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e Anteprojecto
Ricardo Cardoso
Rodrigo Emídio
Índice Complementos de OM e Anteprojecto
Índice
Índice.................................................................................................................................... i
1- Rolamentos ..................................................................................................................... 1
2- Correias e Correntes ..................................................................................................... 17
3- Engrenagens ................................................................................................................. 34
i
Capítulo 1 – Rolamentos Complementos de OM e Anteprojecto
1- Rolamentos
2- Considere uma aplicação em que rolamento deve ocupar pouco espaço radial.
a) Que rolamento sugere? Qual o seu desempenho em termos de adaptabilidade
angular e capacidade de carga radial e axial?
b) Comente a afirmação: "Nunca devemos substituir um rolamento por outro com
folga diferente."
c) De que depende a velocidade de rotação máxima admissível (ou frequência
rotacional máxima) de um rolamento. Que rolamentos apresentam melhor
desempenho neste aspecto?
a) O tipo de rolamento indicado para ocupar o menor espaço radial possível é o rolamento
de agulhas. A principal característica deste tipo de rolamento é a sua elevada capacidade
de carga radial mas baixa capacidade de carga axial. Em termos de adaptabilidade
1
Capítulo 1 – Rolamentos Complementos de OM e Anteprojecto
2
Capítulo 1 – Rolamentos Complementos de OM e Anteprojecto
b) Os rolamentos com duas carreiras de esferas não são mais do que uma conjugação das
características de dois tipos de rolamentos (neste caso, um de contacto angular e outro
radial de esferas) que têm como finalidade satisfazer as necessidades mediante o tipo de
aplicação a realizar. De forma a caracterizar este tipo de solução em termos de
capacidade de carga axial e radial, adaptabilidade angular e custo, é conveniente fazer
uma análise de cada um dos rolamentos separadamente:
Rolamentos de esferas de contacto angular:
- Capacidade de carga axial: elevada mas apenas num sentido;
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Capítulo 1 – Rolamentos Complementos de OM e Anteprojecto
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Capítulo 1 – Rolamentos Complementos de OM e Anteprojecto
Se a folga for exageradamente pequena então vão existir pré-cargas nos rolamentos
após a sua montagem, o que se reflecte num mau desempenho por parte desse rolamento,
quando sujeito a determinadas cargas ou esforços.
Se a folga for exageradamente elevada poderá ocorrer um empeno por parte do veio
onde está montado o rolamento ou pode ocorrer o seu desgaste devido aos choques que
são originados pela folga entre as esferas e os anéis (folga demasiado elevada), podendo
conduzir à inutilização por parte desses mesmos rolamentos.
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Capítulo 1 – Rolamentos Complementos de OM e Anteprojecto
b) São usados como lubrificantes de rolamento tanto óleos como massas minerais. As
massas de lubrificação devem ser usadas em detrimento do óleo, por exemplo, quando se
utilizam eixos inclinados ou verticais. Por outro lado, contribui para evitar a
contaminação do rolamento por partículas estranhas, humidade e água. No caso de
indústrias alimentares e têxteis, o risco de contaminação dos produtos é também muito
menor. Quando se utilizam apoios simples num veio a utilização de massa é normalmente
a solução utilizada. Têm ainda a vantagem de poderem operar por longos períodos de
tempo sem necessidade de manutenção.
Como limitações à utilização das massas lubrificantes podemos citar os limites de
temperatura de funcionamento (menor que 100°C) e de velocidade de rotação (devido ao
consequente aumento da temperatura). A quantidade de massa lubrificante não deve ser
excessiva para não causar um aumento desfavorável da temperatura; sobretudo quando o
rolamento gira a altas velocidades.
As massa de lubrificação de rolamentos são constituídas por um óleo mineral ou
sintético e por um sabão, normalmente de natureza metálica. Por vezes são incorporados
aditivos que melhoram algumas das suas propriedades.
A utilização do óleo como lubrificante de rolamentos deve ser feita somente nas
seguintes condições:
- Quando a elevada velocidade de rotação ou as altas temperaturas de
funcionamento não permitem o uso de massa;
- Quando é necessário evacuar o calor gerado pelo rolamento ou de origem externa;
- Quando outros órgãos adjacentes da máquina, por exemplo engrenagens, estão
lubrificados com óleo.
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Capítulo 1 – Rolamentos Complementos de OM e Anteprojecto
6- Fez-se a selecção de um rolamento para uma dada aplicação, porém este falhou
prematuramente. Aponte as causas possíveis justificando sucintamente.
A falha prematura pode ter uma ou várias das seguintes causas possíveis:
- Critério de ruína inadequado no que respeita ao tipo de aplicação (ruína por fadiga
ou por deformação permanente) ou ao cálculo da carga equivalente;
- Presença de cargas imprevistas no que respeita à intensidade, direcção ou tipo
(contínua ou intermitente);
- Presença de contaminantes, nomeadamente se o lubrificante é líquido ou se não
existe blindagem;
- Lubrificação inadequada em termos de viscosidade ou caudal;
- Temperatura de serviço elevada devido a velocidade elevada ou lubrificação
inadequada.
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Capítulo 1 – Rolamentos Complementos de OM e Anteprojecto
Fa – Carga axial;
X -Factor de carga radial;
Y -Factor de carga axial.
Os valores de X e Y são indicados nos catálogos de rolamentos para cada tipo e
dimensão de rolamento. A influência da carga equivalente na vida à fadiga (vida
p
C
nominal) de um rolamento é tida em conta pela expressão: L10 .
p
b) A capacidade de carga estática, Co, define-se como a carga à qual corresponde uma
tensão calculada no centro da superfície de contacto mais carregada (a que está sujeita a
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Capítulo 1 – Rolamentos Complementos de OM e Anteprojecto
uma maior carga) entre os corpos rolantes e as pistas de rolamento. Esta tensão de
contacto produz uma deformação permanente total do elemento rolante e das pistas de
rolamento que é de aproximadamente 0,0001 do diâmetro do elemento rolante. As cargas
utilizadas na definição de Co são puramente radiais para rolamentos radiais e puramente
axiais para rolamentos axiais.
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Capítulo 1 – Rolamentos Complementos de OM e Anteprojecto
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Capítulo 1 – Rolamentos Complementos de OM e Anteprojecto
1- Rol
1- Rolamento fixo de uma carreira de esferas: Este tipo de rolamento é caracterizado por
uma boa capacidade de carga radial e axial, reduzida adaptabilidade angular (menor que
5-6', dependendo da série do rolamento e do nível de carga) e elevado limite de
velocidade angular. Este tipo de rolamento tem, também, um baixo preço e é de fácil
montagem.
2- Rolamento auto compensador de esferas: Compensa desalinhamentos
decorrentes da deflexão do veio e de desalinhamentos dos apoios (erros de montagem).
Este tipo de rolamento apresenta uma pista externa de forma esférica côncava e duas
carreiras de esferas. São recomendados para situações onde se exige uma boa
adaptabilidade angular (até 4°), com cargas radiais e axiais reduzidas.
3- Rolamento axial de esferas de escora simples: Admite carga axial elevada e
carga radial nula e o limite de rotações é médio, devido ao efeito desfavorável da força
centrífuga. Os rolamentos axiais devem ser pré-carregados com uma força axial,
dependente da velocidade de rotação e de uma constante, especificada para cada
dimensão de rolamento.
4- Rolamento de rolos cilíndricos: Permite uma maior capacidade de carga radial do
que os rolamentos de esferas de igual dimensão, em virtude da sua maior área de
contacto. Geometricamente, o contacto faz-se segundo uma linha, nos rolamentos de
rolos cilíndricos, em vez de um ponto, nos rolamentos de esferas e, portanto, sob a acção
da carga aplicada, a área de contacto terá uma forma rectangular em vez de uma forma
circular. Porém, este tipo de rolamentos tem a desvantagem de requerer uma quase
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Capítulo 1 – Rolamentos Complementos de OM e Anteprojecto
perfeita geometria dos rolos e das pistas e, portanto, exigir um perfeito alinhamento dos
apoios e elevada rigidez dos veios.
Os rolamentos de rolos cilíndricos são separáveis, o que facilita bastante a sua
montagem e desmontagem. Os anéis internos e externos podem apresentar um, dois ou
nenhum rebordo nas suas extremidades, dando origem aos vários tipos de construção
destes rolamentos. Por conseguinte, apenas alguns tipos de construção destes rolamentos
permitem absorver esforços axiais.
5- Rolamento de agulhas: São rolamentos de rolos cilíndricos fabricados com rolos
longos, relativamente ao seu diâmetro, algumas vezes destinados a trabalhar na superfície
endurecida de um veio ou de um furo. Neste caso, eles são fornecidos, respectivamente,
sem o anel interno ou externo. São aplicados como rolamentos livres (separáveis) e
consistem em um ou dois anéis e uma coroa de agulhas com gaiola. A característica
principal destes rolamentos é a sua elevada capacidade de carga, combinada com uma
igualmente elevada compacidade radial. Permitem transmitir potências elevadas em
espaço reduzido.
6- Rolamento de rolos cónicos: Nos rolamentos de rolos cónicos, os elementos
rolantes são troncos de cone de tal modo desenhados que o movimento relativo entre os
rolos e as pistas é de rolamento puro, sem deslizamento. Combinam as vantagens dos
rolamentos de esferas e dos rolamentos de rolos cilíndricos, admitindo cargas radiais,
axiais ou combinações de ambas, até valores elevados. O anel interno e o externo pode
ser montados em separado. Como estes rolamentos admitem cargas axiais apenas num
sentido, é normalmente necessário um outro rolamento em posição oposta para permitir
contra-apoio, obtendo-se assim montagens em "X" e em "O".
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Capítulo 1 – Rolamentos Complementos de OM e Anteprojecto
b) O método térmico é usado para rolamentos de maior dimensão com furo cilíndrico que
nem sempre podem ser montados a frio, já que a força necessária à montagem do
rolamento aumenta com o seu tamanho. O método térmico consiste em pré-aquecer o
rolamento para a montagem do anel interno, ou do alojamento (por exemplo, os cubos de
roda) para a montagem do anel externo. A diferença de temperatura entre o aro do
rolamento e o veio ou alojamento depende do grau de aperto e diâmetro de assentamento
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Capítulo 1 – Rolamentos Complementos de OM e Anteprojecto
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Capítulo 1 – Rolamentos Complementos de OM e Anteprojecto
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Capítulo 1 – Rolamentos Complementos de OM e Anteprojecto
O termo “chumaceira de rolamento”, por vezes também designado por chumaceira anti-
fricção, é usado para descrever uma classe de chumaceiras na qual a carga principal é
transferida entre os elementos através de contacto por rolamento no lugar de um contacto
por escorregamento. Deste facto resulta que o atrito no início do movimento é pouco
superior ao que se verifica em regime de operação, podendo dizer-se que o coeficiente de
atrito varia pouco com a carga e a velocidade. Em contraste, nas chumaceiras de
escorregamento, o atrito metal com metal que se observa no arranque faz com que o
coeficiente de atrito varie muito com a velocidade de rotação. Pode, assim, dizer-se que
uma das principais vantagens das chumaceiras de rolamento em relação às de
escorregamento é o seu baixo atrito na fase de início de movimento, o que as torna
particularmente indicadas para aplicações onde se verificam paragens e partidas
frequentes sob acção de carga.
Comparando os dois tipos:
- As chumaceiras de rolamento têm a capacidade de suportar esforços axiais e
radiais (nalguns tipos);
- Ocupam menor espaço axial mas maior espaço radial que as chumaceiras de
escorregamento;
- Requerem pouco lubrificante e pequena manutenção;
- São mais ruidosas e mais caras e têm vida limitada, excepto em condições de
funcionamento especiais, devido às elevadas tensões de contacto que se verificam nas
suas pistas, de forma repetida, tendo como consequência uma eventual ruína por fadiga.
As vantagens e desvantagens entre estes dois tipos de chumaceiras fazem com que
cada uma delas seja mais apropriada para algumas aplicações, não se podendo afirmar
que uma delas é melhor que a outra. As chumaceiras de rolamento são um dos tipos de
componentes mecânicos que o projectista não dimensiona, apenas selecciona a partir do
catálogo do fabricante.
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Capítulo 2 – Correias e Correntes Complementos de OM e Anteprojecto
2- Correias e Correntes
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Capítulo 2 – Correias e Correntes Complementos de OM e Anteprojecto
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Capítulo 2 – Correias e Correntes Complementos de OM e Anteprojecto
b) A afirmação é verdadeira. Para uma dada potência a transmitir, o esforço útil será tanto
menor quanto maior for a velocidade linear, V, da correia o que é conseguido com um
diâmetro primitivo maior da polia motora. No entanto existem limitações quanto ao
diâmetro primitivo das polias, resultantes de: maior custo, limitações de espaço e maiores
forças centrípetas as quais virão adicionadas à força útil diminuindo a capacidade de
transmissão de potência da correia, pelo que as polias não devem ser muito grandes nem
muito pequenas.
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Capítulo 2 – Correias e Correntes Complementos de OM e Anteprojecto
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Capítulo 2 – Correias e Correntes Complementos de OM e Anteprojecto
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Capítulo 2 – Correias e Correntes Complementos de OM e Anteprojecto
elementares em aço, cuja carga de rotura é superior a 2000 MPa. Este tipo de correia
assegura uma grande precisão de transmissão de movimento devido à ausência de
escorregamento, ao contrário das planas e das trapezoidais onde este fenómeno esta
presente. Comparativamente às transmissões por correntes, as correias dentadas têm a
vantagem de ter um funcionamento silencioso e permitem velocidades periféricas muito
superiores. Além disso, resistem melhor às condições ambientais (poeiras e humidades),
não necessitando de dispositivos de protecção o que não acontece nas correntes. No
entanto, são menos resistentes às temperaturas de operação/funcionamento
comparativamente às correntes. No que respeita a custos, as correias dentadas têm um
preço mais acessível do que as correntes e, relativamente aos choques, apresentam
também uma melhor prestação ou capacidade de resistência. Como inconveniente, têm
também o facto de não conseguirem transmitir potências tão elevadas como as correntes.
O modo de ruína mais frequente em correias dentadas é por fadiga.
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Capítulo 2 – Correias e Correntes Complementos de OM e Anteprojecto
III – Não introduzir um número de dentes elevado tem como desvantagem o facto
de provocar maiores forças centrípetas diminuindo assim a eficiência da transmissão.
Como tal, o número de dentes deve ser inferior a 120 para que se garanta um total
engrenamento.
Deste modo, podemos assim verificar que o efeito poligonal consiste na oscilação
da velocidade linear da corrente.
Pelo facto de a corrente estar sujeita a dois movimentos simultâneos de velocidade
(um movimento de avanço no sentido longitudinal de velocidade v1 e um movimento de
oscilação no sentido transversal de velocidade v2) podemos então determinar a sua
variação de velocidade longitudinal, v1, através da expressão a seguir apresentada:
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Capítulo 2 – Correias e Correntes Complementos de OM e Anteprojecto
v1 v cos
Z1
Em que:
v 1 - Velocidade longitudinal;
v - Velocidade tangencial uniforme;
entre e ;
Z1 Z1
Z 1 - Número de dentes do pinhão.
De forma a diminuir a variação dessa velocidade longitudinal devemos aumentar o
seu número de dentes, como podemos verificar no gráfico a seguir apresentado:
7- Descreva as variações de tensão que ocorrem numa correia durante uma rotação
completa desta.
As correias, ao longo do seu comprimento, estão sujeitas a diferentes esforços, estando
cada ramo da correia sujeito a tensões devidas aos esforços T1 e (ramo tenso) e T1 2 (ramo
bambo) e à força centrífuga, assim como a tensões de tracção e tensões de flexão, em que
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Capítulo 2 – Correias e Correntes Complementos de OM e Anteprojecto
estas últimas ocorrem desde o início de contacto da correia com as polias, até ao
momento em que esse contacto termina.
Durante uma rotação completa da correia, cada secção desta sofre 4 flexões
instantâneas no momento em que entra em contacto com as polias e quando esse mesmo
contacto termina, como se pode verificar na figura a seguir apresentada:
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Capítulo 2 – Correias e Correntes Complementos de OM e Anteprojecto
Com a utilização de polias de diâmetro pequeno, sabemos que para uma certa
potência a transmitir, o esforço útil sobre a correia é tanto menor quanto maior for a
velocidade linear da correia, V, e, como tal, quanto maior for o diâmetro primitivo da
polia motora menor será o esforço útil provocado na correia, contrariando deste modo o
que foi dito no enunciado. Se o diâmetro da polia for muito pequeno, a correia ficará
sujeita a um grande esforço útil e, consequentemente, menor será a potência que esta
poderá transmitir. É também importante ter em atenção que a escolha de diâmetros
elevados de polias implica um custo elevado, limitações de espaço e maiores forças
centrípetas, as quais virão adicionadas à força útil diminuindo assim a capacidade de
transmissão de potência da correia. Daí a razão pela qual existe um valor limite para a
velocidade linear.
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Capítulo 2 – Correias e Correntes Complementos de OM e Anteprojecto
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Capítulo 2 – Correias e Correntes Complementos de OM e Anteprojecto
11- Considere uma transmissão por correia. Diga qual o efeito na potência
transmissível das seguintes alterações:
i) Utilizar correias trapezoidais em vez de correias planas;
ii) Reduzir o entre-eixo;
iii) Reduzir d1 e d2, mantendo a relação de transmissão;
iv) Reduzir d1, aumentando a relação de transmissão;
v) Aumentar a pré-tensão.
Justifique.
i. Utilizar correias trapezoidais em vez de planas: a correia trapezoidal permite obter
tensões normais entre os flancos da correia e as superfícies conjugadas da polia são muito
superiores às que se conseguem com a utilização de correias planas, donde resultam
forças de atrito mais elevadas. Assim sendo, poderemos aplicar maiores potências às
correias planas do que Às trapezoidais, devido ao chamado efeito cunha que retarda o
escorregamento;
ii. Reduzir o entre-eixo: ao diminuir o entre-eixo estamos a diminuir o ângulo de
abraçamento, 1, correia/polia e consequentemente menor será a potência que poderá ser
transmitida.
iii. Reduzir d1 e aumentando a relação de transmissão: o esforço útil sobre a correia é
tanto menor quanto maior for a velocidade linear da correia, V, ou seja, quanto maior for
od diâmetro primitivo da polia motora. Deste modo, ao reduzirmos os diâmetros
primitivos estamos a aumentar o esforço útil sobre a correia e, consequentemente, menor
será a potência transmitida.
iv. Reduzir d1 e d2 mantendo a relação de transmissão: ao diminuir d1 estamos a diminuir
o ângulo de abraçamento, 1, correia/polia e consequentemente menor será a potência que
poderá ser transmitida.
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Capítulo 2 – Correias e Correntes Complementos de OM e Anteprojecto
b) O principal modo de ruína de transmissões por corrente é o desgaste que ocorre devido
ao movimento relativo entre os elementos constituintes de uma corrente. De facto, irá
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Capítulo 2 – Correias e Correntes Complementos de OM e Anteprojecto
14- Quais os aspectos a ter na montagem de uma transmissão por corrente para que
se verifique um certo funcionamento desta?
Para que se verifique um correcto funcionamento de uma corrente devemos, aquando da
sua montagem, respeitar os seguintes aspectos:
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Capítulo 2 – Correias e Correntes Complementos de OM e Anteprojecto
15- Nas motorizadas e motas utiliza-se normalmente uma transmissão por corrente.
Porquê utilizar correntes e não correias ou engrenagens? Pondere os seguintes
aspectos: custo, condições de serviço (limpeza, humidade), necessidade de relação de
transmissão constante, ruído, distância entre eixos, posição relativa dos eixos,
velocidade periférica e potência.
As razões pelas quais se utilizam normalmente transmissões por correntes e não por
correias em motorizadas encontram-se resumidas na tabela a seguir apresentada:
Correias Correntes
Custo Mais acessível Mais Elevados
Condições Resiste melhor a condiçoes ambientais e Exigem lubrificação e resistem mal às
de Serviço não necessita de dispositivos de protecção condiçõesambientais
Não conseguem manter este parâmetro
Relação de Mantêm este parâmetro constante sem perdas
constante
Transmissão
Ruído Funcionamento silencioso Mais ruidoso que as correias
Distância Podem ser usadas em grandes distâncias Usadas em entre-eixos menores do que as
entre Eixos entre eixos correias
Posição
Veios paralelos e de preferência
Relativa dos Só entre veios rigorosamente paralelos
horizontais
Eixos
Velocidade Relativamente elevadas (na ordem dos 90
Relativamente baixas (na ordem dos 17 m/s)
Periférica m/s)
Potência Não tão elevadas como as correntes Permitem maiores potências que as correias
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Capítulo 2 – Correias e Correntes Complementos de OM e Anteprojecto
3
2
6 6
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Capítulo 2 – Correias e Correntes Complementos de OM e Anteprojecto
17- Indique qual a influência das seguintes alterações na potência transmissível por
uma corrente e no efeito poligonal que ocorre nessa corrente:
i) Aumento de Z1;
ii) Tratamento térmico dos componentes que permita endurecimento
superficial;
iii) Aumento de n1;
iv) Aumento de entre-eixo.
Justifique sucintamente onde achar conveniente.
i) Aumento de Z1 na:
- Na potência transmissível: teremos rodas maiores, menor será a força centrípeta, Fc, e
como tal menor será a potência transmissível;
- No efeito poligonal: melhor será este efeito visto que / Z1 irá decrescer e tender para
zero fazendo com que as velocidades transversais e longitudinais fiquem iguais à
velocidade periférica da correia, V (V1=V.cos.(/ Z1)).
ii) Tratamento térmico dos componentes que permita endurecimento superficial:
- Na potência transmissível: teremos maiores quantidades de potência transmissível;
- No efeito poligonal: não haverá qualquer alteração.
iii) Aumento de n1 na:
- Na potência transmissível: como V1=(D1n1)/60 então como o aumento de n1 maior será
a força centrípeta, Fc, e como tal menor será a potência transmissível;
- No efeito poligonal: maiores serão os choques.
iv) Aumento de entre-eixo:
- Na potência transmissível: maiores serão as perdas de potência transmissível;
- No efeito poligonal: não haverá qualquer alteração.
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Capítulo 3 – Engrenagens Complementos de OM e Anteprojecto
3- Engrenagens
dentado recto como o ângulo de inclinação, , é igual a zero então: px= (não é definido
porque não há avanço axial).
Z
2 Z 2 1 Z
2 cos
r sin 2 t ha
Z 1 Z 2 Z 22 4
sin 2 sin
2
sin 2 t
a) A interferência verifica-se sempre que o ponto de início de contacto, que ocorre
quando a extremidade do perfil da roda movida contacta o flanco do pé da roda motora, é
anterior à parte em envolvente de círculo do perfil do dente. Ou seja, o início de contacto
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Capítulo 3 – Engrenagens Complementos de OM e Anteprojecto
verifica-se num ponto que é interior ao círculo de base da roda O2, e portanto, numa
porção do flanco de pé do dente que é não envolvente. Nestas condições, o efeito prático
é a impossibilidade de engrenamento das rodas com o entre-eixo normal (folga nula).
Se porventura, se colocassem estas rodas a trabalhar com um entre-eixo
propositadamente maior (folga considerável), o engrenamento era possível, mas a acção
conjugada ficaria limitada e ocorreria um funcionamento ruidoso, com vibrações e um
rápido desgaste das porções não envolventes dos perfis dos dentes.
Para evitar a interferência devemos:
I – Adoptar um maior número de dentes nas rodas. No entanto, a utilização de mais
dentes implica diâmetros primitivos maiores. Como consequência as rodas virão maiores,
donde resulta uma solução menos compacta e mais cara, maiores velocidades do círculo
primitivo e por isso mais ruidosas. Assim esta é uma solução raramente aceitável;
II – Utilização de um maior ângulo de pressão uma vez que o aumento do ângulo
de pressão conduz à redução do raio da base. Como consequência haverá um aumento da
porção envolvente dos perfis dos dentes, que por sua vez implicará uma redução no risco
de interferência. No entanto, prejudica a capacidade de transmissão de potência da
engrenagem e aumenta o ruído.
II – Utilização de correcção de dentado: reduzir a altura de cabeça (saída) do dente
cuja extremidade se encontra a provocar interferência com o flanco do pé dos dentes da
roda conjugada.
2
b) - Z : Representa o número de dentes limite ao qual corresponde o limiar de
sin 2
interferência de talhagem. Se quisermos talhar uma roda com um número de dentes Z<
Z’, sem interferência de talhagem, é necessário que, durante o processo de geração de
dentado, se desvie a linha de referência da cremalheira da linha primitiva de talhagem de
uma quantidade xm0, sendo x dado por: xi=(Z’ - Zi)/Z’.
- Z 1 Z 2 Z 22 4
Z 2 1 : Representa o número de dentes do pinhão, de ângulo
sin 2
de pressão, , e de dentado normal no limiar da interferência teórica, ou seja, o círculo de
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Capítulo 3 – Engrenagens Complementos de OM e Anteprojecto
cabeça da roda passa pelo ponto de tangência da linha de pressão com o círculo de base
do pinhão.
2 cos
- Z : Representa o número de dentes limite de interferência de talhagem
sin 2 t
em dentado helicoidal.
- r sin 2 t ha : Equação que permite obter o número de dentes limite para um
dentado helicoidal.
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Capítulo 3 – Engrenagens Complementos de OM e Anteprojecto
permite tirar partido do dentado helicoidal. Para dentado recto usa-se, normalmente,
β=20º.
Relação de recobrimento, β: Deve ser pelo menos igual a 1 e é definida
b tg b
por: 1 . A relação de condução total, γ, por sua vez, é definida
mt px
b) Linha de pressão ou de acção é uma linha assim designada pelo facto de as forças
entre os dentes em contacto actuarem sempre segundo esta linha (desprezando o atrito). A
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Capítulo 3 – Engrenagens Complementos de OM e Anteprojecto
linha de acção não varia de posição em virtude de ser sempre tangente ao círculo de base,
e assim, é sempre normal às envolventes no ponto de contacto, satisfazendo portanto, a
lei da acção conjugada.
Um perfil em envolvente representa, de um modo geral, uma curva traçada com o
auxílio de um cilindro e de um fio que é enrolado em seu torno. Seguidamente, é também
acoplado à extremidade deste mesmo fio um lápis que será responsável pela traçagem da
respectiva curva da envolvente do círculo. As vantagens dos perfis em envolvente nos
dentados das engrenagens são o facto de permitirem o funcionamento em perfeitas
condições mesmo quando o entre-eixo de funcionamento é diferente do entre-eixo normal
e também têm a vantagem de permitirem obter uma simplicidade de geometria das
ferramentas de corte e a possibilidade de efectuar aberturas de dentado corrigido com
ferramentas normais.
O passo aparente, pt, é a distância que separa dois perfis homólogos, medida no
plano de corte normal ao eixo do pinhão.
A correcção de dentado sem variação de entre-eixo é um parâmetro que ocorre
quando o entre-eixo de funcionamento é igual ou entre-eixo normal.
A correcção de dentado com variação de entre-eixo é um parâmetro que ocorre
quando o entre-eixo de funcionamento é diferente do entre-eixo normal.
c) Sendo:
ha mn
e pt mt d mt Z d mt Z
d pt Z
mn mn mn mn
Como: mt d Z 2r Z r Z
cos cos cos 2 cos
ha m n
Pegando em mn , e substituindo na 1ª expressão do enunciado,
r Z
2 cos
ha mn mn 2 cos
vem: r Z Z .
sin t
2
2 cos sen t
2
sen 2 t
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Capítulo 3 – Engrenagens Complementos de OM e Anteprojecto
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Capítulo 3 – Engrenagens Complementos de OM e Anteprojecto
dentadas e que têm velocidades tangenciais em I iguais, sendo por isso a relação de
transmissão invariável;
- ha1: altura da cabeça do dente do pinhão.
7- O desgaste pode ser responsável pela ocorrência de ruína. O que é feito para
minimizar o seu efeito, prolongando a vida da engrenagem? Que outros modos de
ruína são usuais?
Para minimizar o efeito da ruína, podemos:
- No caso da existência de interferência, podemos reduzir a altura de cabeça (saída)
do dente, cuja ponta se encontra em interferência com o flanco do pé do dente da roda
conjugada, sendo este processo chamado de correcção de dentado. Este evitará assim, o
rápido desgaste do pé do dente e o seu consequente enfraquecimento.
- O parâmetro que mais afecta o desgaste é o escorregamento. De facto, numa
engrenagem, o movimento relativo que ocorre durante a acção conjugada entre os perfis
dos dentes, não é um rolamento puro; o rolamento é acompanhado de um escorregamento
relativo. Através da análise do dentado e da velocidade do escorregamento, chegou-se á
conclusão que:
O escorregamento é nulo em I
O escorregamento aumenta à medida que o ponto de contacto se afasta do
ponto primitivo.
Mas a velocidade de escorregamento, só por si, não é suficiente para caracterizar as
condições de desgaste dos dentes conjugados. Desta forma surgiu um parâmetro que tem
uma melhor correlação com o desgaste. É o chamado escorregamento específico, e não é
mais que a relação do escorregamento com o rolamento.
Assim, para evitar o desgaste será importante ter em conta que:
↑ α→ cos α ↓ → Gα ↑ (escorregamento)
ga ↑ ou gf ↑ → Gα ↑
r1 , r2 ↑ → Gα ↓
1 1 g f ga
2 2
G
r1 r2 2 cos
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Capítulo 3 – Engrenagens Complementos de OM e Anteprojecto
Desta análise, podemos concluir que o escorregamento será maior para o pinhão
(escorregamento específico maior para o pinhão), isto também porque o pinhão tem
menos dentes, logo sofre mais. Para tirar este desgaste, podemos fazer um tratamento
superficial (térmico/químico, cementação, carbono-nitruração, mecânico, grenalhagem).
São ainda usuais outros modos de ruína, tais como:
- Desgaste devido ao movimento relativo
- Rotura por flexão no pé do dente (estático), para cargas mais elevadas
- Rotura por fadiga no pé do dente, devido às tensões de flexão
- Fadiga superficial ou de contacto (pitting) devido ao dente estar sujeito às cargas
cíclicas (não depende da lubrificação que só impede o desgaste nas superfícies dos
materiais). É o único modo devido à pressão superficial aplicada
- Fadiga no pé dos dentes (spalling) ou descascamento.
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Capítulo 3 – Engrenagens Complementos de OM e Anteprojecto
VANTAGENS
- Menor número de dentes;
- Movimento mais suave;
- Menos ruidoso;
- Maior tempo de engrenamento;
- Quando associados aos pares, permitem eliminar forças axiais impostas pela
transmissão de potência (dentado em espinha).
DESVANTAGENS
- São mais caros;
- Montagem mais difícil;
- Impõem forças axiais aos veios.
Ângulo
alfa
Força sobre a
linha de base
Como tal, a potência, P, que se exerce entre os dentes com dentado recto em
envolvente de círculo é dada por: P Fb Vb Fb P Vb , em que Fb corresponde à
força exercida segundo a linha de acção ou linha de base e Vb é a velocidade segundo
essa mesma linha. Uma vez que Vb V cos e V 1 r1 então a força Fb será dada
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Capítulo 3 – Engrenagens Complementos de OM e Anteprojecto
P P
por: Fb . Deste modo, se a potência, P, não variar então a
V cos 1 r1 cos
velocidade angular, ω1, o raio da roda, r1, e o ângulo, , manter-se-ão constantes e, como
tal, Fb=Constante.
11- Comente a afirmação: “Se o custo das engrenagens fosse reduzido, este seria o
tipo de transmissão a usar em todas as aplicações”.
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Capítulo 3 – Engrenagens Complementos de OM e Anteprojecto
A afirmação é falsa. De facto existem situações em que, por exemplo, as correias são
preferíveis pois exigem menos manutenção, o mesmo acontecendo com as correntes. O
mesmo já não se passa com as engrenagens, visto que estas exigem uma manutenção
mais cuidada. Além disso, existem também dispositivos onde o silêncio do
funcionamento é exigido, e nestas condições, as correias são mais vantajosas em vez da
utilização de engrenagens que são mais ruidosas. Também as correias e as correntes têm
uma montagem mais fácil que as engrenagens que, por sua vez, obrigam a uma rigorosa
afinação da folga entre as rodas.
Assim, apesar de o custo ser de facto um entrave à utilização de engrenagens,
existem outras opções de projecto que, em certas situações, se revelam mais vantajosas,
mesmo que o preço fosse mais reduzido para as engrenagens.
X 1 X 2
inv t' inv t 2tg n
d1 d 2 cos mn
Ilustre onde achar conveniente. Simplifique a expressão para dentado recto.
O significado das variáveis intervenientes na expressão apresentada é o seguinte:
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Capítulo 3 – Engrenagens Complementos de OM e Anteprojecto
X 1 X 2
inv ' inv 0 2tg 0
Z 1 Z 2
Visto que:
d1 cos
Z 1 m
d d2
0 Z1 Z 2 1
n
Z d 2 cos mn
2
mn
14- Diga o que entende por correcção de dentado e indique as principais razões para
a sua utilização.
O funcionamento de um mecanismo de transmissão de movimento por engrenagens, não
é isento de problemas, e como tal, tem implícitos alguns, como por exemplo, a
interferência, que ocorre sempre que o contacto entre duas engrenagens se inicia num
ponto que é interior ao círculo de base da roda motora. Para evitar esta situação, utiliza-se
a correcção de dentado.
Assim sendo, a correcção de dentado, tal como o próprio nome indica, é um
mecanismo utilizado para corrigir alguns dos defeitos de funcionamento de engrenagens,
e é utilizado com duas finalidades:
- Evitar interferências;
- Equilibrar o escorregamento específico máximo sobre o pinhão e a roda, e o
factor de gripagem (σHg) nos pontos extremos de contacto.
A correcção de dentado, pode ainda ser feita com ou sem variação do entre-eixo
dependendo dos valores do coeficiente de desvio .
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Capítulo 3 – Engrenagens Complementos de OM e Anteprojecto
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