Você está na página 1de 37

12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

Como biblioteca, o NLM fornece acesso à literatura científica. A inclusão em um banco de


dados NLM não implica endosso ou concordância com o conteúdo do NLM ou dos Institutos
Nacionais de Saúde.
Saiba mais: Isenção de responsabilidade do PMC | Aviso de direitos autorais do PMC

Oxid Med Cell Longev. 2020; 2020: 3457890. IDPM: PMC7146093


Publicado on-line em 28 de março de 2020. doi: 10.1155/2020/3457890 PMID: 32308801

Efeitos Farmacoló gicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade


Genô mica e Câncer
Márcia Fernanda Correia Jardim Paz , 1, 2 Marcus Vinícius Oliveira Barros de Alencar , 3
Rodrigo Maciel Paulino de Lima , 3 André Luiz Pinho Sobral , 2, 4 Glauto Tuquarre Melo do Nascimento , 5
Cristiane Amaral dos Reis , 4 Maria do Perpetuo Socorro de Sousa Coêlho , 5
Maria Luísa Lima Barreto do Nascimento , 2 Antonio Luiz Gomes Júnior , 2, 6 Kátia da Conceição Machado , 1
Ag-Anne Pereira Melo de Menezes , 1 Rosália Maria Torres de Lima , 2 José Williams Gomes de Oliveira Filho , 2
Ana Carolina Soares Dias , 7 Antonielly Campinho dos Reis , 2 Ana Maria Oliveira Ferreira da Mata , 1
Sônia Alves Machado , 8 Carlos Dimas de Carvalho Sousa , 8 Felipe Cavalcanti Carneiro da Silva , 1, 9
Muhammad Torequl Islam , 10, 11 João Marcelo de Castro e Sousa , 12 e Ana Amélia de Carvalho Melo Cavalcante 1,
2

Abstrato

Omeprazol (OME) é comumente usado para tratar distú rbios gastrointestinais. No entanto, o
uso prolongado de OME pode aumentar o risco de câ ncer gá strico. Nosso objetivo foi carac‐
terizar os efeitos farmacoló gicos da OME e correlacionar seus efeitos adversos e riscos
toxicogené ticos aos mecanismos de instabilidade genô mica e ao câ ncer com base em relató rios
de bancos de dados. Assim, foi feita uma busca (até agosto de 2019) no PubMed, Scopus e
ScienceDirect com palavras-chave relevantes. Com base no objetivo do estudo, incluímos 80
relató rios clínicos, quarenta e seis estudos in vitro e 76 estudos in vivo . Embora controversos,
os resultados sugerem que o uso prolongado de OME (5 a 40 mg/kg) pode induzir instabili‐
dade genô mica. Por outro lado, os efeitos protetores mediados pela OME sã o bem relatados e
relacionados ao bloqueio da bomba de pró tons e à atividade anti-inflamató ria atravé s do au‐
mento do fluxo gá strico, marcadores anti-inflamató rios (COX-2 e interleucinas) e marcadores
antiapoptó ticos (caspases e BCL- 2), expressã o de glicoproteínas e reduçã o da infiltraçã o de
neutró filos. Os efeitos adversos e tó xicos relatados, especialmente em estudos clínicos, foram
gastrite atró fica, deficiê ncias de cobalamina, distú rbios da homeostase, desenvolvimento de
pó lipos, hepatotoxicidade, citotoxicidade e genotoxicidade. Este estudo destaca que a OME

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 1/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

pode induzir instabilidade genô mica e aumentar o risco de certos tipos de câ ncer. Portanto, de‐
vem ser tomadas precauçõ es adequadas, especialmente em suas estraté gias terapê uticas de
longo prazo e prá ticas de automedicaçã o.

1. Introduçã o

Relató rios cumulativos sugerem que uma alta prevalê ncia de doenças gastroesofá gicas e efei‐
tos colaterais induzidos por medicamentos pode resultar em instabilidade genô mica (GI), le‐
vando ao aumento de mutaçõ es e carcinogê nese [ 1–3 ]. A terapia com omeprazol (OME) pode
alterar a flora bacteriana do trato gastrointestinal, levando à má absorçã o, infecçõ es enté ricas
e lesõ es agudas ou crô nicas no estô mago. Isso se deve ao efeito compensató rio em resposta à
diminuiçã o da produçã o de á cido, resultando na destruiçã o das glâ ndulas gá stricas e na hiper‐
gastrinemia persistente, denominaçã o de gastrite atró fica [ 4 ].

Alé m disso, a infecçã o por Helicobacter pylori e a monoterapia com OME podem causar gastrite
atró fica associada a um risco aumentado de displasia da mucosa e câ ncer gá strico [ 4 ]. Em‐
bora esses eventos possam ser derivados por mecanismos diferentes, um tema comum é o en‐
volvimento de espé cies reativas de oxigê nio e nitrogê nio (ROS / RNS) no estô mago humano e
na produçã o de oncoproteínas, como o gene A associado à citotoxina (CagA) [5 ] .

OME, especialmente para uso a longo prazo, pode induzir danos ao DNA [ 6 , 7 ]. Ensaios de ge‐
notoxicidade demonstraram que nã o apenas a OME, mas todos os prazoles (por exemplo, eso‐
meprazol, lansoprazol, pantoprazol e rabeprazol) podem induzir danos cromossô micos [ 8–11
] . Ao compreender o fato geral, esta revisã o teve como objetivo traçar um cená rio atual sobre
os efeitos farmacoló gicos e riscos toxicogené ticos da terapia da OME no contexto da instabili‐
dade genô mica e do câ ncer.

2. Estratégias Metodoló gicas

Realizamos uma revisã o sistemá tica de manuscritos publicados para determinar se a exposiçã o
à OME durante o tratamento de distú rbios gá stricos aumenta o risco de instabilidade genô mica
e câ ncer. Os crité rios de busca para este estudo incluem publicaçõ es em inglê s usando a pala‐
vra-chave “Omeprazol”, que foi entã o emparelhada com “instabilidade genô mica”, “genotoxici‐
dade”, “câ ncer”, “gastrite”, “ú lcera gá strica” e “câ ncer gá strico/estô mago”. ”, nas bases de dados
PubMed, Scopus e ScienceDirect. Excluímos relató rios irrelevantes que nã o atendem aos crité ‐
rios de inclusã o, publicaçõ es duplicadas e dados que tratam de outros prazos que nã o o OME.
Os dados obtidos estã o listados emtabela 1. Dos 6.349 artigos, apenas 202 atenderam aos nos‐
sos crité rios de inclusã o (80 relató rios clínicos, quarenta e seis estudos in vitro e 76 estudos in
vivo ). Os artigos selecionados foram lidos na íntegra.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 2/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

tabela 1

Publicaçõ es encontradas nas bases de dados.

Palavras-chave (pareadas com OME) Bancos de dados Número de artigos

PubMed Escopo Ciência Direta

Instabilidade genética 0 2 0 2

Genotoxicidade 21 11 9 41

Câncer 94 1219 27 1340

Gastrite 605 2276 160 3041

Úlcera gástrica 121 1311 87 1519

Câncer de estômago/gástrico 24 373 9 406

Total 6349

OME: omeprazol.

3. Caracterizaçã o de Relató rios Científicos

Analisamos estudos baseados em doses, efeitos colaterais, interaçõ es medicamentosas, efeitos


farmacoló gicos e riscos toxicogené ticos (mesa 2). O uso terapê utico da OME está relacionado
ao tratamento de ú lceras duodenais, ú lceras gá stricas, câ ncer gá strico e principalmente à s pa‐
tologias gastroesofá gicas (42,4%) e outras (26,0%). Em relaçã o aos estudos in vitro , os mode‐
los estã o mais relacionados a outras patologias (90,0%), enquanto que para os in vivo , a maio‐
ria dos estudos está associada à simulaçã o de patologias gá stricas. Poucos estudos enfatizam o
uso de antioxidantes durante a terapia da OME. Alé m disso, o uso terapê utico da OME em estu‐
dos clínicos, in vivo e in vitro varia entre 10 e 40 mg/kg, 40 mg/kg e 40 μM a 25 mM,
respectivamente.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 3/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

mesa 2

Estudos de omeprazol publicados em bases de dados científicas em relação ao uso terapêutico, mecanismos
de ação, dose/concentração e interaçõ es com vitaminas.

Parâmetros % clínica ( n = 80) % não clínica

In vitro ( n = 46) # In vivo ( n = 76) ##

Objetos de análise

Dose 15,8 - 13.3

Efeitos adversos 10,5 9.1 13.3

Interaçõ es medicamentosas 26.3 9.1 -


* *
Mecanismos de ação farmacoló gica 42.1 63,6 53,4 *

Riscos toxicogênicos 5.3 18.2 20,0

Uso terapêutico

Ú lcera duodenal 15,8 - 26,7

Ú lcera gástrica 10,5 - 20

Patologias gastroesofágicas 42,4 * 9.1 20

Câncer de intestino 5.3 - 13.3

Outras patologias 26,0 90,9 20,0

Mecanismo de ação

Inibição da bomba de pró tons 52,6 * 27.3 60 *

Controle de ácido e pH 26.3 27.2 7.4

Inibição das enzimas CYP219 e CP3AY 10,5 - 14.3

Efeito da distensão gástrica 5.3 - -

Apoptose e proteína p53 5.3 - -

Ativadores do receptor (AhR) - 18.2 18.3

Regulação ATPase em células tumorais - 9.1 -

Inibição da interleucina- (IL-) 8 - 9.1 -

Inibição da absorção de Na + - 18.2 -

Não reportado - - -

Dose/concentração

10mg/kg 5.3 - -
*
20mg/kg 66,7 - 6.7

30 mg/kg 8.7 - 6.7

40mg/kg 19.3 - 20.2 *

20mm - 18.2 6.7

#
Concentração/ml. ## Dose/kg. CYP219 e CYP3AY (enzimas metabolizadoras). AhR: receptor de aril hidrocar‐
boneto; IL-8: interleucina 8. Teste qui-quadrado ∗ p < 0,05.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 4/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

Em relaçã o aos mecanismos de açã o terapê utica da OME, os estudos clínicos enfatizaram meca‐
nismos de inibiçã o da bomba de pró tons (52,6%), controle de á cido e pH (26%) e inibiçã o das
enzimas CYP219 e CP3AY, que estã o envolvidas nos processos do metabolismo da OME. De ma‐
neira semelhante, estudos in vivo també m estã o correlacionados com inibiçã o da bomba de
pró tons (60%) e enzimas metabolizadoras (14,3%), embora cerca de 18% tenham enfatizado
estudos relacionados a receptores de aril hidrocarbonetos (AhR). Cerca de 27% dos estudos in
vitro sã o sobre controle de á cido e pH, e a mesma porcentagem para AhR e bomba de pró tons.

Os estudos clínicos sobre os efeitos toxicogené ticos da OME ainda sã o limitados (5,3%). Poré m,
cerca de 89,5% deles apontam riscos oxidativos pela formaçã o de ERO, o que també m é obser‐
vado em estudos in vivo . Os efeitos citotó xicos mediados por ROS nos sistemas de teste tam‐
bé m foram observados em estudos in vitro e in vivo (Tabela 3). Apesar da escassez de estudos
toxicogené ticos, os mecanismos de açã o da OME foram correlacionados com a genotoxicidade
atravé s da aplicaçã o de estatística de correlaçã o bivariada, utilizando o fator de correlaçã o de
Spearman de r = 0,433 ∗ e p < 0,044 em estudos nã o clínicos e r = 0,577 ∗ e p < 0,005 em estu‐
dos com culturas celulares. Nas doses clínicas, houve correlaçõ es com instabilidade genô mica (
r = 0,300 ∗ e p < 0,032) e citotoxicidade ( r = 0,532 ∗∗ e p < 0,001). Em estudos de interaçõ es
medicamentosas, a toxicidade esteve fortemente correlacionada com a instabilidade genô mica
( r = 1,000 e p < 0,001).

Tabela 3

Caracterização dos estudos de omeprazol em relação ao efeito toxicogenético, dano oxidativo e citotoxicidade.

Parâmetros % clínica ( n = 80) % não clínica

In vitro ( n = 46) In vivo ( n = 76)

Efeito toxicogenético

Mutagenicidade 5.3 - -

Interação com catalase - 9.1 -

Ativação do AhR - 9.1 13.3

Não reportado 94,7 * 81,8 * 86,7 *

Dano oxidativo

Oxidação de tió is 10.4 18.2 20

Inibição da interação com cisteína - 9.1 -

Interação e oxidação de resíduos de cisteína - 9.1 -

Indução de ROS 89,5 * 63,6 * 80 *

Citotoxicidade

Oxidação de tió is 50,5 18.2 20

Oxidação de resíduos de cisteína 49,5 * 18.2 -

Indução de ROS - 45,4 * 80 *

AhR: receptores de aril hidrocarbonetos; ROS: espécies reativas de oxigênio. Teste qui-quadrado ∗ p < 0,05.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 5/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

4. Características Anatomofisioló gicas do Estô mago

O estô mago é dividido em trê s porçõ es: fundo, corpo e antro piloro, onde ocorrem os proces‐
sos de digestã o, absorçã o e proteçã o. A lubrificaçã o e proteçã o da mucosa gá strica sã o manti‐
das pela atividade enzimá tica, durante o processo digestivo que contribui para a manutençã o
do pH á cido pela secreçã o de íons hidrogê nio [ 12 ]. As glâ ndulas piló ricas e oxínticas atuam
na mucosa gá strica. Os primeiros tipos estã o localizados no antro do estô mago e possuem os
mesmos tipos de cé lulas das glâ ndulas oxínticas, exceto as cé lulas parietais que, quando esti‐
muladas, liberam a gastrina, principal responsável pela secreçã o do á cido gá strico [ 13 ]. As
glâ ndulas oxínticas, responsáveis ​pela secreçã o de á cido clorídrico (HCl), estã o localizadas no
fundo e no corpo do estô mago. Eles consistem em cé lulas D produtoras de somatostatina; cé lu‐
las principais, responsáveis ​pela secreçã o de pepsinogê nio; cé lulas semelhantes a enterocro‐
mafinas responsáveis ​pela secreçã o de histamina; cé lulas parietais, que secretam principal‐
mente HCl e fatores intrínsecos; e cé lulas da mucosa, responsáveis ​pela secreçã o de muco e
íons bicarbonato [ 14 ]. As cé lulas enterocromafins sã o estimuladas pela gastrina ou acetilco‐
lina, liberando histamina, que se liga aos receptores H2 encontrados nas cé lulas parietais, esti‐
mulando a secreçã o de á cido pela bomba de pró tons [ 15 , 16 ].

A acetilcolina estimula a secreçã o de pepsinogê nio pelas cé lulas pé pticas, HCl pelas cé lulas pa‐
rietais e muco pelas cé lulas mucosas [ 17 ]. As cé lulas parietais, presentes na mucosa gá strica,
quando estimuladas, sã o responsáveis ​pela secreçã o de HCl atravé s da H + /K + adenosina tri‐
fosfatase (bomba de pró tons H + /K + /ATPase) da membrana canalicular [ 18 ].

4.1. Alteração da Mucosa Gástrica

4.1.1. Inflamaçã o A gastrite é considerada uma lesã o superficial e inflamató ria que també m
pode comprometer a integridade da mucosa do estô mago ou duodeno e causar lesõ es em ca‐
madas mais profundas, resultando em ú lceras gá stricas [ 19 ] e câ ncer de estô mago [ 20 ]. O
corpo possui defesas pré -epiteliais contra lesõ es gá stricas e fatores de proteçã o como produ‐
çã o de bicarbonato e muco, ó xido nítrico (NO), fluxo sanguíneo, prostaglandinas, regulaçã o ce‐
lular, fatores de crescimento, grupos sulfidrilas nã o proteicos (SHs) e defesas antioxidantes.

Vale ressaltar que as lesõ es podem ser causadas por alteraçõ es no equilíbrio entre fatores de
proteçã o e agressã o à mucosa gá strica [ 21 ]. A perda da proteçã o da mucosa, derivada da de‐
ficiê ncia na secreçã o de muco e bicarbonato, favorece a açã o do HCl [ 22 ]. Secreçã o gá strica,
pepsina, radicais livres, refluxo biliar e processos isquê micos sã o fatores agressivos ao tecido [
23 ]. HCl e pepsina geram lesõ es na mucosa gá strica que desestabilizam a barreira gá strica e
causam inflamaçã o aguda [ 24 ].

O aumento da secreçã o gá strica de HCl é um dos sinais de lesã o mais proeminentes e sua redu‐
çã o é a principal estraté gia para prevenir lesõ es gá stricas [ 25 ]. O desequilíbrio entre agentes
nocivos (HCl e pepsina) e protetores caracteriza o processo inflamató rio agudo [ 24 , 26 ].
Como consequê ncia da gastrite crô nica e das inflamaçõ es estomacais, as ú lceras pé pticas e o
câ ncer gá strico sã o as alteraçõ es patoló gicas mais frequentes [ 20 , 27 ], especialmente du‐
rante infecçõ es por H. pylori [ 27 ].

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 6/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

4.1.2. Infecçã o por Helicobacter pylori H.​pylori é descrita como uma bacté ria cujo reservató rio
é o estô mago humano [ 28 , 29 ]. É um bacilo gram-negativo, com flagelos, fatores de adesã o,
enzima urease, citosinas e proteases como fatores de virulê ncia [ 30 ]. H.​pylori produz enzi‐
mas tó xicas, alé m de induzir a liberaçã o de gastrina, levando ao aumento da secreçã o de á cido
gá strico e do pH, estimulando a liberaçã o de somatostatina [ 26 ] e hipergastrinemia. H.​pylori
també m desencadeia um efeito tró fico e hiperplasia das cé lulas enterocromafins e parietais [
31 ].

Infecçã o por H. pylori pode causar gastrite, ú lceras gá stricas e pé pticas e até câ ncer gá strico [
32 ]. A ú lcera gá strica é considerada uma das principais consequê ncias para a saú de pú blica
que ocorre devido a vá rios fatores, especialmente a atividade nociva do á cido gá strico e da
pepsina [ 33 ]. A ú lcera pé ptica é caracterizada por lesõ es pé pticas á cidas no trato digestivo,
que resultam em rupturas da mucosa (atingindo a submucosa) que geralmente sã o encontra‐
das no estô mago proximal ou duodeno [ 34 ]. Lesõ es gá stricas associadas a H. pylori , com ex‐
posiçã o a á cido ou pepsina, sã o amplificados e mais agressivos [ 27 ]. Estudos in vivo indicam
que a presença de H. pylori pode levar à manutençã o de respostas inflamató rias crô nicas, bem
como a outros distú rbios patoló gicos na mucosa do estô mago [ 35 ].

O uso de antiinflamató rios nã o esteroidais (AINEs), estresse, tabagismo, consumo excessivo de


á lcool e presença de H . pylori no trato gastrointestinal pode atingir as camadas mais profun‐
das da parede muscular da mucosa gá strica e causar ú lceras gá stricas [ 19 , 36 ].

5. Terapias para Lesõ es Gá stricas

Os inibidores da bomba de pró tons (IBP), como o OME, sã o frequentemente usados ​em tera‐
pias gá stricas [ 37 , 38 ]. Outros IBPs, como lansoprazol, rabeprazol, pantoprazol, esomeprazol
e dexlansoprazol, també m sã o usados ​para inibir a secreçã o de HCl [ 39 ]. Esses medicamentos
sã o considerados eficientes na supressã o da acidez gá strica [ 40 ]. Os IBPs apresentam enxofre
quiral em sua estrutura química e sã o ativadores do AhR e indutores dos genes do metabo‐
lismo CYP1A em cé lulas de hepatoma humano e hepató citos humanos primá rios [ 41 ]. O pro‐
duto desses genes pode influenciar a farmacociné tica e a farmacodinâ mica da OME [ 42 , 43 ].

Os IBPs ativam e liberam sulfonamida ou á cido sulfê nico, inibindo assim a secreçã o de á cido
gá strico por ligaçã o covalente (irreversível) ao grupo sulfidrila da cisteína no domínio extrace‐
lular da H + / K + -ATPase [ 44 ]. Uma reduçã o na secreçã o de á cido gá strico resulta em uma ci‐
catrizaçã o mais rá pida da lesã o, dependendo da dose administrada [ 45 ].

OME é um medicamento de primeira linha para inibir a secreçã o de á cido gá strico no trata‐
mento da doença do refluxo gastroesofá gico (DRGE), ú lcera pé ptica e H. infecção por pylori [ 46
]. Seus mecanismos de açã o ocorrem a partir da ativaçã o seletiva e covalente com H + /K + -AT‐
Pase, em particular da cisteína extracelular 813, levando à potente inibiçã o da secreçã o á cida
gá strica e desencadeando alteraçõ es na flora estomacal [ 38 ]. Outro mecanismo é o bloqueio
da bomba de pró tons nas cé lulas parietais do estô mago, ativando a proteína de choque té r‐
mico (HSP70) e o fator transformador de crescimento beta (TGF- β ) [ 47 ], com conseqü ente
alívio dos sintomas e cicatrizaçã o das lesõ es [ 48 ].

5.1. Efeitos terapêuticos do omeprazol e mecanismos sugeridos

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 7/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

Vá rios efeitos terapê uticos foram sugeridos para OME, como gastroproteçã o [ 49 ], antioxi‐
dante [ 50 ], antiinflamató rio [ 51 ], antinecró tico [ 52 ] e antiapoptó tico [ 53 ]. Os mecanismos
de açã o desses efeitos sã o apresentados emfigura 1.

figura 1

Efeitos farmacoló gicos do omeprazol e mecanismos de ação sugeridos.

5.1.1. Efeito gastroprotetor A gastroproteçã o da OME é atribuída à sua capacidade de bloquear


a bomba de pró tons nas cé lulas parietais do estô mago, ativando o HSP70 e o TGF- β conforme
mencionado acima [ 47 ]. A expressã o do mRNA da HSP70 foi observada no tecido gá strico de
ratos pré -tratados com OME [ 54 , 55 ]. Este mecanismo OME foi relatado para ratos em doses
que variaram entre 10 μM e 400 mg/kg, bem como 200 μM /ml em linhas celulares epiteliais
regulares (MDCK) e macró fagos de camundongo (RAW264.7) [ 55 , 56 ] .

Em estudos clínicos, há evidê ncias da funçã o gastroprotetora da OME em doses de 5 a 40 mg /


kg por mecanismos associados à interaçã o com receptores H2 [ 57 ], controle de pH [ 58 ], ini‐
biçã o de enzimas CYP2C19 [ 42 , 43 ] e bloqueio de histamina [ 59 ]. OME em estudos in vivo
aumentou prostaglandinas e compostos sulfidrilos [ 60 ], aumentou a expressã o de BAX e cas‐
pases [ 61 ] e a expressã o de AhR e CYP1A [ 41 ]. Esses mecanismos de açã o podem estar rela‐
cionados a outras vias que eventualmente causam instabilidade genô mica.Tabela 4mostra os
mecanismos gastroprotetores da OME, incluindo sua possível associaçã o com apoptose e ne‐
crose, bem como o risco de instabilidade genô mica.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 8/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

Tabela 4

Efeitos gastroprotetores da OME e mecanismos de ação que podem levar à proteção e/ou risco de instabili‐
dade genô mica.

Dose/concentração Estudar Sistema de Mecanismos de Prevenção/risco Referências


teste ação de danos no
DNA

5-40mg/kg Clínico Humano ( n = Antagonistas do Estresse [ 57 ]


94558) receptor H2 e IBPs oxidativo

20 e 40 mg/kg Clínico - Controle de pH Não identificado [ 58 ]

20, 40 e 100 mg/kg Clínico Humano ( n = Inibição do Estresse [ 42 , 43 ]


12) CYP2C19, oxidativo
farmacocinética,
gastroproteção de
microdoses

10 mg/14 dias Clínico Humano ( n = Gastroproteção Não identificado [ 62 ]


32)

20mg/kg Clínico Humano ( n = Bloqueio de Não identificado [ 59 ]


75) histamina

- Clínico Humano ( n = Mecanismos Estresse [ 63 ]


17489) envolvidos nas oxidativo
doenças gástricas

20mg/kg Clínico Humano ( n = Farmacocinética- Não identificado [ 64 ]


70) antiulcerativas

20mg Clínico Humano ( n = Melhor ação em Não identificado [ 65 ]


199) pacientes com
fenó tipo CYP 2 C1Q
PM

20 mg+amoxicilina Clínico Humano ( n = Antiácidos, Infecção, estresse [ 66 ]


750 mg 268) dependentes da oxidativo
dose,
polimorfismos
CYP2C19

0,7, 1,4 e 4 mg/kg Na Vivo Cavalos Mecanismos Não identificado [ 67 ]


farmacocinéticos e
farmacodinâmicos

15, 30 e 60 mg/kg Na Vivo Ratos Redução do dano Não identificado [ 52 ]


necró tico, aumento
da redução da
secreção de ácido
gástrico e da
IBP: inibidores da bomba de pró tons; TNF- α : fator de necrose tumoral alfa.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 9/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

5.1.2. Efeitos antioxidantes e antiinflamató rios Vá rios estudos in vivo indicam atividades antioxi‐
dantes da OME, devido a mecanismos associados à reduçã o da peroxidaçã o lipídica em doses
de 2 a 5 mg/kg [ 50 ], 10 mg/kg [ 70 ] e 20 mg/kg [ 56 ]. Atividades antioxidantes da OME tam‐
bé m foram relatadas considerando lesõ es gá stricas em animais [ 51 ] e estudos in vitro em cé ‐
lulas epitelió ides MDCK, RAW264.7 [ 71 ] e U-87 [ 72 ].

OME també m possui atividades antioxidantes ( in vitro ), bloqueando o radical hidroxila ( · OH),
prevenindo apoptose e necrose [ 73 ], induzindo a produçã o de á cido nicotinamida adenina di‐
nucleico (NADPH) quinase oxidoredutase [ 74 ] e aumentando antioxidantes endó genos [ 72 ].
Estudos in vivo e in vitro relatam inibiçã o da necrose pela ativaçã o de TNF- α , interleucina B [
75 ] e citocinas pró -inflamató rias [ 76 ]. OME a 20 mg/kg apresentou atividade antioxidante
atravé s de mecanismos associados ao aumento da produçã o da enzima superó xido dismutase
(SOD) [ 77 , 78 ], bem como glutationa peroxidase (GPx) e glutationa reduzida (GSH) a 30 e 40
mg/kg [ 51 , 79 ]. Em ratos com gastrite induzida por etanol, a OME modulou as lesõ es da mu‐
cosa atravé s de sua atividade antioxidante e antiinflamató ria [ 80 ]. Contudo, estudos clínicos
sobre as atividades antioxidantes da OME ainda nã o foram relatados.

Há relatos de estudos in vivo , nos quais a OME teve efeitos sobre o aumento do fluxo sanguí‐
neo da mucosa gá strica e a expressã o de glicoproteínas gá stricas [ 69 ], que sã o usadas como
um marcador preciso e sensível para o estado da mucosa gá strica. Alé m disso, a OME també m
desempenha um papel significativo como antiá cido, resistente à pepsina e protetor de ulcera‐
çã o, o que ajuda a proteger a integridade da mucosa [ 81 ] e reduz a infiltraçã o de neutró filos [
69 ].

Outros mecanismos de açã o da OME, observados em animais e em culturas de cé lulas, estã o re‐
lacionados ao marcador antiinflamató rio ciclooxigenase (COX) -2 [ 77 ] e aos AINEs, que ini‐
bem a COX-1 e a COX-2 que causam efeitos ulcerogê nicos gá stricos [ 82 ] e ao aumento do re‐
ceptor neurotró fico de tirosina quinase tipo 2 (Ntrk2) [ 83 ]. A OME també m reduziu a capaci‐
dade do TNF- α ( in vivo ) [ 84 ]. A OME pode exercer seu efeito antiinflamató rio atravé s do au‐
mento das citocinas antiinflamató rias e patologias autoimunes [ 85 ]. As citocinas pró -inflama‐
tó rias, particularmente o TNF- α e o fator nuclear kappa B (NF- κ B), sã o indutores de apoptose
[ 86 ]. A via do NF- κB está correlacionada com lesõ es gá stricas em resposta à sinalizaçã o do
TNF- α e IL-1 [ 77 , 87 ]. O TNF- α está envolvido na induçã o inflamató ria, lesã o e carcinogê ‐
nese em diversos tecidos, incluindo a mucosa gá strica [ 87 ].

Em estudos clínicos, a OME també m pode atuar na reduçã o dos efeitos de marcadores pró -in‐
flamató rios, como IL-1 β [ 56 , 72 ], proteína quimioatraente de monó citos-1 (MCP-1) [ 88 ] e
IL-6 [ 87 ]. Em culturas celulares, o esomeprazol tem atividade anti-inflamató ria atravé s de me‐
canismos associados à supressã o de proteínas pró -inflamató rias, incluindo proteínas da molé ‐
cula de adesã o celular 1, ó xido nítrico sintase, TNF- α e interleucinas (por exemplo, IL-1 β e IL-
6). A atividade antiinflamató ria está associada à atividade antioxidante pela induçã o de proteí‐
nas citoprotetoras induzidas pela heme oxigenase-1 (HO-1), bem como pela inibiçã o da prolife‐
raçã o de fibroblastos [ 89 ]. OME també m tem efeitos antiinflamató rios atravé s da reduçã o da
E-selectina [ 56 ] e mieloperoxidase (MPO) [ 90 ], que pode causar danos a proteínas, lipídios e
DNA atravé s da formaçã o de ROS [ 91 ]. Em resumo, outros mecanismos de açã o da OME como
antioxidante e/ou antiinflamató rio e seus efeitos protetores e/ou risco de instabilidade genô ‐
mica, bem como toxicidade, sã o apresentados emTabela 5.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 10/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

Tabela 5

Atividades antioxidantes e/ou antiinflamató rias da OME e seus efeitos protetores e/ou risco de instabilidade
genô mica.

Atividades Dose/concentração Estudar Sistemas Mecanismo de Abordage


de teste ação preventiv

Antioxidante 2, 10 e 20 mg/kg Na Vivo Ratos Indução de Prevençã


CYP1A1, anti- de danos
hiperó xia oxidativo

Antioxidante 10,0 μM​ In vitro : Células Regulação Prevençã


cultura fetais do positiva da de danos
celular pulmão NADPH quinase oxidativo
humano oxidoredutase-
1 via expressão
de Nrf-2 não
dependente de
Nrf-2
·
Antioxidante 2 e 5 mg/kg Na Vivo Ratos Capacidade de Prevençã
(dependente da eliminação de de dano
dose) OH, prevenção oxidativo
de apoptose por apoptose
fragmentação
nuclear

Antioxidante/antiinflamató rio 8,49g/ml Na Vivo Ratos Redução de Proteção d


hemorragias e estresse
inflamaçõ es, oxidativo
preservando o
retículo
endoplasmático

Antioxidante 50mg/kg Na Vivo Ratos Inibe o NF- κ B, Proteção d


Antineuropático libera citocinas, danos
protege a oxidativo
indução de
danos ao
ligamento
cruzado cranial
(CCL), reduz o
estresse
oxidativo,
aumenta vários
antioxidantes

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 11/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

5.1.3. Efeitos antiapoptó ticos e antinecró ticos A induçã o de apoptose é um dos mecanismos
para induzir lesã o gá strica aguda [ 95 ]. A OME apresentou efeitos antiapoptó ticos ( in vivo )
associados à reduçã o da expressã o da caspase 3 [ 90 ], bem como reduçã o de BAX [ 54 ] e cá l‐
cio mitocondrial [ 96 ]. Outros estudos indicam que a OME possui atividade antiapoptó tica nos
tecidos gá stricos e intestinais, apresentando reduçã o de lesõ es atravé s de processos antioxi‐
dantes e atividade anti-inflamató ria atravé s da expressã o do gene Ntrk2 (indutor/inibidor da
proliferaçã o celular) [ 97 ] e reduçã o da proteína Egr1, que influencia o aumento da proteína
p53 [ 98 ].

O poro de transiçã o da permeabilidade mitocondrial está associado à apoptose devido à pro‐


duçã o de radicais livres, acú mulo de cá lcio [ 99 ] e aumento do ATP mitocondrial, que está li‐
gado à manutençã o da respiraçã o celular [ 96 ] e reduçã o do citocromo C mitocondrial [ 100 ].
A OME em modelos de lesã o gá strica reduziu as lesõ es ulcerativas [ 50 ], a incidê ncia de he‐
morragias gá stricas [ 101 ], preveniu lesõ es visíveis com edema, erosõ es e necrose nas cé lulas
endoteliais gá stricas [ 102 , 103 ] e reduziu a permeabilidade vascular [ 104 ]. A OME exerceu
efeito antinecró tico em ratos nas doses de 10 μM e 60 mg / kg [ 52 ], aumentando a barreira
da mucosa gá strica [ 60 ] e reduzindo a á rea necró tica induzida pela suspensã o cutâ nea no
modelo animal [ 105 ].

5.2. Efeitos adversos do omeprazol e mecanismos sugeridos

Figura 2mostra os efeitos adversos da OME. As evidê ncias sugerem que o tratamento da OME
pode alterar a flora bacteriana gastrointestinal em resposta à diminuiçã o da formaçã o de á cido
[ 106 , 107 ] e ao aumento da produçã o de gastrina que causa hipergastrinemia. Esses eventos
podem resultar em pó lipos gá stricos, aumento do risco de infecçã o bacteriana, especialmente
H. pylori e câ ncer gá strico como consequê ncia da diminuiçã o da liberaçã o de somatostatina das
cé lulas D [ 108 ].

Figura 2

Efeitos adversos do omeprazol.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 12/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

As terapias crô nicas podem induzir deficiê ncia de eletró litos e cobalamina, interrupçã o da ho‐
meostase ó ssea, hipergastrina e secreçã o á cida (efeito rebote) em humanos [ 109 ]. A gastrite
atró fica é caracterizada pela destruiçã o das glâ ndulas gá stricas e hipergastrinemia persistente
[ 4 ].

Vá rios estudos tê m relatado que o uso prolongado de OME no tratamento de gastrite causa
anomalias na mucosa gá strica, como hiperplasia de cé lulas parietais, dilataçã o de canalículos
no fundo, corpo e antro do estô mago e projeçã o de saliê ncias citoplasmá ticas na luz do canalí‐
culo. [ 110 ]. Os efeitos colaterais comuns observados nas literaturas incluem dor de cabeça,
diarré ia, ná usea, constipaçã o, dor abdominal, prurido, hipersecreçã o de á cido rebote, má ab‐
sorçã o, deficiê ncia de vitamina B12 e hipotensã o.

O uso prolongado de IBPs també m está associado a alteraçõ es patoló gicas, como saliê ncias das
cé lulas parietais, dilataçã o das glâ ndulas oxínticas [ 110 ] e desenvolvimento de pó lipos das
glâ ndulas fú ndicas, resultantes de um efeito tró fico nas cé lulas parietais [ 111 ]. Os IBPs indu‐
zem fraturas ó sseas [ 112 ], infecçõ es enté ricas [ 113 ], destruiçã o de glâ ndulas gá stricas que
induzem gastrite atró fica [ 114 ], sendo capazes de comprometer o sistema imunoló gico [ 115
] e aumentar o risco de morbidade e mortalidade dos pacientes [ 116 ] .

Os efeitos colaterais adversos subsequentes à exposiçã o de longo prazo à OME incluem hipo‐
magné sia grave [ 117 ] e hipocalcemia associada a vô mitos, ná useas, diarré ia, cã ibras muscula‐
res e convulsõ es com frequê ncia relativamente baixa [ 118 ]. A OME tem efeitos contra danos
ulcerativos induzidos na mucosa gá strica de ratos e camundongos [ 56 , 61 ], sendo capaz de
bloquear a bomba de pró tons nas cé lulas parietais do estô mago [ 47 ] e ativar HSP70 [ 119 ].

Em resumo, as atividades gastroprotetoras da OME podem induzir vá rios efeitos adversos rela‐
tados em estudos clínicos, como diarreia, ná usea, constipaçã o, deficiê ncias imunoló gicas, indu‐
çã o de fraturas, deficiê ncia de vitamina B 12 [ 120 ], alergias, infecçõ es respirató rias, hipo e hi‐
perglicemia e alteraçõ es eletroquímicas. [ 121 ]. É importante enfatizar que estudos clínicos te‐
rapê uticos destacaram toxicidade devido ao aumento de enzimas hepá ticas [ 122 ], enquanto
em estudos in vivo e in vitro , toxicidade foi relatada pela oxidaçã o de tió is, sulfonamidas [ 123
], caspase 3 e clivagem de PARP [ 124 ]. Os efeitos adversos da OME podem estar associados à
apoptose e induçã o tumoral, alteraçõ es imunoló gicas, hiperplasia, inflamaçã o e formaçã o de
pó lipos, o que pode implicar em instabilidade genô mica.Tabela 6).

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 13/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

Tabela 6

Mecanismos de efeitos adversos do omeprazol, que podem estar associados à prevenção e/ou risco de insta‐
bilidade genô mica.

Dose/concentração Estudar Modelo de Mecanismos de Prevenção/risco Referências


estudo ação para material
genético

10 e 20 mg/kg Clínico - Bomba de pró tons e Apoptose, indução [ 125 ]


receptores de tumoral
histamina,
hiperplasia, atrofia
gástrica, tumores
carcinoides

- Clínico Humano ( n Caracterização de H. Não reportado [ 126 ]


= 113) pylori associada a
gastrite,
complicaçõ es
terapêuticas

- Clínico Revisão de Hipomagnesemia Não reportado [ 42 , 43 ]


meta-
análise

5, 10, 20 e 40 mg/kg Clínico Humano ( n Efeitos adversos: Mudanças [ 127 ]


= 764) diarréia, náusea, imunoló gicas
constipação,
deficiências
imunoló gicas

5 e 40 mg/kg Clínico Humano ( n Indução de fraturas, Apoptose [ 120 ]


= 170) deficiência de
(revisão) vitamina B 12 e
diarreia

20mg/kg Clínico Pacientes Indução de alergias, Apoptose [ 121 ]


com infecção
distú rbios respirató ria,
gástricos, hepatotoxicidade,
estudos de alteraçõ es
caso eletroquímicas, hipo
e hiperglicemia,
diarreia

20 e 40 mg/kg Clínico Estudo de Deficiência de Não identificado [ 128 ]


caso vitamina B 12 ,
anemia

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 14/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

6. Riscos toxicoló gicos e instabilidade genô mica induzida por omeprazol

Variaçõ es gené ticas induzidas pela instabilidade genô mica estã o envolvidas nos processos de
iniciaçã o, progressã o e resistê ncia à terapia [ 132 ]. No tratamento de distú rbios gastrointesti‐
nais, os medicamentos sã o usados ​de forma intermitente ou de longo prazo, e os riscos geno‐
tó xicos devem ser avaliados [ 6 , 7 ]. A avaliaçã o toxicogené tica desempenha um papel impor‐
tante na saú de humana [ 133 ] e muitos medicamentos podem ser carcinogê nicos devido aos
mecanismos associados à genotoxicidade [ 134 ]. Assim, é importante em qualquer terapia me‐
dicamentosa avaliar os benefícios em relaçã o aos riscos, especialmente no tratamento medica‐
mentoso de longo prazo [ 6 , 7 ].

Estudos em animais mostraram que alguns medicamentos induziam genotoxicidade atravé s de


danos no DNA, bem como formaçã o de micronú cleos [ 10 , 11 , 135 ]. A OME pode induzir da‐
nos ao DNA por mecanismos envolvidos com dano oxidativo, genotoxicidade e mutagenicidade.
Figura 3).

Figura 3

Efeitos toxicogenéticos do omeprazol relatados em estudos clínicos e não clínicos.

6.1. Dano oxidativo

O estresse oxidativo é um parâ metro importante para a carcinogê nese química [ 136 ]. As ROS
sã o geradas continuamente nas cé lulas atravé s do metabolismo aeró bico e de fontes exó genas,
incluindo medicamentos, pesticidas e outros fatores ambientais [ 137 ]. Esse processo ocorre
quando a quantidade de substâ ncias responsáveis ​pelo dano oxidativo excede a capacidade do
sistema antioxidante endó geno [ 138 ]. Como consequê ncia, há alteraçõ es no processo de sina‐
lizaçã o, regulaçã o, ativaçã o, apoptose e necrose celular [ 139 ].

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 15/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

As ERO podem causar vá rios tipos de danos em biomolé culas distintas, incluindo DNA, proteí‐
nas, lipídios, carboidratos e aminoá cidos; causam rupturas, alteraçõ es nas bases de guanina e
timina e translocaçõ es atravé s das cromá tides irmã s. Estas alteraçõ es podem levar à inativaçã o
de genes supressores de tumor, como TP53 e ATM ; ou levar ao aumento da expressã o gê nica
de protooncogenes [ 140 ]. As ERO també m podem promover instabilidade genô mica e tumori‐
gê nese atravé s do aumento do metabolismo da glicose e adaptaçõ es e mutaçõ es de hipó xia,
que contribuem para o crescimento celular anormal, angiogê nese e resistê ncia à apoptose [
140 ].

Há relatos de que a OME pode amplificar o estresse oxidativo como resultado da gastrite, dani‐
ficando a mucosa gá strica em vez de acelerar sua cicatrizaçã o [ 4 ]. O excesso de ERO pode re‐
sultar na inibiçã o da bomba de á cido gá strico nas cé lulas parietais, o que leva à liberaçã o de
sulfona, sulfito e hidroxi-OME [ 141 ]. Os efeitos da hiperó xia, inflamaçã o, estresse oxidativo e
lesõ es vasculares sã o amplificados com a administraçã o de OME de 25 mg / kg em ratos, junta‐
mente com a simplificaçã o vascular pulmonar e alveolar promovida pelo AhR [ 142 ].

As ERO sã o responsáveis ​por modificaçõ es na permeabilidade mitocondrial [ 143 ], causando


mutaçõ es e danos ao DNA mitocondrial e à cadeia respirató ria [ 144 , 145 ]. A OME pode trans‐
mitir citotoxicidade da hiperó xia e induzir ERO nas cé lulas endoteliais microvasculares pulmo‐
nares, produzindo peró xido de hidrogê nio em vez de lesõ es hiperó xicas agudas ( in vitro ) [
146 ].

6.2. Efeitos genotó xicos

A instabilidade genô mica causada por drogas pode estar associada à induçã o de genotoxici‐
dade [ 6 , 7 , 134 ]. Estudos in vivo sugerem que a OME pode promover danos ao DNA [ 147 ]
atravé s da formaçã o de aduto covalente com DNA em animais experimentais [ 148 ]. A avalia‐
çã o da genotoxicidade de produtos químicos, incluindo a identificaçã o de seus mecanismos de
açã o, é importante para estabelecer distinçõ es entre carcinó genos, especialmente na indú stria
farmacê utica [ 134 ]. Os medicamentos que sã o potencialmente indutores de instabilidade ge‐
né tica devem ser monitorados antes do consumo [ 133 ].

Produtos químicos induzíveis pelo CYP1A1, como benzo [a] pireno e 2,3,7,8-tetra-clorodi‐
benzo-dioxinas, geralmente apresentam efeitos adversos relacionados à instabilidade genô ‐
mica (mutagê nica, carcinogê nica e teratogê nica). No entanto, estudos indicam que a OME nã o
induz carcinogê nese, mas pode amplificar os efeitos dos carcinó genos ambientais [ 148 ]. No
entanto, estudos sobre danos no DNA e cromossomos sã o necessá rios e relevantes [ 149 ],
uma vez que estudos in silico mostraram que a OME pode causar genotoxicidade e mutagenici‐
dade atravé s da formaçã o de aberraçõ es cromossô micas e micronú cleos [ 150 ].

No nível molecular, a hipo ou acloridria desencadeia a formaçã o de N -nitrosaminas, que po‐


dem induzir danos ao DNA e provocar anormalidades nucleares, como micronú cleos, picnose e
cariorrexe [ 41 ]. OME nã o tem efeito mutagê nico direto [ 151 ], mas quebras de DNA sã o re‐
sultado de estresse oxidativo [ 81 ] em eventos originados de níveis elevados de ROS, que cau‐
sam danos oxidativos à s proteínas celulares, lipídios de membrana e materiais gené ticos (por
exemplo, DNA , RNA) [ 152 ].

6.3. Toxicidade do Omeprazol


https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 16/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

Para compreender os mecanismos de toxicidade dos medicamentos, é necessá rio verificar as


interaçõ es medicamentosas, a formaçã o de metabó litos reativos e a suscetibilidade individual
por polimorfismos gené ticos nas enzimas metabolizadoras de medicamentos [ 153 ]. As lesõ es
gá stricas sã o caracterizadas pelo aumento da produçã o de · OH e oxidaçã o de proteínas, espe‐
cialmente em ú lceras gá stricas [ 73 ], que estã o relacionadas à gravidade da lesã o [ 78 ], pro‐
duzindo derivados lipídicos altamente tó xicos que podem modificar a funçã o celular e até
mesmo a morte celular [ 79 ].

A OME induz hepatotoxicidade em mulheres grávidas, conforme observado pela reduçã o das
enzimas aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT) [ 122 ]. Efeitos
hepatotó xicos e nefrotó xicos, trombocitopenia, nefrite intersticial aguda, reaçõ es anafilá ticas,
ginecomastia e impotê ncia foram observados no uso de OME a longo prazo [ 154 ]. Vá rios me‐
canismos estã o envolvidos na hepatotoxicidade dos medicamentos; entre elas está a desmonta‐
gem das fibrilas de actina que pode resultar em lise celular por alteraçõ es nas bombas de
transporte de membrana, bem como apoptose pela ativaçã o do TNF- α [ 155 ]. A toxicidade he‐
pá tica leva a lesõ es hepá ticas que desaparecem apó s a descontinuaçã o do medicamento [ 156
].

Os IBPs podem induzir citotoxicidade atravé s de mecanismos autofá gicos, como alteraçõ es na
homeostase do pH [ 157 ]. A OME apresentou efeitos citotó xicos na microalga marinha Tetra‐
selmis sp. atravé s da hiperpolarizaçã o do citoplasma e das membranas mitocondriais, bem
como pela acidificaçã o celular e geraçã o de ROS [ 158 ]. Alé m disso, a OME exerceu efeitos tó xi‐
cos e citotó xicos nas cé lulas da glâ ndula gá strica de coelhos que foram atribuídos a processos
oxidativos [ 4 ].

Estudos mais recentes indicam que a OME possui atividade antitumoral contra o mieloma mú l‐
tiplo como agente ú nico, e associada à quimioterapia, devido à sua atividade citotó xica como
indutor de apoptose, independentemente das caspases [ 159 ]. A OME apresentou efeitos anti‐
tumorais em associaçã o à quimioterapia em pacientes com câ ncer retal, incluindo reduçã o dos
efeitos colaterais do tratamento [ 160 ]. Esses efeitos també m foram observados em cé lulas de
fibrossarcoma e câ ncer de có lon, sugerindo que seu uso associado a medicamentos anticâ ncer
pode ser uma terapia promissora contra tumores malignos [ 161 ].

Estudos relatam que a OME apresenta efeitos siné rgicos em quimioterapias para câ ncer retal [
161 ]. Vá rios mecanismos sã o propostos para o efeito antitumoral dos inibidores da bomba Na
+
/ K + [ 162 ], como estimuladores de morte celular via caspases, indutores de apoptose [ 163-
166 ], um inibidor da atividade da V- ATPase e tornam os tumores quimiossensíveis [ 167 ].

Os efeitos antitumorais da OME també m foram descritos em estudos com diversas linhagens
celulares de câ ncer, incluindo Heya8-MDR, SKOV3-TR, ES-2 e RMG-1; cé lulas de carcinoma de
có lon (320WT e 320MUT) [ 168 ], cé lulas de neuroblastoma (SH-SY5Y), microglia humana
(THP), mieloma RPMI8226, U266, câ ncer gá strico humano (HGC-27), glioblastoma (U-87), câ n‐
cer de có lon humano (HCT-116 e HCA-7) e linfó citos Jurkat T em concentraçõ es entre 10 e 10 6
μM [ 169 , 170 ].

No modelo xenográ fico de carcinoma de có lon e cé lulas de có lon, efeitos antitumorais també m
foram observados atravé s do aumento da expressã o do gene de resposta precoce imediata X-1
(IEX-1), um gene sensível ao estresse [ 171-173 ]. Outros mecanismos foram sugeridos para o

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 17/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

efeito antitumoral da OME, como reduçã o de Bcl-2 [ 174-176 ], Bcl-xL e survivina [ 176 ] , bem
como reduçã o de outras proteínas antiapoptó ticas [ 177 , 178 ] .

Em cé lulas de câ ncer gá strico humano (HGC-27) e neutró filos polimorfonucleares, a OME exer‐
ceu um efeito antitumoral atravé s do aumento da caspase 3 [ 123 ], proteínas apoptó ticas [ 90
] e clivagem da poli [ADP-ribose] polimerase 1 (PARP-1) [ 124 , 169 , 170 ]; A OME foi citotó ‐
xica nas cé lulas do có lon atravé s do aumento da secreçã o de gastrina e do aumento da expres‐
sã o de IEX-1. Alé m disso, a OME mostrou efeitos antitumorais em diferentes carcinomas [ 172 ,
173 ] atravé s de mecanismos associados à reduçã o da expressã o de Bcl-2 e Bcl-xL [ 176 ] e em
cé lulas quimiorresistentes (HeyA8-MDR, SKOV3-TR) em associaçã o com a droga anticâ ncer pa‐
clitaxel [ 168 ].

Em relaçã o à genotoxicidade em estudos clínicos, foram relatados efeitos clastogê nicos e meca‐
nismos de estresse oxidativo [ 179 ] e induçã o de hidroxilaçã o e sulfoxidaçã o em doses de
OME de 20 a 40 mg/kg [ 180 ]. Os metabó litos da sulfonamida també m foram relatados como
mecanismos de genotoxicidade em estudos in vivo [ 181 ]. Alé m disso, existem outros mecanis‐
mos associados ao dano ao DNA, incluindo a induçã o da ornitina descarboxilase como marca‐
dor de proliferaçã o celular [ 182 ], induçã o de micronú cleos [ 147 ], alteraçõ es transcricionais
[ 97 ], hiperplasia, hipertrofia e outras alteraçõ es celulares (Narimar et al. , 2009).

Os efeitos antitumorais da OME em estudos clínicos sã o raros, mas alguns demonstraram efei‐
tos siné rgicos com medicamentos antitumorais na modulaçã o da acidez e apoptose do tumor [
160 ]. Em estudos in vitro , os mecanismos antitumorais foram relacionados à expressã o de V-
ATPase [ 168 ], inibiçã o de miR203-3p [ 183 ] ​e regulaçã o negativa de proteínas CXCR4 metas‐
tá ticas [ 184 ] e miRNAs [ 185 ]. Em resumo, outros mecanismos indicativos de genotoxicidade,
toxicidade e citotoxicidade da OME sã o mostrados emTabela 7.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 18/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

Tabela 7

Mecanismos indicativos de genotoxicidade, toxicidade e citotoxicidade da OME e suas implicaçõ es na preven‐


ção e/ou risco de instabilidade genô mica.

Atividades Dose/concentração Estudar Modelo de estudo Mecanismo de Prevenção/r


ação para materia
genético

Genotoxicidade 20 e 40 mg/kg Clínico Bió psia Danos no DNA, Instabilidad


endoscó pica efeitos genô mica, ris
clastogênicos, genéticos
estresse
oxidativo

Genotoxicidade 20 e 600mg Clínico Humano ( n = 57) Interação entre Estresse


variaçõ es oxidativo
genéticas,
hidroxilação do
CYP2C19 e
sulfoxidação

Genotoxicidade 20mg/kg Clínico Humano ( n = 33) Mudança Instabilidad


citogenética: genô mica
formação de
micronú cleos

Genotoxicidade 20mg/kg Na Vivo Ratos Alteraçõ es Instabilidad


citogenéticas, genética, da
quebras de citogenétic
cromátides
irmãs, formação
de micronú cleos,
alteraçõ es
cromossô micas

Genotoxicidade - Na Vivo Roedores Metabó litos de Reatividade c


sulfonamida DNA

Genotoxicidade 1-100 μM​ Na Vivo Ratos Ativa grupos Danos no D


sulfonamidas,
inibição da
síntese de DNA

Genotoxicidade 30 e 100 mg/kg (via Na Vivo Ratos Síntese de DNA, Proliferaçã


oral) indução de celular
oxitocina
descarboxilase

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 19/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

7. Efeitos Carcinogênicos do Omeprazol

Alteraçõ es patoló gicas graves na mucosa do estô mago podem levar a ú lcera pé ptica e câ ncer
gá strico [ 20 ] , especialmente devido a complicaçõ es com H. infecção por pylori e exposiçã o a
á cido e pepsina [ 46 , 107 ]. O câ ncer gá strico é a 15ª principal causa de morte por câ ncer, mais
frequente em homens e principalmente influenciado pela idade, dieta e doenças estomacais, in‐
cluindo infecçã o por H. pylori [ 193 ].

Os estudos ainda sã o controversos, mas H . pylori pode estar associado ao carcinoma gá strico
por mecanismos relacionados ao aumento de ROS/RNS e formaçã o de oncoproteínas [ 194 ].
Patologias gá stricas estã o comumente relacionadas ao aumento dos níveis de gastrina [ 195 ,
196 ]. Gastrite atró fica, resultante da monoterapia com OME no contexto de H. pylori , tem sido
associada a um risco aumentado de displasia da mucosa e câ ncer gá strico [ 114 ].

Os estudos de carcinogenicidade sã o preliminares à aprovaçã o e comercializaçã o de produtos


farmacê uticos, incluindo ensaios citogené ticos in vivo e in vitro [ 197-199 ]. Brambilla e seus
colegas relatam que, de 535 medicamentos, 279 apresentaram resultados positivos para carci‐
nogenicidade em testes em animais. Assim, a indicaçã o de medicamentos deve considerar o
risco/benefício em relaçã o à carcinogenicidade e deve priorizar novas estraté gias de interven‐
çã o terapê utica [ 6 – 11 , 200 ].

Estudos demonstraram que apó s gastrite crô nica, atrofia, metaplasia intestinal e displasia, há
riscos aumentados de câ ncer gá strico [ 27 , 57 ] , especialmente com H. infecção por pylori [
201 ]. O esomeprazol pode induzir supressã o á cida, levando à indigestã o e amplificando os ris‐
cos de infecçõ es bacterianas que geram gastrite atró fica [ 108 , 202 ].

O uso prolongado de OME pode estar relacionado à proliferaçã o celular e aos tumores carci‐
noides [ 203 ]. Menegasse et al. [ 204 ] concluíram que alteraçõ es proliferativas da mucosa
oxíntica ocorrem em indivíduos com uso crô nico de IBPs, com significâ ncia estatística em asso‐
ciaçã o com a idade e alteraçõ es celulares proliferativas [ 205 ]. Vá rios estudos relataram que
os medicamentos supressores de á cido aumentam os riscos de formaçã o de pó lipos e/ou câ n‐
cer gá strico devido à produçã o de nitrosaminas e hipergastrinemia. A diminuiçã o da acidez
gá strica, devido à atrofia gá strica ou à hipocloridria, pode favorecer a colonizaçã o bacteriana,
aumentando o risco de câ ncer [ 206 ]. OME ( 20 mg) induz hiperplasia gá strica e pó lipos que
aumentam com a terapia e regridem com a descontinuaçã o, independentemente da H. infecção
por pylori [ 129 ].

Alé m disso, estudos relatam que a OME reage com o DNA e induz câ ncer em roedores [ 150 ].
Foi demonstrado que a OME, em altas doses (30 mg/kg), induz carcinogê nese na regiã o ante‐
rior do estô mago, influenciando os níveis de fosfatase á cida (ACP) e N -acetil- β -D-glucosamini‐
dase (NAG) no soro e baço [ 207 ]. Outras evidê ncias mostraram que a OME pode induzir hi‐
pergastrinemia e tumores colorretais [ 208 ].

Os IBPs estã o associados ao H. gastrite atrófica crônica induzida por pylori , metaplasia e carci‐
noma [ 209 ]. A gastrite atró fica geralmente ocorre durante monoterapias com OME, possivel‐
mente resultando em displasia e câ ncer gá strico [ 210 ].

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 20/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

Em resumo, outros mecanismos de atividade da OME també m podem incluir riscos carcinogê ‐
nicos devido aos seus efeitos de hipergastrinemia e metaplasia [ 211 ]. Outros mecanismos
també m sã o apontados em estudos in vivo , como induçã o de EROs, oxidaçã o de 8-DHD6 [ 212
, 213 ], lesõ es pré -malignas [ 214 ], alteraçõ es do ciclo celular, genotoxicidade, hiperplasia e ini‐
biçã o de hidrolases lipossomais [ 215 ]. Vá rios estudos indicativos de carcinogenicidade medi‐
ada por OME estã o resumidos emTabela 8.

Tabela 8

Mecanismos de ação do omeprazol implicados na instabilidade genô mica, que estão associados a riscos de
câncer.

Dose/concentração Estudar Modelo de Mecanismo de ação Prevenção/risco Referências


estudo para material
genético

100mg/kg Na Vivo Ratos Hipergastrinemia e Instabilidade [ 216 ]


metaplasia pancreática genô mica

20mg/kg Clínico Estudo de Hiperplasia, carcinoma Proliferação celular [ 211 ]


caso gástrico, hipoacidez

Não reportado Clínico Pacientes Metaplasias, atrofia Câncer de intestino [ 217 ]


humanos ( gástrica
n = 230)
com H.
pylori

276 mg/kg Na Vivo Ratos Indução de ROS. 8- [ 212 , 213 ]


0Hd6 Tumores de
Apoptose

- Diversos Diversos Lesõ es pré-malignas Alteraçõ es [ 214 ]


genéticas

30 mg/kg Na Vivo Ratos A inibição da atividade Mudanças na [ 215 ]


da hidrolase apoptose e no ciclo
lisossomal diminui o celular
P21 e o alvo da
rapamicina em
mamíferos (mTOR) no
estô mago

- Em sílico Sistema Formação de Instabilidade [ 218 ]


artificial metabó litos genô mica

8. Conclusã o

Os estudos sobre os mecanismos de açã o da OME ainda sã o controversos. Como agente gastro‐
protetor, bloqueia a bomba de pró tons, ativa proteínas HSP70 e TGF- β , exerce atividade antio‐
xidante, reduz a peroxidaçã o lipídica e ativa a expressã o de defesas antioxidantes, sem diferen‐
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 21/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

ciaçã o de doses e/ou concentraçõ es. Alé m disso, em estudos in vitro e in vivo , os efeitos antiin‐
flamató rios da OME tê m sido relacionados ao aumento do fluxo gá strico, ao aumento dos mar‐
cadores antiinflamató rios (COX-2, IL-10A e IL-6) e à atividade antiapoptó tica pela reduçã o da
caspase. 3, Bcl-2, cá lcio mitocondrial e expressã o dos genes NTRK2 e GGR1 . No entanto, os
efeitos adversos da OME, especialmente in vivo , como alteraçõ es na flora bacteriana, infecçõ es
enté ricas, destruiçã o da glâ ndula gá strica, formaçã o de pó lipos, hipomagné sia, hipocalcemia,
hiperplasia, metaplasia intestinal, deficiê ncia eletrolítica e alteraçõ es nos componentes imuno‐
ló gicos, podem estar relacionados à s consequê ncias da instabilidade genô mica. Em resumo,
alé m dos efeitos gastroprotetores, os efeitos adversos da OME podem ser decorrentes da sua
capacidade de danificar o DNA, induzindo estresse oxidativo, apoptose e necrose, alteraçõ es
imunoló gicas, proliferaçã o celular, autofagia e tumores.

Agradecimentos

Agradecemos à Universidade Federal do Piauí e ao PPSUS/FAPEPI pelo apoio financeiro.

Conflitos de interesse

Os autores declaram nã o ter conflitos de interesse.

Referências

1. Asatryan AD, Komarova NL Evolução da instabilidade genética em tumores heterogêneos. Jornal de Biologia Teórica .
2016; 396 :1–12. doi: 10.1016/j.jtbi.2015.11.028. [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

2. Burrell RA, Swanton C. Heterogeneidade tumoral e a evolução da resistência aos medicamentos policlonais.
Oncologia Molecular . 2014; 8 (6):1095–1111. doi: 10.1016/j.molonc.2014.06.005. [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ]
[ CrossRef ] [ Google Scholar ]

3. Ferguson LR, Chen H., Collins AR, et al. Instabilidade genô mica no câncer humano: percepçõ es moleculares e
oportunidades para ataque terapêutico e prevenção através de dieta e nutrição. Seminários em Biologia do Câncer . 2015;
35 :S5–S24. doi: 10.1016/j.semcancer.2015.03.005. [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

4. Kohler JE, Blass AL, Liu J., Tai K., Soybel DI O pré-tratamento antioxidante previne a toxicidade induzida pelo
omeprazol em um modelo in vitro de gastrite infecciosa. Biologia e Medicina dos Radicais Livres . 2010; 49 (5):786–791.
doi: 10.1016/j.freeradbiomed.2010.05.034. [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

5. Wadhwa R., Song S., Lee JS, Yao Y., Wei Q., ​Ajani JA Câncer gástrico – dimensõ es moleculares e clínicas. Nature analisa
oncologia clínica . 2013; 10 (11):643–655. doi: 10.1038/nrclinonc.2013.170. [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ] [
CrossRef ] [ Google Scholar ]

6. Downes N., Foster J. Artigo de opinião do fó rum regulató rio: avaliação de risco cancerígeno: a mudança das telas para
a ciência. Patologia Toxicológica . 2015; 43 (8):1064–1073. doi: 10.1177/0192623315598578. [ PubMed ] [ CrossRef ] [
Google Scholar ]

7. Neumann HG Avaliação de risco de carcinó genos químicos e limites. Revisões Críticas em Toxicologia . 2009; 39
(6):449–461. doi: 10.1080/10408440902810329. [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

8. Brambilla G., Mattioli F., Martelli A. Efeitos genotó xicos e carcinogênicos de drogas gastrointestinais. Mutagênese .
2010; 25 (4):315–326. doi: 10.1093/mutage/geq025. [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 22/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

9. Brambilla G., Mattioli F., Robbiano L., Martelli A. Testes de genotoxicidade e carcinogenicidade de produtos
farmacêuticos: correlaçõ es entre indução de lesõ es de DNA e atividade carcinogênica. Pesquisa/Revisões de Mutação em
Pesquisa de Mutação . 2010; 705 (1):20–39. doi: 10.1016/j.mrrev.2010.02.004. [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar
]

10. Brambilla G., Mattioli F., Robbiano L., Martelli A. Atualização de estudos de carcinogenicidade em animais e
humanos de 535 produtos farmacêuticos comercializados. Pesquisa/Revisões de Mutação em Pesquisa de Mutação .
2012; 750 (1):1–51. doi: 10.1016/j.mrrev.2011.09.002. [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

11. Brambilla G., Mattioli F., Robbiano L., Martelli A. Estudos sobre genotoxicidade e carcinogenicidade de
medicamentos antibacterianos, antivirais, antimaláricos e antifú ngicos. Mutagênese . 2012; 27 (4):387–413. doi:
10.1093/mutage/ger094. [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

12. Feher J. Fisiologia humana quantitativa: uma introdução . Imprensa Acadêmica; 2012. [ Google Acadêmico ]

13. Jain KS, Shah AK, Bariwal J., et al. Avanços recentes em inibidores da bomba de pró tons e tratamento de distú rbios
ácido-pépticos. Química Bioorgânica e Medicinal . 2007; 15 (3):1181–1205. doi: 10.1016/j.bmc.2006.07.068. [ PubMed ]
[ CrossRef ] [ Google Scholar ]

14. Ferrua MJ, Singh RP Modelagem da dinâmica dos fluidos no estô mago humano para obter informaçõ es sobre a
digestão dos alimentos. Jornal de Ciência Alimentar . 2010; 75 (7):R151–R162. doi: 10.1111/j.1750-3841.2010.01748.x.
[ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

15. Kenneth R., Mcquaid MD Fármacos usados ​no tratamento de doenças gastrintestinais. In: Katzung BG, Masters SB,
Trevor AJ, editores. Farmacologia básica e clínica . 12. Porto Alegre: AMGH; 2014. pp. [ Google Scholar ]

16. Wallace JL, Sharkey KA Farmacoterapia da acidez gástrica, ú lcera péptica e doença do refluxo gastroesofágico. In:
Brunton LL, Chabner BA, Knolmann BC, editores. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gil-man . 12.
Porto Alegre: AMGH; 2012. pp. [ Google Scholar ]

17. Schubert ML Secreção gástrica. Opinião Atual em Gastroenterologia . 2014; 30 (6):578–582. doi:
10.1097/MOG.0000000000000125. [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

18. Yao X., Forte JG Biologia celular da secreção ácida pela célula parietal. Revisão Anual de Fisiologia . 2003; 65 (1):103–
131. doi: 10.1146/annurev.fisiol.65.072302.114200. [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

19. Hong CY, Lee SY, Ryu SH, Lee SS, Kim M. Whole-Genome De Novo Sequenciamento da podridão da madeira que
degrada a lignina Fungus Phanerochaete chrysosporium (ATCC 20696) Anúncios do genoma . 2017; 5 (32) doi:
10.1128/genomea.00731-17. [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ] Retraído

20. Dias N., Santos P., Pinto M., et al. Análise de prontuários de pacientes com gastrite em um hospital da região oeste ii
do estado de Goiás. Revista Eletrônica Faculdade Montes Belos . 2015; 8 (1):1–9. [ Google Scholar ]

21. Bansal VK, Goel RK Efeito gastroprotetor do extrato de vagem jovem sem sementes de Acacia nilotica : Papel dos
constituintes polifenó licos. Jornal Asiático-Pacífico de Medicina Tropical . 2012; 5 (7):523–528. doi: 10.1016/S1995-
7645(12)60092-3. [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

22. Canção KH, Woo SR, Chung JY, et al. REP1 inibe a apoptose mediada por FOXO3 para promover a sobrevivência das
células cancerígenas. Morte Celular e Doença . 2017; 8 (1, artigo e2536) doi: 10.1038/cddis.2016.462. [ Artigo gratuito
do PMC ] [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

23. Brzozowski T., Ptak-Belowska A., Kwiecien S., et al. Novo conceito no mecanismo de lesão e proteção da mucosa
gástrica: papel do sistema renina-angiotensina e metabó litos ativos da angiotensina. Química Medicinal Atual . 2012; 19
(1):55–62. doi: 10.2174/092986712803413953. [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 23/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

24. Ballweg R., Schozer F., Elliott K., et al. Feedbacks positivos multiescala contribuem para a progressão unidirecional
da doença gástrica induzida pela infecção por Helicobacter pylori. Biologia de Sistemas BMC . 2017; 11 (1) doi:
10.1186/s12918-017-0497-y. [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

25. Willemijntje AH, Pankaj JP Agentes utilizados para controle da acidez gástrica e tratamento de ú lceras pépticas e
doença do refluxo gastroesofágico. In: Joel GH, Lee EL, editores. A Base Farmacológica da Terapêutica . Grã-Bretanha:
Divisão de Publicação Médica McGraw-Hill; 2001. pp. [ Google Scholar ]

26. Malfertheiner P., Chan FKL, McColl KEL Ú lcera péptica. A Lanceta . 2009; 374 (9699):1449–1461. doi:
10.1016/S0140-6736(09)60938-7. [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

27. Graham DY Histó ria de Helicobacter pylori , ú lcera duodenal, ú lcera gástrica e câncer gástrico. Jornal Mundial de
Gastroenterologia: WJG . 2014; 20 (18):5191–5204. doi: 10.3748/wjg.v20.i18.5191. [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed
] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

28. Cartagenes VD'. A., Martins LC, Carneiro LM, Barile KA d. S., Corvelo TC Helicobacter pylori em crianças e associação
de cepas CagA na transmissão mãe-filho na Amazô nia brasileira. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical .
2009; 42 (3):298–302. doi: 10.1590/S0037-86822009000300011. [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

29. Machado KC, Oliveira GLS, de Sousa É . BV, et al. Estudos espectroscó picos da capacidade antioxidante in vitro do
ferulato de isopentila. Interações Químico-Biológicas . 2015; 225 :47–53. doi: 10.1016/j.cbi.2014.11.008. [ PubMed ] [
CrossRef ] [ Google Scholar ]

30. Konturek SJ, Konturek PC, Brzozowski T., Konturek JW, Pawlik WW Dos nervos e hormô nios às bactérias no
estô mago; Prêmio Nobel pelas conquistas em gastrologia durante o século passado. Jornal de Fisiologia e Farmacologia .
2005; 56 (4):507–530. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]

31. Fiocca R., Mastracci L., Attwood SE, et al. Morfologia das células gástricas exó crinas e endó crinas sob terapia
prolongada de inibição ácida: resultados de um acompanhamento de 5 anos no ensaio LOTUS. Farmacologia Alimentar e
Terapêutica . 2012; 36 (10):959–971. doi: 10.1111/apt.12052. [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

32. Polanco Allué I. Microbiota e doenças gastrointestinais. Anales de Pediatría (edição em inglês) 2015; 83 (6):443.e1–
443.e5. doi: 10.1016/j.anpede.2015.11.003. [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

33. Kalayci M., Kocdor MA, Kuloglu T., et al. Comparação dos efeitos terapêuticos do citrato de sildenafil, heparina e
neuropeptídeos em um modelo de rato com ú lcera gástrica induzida por ácido acético. Ciências da Vida . 2017; 186
:102–110. doi: 10.1016/j.lfs.2017.08.013. [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

34. Lanas A., Chan F. K. L. Peptic ulcer disease. The Lancet. 2017;390(10094):613–624. doi: 10.1016/S0140-
6736(16)32404-7. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

35. Mnich E., Kowalewicz-Kulbat M., Siciń ska P., et al. Impact of Helicobacter pylori on the healing process of the gastric
barrier. World Journal of Gastroenterology. 2016;22(33):7536–7558. doi: 10.3748/wjg.v22.i33.7536. [PMC free article]
[PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

36. Pandya H. B., Agravat H. H., Patel J. S. Prevalence of specific Helicobacter Pylori CagA, vacA, iceA, ureC genotypes
and its clinical relevance in the patients with acid-peptic diseases. Journal of Clinical and Diagnostic Research.
2017;11(8):23–26. doi: 10.7860/JCDR/2017/27812.10457. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

37. Numico G., Fusco V., Franco P., Roila F. Proton pump inhibitors in cancer patients: how useful they are? A review of
the most common indications for their use. Critical Reviews In Oncology/hematology. 2017;111:144–151.
doi: 10.1016/j.critrevonc.2017.01.014. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

38. Savarino V., Dulbecco P., de Bortoli N., Ottonello A., Savarino E. The appropriate use of proton pump inhibitors
(PPIs): need for a reappraisal. European Journal Of Internal Medicine. 2017;37:19–24. doi: 10.1016/j.ejim.2016.10.007.
[PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 24/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

39. Minalyan A., Benhammou J. N., Artashesyan A., Lewis M. S., Pise-Gna J. R. Autoimmune atrophic gastritis: current
perspectives. Clinical and Experimental Gastroenterology. 2017;10:19–27. doi: 10.2147/CEG.S109123. [PMC free article]
[PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

40. Schubert M. L., Peura D. A. Control of gastric acid secretion in health and disease. Gastroenterology.
2008;134(7):1842–1860. doi: 10.1053/j.gastro.2008.05.021. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

41. Novotna A., Srovnalova A., Svecarova M., Korhonova M., Bartonkova I., Dvorak Z. Differential effects of omeprazole
and lansoprazole enantiomers on aryl hydrocarbon receptor in human hepatocytes and cell lines. PLoS One. 2014;9(6,
article e98711) doi: 10.1371/journal.pone.0098711. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

42. Park S., Hyun Y. J., Kim Y. R., et al. Effects of CYP2C19 genetic polymorphisms on PK/PD responses of omeprazole in
Korean healthy volunteers. Journal of Korean Medical Science. 2017;32(5):729–736. doi: 10.3346/jkms.2017.32.5.729.
[PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

43. Hu Y. M., Xu J. M., Mei Q., Xu X. H., Xu S. Y. Pharmacodynamic effects and kinetic disposition of rabeprazole in
relation to CYP2C19 genotype in healthy Chinese subjects. Acta Pharmacologica Sinica. 2005;26(3):384–388.
doi: 10.1111/j.1745-7254.2005.00047.x. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

44. Hoogerwerf W. A., Pasricha P. J. Pharmacotherapy of gastric acidity, peptic ulcers and gastroesophageal reflux
disease. In: Goodman A. G., editor. The Pharmacological Basis of Therapeutics. 11. Mc Graw Hill; 2006. pp. 967–981.
[Google Scholar]

45. Wang X., Li S. Protein mislocalization: mechanisms, functions and clinical applications in cancer. Biochimica et
Biophysica Acta (BBA) - Reviews on Cancer. 2014;1846(1):13–25. doi: 10.1016/j.bbcan.2014.03.006. [PMC free article]
[PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

46. Novotna A., Korhonova M., Bartonkova I., et al. Enantiospecific effects of ketoconazole on aryl hydrocarbon
receptor. PLoS One. 2014;9(7, article e101832) doi: 10.1371/journal.pone.0101832. [PMC free article] [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

47. Holguín H., Ceballos M., Amariles P. Clinical relevance of clopidogrel and omeprazole interaction: systematic
review. Revista Colombiana de Cardiología. 2012;19(1):25–32. doi: 10.1016/S0120-5633(12)70100-6. [CrossRef]
[Google Scholar]

48. Lahner E., Galli G., Esposito G., Pilozzi E., Corleto V. D., Annibale B. Updated features associated with type 1 gastric
carcinoids patients: a single-center study. Scandinavian Journal of Gastroenterology. 2014;49(12):1447–1455.
doi: 10.3109/00365521.2014.968859. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

49. Muthuraman A., Sood S. Antisecretory, antioxidative and antiapoptotic effects of montelukast on pyloric ligation and
water immersion stress induced peptic ulcer in rat. Pros-taglandins, Leukotrienes and Essential Fatty Acids.
2010;83(1):55–60. doi: 10.1016/j.plefa.2010.01.003. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

50. El-Ashmawy N. E., Khedr E. G., El-Bahrawy H. A., Selim H. M. Nebivolol prevents indomethacin-induced gastric ulcer
in rats. Journal of Immunotoxicology. 2016;13(4):580–589. doi: 10.3109/1547691X.2016.1142488. [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

51. Almasaudi S. B., el-Shitany N. A., Abbas A. T., et al. Antioxidant, anti-inflammatory, and antiulcer potential of manuka
honey against gastric ulcer in rats. Oxidative Medicine and Cellular Longevity. 2016;2016:10.
doi: 10.1155/2016/3643824.3643824 [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

52. Blandizzi C., Gherardi G., Marveggio C., Natale G., Carignani D., del Tacca M. Mechanisms of protection by
omeprazole against experimental gastric mucosal damage in rats. Digestion. 1995;56(3):220–229.
doi: 10.1159/000201247. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 25/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

53. El-Naga R. N. Apocynin protects against ethanol-induced gastric ulcer in rats by attenuating the upregulation of
NADPH oxidases 1 and 4. Chemico-Biological Interactions. 2015;242:317–326. doi: 10.1016/j.cbi.2015.10.018.
[PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

54. Al Batran R., Al-Bayaty F., Jamil Al-Obaidi M. M., et al. In vivo antioxidant and antiulcer activity of Parkia speciosa
ethanolic leaf extract against ethanol-induced gastric ulcer in rats. PLoS One. 2013;8(5, article e64751)
doi: 10.1371/journal.pone.0064751. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar] Retracted

55. Albaayit S. F. A., Abba Y., Abdullah R., Abdullah N. Prophylactic effects of Clausena excavata Burum. f. leaf extract in
ethanol-induced gastric ulcers. Drug Design, Development and Therapy. 2016;10:1973–1986.
doi: 10.2147/DDDT.S103993. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

56. Mahmoud-Awny M., Attia A. S., Abd-Ellah M. F., El-Abhar H. S. Mangiferin mitigates gastric ulcer in
ischemia/reperfused rats: involvement of PPAR-γ, NF-κB and Nrf 2/HO-1 signaling pathways. PLoS One. 2015;10(7,
article e0132497) doi: 10.1371/journal.pone.0132497. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

57. Ahn J. S., Eom C. S., Jeon C. Y., Park S. M. Acid suppressive drugs and gastric cancer: a meta-analysis of observational
studies. World Journal of Gastroenterology. 2013;19(16):2560–2568. doi: 10.3748/wjg.v19.i16.2560. [PMC free article]
[PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

58. Asghar W., Pittman E., Jamali F. Comparative efficacy of esomeprazole and omeprazole: racemate to single
enantiomer switch. DARU Journal of Pharmaceutical Sciences. 2015;23(1):p. 50. doi: 10.1186/s40199-015-0133-6. [PMC
free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

59. Kajiura S., Hosokawa A., Ueda A., et al. Effective healing of endoscopic submucosal dissection-induced ulcers by a
single week of proton pump inhibitor treatment: a retrospective study. BMC Research Notes. 2015;8(1):p. 150.
doi: 10.1186/s13104-015-1111-2. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

60. Blandizzi C., Natale G., Gherardi G., et al. Gastroprotective effects of pantoprazole against experimental mucosal
damage. Fundamental & Clinical Pharmacology. 2000;14(2):89–99. doi: 10.1111/j.1472-8206.2000.tb00396.x. [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

61. Zhang F., Wang L., Wang J. J., Luo P. F., Wang X. T., Xia Z. F. The caspase-1 inhibitor AC-YVAD-CMK attenuates acute
gastric injury in mice: involvement of silencing NLRP3 inflammasome activities. Scientific Reports. 2016;6(1, article
24166) doi: 10.1038/srep24166. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

62. Kuramoto T., Umegaki E., Nouda S., et al. Preventive effect of irsogladine or omeprazole on non-steroidal anti-
inflammatory drug-induced esophagitis, peptic ulcers, and small intestinal lesions in humans, a prospective
randomized controlled study. BMC Gastroenterology. 2013;13(1):p. 85. doi: 10.1186/1471-230X-13-85. [PMC free
article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

63. Bateman D. N., Colin-Jones D., Hartz S., et al. Mortality study of 18 000 patients treated with omeprazole. Gut.
2003;52(7):942–946. doi: 10.1136/gut.52.7.942. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

64. Choi Y., Han H., Shin D., Lim K. S., Yu K. S. Comparison of the pharmacokinetics and tolerability of HCP1004 (a fixed-
dose combination of naproxen and esomeprazole strontium) and VIMOVO ® (a marketed fixed-dose combination of
naproxen and esomeprazole magnesium) in healthy volunteers. Drug Design, Development and Therapy. 2015;9:4127–
4135. doi: 10.2147/DDDT.S86725. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

65. Nagahara A., Suzuki T., Nagata N., et al. A multicentre randomised trial to compare the efficacy of omeprazole versus
rabeprazole in early symptom relief in patients with reflux esophagitis. Journal of Gastroenterology. 2014;49(12):1536–
1547. doi: 10.1007/s00535-013-0925-8. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 26/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

66. Nishida T., Tsujii M., Tanimura H., et al. Comparative study of esomeprazole and lansoprazole in triple therapy for
eradication of Helicobacter pylori in Japan. World Journal of Gastroenterology: WJG. 2014;20(15):4362–4369.
doi: 10.3748/wjg.v20.i15.4362. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

67. Birkmann K., Junge H. K., Maischberger E., Wehrli Eser M., Schwarzwald C. C. Efficacy of omeprazole powder paste
or enteric-coated formulation in healing of gastric ulcers in horses. Journal of Veterinary Internal Medicine.
2014;28(3):925–933. doi: 10.1111/jvim.12341. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

68. Ibrahim M. Y., Hashim N. M., Dhiyaaldeen S. M., et al. Acute toxicity and gastroprotection studies of a new Schiff
base derived manganese (II) complex against HCl/ethanol-induced gastric ulcerations in rats. Scientific Reports.
2016;6(1, article 26819) doi: 10.1038/srep26819. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar] Retracted

69. Gao W., Li H.-Y., Wang L.-X., et al. Protective effect of omeprazole on gastric mucosal of cirrhotic portal hypertension
rats. Asian Pacific Journal of Tropical Medicine. 2014;7(5):402–406. doi: 10.1016/s1995-7645(14)60065-1. [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

70. Kim Y. J., Lee J. S., Hong K. S., Chung J. W., Kim J. H., Hahm K. B. Novel application of proton pump inhibitor for the
prevention of colitis-induced colorectal carcinogenesis beyond acid suppression. Cancer Prevention Research.
2010;3(8):963–974. doi: 10.1158/1940-6207.CAPR-10-0033. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

71. Puiac S., Sem X., Negrea A., Rhen M. Small-molecular virulence inhibitors show divergent and immunomodulatory
effects in infection models of Salmonella enterica serovar Typhimurium. International Journal of Antimicrobial Agents.
2011;38(5):409–416. doi: 10.1016/j.ijantimicag.2011.06.009. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

72. Chanchal S. K., Mahajan U. B., Siddharth S., et al. In vivo and in vitro protective effects of omeprazole against
neuropathic pain. Scientific Reports. 2016;6(1):1–10. doi: 10.1038/srep30007. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef]
[Google Scholar]

73. Biswas K., Bandyopadhyay U., Chattopadhyay I., Varadaraj A., Ali E., Banerjee R. K. A novel antioxidant and
antiapoptotic role of omeprazole to block gastric ulcer through scavenging of hydroxyl radical. Journal of Biological
Chemistry. 2003;278(13):10993–11001. doi: 10.1074/jbc.M210328200. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

74. Patel A., Zhang S., Shrestha A. K., Maturu P., Moorthy B., Shivanna B. Omeprazole induces heme oxygenase-1 in fetal
human pulmonary microvascular endothelial cells via hydrogen peroxide-independent Nrf2 signaling pathway.
Toxicology and Applied Pharmacology. 2016;311:26–33. doi: 10.1016/j.taap.2016.10.002. [PMC free article] [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

75. Balza E., Piccioli P., Carta S., et al. Proton pump inhibitors protect mice from acute systemic inflammation and
induce long-term cross-tolerance. Cell Death & Disease. 2016;7(7, article e2304) doi: 10.1038/cddis.2016.218. [PMC free
article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

76. Hashioka S., Klegeris A., Mcgeer P. L. Proton pump inhibitors exert anti-inflammatory effects and decrease human
microglial and monocytic THP-1 cell neurotoxicity. Experimental Neurology. 2009;217(1):177–183.
doi: 10.1016/j.expneurol.2009.02.002. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

77. Song J.-W., Seo C.-S., Kim T.-I., et al. Protective effects of manassantin A against ethanol-induced gastric injury in rats.
Biological and Pharmaceutical Bulletin. 2016;39(2):221–229. doi: 10.1248/bpb.b15-00642. [PubMed] [CrossRef]
[Google Scholar]

78. Zheng H., Chen Y., Zhang J., et al. Evaluation of protective effects of costunolide and dehydrocostuslactone on
ethanol-induced gastric ulcer in mice based on multi-pathway regulation. Chemico-Biological Interactions. 2016;250:68–
77. doi: 10.1016/j.cbi.2016.03.003. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 27/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

79. Shimoyama A. T., Santin J. R., Machado I. D., et al. Antiulcerogenic activity of chlorogenic acid in different models of
gastric ulcer. Naunyn-Schmiedeberg's Archives of Pharmacology. 2013;386(1):5–14. doi: 10.1007/s00210-012-0807-2.
[PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

80. Kengkoom K., Tirawanchai N., Angkhasirisap W., Ampawong S. Omeprazole preserves the RER in chief cells and
enhances re‑epithelialization of parietal cells with SOD and AQP‑4 up‑regulation in ethanol‑induced gastritis rats.
Experimental and Therapeutic Medicine. 2017;14(6):5871–5880. doi: 10.3892/etm.2017.5270. [PMC free article]
[PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

81. Fang Z., Tang J., Bai Y., et al. Plasma levels of microRNA-24, microRNA-320a, and microRNA-423-5p are potential
biomarkers for colorectal carcinoma. Journal of Experimental & Clinical Cancer Research. 2015;34(1):p. 86.
doi: 10.1186/s13046-015-0198-6. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

82. Hamdan D. I., Mahmoud M. F., Wink M., El-Shazly A. M. Effect of hesperidin and neohesperidin from bittersweet
orange (Citrus aurantium var. bigaradia) peel on indomethacin-induced peptic ulcers in rats. Environmental Toxicology
and Pharmacology. 2014;37(3):907–915. doi: 10.1016/j.etap.2014.03.006. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

83. Nassenstein C., Kerzel S., Braun A. Neurotrophins and neurotrophin receptors in allergic asthma. Progress in Brain
Research. 2004;146:347–367. doi: 10.1016/S0079-6123(03)46022-6. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

84. Mao S., Yang G., Li W., et al. Gastroprotective effects of astragaloside IV against acute gastric lesion in rats. PLoS One.
2016;11(2):p. e0148146. doi: 10.1371/journal.pone.0148146. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

85. Sabat R., Grü tz G., Warszawska K., et al. Biology of interleukin-10. Cytokine & Growth Factor Reviews.
2010;21(5):331–344. doi: 10.1016/j.cytogfr.2010.09.002. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

86. Lawrence T. The nuclear factor NF-κB pathway in inflammation. Cold Spring Harbor perspectives in biology.
2009;1(6) doi: 10.1101/cshperspect.a001651. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

87. Wang J., Zhang T., Zhu L., Ma C., Wang S. Anti-ulcerogenic effect of Zuojin Pill against ethanol-induced acute gastric
lesion in animal models. Journal of Ethnopharmacology. 2015;173:459–467. doi: 10.1016/j.jep.2015.04.017. [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

88. Choo B. K., Roh S. S. Berberine protects against esophageal mucosal damage in reflux esophagitis by suppressing
proinflammatory cytokines. Experimental and Therapeutic Medicine. 2013;6(3):663–670. doi: 10.3892/etm.2013.1202.
[PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

89. Ghebremariam Y. T., Cooke J. P., Gerhart W., et al. Pleiotropic effect of the proton pump inhibitor esomeprazole
leading to suppression of lung inflammation and fibrosis. Journal of Translational Medicine. 2015;13(1):1–20.
doi: 10.1186/s12967-015-0614-x. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

90. Liu Z., Luo Y., Cheng Y., et al. Gastrin attenuates ischemia-reperfusion-induced intestinal injury in rats. Experimental
Biology and Medicine. 2016;241(8):873–881. doi: 10.1177/1535370216630179. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef]
[Google Scholar]

91. Laura R. P., Dong D., Reynolds W. F., Maki R. A. T47D cells expressing myeloperoxidase are able to process, traffic
and store the mature protein in lysosomes: studies in T47D cells reveal a role for Cys319 in MPO biosynthesis that
precedes its known role in intermolecular disulfide bond formation. PLoS One. 2016;11(2, article e0149391)
doi: 10.1371/journal.pone.0149391. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

92. Richter J., Jimenez J., Nagatomo T., et al. Proton-pump inhibitor omeprazole attenuates hyperoxia induced lung
injury. Journal of Translational Medicine. 2016;14(1):p. 247. doi: 10.1186/s12967-016-1009-3. [PMC free article]
[PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 28/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

93. Niece K. L., Boyd N. K., Akers K. S. In vitro study of the variable effects of proton pump inhibitors on voriconazole.
Antimicrobial Agents and Chemotherapy. 2015;59(9):5548–5554. doi: 10.1128/AAC.00884-15. [PMC free article]
[PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

94. Botelho-Nevers E., Singh S., Chiche L., Raoult D. Effect of omeprazole on vacuole size in Coxiella burnetii -infected
cells. Journal of Infection. 2013;66(3):288–289. doi: 10.1016/j.jinf.2012.10.006. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

95. Lou D. I., Hussmann J. A., Mcbee R. M., et al. High-throughput DNA sequencing errors are reduced by orders of
magnitude using circle sequencing. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of the America.
2013;110(49):19872–19877. doi: 10.1073/pnas.1319590110. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

96. Muthuraman A., Ramesh M., Chauhan A. Mitochondrial dependent apoptosis: ameliorative effect of flunarizine on
ischemia–reperfusion of celiac artery-induced gastric lesions in the rat. Digestive Diseases and Sciences.
2011;56(8):2244–2251. doi: 10.1007/s10620-011-1607-0. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

97. Nørsett K. G., Laegreid A., Langaas M., et al. Molecular characterization of rat gastric mucosal response to potent
acid inhibition. Physiological Genomics. 2005;22(1):24–32. doi: 10.1152/physiolgenomics.00245.2004. [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

98. Reed S. M., Quelle D. E. p53 acetylation: regulation and consequences. Cancers. 2014;7(1):30–69.
doi: 10.3390/cancers7010030. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

99. Jiang H., Hou C., Zhang S., et al. Matrine upregulates the cell cycle protein E2F-1 and triggers apoptosis via the
mitochondrial pathway in K562 cells. European Journal of Pharmacology. 2007;559(2-3):98–108.
doi: 10.1016/j.ejphar.2006.12.017. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

100. El-Maraghy S. A., Rizk S. M., Shahin N. N. Gastroprotective effect of crocin in ethanol-induced gastric injury in rats.
Chemico-Biological Interactions. 2015;229:26–35. doi: 10.1016/j.cbi.2015.01.015. [PubMed] [CrossRef] [Google
Scholar]

101. Kinsey S. G., Nomura D. K., O'Neal S. T., et al. Inhibition of monoacylglycerol lipase attenuates non-steroidal anti-
inflammatory drug-induced gastric hemorrhages in mice. Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics.
2011;338(3):795–802. doi: 10.1124/jpet.110.175778. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

102. Morini G., Grandi D., Arcari M. L., Bertaccini G. Gastroprotective activity of the novel proton pump inhibitor
lansoprazole in the rat. General Pharmacology: The Vascular System. 1995;26(5):1021–1025. doi: 10.1016/0306-
3623(94)00279-V. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

103. Morini G., Grandi D., Arcari M. L., Bertaccini G. Indomethacin-induced morphological changes in the rat gastric
mucosa, with or without prior treatment with two proton pump inhibitors. Alimentary Pharmacology and Therapeutics.
1995;9(6):615–623. doi: 10.1111/j.1365-2036.1995.tb00430.x. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

104. Maity B., Yadav S. K., Patro B. S., Tyagi M., Bandyopadhyay S. K., Chattopadhyay S. Molecular mechanism of the
anti-inflammatory activity of a natural diarylnonanoid, malabaricone C. Free Radical Biology and Medicine.
2012;52(9):1680–1691. doi: 10.1016/j.freeradbiomed.2012.02.013. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

105. Sen H., Oruç M., Işik V. M., et al. The effect of omeprazole usage on the viability of random pattern skin flaps in
rats. Annals of Plastic Surgery. 2017;78(6):e5–e9. doi: 10.1097/SAP.0000000000000922. [PubMed] [CrossRef] [Google
Scholar]

106. Wannmacher L. Inibidores da bomba de pró tons: indicaçõ es racionais. Brasília. 2004;2(1) [Google Scholar]

107. Yanagihara G. R., de Paiva A. G., Neto M. P., et al. Effects of long‐term administration of omeprazole on bone mineral
density and the mechanical properties of the bone. Revista Brasileira de Ortopedia. 2015;50(2):232–238.
doi: 10.1016/j.rbo.2014.05.012. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 29/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

108. Chubineh S., Birk J. Proton pump inhibitors: the good, the bad, and the unwanted. Southern Medical Journal.
2012;105(11):613–618. doi: 10.1097/SMJ.0b013e31826efbea. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

109. Gould E., Clements C., Reed A., et al. A prospective, placebo-controlled pilot evaluation of the effect of omeprazole
on serum calcium, magnesium, cobalamin, gastrin concentrations, and bone in cats. Journal of Veterinary Internal
Medicine. 2016;30(3):779–786. doi: 10.1111/jvim.13932. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

110. Kumar K. R., Iqbal R., Coss E., Park C., Cryer B., Genta R. M. Helicobacter gastritis induces changes in the oxyntic
mucosa indistinguishable from the effects of proton pump inhibitors. Human Pathology. 2013;44(12):2706–2710.
doi: 10.1016/j.humpath.2013.07.015. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

111. Schoenfeld A. J., Grady D. Adverse effects associated with proton pump inhibitors. JAMA Internal Medicine.
2016;176(2):172–174. doi: 10.1001/jamainternmed.2015.7927. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

112. Corley D. A., Kubo A., Zhao W., Quesenberry C. Proton pump inhibitors and histamine-2 receptor antagonists are
associated with hip fractures among at-risk patients. Gastroenterology. 2010;139(1):93–101.
doi: 10.1053/j.gastro.2010.03.055. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

113. Leonard J., Marshall J. K., Moayyedi P. Systematic review of the risk of enteric infection in patients taking acid
suppression. The American Journal of Gastroenterology. 2007;102(9):2047–2056. doi: 10.1111/j.1572-
0241.2007.01275.x. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

114. Arai A. E., Gallerani S. M. C. Uso Crônico de Fármacos Inibidores da Bomba de Prótons: Eficácia Clínica e Efeitos
Adversos. Monografia (Especialização em Farma-cologia) – Centro Universitário Filadélfia–Londrina; 2011. [Google
Scholar]

115. Liu W., Baker S. S., Trinidad J., et al. Inhibition of lysosomal enzyme activities by proton pump inhibitors. Journal
of Gastroenterology. 2013;48(12):1343–1352. doi: 10.1007/s00535-013-0774-5. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

116. Wong W. M., Lai K. C., Lam K. F., et al. Prevalence, clinical spectrum and health care utilization of gastro-
oesophageal reflux disease in a Chinese population: a population-based study. Alimentary Pharmacology & Therapeutics.
2003;18(6):595–604. doi: 10.1046/j.1365-2036.2003.01737.x. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

117. Tamura T., Sakaeda T., Kadoyama K., Okuno Y. Omeprazole- and esomeprazole-associated hypomagnesaemia: data
mining of the public version of the FDA Adverse Event Reporting System. International Journal of Medical Sciences.
2012;9(5):322–326. doi: 10.7150/ijms.4397. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

118. Mackay J. D., Bladon P. T. Hypomagnesaemia due to proton-pump inhibitor therapy: a clinical case series. QJM.
2010;103(6):387–395. doi: 10.1093/qjmed/hcq021. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

119. Abbas M., Cumella L., Zhang Y., et al. Outcomes of laparoscopic sleeve gastrectomy and Roux-en-Y gastric bypass in
patients older than 60. Obesity Surgery. 2015;25(12):2251–2256. doi: 10.1007/s11695-015-1712-9. [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

120. Heidelbaugh J. J., Goldberg K. L., Inadomi J. M. Adverse risks associated with proton pump inhibitors: a systematic
review. Gastroenterology & Hepatology. 2009;5(10):p. 725. [Google Scholar]

121. Dekoven J. G., Yu A. M. Occupational airborne contact dermatitis from proton pump inhibitors. Dermatitis.
2015;26(6):287–290. doi: 10.1097/der.0000000000000139. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

122. Thomas B., Mohamed M., al Hail M., et al. A case of probable esomeprazole-induced transient liver injury in a
pregnant woman with hyperemesis. Clinical Pharmacology: Advances and Applications. 2016;8:199–202.
doi: 10.2147/CPAA.S106234. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 30/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

123. Capodicasa E., Cornacchione P., Natalini B., et al. Omeprazole induces apoptosis in normal human
polymorphonuclear leucocytes. International Journal of Immunopathology and Pharmacology. 2008;21(1):73–85.
doi: 10.1177/039463200802100109. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

124. Scaringi L., Cornacchione P., Ayroldi E., et al. Omeprazole induces apoptosis in Jurkat cells. International journal of
immunopathology and pharmacology. 2004;17(3):331–342. doi: 10.1177/039463200401700313. [PubMed] [CrossRef]
[Google Scholar]

125. Cardile S., Romano C. Clinical utility of esomeprazole for treatment of gastroesophageal reflux disease in pediatric
and adolescent patients. Adolescent Health, Medicine and Therapeutics. 2012;3:27–31. doi: 10.2147/AHMT.S23193. [PMC
free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

126. El-Shenawy A., Diab M., Shemis M., et al. Detection of Helicobacter pylori vacA, cagA and iceA1 virulence genes
associated with gastric diseases in Egyptian patients. Egyptian Journal of Medical Human Genetics. 2017;18(4):365–371.
doi: 10.1016/j.ejmhg.2017.04.003. [CrossRef] [Google Scholar]

127. Cohen S., Bueno de Mesquita M., Mimouni F. B. Adverse effects reported in the use of gastroesophageal reflux
disease treatments in children: a 10 years literature review. British Journal of Clinical Pharmacology. 2015;80(2):200–
208. doi: 10.1111/bcp.12619. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

128. Imai R., Higuchi T., Morimoto M., Koyamada R., Okada S. Iron deficiency anemia due to the long-term use of a
proton pump inhibitor. Internal Medicine. 2018;57(6):899–901. doi: 10.2169/internalmedicine.9554-17. [PMC free
article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

129. Miyamoto S., Kato M., Matsuda K., et al. Gastric hyperplastic polyps associated with proton pump inhibitor use in
a case without a history of Helicobacter pylori infection. Internal Medicine. 2017;56(14):1825–1829.
doi: 10.2169/internalmedicine.56.8040. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

130. Thomson A. B. R., Sauve M. D., Kassam N., Kamitakahara H. Safety of the long-term use of proton pump inhibitors.
World Journal of Gastroenterology. 2010;16(19):2323–2330. doi: 10.3748/wjg.v16.i19.2323. [PMC free article]
[PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

131. Attwood S. E., Ell C., Galmiche J. P., et al. Long-term safety of proton pump inhibitor therapy assessed under
controlled, randomised clinical trial conditions: data from the SOPRAN and LOTUS studies. Alimentary Pharmacology &
Therapeutics. 2015;41(11):1162–1174. doi: 10.1111/apt.13194. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

132. Fitzgerald D. M., Hastings P. J., Rosenberg S. M. Stress-induced mutagenesis: implications in cancer and drug
resistance. Annual Review of Cancer Biology. 2017;1(1):119–140. doi: 10.1146/annurev-cancerbio-050216-121919.
[PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

133. Zeiger E. Illusions of safety: antimutagens can be mutagens, and anticarcinogens can be carcinogens. Mutation
Research/Reviews in Mutation Research. 2003;543(3):191–194. doi: 10.1016/S1383-5742(02)00111-4. [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

134. Lee P., Vousden K. H., Cheung E. C. TIGAR, TIGAR, burning bright. Cancer & Metabolism. 2014;2(1):p. 1.
doi: 10.1186/2049-3002-2-1. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

135. Adeoye G. O., Alimba C. G., Oyeleke O. B. The genotoxicity and systemic toxicity of a pharmaceutical effluent in
Wistar rats may involve oxidative stress induction. Toxicology Reports. 2015;2:1265–1272.
doi: 10.1016/j.toxrep.2015.09.004. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

136. Tsuchiya T., Kijima A., Ishii Y., et al. Mechanisms of oxidative stress-induced in vivo mutagenicity by potassium
bromate and nitrofurantoin. Journal of Toxicologic Pathology. 2018;31(3):179–188. doi: 10.1293/tox.2018-0024. [PMC
free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 31/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

137. Danaei G. H., Karami M. Protective effect of thymoquinone against diazinon-induced hematotoxicity, genotoxicity
and immunotoxicity in rats. Environmental Toxicology and Pharmacology. 2017;55:217–222.
doi: 10.1016/j.etap.2017.09.002. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

138. Laskoski L. M., Dittrich R. L., Valadão C. A. A., et al. Oxidative stress in hoof laminar tissue of horses with lethal
gastrointestinal diseases. Veterinary Immunology And Immunopathology. 2016;171:66–72.
doi: 10.1016/j.vetimm.2016.02.008. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

139. Woź niak A., Walawender M., Tempka D., et al. In vitro genotoxicity and cytotoxicity of polydopamine-coated
magnetic nanostructures. Toxicology In Vitro. 2017;44:256–265. doi: 10.1016/j.tiv.2017.07.022. [PubMed] [CrossRef]
[Google Scholar]

140. Moloney J. N., Cotter T. G. ROS signalling in the biology of cancer. Seminars in Cell & Developmental Biology.
2018;80:50–64. doi: 10.1016/j.semcdb.2017.05.023. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

141. Brambilla G., Martelli A. Genotoxicity and carcinogenicity studies of analgesics, anti-inflammatory drugs and
antipyretics. Pharmacological Research. 2009;60(1):1–17. doi: 10.1016/j.phrs.2009.03.007. [PubMed] [CrossRef]
[Google Scholar]

142. Shivanna B., Zhang S., Patel A., et al. Omeprazole attenuates pulmonary aryl hydrocarbon receptor activation and
potentiates hyperoxia-induced developmental lung injury in newborn mice. Toxicological Sciences. 2015;148(1):276–
287. doi: 10.1093/toxsci/kfv183. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

143. Kirkinezos I. G., Bacman S. R., Hernandez D., et al. Cytochrome c association with the inner mitochondrial
membrane is impaired in the CNS of G93A-SOD1 mice. Journal of Neuroscience. 2005;25(1):164–172.
doi: 10.1523/JNEUROSCI.3829-04.2005. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

144. Pey A., Zamoum T., Christen R., Merle P. L., Furla P. Characterization of glutathione peroxidase diversity in the
symbiotic sea anemone Anemonia viridis. Biochimie. 2017;132:94–101. doi: 10.1016/j.biochi.2016.10.016. [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

145. Sies H. Hydrogen peroxide as a central redox signaling molecule in physiological oxidative stress: oxidative
eustress. Redox Biology. 2017;11(1):613–619. doi: 10.1016/j.redox.2016.12.035. [PMC free article] [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

146. Patel A., Zhang S., Moorthy B., Shivanna B. Omeprazole does not potentiate acute oxygen toxicity in fetal human
pulmonary microvascular endothelial cells exposed to hyperoxia. Pharmaceutica Analytica Acta. 2015;6(10)
doi: 10.4172/2153-2435.1000424. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

147. Burlinson B., Morriss S. H., Gatehouse D. G., et al. Genotoxicity studies of gastric acid inhibiting drugs. The Lancet.
1990;335(8686):419–420. doi: 10.1016/0140-6736(90)90260-C. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

148. Phillips D. H., Hewer A., Osborne M. R. Interaction of omeprazole with DNA in rat tissues. Mutagenesis.
1992;7(4):277–283. doi: 10.1093/mutage/7.4.277. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

149. Sharma S., Bhonde R. Influence of nuclear blebs and micronuclei status on the growth kinetics of human
mesenchymal stem cells. Journal of Cellular Physiology. 2015;230(3):657–666. doi: 10.1002/jcp.24789. [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

150. Rosenkranz H. S., Klopman G. Omeprazole: an exploration of its reported genotoxicity. Mutagenesis.
1991;6(5):381–384. doi: 10.1093/mutage/6.5.381. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

151. Scott D., Reuben M., Zampighi G., Sachs G. Cell isolation and genotoxicity assessment in gastric mucosa. Digestive
Diseases and Sciences. 1990;35(10):1217–1225. doi: 10.1007/bf01536410. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 32/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

152. Pittaluga M., Sgadari A., Dimauro I., Tavazzi B., Parisi P., Caporossi D. Physical exercise and redox balance in type 2
diabetics: effects of moderate training on biomarkers of oxidative stress and DNA damage evaluated through comet
assay. Oxidative Medicine and Cellular Longevity. 2015;2015:7. doi: 10.1155/2015/981242.981242 [PMC free article]
[PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

153. Baillie T. A., Rettie A. E. Role of Biotransformation in Drug-Induced Toxicity: Influence of Intra- and Inter-Species
Differences in Drug Metabolism. Drug Metabolism and Pharmacokinetics. 2011;26(1):15–29. doi: 10.2133/dmpk.DMPK-
10-RV-089. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

154. Cesário M. R., Barros B. S., Courson C., Melo D. M. A., Kiennemann A. Catalytic performances of Ni-CaO-mayenite in
CO 2 sorption enhanced steam methane reforming. Fuel Processing Technology. 2015;131:247–253.
doi: 10.1016/j.fuproc.2014.11.028. [CrossRef] [Google Scholar]

155. Fontana R. J., Hayashi P. H., Gu J., et al. Idiosyncratic drug-induced liver injury is associated with substantial
morbidity and mortality within 6 months from onset. Gastroenterology. 2014;147(1):96–108.e4.
doi: 10.1053/j.gastro.2014.03.045. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

156. Kaplowitz N. Drug-induced liver disorders. Drug Safety. 2001;24(7):483–490. doi: 10.2165/00002018-200124070-
00001. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

157. Marino M. L., Fais S., Djavaheri-Mergny M., et al. Proton pump inhibition induces autophagy as a survival
mechanism following oxidative stress in human melanoma cells. Cell Death & Disease. 2010;1(10, article e87)
doi: 10.1038/cddis.2010.67. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

158. Seoane M., Esperanza M., Cid A. Cytotoxic effects of the proton pump inhibitor omeprazole on the non-target
marine microalga Tetraselmis suecica. Aquatic Toxicology. 2017;191:62–72. doi: 10.1016/j.aquatox.2017.08.001.
[PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

159. Canitano A., Iessi E., Spugnini E. P., Federici C., Fais S. Proton pump inhibitors induce a caspase-independent
antitumor effect against human multiple myeloma. Cancer Letters. 2016;376(2):278–283.
doi: 10.1016/j.canlet.2016.04.015. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

160. Zhang J. L., Liu M., Yang Q., et al. Effects of omeprazole in improving concurrent chemoradiotherapy efficacy in
rectal cancer. World Journal of Gastroenterology. 2017;23(14):2575–2584. doi: 10.3748/wjg.v23.i14.2575. [PMC free
article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

161. Ishiguro T., Ishiguro R., Ishiguro M., Iwai S. Co-treatment of dichloroacetate, omeprazole and tamoxifen exhibited
synergistically antiproliferative effect on malignant tumors: in vivo experiments and a case report.
Hepatogastroenterology. 2012;59(116):994–996. [PubMed] [Google Scholar]

162. de Milito A., Canese R., Marino M. L., et al. pH-dependent antitumor activity of proton pump inhibitors against
human melanoma is mediated by inhibition of tumor acidity. International Journal of Cancer. 2010;127(1):207–219.
doi: 10.1002/ijc.25009. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

163. de Milito A., Iessi E., Logozzi M., et al. Proton pump inhibitors induce apoptosis of human B-cell tumors through a
caspase-independent mechanism involving reactive oxygen species. Cancer Research. 2007;67(11):5408–5417.
doi: 10.1158/0008-5472.CAN-06-4095. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

164. Morimura T., Fujita K., Akita M., Nagashima M., Satomi A. The proton pump inhibitor inhibits cell growth and
induces apoptosis in human hepatoblastoma. Pediatric Surgery International. 2008;24(10):1087–1094.
doi: 10.1007/s00383-008-2229-2. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

165. Udelnow A., Kreyes A., Ellinger S., et al. Omeprazole inhibits proliferation and modulates autophagy in pancreatic
cancer cells. PLoS One. 2011;6(5, article e20143) doi: 10.1371/journal.pone.0020143. [PMC free article] [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 33/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

166. Yeo M., Kim D. K., Kim Y. B., et al. Selective induction of apoptosis with proton pump inhibitor in gastric cancer
cells. Clinical Cancer Research. 2004;10(24):8687–8696. doi: 10.1158/1078-0432.CCR-04-1065. [PubMed] [CrossRef]
[Google Scholar]

167. Bellone M., Calcinotto A., Filipazzi P., de Milito A., Fais S., Rivoltini L. The acidity of the tumor microenvironment
is a mechanism of immune escape that can be overcome by proton pump inhibitors. OncoImmunology. 2014;2(1, article
e22058) doi: 10.4161/onci.22058. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

168. Lee Y. Y., Jeon H. K., Hong J. E., et al. Proton pump inhibitors enhance the effects of cytotoxic agents in
chemoresistant epithelial ovarian carcinoma. Oncotarget. 2015;6(33):35040–35050. doi: 10.18632/oncotarget.5319.
[PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

169. Zhang Q., Huang N., Wang J., et al. The H+/K+-ATPase inhibitory activities of Trametenolic acid B from Trametes
lactinea (Berk.) Pat, and its effects on gastric cancer cells. Fitoterapia. 2013;89:210–217.
doi: 10.1016/j.fitote.2013.05.021. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

170. Zhang X., Wang H., He L., et al. Using biochar for remediation of soils contaminated with heavy metals and organic
pollutants. Environmental Science and Pollution Research. 2013;20(12):8472–8483. doi: 10.1007/s11356-013-1659-0.
[PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

171. Kondratyev A. D., Chung K. N., Jung M. O. Identification and characterization of a radiation-inducible glycosylated
human early-response gene. Cancer Research. 1996;56(7):1498–1502. [PubMed] [Google Scholar]

172. Mü erkö ster S., Isberner A., Arlt A., et al. Gastrin suppresses growth of CCK2 receptor expressing colon cancer cells
by inducing apoptosis in vitro and in vivo. Gastroenterology. 2005;129(3):952–968. doi: 10.1053/j.gastro.2005.06.059.
[PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

173. Mü erkö ster S. S., Rausch A. V., Isberner A., et al. The apoptosis-inducing effect of gastrin on colorectal cancer cells
relates to an increased IEX-1 expression mediating NF-κB inhibition. Oncogene. 2008;27(8):1122–1134.
doi: 10.1038/sj.onc.1210728. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

174. Brzozowski T., Konturek P. C., Mierzwa M., et al. Effect of probiotics and triple eradication therapy on the
cyclooxygenase (COX)-2 expression, apoptosis, and functional gastric mucosal impairment in Helicobacter pylori-
infected Mongolian gerbils. Helicobacter. 2006;11(1):10–20. doi: 10.1111/j.0083-8703.2006.00373.x. [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

175. Brzozowski B., Mazur-Bialy A., Pajdo R., et al. Mechanisms by which stress affects the experimental and clinical
inflammatory bowel disease (IBD): role of brain-gut axis. Current Neuropharmacology. 2016;14(8):892–900.
doi: 10.2174/1570159X14666160404124127. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

176. Patlolla J. M., Zhang Y., Li Q., Steele V. E., Rao C. V. Anti-carcinogenic properties of omeprazole against human colon
cancer cells and azoxymethane-induced colonic aberrant crypt foci formation in rats. International Journal of Oncology.
2012;40(1):170–175. doi: 10.3892/ijo.2011.1214. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

177. Deng C., Zhang P., Wade Harper J., Elledge S. J., Leder P. Mice Lacking p21 CIP1/WAF1 undergo normal development,
but are defective in G1 checkpoint control. Cell. 1995;82(4):675–684. doi: 10.1016/0092-8674(95)90039-X. [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

178. Pavlyukov M. S., Antipova N. V., Balashova M. V., Vinogradova T. V., Kopantzev E. P., Shakhparonov M. I. Survivin
monomer plays an essential role in apoptosis regulation. Journal of Biological Chemistry. 2011;286(26):23296–23307.
doi: 10.1074/jbc.M111.237586. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

179. Hrelia P., Fimognari C., Maffei F., Brandi G., Biasco G., Cantelli-Forti G. Mutagenic and clastogenic activity of gastric
juice in human gastric diseases. Mutation Research/Genetic Toxicology and Environmental Mutagenesis. 2002;514(1-
2):125–132. doi: 10.1016/s1383-5718(01)00331-x. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 34/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

180. Michaud V., Kreutz Y., Skaar T., et al. Efavirenz-mediated induction of omeprazole metabolism is CYP2C19 genotype
dependent. The Pharmacogenomics Journal. 2014;14(2):151–159. doi: 10.1038/tpj.2013.17. [PMC free article] [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

181. Fryklund J., Falknas A. K., Helander H. F. Omeprazole does not cause un-scheduled DNA synthesis in rabbit
parietal cells in vitro. Scandinavian Journal of Gastroenterology. 1992;27(6):521–528.
doi: 10.3109/00365529209000115. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

182. Furihata C., Hirose K., Matsushima T. Genotoxicity and cell proliferative activity of omeprazole in rat stomach
mucosa. Mutation Research Letters. 1991;262(1):73–76. doi: 10.1016/0165-7992(91)90109-H. [PubMed] [CrossRef]
[Google Scholar]

183. Hou Y., Hu Q., Huang J., Xiong H. Omeprazole inhibits cell proliferation and induces G0/G1 cell cycle arrest through
up-regulating miR-203a-3p expression in Barrett’s esophagus cells. Frontiers in Pharmacology. 2018;8:p. 968.
doi: 10.3389/fphar.2017.00968. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

184. Jin U. H., Lee S. O., Pfent C., Safe S. The aryl hydrocarbon receptor ligand omeprazole inhibits breast cancer cell
invasion and metastasis. BMC Cancer. 2014;14(1):p. 498. doi: 10.1186/1471-2407-14-498. [PMC free article] [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

185. Lindner K., Borchardt C., Schö pp M., et al. Proton pump inhibitors (PPIs) impact on tumour cell survival,
metastatic potential and chemotherapy resistance, and affect expression of resistance-relevant miRNAs in esophageal
cancer. Journal of Experimental & Clinical Cancer Research. 2014;33(1):p. 73. doi: 10.1186/s13046-014-0073-x. [PMC
free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

186. Goswami S. K., Wan D., Yang J., et al. Anti-ulcer efficacy of soluble epoxide hydrolase inhibitor TPPU on diclofenac-
induced intestinal ulcers. Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics. 2016;357(3):529–536.
doi: 10.1124/jpet.116.232108. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

187. Gutiérrez J. M., Villar S., Plavan A. A. Micronucleus test in fishes as indicators of environmental quality in
subestuaries of the Río de la Plata (Uruguay) Marine Pollution Bulletin. 2015;91(2):518–523.
doi: 10.1016/j.marpolbul.2014.10.027. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

188. Graham J. R. Gastric polyposis: onset during long-term therapy with omeprazole. The Medical Journal of Australia.
1992;157(4):287–288. doi: 10.5694/j.1326-5377.1992.tb137170.x. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

189. Haastrup P. F., Paulsen M. S., Christensen R. D., Søndergaard J., Hansen J. M., Jarbøl D. E. Medical and non-medical
predictors of initiating long-term use of proton pump inhibitors: a nationwide cohort study of first-time users during a
10-year period. Alimentary Pharmacology & Therapeutics. 2016;44(1):78–87. doi: 10.1111/apt.13649. [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

190. Hagiwara T., Mukaisho K., Nakayama T., Sugihara H., Hattori T. Long-term proton pump inhibitor administration
worsens atrophic corpus gastritis and promotes adenocarcinoma development in Mongolian gerbils infected with
Helicobacter pylori. Gut. 2011;60(5):624–630. doi: 10.1136/gut.2010.207662. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

191. Bakhriansyah M., Souverein P. C., de Boer A., Klungel O. H. Gastrointestinal toxicity among patients taking selective
COX-2 inhibitors or conventional NSAIDs, alone or combined with proton pump inhibitors: a casecontrol study.
Pharmacoepidemiology and Drug Safety. 2017;26(10):1141–1148. [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]

192. Hanahan D., Weinberg R. A. Hallmarks of cancer: the next generation. Cell. 2011;144(5):646–674.
doi: 10.1016/j.cell.2011.02.013. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

193. Hu Y., Ma Z., He Y., Liu W., Su Y., Tang Z. LNCRNA-SNHG1 contributes to gastric cancer cell proliferation by
regulating DNMT1. Biochemical and Biophysical Research Communications. 2017;491(4):926–931.
doi: 10.1016/j.bbrc.2017.07.137. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 35/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

194. Suzuki H., Mori H. World trends for H. pylori eradication therapy and gastric cancer prevention strategy by H. pylori
test-and-treat. Journal of Gastroenterology. 2018;53(3):354–361. doi: 10.1007/s00535-017-1407-1. [PMC free article]
[PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

195. Burkitt M. D., Varro A., Pritchard D. M. Importance of gastrin in the pathogenesis and treatment of gastric tumors.
World Journal of Gastroenterology. 2009;15(1):1–16. doi: 10.3748/wjg.15.1. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef]
[Google Scholar]

196. Lundell L., Vieth M., Gibson F., Nagy P., Kahrilas P. J. Systematic review: the effects of long-term proton pump
inhibitor use on serum gastrin levels and gastric histology. Alimentary Pharmacology & Therapeutics. 2015;42(6):649–
663. doi: 10.1111/apt.13324. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

197. CDER. Guidelines for industry. S1A. The need for long-term rodent carcinogenicity studies of pharmaceuticals. USA:
Center for Drug Evaluation and Research, Food and Drug Administration; 1996. [Google Scholar]

198. CDER US Department of Health and Human Services, Food and Drug Administration, Center for Drug Evaluation
and Research. Guidance for Industry. S1B. Testing for Carcinogenicity of Pharmaceuticals. USA: Center for Drug Evaluation
and Research, Food and Drug Administration; 1997. [Google Scholar]

199. Iarc Working Group on the Evaluation of Carcinogenic Risks to Humans. IARC monographs on the evaluation of
carcinogenic risks to humans. Ingested nitrate and nitrite, and cyanobacterial peptide toxins. IARC monographs on the
evaluation of carcinogenic risks to humans. 2010;94 [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]

200. Li Y., Wen X., Wang L., et al. LncRNA ZEB1-AS1 predicts unfavorable prognosis in gastric cancer. Surgical Oncology.
2017;26(4):527–534. doi: 10.1016/j.suronc.2017.09.008. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

201. Kodama M., Murakami K., Okimoto T., et al. Helicobacter pylori eradication improves gastric atrophy and
intestinal metaplasia in long-term observation. Digestion. 2012;85(2):126–130. doi: 10.1159/000334684. [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

202. Kangwan N., Park J. M., Kim E. H., Hahm K. B. Quality of healing of gastric ulcers: natural products beyond acid
suppression. World Journal of Gastrointestinal Pathophysiology. 2014;5(1):40–47. doi: 10.4291/wjgp.v5.i1.40. [PMC free
article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

203. Braga M. P., Silva C. D. B. d., Adams A. I. H. Inibidores da bomba de pró tons: Revisão e análise farmacoeconô mica.
Saúde (Santa Maria) 2011;37(2):p. 19. doi: 10.5902/223658342963. [CrossRef] [Google Scholar]

204. de Souza Menegassi V., Czeczko L. E. A., Czeczko L. S. G., Ioshii S. O., Pisani J. C., Junior O. R. Prevalência de
alteraçõ es proliferativas gástricas em pacientes com uso crô nico de inibidores de bomba de pró tons. Arquivos
Brasileiros de Cirurgia Digestiva. 2010;23(3):145–149. doi: 10.1590/S0102-67202010000300003. [CrossRef] [Google
Scholar]

205. Melbourne, Austrália Publicado em Global Family Doctor 2011. Inibidores da bomba de prótons-efeitos adversos
incomuns. Disponível em; 2013. http://www.sbmfc.org.br/default.asp?siteAcao=mostraPagina&paginaId=748. [Google
Scholar]

206. Eslami L., Nasseri-Moghaddam S. Meta-analyses: does long-term PPI use increase the risk of gastric premalignant
lesions? Archives of Iranian Medicine. 2013;16(8):449–458. [PubMed] [Google Scholar]

207. Huang L., Qi D. J., He W., Xu A. Omeprazole promotes carcinogenesis of fore-stomach in mice with co-stimulation
of nitrosamine. Oncotarget. 2017;8(41):70332–70344. doi: 10.18632/oncotarget.19696. [PMC free article] [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

208. Freston J. W., Hisada M., Peura D. A., et al. The clinical safety of long-term lansoprazole for the maintenance of
healed erosive oesophagitis. Alimentary Pharmacology & Therapeutics. 2009;29(12):1249–1260. doi: 10.1111/j.1365-
2036.2009.03998.x. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 36/37
12/03/2024, 07:55 Efeitos Farmacológicos e Impactos Toxicogenéticos do Omeprazol: Instabilidade Genômica e Câncer - PMC

209. Schneider B. G., Piazuelo M. B., Sicinschi L. A., et al. Virulence of infecting Helicobacter pylori strains and intensity
of mononuclear cell infiltration are associated with levels of DNA hypermethylation in gastric mucosae. Epigenetics.
2014;8(11):1153–1161. doi: 10.4161/epi.26072. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

210. Tsuda M., Asaka M., Kato M., et al. Effect on Helicobacter pylori eradication therapy against gastric cancer in Japan.
Helicobacter. 2017;22(5):p. e12415. doi: 10.1111/hel.12415. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

211. Nandy N., Hanson J. A., Strickland R. G., McCarthy D. M. Solitary gastric carcinoid tumor associated with long-term
use of omeprazole: a case report and review of the literature. Digestive Diseases and Sciences. 2016;61(3):708–712.
doi: 10.1007/s10620-015-4014-0. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

212. Hayashi H., Shimamoto K., Taniai E., et al. Liver tumor promoting effect of omeprazole in rats and its possible
mechanism of action. The Journal of Toxicological Sciences. 2012;37(3):491–501. doi: 10.2131/jts.37.491. [PubMed]
[CrossRef] [Google Scholar]

213. Hayashi H., Taniai E., Morita R., et al. Enhanced liver tumor promotion but not liver initiation activity in rats
subjected to combined administration of omeprazole and β-naphthoflavone. The Journal of Toxicological Sciences.
2012;37(5):969–985. doi: 10.2131/jts.37.969. [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

214. Song H., Zhu J., Lu D. Long-term proton pump inhibitor (PPI) use and the development of gastric pre-malignant
lesions. Cochrane Database of Systematic Reviews. 2014;(12, article CD010623)
doi: 10.1002/14651858.CD010623.pub2. [PMC free article] [PubMed] [CrossRef] [Google Scholar]

215. Ekströ m P., Carling L., Unge P., Anker-Hansen O., Sjö stedt S., Sellströ m H. Lansoprazol versus omeprazol na ú lcera
duodenal ativa: um estudo duplo-cego, randomizado e comparativo. Jornal Escandinavo de Gastroenterologia . 1995; 30
(3):210–215. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]

216. Hagiwara T., Mukaisho K.-i., Ling Z.-Q., Sugihara H., Hattori T. Desenvolvimento de metaplasia de células acinares
pancreáticas apó s administração bem-sucedida de omeprazol por 6 meses em ratos. Doenças Digestivas e Ciências .
2007; 52 (5):1219–1224. doi: 10.1007/s10620-006-9253-7. [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

217. Vakil N. Justificativa para um teste de Helicobacter pylori e estratégia de tratamento na doença do refluxo
gastroesofágico. Clínicas de Gastroenterologia da América do Norte . 2015; 44 (3):661–666. doi:
10.1016/j.gtc.2015.05.007. [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

218. Ashby J. Consideração das previsõ es CASE de carcinogênese genotó xica para omeprazol, metapirileno e
azatioprina. Pesquisa de Mutação/Mutagênese Ambiental e Assuntos Relacionados . 1992; 272 (1):1–7. doi:
10.1016/0165-1161(92)90003-5. [ PubMed ] [ CrossRef ] [ Google Scholar ]

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7146093/ 37/37

Você também pode gostar