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Medicamentos que afecta função renal

A qualidade do uso de medicamentos relaciona-se com a prática de


polifarmácia, a subutilização de fármacos necessários e o uso inadequado
de especialidades terapêuticas. A terapêutica é inadequada quando25 impõe
riscos excessivos comparados com os seus benefícios potenciais. 26 Os efeitos
tóxicos e os problemas relacionados ao uso de medicamentos podem trazer
consequências clínicas graves e repercussões financeiras ao sistema de
saúde.

QUAIS FÁRMACOS PODEM COMPROMETER A


SAÚDE RENAL?
Em linhas gerais, os medicamentos que podem levar risco à saúde dos rins,
mesmo de pacientes saudáveis, são também responsáveis por boa parte
das falências renais agudas, especialmente aquelas desenvolvidas dentro
do ambiente hospitalar. Soma-se a isso inúmeros outros casos de pacientes
que adquirem doenças renais em razão de tratamentos ambulatoriais.

Entretanto, existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento de


nefrotoxicidade, sendo os tipos mais comuns, inerentes ao uso de
medicamentos ou aos indivíduos. Portanto, no primeiro grupo encontram-se
as doses e as propriedades farmacológicas no microambiente renal.

Em seguida, fatores como a idade, sexo, presença de doenças crônicas,


incluindo do sitema renal, cardiovascular, intestinal ou metabólicas, como o
diabetes.

Em seguida, fatores como a idade, sexo, presença de doenças crônicas,


incluindo do sitema renal, cardiovascular, intestinal ou metabólicas, como o
diabetes.

A seguir, conheça como e quais medicamentos afetam a saúde do órgão.

ANTI-INFLAMATÓRIOS
Um dos grupos de remédios nefrotóxicos mais comuns no acometimento
dos rins são os anti-inflamatórios não esteroides (AINES). Isso ocorre
porque essa classe de fármacos pode reduzir a filtração renal, diminuindo a
capacidade dos rins de filtrar o sangue. Em indivíduos saudáveis, no
entanto, essa condição pode ser tolerável, sem que haja intercorrências
importantes.

Contudo, os pacientes que já apresentam quadros de insuficiência renal,


especialmente nos estágios mais avançados da doença, podem ter
seu problema agravado, já que eles naturalmente tendem a apresentar uma
redução significativa da filtração renal. Consequentemente, são maiores as
chances de desenvolver para falência renal aguda.
Portanto, é fundamental evitar o uso sem acompanhamento de AINES,
como:

 Diclofenaco;
 Ibuprofeno;
 Naproxeno;
 Nimesulida;
 Indometacina;
 Cetoprofeno;
 Ácido mefenâmico;
 Piroxicam;
 Celecoxib;
 Etoricoxibe;
 AAS (ácido acetilsalicílico).
ANTIBIÓTICOS
O uso de antibióticos também pode ser nocivo à saúde renal, haja vista que
eles podem provocar inchaço do tecido renal e uma inflamação nos túbulos
renais (Nefrite Intersticial). Ao contrário dos anti-inflamatórios não
esteroides, os antibióticos contém baixa proteinúria, porém, podem
desencadear sinais e sintomas frequentes da doença renal, sobretudo
aqueles frequentemente associados a insuficiência renal aguda.

São exemplos de antibióticos que devem ser evitados:

 Penicilina;
 Rifamicina;
 Ciprofloxacino;
 Sulfametoxazol + Trimetoprima;
 Tobramicina (entre outros aminoglicosídeos);
 Anfotericina B;
 Pentamidina.
ANALGÉSICOS
Até a década de 1980, o uso da Fenacetina na composição de
medicamentos de propriedade analgésica era uma das principais causas de
lesões renais, provocados também pelo uso prolongado e sem supervisão
médica. Contudo, esse tipo de lesão é pouco comum nos dias atuais, muito
embora ainda haja registros recorrentes relacionados ao uso prolongado por
meses ou até mesmo anos de paracetamol + ácido acetilsalicílico (AAS).

Nefrologista alerta para alguns


medicamentos que afetam a saúde dos
rins
Alguns medicamentos utilizados no tratamento de patologias comuns,
inclusive aquelas que não estão ligadas aos rins, podem causar lesões
renais se administrados de maneira inapropriada. Esses remédios são
chamados de nefrotóxicos. Segundo a médica Ângela Santos, nefrologista
da Uninefron, alguns desses fármacos podem afetar a saúde renal e,
inclusive, causar insuficiência renal aguda.

De acordo com Ângela Santos, os medicamentos nefrotóxicos são aqueles


que podem ter na sua composição toxinas que são direcionadas ao rim
antes de serem dissipadas pelo organismo. “Caso essas substâncias não
estejam em níveis adequados, podem desencadear os danos renais”,
explica a nefrologista.

Entre os principais medicamentos nefrotóxicos, estão os anti-inflamatórios


não esteroides, como a aspirina; os antibióticos, como a penicilina; e os
analgésicos de paracetamol, quando ingeridos com frequência e de forma
prolongada (meses ou anos). Também fazem parte dessa lista os
antipsicóticos e alguns compostos para tratamento de distúrbio bipolar; os
diuréticos, quando administrados em grandes doses; e os quimioterápicos.

A médica ainda alerta para situações que podem indicar alguma


insuficiência renal causada pelo excesso dos remédios contínuos. “O corpo
pode apresentar alguns sintomas em situações de doença renal causada
pelas medicações, especialmente em casos mais graves, como diminuição
da produção de urina, retenção de líquido, inchaço nos membros inferiores,
fadiga, confusão mental, náusea e vômitos”, garante Ângela Santos.

Insuficiência renal e a prescrição de fármacos


A maioria dos fármacos ou de seus metabólitos é excretada, pelo menos parcialmente,
através do rim, o que requer ajustes posológicos para evitar o seu acúmulo e a sua
toxicidade em caso de sua insuficiência. 12,21-34 Os esquemas terapêuticos adequados às
particularidades de cada paciente requerem a avaliação do grau de insuficiência renal, do
conhecimento do nível e do tipo de alterações farmacocinéticas associadas à doença
presente e, quando necessário, da realização de procedimentos dialíticos. 34 A insuficiência
renal pode também provocar alterações na farmacocinética dos medicamentos, isto é, nas
etapas de absorção, distribuição e metabolismo, influenciando o nível sérico dos fármacos e
das suas relações dose-efeito.
A absorção gastrointestinal de fármacos pode estar diminuída em pacientes com uremia. As
queixas gastrointestinais são frequentes diante de uremia, entretanto, existe pouca
informação sobre as funções do intestino na insuficiência renal. 34 A insuficiência renal
associa-se à alteração da absorção dos fármacos devido ao atraso no esvaziamento gástrico,
pela detecção de edema gastrointestinal e pela hemodiálise. 34 O metabolismo de primeira
passagem também pode estar alterado na uremia. A diminuição na biotransformação dos
fármacos pode aumentar a sua concentração sistêmica com consequente aumento em sua
biodisponibilidade. A diminuição na ligação às proteínas plasmáticas, ao contrário, aumenta a
quantidade de fármaco disponível para o metabolismo hepático, com elevação na quantidade
removida durante o metabolismo de primeira passagem. 34 A insuficiência renal pode também
modificar o volume de distribuição do fármaco devido às alterações em suas ligações com as
proteínas plasmáticas, alterando a sua disponibilidade quantitativa para exercer o efeito
terapêutico ou tóxico e a sua porção disponível para ser eliminada pelo fígado ou rim. A
diminuição da ligação do fármaco com as proteínas plasmáticas pode aumentar as suas
concentrações séricas livres, com aumento em seu efeito farmacológico, especialmente
importante no caso da varfarina, fenitoína, salicilatos e teofilina. 34,36
A abordagem clínica da nefrotoxicidade requer o uso de medidas preventivas e da
contraposição aos seus efeitos já instalados. A atenção clínica deve ser redobrada para o
risco de lesão renal quando são usados fármacos potencialmente nefrotóxicos, além de se
evitarem os fatores de risco adicionais, como a desidratação e o uso de associações
medicamentosas com o mesmo perfil de toxicidade. Pode-se evitar o aparecimento de
nefrotoxicidade pelo ajuste das doses do fármaco e pela delimitação de seu tempo de uso,
seja em idosos ou em qualquer pessoa que apresente algum comprometimento prévio da
função renal.35 A suspensão dos agentes nefrotóxicos promove, em geral, a reversão das
lesões observadas, entretanto, algumas medidas reduzem os seus efeitos, como a hidratação
prévia adequada e o emprego de quelantes (EDTA) nas lesões provocadas por metais
pesados, acelerando a sua excreção ou evitando a sua interação com sítios celulares. É
controverso o benefício da administração de diuréticos e de manitol contra as nefrotoxinas,
pelo risco de nefrotoxicidade.35

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Quais os anti-inflamatórios que não prejudicam os rins?


Alternativas. Alternativas a estes medicamentos incluem analgésicos comuns (paracetamol,
Tylenol, dipirona, Novalgina, Lisador) e opióides (como por exemplo tramadol, Tramal ou
Tylex).

Quando a dor vem é difícil aguentá-la e não correr para tomar um remédio. Na maioria das
vezes é uma dorzinha de cabeça, um incômodo estomacal, situações que parecem simples
de serem solucionadas com uma pílula. Mas isso é um tremendo engano. Tomar remédio
sem orientação médica, mesmo que seja para sanar algo que, aparentemente, pareça
simples, é um perigo à saúde.

De acordo com especialistas, a automedicação pode trazer danos irreparáveis especialmente


para os rins, que são os principais responsáveis pela filtração e eliminação de substâncias
tóxicas do sangue. É preciso ficar atento porque alguns medicamentos usados
frequentemente na prática médica podem causar lesão nesses órgãos se forem administrados
de modo inapropriado.

Além da automedicação apresentar potencial risco de prejudicar os rins, existe também um


grupo de drogas chamadas nefrotóxicas, que são seguras em pessoas sadias, mas que se
tornam perigosas em pacientes com doenças renais, fazendo com que haja piora do quadro.
Os especialistas alertam sobre isso porque muitos desses medicamentos são extremamente
comuns e vendidos sem prescrição. Entre as principais drogas nefrotóxicas estão os anti-
inflamatórios, como o AAS (aspirina), por exemplo, que deve ser usado com cautela em
pacientes com doenças renais; antibióticos, pois muitos deles podem causar nefrite
intersticial, principalmente as penicilinas, rifampicina, ciprofloxacino e
trimetoprim/sulfametoxazol (Bactrim®).

Medicações tóxicas ao rim


Confira aqui algumas medicações
tóxicas ao rim e que podem causar uma lesão renal aguda:

 Anti-inflamatórios: TODOS os tipos de anti-inflamatórios possuem toxicidade


para os rins, principalmente naqueles rins que já apresentam algum grau de lesão.
Exemplos: Diclofenaco, Cetoprofeno, Ibuprofeno, Piroxicam, Nimesulida,
Naproxeno, Ácido Mefenâmico, entre outros.
 Antibióticos: ALGUNS tipos de antibióticos são tóxicos ao rim, principalmente
quando usados em doses mais altas. Exemplos: gentamicina, amicacina,
vancomicina, polimixina, anfotericina, etc.
 Contraste a base de iodo: utilizado em exames de imagem como tomografia
computadorizada, cateterismo cardíaco e arteriografias. Alguns grupos de pacientes
possuem um risco maior de desenvolver doença renal pelo contraste como os
idosos, os diabéticos e os pacientes que já apresentam doença renal crônica.

Existem algumas medidas preventivas que podem ser adotadas para tentar reduzir o risco de
lesão, pergunte ao seu médico antes de fazer um exame com contraste iodado.

 Quimioterapia: alguns medicamentos quimioterápicos são nefrotóxicos.


 Ciclosporina, Tacrolimus: causam constrição do vaso sanguíneo que leva sangue
aos glomérulos, unidades microscópicas de filtração de sangue dos rins. Além disso,
seu uso prolongado pode causar fibrose renal (cicatrizes) que são lesões
irreversíveis.

Saiba Quais São Os 6 Medicamentos Que Mais


Prejudicam Os Seus Rins
Por serem responsáveis por essa “limpeza” no sangue, muitas vezes os rins
sofrem com os efeitos de algumas substâncias ingeridas
De Leonardo Grandchamp Ultima Atualização 19 Dez 2022 0:59

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Você sabia que os rins são os principais órgãos responsáveis pela filtração e eliminação
de substâncias que circulam no nosso sangue? E que a maioria dos medicamentos que
tomamos passam por eles? Os pontos foram abordados pelo cardiologista e especialista
em marca-passo Dr. Roberto Yano.

Segundo ele, por serem responsáveis por essa “limpeza” no sangue, muitas vezes
os rins sofrem com os efeitos de algumas substâncias ingeridas. Dentre elas, estão
medicamentos que são usados com frequência na medicina. Alguns que podem causar
lesões renais se usados de forma indevida.

Por isso, conforme Dr. Yano, é importante termos ciência se algum medicamento que
usamos está neste grupo que pode causar danos aos rins. Pensando em esclarecer isso, o
médico elaborou uma lista com os seis medicamentos que mais agridem esse órgão.
Confira:

1- Antibióticos
“Alguns antibióticos têm metabolização renal. Quando usados em excesso, ou em
pacientes com insuficiência renal, elas podem ser e causar lesões no tecido renal. Por
isso é importante que essas medicações sejam utilizadas somente com indicação precisa
de um médico, evitando assim os riscos da automedicação”, falou.

2- Remédios para Gastrite e Azia


“O uso prolongado de medicamentos, como o Omeprazol, por exemplo, também podem
levar a danos nos rins. Houve um grande estudo, com cerca de 170 mil pessoas, que
tomavam alguns desses medicamentos e alguns tiveram um declínio da função renal
quando os utilizaram em longo prazo. Mas prestem atenção: em alguns casos, esses
medicamentos são essenciais para quem tem úlcera, ou refluxo severo. Por isso, repito,
só tomem medicamentos mediante orientação médica”, disse.

3- Contraste iodado
“Sabe aquele contraste de exame radiológico? Usados, por exemplo, na tomografia?
Importante para destacar áreas do corpo que estão sendo examinadas? Elas também
quando usadas indevidamente, podem levar a problemas renais. Sendo assim, os
pacientes com insuficiência renal devem evitar ao máximo o uso de contraste em
exames radiológicos”, alertou.

4- Antipsicóticos
“Principalmente os chamados de antipsicóticos atípicos, podem causar lesões nos rins,
sobretudo quando utilizado de forma exagerada, acima das doses normais. Um estudo
de 2014, com mais de 200 mil pessoas com idades acima dos 64 anos, mostrou que
quem toma medicamentos como a Quetiapina, por exemplo, tiveram risco maior de ter
lesão renal, quando comparados a pessoas que não usaram esse medicamento”, falou.

5- Laxantes
“O uso exagerado de laxantes leva a perda de sais minerais e por isso podem também
causar lesões renais. Para algumas pessoas laxantes podem ser seguros, mas para quem
já possui um mal funcionamento dos rins, ou os idosos, devem evitar uso de laxantes
por períodos prolongados. Canso de ver pacientes exagerando no uso desse tipo de
remédio, e sem orientação médica, e depois sofrendo com o uso indevido desse tipo de
medicamento”, lamentou.

6- Anti-inflamatórios
“Pensou em medicamentos que fazem mal aos rins, esse grupo vem em primeiro lugar.
Esses são os que mais afetam esse órgão. Os anti-inflamatórios possuem risco
aumentado de causar falência renal aguda e crônica também. Pacientes que fazem uso
desses medicamentos por tempo prolongado podem evoluir até para insuficiência renal
terminal, tendo que se submeter no final à diálise por conta desses danos irreversíveis
aos rins”, finalizou.

Por Dr. Roberto Yano é médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca


Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e AMB.

O metabolismo e a eliminação de muitos agentes farmacológicos dependem da


função renal normal. Esta dependência se deve, em parte, ao fato de estes
agentes apresentarem metabólitos farmacologicamente ativos que são excretados
pelos rins. Os agentes farmacológicos que deixaram de sofrer excreção renal
podem ser alterados por diversos processos [ver Princípios de farmacocinética
alterada na insuficiência renal, adiante] e subsequentemente causam efeitos
adversos nesta população de pacientes

O que é um medicamento nefrotóxico?


Os rins são os principais órgãos responsáveis pela
filtração e eliminação de substâncias tóxicas que
circulam no sangue.
P U B L I C I D A D E

Porém, apesar de serem um dos principais


responsáveis pela “limpeza” do sangue, os próprios rins
podem sofrer efeitos adversos de algumas toxinas que
eles depuram. Entre essas substâncias estão vários
medicamentos usados frequentemente na prática
médica, que podem causar lesão renal se forem usados
de modo inapropriado.

Damos o nome de fármacos nefrotóxicos a todos os


medicamentos que apresentam potencial risco de
causar lesão nos rins.

Além da lesão direta de certas substâncias nos rins,


existe também um grupo de fármacos que são seguros
em pessoas sadias, mas que se tornam perigosas em
pacientes que já apresentam doença prévia nos rins,
fazendo com que haja piora da doença renal.

Nesse texto, vamos falar um pouquinho das principais


drogas nefrotóxicas, ou seja, dos medicamentos que
podem fazer mal aos rins.

ATENÇÃO: esse texto não tem como objetivo assustar


ninguém, nem fazer propaganda contra medicamentos.
O objetivo é mostrar como a automedicação pode ser
perigosa e trazer prejuízos que as pessoas nem
imaginam que possam acontecer.

Vídeo: Seus rins funcionam bem?


Antes de seguirmos em frente, assista a esse curto
vídeo de 3 minutos, produzido pela equipe do
MD.Saúde, que explica de forma simples como saber
se os seus rins podem estar doentes.

Fármacos nefrotóxicos
Anti-inflamatórios
Quando pensamos em medicamentos que fazem mal
aos rins, o primeiro exemplo que vem à mente são os
anti-inflamatórios não esteroides (AINES).
O principal efeito maléfico dos AINES é a redução da
filtração renal, ou seja, da capacidade dos rins em filtrar
o sangue.

Pessoas que possuem rins saudáveis até conseguem


tolerar essa redução sem maiores complicações. O
problema ocorre naqueles que tem insuficiência renal
(principalmente em fases avançadas) e, portanto, já
apresentam a filtração renal diminuída de base.

Esse grupo apresenta grande risco de falência renal


aguda e, muitas vezes, necessitam de hemodiálise de
urgência quando tomam anti-inflamatórios por conta
própria. O risco cresce a partir do 3º dia de uso.

O anti-inflamatório é, portanto, uma droga contra-


indicada em pacientes com insuficiência renal.

Outra lesão relacionada aos anti-inflamatórios é a


nefrite intersticial, uma espécie de reação alérgica
localizada no rim. A nefrite intersticial pode ser causada
por várias drogas além dos anti-inflamatórios e se
apresenta principalmente como uma insuficiência renal
aguda, com rápida elevação da creatinina.

No caso da nefrite intersticial dos anti-inflamatórios ela


apresenta uma característica especial que é a presença
concomitante de proteinúria e síndrome nefrótica.

É bom deixar claro que a nefrite intersticial não é uma


reação comum, principalmente se levarmos em conta a
quantidade de pessoas que tomam anti-inflamatórios no
mundo.

Um terceiro tipo de lesão, mais incomum ainda, é o


induzido por uso crônico de anti-inflamatórios, mesmo
em pessoas normais. Parece que para pessoas com
rins normais desenvolverem lesão renal pelo uso
prolongado de AINES , são necessários no mínimo
5000 comprimidos ao longo da vida. Isso equivale a 7
anos de anti-inflamatórios diários em um regime de
12/12 horas.

O AAS (aspirina) também é um anti-inflamatório e


deve ser usado com cautela em pacientes com doenças
renais.

Para saber mais sobre anti-inflamatórios, leia: ANTI-


INFLAMATÓRIOS – AÇÃO E EFEITOS COLATERAIS .

Antibióticos
Os antibióticos também são causa de nefrite intersticial.
Diferentemente da nefrite pelos anti-inflamatórios, no
caso dos antibióticos a proteinúria é pequena, mas
outros sintomas como febre e manchas vermelhas pelo
corpo associado a insuficiência renal aguda, ocorrem
com maior frequência.

Vários antibióticos podem causar nefrite intersticial,


principalmente as penicilinas, rifampicina, ciprofloxacino
e trimetoprim/sulfametoxazol (Bactrim®)

Alguns antibióticos são nefrotóxicos por natureza e


devem ser evitados em doente renais crônicos. Os mais
comuns são:

 Aminoglicosídeos (ex: Gentamicina, Amicacina,


Estreptomicina, Tobramicina e Neomicina).
 Anfotericina B.
 Pentamidina.
Leia mais sobre antibióticos em: ANTIBIÓTICOS |
Tipos, resistência e indicações .

Analgésicos
A lesão renal renal pelo uso prolongado de analgésicos
era muito comum até a década de 80, e caiu
vertiginosamente após a retirada da Fenacetina do
mercado. Hoje, as lesões relacionadas aos analgésicos
são causados pelo uso diário e prolongado (por meses
ou anos) do Paracetamol, principalmente se associado
ao ácido acetilsalicílico (AAS).

A dipirona (metamizol) é muito pouco usada em vários


países da Europa e nos EUA, por isso existem poucos
estudos sobre seu toxicidade renal. Aparentemente,
esse analgésico é uma opção segura para os pacientes
com doença renal.

Contraste de exame radiológico


Doentes com insuficiência renal devem evitar
contrastes radiológicos sempre que possível. Se o
exame for imprescindível, deve-se realizar uma
preparação do paciente para minimizar os efeitos. Os
principais exames que usam contrastes nefrotóxicos
são:

 Tomografia computadorizada.
 Cateterismo cardíaco.
 Urografia excretora.
 Angiografia.
 Ressonância magnética (perigoso apenas em
casos de insuficiência renal avançada).
Antipsicóticos
Um estudo publicado em 2014 com 200 mil
indivíduos com idade acima de 64 anos mostrou que os
pacientes idosos que tomam quetiapina, olanzapina ou
risperidona, um grupo de fármacos chamado
antipsicóticos atípicos, apresentaram um risco duas
vezes maior de hospitalização por lesão aguda do que
os pacientes da mesma idade que não tomam nenhum
dos três medicamentos.

Outros medicamentos
 Lítio: usado principalmente no distúrbio bipolar
( antigo distúrbio maníaco-depressivo).
 Aciclovir: antiviral.
 Indinavir: antirretroviral usado na SIDA (AIDS).
 Ciclosporina: imunossupressor usado em
transplantes e doenças autoimunes.
 Tacrolimus: igual à ciclosporina.
 Ciclofosfamida: imunossupressor usado em
doenças autoimunes e algumas neoplasias.
Medicamentos que possivelmente
fazem mal aos rins
Há cada vez mais evidências de que os inibidores da
bomba de prótons – IBP (omeprazol, esomeprazol,
lanzoprazol, etc.) podem causar lesão nos rins, se
usados de forma crônica. É comum encontrarmos
pacientes tomam um IBP diariamente por vários meses
ou anos, muita vezes sem necessidade.

Na maioria dos casos, medicamentos como omeprazol


devem ser utilizados de forma pontual, por 4 a 6
semanas para o tratamento de problemas gástricos.
Deve-se evitar o uso dos IBP por vários meses
seguidos.

O fibratos (fenofibrato, genfibrozil, ciprofibrato, etc) são


medicamentos utilizados no tratamento da
hipertrigliceridemia. Nos pacientes com algum grau de
disfunção renal, esses fármacos podem causar
agravamento da lesão renal e devem ser evitados.

Existem cada vez mais relatos sobre casos de lesão


renal induzidas pelas chamadas ervas chinesas
tradicionais. Já são mais de 150 casos de pessoas que
usavam essas ervas para emagrecer e desenvolveram
insuficiência renal aguda com necessidade de
hemodiálise.

Poucos são os procedimentos médicos isentos de


riscos. A automedicação é perigosa e é importante
conhecer os principais efeitos colaterais para poder
detectá-los precocemente. Não é à toa que a grande
maioria dos médicos passa por uma formação de pelo
menos 10 anos.

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