Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Rev. mex. urol. vol.79 no.2 Cidade do México mar./abr. 2019 Epub 27 de novembro de 2020
ARTIGO ORIGINAL
Adrian Gutierrez-González ² *
Daniel Garcia-Sánchez 3
Raúl Pérez-Ortega 4
1
Hospital Regional “Dr. Valentin Gomez Farias”, Zapopan, Jalisco, México
2
Hospital Universitário “Dr. José E. González”, Monterrey Nuevo León, México.
3
Clínica Urocontinente, Cidade do México, México.
4
Centro de Continência do Hospital Ángeles Clínica Londres, Cidade do México, México.
RETOMAR
Fundo:
Materiais e métodos:
Estudo observacional prospectivo. Um total de 38 pacientes foram incluídos no estudo, as
variáveis demográficas foram coletadas e uma explicação dos exercícios foi fornecida por
cinco minutos. A pressão máxima de fechamento uretral (UCMP) e a pressão uretral (PU)
foram medidas até o ponto de pressão funcional do esfíncter uretral e, após a realização da
manobra de Kegel, foi verificado se o paciente elevava o PCUM.
Resultados:
Dos 38 pacientes, apenas 52% alcançaram elevação da UP com exercícios de Kegel. A falta de
resposta aos exercícios foi encontrada em pacientes com excesso de peso (p= 0,015).
Conclusão:
RESUMO
Fundo:
Materiais e métodos:
Resultados:
Dos 38 pacientes, apenas 52% obtiveram aumento da pressão uretral com os exercícios de
Kegel. A falta de resposta aos exercícios foi encontrada nos pacientes que apresentavam
excesso de peso (p=0,015).
Conclusão:
A realização dos exercícios de Kegel teve resposta limitada em pacientes com incontinência
urinária e houve falta de eficácia na pressão uretral em pacientes com excesso de peso.
Fundo
A incontinência urinária (doravante IU) é definida como a queixa de perda involuntária de
urina. 1 Segundo a International Consultation on Incontinence (ICI), em todo o mundo
existem enormes variações entre os estudos sobre a prevalência da incontinência
urinária, 2 em muitos casos devido ao estigma que envolve esta patologia ou aos vários
graus culturais, com resultados que variam de 5 a 69 % na população feminina em todo
o mundo. 2 - 4 Entretanto, as faixas mais relatadas estão entre 25% e 45%, sendo a
incontinência de esforço a mais comum, seguida da incontinência mista e, por último, da
incontinência urinária de urgência. doisO ICI tem os exercícios de Kegel como um dos
pilares do tratamento conservador. dois
Na década de 1940, o Dr. Arnold Kegel propôs o uso de exercícios para os músculos do
assoalho pélvico para melhorar a função e o tônus; e assim minimizar a incontinência
urinária após o parto, corrigir defeitos como cistocele ou retocele e tratar a incontinência
urinária de esforço. 5 O objetivo desses exercícios na IU é aumentar a resistência desses
músculos, melhorando assim a força de fechamento uretral em determinadas condições,
como aumento súbito da pressão abdominal. 5
A pressão uretral é o produto das forças ativa e passiva, 6 - 8 excede a pressão vesical
para manter a continência urinária e diminui durante o esvaziamento vesical, esta
pressão deve aumentar durante a contração voluntária dos músculos do assoalho
pélvico, eleva-se na uretra média e distal antecipando o aumento na pressão da bexiga
em eventos de estresse. 9 , 10
O treinamento de resistência dos músculos do assoalho pélvico aumenta seu tônus, tanto
em repouso quanto com aumento da pressão intra-abdominal. 11 , 12 Entretanto, a
literatura menciona que certa porcentagem da população desconhece a função do
assoalho pélvico, sendo necessários outros métodos para melhorar essa função, como
intervenções no estilo de vida, regimes miccionais, entre outros; o que implica em má
técnica na realização dos exercícios do assoalho pélvico e, por sua vez, em pior
prognóstico da IU. 13 - 16
São necessários métodos confiáveis e válidos para medir a força dos músculos do
assoalho pélvico, para a avaliação de sua relação com os exercícios de Kegel. Há
pacientes sem resposta a este tipo de exercícios, embora não se saiba com certeza se
eles realmente coordenam a força dos músculos pélvicos com a elevação da pressão
uretral; e, ainda, não se sabe se conhecem os músculos do assoalho pélvico e se
compreendem sua utilidade; o que leva à necessidade de avaliar a aplicação correta dos
exercícios da musculatura do assoalho pélvico e a elevação da pressão do esfíncter
intrauretral.
O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos após uma instrução verbal ao paciente para
realizar a função do esfíncter uretral durante os exercícios de Kegel, utilizando um estudo
de perfilometria uretral.
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS
Tabela 2 Comparação entre pacientes com elevação positiva (+) e negativa (-) da pressão uretral
com exercícios de Kegel.
Nenhuma diferença significativa foi relatada em relação ao grau de estudos, idade, sexo,
nível de compreensão. Nenhum efeito adverso foi relatado na população do estudo.
DISCUSSÃO
A pressão máxima de fechamento uretral basal foi obtida com média de 53 e a pressão
máxima de fechamento uretral com exercícios de Kegel com média de 64ml/s. Após uma
breve explicação dos exercícios dos músculos do assoalho pélvico, 52,6% obtiveram um
aumento efetivo na força máxima de pressão de fechamento uretral com exercícios de
Kegel. Os dados obtidos são semelhantes aos de estudos anteriores, 16 o que reafirma o
fato de nosso estudo estar dentro dos resultados mundiais, o que aumenta sua validade.
Em nosso estudo, foram utilizados apenas pacientes encaminhados por alguma patologia,
principalmente incontinência urinária de esforço, incontinência urinária de urgência ou
incontinência urinária mista. Pacientes saudáveis, que poderiam obter efeitos positivos
no aumento da pressão máxima de fechamento uretral com exercícios de Kegel, não
foram avaliados.
O único fator significativo neste estudo foi o IMC, pois quanto menor o índice de massa
corporal, maior a eficácia em elevar a pressão máxima de fechamento uretral com
exercícios do assoalho pélvico. Os demais fatores, como idade, sexo, escolaridade, nível
de compreensão, não apresentaram resultados estatisticamente significantes.
Nos diferentes artigos que foram revisados sobre o assunto, incluindo meta-
análises, 12 observa-se que o único fator significativamente demonstrável são os
pacientes saudáveis, comparados aos pacientes com incontinência urinária de esforço,
sendo as variáveis mais investigadas. O índice de massa corporal não aparece como fator
estudado nos artigos que foram revisados, por isso propomos estender este estudo no
número de pacientes para ter maior validade.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
13 Bump RC, Hurt WG, Fantl JA, Wyman JF . Avaliação do desempenho do exercício
muscular pélvico de Kegel após breve instrução verbal. Am J Obstet
Gynecol. 1991;165(2):322-7. [ Links ]
15 Siu LS, Chang AM, Yip SK, Chang AMZ . Adesão a um programa de exercícios
musculares pélvicos como preditor causal de incontinência urinária de esforço em
mulheres chinesas. Neurourol Urodyn. 2003;22(7):659-63. doi:
https://doi.org/10.1002/nau.10110 [ Links ]
APÊNDICE 1
FOLHA DE INFORMAÇÃO
Nome:
Idade:
Peso:
Tamanho:
IMC:
Bolsa de estudos:
História cirúrgica:
Drogas:
APÊNDICE 2
ANEXO 3
QUESTIONÁRIO DE BASE
UMA:
UMA:
Kegel.
UMA:
UMA:
pressão abdominal.
UMA:
Pressão da bexiga.
UMA:
pressão detrusora.
UMA:
*
Correspondência: Adrián Gutiérrez-González. Hospital Universitário “Dr. José E.
González, Av. Francisco I. Madero 3, Mitras Centro, 64460 Monterrey, Nuevo León,
México. E-mail: investigaciondradriang@gmail.com
Citação:
Este é um artigo de acesso aberto publicado sob uma licença Creative Commons.
Montecito 38-piso 25 Escritório 37, Colonia Napoles, Cidade do México, Cidade do México,
MX, 03810, (52-55) 9000-3385, (52-55) 9000-3385
enicetoeto@hotmail.com