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8 tipos de depressão

A pessoa depressiva apresenta tristeza intensa, falta de energia


e de interesse por atividades cotidianas e prazerosas. Certo?
Nem sempre. Em certos casos, o deprimido consegue realizar as
tarefas do dia a dia normalmente e até se divertir, mesmo que
não se sinta alegre na maior parte do tempo.

De acordo com a American Psychiatric Association, a depressão


é um transtorno que acontece com muita gente, mas pode ter
consequências sérias. A depressão clássica, ou transtorno
depressivo maior, causa sintomas graves que afetam a maneira
como você se sente, pensa e lida com as atividades diárias,
como dormir, comer ou trabalhar.

Quando os sintomas mais famosos, característicos da depressão


clássica, não se manifestam, pode ser mais difícil identificar a
condição - o que não significa que ela não está presente. Por
isso, é importante entender que existem diferentes tipos da
doença. Afinal, alguém próximo pode estar tocando a vida
normalmente e até rir de uma piada e, mesmo assim, estar
deprimido. Veja:

Os tipos de depressão:

Depressão clássica ou maior, transtorno depressivo maior


Quem tem este tipo de depressão apresenta os sinais clássicos e
comumente associados à doença: humor muito deprimido
(tristeza, desânimo e pensamentos negativos), pouco
interesse em atividades (mesmos aquelas que
geralmente seriam prazerosas), dificuldades para dormir,
alterações no apetite ou no peso, perda de energia e
sensação de inutilidade. Pensamentos de morte ou suicídio
também podem ocorrer.
Transtorno depressivo persistente
O transtorno depressivo persistente não é tão intenso quanto a
depressão clássica, mas é persistente e dura ao menos dois
anos. Muitas pessoas com essa condição são capazes de
fazer tudo normalmente, mas sentem-se fracas ou sem
vontade em boa parte do tempo. Também podem
apresentar baixa autoestima, falta de esperança e
alterações no peso ou apetite.

Transtorno Disruptivo de Desregulação do Humor

Sabe aquela criança que faz birra em proporções muito


exageradas? Ela pode ter o transtorno disruptivo de
desregulação do humor, característico da infância e
adolescência. Este tipo de depressão se caracteriza por
explosões de temperamento severas e recorrentes. Em
média, ocorrem três ou mais vezes por semana durante um ano
ou mais.

Transtorno afetivo sazonal

O transtorno surge à medida que os dias ficam mais curtos


no outono e no inverno, e a exposição à luz do sol é
reduzida. As mudanças de humor resultam de alterações nos
ritmos diários naturais do corpo, da sensibilidade dos olhos à luz
ou do funcionamento do neurotransmissor serotonina e do
hormônio melatonina. Portanto, se você se sentir mais triste ou
“para baixo” no outono ou no inverno, pode ser um transtorno
afetivo sazonal.

Depressão pós-parto

A famosa depressão pós-parto ocorre entre mulheres durante a


gestação ou em até 12 meses após o nascimento do bebê.
Ela inclui episódios depressivos maiores e menores, cujos
efeitos podem ser graves e afetar tanto a mulher, quanto
o bebê e sua família.

Desordem disfórica pré-menstrual

Outro tipo de depressão específico do sexo feminino, a


desordem disfórica pré-menstrual é, em poucas palavras, uma
forma grave de TPM. Os sintomas sofridos no período pré-
menstrual são, portanto, mais intensos entre quem tem a
doença.

Transtorno bipolar
O transtorno bipolar é diferente da depressão. Sim, ele
também causa episódios de humor extremamente deprimido,
característico da depressão clássica. Mas além disso, o indivíduo
bipolar também tem momentos no extremo oposto, vivendo
explosões de humor extremo, eufórico ou irritável.

Depressão psicótica
Por fim, pessoas que sofrem com formas extremas de
depressão também podem apresentar episódios psicóticos,
como ter falsas crenças, ilusões, alucinações, delírios de
culpa, pobreza ou doença.

Por que identificar os diferentes tipos de depressão?

Um dos grandes mitos relacionados à depressão é a crença de


que seria uma condição rara e pouco recorrente. Na verdade,
mais de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem com a
doença — cerca de 5% da população global. No caso de mães
recentes, os dados são ainda mais altos: entre 10% e 15%
delas sofrem de depressão pós-parto.
Portanto, as chances de que alguém próximo esteja deprimido
existem e não são tão pequenas. Além disso, a depressão é
mais do que tristeza: pode surgir sem aviso ou lógica, em
pessoas que não têm razões aparentes para estarem doentes.
Portanto, a "falta de motivo" ou a ausência de sintomas
clássicos não são motivos para descartar um possível quadro
depressivo, nem razão para não empatizar com uma pessoa
deprimida.

Outro grande mito associado à depressão é que pessoas bem-


sucedidas não sofrem com ela. Segundo o World Economic
Fórum, muitos empreendedores e donos de startups, por
exemplo, têm medo de demonstrar que estão deprimidos, pois
isso seria visto como um fracasso. Então, é possível conquistar
muito na vida e ainda assim ter depressão.

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