras Metodologias
44
44
Figura 1 | Dimensões da Crystal
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Figura 2 | Um Ciclo de Desenvolvimento segundo a Crystal Orange
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46
• Teste automatizado das funcionalidades desenvolvidas;
• Workshop de alinhamento do produto e metodologia em cada
ciclo de desenvolvimento – início e no meio do ciclo.
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Já em termos de padrões, o Crystal Orange sugere o uso de notação
padrão, convenções de projeto, padrões de formatação e qualidade
(Cockburn, 1998).
2.1.4 Práticas
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48
fases. Esse tipo de atuação ajuda a dar agilidade ao desenvolvimento
de soluções em ambientes de extrema incerteza, em que as mudanças
são inevitáveis.
49
De modo similar ao modelo esquemático apresentado para as
metodologias Crystal, pode-se apresentar o FDD. Veja a figura 4.
2.3 DSDM
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50
fundamental do DSDM é de, ao invés de fixar as funcionalidades do
produto e depois ajustar o prazo e os recursos para executá-lo, é
preferível fixar o prazo e recursos, e depois ajustar a quantidade de
funcionalidades possível.
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2.4 Conclusão
3. Análise Comparativa
Nesta seção é feita uma análise comparativa dos diversos métodos ágeis
abordados aqui. Tenha em vista que esta é uma análise qualitativa, e de
que todos atendem às principais necessidades buscadas nos métodos
ágeis: simplicidade na gestão e desenvolvimento, e parceira com o
cliente final.
52
52
Tabela 1 | Análise Comparativa
TEORIA EM PRÁTICA
Considere-se gestor de projetos da Green Future. A Green é
uma startup do setor de mobilidade urbana. Sua proposta
de valor é oferecer transporte simples e barato para os
habitantes das grandes cidades do mundo. Para isso ela
está desenvolvendo um projeto de aluguel de lambretas
diretamente pela web. Assim, os usuários localizam as
lambretas da Green através de um app, fazem o pagamento
via app com o cartão de crédito e liberam a mesma para
seu uso. Ao final, o usuário “fecha” a corrida e estaciona em
local adequado.
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Para que o projeto seja lançado estão sendo desenvolvidos
dois projetos simultaneamente. O primeiro é o projeto do
app. Já o segundo é o projeto da própria lambreta, pois se
busca um custo reduzido para mesma, e por outro lado um
design inovador – e que limite seu uso em caso de furto.
Você foi indicado pelo Diretor responsável pela área de
Projetos como líder dos mesmos. E como especialista
cabe a você escolher as metodologias adequadas para a
gestão e desenvolvimento dos projetos. Então seu desafio
é apresentar para o Diretor responsável como serão
estruturados e geridos os dois projetos. O Diretor marcou
uma apresentação formal com ele e os demais diretores
para que você apresente este plano.
Algumas informações importantes sobre o projeto e as
equipes de desenvolvimento:
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54
1. Qual abordagem deve ser utilizada? A mesma para
os dois projetos ou frameworks distintos? Qual será a
sua proposta?
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
1. De que modo se pode traçar um paralelo entre o 1º
princípio do lean e a abordagem diferenciada da DSDM?
55
d. O lean parte do princípio de entender o que é
importante para o cliente e aumentar continuamente
este valor. E, de modo similar, a abordagem da DSDM
foca nas funcionalidades acordadas com o cliente.
e. O DSDM buscou no lean o foco no cliente e por isso
foca nas funcionalidades acordadas e factíveis.
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3. Como Scrum e Lean se opõem à XP, FDD e DSDM?
Referências Bibliográficas
ABRAHAMSSON, Pekka et al. Agile software development methods: Review and
analysis. arXiv preprint arXiv:1709.08439, 2017.
ANWER, Faiza; AFTAB, Shabib. SXP: Simplified Extreme Programing Process
Model. International Journal of Modern Education and Computer Science, v. 9, n. 6,
p. 25, 2017.
BECK, Kent et al. The agile manifesto. 2001.
COCKBURN, A. Surviving Object-Oriented Projects. 1998.
_____________. Agile software development joins the” would-be” crowd. Cutter IT Journal,
v. 15, n. 1, p. 6-12, 2002.
57
_____________. Crystal clear: a human-powered methodology for small teams. Pearson
Education, 2004.
STAPLETON, Jennifer. DSDM, dynamic systems development method: the method in
practice. Cambridge University Press, 1997.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: B
a) O foco em estabelecer um fluxo contínuo do primeiro, em
paralelo ao pragmatismo da segunda.
O foco em fluxo do lean se refere ao 3º princípio. E este não guarda
paralelo com o pragmatismo do DSDM.
b) O conceito de valor para o cliente do primeiro é similar à
abordagem de projeto e desenvolvimento do segundo.
Verdadeiro, pois no DSDM a gestão e desenvolvimento do produto
se dá pelas funcionalidades acordadas com o cliente.
c) Ambas metodologias se baseiam no ciclo PDSA.
Errado.
d) O lean parte do princípio de entender o que é importante para o
cliente e aumentar continuamente este valor. E, de modo similar,
a abordagem da DSDM foca nas funcionalidades acordadas com
o cliente.
As descrições de ambos, Lean e DSDM, são verdadeiras. Entretanto,
não existe um paralelo evidente.
e) O DSDM buscou no lean o foco no cliente e por isso foca nas
funcionalidades acordadas e factíveis.
Errado.
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58
Questão 2 – Resposta: E
a) A comunicação com o cliente é priorizada nas três metodologias.
Entretanto, Scrum e XP também priorizam a comunicação e
interação dentro da equipe de desenvolvimento, enquanto a FDD
não explicita esta prioridade.
Falsa. A FDD também indica a integração interna.
b) A FDD segue a orientação de Beck no Manifesto Ágil, enquanto
XP e Scrum não.
Falsa. Na verdade, é justamente o contrário.
c) A comunicação é tratada de modo formal na FDD, pois esta
prevê projetos de grande porte, que efetivamente necessitam de
uma ferramenta estruturada para isso. Já Scrum e XP não priorizam
a comunicação, pois os membros do time de projeto devem,
obrigatoriamente, estar próximos fisicamente.
Embora as afirmativas sejam verdadeiras, a razão para uma
comunicação não estruturada no Scrum/XP é o fato de se priorizar a
interação entre os indivíduos.
d) Como Scrum é mais focado na gestão do projeto e XP e FDD são
voltadas para o desenvolvimento do produto, a comunicação é
melhor desenvolvida e tratada no primeiro.
Embora seja verdade, a conclusão sobre a comunicação
está errada.
e) No Scrum e na XP a documentação é importante, mas não se dá
uma grande ênfase a ela. Já a FDD acredita que a documentação
deve ser desenvolvida com critério e revista regularmente.
Verdadeira.
59
Questão 3 – Resposta: B
a) Os princípios do Scrum e Lean são aplicáveis ao desenvolvimento
de projetos de produtos ou serviços, enquanto as demais somente
se usam no desenvolvimento de software.
Falso. Os princípios da XP, FDD e DSDM são aplicáveis em outros
ambientes.
b) Scrum e Lean são claramente métodos de gestão, enquanto as
demais são metodologias de desenvolvimento.
Verdadeiro.
c) Scrum e Lean são derivados, inspirados no Manifesto Ágil de Beck,
enquanto o segundo grupo é anterior ao Manifesto.
Falso.
d) Lean e Scrum não têm uma estrutura clara de papéis e
responsabilidades, enquanto as demais, sim.
Falso. Na verdade, somente o Lean não traz consigo uma
recomendação clara de organização.
e) Scrum e Lean podem ser combinados em um modelo de
aplicação misto. Já a FDD, XP e DSDM, não. Entretanto, é impossível
combinar metodologias do primeiro com as do segundo.
Falso. As combinações das metodologias do primeiro grupo com as
do segundo são possíveis.
60
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Balanceando Agilidade e
Disciplina
Autor: Carlos Lobo
Objetivos
61
1. Introdução
2. Risco
62
62
Existe um senso comum de que ao limitarmos ou eliminarmos os riscos,
estamos agindo corretamente. Somente esse senso comum explica
as centenas de bilhões de reais aplicados em poupança no Brasil.
Justificado apenas pela garantia do “risco zero”.
63
2.1 Definição de Risco
64
64
Figura 1 | Incertezas versus Impacto do Risco no
Ciclo de Vida do Produto
65
Segundo Scofano et al. (2013), a gestão de riscos busca mitigar as
incertezas de projeto ao longo do ciclo de vida do projeto de forma
estruturada. E esta gestão é fundamental para que as empresas
desenvolvam seus projetos e implementem suas respectivas estratégias
com os resultados planejados.
66
66
E será usado o modelo do SIPOC para analisar as recomendações em
cada um dos processos recomendados – Figura 4. Mais à frente, a
relação entre gestão de riscos e o modelo SIPOC ficará mais clara.
Figura 4 | SIPOC
67
ASSIMILE
A metodologia do PMBoK prevê duas ferramentas muito
úteis na gestão dos riscos:
68
68
Figura 6 | Identificação de Riscos - SIPOC
69
Figura 7 | Análise Qualitativa dos Riscos - SIPOC
70
70
Figura 8 | Análise Quantitativa dos Riscos - SIPOC
71
2.2.5 Planejar as respostas aos Riscos
72
72
Figura 10 | Monitoramento e Controle dos Riscos - SIPOC
73
Tabela 1 | Resposta dos Métodos Ágeis à Gestão de Riscos
74
74
Figura 11 | Tempo versus Custo de acordo com o controle
4. Conclusão
75
TEORIA EM PRÁTICA
Uma empresa farmacêutica organiza eventos científicos
para divulgação de seus produtos entre médicos
convidados. Algumas vezes estes eventos são congressos
de 2 ou 3 dias de duração. Em outros casos, são somente
patrocínio – custo, para que um médico convidado participe
de um congresso aberto onde será apresentado algum
trabalho sobre um produto desta empresa farmacêutica.
76
76
Algumas informações importantes sobre o processo
como um todo
77
Agora considere as seguintes questões:
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
78
78
b. Planejamento do gerenciamento de riscos,
Identificação de riscos; Análise qualitativa de
riscos; Análise quantitativa de riscos; Planejamento
de respostas a riscos; e Monitoramento de
respostas a riscos.
79
c. O projeto desenvolvido em velocidade máxima
resulta na entrega do mesmo no menor tempo
possível. Sacrificam-se todos os controles de risco
para focar na entrega do produto propriamente dito.
Normalmente implica em custos adicionais.
d. O projeto executado em velocidade máxima segue
estritamente os princípios do Manifesto Ágil. O
único controle relevante é a entrega do produto.
Então nenhum controle é feito. Isso reduz esforços
desnecessários, minimizando os custos e o tempo de
desenvolvimento.
e. Velocidade máxima significa colocar recursos
adicionais no desenvolvimento a fim de garantir o
menor prazo de execução. Normalmente isso gera
algum custo adicional.
80
80
e. A EAP existe, em forma e conteúdo, na gestão
tradicional de projetos, a EAR somente nos
métodos ágeis.
Referências Bibliográficas
BECK, Kent et al. The agile manifesto. 2001.
DINSMORE, Paul C.; CABANIS-BREWIN, Jeannette (Ed.). The AMA handbook of project
management. Amacom Books, 2006.
KERZNER, H. Gestão de Projetos: as melhores práticas (LB Ribeiro, Trad.). 2006.
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2008. Tese de Doutorado. Institutionen för data-och systemvetenskap (tills m KTH).
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Um Guia do Conhecimento em
Gerenciamento de Projetos - Guia PMBOK. 4. ed. Newtown Square, Pennsylvania,
USA: Project Management Institute, 2008.
RASMUSSON, David. SIPOC picture book: A visual guide to SIPOC/DMAIC relationship.
Oriel Incorporated, 2006.
SARKAR, Soumodip. Empreendedorismo e inovação. Escolar Editora, 2010.
SCOFANO, C. R. F. et al. Gestão de risco em projetos: análise das etapas
do PMI-PMBOK (Project Management Institute). In: XI Congresso Online de
Administração. 2013.
TRADEOFF. Dicionário online do Oxford.
VIEIRA, Marconi. Gerenciamento de projetos de tecnologia da informação. 2. Ed.
Elsevier Brasil, 2013.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: B
a) Plano de gestão dos riscos, Identificação de riscos; Análise
qualitativa de riscos; Análise quantitativa de riscos; Planejamento de
respostas a riscos; e Monitoramento de respostas a riscos.
b) Planejamento do gerenciamento de riscos, Identificação
de riscos; Análise qualitativa de riscos; Análise quantitativa de
81
riscos; Planejamento de respostas a riscos; e Monitoramento de
respostas a riscos.
c) Plano de gestão de riscos, Identificação de riscos; Análise dos
riscos; Planejamento de respostas a riscos; e Monitoramento de
respostas a riscos.
d) Análise preliminar dos riscos, Identificação de riscos; Análise
qualitativa de riscos; Análise quantitativa de riscos; Planejamento de
respostas a riscos; e Monitoramento de respostas a riscos.
e) Análise preliminar dos riscos, Identificação de riscos; Análise de
riscos; Planejamento de respostas a riscos; e Monitoramento de
respostas a riscos.
Os processos clássicos para a gestão de riscos apontados pelo
PMBoK são seis:
I. Planejamento do gerenciamento de riscos;
II. Identificação de riscos;
III. Análise qualitativa de riscos;
IV. Análise quantitativa de riscos;
V. Planejamento de respostas a riscos; e
VI. Monitoramento de respostas a riscos.
Questão 2 – Resposta: C
a) O desenvolvimento de um projeto em Velocidade Máxima
indica executar o projeto no menor prazo possível, o que assegura
entregar o projeto no menor prazo e custo.
Falso. O custo costuma ser maior.
b) O desenvolvimento de projeto do produto em Velocidade
Máxima indica sacrificar completamente as ações de controle
para colocar todo o esforço no desenvolvimento. Isso assegura o
desenvolvimento no menor prazo possível e minimiza o custo.
82
82
Falso. O custo costuma ser maior.
c) O projeto desenvolvido em velocidade máxima resulta na entrega
do mesmo no menor tempo possível. Sacrificam-se todos os
controles de risco para focar na entrega do produto propriamente
dito. Normalmente implica em custos adicionais.
Verdadeiro.
d) O projeto executado em velocidade máxima segue estritamente
os princípios do Manifesto Ágil. O único controle relevante é a
entrega do produto. Então nenhum controle é feito. Isso reduz
esforços desnecessários, minimizando os custos e o tempo de
desenvolvimento.
Falso. O custo se eleva.
e) Velocidade máxima significa colocar recursos adicionais no
desenvolvimento a fim de garantir o menor prazo de execução.
Normalmente isso gera algum custo adicional.
Falso. O custo aumenta, mas não obrigatoriamente por se usar
recurso adicional.
Questão 3 – Resposta: B
a) A EAP só é usada na gestão e controle tradicionais de projetos.
Nos métodos ágeis não há equivalente.
Falso. Nos métodos ágeis existe alguma declaração de escopo
como a EAP.
b) A EAP é essencialmente uma declaração de escopo, o que todos
os métodos ágeis de alguma forma possuem.
Verdadeiro.
c) A EAP é composta do escopo do projeto e da análise dos riscos
do projeto - EAR.
83
Falso. EAP e EAR não são documentos independentes. A EAP é feita
no início do projeto e a EAR passa por todo o projeto.
d) Nos métodos ágeis não existe uma EAP propriamente dita, mas
existe um equivalente. Entretanto, nem todos os métodos ágeis têm
na EAP uma análise de riscos, como esta é conhecida (EAR).
Falso. Nenhum método ágil tem documento similar à EAR.
e) A EAP existe, em forma e conteúdo, na gestão tradicional de
projetos, a EAR somente nos métodos ágeis.
Falso. A EAR só existe na gestão tradicional de projetos.
84
84
Kanban aplicado aos
Métodos Ágeis
Autor: Carlos Lobo
Objetivos
85
1. Introdução
Nesta aula será abordado o uso do kanban em conjunto com as
metodologias ágeis. Note que não se trata de uma metodologia em si
– uma alternativa às metodologias ágeis. O kanban é uma ferramenta.
E como tal, deve ser utilizada quando os problemas para os quais este
se aplique estiverem presentes. E aqui, trata-se de controle. O kanban é
uma excelente ferramenta de controle dos processos.
Fora esta característica – o uso do kanban como mecanismo de controle
–, seu uso e forma podem ser bastante amplos. Segundo Anderson
(2010), na maioria das implementações do kanban foi possível se obter
as seguintes melhorias no processo:
• Controle visual;
• Limitador do WIP (work in process);
• Feedback rápido;
• Política de controle explícita.
2. Kanban
O termo kanban, termo japonês, indica quadro de sinalização usado
para comunicação de ideias e informações. A partir da sua utilização
pela Toyota, este passou a designar o sistema usado para controlar
o estoque em processo, a produção ou o estoque de componentes
comprados (ESPARRAGO, 1988).
Embora o conceito seja muito simples, a implementação é muito
diversa. Podendo ir de cartões físicos circulando entre áreas ou
empresas até versões digitais dos mesmos para controlar áreas de
serviços e desenvolvimento de projetos. E o campo de aplicação deixou
há muito a indústria automotiva, passou pela área de serviços – até bem
pouco tempo a gestão de produção de sanduíches no McDonalds era
feita via kanban - e chegou à gestão de projetos.
86
86
2.1 Princípio do Kanban
Resgatando os princípios lean, mais especificamente a regra 2 diz: cada
conexão cliente-fornecedor deve ser direta e deve haver uma maneira
inequívoca de sim ou não para enviar solicitações e receber respostas
(SPEAR e BOWEN, 1999).
87
O DNA da Toyota foi publicado a primeira vez em 1999
por Steven Spear (SPEAR; BOWEN, 1999). Neste artigo, os
autores buscaram apresentar o que efetivamente guiava o
pensamento das pessoas na Toyota a produzir as soluções
que são hoje vistas. Este modelo foi especificamente
testado na área da saúde, dando origem ao que se conhece
por Lean Healthcare (SPEAR e KENAGY, 2005; SPEAR, 2005).
88
88
Figura 2 | Exemplo de sistema kanban de produção
nas lojas do McDonalds
89
Os dois modelos apresentados nas figuras 2 e 3 operam segundo o
gráfico apresentado na figura 4. O perfil do estoque ao longo do tempo
forma o dente de serra observado no gráfico. Assim, a posição de
estoque fica oscilando entre um ponto de mínimo e máximo. O kanban
faz o controle visual do estoque através do disparo da reposição no
momento correto.
90
90
Estes exemplos das figuras 2 e 3 podem ser considerados casos típicos
do uso do kanban para criar sistemas de reabastecimento ou produção
puxada. Na seção a seguir será feita uma discussão do sistema kanban
aplicado à área de serviços.
ASSIMILE
Uma ferramenta importante que o controle do processo
via quadro kanban possibilita é o nivelamento da produção.
O conceito de nivelamento da produção, por sua vez,
indica: produzir todo o mix de produtos em quantidade
proporcional à demanda, no prazo correto e com o mínimo
de inventário (Coleman; Vaghefi, 1994).
91
O kanban na gestão de projetos é usado para indicar a entrega de uma
dada quantidade de trabalho.
2.4 CONWIP
92
92
Figura 6 | Sistemas de Controle de Fluxo: Kanban, CONWIP e Empurrado
Kanban
Puxado
CONWIP
Puxado
Empurrado
93
dirigir ou administrar. Ou seja, a gestão é uma atividade muito mais
ampla e complexa. Mas, evidentemente, a gestão faz uso dos controles
visuais para tal.
94
94
usar. Esta decisão depende das condições. Quadros físicos são mais
fáceis de desenhar e testar. A implementação pode ser muito rápida.
Isso estimula a comunicação dentro do time. E mesmo atualmente,
quando todos estão familiarizados com as ferramentas digitais, o quadro
e cartão físico estimula o sentido de propriedade e responsabilidade
pelo processo.
Já o controle visual via aplicação web – feito em tempo real, é cada vez
mais robusto, intuitivo e muito produtivo. Uma vantagem importante é
estar disponível em qualquer lugar, a qualquer momento.
95
Figura 9 | Exemplo de quadro Kanban usando o Trello
Fonte: www.trello.com.
Outro sistema muito robusto e simples de ser usado é o Asana. Ele tem
um sistema de gestão de projetos que permite a visualização em gráfico
de Gantt, por exemplo. Vide a figura 10.
Fonte: www.asana.com.
96
96
4. Kanban como suporte para as
metodologias ágeis
4. O quadro kanban pode ser usado pelo time, ao invés dos quadros
com as estórias das metodologias ágeis onde ficam os itens em
desenvolvimento.
5. Conclusão
97
Entretanto, dado a flexibilidade do kanban, é importante customizar sua
aplicação para efetivamente maximizar todos os benefícios possíveis.
TEORIA EM PRÁTICA
O mercado de fidelidade voltado para a retenção dos
clientes deixou de ser restrito às companhias áreas. Hoje
estes programas de fidelidade buscam ser um incentivo
para recompensar os seus clientes e encorajar a repetição
de negócios. Com o intuito de reforçar a fidelidade, estes
programas têm crescido muito.
98
98
• Supermercados associados instatisfeitos com o baixo
volume de sugestões de marketing oferecidos pela
Fidelity. Além disso, eles também consideram o tempo
para fornecimento destas informações muito elevado.
Devido ao lead time elevado, só é possível fazer uma
campanha de marketing por mês.
99
Agora considere as seguintes questões que você precisará
responder ao preparar junto com o gerente da área de
eventos para este projeto:
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
100
100
b. Garante o balanceamento do volume de trabalho
para os times de desenvolvimento, evitando
sobrecarga ou ociosidade pontual.
101
a. A facilidade de se anexar documentos com os dados
do projeto ao cartão kanban.
Referências Bibliográficas
ANDERSON, David J. Kanban: successful evolutionary change for your technology
business. Blue Hole Press, 2010.
Coleman, B. Jay, and M. Reza Vaghefi. “Heijunka (?): A key to the Toyota production
system.” Production and inventory management jornal, v. 35, n. 4 (1994): 31.
ESPARRAGO JR, Romeo A. Kanban. Production and Inventory Management Journal,
v. 29, n. 1, p. 6, 1988.
JYOTHI, Veerapaneni Esther; RAO, K. Nageswara. Effective implementation of agile
practices-incoordination with lean Kanban. International Journal on Computer
Science and Engineering, v. 4, n. 1, p. 87, 2012.
SPEAR, Steven J. Fixing health care from the inside, today. Harvard business review,
v. 83, n. 9, p. 78, 2005.
SPEAR, Steven; BOWEN, H. Kent. Decodificando o DNA do Sistema Toyota de
Produção. Harvard Business Review, p. 97-106, 1999.
SPEAR, Steven J.; KENAGY, John. Deaconess-Glover Hospital (C). Harvard Business
School, 2005.
TARDIN, Gustavo Guimarães et al. O sistema puxado e o nivelamento da
produção. 2001.
102
102
Gabarito
Questão 1 – Resposta: A
a) Ajuda na visualização dos itens em desenvolvimento e destes
em relação aos demais, priorizando os mais importantes ou
críticos.
Verdadeiro.
b) Garante o balanceamento do volume de trabalho para os times
de desenvolvimento, evitando sobrecarga ou ociosidade pontual.
Parcialmente correto. Somente quando o kanban é usado com o
heijunka, este ajuda a prever e identificar sobrecargas pontuais.
c) Especialmente útil para fazer o chamado nivelamento
da demanda.
Somente quando o kanban é usado em conjunto com o quadro
heijunka, é possível fazer o nivelamento da demanda.
d) A principal aplicação do kanban é funcionar como um controle
de pendência (to do list).
Embora seja verdadeira, a aplicação do kanban traz muitos outros
benefícios mais importantes.
e) O controle visual proporcionado pelo kanban só se aplica
no desenvolvimento de projetos quando usado em conjunto
com o Scrum.
Falso. Praticamente todas as metodologias ágeis comportam e se
beneficiam do kanban.
Questão 2 – Resposta: C
a) Os tempos de processamento, lead time e ajuda na remoção
de gargalos.
103
Falso. O uso do quadro kanban ajuda na identificação dos tempos
de processo e do lead time, mas não ajuda na remoção do gargalo –
salvo que o identifica.
b) A eficiência do processo, monitorando-a e aumenta-a.
Falso. O controle via kanban promove um excelente sistema de
monitoramento, mas não contribui diretamente para aumentar a
eficiência dos processos.
c) A expectativa para o término ou execução de atividades ou itens
específicos.
Verdadeiro.
d) O kanban permite o controle do estoque em processo (work-
in-process), os tempos de espera ao longo de todo o processo e a
maximização da utilização do gargalo.
O sistema kanban não contribui diretamente para aumentar a
utilização do recurso gargalo do processo.
e) Todas as alternativas anteriores.
Falso.
Questão 3 – Resposta: A
a) A facilidade de se anexar documentos com os dados do projeto
ao cartão kanban.
Verdadeiro.
b) Estabelecer times de projeto.
Falso. Não tem relevância para a documentação do projeto,
embora importante para a gestão do projeto.
c) Convidar qualquer indivíduo para participar do projeto.
Falso. Não tem relevância para a documentação do projeto,
embora importante para a gestão do projeto.
104
104
d) Compartilhar e colaborar nas atividades pendentes em
desenvolvimento.
Falso. Não tem relevância para a documentação do projeto,
embora importante para a gestão do projeto.
e) Todas as alternativas anteriores.
Falso.
105
Pessoas: Empoderamento e
Energização
Autor: Carlos Lobo
Objetivos
106
106
1. Introdução
Nesta aula serão abordados dois pontos críticos deste cenário: como
organizar os times de trabalho de forma a garantir-lhes autonomia e
motivação; e segundo o papel crítico desempenhado pela liderança.
107
Conforme apresentado na figura 1, Liker propôs o modelo dos 4Ps:
Filosofia, Processo, Pessoas e Parceiros, e, por fim, Solução de Problemas.
A maior inovação trazida pelo modelo dos 4Ps foi sair da visão baseada
em processo, trazendo 3 novas perspectivas: filosofia de longo prazo,
pessoas e parceiros, e, também, a solução de problemas.
108
108
conseguem implementar no prazo e de forma eficaz a sua Estratégia.
Dado que o projeto de Operações é basicamente conhecido, recai sobre
as Pessoas o destino da implementação da estratégia, e normalmente o
sucesso ou insucesso da companhia.
109
• Falta de coragem: Os líderes podem não ter a coragem de separar
os indivíduos com alto desempenho dos pouco eficazes e tomar as
devidas ações.
• Buscam conforto psicológico: Os líderes podem escolher
somente indivíduos com os quais eles fiquem confortáveis
– psicologicamente. Ao invés dos mais capacitados para o
objetivo desejado.
3. Organização do Trabalho
110
110
com o trabalho realizado, possibilidade de crescimento, relações sociais,
razões espirituais etc.
Pessoas
111
• Gerente executivos e de negócios;
• Líder de projeto;
• Equipe de projeto;
• Cliente final;
• Dentre outros.
Time
Como visto do Manifesto Ágil, o projeto baseia-se fortemente na
colaboração e comunicação. Assim, o time é fundamental para o
bom desempenho e entrega do projeto. A falta de empatia com o
cliente, ou membros do time que não consigam trabalhar juntos,
podem comprometer o resultado final do projeto, dado que afetam o
ambiente de colaboração.
Exemplos
112
112
da empresa. E grande parte destes funcionários participa do
desenvolvimento e aperfeiçoamento do produto.
113
Para fomentar o compartilhamento de ideias, tecnologias e inovação,
o Spotify criou os Chapters. Estes são formados por profissionais com
o mesmo escopo de trabalho, por exemplo, desenvolvedores que
estejam em uma mesma tribo, mas em Squads diferentes. Podem
possuir reuniões periódicas ou fóruns para compartilhar dúvidas e
soluções de problemas.
Por fim, as Guilds. Elas são formadas por pessoas-chave que estejam
espalhadas entre as tribes e squads. Esses grupos possuem um
coordenador próprio. Naturalmente, pode-se observar que este
modelo é uma variação da organização matricial.
114
114
seja, eles são responsáveis por entregar a produtividade esperada, mas
sem ascendência hierárquica sobre o time. Na Toyota, a proporção é de,
em média, 1 líder para cada grupo de 4 indivíduos. Em outras empresas,
onde o ritmo de produção é mais lento, esta proporção costuma ser
maior, chegando a 7 ou 8 indivíduos por time. Acima desta quantidade, o
efeito positivo sobre a produtividade do time começa a decair.
115
matricial, pode ser útil. Os projetistas respondem verticalmente para
suas estruturas hierárquicas de onde são oriundos. Entretanto, durante
o projeto, estes são alocados para times de projeto responsáveis por
algum subconjunto do projeto. Uma vez que o projeto do subconjunto
seja entregue, o time se desfaz e os indivíduos podem ser realocados
para outros times, com outros objetivos.
ASSIMILE
Não existe uma estrutura organizacional única e que se
aplique em qualquer empresa e em qualquer ambiente.
3.2 Liderança
116
116
indivíduo poderá entregar mais valor, de maneira sinérgica, à equipe,
com o passar do tempo.
117
Figura 7 | Liderança Situacional
118
118
PARA SABER MAIS
Para conhecer melhor as funções desempenhadas pelo
líder lean na Toyota, veja:
V. Habilidade de liderança;
4. Conclusão
119
I. Pessoas;
II. Estrutura Organizacional; e
III. Liderança.
TEORIA EM PRÁTICA
A Schédio, palavra grega para indicar desenho, é uma
startup da área de design industrial. Ela atende empresas
de diferentes ramos e áreas. Desde a indústria de
computadores com projetos de teclados, mouses e fones
de ouvido para uso profissional, passando por utensílios
domésticos como lavadoras e fogões de última geração, e
chegando a veículos automotores de duas e quatro rodas.
120
120
A Schédio tipicamente nasceu da experiência e talento do
seu fundador, que começou como o projetista principal da
empresa, e se expandiu muito. Atualmente são quase duas
centenas de projetistas. Como em muitas outras startups, o
talento em projetos do fundador não foi acompanhado do
talento para a gestão operacional.
121
Recentemente, a Schédio tem sofrido com a concorrência
de outras empresas menores que estão ganhando alguns
clientes antigos dela:
122
122
1. Qual deve ser a estrutura organizacional futura? Esta
deve ser perene ou mutável no tempo? Como alocar as
áreas de suporte para melhorar o serviço?
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
123
c. Somente no modelo da Spotify - Guilds,
Chapters e Tribes.
124
124
c. Segurança, Social, Estima e Realizações Pessoais.
Referências Bibliográficas
BECK, Kent et al. The agile manifesto. 2001.
BOSSIDY, Larry; CHARAN, Ram. Execução. Elsevier Brasil, 2004.
COCKBURN, Alistair; HIGHSMITH, Jim. Agile software development: The people
factor. Computer, n. 11, p. 131-133, 2001.
CORAM, Michael; BOHNER, Shawn. The impact of agile methods on software project
management. In: 12th IEEE International Conference and Workshops on the
Engineering of Computer-Based Systems (ECBS’05). IEEE, 2005. p. 363-370.
KNIBERG, Henrik; IVARSSON, Anders. Scaling Agile@ Spotify. online, UCVOF, ucvox.
files, 2012.
LIKER, Jeffrey K. The toyota way. Esensi, 2005.
LIKER, Jeffrey K.; CONVIS, Gary L. O Modelo Toyota de Liderança Lean: Como
conquistar e manter a excelência pelo desenvolvimento de lideranças. Bookman
Editora, 2013.
MCLEOD, Saul. Maslow’s hierarchy of needs. Simply psychology, v. 1, 2007.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: B
Guilds, Chapters e Tribes como na Spotify, e modelo de organização
de times baseados em subconjuntos ou funcionalidades do
produto final.
Estes modelos originam-se no modelo matricial. Em ambos, o
indivíduo está ligado a um grupo de trabalho específico, mas
responde hierarquicamente a um outro líder que se mantém
constante ao longo do tempo.
125
Questão 2 – Resposta: B
Responsabilizar-se pela produtividade e fomentar o crescimento de
cada indivíduo do time.
No modelo de time ágil, o líder deve responsabilizar-se diretamente
pelo atendimento dos prazos (ou pela produtividade) e fomentar o
crescimento de cada membro do seu time.
Questão 3 – Resposta: D
Fisiologia, Segurança, Social, Estima e Realizações Pessoais.
126
126
Pessoas: Gestão da Mudança
Autor: Carlos Lobo
Objetivos
127
1. Introdução
2. Cultura Organizacional
128
128
lealdade expresso por seus funcionários com relação à empresa. A cultura
organizacional representa as percepções dos dirigentes e funcionários da
organização e reflete a mentalidade que predomina na organização.
129
E cada um destes três elementos podem se apresentar de forma visível
– tecnologia, estrutura organizacional, títulos, etc., ou de forma invisível –
padrões de influência e poder, sentimentos, posturas, dentre outros.
130
130
A consequência disso é simples. O sistema de gestão é a ferramenta
certa para estimular e cobrar os hábitos desejados e indiretamente
influenciar a cultura organizacional. Mann chega a advogar que o
sistema de gestão é o elemento que sempre faltou para que empresas
ocidentais conseguissem emular o modelo Toyota (Lean) de produção,
obtendo resultados financeiros similares.
131
SHOOK, John. How to change a culture: Lessons from
NUMMI. MIT Sloan Management Review, v. 51, n. 2,
p. 63-68, 2010.
Neste artigo é descrito o processo de formação da
NUMMI, empresa criada em jointventure pela GM e
Toyota. Foi a primeira experiência com operações da
Toyota nos US. Fundamentalmente, a GM forneceu as
instalações e o pessoal, e a Toyota, a gerência da fábrica e
o modelo de gestão.
3. Resistência a Mudança
Segundo De Resende et al. (2011), a resistência à mudança aparece
mesmo em companhias que aparentemente estão dispostas a mudar.
E isso ocorre porque, basicamente, as pessoas não querem mudar.
132
132
2. Participação e envolvimento: Inserir as pessoas no processo.
Torná-las parte da mudança.
3. Facilitação e apoio: Facilitar e apoiar às pessoas a se ajustarem à
mudança mais rapidamente.
4. Negociação e acordo: Oferecer algo de valor em troca da
implementação da mudança.
5. Manipulação e cooptação: Buscar influenciar as pessoas.
6. Coerção: Finalmente, a resistência pode ser tratada de forma
coercitiva por meio da ameaça explícita ou implícita.
133
4. Gestão do dia a dia
134
134
Figura 4 | Processo de Gestão do dia a dia
ASSIMILE
David Mann sugere pelo menos três reuniões estruturadas
e encadeadas:
135
9. Finalmente, no 3º nível é feita uma reunião entre o
gerente e os líderes de time.
5. Conclusão
TEORIA EM PRÁTICA
A Rapport é uma startup especializada em sistemas de TI
para análise de dados para a elaboração de relatórios com
indicadores de performance de interesse do usuário. Eles
oferecem um produto padrão para uso geral e soluções
customizadas, onde é feita a adaptação para o ERP da
empresa, assim como a coleta integrada e direta de dados
da operação do cliente.
136
136
para clientes menores que precisavam de uma solução
mais simples e de custo reduzido. Essa ideia pareceu boa
na época. Atualmente, a área de finanças defende que o
produto seja descontinuado porque o a margem é baixa
e toda empresa acaba tendo de se envolver do suporte
e revisões regulares das versões deste produto. Além
disso, eles argumentam que este produto não faz parte da
atividade principal da Rapport.
137
O comercial fez isso pois tende a oferecer soluções de preço
maior, afinal a comissão que eles recebem é proporcional.
138
138
se adaptar a estas dificuldades e manter-se à frente da
concorrência.
139
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
140
140
c. Em tese, nenhum problema deve chegar até a
reunião de nível 3. Esta reunião é fundamentalmente
uma revisão do visto nas duas primeiras. Todos os
problemas devem ter sido endereçados, ou mesmo
resolvidos, antes.
Referências Bibliográficas
CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento Organizacional: a teoria e a prática de
inovar. Rio de Janeiro: Campos, 2005.
______. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações.
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141
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SHOOK, John. How to change a culture: Lessons from NUMMI. MIT Sloan Management
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SILVA, José R. G. da; VERGARA, Sylvia C. Sentimentos, subjetividade e supostas
resistências à mudança organizacional. Revista Administração de Empresas, 2003.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: A
Lógica, sociológica e psicológica.
Questão 2 – Resposta: B
Embora existam diferentes elementos, a principal e mais
importante figura no modelo de gestão do dia a dia é o líder do
time. Ele é o responsável direto pela reunião de nível 1 e abastece
de informações a reunião de 2º nível. Além disso, ele dá o ritmo
para o time na linha de frente.
Questão 3 – Resposta: B
Inserção das pessoas na mudança, facilitação e apoio e coerção.
1. Comunicação e educação: Fazer a prévia comunicação da
mudança às pessoas para ajudá-las a compreender a lógica e a
necessidade da mesma.
2. Participação e envolvimento: Inserir as pessoas no processo.
Torná-las parte da mudança.
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3. Facilitação e apoio: Facilitar e apoiar as pessoas a se ajustarem à
mudança mais rapidamente.
4. Negociação e acordo: Oferecer algo de valor em troca da
implementação da mudança.
5. Manipulação e cooptação: Buscar influenciar as pessoas.
6. Coerção: Finalmente, a resistência pode ser tratada de forma
coercitiva por meio da ameaça explícita ou implícita.
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