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RESUMO DAS LEIS:

LEI 8112/90 regime disciplinar do servidor público


- Não se aplica a fundações de economia mista nem aos militares.
- Servidor é quem está legalmente investido em cargo público.
- Serviços gratuitos são vedados exceto os previstos em lei (mesário, jurado).
- Na nomeação. Do provimento do cargo a investidura leva-se 30 dias e da
investidura ao exercício leva-se 15 dias.
- A Lei determina que a investidura de cargo público ocorrerá com a posse e
que a nomeação é a forma originária de provimento.
- Formas de provimento: Nomeação, promoção, readaptação, reversão,
aproveitamento, readaptação, reintegração, recondução. (atenção: remoção
não é forma de provimento)
- A nomeação é a única forma originária de provimento para cargo efetivo ou
em comissão.
- A readaptação ocorre quando o servidor sofrer limitação em sua capacidade
física ou psicológica. Caso ocorra ele pode assumir uma função afim, se
excedente, ou se for declarado incapaz por junta médica ele será aposentado.
- A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo que ocupava
anteriormente. Os motivos são: Reprovação em estágio probatório em outro
nível de cargo ou reintegração do anterior ocupante do cargo.
- A reintegração é a reinvestida no cargo quando a demissão for cassada por
decisão judicial. Se o cargo for extinto o servidor ficará em disponibilidade. Se o
cargo estiver ocupado, o ocupante será reconduzido, aproveitado, posto em
disposição.
- A reversão é o retorno do servidor aposentado ao seu cargo. Pode ocorrer
por: Motivos insubsistentes de sua invalidez. Ou no interesse (a pedido) da
administração pública se este foi aposentado e solicitou a reversão,
aposentadoria foi voluntária, o servidor era estável quando em atividade,
aposentadoria ocorreu em menos de 5 anos, tenha o cargo vago e não seja
com idade superior a 70 anos.
- Aproveitamento é o retorno a atividade do servidor posto em disponibilidade
(por algum motivo o servidor está aguardando para ser aproveitado). As
atribuições e remuneração serão compatíveis com o cargo anterior.
- Promoção será vertical, gera provimento e vacância, não interrompe o tempo
de exercício.
- A validade do concurso é de 2 anos prorrogáveis por até 2 anos com somente
uma prorrogação.
- Da nomeação a posse tem que ocorrer em 30 dias e da posse ao exercício
tem que ocorrer em 15 dias. Na posse tem a assinatura do termo, entrega da
declaração de bens e exercício.
- Para cargo em comissão o servidor designado para função de confiança entra
em exercício na data da designação e se nomeado para cargo em comissão
ele tem 30 dias para tomar posse.
- Jornada de trabalho do servidor público é de 40 horas semanais com mínimo
de 6h e máximo de 8h.
- A estabilidade ocorre depois de 3 anos em estágio probatório onde avalia-se a
aptidão e capacidade com os critérios; assiduidade, disciplina, capacidade de
iniciativa, produtividade, responsabilidade. O relatório de avaliação do estágio
probatório fica pronto 4 meses antes dos 3 anos.
- Se no estágio probatório o servidor for reprovado ele será exonerado ou
reconduzido ao cargo anterior se ele for estável.
- As licenças permitidas durante o estágio probatório são: - por motivo de
doença em pessoa da família, - afastamento de cônjuge, - prestação de serviço
militar, - licença para atividade política. Nestes casos o estágio probatório fica
suspenso.
- Afastamentos permitidos ao servidor: - Para exercício de mandato eletivo, -
estudo ou missão no exterior, - servir em órgão de cooperação internacional, -
participar de curso de formação decorrente em aprovação em concurso para
outro cargo na administração pública.
- O servidor estável só perde o cargo se: Processo com sentença judicial
finalizada, condenado em processo administrativo disciplinar (PAD), reprovado
em avaliação periódica de desempenho, excesso de gasto com pessoal.
- Formas de vacância: exoneração (a pedido ou de ofício), demissão
(penalidade), promoção (provimento), readaptação (provimento),
aposentadoria, posse em outro cargo, falecimento.
- Remoção é o deslocamento do servidor (a pedido ou de ofício) e tem que
ocorrer dentro do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede, via ato
discricionário, mas pode ser também em função de acompanhar cônjuge
deslocado no interesse da administração pública, motivo de saúde familiar,
aprovação em processo seletivo em outro órgão da administração pública.
- A redistribuição é o deslocamento do cargo de provimento efetivo para outro
órgão e tem como requisitos: - Deve ser feito no interesse da administração
pública, - Manter a essência das atribuições e vencimentos.
- A redistribuição tem como finalidades institucionais: - Reorganizar ou extinguir
cargo/entidade. Se o cargo for extinto coloca-se o servidor em disponibilidade
ou redistribui.
- A nomeação pode ser em caráter efetivo ou em comissão. Só há posse em
cargo de nomeação.
- O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido
removido, redistribuído, requisitado, cedido, ou posto em exercício provisório,
terá entre 10 a 30 dias de prazo, contados da data de publicação do ato, para a
retomada do efetivo desempenho das atividades do cargo.
- O servidor pode em algumas hipóteses pedir remoção independente do
interesse da administração.
- O servidor em estágio probatório poderá exercer qualquer cargo de
provimento em comissão, função de direção, chefia ou assessoramento.
- A posse se dá pela assinatura do termo de atribuições, deveres,
responsabilidades e direitos do servidor.
- O estágio probatório inicia-se com o exercício da função e não com a posse.
A posse é apenas a investidura ao cargo. O servidor terá 15 dias para entrar
em exercício e posteriormente inicia-se a contagem do estágio probatório por 3
anos.
- A exoneração em cargo de comissão só ocorre a juízo da autoridade
competente ou a pedido.
- Substituição. Servidores em função de direção, chefia devem ter substitutos
indicados no regimento interno. Em caso de ocupação interina por substituição
automática ou acumulativa de cargos, o servidor tem que optar por uma das
remunerações.
- Se o servidor falecer numa nova sede a família terá direito a ajuda de custo e
transporte.
- A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor e não pode
exceder em 3 meses de ajuda de custo.
- Não existe pagamento de diárias para serviço que exige permanência do
cargo.
- Se o servidor receber diárias e não se afastar da sede ele tem que devolver o
valor em até 5 dias. Se for ajuda de custo 30 dias.
- Indenizações não se incorporam aos vencimentos.
- São indenizações: diárias, ajuda de custo, auxílio moradia, auxílio transporte.
- Somente adicionais e gratificações se incorporam aos vencimentos.
- São gratificações: gratificação natalina (13º salário).
- Ajuda de custo é para compensar despesas de instalação permanente em
nova sede.
- Só será paga ajuda de custo a servidor deslocado a ofício e no interesse da
administração.
- Caso o servidor com auxílio moradia compre imóvel ele recebe o auxílio por
mais 1 mês.
- São gratificações e adicionais: - Retribuição por função de direção, -
Gratificação natalina, - Adicional de insalubridade, - adicional de prestação de
serviço extraordinário, - adicional noturno, - adicional de férias, - adicional
relativo ao local ou natureza de trabalho, - gratificação por encargo de curso.
- O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e periculosidade
deverá optar por um destes.
- Tempo de concessões são: - 1 dia para doação de sangue, - 2 dias para
recadastramento eleitoral ou alistamento militar, - 8 dias para casamento ou
falecimento de familiar.
- Todo servidor tem direito de requerer aos poderes públicos, em defesa de
direito ou interesse legítimo.
- O vencimento do cargo efetivo (retribuição pecuniária pelo exercício do cargo
público) acrescido de vantagens de caráter permanente é irredutível.
- Vencimento, remuneração, provento, são objetos de arresto, sequestro, ou
penhora em caso de decisão judicial para prestação de alimentos.
- A gratificação natalina não será calculada para qualquer vantagem pecuniária.
- A gratificação por encargo de curso ou concurso não se incorpora ao
vencimento ou salário do servidor para qualquer efeito.
- Adicional por atividade penosa será devido ao servidor em exercício em zonas
de fronteira ou localidade com condição de vida que justifique.
- Pode-se incorporar os adicionais noturnos e de extraordinário juntos.
- A licença para interesses particulares não pode exceder o tempo de 3 anos
consecutivos.
- O adicional pela prestação de serviço extraordinário é calculado em 50% em
relação a hora normal.
- O servidor não pode manter familiar em cargo sob pena de advertência e em
caso de reincidência suspensão por 90 dias.
- É possível que o servidor possa fazer um curso em concomitância com as
suas atribuições se o horário for compatível.
- Se o servidor recusar fé a documento público ele será advertido.
- Na redistribuição o servidor não tem como optar.
- No caso de substituição o substituto tem direito a retribuição pelo exercício do
cargo se o tempo for maior que 30 dias corridos e ele deixará de exercer as
funções do cargo que ocupava.
- A licença para capacitação (quinquênio) é remunerada e tem o tempo de 3
meses.
- A licença por atividade política prevê remuneração parcial.
- O servidor poderá se afastar em missão ou estudo no exterior por até 4 anos
sem prorrogação.
- A licença por motivo de doença pode ser remunerada se até 60 dias.
- A readaptação admite o exercício como excedente pois o servidor está com
capacidade limitada.
- A reintegração admite a disponibilidade do servidor se o cargo for extinto.
- A vantagens pecuniárias não serão computadas nem acumuladas para efeito
de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores sob o
mesmo título ou idêntico fundamento.
- Ajuda tem custo tem que ser para servidor em nova sede em cargo
permanente.
- Diária é despesa de deslocamento em caráter temporário ou eventual.
- O serviço extraordinário será permitido em situações excepcionais e
temporárias e no limite máximo de 2h por jornada.
- As férias de servidor de raio-x ou que trabalhe com substância radioativa será
de 20 dias consecutivos por semestre sendo proibida a acumulação.
- O vencimento é o a retribuição pecuniária pelo exercício do cargo com valor
fixado em lei.
- Não existe o adicional por tempo de serviço.
- A licença para capacitação (quinquênio) não pode para estágio probatório.
- O servidor tem direito a licença sem remuneração durante o período entre a
escolha em convenção partidária até a véspera do registro da candidatura.
- Em estágio probatório o afastamento para participar de curso de formação
decorrente de aprovação em concurso só na esfera federal.
- As penalidades de advertência e suspensão terão seus registros cancelados
após o decurso de 3 anos (advertência) e 5 anos (suspensão).
- A ação disciplinar prescreverá em 5 anos em caso de demissão, cassação de
aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo, 2 anos em caso de
suspensão e 180 dias em caso de advertência.
- A acumulação ilegal de cargos públicos é penalizável com a demissão.
- A falta injustificada por 60 dias durante 1 ano será considerada inassiduidade.
- Servidor cedido significa mudança de esfera por exemplo de órgão federal
para órgão estadual.
- O afastamento do servidor para tratamento de saúde conta como tempo de
serviço efetivo no limite de 24 meses (2 anos).
- São deveres do servidor: zelo e dedicação, lealdade, cumprimento de ordens,
observação das normas, presteza no serviço, denunciar irregularidades e
representar contra as irregularidades, zelar, manter sigilo, agir com moral, se
assíduo, ser pontual, ter urbanidade.
- É proibido ao servidor: ausentar-se, retirar, recusar fé pública, opor resistência
injustificada, manifestação de apreço ou desapreço, trazer pessoa estranha,
coagir para associação sindical, manter pessoa da família em cargo, proveito
pessoal, gerir ou administrar sociedade privada, ser procurador ou
intermediário, propina, comissão, presente, vantagem, utilizar pessoal ou
recurso, usura, não atualizar dados, acumular cargos.
- É vedada a acumulação remunerada de cargos exceto em compatibilidade de
horários. 2 cargos sendo 1 de professor e outro técnico/científico, 2 cargos de
profissional de saúde.
- O servidor responde nas esferas civil penal e administrativa pelo exercício
irregular de suas atribuições.
- São penalidades: advertência, suspensão e demissão, cassação de
aposentadoria e disponibilidade, destituição de cargo em comissão, destituição
de função comissionada. Exoneração não é punição.
- Suspensão ocorre no caso de reincidência da advertência e de outras
violações que não tipifiquem infração leve e a suspensão não pode passar de
90 dias.
- Será penalizado com suspensão de 15 dias o servidor que recusar fazer a
inspeção médica.
- No interesse da administração pública a penalidade de suspensão poderá ser
convertida em multa na base de 50% por dia de vencimento ou remuneração.
- O registro será cancelado em 3 anos para advertência e 5 anos para
suspensão.
- A ação disciplinar prescreverá em 5 anos para demissão, cassação de
aposentadoria, de disponibilidade e destituição de cargo em comissão, em
caso de suspensão será de 2 anos e em caso de advertência 180 dias.
- O serviço adicional noturno será das 22h ás 5h do dia seguinte com valor de
25% da hora com tempo de 52min30s.
- A indenização ao erário é permitida o parcelamento e cada parcela não pode
ser inferior a 10% da remuneração.
- O processo administrativo disciplinar (PAD) ocorrerá em duas etapas; 1ª
etapa: sindicância que poderá resultar em; arquivamento do processo,
penalidade de advertência ou suspensão de 30 dias, instauração de inquérito
disciplinar. 2ª etapa: PAD caso a penalidade seja superior a 30 dias, demissão,
cassação de aposentadoria, de disponibilidade e destituição de cargo em
comissão.
- A conclusão da sindicância é de 30 dias sendo prorrogáveis por mais 30 dias.
- No PAD cabe afastamento do servidor por até 60 dias sem prejuízo da
remuneração sendo possível prorrogar por mais 60 dias este prazo.
- O PAD é o instrumento destinado a apurar responsabilidades do servidor por
infração no exercício de suas atribuições.
- A comissão do PAD é composta por 3 servidores estáveis.
- O PAD tem 3 fases; 1- instauração com a publicação do ato e instauração da
comissão, 2- inquérito administrativo com instrução, defesa e relatório, 3-
julgamento.
- O prazo para conclusão do PAD é de 60 dias prorrogáveis por mais 60 dias.
- O inquérito obedece ao princípio do contraditório e ampla defesa e se
observado ilícito penal o processo é remetido ao ministério público.
- A autoridade julga o processo e defere em 20 dias, contudo o julgamento fora
do prazo não invalida o processo.
- A união manterá plano de seguridade social para servidor e família.
- O servidor que sofra um PAD só poderá ser aposentado ou exonerado após a
conclusão do processo e o cumprimento da pena prevista, caso aplicada.
- É assegurado ao servidor o direito de requerer aos poderes públicos em
direito de defesa ou interesse legítimo.
- O requerente será dirigido a autoridade competente para decidi-lo, mas o
encaminhamento será por intermédio da pessoa imediatamente superior ao
servidor.
- Cabe pedido de reconsideração a pessoa imediatamente superior uma única
vez.
- O recurso é solicitado a uma autoridade imediatamente superior a da
reconsideração.
- O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo a juízo da autoridade
competente.
- Em caso de pedido de recurso os efeitos da decisão retroagirão á data do ato
impugnado.
- O direito de requerer prescreve em 5 anos quanto a atos de demissão e
cassação de aposentadoria ou disponibilidade e de 120 dias nos demais casos.
- No que diz respeito aos direitos e deveres do servidor público, previstos na
Lei durante o período de apuração dos deveres inerentes ao cargo do servidor,
as sanções administrativas decorrentes do processo disciplinar poderão
cumular-se com as sanções penais, não sendo afastada, entretanto, a
responsabilidade administrativa do servidor no caso de absolvição criminal.
- O PAD sob rito sumário só é aplicável para apuração de acumulação ilegal de
cargos, abandono de cargo e inassiduidade.
- Uma denúncia anônima pode resultar em um processo administrativo
disciplinar de acordo com o SJT mas antes da abertura do processo tem que
haver uma investigação da administração para dar suporte a essa denúncia.
- Num inquérito disciplinar instaurado é imprescindível o direito a ampla defesa
e ao contraditório do servidor por este constituir fase prévia e inquisitiva.

Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=lNfhbFpL4-
U&list=PLZmHDi1ieLOLjmB2Yiqyy8Ohqc_q0evlQ
https://www.youtube.com/watch?v=GoFh8JXfNmc
https://www.youtube.com/watch?v=5JjutFDpUg4
LEI DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (8429)
- Art. 37 § 4º da Constituição Federal - Os atos de improbidade administrativa
importarão a suspensão dos direitos políticos, perda de função pública,
indisponibilidade de bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação
previstas em lei.
- Improbidade administrativa gera: suspensão dos direitos políticos, perda de
função pública, indisponibilidade de bens e o ressarcimento ao erário.
- A lei só permite que um servidor público seja condenado por improbidade
administrativa se houver dolo.
- Dolo é a vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito tipificado
como enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário e atentado contra os princípios
da administração pública.
- Estão sujeitos ás sanções desta lei os atos de improbidade praticados contra
o patrimônio de entidade privada que receba subvenção, benefício ou
incentivo, fiscal ou creditário de entes públicos.
- É considerado improbidade administrativa todo ato realizado por agente
público que afeta os princípios da administração pública e são eles: legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
- Na nova lei da improbidade o dolo genérico perde espaço e passa a ser
necessário o dolo específico. Com isso condutas culposas como imprudência,
imperícia e negligência deixam de ser consideradas improbidade. Agora o dolo
tem que ser evidenciado e ter uma finalidade.
- Algumas questões: 1- A lei só admite condutas dolosas. 2- A lista de hipóteses
de atos de improbidade passa a ser taxativa. 3- O Ministério Público não tem
exclusividade de propor ações. 4- O prazo de prescrição passa a ser de 8 anos
a partir da prática do ato de improbidade. 5- Há uma previsão de nepotismo
como ato de improbidade.
- O alcance da lei de improbidade administrativa é a todos os poderes, todos os
entes (união, estados, municípios e distrito federal) na administração pública
direta ou indireta, entidade privada que o erário concorra para criação ou
custeio. Limitado o ressarcimento do prejuízo a repercussão do ilícito sobre a
contribuição dos cofres públicos).
- Os princípios constitucionais do direito administrativo sancionador (segurança
jurídica, ampla defesa, direito ao contraditório, razoabilidade, etc.) tem
aplicabilidade no sistema de improbidade administrativa disciplinado na lei.
- As sanções da lei de improbidade administrativa não se aplicam á pessoa
jurídica caso o ato de improbidade administrativa seja também sancionado
como ato lesivo á administração pública de que trata uma lei anticorrupção.
- Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário,
qualquer ação ou omissão dolosa que enseje efetiva e comprovada perda
patrimonial, desvio, apropriação malbaratamento ou delapidação dos bens ou
haveres das entidades referidas.
- A responsabilidade sucessória da sociedade empregadora incorporada pelos
atos ilícitos praticados pela incorporada está limitada, em regra, ao patrimônio
transferido pelo ato de incorporação.
- Aceitar promessa ou vantagem econômica para tolerar a prática de lenocínio
configura ato de improbidade administrativa caracterizada por enriquecimento
ilícito.
- O rol de atos que atentam contra os princípios da administração pública são;
legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência.
- Constitui ato de improbidade administrativa imputando um dano ao erário
facilitar a devida incorporação ao patrimônio particular de pessoa jurídica bens,
valores, rendas, verbas.
- A negativa de publicidade de atos oficiais constitui ato de improbidade
administrativa que a tenta contra os princípios da administração pública, exceto
em hipóteses previstas em lei.
- Constitui ato de improbidade administrativa que causa atentado contra os
princípios da administração pública frustrar o caráter concorrencial de processo
licitatório com vistas á obtenção de benefício próprio direto ou indireto, ou de
terceiros.
- A aplicação de sanções por improbidade administrativa não depende da
aprovação de contas pelos órgãos de controle interno ou tribunal de contas.
- Não será considerado improbidade administrativa omissão decorrente de
divergência interpretativa da lei baseada em jurisprudência ainda que não
pacificada.
- O enquadramento de conduta funcional na categoria de improbidade
administrativa pressupõe a demonstração de prática de ilegalidade no exercício
da função pública.
- Dolo específico tem que ter vontade livre e consciente de obter resultado
ilícito.
- De acordo com a Lei de Improbidade Administrativa, o prazo de prescrição é
de 8 anos para ações que visam a aplicação das sanções previstas
naquela Lei.
- Não configura improbidade a ação ou omissão decorrente de divergência
interpretativa da lei, baseada em jurisprudência, ainda que não pacificada.
- Não é ato de improbidade se o servidor deixar de praticar ato de ofício.
- As sanções eventualmente aplicadas em outras esferas como a Lei
Anticorrupção, poderão ser compensadas com as sanções aplicadas na lei da
improbidade.
- A aplicação das penas previstas na lei da improbidade não depende, em
regra, da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público.
- As sentenças cíveis e penais produzirão efeitos em relação á ação de
improbidade administrativa.
- O pagamento de multa civil em caso de improbidade por falta aos princípios a
multa é de 24 vezes o valor remuneração percebida pelo agente.
- Uma vez que a pessoa que praticou o ato de improbidade a multa pode ser
dobrada a critério do juiz.
- Somente um juiz (e não o MP) pode afastar um servidor que cometeu ato de
improbidade.
- A suspensão do servidor só poderá ser efetivada a partir da sentença
condenatória transitada e julgada.
- De acordo com a nova jurisprudência do STF é irretroativo o regime de
prescrição aos processos em cursos. Aplica-se as alterações mais benéficas
para os casos em aberto, ou seja, ações ainda em julgamento. Não se aplica
novas regras para ações já julgadas em definitivo. É imprescindível a prova do
dolo específico para a condenação por ato de improbidade. As ações de
improbidade podem ser feitas pelo MP e por procuradoria jurídica.
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento
Ilícito
Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando em
enriquecimento ilícito auferir, mediante a prática de ato doloso, qualquer tipo de
vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, de mandato, de
função, de emprego ou de atividade nas entidades referidas no art. 1º desta
Lei, e notadamente:

I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer


outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão,
percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou
indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente
das atribuições do agente público;

II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição,


permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços
pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;

III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação,


permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente
estatal por preço inferior ao valor de mercado;

IV - utilizar, em obra ou serviço particular, qualquer bem móvel, de propriedade


ou à disposição de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta Lei, bem
como o trabalho de servidores, de empregados ou de terceiros contratados por
essas entidades;
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para
tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico,
de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar
promessa de tal vantagem;
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para
fazer declaração falsa sobre qualquer dado técnico que envolva obras públicas
ou qualquer outro serviço ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou
característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades
referidas no art. 1º desta Lei;
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, de cargo, de
emprego ou de função pública, e em razão deles, bens de qualquer natureza,
decorrentes dos atos descritos no caput deste artigo, cujo valor seja
desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público,
assegurada a demonstração pelo agente da licitude da origem dessa
evolução;

VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou


assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível
de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições
do agente público, durante a atividade;

IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação


de verba pública de qualquer natureza;

X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou


indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja
obrigado;

XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou


valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1°
desta lei;
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do
acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.

Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário


Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário
qualquer ação ou omissão dolosa, que enseje, efetiva e comprovadamente,
perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos
bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente:
I - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a indevida incorporação ao
patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, de rendas, de
verbas ou de valores integrantes do acervo patrimonial das entidades referidas
no art. 1º desta Lei;

II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens,
rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades
mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie;

III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda
que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do
patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem
observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;

IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do


patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a
prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;

V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por


preço superior ao de mercado;

VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e


regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;

VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das


formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para


celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los
indevidamente, acarretando perda patrimonial efetiva;
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou
regulamento;
X - agir ilicitamente na arrecadação de tributo ou de renda, bem como no que
diz respeito à conservação do patrimônio público;

XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou


influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular;
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;

XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,


equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à
disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem
como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por
essas entidades.

XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação
de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as
formalidades previstas na lei;

XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia


dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.

XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao


patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou
valores públicos transferidos pela administração pública a entidades privadas
mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais
ou regulamentares aplicáveis à espécie

XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize
bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração
pública a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a
observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à
espécie;

XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem


a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

XIX - agir para a configuração de ilícito na celebração, na fiscalização e na


análise das prestações de contas de parcerias firmadas pela administração
pública com entidades privadas;

XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com


entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir
de qualquer forma para a sua aplicação irregular.

XXII - conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao


que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de
2003.

§ 1º Nos casos em que a inobservância de formalidades legais ou


regulamentares não implicar perda patrimonial efetiva, não ocorrerá imposição
de ressarcimento, vedado o enriquecimento sem causa das entidades referidas
no art. 1º desta Lei.

§ 2º A mera perda patrimonial decorrente da atividade econômica não


acarretará improbidade administrativa, salvo se comprovado ato doloso
praticado com essa finalidade.
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os
Princípios da Administração Pública
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os
deveres de honestidade, de imparcialidade e de legalidade, caracterizada por
uma das seguintes condutas:
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e
que deva permanecer em segredo, propiciando beneficiamento por informação
privilegiada ou colocando em risco a segurança da sociedade e do Estado;
IV - negar publicidade aos atos oficiais, exceto em razão de sua
imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado ou de outras
hipóteses instituídas em lei;
V - frustrar, em ofensa à imparcialidade, o caráter concorrencial de concurso
público, de chamamento ou de procedimento licitatório, com vistas à obtenção
de benefício próprio, direto ou indireto, ou de terceiros;

VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo, desde que


disponha das condições para isso, com vistas a ocultar irregularidades;

VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da


respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de
afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.

VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de


contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades
privadas.

XI - nomear cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por


afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor
da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou,
ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas;

XII - praticar, no âmbito da administração pública e com recursos do erário, ato


de publicidade que contrarie o disposto no § 1º do art. 37 da Constituição Federal,
de forma a promover inequívoco enaltecimento do agente público e
personalização de atos, de programas, de obras, de serviços ou de campanhas
dos órgãos públicos.

§ 1º Nos termos da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção,


promulgada pelo Decreto nº 5.687, de 31 de janeiro de 2006, somente haverá
improbidade administrativa, na aplicação deste artigo, quando for comprovado
na conduta funcional do agente público o fim de obter proveito ou benefício
indevido para si ou para outra pessoa ou entidade.
§ 2º Aplica-se o disposto no § 1º deste artigo a quaisquer atos de
improbidade administrativa tipificados nesta Lei e em leis especiais e a
quaisquer outros tipos especiais de improbidade administrativa instituídos por
lei.

§ 3º O enquadramento de conduta funcional na categoria de que trata


este artigo pressupõe a demonstração objetiva da prática de ilegalidade no
exercício da função pública, com a indicação das normas constitucionais, legais
ou infralegais violadas.

§ 4º Os atos de improbidade de que trata este artigo exigem lesividade


relevante ao bem jurídico tutelado para serem passíveis de sancionamento e
independem do reconhecimento da produção de danos ao erário e de
enriquecimento ilícito dos agentes públicos.

§ 5º Não se configurará improbidade a mera nomeação ou indicação


política por parte dos detentores de mandatos eletivos, sendo necessária a
aferição de dolo com finalidade ilícita por parte do agente.

Das Penas

Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano


patrimonial, se efetivo, e das sanções penais comuns e de responsabilidade,
civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável
pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser
aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:

Vídeos:

https://www.youtube.com/watch?v=W0WDg_OIbWU

https://www.youtube.com/watch?v=H8PU_NSZONY

https://www.youtube.com/watch?v=c8ueKpTF93g&t=3179s
CÓDIGO DE ÉTICA DO SERVIDOR PÚBLICO (DECRETO 1171)

- Para fim de apuração do comprometimento ético, entende-se por


servidor público todo aquele que por força de lei, contrato, ou de qualquer ato
jurídico preste serviço de natureza permanente, temporária ou excepcional
ainda que sem retribuição financeira desde que ligado diretamente ou
indiretamente a qualquer órgão.

- A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios


morais são primados morais que devem nortear o serviço público.

- O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua


conduta. Assim ele não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo
e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas,
principalmente, entre o honesto e o desonesto.

- O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade na conduta do servidor


público é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

- A publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de


eficácia e moralidade ensejando sua omissão em comprometimento ético
contra o bem comum.

- A comissão de ética tem o papel de: 1- orientar e aconselhar sobre ética


no serviço público. 2- Fornecer registros sobre conduta de servidores. 3-
Aplicar pena de censura.

- Deve abster-se o servidor de exercer função, poder ou autoridade com


finalidade diversa do interesse da administração pública.

- A moralidade da administração pública fundamenta-se na distinção entre


o bem e o mal e na ideia de que o fim é sempre o bem comum, devendo a
conduta do servidor público ater-se a busca pelo equilíbrio entre a legalidade e
a finalidade.
- Toda pessoa tem direito a verdade sendo assim o servidor público tem
que ser verdadeiro mesmo que isso contrarie o interesse da pessoa ou da
administração.

- A função pública deve ser entendida como exercício profissional e,


portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.

- As regras deontológicas são linhas gerais de conduta ética no serviço


público sendo assim as orientações gerais sobre o que se considera ético e
que deve orientar a atuação do servidor público.

- O princípio da obrigação do procedimento ético e moral no exercício da


função pública não tem por fundamento a coercibilidade jurídica (o não
cumprimento de uma norma pode resultar em sanções legais).

- É vedado: 1- O uso de cargo, função, posição para obter qualquer


favorecimento. 2- Prejudicar deliberadamente a reputação de outro servidor. 3-
Ser conivente com erro ou infração ao código de ética. 4- Usar de artifícios
para procrastinar. 5- Deixar de utilizar os avanços tecnológicos e científicos a
seu alcance para melhoria no atendimento de suas funções. 6- Permitir
perseguição, simpatia, antipatia, caprichos, paixões, ou que interesse de ordem
pessoal interfiram no trato com o público. 7- Pleitear, solicitar, provocar, sugerir
ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão. 8-
Aletrar ou deturpar o teor de qualquer documento. 9- Iludir qualquer pessoa no
seu atendimento. 10- Desviar servidor público para interesse particular. 11-
Retirar da repartição documento sem autorização. 12- Fazer uso de informação
privilegiada. 13- Apresentar-se embriagado a repartição. 14- Dá consentimento
contra a moral, honestidade ou dignidade da pessoa. 15- Exercer atividade
profissional aética ou ligar seu nome a empreendimento de cunho duvidoso.

- Os órgãos e entidades da administração pública direta e indireta


deverão implementar em até 60 dias as providências necessárias á plena
vigência do código de ética inclusive com constituição da comissão de ética.

- A comissão de ética só aplica pena de censura sendo que a


fundamentação constará no respectivo parecer assinado por todos os seus
integrantes com ciência do faltoso.

- Um dos deveres do servidor público é exercer suas atribuições com


rapidez (celeridade), perfeição e rendimento, principalmente, diante de filas.

- O código de ética não se confunde com o regime disciplinar do servidor


público nos termos da lei.

- A ética e a moral não se impõem por lei, mas estão acima da lei
editando as diretrizes para a elaboração delas. A ética faz-se aceitar pelo
senso social, pela educação, pela vontade ínfima do próprio agente moral.

- A ética é o ramo da filosofia responsável pelo estudo dos valores morais


dos seres humanos e a moral é o conjunto de costumes, tradições, cultura
vigentes em determinado grupo social.
- A comissão de ética é composta por 3 servidores ou 3 empregados
titulares de cargo efetivo ou 3 de emprego permanente.

- A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consequência dos princípios


morais devem nortear o serviço público.

- Toda ausência injustificada do servidor público ao seu local de trabalho


é fator de desmoralização do serviço público o que quase sempre, acarreta em
filas, ou conduz á desordem nas relações humanas.

- É dever fundamental do servidor público ser probo, reto, leal e justo


demonstrando toda integridade de seu caráter, escolhendo sempre quando
tiver diante de duas opções a melhor e a mais vantajosa para o bem comum.

- É dever do servidor público comunicar imediatamente em todas as


situações a seu respectivo superior todo e qualquer ato ou fato contrário ao
interesse público exigindo as providências cabíveis.

- É dever do servidor público zelar no exercício do direito de greve pelas


exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva.

Vídeos:

https://www.youtube.com/watch?v=ViOyxq7FPvs

https://www.youtube.com/watch?v=GQ6EyOB_xpU

https://www.youtube.com/watch?v=g4YuCBplW24

https://www.youtube.com/watch?v=A1jPNxKYkUU&t=4s
PROCESSO ADMINISTRATIVO (LEI 9784/94)

- O processo administrativo é o instrumento que formaliza a sequência


ordenada de atos e de atividades do estado e dos particulares a fim de ser
produzida uma vontade final da administração.

- A administração pública obedecerá a: legalidade, finalidade, motivação,


razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica, interesse público e eficiência.

- Faz-se assistir de maneira facultativa um advogado.

- Faz-se do procedimento administrativo uma sindicância, mas se ocorrer


falta grave vai para inquérito.

- Etapas do processo: Instauração – apresentação dos fatos e indicação.


Instrução – elucidação dos fatos. Defesa – ampla e com direito ao contraditório.
Relatório – elaborado pelo presidente do processo. Julgamento – Decisão
proferida.

- Nos processos administrativos serão observados os critérios: - Atuação


conforme a lei, atendimento a fins de interesses gerais, atuações segundo
padrões éticos, divulgação oficial dos atos administrativos, adequação entre
meios e fins, indicação dos pressupostos de fato e de direito, observância das
formalidades, adequado grau de certeza, segurança e respeito, garantia dos
direitos a comunicação, proibição de cobrança de despesas processuais,
impulsão de ofício do processo administrativo, interposição melhor da norma
administrativa.

- Art. 8º Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem


conteúdo e fundamentação idênticos poderão se formulados em um único
requerimento.
- Art. 11º A competência é irrenunciável e se exerce pelo órgão
administrador.

- Art. 13º Não podem ser delegados os objetos: - A edição de atos de


caráter normativo, - a decisão de recursos administrativos, - as matérias de
competência exclusiva de órgão ou autoridade.

- Art. 17º Inexistindo competência legal específica o processo


administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau
hierárquico para decidir.

- Art. 18º É impedido de atuar em processo administrativo servidor ou


autoridade que esteja litigando judicialmente ou administrativamente com o
interessado ou cônjuge ou companheiro.

- O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recusa


sem efeito suspensivo.

- Os prazos fixados em meses ou anos contam de data a data. Por


exemplo, para 1 ano seria de 13/03/2014 a 13/03/2015 e para 1 mês seria de
31/01/2015 a 28/02/2015.

- A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave


para efeito suspensivo.

- Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha


amizade ou inimizade com algum ou cônjuge, companheiro perante e afins até
3º grau.

- Os prazos expressos em dias contam também os dias não uteis.

- O interessado pode mediante manifestar escrita renunciar direitos


disponíveis.

- A edição de atos de caráter normativo não pode ser objeto de


delegação.

- Em caso de negativa de um pedido, o pedido de reconsideração é


dirigido a mesma autoridade e o prazo de manifestação é de 5 dias.

- Em caso de negativa do pedido de reconsideração ai vem o recurso.

- Nos termos da lei a administração pública tem o dever de emitir decisão


sobre solicitações em matéria de sua competência.

- No processo administrativo não se aplica os efeitos da revelia ao


interessado que deixar de responder aos atos de intimação no processo como
se faz no civil e criminal.

- É admissível decisão com fundamentação pode meio de remissão a


outras peças de processo administrativo.
- A lei permite que a instrução de processos administrativos possa ocorrer
na fase recursal.

- No caso de denúncia anônima é necessária uma investigação para se


abrir um processo administrativo.

- O requerimento por regra é formulado por escrito, mas em exceções é


admitido a solicitação oral.

Vídeos:

https://www.youtube.com/watch?v=J7ySmC-Aq1Y

https://www.youtube.com/watch?v=PElRdbl1Yxw

PLANO DE CARREIRA (LEI 11091/05)

- O plano de carreira é um conjunto de princípios, diretrizes e normas que


regulam o desenvolvimento profissional dos servidores titulares de cargo que
integram determinada carreira, constituindo-se em instrumento de gestão do
órgão ou entidade.

- Ambiente organizacional é a área especifica de atuação do servidor


integrada por atividade afins ou complementares organizada a partir das
necessidades institucionais e que orienta a política de desenvolvimento de
pessoa.

- Padrão de vencimento é a posição do servidor na escala de vencimento


da carreira em função do nível de capacitação, cargo e nível de classificação.
Por exemplo, o servidor que entra no serviço público começa com o padrão A1.

- Nível de classificação é o conjunto de cargos de mesma hierarquia


classificados a partir de requisitos de escolaridade, nível de responsabilidade,
conhecimento, habilidades específicas, formação especializada, experiência,
risco e esforço físico para o desempenho de duas atribuições. Por exemplo,
A1, A2, A3, A4.

- Nível de capacitação é a posição do servidor na matriz hierárquica dos


padrões de vencimento em decorrência de capacitação profissional. Por
exemplo A (graduado) para B (mestrado), C (doutorado).

- Os servidores em educação não terão direito a vantagem pecuniária


individual (VPI) pois está lei antiga foi cassada.

- O desenvolvimento do servidor na carreira dar-se-á exclusivamente pela


mudança de nível de capacitação e vencimento mediante progresso por
capacitação profissional ou progressão por mérito profissional.
- A gestão dos cargos do plano de carreira observará alguns princípios e
diretrizes como: - A natureza do processo educativo, - A função social e o
objetivo do sistema federal de ensino, - O reconhecimento do saber não
instituído resultante da atuação profissional na dinâmica de ensino, pesquisa e
extensão, - A vinculação ao plano estratégico e ao desenvolvimento
organizacional das instituições, - A investidura em cada cargo condicionada a
aprovação em concurso público.

- De acordo com a Lei 11091 os percentuais de incentivo a qualificação


são inacumuláveis e se incorporam aos proventos de aposentadoria e pensão.

- O plano de carreira está estruturado em 5 níveis de classificação (A, B,


C, D e E) e cada com 4 níveis de capacitação (1, 2, 3 e 4).

- Capacitação refere-se a cursos de aperfeiçoamento (por exemplo, curso


de excel) e qualificação se refere a curso de educação formal (por exemplo,
pós-graduação).

- Tabela do magistério superior:

cargo classe denominação

professor E Titular

D Associado

C Adjunto

B Assistente

A Auxiliar (G,E),
Assistente (M),
Adjunto (D)

- Progressão por capacitação profissional – Ocorre a mudança de nível no


mesmo cargo e nível de classificação no interstício de 18 meses, sendo
decorrente de obtenção de certificado em programa de capacitação. Por
exemplo, um servidor passa de B1 para B2 depois de 18 meses.

- São atribuições do plano de carreira: Planejar, organizar, executar e


avaliar as atividades inerentes ao apoio técnico administrativo, ao ensino, e
inerentes á pesquisa e a extensão nas instituições federais.

- Cargo é o conjunto de atribuições e responsabilidade previstas na


estrutura organizacional que são cometidas a um servidor.
- O afastamento do servidor para qualificação não pode ultrapassar 4
anos.

- O ato de homologação de capacitação ou qualificação não necessita de


publicação no diário oficial para ter validade.

Vídeos:

https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=fXoZQsiF0Wk

https://www.youtube.com/watch?v=kc3jELAQTds

DECRETO 9991/19 POLITICA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE


PESSOAS (PNDP)

- Objetivos da PNDP: Promover o desenvolvimento dos servidores


públicos nas competências necessárias a consecução da excelência na
atuação dos órgãos e das entidades.

- São instrumentos do PNDP: o plano de desenvolvimento de pessoas, o


relatório de execução do plano de desenvolvimento de pessoas, o plano
consolidado de ações do desenvolvimento, o relatório consolidado de execução
do plano, os modelos, métodos, ferramentas e trilhas do desenvolvimento.

- O plano de desenvolvimento de pessoas deverá: alinhar as


necessidades de desenvolvimento, estabelecer objetivos e metas institucionais
como referência para o planejamento, atender as necessidades
administrativas, operacionais, táticas e estratégicas, nortear o plano de ações
do desenvolvimento, preparar os servidores para a mudança de cenário,
preparar os servidores para substituições, ofertar ações de desenvolvimento de
maneira equânime aos servidores, acompanhar o desenvolvimento do servidor,
gerir os riscos referentes a implantação das ações de desenvolvimento,
monitorar e avaliar as ações de desenvolvimento para o uso adequado dos
recursos, analisar o custo-benefício das despesas realizadas.

- O plano de desenvolvimento de pessoal conterá: A descrição das


necessidades de desenvolvimento, o público alvo de cada necessidade de
desenvolvimento, o custo estimado das ações de desenvolvimento.

- Caberá as escolas de governo: - Apoiar o órgão central do SIPEC na


consolidação e na priorização das necessidades de desenvolvimento de
competência transversal, - Planejar, elaborar e ofertar de ações a fim de
atender as prioridades necessárias mais relevantes, - Ofertar em caráter
complementar a ENAP as ações de desenvolvimento de âmbito nacional
priorizadas no planejamento.

- As escolas de governo têm autonomia para: - Decidir sobre a priorização


das necessidades de desenvolvimento de competências, _ planejar, organizar
e executar a elaboração e a oferta de ações a fim de atender as necessidades.

- O poder executivo federal manterá as escolas de governo com a


finalidade de promover o desenvolvimento de serviços públicos.

- Os cursos de desenvolvimento para estágio probatório, remoção,


progressão ou promoção serão planejados por escola de governo.

ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO (LEI 1171)

Ética é um ramo da filosofia que é responsável pelo estudo dos valores morais
dos cidadãos e Moral é o conjunto de costumes, tradições e da cultura vigentes
em determinado grupo social.

- A comissão de ética do serviço publico é constituída de 3 servidores ou


empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente.
- A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consequência dos princípios
morais devem nortear o serviço público.

- O servidor público jamais poderá desprezar o elemento ético da sua conduta.

- A moralidade da administração publica não se limita entre o bem e o mal.

- Á comissão de ética pública compete atuar como instância consultiva em


matéria pública.

- Toda ausência injustificada do servidor público de seu local de trabalho é fator


de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz a desordem
nas relações humanas.

- A pena aplicável ao servidor público pela comissão de ética é a censura e sua


fundamentação deve constar no respectivo parecer assinado por todos os
membros da comissão e com ciência do faltoso.

- As providências necessárias á plena vigência do código de ética serão


implementadas pelos órgãos e entidades da administração pública federal
direta e indireta.
- É dever fundamental do servidor ser probo, reto, leal e justo demonstrando
toda integridade de seu caráter, escolhendo sempre quando tiver diante de
duas situações, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum.

- É dever do servidor comunicar imediatamente em todas as situações, a seus


superiores, todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo
as providências cabíveis.

- O princípio da obrigatoriedade do procedimento ético e moral não tem por


fundamento a coercibilidade jurídica.

- A comissão de ética não pode dar ampla divulgação e publicidade aos


expedientes processuais referentes a infração ética cometida por um servidor,
mesmo em observância aos princípios da publicidade e transparência.

- A comissão de ética pode encaminhar uma sugestão de penalidade como


exoneração de um servidor a uma autoridade hierarquicamente superior mas
não pode aplicar esta pena pois só pode a censura.

Vídeos:

https://www.youtube.com/watch?
v=9HaMJkAFdOk&list=PLIoWWfdtJru69KoUuLnaCHLFQqjukNF4n&index=1&t
=113s

LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO (LEI 12527)

- A Lei de acesso a informação é abrangente U, E, M, DF executivo, legislativo


e judiciário.

- Aplicam-se as disposições da lei no que couber ás entidades privadas ou sem


fins lucrativos que tenham qualquer relação com o poder público.

- São diretrizes da lei: - publicidade como preceito geral e sigilo como exceção/
divulgação de informação de interesse público. / - utilização de meios de
comunicação viabilizados pela tecnologia da informação. / - fomento da cultura
de transparência na administração pública. / - desenvolvimento do controle
social na administração pública.

- É dever do estado garantir o direito de acesso a informação que será


franqueada mediante procedimento objetivo e ágil, de forma transparente, clara
e em linguagem de fácil compreensão.

- Os órgãos e entidades devem assegurar gestão transparente da informação,


proteção da informação e proteção da informação pessoal e sigilosa.

- As informações são classificadas como: - ultrassecreta com restrição de


produção de 25 anos, secreta 15 anos e reservada 5 anos.

- Na negativa da informação solicitada e quando não for fundamentada


sujeitará o servidor medidas disciplinares nos termos do art. 32 da lei. Sendo a
pena prevista a de suspensão, podendo o servidor responder também por
improbidade.
- No caso de informação negada cabe recurso contra a decisão no prazo de 10
dias a contar da data da ciência e o recurso será dirigido a autoridade superior
que deverá se manifestar em 5 dias.

- Não pode ser negada informação necessária a tutela judicial, aos direitos
fundamentais (liberdade, igualdade, segurança), violações de direitos
humanos.

- É vedada quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da


solicitação de informação de interesse público.

- A informação sigilosa deve ficar restrita a pessoa devidamente credenciada


que tenha necessidade de conhecê-la.

- A informação solicitada de ser dada de imediato e se não for possível deve


ser dada num prazo de 20 dias com prorrogação de mais 10 dias.

Vídeos:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 37 A 41

Vídeos:

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