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Para compreender a dinâmica do texto abordada pelo autor é necessário entender qual é
o significado e quais funções o estado exerce na sociedade de forma geral. O estado
surge a partir do momento que as terras passam a se tornar propriedade privada, o
comércio de mercadorias e a produção começam a se desenvolver, de forma a estimular
a acumulação de recursos, surgindo assim classes dominantes sobre os povos. As
instituições do estado funcionam conforme os interesses dessa classe dominante,
fazendo assim ser possível a manutenção do modo de produção vigente em cada
civilização, que no caso é o capitalismo que surge de forma quase hegemônica no
mundo moderno. Por possuir o monopólio da violência legitima sendo visto como
símbolo de soberania, o estado tende a ter maior controle coercitivo sob as classes
dominadas. Com o passar do tempo o estado capitalista se molda com a dinâmica
reprodutiva do capital.
Dessa forma o estado moderno surge e se sustenta através da subordinação das esferas
humanas às esferas econômicas, com base no direito de propriedade privada. Tornando-
se assim sua função central a de garantir a perenidade das relações salariais
(TRINDADE, 2008). Partindo dessa premissa devemos assumir que a base econômica
tem um papel importante na reprodução da estrutura social e das consciências
individuais, moldadas com base no pensamento capitalista. Além disso o estado é
resultado do conflito de classes, existindo para a manutenção do pensamento da classe
dominante. O estado também é responsável por assegurar o direito à propriedade
privada.
REFERÊNCIAS
TRINDADE, José. A dinâmica dos gastos estatais numa perspectiva marxista clássica.
Revista de Economia, v.34, n. especial, p. 131-149, 2008. Editora UFPR.
WEBER, Max. Ciência e Política: duas vocações. São Paulo: EDITORA MARTIN
CLARET LTDA, 2015.
ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do estado. São
Paulo: Editora Lafonte LTDA, 2017
OSORIO, Jaime. About State, Political Power and the Dependant State. ano 17, n. 34,
jul./dez. 2017.
Jaime cita as instituições da sociedade civil, como: igrejas, escolas, mídia tradicional e
etc. As quais, auxiliam o papel do estado de organizar a sociedade de forma igualitária,
perpetuando a ordem social. Assim, as relações sociais que essas instituições
promovem, reforçam o sentido de comunidade que provém do estado. Podemos
entender as instituições como instâncias do estado, que diluem sua centralidade em
ramificações de poder político, abrindo espaço para haver transformações no âmbito
social, a fim de equilibrar os poderes entre classes.
O estado como centro do poder político, no que se refere às consultas eleitorais, entre
partidos e figuras partidárias, somente os funcionários e as forças políticas podem
competir e administrar tal poder. A mudança de cargos, e a flexibilidade de trabalho
englobando todas as classes, reforça-se de maneira extraordinária, justificando seu
aparato com mais exatidão.
Outro ponto citado no texto, seria um variação do aparato do estado, onde argumenta-se
que nas eleições não se ganha o poder político, mas sim posições que gradualmente leve
ao poder, aumentando cargos ocupados e posições, a fim de que a correlação de força se
modifique a favor dos dominados. Ademais, Jaime explana que o processo
revolucionário seria o ponto chave para que as classes dominantes sejam derrotadas,
modificando o aparelho do estado voltado para o socialismo.