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e Integral III
Material Teórico
Cálculo Vetorial: Campos Vetoriais
Revisão Textual:
Prof.a Me. Luciene Santos
Cálculo Vetorial: Campos Vetoriais
• Introdução;
• Campos Vetoriais.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Apresentar as noções de campos vetoriais e operadores vetoriais,
como gradiente, rotacional e divergente.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Cálculo Vetorial: Campos Vetoriais
Contextualização
Nesta unidade, nosso foco é o Cálculo Vetorial. Por isso perguntamos: que aplica-
ções temos sobre o tema? Então, veja alguns fenômenos que geram campos vetoriais.
Todos já devem ter visto uma cena como esta, nem que tenha sido na TV, ou
numa foto, ou num filme.
Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images
https://goo.gl/uB6CmY
O avião e o carro também funcionam como uma Gaiola de Faraday, tanto que,
quando atingidos por uma descarga elétrica como um raio, o seu interior fica livre da
ação do campo externo, ou seja, blindado, por isso seus passageiros não são atingidos.
8
Campo Elétrico: Fluxo de Corrente Elétrica
Figura 2
Fonte: efisica.if.usp.br
Quando uma corrente i passa por um condutor, ela produz um campo magné-
tico. O condutor fica situado dentro desse campo magnético produzido pela sua
corrente. Esse campo produz no próprio condutor um fluxo Φ. Se a corrente for
variável, o seu campo é variável e o fluxo também será. E o condutor, sendo atra-
vessado por um fluxo variável, sofre indução eletromagnética.
Campo magnético
Figura 3
Fonte: iStock/Getty Images
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9
UNIDADE Cálculo Vetorial: Campos Vetoriais
Figura 4
Fonte: iStock/Getty Images
Figura 5
Fonte: ifserv.fis.unb.br
Magnésia
Figura 6
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
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Quando se fala de magnetismo, que é um ramo da ciência que estuda os mate-
riais magnéticos, que possuem a capacidade de atrair ou repelir outros materiais, o
primeiro nome que vem à mente é o de Tales de Mileto, que foi o primeiro a estu-
dar a capacidade que uma substância tem de atrair outra, sem existir contato entre
elas. Contudo, na Antiguidade, os chineses já
possuíam o conhecimento de alguns desses
materiais e os usavam em bússolas para se
orientar quando se deslocavam em missões
militares, uma vez que a bússola se orienta,
segundo o eixo terrestre.
O Ímã Terra
A Terra se comporta como um grande ímã, cujo polo magnético norte é próximo
ao Polo Sul geográfico e vice-versa. Os polos geográficos e magnéticos da Terra
não coincidem.
Sul
geográfico Norte
geográfico
Sul
geográfico
Norte
geográfico
Figura 8
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
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UNIDADE Cálculo Vetorial: Campos Vetoriais
Sabemos que o Sol é a estrela do nosso sistema solar e que emite milhões de
partículas por segundo para todas as direções do espaço. Percebemos essas ra-
diações eletromagnéticas, também chamadas de ventos solares, na forma de luz e
calor. A quantidade de radiação que chega a Terra é menor por conta da proteção
exercida pelo campo magnético terrestre, que interage com as radiações eletro-
magnéticas, fazendo tanto que sejam freadas quanto desviadas de sua trajetória
original. Por isso a Terra se comporta como um ímã gigante.
O primeiro a afirmar que a Terra é um ímã gigante
foi o cientista Willian Gilbert, por meio de uma expe-
riência simples que pode, facilmente, ser comprovada:
ao colocar um ímã suspenso livremente pelo seu centro
de gravidade, é possível observar, em repetições diver-
sas do experimento, que o ímã sempre se orientava na
direção norte-sul, concluindo, portanto, que realmente
a Terra era um ímã.
A experiência de Oersted
Em 1820, o físico dinamarquês Hans Christian
Oersted notou que uma corrente elétrica fluindo atra-
vés de um condutor desviava a agulha magnética colo- Figura 9
cada na extremidade. Fonte: Wikimedia Commons
Explor
https://goo.gl/XwmrkH
Substâncias magnéticas:
• Ferromagnéticas: são aquelas cujos imãs ele-
mentares se orientam quando submetidos à ação
do campo magnético gerado por um corpo mag-
nético, como o ferro, níquel, cobalto e algumas
ligas metálicas.
• Diamagnéticas: são aquelas cujos ímãs elementa-
res se orientam em sentido contrário ao do vetor
de indução magnética, sendo, portanto, repelidas Figura 10 – Magnetita:
pelo ímã que criou o campo magnético, como o o ímã natural
bismuto, o cobre, o ouro, a prata, o chumbo etc. Fonte: Wikimedia Commons
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Força magnética
Se uma carga de prova q estiver em movimento,
ela gera um determinado campo magnético. Toda-
via, se essa mesma carga elétrica estiver se movimen-
tando dentro de uma região de campo magnético,
o campo gerado por ela irá interagir com o campo
existente, ficando a carga q sujeira à ação de uma
força de origem magnética. É o que ocorre quando
aproximamos um ímã de um tubo de raios catódi-
cos, o feixe de elétrons dentro do tubo é desviado
de sua posição original.
Figura 12
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
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UNIDADE Cálculo Vetorial: Campos Vetoriais
Explor
O sentido do vetor Densidade de Campo Magnético é sempre o mesmo das linhas de
campo. A figura mostra as linhas de campo magnético usando limalha de ferro e bús-
sulas indicando o ação da força magnética e a direção tangente para o Vetor Densidade
de Campo Magnético: https://goo.gl/3b2TeP
Fluxo magnético
O Fluxo magnético, simbolizado por ϕ, é definido como o conjunto de todas
as linhas de campo que atingem perpendicularmente uma dada área. A unidade
de Fluxo Magnético é o Weber (Wb). Um Weber corresponde a 1x108 linhas do
campo magnético.
O A
N S
Figura 13
Fluxo sanguíneo
Figura 14
Fonte: Adaptado de John E. Hall e Arthur C. Guyton, 2011
14
A - LAMINAR
∆ P = V R1
B - TURBULENTO
∆ P = V 2R2
C - TRANSICIONAL
∆ P = V R1 + V 2 R1
Figuras 16
Figuras 15 Fonte: totaleye.org
Campo Gravitacional
Campo gravitacional é como chamamos a região de perturbação gravitacional
que um corpo gera ao seu redor. Dois corpos que possuem massa interagem devido
ao campo que geram ao seu redor. Em outras palavras, um corpo que possui massa
tem sua atração exercida sobre outros corpos, representada pelo campo vetorial
conhecido como campo gravitacional.
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UNIDADE Cálculo Vetorial: Campos Vetoriais
Figura 18
Fonte: mac.edu
Figura 19
Fonte: eso.org
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era esperado que se tornasse um buraco negro, não um magnetar. Isso, agora,
levanta uma questão fundamental: quão enorme é que uma estrela, realmente, tem
que ser para se tornar um buraco negro?
https://goo.gl/xkX9FQ
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UNIDADE Cálculo Vetorial: Campos Vetoriais
Figura 22
Figura 23
Fonte: Thomas, 2004
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Campo gradiente
Figura 24
Fonte: Vilches; Corrêa, 2005
Figura 25
Fonte: Vilches; Corrêa, 2005
Campo rotacional
Figura 26
Fonte: Vilches; Corrêa, 2005
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UNIDADE Cálculo Vetorial: Campos Vetoriais
Figura 27
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Introdução
Vale lembrar que funções vetoriais associam um vetor a um número real e que
essas funções são úteis para representar curvas, ou movimentos ao longo de uma
curva. Agora, vamos estudar outros tipos de funções vetoriais que associam um
ponto do plano ou do espaço a outro ponto do plano ou espaço. Tais funções se
chamam campos vetoriais e são úteis para representar vários tipos de campos,
como campos de forças, de velocidade, entre outros.
Campos Vetoriais
A figura, a seguir, mostra campos vetoriais de padrões dos ventos na Bahia de
São Francisco, nos Estados Unidos, em março de 2010.
Figura 1
Fonte: Stewart, 2012
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UNIDADE Cálculo Vetorial: Campos Vetoriais
Definição 1: Um campo vetorial num plano é uma função que associa a cada
ponto P do plano um único vetor F(P) paralelo ao plano. Analogamente, um cam-
po vetorial no espaço tridimensional é uma função que associa a cada ponto P
do espaço tridimensional um único vetor F(P) do espaço.
Analogamente, se P tiver coordendas (x, y, z), o vetor F(P) será expresso como
F ( P ) = f ( x, y, z ) i + g ( x, y, z ) j + h ( x, y, z ) k .
Exemplo 1: Um campo vetorial sobre 2 está definido por F ( x, y ) = −yi + xj .
Esboce alguns de seus vetores.
Resolução: Como F (1, 0 ) = j , desenhamos o vetor j com início no ponto
(1, 0). E como F ( 0,1) = − i desenhamos o vetor − i com início no ponto (0,1).
Continuando este processo alguns pontos do plano, montamos a tabela, onde
( a, b ) = ai + bj .
y
F (0,3) F (2,2)
F (1,0)
0 x
Figura 3
Fonte: Adaptado de Stewart, 2012
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Vale observar que o desenho de cada vetor (seta) é tangente à circunferência
com centro na origem.
Para confirmar isso, vamos
calcular
o produto escalar do
vetor posição r = xi + yj com o vetor F ( x, y ) = −yi + xj .
( )( )
r.F ( x, y ) = xi + yj . − yi + xj = − xy + yx = 0
F ( x, y ) = ( −y )
2
+ x 2 = x 2 + y2 = r
Figura 4
Fonte: Anton, 2007
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UNIDADE Cálculo Vetorial: Campos Vetoriais
Resolução: Observe que todos os vetores são verticais, apontam para cima
para pontos acima do plano XY e, para baixo, para pontos abaixo do plano XY. A
magnitude dos vetores aumenta com a distância do ponto ao plano XY. Confira a
representação gráfica na figura que segue.
y
x
Figura 6
Fonte: Stewart, 2012
Esboçar esse campo vetorial à mão é possível, até porque sua fórmula é bastante
simples. Entretanto, para os três campos vetoriais seguintes, que são tridimensionais,
é necessário recorrer a um sistema computacional.
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Figura 7
Fonte: Stewart, 2012
Veja a figura a seguir. Nesse caso, não é conveniente sobrepor muitos vetores,
como por exemplo, desenhar os vetores com ponto de aplicação em mais uma
elipse além destas duas. Isto tornaria confusa a representação do campo. O esboço
é importante para termos uma ideia de como o campo se comporta.
Campo vectorial:
F (x, y) = 2xi + yj
Figura 8
Fonte: Larson; Edwards, 2010
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UNIDADE Cálculo Vetorial: Campos Vetoriais
Onde x2 + y2 ≤ 16.
Campo de velocidades:
v(x, y, z) = (16 – x2 – y2)k
Figura 9
Fonte: Larson; Edwards, 2010
∂f ∂f ∂f
∇f ( x, y, z ) = ( x, y, z ) i + ( x, y, z ) j + ( x, y, z ) k
∂x ∂y ∂z
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Vale ressaltar que, em cada ponto, em que o gradiente não for nulo, o vetor
aponta na direção em que é máxima a taxa de crescimento de f.
∂ ∂ ∂
∇ = i + j + k
∂x ∂y ∂z
∂ → ∂ → ∂ → → → →
∇f ( x, y, z) = ( xyz) i + ( xyz) j + ( xyz) k ⇒ yz i + xz j + xy k
∂x ∂y ∂z
Então, temos que o campo gradiente de f é ∇f ( x, y, z ) = yzi + xzj + xyk .
2
x
2 4 6
Figura 10
Fonte: Adaptado de Anton, 2007
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UNIDADE Cálculo Vetorial: Campos Vetoriais
∂ 2 1 2 → ∂ 2 1 2 → → 1 → → →
∇f ( x, y ) = (x + y ) i + ( x + y ) j ⇒ 2 x i + .2y j ⇒ 2 x i + y j ⇒
∂x 2 ∂y 2 2
Assim, ∇f = 2 xi + yj , então o campo é conservativo.
−Gm1m2
F ( x, y, z ) = u
x + y 2 + z2
2
Figura 11
Fonte: Larson; Edwards, 2010
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Utilizando o vetor posição r = xi + yj + zk para o ponto (x, y, z), podemos
expressar o campo gravitacional F como:
−Gm1m2 r −Gm1m2
F ( x, y, z ) = 2 = 2
u
r r r
−Gq1 q2 r −Gq1 q2
F ( x, y, z ) = 2 = 2
u
r r r
k
F= 2
u
r
Além disso, campos quadráticos inversos são conservativos, uma vez que
−k
F ( x, y, z ) = ∇f ( x, y, z ) para a função f ( x, y, z ) = para (x, y, z) ≠ (0,0,0).
x 2 + y 2 + z2
Verifique!
∂N ∂M
=
∂x ∂y
∂M
fx ( x, y ) = M ⇒ fxy ( x, y ) =
∂y
∂N
fy ( x, y ) = N ⇒ fyx ( x, y ) =
∂x
∂N ∂M
fxy ( x, y ) = fyx ( x, y ) ⇒ =
∂x ∂y
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UNIDADE Cálculo Vetorial: Campos Vetoriais
Resolução:
M = x2 y M = x
2
1. F ( x, y ) = x2 yi + xyj ⇒ ⇒ y ⇒ M y ≠ N x ⇒ F portanto,
N = xy N x = y
não é um campo conservativo.
M = 2 x My = 0
2. ( x, y ) = 2 xi + yj ⇒ ⇒ ⇒ M y = N x ⇒ F portanto, é um
N = y N x = 0
campo conservativo.
Importante! Importante!
Exemplo 10: Encontrar uma função potencial para F ( x, y ) = 2 xyi + ( x2 − y ) j .
∂ ∂
[2xy] = 2x e x2 − y = 2x . Logo, F é conservativo.
∂y ∂x
Se f é uma função potencial de F, então ∇f ( x, y ) = F ( x, y ) = 2 xyi + ( x − y ) j
2
f ( x, y ) = ∫ fx ( x, y ) dx = ∫ 2 xy dx = x2 y + g( y )
y2
f ( x, y ) = ∫ fy ( x, y ) dy = ∫ (x − y ) dy = x2 y − + h( x)
2
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Note que g(y) é constante em relação à x e h(x) é constante em relação à y. Para
encontrarmos uma só expressão que represente f(x,y) seja:
y2
g (y) = − e h(x) = k (constante)
2
y2
Então, podemos escrever: f ( x, y ) = x2 y + g( y ) + k ⇒ x2 y − +k
2
Para verificar, é só formar o gradiente de f e você mesmo pode verificar que é
igual ao gradiente original.
∂P ∂N ∂P ∂M ∂N ∂M
rot F ( x, y, z ) = ∇ × F ( x, y, z ) = − i − − j + − k
∂y ∂z ∂x ∂z ∂x ∂y
i j k
∂ ∂ ∂ ∂P ∂N ∂P ∂M ∂N ∂M
rot F ( x, y, z ) = ∇ × F ( x, y, z ) = = − i − − j + − k
∂x ∂y ∂z ∂y ∂z ∂x ∂z ∂x ∂y
M N P
rot F ( x, y, z ) = ∇ × F ( x, y, z )
i j k i j k
∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂
∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂
= = = ∂y ∂z i − ∂x ∂y j + ∂x ∂y k
∂x ∂y ∂z ∂x ∂y ∂z
x2 + z2 2yz 2 xy 2yz 2 xy x2 + z2
M N P 2
2 xy x + z 2yz 2
= ( 2z − 2z ) i + ( 0 − 0 ) j + ( 2 x − 2 x ) k = 0 i + 0 j + 0k = 0
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UNIDADE Cálculo Vetorial: Campos Vetoriais
Explor
Qual o significado físico e geométrico do rotacional?
O significado físico está ligado às forças conservativas. Por exemplo, se o rotacional de uma
força for nulo, podemos calculá-lo por meio do gradiente da energia potencial associada a
essa força. Calculando em seguida o trabalho dessa força num caminho fechado, veremos
que o mesmo é nulo, ou seja, não depende do caminho, o que é uma característica de forças
conservativas. Vamos falar sobre o trabalho realizado por uma força mais à frente. Um
exemplo importante é o rotacional do campo magnético, que é diferente de zero, ou seja,
não conservativo e que nos conduz à lei de Ampère. Logo, não existe uma energia potencial
magnética nesses moldes.
O significado geométrico está ligado a uma curvatura dos campos, isto é, a uma medida
de quanto, os campos de força, por exemplo, se desviam do seu fluxo principal. Seja, por
exemplo, um fluxo de linhas de campo. Se neste campo, todas as linhas seguem seu fluxo
principal sem se desviar, o rotacional é nulo (campo de força central – força elétrica). Agora,
por exemplo, se algumas linhas formam pequenos redemoinhos ao longo de seu fluxo, o
rotacional será diferente de zero (campo de força não central – força magnética).
∂P ∂N ∂P ∂M ∂N ∂M
= , = e =
∂y ∂z ∂x ∂z ∂x ∂y
plesmente conexo no plano ou no espaço é um domínio D para o qual cada curva simples
fechada em D pode ser reduzida a um ponto em D sem sair de D: https://goo.gl/erbo2y
Exemplo 12: Verifique se o campo F ( x, y, z ) = ( x 3 2
y z ) i + ( x 2
z ) j + ( x 2
y ) k é con-
servativo ou não.
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i j k
∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂
∂ ∂ ∂
rot F = = ∂y ∂z i − ∂x ∂z j + ∂x ∂y k
∂x ∂y ∂z 3 2 2
3 2 2 2
2
x z x y 2
x y z x y x y z x2 z
3 2
x y z x z x y
= ( x2 − x2 ) i − ( 2 xy − x3 y2 ) j + ( 2 xz − 2 x3 yz ) k
= ( x3 y2 − 2 xz ) j + ( 2 xz − 2 x3 yz ) k ≠ 0
cional (exemplo 11), portanto, pelo Teorema 2, esse campo é conservativo. Assim
sendo, encontre uma função potencial f tal que F ( x, y, z ) = ∇f ( x, y, z ) .
f ( x, y, z ) = ∫ M dx = ∫ 2 xy dx = x2 y + g ( y, z )
f ( x, y, z ) = ∫ N dy = ∫ ( x + z ) dy = x y + yz + h ( x, z )
2 2 2 2
f ( x, y, z ) = ∫ P dz = ∫ 2yz dz = yz + k ( x, y )
2
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UNIDADE Cálculo Vetorial: Campos Vetoriais
∂M ∂N
div F ( x, y ) = +
∂x ∂y
A divergência de F ( x, y, z ) = Mi + Nj + Pk é assim definida:
∂M ∂N ∂P
div F ( x, y, z ) = + +
∂x ∂y ∂z
Também para a divergência temos uma expressão que usa a notação do produto
escalar entre o operador diferencial ∇ e o campo F, a saber:
34
Explor
A divergência pode ser vista como um tipo de derivadas de um campo vetorial F, uma vez
que para campos de velocidades de partículas mede o ritmo e fluxos de partícula por uni-
dade de volume em um ponto. Em hidrodinâmica, que é o estudo do movimento dos flui-
dos, um campo de velocidades de divergência nula se chama incompressível. No estudo de
eletricidade e magnetismo, um campo vetorial de divergência nula se chama soleinodal.
Observe que tanto o div F quanto o rot F dependem do ponto em que estão
sendo calculados e, portanto, são escritos mais apropriadamente div F (x,y,z) e rot
F (x,y,z). Entretanto, mesmo que estas funções sejam escritas em termos de x, y,
z, pode-se provar que seus valores dependem do ponto, mas não do sistema coor-
denado selecionado. Isso tem importância nas aplicações, pois pemite a físicos e
engenheiros calcular o rotacional e a divergência de campos vetoriais em qualquer
sistema de coordenadas conveniente.
∂r x ∂r z ∂r y
=
Portanto, temos que ∂x = r , ∂y r e ∂z = r e, portanto:
∂ x ∂ y ∂ z
div F = c 3 + 3 + 3
∂x r ∂y r ∂z r
x
1.r 3 − x ( 3r 2 )
∂ x r = 1 − 3x
2
3=
(r 3 )
2
∂x r r3 r5
∂ y 1 3y 2 ∂ z 1 3 z2
= − e = − 5
∂y r 3 r 3 r5 ∂z r 3 r 3 r
35
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UNIDADE Cálculo Vetorial: Campos Vetoriais
3 3 x 2 + 3 y 2 + 3 z2 3 3r 2
div F = c 3 − 5 = c 3 − 5 = 0
r r r r
div (rot F) = 0
∂P ∂N ∂P ∂M ∂N ∂M
rot F = − i − − j + − k
∂y ∂z ∂x ∂z ∂x ∂y
∂ ∂ ∂
∇ = i + j + k
∂x ∂y ∂z
∂ ∂P ∂N ∂ ∂P ∂M
∇ ⋅ ( rot F ) =
− − −
∂x ∂y ∂z ∂y ∂x ∂y
∂2 P ∂2 N ∂2 P ∂2 M ∂2 N ∂2 M
= − − + + −
∂x∂y ∂x∂z ∂y∂x ∂y∂z ∂z∂x ∂z∂y
∂2 P ∂2 P ∂2 N ∂2 N ∂2 M ∂2 M
= − + − + + − = 0+0+0 =0
∂x∂y ∂y∂x ∂x∂z ∂z∂x ∂y∂z ∂z∂y
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Explor
O Laplaciano ∇2
O operador que resulta aplicando-se o operador “del” sobre si mesmo, denotado por ∇2 , é
chamado operador Laplaciano e tem a forma:
∂2 ∂2 ∂2
∇2 = ∇ ⋅ ∇ = + +
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2
Note que ∇2F também pode ser expresso como div(∇F). A equação ∇2F = 0, conhecida
como equação de Laplace, pode ser expressa assim:
∂2F ∂2F ∂2F
+ + =0
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2
Essa equação diferencial parcial desempenha importante papel numa variedade de aplicações,
resultante do fato de ser satisfeita pela função potencial do campo de quadrado inverso.
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UNIDADE Cálculo Vetorial: Campos Vetoriais
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Cálculo (George B.Thomas Junior, vol.2)
Outra indicação: Capítulo 16 do livro Cálculo (George B.Thomas Junior, vol.2), de
Maurice D.Weir, Joel Hass, Frank R. Giordano São Paulo: Addison Wesley, 2009.
Vídeos
Univesp – Cálculo III – Aula 08 – Campos em R³, Gradiente, Divergente, Rotacional (parte 1)
https://youtu.be/Cfbtycn1nWs
Univesp – Cálculo III – Aula 09 – Campos em R³, Gradiente, Divergente, Rotacional (parte 2)
https://youtu.be/Vx9KK5YqrY0
Univesp – Cálculo III – Aula 13 – Campos conservativos (parte 1)
https://youtu.be/qhH-JcFqnqA
Univesp – Cálculo II – Aula 20 – Campos Vetoriais
https://youtu.be/1s7Fh86dOM0
omatematico.com – Prof.Grings – Vetor Gradiente – Aula 8
https://youtu.be/hDVjvMG0DLo
omatematico.com – Prof.Grings – Gráfico de um campo vetorial – Aula 10
https://youtu.be/-JOb4akerSc
omatematico.com – Prof.Grings – Determinação da função potencial – Campos Conservativos - Aula 14
https://youtu.be/C_UW9P9ZpAo
Me Salva! VET06 – Como desenhar um campo vetorial
https://youtu.be/ppGUiMMuOiM
Me Salva! DEP14 – Vetor Gradiente
https://youtu.be/JphpwL7PAKc
Me Salva! DEP14 – Vetor Gradiente – Exemplo 1
https://youtu.be/3oGj0pTddgE
Somatize – Vetor gradiente – exemplo 1
https://youtu.be/M8xkQdDi5eg
Somatize – Vetor gradiente – exemplo 2
https://youtu.be/vCi3PdxpdGk
Somatize – Rotacional de uma Função Vetorial
https://youtu.be/1NHlaTGsiIg
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PET Engenharia Química UFC – Isabela – Monitoria de Cálculo
Vetorial – Campo Vetorial, Gradiente, Rotacional e Divergente
https://youtu.be/Syg-EY1RbT4
Prof.Artur Fassoni – Cálculo III – 2.3 – Campos Vetoriais – Teoria e Exemplos
https://youtu.be/TnEc7_Qxcts
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UNIDADE Cálculo Vetorial: Campos Vetoriais
Referências
ANTON, H.; BIVENS, I.; DAVIS, S. Cálculo. 8. ed. Porto Alegre: Bookman,
2007, v.2.
LEITHOLD, L. O cálculo com geometria analítica. 3. ed. São Paulo: Harbra, 1994.
THOMAS JUNIOR, G. B. Cálculo. v.2, 10. ed. São Paulo: Addison-Wesley, 2004.
40