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07/04/2024, 23:38 A ORIGEM DO LIVRO DIDÁTICO - Brasil Escola

A ORIGEM DO LIVRO DIDÁTICO


Como o livro foi criado, a origem do livro didático e a importância do uso do livro didático
para aluno e professores dentro da sala de aula.

RESUMO

Neste trabalho iremos contar como foi criado o livro em geral, num segundo momento ire­mos abordar a origem do livro
didático e por fim a mostraremos segundo nossas pesquisas a importância do uso do livro didático para aluno e professores
dentro da sala de aula.

Palavras-chaves: Livro, Didático, Importância.

1. INTRODUÇÃO

Mostraremos num primeiro momento como surgiu o livro em geral, iremos contar a história dos primeiros livros usados há
muitos séculos passados até o modelo que hoje usamos com enca­dernação de capa e páginas montadas em sequencia.
Contaremos a origem do livro didático, todo o percurso que o livro faz desde a sua elabora­ção até a chegada às mãos de
professores e alunos.
Abordaremos qual a importância do livro didático e a sua utilização como ferramenta de au­xilio em sala de aula tanto para
alunos como para professores.
Nós como estudantes de Licenciatura em História, temos de saber a história da criação do li­vro em geral e como futuros
professores é nosso dever conhecer a origem do livro didático para que saibamos como utilizá-lo da melhor maneira
possível como ferramenta auxiliar no dia a dia em sala de aula.

2. A HISTÓRIA DO LIVRO?

A necessidade das pessoas em preservar e sua história, seus feitos e tudo o que para elas era de suma importância, fez
com que os homens durante muitos séculos procurassem por várias for­mas de deixar isso registrado.

A história do livro compreende uma série de inovações realizadas por diversos po­vos no intuito
de gravar o conhecimento e passá-lo de geração em geração. O mundo não seria o mesmo se os
povos não pudessem conhecer as ideias de seus antepassa­dos. Um bom exemplo é a filosofia,
que até hoje é calcada nas letras escritas por fi­lósofos da antiga Grécia e Alemanha do século XIX
e XX.
Durante a antiguidade, a primeira forma encontrada para gravar o conhecimento foi es­crevendo-o
em pedra ou tábuas de argila. Após algum tempo, surgiram os khartés, que eram cilindros de
folhas de papiro fáceis de transportar. A inovação seguinte foi o pergaminho, que em pouco tempo
substituiu o papiro. O pergaminho era feito com peles de animais (ovelha, cordeiro, carneiro,
cabra) e nele era possível escrever com maior facilidade. (ARAÚJO, grifos do autor).

O Codex é o mais parecido com o modelo do nosso livro atual, ele era formado por folhas escritas em ambos os lados,
dobradas e amarradas ao longo da dobra e tudo isso ficava protegido por uma capa. Podia ser formado por folhas de papiro
ou de pele de animais costuradas.

Segundo Mello Jr. (2000),

‘o livro como nós conhecemos hoje, surgiu no Ocidente por volta do Século II D.C., fruto de uma
revolução que representou a substituição do Vólumen pelo Códex’. O novo formato permitia ‘a
utilização dos dois lados do suporte, a reunião de um nú­mero maior de textos em um único
volume, absorvendo o conteúdo de diversos ro­los, a indexação permitida pela paginação, a
facilidade de leitura’.

Mas um alemão chamado Gutemberg invento a prensa e os tipos móveis e essa sua invenção iria revolucionar a história da
produção de livros, pois agora os livros seriam impressos e não mais copiados a mão.
Atualização do controlador
Isso só mudou na década de 1450, quando o alemão Gutemberg inventou a prensa e os tipos
Atualizar seus drivers pode aumentar em 100% o desempenho de seu PC. Scan gratuito. PC
Helpsoft móveis, o que trouxe rapidez à produção do livro. A primeira obra impressa por ele foi a Bíblia. Foi
também este o primeiro livro que chegou ao Brasil, trazido pelos colonizadores.

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Como em todos os países, também havia censura em Portugal, especialmente por parte da Igreja,
e isso se refletia no Brasil. Assim, os livros censurados só podiam circular por aqui de maneira
clandestina. Os outros entravam livremente, trazidos pelos colonizadores, pelos brasileiros que iam
estudar em Portugal e em outros paí­ses, e pelos comerciantes.
No entanto, os livros só puderam ser feitos no Brasil a partir de 1808, quando a fa­mília Real
portuguesa se mudou para cá e trouxe uma máquina impressora. Antes disso, era crime ter uma
tipografia no país. (QUEM, 2009).

O livro é um instrumento de divulgação de ideias, crenças, valores, cultura, conceito e em sua trajetória venceu enormes
desafios e mostrou a sua importância na vida das pessoas e no desenvolvimento das sociedades.

Em meio a este caminho, ganhou os espaços escolares como instrumento de apoio na educação de crianças, jovens e
adultos.

3. A ORIGEM DO LIVRO DIDÁTICO

Alguns autores sugerem que o livro didático surgiu no século XIX como complemento aos en­sinamentos que não
constavam na Bíblia.

No século XIX, o livro didático surgiu como um adicional à Bíblia, até então, o único livro aceito
pelas comunidades e usado nas escolas. Somente por volta de 1847, os livros didáticos passaram
a assumir um papel de grande importância na aprendizagem e na política educacional. Os
primeiros livros didáticos, escritos so­bretudo para os alunos das escolas de elite, procuram
complementar os ensinamen­tos não disponíveis nos Livros Sagrados. (OLIVEIRA et al, 1997, p.
26).

Já outros autores dizem que o livro didático sempre fez parte da cultura escola, mesmo antes da invenção da imprensa.

Sua origem está na cultura escolar, mesmo antes da invenção da imprensa no final do século XV.
Na época em que os livros eram raros, os próprios estudantes univer­sitários europeus produziam
seus cadernos de textos. Com a imprensa, os livros tor­naram-se os primeiros produtos feitos em
série e, ao longo do tempo a concepção do livro como “fiel depositário das verdades científicas
universais” foi se solidificando (GATTI JÚNIOR, 2004, p.36).

No Brasil as primeiras ideias sobre o livro didático surgiu em 1929, com a criação do Insti­tuto Nacional do Livro – INL, esse
instituto foi criado para legitimar o livro didático nacional e auxiliar na sua produção. Mas tudo isso ficou no papel por muito
tempo, foi apenas em 1934, no governo do presidente Vargas que o instituto começou a elaborar um dicionário nacional e
uma enciclopédia e aumentar o número de bibliotecas publicas.

Mas em 1938, o então Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema sugeriu a criação de um decreto-lei que iria
fiscalizar a elaboração do livro didático, e com isso o governo iria contro­lar a informações que iria circular dentro das
escolas.

O ministro do Ministério Educação e Saúde, Gustavo Capanema, durante o Estado Novo brasileiro,
sugeriu a Getúlio Vargas a criação de decreto-lei para fiscalizar a elaboração dos livros
didático[sic]. A comissão foi criada em 1938 e ‘estabelecia que, a partir de 1º de janeiro de 1940,
nenhum livro didático poderia ser adotado no ensino das escolas pré- primárias, primárias,
normais, profissionais, e secundárias no país sem a autorização prévia do Ministério da Educação
e Saúde’ (FERREIRA, 2008: 38).

Muitas formas foram experimentadas por vários governos, durante 67 anos (1929 a 1996), para que o livro didático
chegasse às salas de aula, mas somente com a extinção da FAE – Funda­ção de Assistência ao Estudante – em 1997, e
com a transferência integral da política de execução do PNDL – Programa Nacional do Livro Didático – para o FNDE –
Fundo Nacional de Desenvol­vimento da Educação – é que se iniciou uma produção e distribuição contínua e massiva de
livros didáticos.

Mas houve um período em que a criação e distribuição dos livros didáticos foram um problema muito sério no Brasil.

Em 1964, implanta-se o Regime Militar com o golpe de Estado. Há a desmobilização do magistério, privatização do ensino,
repressão e a divulgação de uma pedagogia alicerçada em objetivos no mínimo discutíveis.

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Surge nos currículos escolares os ideais da doutrina de segurança nacional, e a intervenção do estado nos assuntos sobre
o livro didático passam a ser muito maior.

Bezerra e Luca (2006, p. 30), advertem:

Em 1966, sob a égide da ditadura militar foi criada a Comissão do LivroTécnico e Livro Didático
(COLTED), cuja função era coordenar a produção, edição e distribuição do livro didático. Para
assegurar recursos governamentais, contou-se com o financiamento proveniente do acordo MEC –
USAID (United States Agency for Internacional Development). O aporte de recursos públicos
garantiu a continuidade do livro didático que, a partir de então, ocupou lugar relevante nas
preocupações do Estado brasileiro que, mais uma vez, pretendia ter o controle sobre o que e como
se ensinava.

Durante o regime militar houve muita censura e falta de liberdade nos temas abordados nos livros didáticos.

A questão da compra e distribuição de livros didáticos recebeu tratamento específico do poder


público em contextos diferenciados — 1966, 1971 e 1976 —, todos marcados, porém, pela
censura e ausência de liberdades democráticas. De outra parte, esse momento foi marcado pela
progressiva ampliação da população escolar, em um movimento de massificação do ensino cujas
consequência[sic], sob o ponto de vista da qualidade, acabariam por deixar marcas indeléveis no
sistema público de ensino e que persistem como o seu maior desafio. Neste contexto particular,
destaca-se o peso da interferência de pressões e interesses econômicos sobre a história ensinada,
na medida em que os governos militares estimularam, por meio de incentivos fiscais, investimentos
no setor editorial e no parque gráfico nacional que exerceram papel importante no processo de
massificação do uso do livro didático no Brasil. Cabe destacar que a associação entre os agentes
culturais e o Estado autoritário transcendeu a organização do mercado consumidor da produção
didática e envolveu relações de caráter político-ideológico, cujas repercussões sobre o conteúdo
dos livros didáticos foram marcantes, sobretudo pela perspectiva de civismo presente na grande
maioria das obras, bem como pelo estímulo a uma determinada forma de conduta do indivíduo na
esfera coletiva. Deste modo, o uso do livro didático tornar-se um instrumento de repressão e
contenção do Estado, e sua distribuição passa a ser maciça para atingir estes fins. (MIRANDA,
2004)

Deste modo, o uso do livro didático tornar-se um instrumento de repressão e contenção do Estado, e sua distribuição passa
a ser maciça para atingir estes fins.

A sociedade brasileira na década de 1970 vê surgir inúmeras mudanças na constituição e política do livro didático, mas é no
final da década de oitenta e início dos anos noventa que começa um movimento de renovação dos livros didáticos,
principalmente os livros de História.

Conforme Gatti Júnior (2004, p. 106),

Possibilita a melhoria do padrão estético dos mesmos. O uso das cores é uma marca dos livros
destinados ao ensino fundamental, em que existem mais ilustrações, boxes e outros recursos de
edição e formatação do texto.
Os livros destinados ao ensino médio eram à época mais despojados que os primeiros. Neles, o
privilégio sempre esteve no texto escrito e não nos filigranas e ilustrações.

Da década de 1960 aos anos noventa a forma de produção dos livros didáticos passa de artesanal para industrial, por
causa da demanda do mercado.

Na área de História, houve uma melhoria da qualidade dos conteúdos que se tornam mais críticos e completos, o papel é
de melhor qualidade.

Claro que isso faz com que cresça o interesse das livrarias e do governo federal.

Fonseca (2004, p. 57), que chama a atenção sobre esse momento histórico:

A preocupação central da sociedade e do Estado é construir uma educação básica de


qualidade, é imprescindível aprimorar a política nacional do livro didático. Para isso é
preciso aprofundar o processo de avaliação permanente da produção disponível no

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mercado. O Estado e as escolas públicas e privadas, os maiores compradores, devem
exigir seus direitos como consumidores exigentes, propondo mudanças qualitativas às
editoras, inclusive exigindo revisão ou retirando do mercado os livros desatualizados, dos
que contenham erros conceituais e dos que veiculem preconceitos raciais, políticos e
religiosos.

Nos dias atuais, além do PNLD, o governo federal tem dois outros programas sobre o livro didático: o Programa Nacional do
Livro Didático para o Ensino Médio (PNLEM), criado em 2004 e o Programa Nacional do Livro Didático para Alfabetização
de Jovens e Adultos (PNLA), criado em 2007.

Para os estudantes portadores de necessidades especiais existe o Programa Nacional do Livro Didático em Braille, as
escolas com alunos com surdez do ensino fundamental e do ensino médio receberam em 2007 dicionários trilíngues
(português, inglês e libras) e os alunos com surdez de 1ª a 4ª séries, receberam cartilhas e livros de língua portuguesa em
libras e em CD-rom.

Talvez o livro didático não seja o ideal e nem seja utilizado da melhor maneira possível, mas há muitas pessoas
interessadas que isso mude e com certeza estão fazendo muito por isso.

3.1. TRAJETÓRIA DO LIVRO DIDÁTICO

O livro didático é criado por um ou mais autores, o que difere dos demais livros é que estes autores contam com a ajuda de
uma equipe de pesquisadores, consultores e colaboradores.

Depois de escritos os livros seguem para a editora para serem revisados e somente depois poderão ser impressos.

Todos os anos, entre 100 e 120 milhões de exemplares são impressos para o Programa Nacional
do Livro Didático (PNLD) e enviados a 37 milhões de estudantes em todo o Brasil.
Para atender a toda esta gente, o governo gasta cerca de 1 bilhão de reais com produção e
distribuição. (A HISTÓRIA, 2015)

Depois de impresso o livro tem que ser inscrito no edital publico e uma comissão de professores universitários escolhidos
pelo Ministério da Educação – MEC- verifica possíveis erros conceituais, de redação e de conteúdo.

Se for aprovado, ele passa a fazer parte do Guia do Livro Didático, que é enviado para as escolas
com sugestões de vários outros livros.
Com o Guia do MEC na mão, os professores se reúnem para selecionar os livros que julguem
mais adequados para ao projeto da escola.
Escolha feita o gestor envia a lista pela internet para o Fundo Nacional de desenvolvimento da
Educação (FNDE), do Mec.
O MEC então se encarrega de encomendar o material escolhido às editoras.
As editoras enviam os livros pelos Correios para as escolas, numa operação que custa, em média,
100 milhões de reais. (A HISTÓRIA, 2015)

Os livros quando entregues devem ser conferidos pelo gestor, que poderá indicar a falta ou o excesso de livros, isso é feito
pela internet na página do FNDE, onde o gestor indica o número de matrículas da sua unidade ao Sistema de Controle de
Remanejamento e Reserva Técnica (SISCORT), o sistema mostra as escolas próximas que estão na mesma situação e
quais têm os livros que estão faltando.

O cuidado com a conservação do livro didático deverá ser do aluno, o professor é quem o orienta sobre isso, fazendo isso o
livro poderá ter uma vida útil maior.

O ideal é que os livros do PNDL sejam usados por três anos. Ou seja, o mesmo exemplar será de
três alunos diferentes.
No início do ano os gestores coordenam novamente a redistribuição dos exemplares que haviam
sido guardados.
Os livros que estiverem sem condições de uso podem ser substituídos. Todos os anos, o FNDE
gasta em média 85 milhões de reais nessa reposição, já que 13% dos exemplares retornam
danificados. (A HISTÓRIA, 2015)

4. A IMPORTÂNCIA DO LIVRO DIDÁTICO

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O livro didático sempre levantou uma questão sobre quem realmente era seu público alvo: o professor ou o aluno.
Segundo Bitencourt (2004),

Desde seu início o livro didático trouxe uma ambigüidade [sic] em relação ao seu público. A figura
central era a do professor, porém a partir da segunda metade do século XIX passou a se tornar
mais claro que o livro didático não era um material de uso exclusivo deste, para transcrever ou
ditar. Observou-se que o livro precisava ir diretamente para as mãos dos alunos. Esta mudança de
perspectiva, passar a ver o aluno como consumidor direto do livro, sinalizou tanto para autores
quanto editores, que era necessário modificar o produto para atender novas exigências,
transformando e aperfeiçoando sua linguagem. Neste sentido, as ilustrações começaram a se
tornar uma necessidade, assim como surgiram novos gêneros didáticos, como os livros de leitura e
os livros de lições.

O livro didático é um material que se bem utilizado pode ser um grande apoio ao professor e ao aluno, não podemos é
transformá-lo em nossa única fonte de estudos e pesquisas, e acreditar que seu conteúdo fosse imutável.
Se fizermos isso estaremos limitando o aluno a um único meio de estudos, tirando-lhe o direito aprender mais e buscar
outras formas de satisfazer sua curiosidade.

O conhecimento produzido por ele é categórico, característica perceptível pelo discurso unitário e
simplificado que reproduz, sem possibilidade de ser contestado, como afirmam vários de seus
críticos. Trata-se de textos que dificilmente são passíveis de contestação ou confronto, pois
expressam ‘uma verdade’ de maneira bastante impositiva. Os livros didáticos merecem ser
considerados e utilizados de acordo com suas reais possibilidades pedagógicos e cada vez mais
aparece como um referencial, e não como um texto exclusivo, depositário do único conhecimento
escolar posto à disposição para os alunos. (Bittencourt, 2004, p. 319, grifos do autor).

O livro didático expressa os diferentes aspectos do conhecimento humano dividido em forma de disciplinas, por tanto deve
ser utilizado como um recurso alternativo, e não como instrumento predominante e/ou único, na maioria das salas de aula.

O professore deve recorrer a outras bibliografias especializadas, jornais, revistas, filmes, documentos, e até mesmo
depoimentos de pessoas que como, por exemplo, tenha ido viajar a uma cidade histórica e que está sendo abordada em
sala de aula hoje.

A escolha do livro didático que será usado em sala de aula pelos três anos seguintes, deve ser feita com muito cuidado e
responsabilidade pela escola e pelos professores.

Bezerra e Luca (2006, p. 37), por sua vez, salientam que o mesmo precisa ser compreendido como:

Elemento importante na construção do saber escolar e do processo educacional espera-se que


contribua para o aprimoramento da ética, imprescindível ao convívio social e à construção da
cidadania. Nesse sentido, há que se verificar, nos textos e nas atividades, a existência de uma real
preocupação em despertar no aluno a prática participativa, a sociabilidade, a consciência política,
enfim, a cidadania, entendida em seu sentido mais amplo.

No Brasil o livro didático vem enfrentando muitos desafios com custos, interesses políticos, ideias, e até mesmo uma
censura velada. Mas também tem alcançado o seu objetivo de trazer mais conhecimento às famílias escolares.

A escolha do livro didático que será usado em sala de aula pelos três anos seguintes, deve ser feita com muito cuidado e
responsabilidade pela escola e pelos professores, pois além do que foi citado o este livro tem contribuído na formação de
uma identidade nacional na escola, por meio das narrativas dos textos didáticos como por meio das ilustrações, ele deve
estar em sintonia com os currículos das escolas.

O livro didático torna-se uma das mercadorias mais vendidas no campo da indústria editorial. Daí a
preocupação do Estado e das editoras em publicar os livros que estivessem em perfeita sintonia
com os programas curriculares de História, Geografia e demais disciplinas. Uma outra novidade,
visando à aceitação maior do livro didático, foi o lançamento dos manuais dos professores, pela
Editora Ática, em meados dos anos 60. Estes manuais, além de trazerem a resolução de todos os
exercícios propostos, forneciam (e alguns ainda o fazem) os planejamentos anuais e bimestrais
prontos para o professor (FONSECA, 1994, p. 139).

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Nada irá substituir o professor em sala de aula, mas a boa utilização dos livros didáticos e de todas as novas tecnologias e
recursos disponíveis farão com que o trabalho em sala de aula seja mais eficiente e que ajude no objetivo final que é o de
formar alunos conscientes do seu papel na sociedade.

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A arte de educar sempre será uma tarefa muito difícil, mas se conseguirmos nos cercar de material que nos ajudem a torná-
la digamos mais fácil devemos sim usá-los.
Os livros didáticos quando bem estudados, elaborados e apresentados, podem se torna valiosa ajuda muito eficaz no
ensino dentro e fora da sala de aula, o que não podemos é nos tornar reféns disso, e não podemos impor aos nossos
alunos somente uma fonte de informação e conhecimento.

Isso nos dias de hoje seria um insulto à capacidade de aprendizado e de curiosidade que muitas crianças e adolescentes
trazem de casa ao sentar nos bancos escolares, e seria mais injusto ainda aos que retornam as escolas na fase adulta em
busca de conhecimento que lhe foi negado na fase infantil e acabam por ter sua educação pautada na ignorância de muitos
professores em aceitar as mudanças do tempo e a avalanche de opiniões e conhecimentos diferentes dos seus.

Esperamos ter conseguido mostrar a importância desse livro que passou por tantas fases e que sempre esteve presente em
nossas escolas.

REFERÊNCIAS:

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livro. Disponível em: http://www.infoescola.com/curiosidades/historia-do-livro/>. Acessado em 29 de agosto de 2015.

BELO, André. História: Livro e Leitura. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

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SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão (org). Livros Didáticos de História e Geografia. Avaliação e Pesquisa. São Paulo:
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BIBLIOTECA ON LINE DA TORRE DE VIGIA. Do rolo ao códice – Como a Bíblia passou a ter o formato de livro.
Disponível em: http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/2007404/>. Acessado em 29 de agosto de 2015.

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.

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https://tallerdibujoest85.wordpress.com/2012/10/07/del-rollo-al-codice-como-adopto-la-biblia-la-forma-de-libro/>. Acessado
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FERREIRA, Rita de Cássio Cunha. A comissão nacional do livro didático durante o estado novo (1937 - 1945). Assis
2008.

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ISBN 978-85-7830-397-6

Fonte: Brasil Escola - https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-origem-livro-didatico.htm

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