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Anexo ao TIPS Brasil GI49.

20-N-075096

Desobstrução de catalisadores – Motores BR900


Ônibus

Nota: Antes de iniciar todo e qualquer trabalho em veículos, certifique-se que sejam cumpridas todas as medidas de
segurança necessárias, conforme documentos WIS.

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Procedimentos para identificação da falha

Deverão ser realizados criteriosamente os testes a seguir para determinar se a obstrução do SCR foi
ocasionada por dosagem irregular do Arla 32, utilização de Arla 32 contaminado/não homologado ou pela
contaminação do sistema de escape.

Nota:
Também deverá ser avaliado o combustível utilizado no veículo, pois o uso de combustível inadequado
além de aumentar consideravelmente os níveis de emissões gasosas e materiais particulados, tem como
consequência a operação do veículo em desacordo com as exigências legais, causando danos
irreversíveis nos componentes do sistema de injeção ARLA 32 e de pós-tratamento dos gases de
escapamento, bem como obstrução do catalisador.

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Indicação de perda de potência no painel

Esta informação se aplica aos casos de veículos com perda de potência, onde seja apresentando no
painel o alerta SCR, conforme abaixo:

- Confirmação de falha atual via equipamento de diagnose

Para comprovação da obstrução devem ser observados os códigos de erro mencionados abaixo:
(CODE 02971 / 04247 / 04249)

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Avaliar consumo de Arla

No exemplo abaixo o consumo de Arla 32 está em aproximadamente de 1,5 litros para cada 100 km percorridos, isso
indica que o veículo pode estar trabalhando em uma condição adversa, onde o sistema de pós tratamento não está
alcançando a temperatura ideal para o inicio da injeção de Arla 32.

Detalhamento de temperaturas do catalisador durante trabalho:


Entre 250°C e 269°C = Sistema está em estabilidade entre geração e queima de fuligem;
A partir de 270°C = Se inicia a injeção do Arla 32.

Nota:
Caso os valores de consumo de Adblue estejam acima de 100% deverá ser verificado o histórico de abastecimento de
Arla 32. Pois esta pode ser uma evidência da utilização de Arla 32 adulterado/não homologado.

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Verificação dos parâmetros do sistema de dosagem pós tratamento

Verificar parâmetros do sistema com o veículo desligado:

- Pressão do sistema Adblue (~1 bar)


- Nível no tanque (>=5%)

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Verificação dos parâmetros do sistema de dosagem pós tratamento

Verificar parâmetros do sistema com o veículo desligado:

- Rotação da bomba (0.00 min. -1)


- Nível de contaminação do filtro (<=80%)

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Teste de pressão e comprovação de dosagem

Realizar teste de pressão no circuito de alimentação Adblue.

- Pressão nominal do sistema Adblue: (~10 bar)


- Rotação da bomba de alimentação do Adblue: (> 1000 1/min)

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Teste de pressão e comprovação de dosagem

Realizar teste de dosagem através da função de verificação da dosagem de Adblue.

Remover bico do Arla e coletar em recipiente graduado para comprovação de valores de dosagem.

• Resultado do teste de dosagem 210ml, estando dentro do valor de referência (160ml.…240ml)

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Teste de concentração de ureia

A análise da concentração de ureia pode ser feita utilizando um refratômetro portátil, uma pequena
amostra deverá ser coletada diretamente do tanque DEF do veículo e despejado no prisma de medição
do refratômetro, que após alguns segundos irá fornecer a concentração de ureia presente na solução
avaliada.

Valor correto deve estar entre 30% e 34%.

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Teste de contaminação

A avaliação da presença de metais na solução ARLA 32 pode ser feita usando um método colorimétrico
(fita adesiva), com uma amostra de 50ml da solução ARLA 32 extraída do tanque do veículo avaliado. Na
ausência de íons metálicos teremos a cor azul. Na presença de íons metálicos, a solução assume uma
cor avermelhada que aumenta com a concentração desses íons. Qualquer sinal de cor avermelhada
indica a presença de algum contaminante composto.

Conforme limites recomendados na IN 23/2009 do IBAMA.

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Teste de contaminação

Exemplos de Arla 32 contaminado com diesel:

• 1 - ARLA 32 em ordem, não existe sujeira causada por diesel.


• 2 - Pouca sujeira causada por diesel (compostos de hidrocarbonetos).
• 3 - Muita sujeira causada por diesel (compostos de hidrocarbonetos).

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Avaliação do motor

Devem ser avaliados criteriosamente os itens mencionados abaixo, pois qualquer irregularidade que
permita a passagem de diesel/lubrificante para o sistema de escape deverá ser eliminada.

• Avaliar folga de válvulas;


• Verificar se existem danos no turbo compressor ou evidencias de passagem de óleo;
• Verificar se existem evidencias de passagem de óleo no sistema freio motor;
• Verificar vedação do sistema de admissão e escape.

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Procedimentos para desobstrução do catalisador

1. Veículos submetidos a operações severas:

• Veículos submetidos a operações estritamente urbanas ou em funcionamento em marcha lenta


por longos períodos, recomenda-se realizar o procedimento de limpeza com o dispositivo W055
589 00 46 00 (restrição de 17mm).

2. Procedimento de desobstrução do catalisador:

• Acoplar o dispositivo de limpeza na saída do catalisador e fixar com abraçadeira A000 995 6202.
Conforme ilustração abaixo:

Observação: O dispositivo deve ser montado totalmente apoiado no tubo de saída. Pois a montagem desalinhada
poderá prejudicar o seu funcionamento.

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Procedimentos para desobstrução do catalisador

Para que ocorra a desobstrução do catalisador, o veículo deverá permanecer estático, com
o motor em funcionamento em rotação de 2.300 RPM (+/- 50RPM).

Deverá ser observado o aumento da temperatura do catalisador até que atinja a


temperatura de 300°C (+/-10°C). O tempo médio do procedimento de desobstrução será de
aproximadamente 1 hora mantendo a temperatura na faixa indicada.

• A temperatura do catalisador durante a desobstrução não deverá exceder 430°C.

• O consumo aproximado de combustível será de 5 litros.

ATENÇÃO:

O procedimento de desobstrução deverá ser realizado estritamente em ambiente externo. Evitar locais
onde o piso possa ter algum produto inflamável, como grama, piso com folhas, manchas de óleo, etc.,
eliminando assim riscos de incêndio devido à temperatura elevada dos gases que saem pelo
escapamento.

No caso de pisos pintados, colocar uma proteção para se evitar danos e manchas de carbonização
devido à saída de fuligens e a alta temperatura dos gases.

Utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPI), devido ao ruído gerado durante o processo.

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Procedimentos para desobstrução do catalisador

3. Veículos que operam em regiões acima de 2.800 metros do nível do mar

Para este tipo de aplicação, será necessário a utilização de dispositivo com restrição complementar, para
que a temperatura ideal para a desobstrução seja alcançada.

O processo de desobstrução deverá ser realizado em temperatura aproximada de 400°C +/- 20°C.

Número de ferramenta / Diâmetros de restrição


W055 589 03 99 00 Kit de ferramentas
W055 589 24 14 00 9mm
W055 589 23 14 00 11mm
W055 589 22 14 00 13mm

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Procedimentos para desobstrução do catalisador

Para a definição da redução a ser utilizada, deverá ser avaliado o nível de obstrução, conforme tabelas
abaixo

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Procedimentos para desobstrução do catalisador

Considerando o nível de obstrução, altitude e potencia do motor, deverá ser utilizada restrição conforme
tabela abaixo:

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Resultado do processo de desobstrução

Imagens obtidas com endoscópio antes e após o procedimento de desobstrução com o dispositivo.

Monólito de entrada
Antes Depois

Monólito de saída
Antes Depois

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