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Revisão Lei 8112

1 - Estabelece o Regime Jurídico dos Servidores públicos Civis devendo ser observada por
servidores estatutários da União, em sua adminsitração direta, se aplicando a indireta
quando for entidade de direito público – Autarquias e Fundações Públicas. Não se aplica aos
empregados públicas – da sociedade de economia mista e das empresas públicas e os
militares. Atenção: Os que ocupam cargos em comissão – chefia, direção e acessoramento
também são regidos por esta lei. Lembrando que o serviço público deverá sempre ser
remunerado. A lei veda serviços gratuitos.

2- Empregados públicos são regidos pela CLT, são normalmente os que compõem as empresas
públicas e sociedade de economia mista.

3 – Os Estados , Muncicípios e Distrito Federal possuem suas próprias leis sobre o tema, com
suas peculiaridades, observando sua autonomia administrativa.

4 – Os cargos públicos vagos são preenchidos na Administração Pública Federal por meio de
ato denominado de provimento. O provimento pode ser originário – nomeação – ou derivado
– promoção , readaptação, reintegração, recondução, aproveitamento. A nomeação –
provimento originário – pode ser tanto para cargos que precisam de concurso público como
para os cargos em comissão.

Sumula 43 SFT – É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor


investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo
que não integra a carreira na qual anteriormente investido.

A 1-promoção tem haver com a carreira,2 - readapção com limitação probatória fisica ou
mental, 3 -reversão com um aposentado que quer retornar, 4 -aproveitamento com a volta do
servidor em disponibilidade, 5 - reintegração com o servidor que foi demitido ilegalmente e
retorna,caso demonstrado em sede processo adminsitrativo o judicial a nulidade do processo
de demissão, e a 6 - recondução é com o servidor reprovado em estágio comprobatorio , que
quanto estável dtem o direito de ser reconduzido ao cargo anterior. A recondução poderá ser
feita também no caso de um servidor demitido consegui ganhar na justiça o direito de voltar e
ser reintegrado, ele terá preferência, se estável aquele ocupante em direito a ser reconduzido.
Aplicado apenas a servidores estáveis. Observe que um policial que achar um cargo de técnico
chato pode pedir a recondução desistindo no estágio probatório.

Cargos de Comissão

A nomeação – provimento originario – nos cargos de comissão nunca se aplica para suprir
carências ou lacunas, só para direção, chefia e assessoramento, são de livre nomeação e
exoneração; pode ser punido com exoneração, mas isto não é necessariamente uma punição.

Por não ser concursado a sanção é chamada de destituição do cargo em comissão , esta
retirada tem o caratér punitivo, pois ela cometeu uma conduta que resultaria em suspensão
ou demissão se fosse funcionário concursado. Não se fala aqui em demissão. A pura e simples
exoneração não precisa de processo adminsitrativo, não precisa se quer ser motivada. Agora a
destituição precisa de processo administração disciplinar.
Aplicação de penalidades

A aplicação da penalidade deve ter relação não apenas a natureza a gravitade da infração
cometida, mas também os danos que ela causar ao serviço público, as circunstâncias
agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. Deve o ato de imposição de
penalidade sempre mencionar o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.

A lei diz ser discricionário a suspensão, podendo ser convertida em multa ou podendo
perserverá em até 90 dias, a lei coloca alguns balizadores para que a adminsitração faça esse
juízo de valores. Não poderá deixar de ser punido, o dever de punir é vinculado diante da
prática de infração disciplinar.

A demissão pode ser aplicada se aquela prática for punida com demissão, algumas condutas
são puniveis com suspensão e outras com demissão – mesmo não sendo reincidente e não
precisando que a conduta seja crime para ensejar a demissão. ( Pesquisar as condutas.) A
conversão em multa só vale para a suspensão , sendo multa de até 50% da remuneração.

A autoridade pode por até 60 dias, sem prejuizo a remuneração, determinar o afastamento
prevendivo diante da instauração de processo disciplinar , do servidor público, como forma de
medida cautelar para possibilitar o bom andamento da marcha processual. Quando terminam
estes 60 dias o afastamento poderá ser prorrogado apenas por mais 60 dias, afastado os 120
dias se encerra o afastamento ainda se não tiver concluido o PAD. ( Art. 147 da Lei ).

Ainda acerca da demissão, penalidade máxima, se o servidor for demitido e este ato for
considerado ilegal pelo Poder Judiciário, o servidor deverá passar por um provimento
derivado, procedimento chamado de reintegração devendo retornar ao cargo anteriormente
ocupado, se o cargo não existir mais ,volta para aquele correspondente, se extinto fica em
disponibilidade pois ele é estável, tendo o direito de receber todas as vantagens que deixou de
perceber quanto esteve fora pleiteando seu direito. A reintegração é um direito apenas do
servidor estável.

Afastamento da sede de caratér eventual ou transitório

As diárias são pagas antecipadamente. Concebida por dia de deslocamento. Quando não
pernoitar a diária é pela metade. Se a União fornecer alojamento a diária também será devida
pela metade. O servidor quando viaja recebe parcelas indenizatórias na forma de diárias
quando em missão pelo tribunal, sobre as diárias se tem várias regras, caso retorne a sede em
prazo menor do que o previsto a diária sempre será proporcional a quantidade de dias em
viajem, se ele fica 10 dias, são dez diárias, se ele recebe por 10 dias e fica apenas cinco deverá
devolver o excesso , ou seja, o valor referente aos cinco dias excedentes. A diária é apenas
quando essas viajens não são permanentes. Se o servidor receber e não se afastar da sede
também deverá devolver em um prazo de 5 ( cinco ) dias. O afastamento poderá ser dentro ou
fora do espaço nacional.

Nível de escolaridade mínima

Os documentos comprobatórios dos requistos devem ser apresentados no momento da


posse, deverá ter 18 anos, e observar os demais critérios, caso não o preencha, mesmo
aprovado, não toma posse. Qualquer ação no poder judiciário será improcedente pois não se
preencheu um dos requisistos básicos.

Licenças da Lei 8112


A licença para tratar de assuntos ( prazo de até 03 anos ) é apenas para os servidores
concursados ocupantes de cargos efetivos, e que não estejam mais em estágio
probatório, sendo discricionária, de total analise de coveniência e oportunidade. Sem
remuneração. Podendo ser interrompida a qualquer tempo por pedido do servidor ou
por interesse ou necessidade da administração.

Licença para capacitação

Será deferido ao servidor a cada 5 anos de efetivo exercício o afastamento do cargo


por até 3 meses para participar de serviço de capacitação profissional (art. 87 da lei
8.112).

Licença-maternidade

A licença maternidade será concedida por 120 dias, prorrogáveis por mais 60 dias.

O art. 207 da lei 8112 esclarece o seguinte:

Art. 207.  Será concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias
consecutivos, sem prejuízo da remuneração.

A licença tem início no primeiro dia do nono mês, salvo antecipação por prescrição
médica (art. 207, § 1°, da lei 8112).

Aquele que adota ou obtém guarda judicial também tem direito a licença-
maternidade, nos seguintes termos:

1. Criança com até 1 ano de idade: 90 dias de licença;

2. Criança com mais de 1 ano de idade: 30 dais de licença.

Em caso de aborto, a servidora terá 30 dias de licença (art. 207, § 3°, da lei 8112).

Licença-paternidade

Segundo o art. 208 da lei 8112, “pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá
direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos“.
Licença para atividade política

Assim como a anterior, a licença para atividade política não é remunerada.

Sobre o tema, o art. 86 da lei 8.112 esclarece o seguinte:

Art. 86.  O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que
mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e
a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

§ 1°  O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções
e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização,
dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante
a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito.

§ 2°  A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o


servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo
período de três meses.

Licença para cursar mestrado ou doutorado

O tema vem disciplinado pelo art. 96-A d alei 8112:

Art. 96-A.  O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a


participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou
mediante compensação de horário, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a
respectiva remuneração, para participar em programa de pós-graduação stricto sensu
em instituição de ensino superior no País.

§ 1°  Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade definirá, em conformidade com a


legislação vigente, os programas de capacitação e os critérios para participação em
programas de pós-graduação no País, com ou sem afastamento do servidor, que serão
avaliados por um comitê constituído para este fim.

§ 2°  Os afastamentos para realização de programas de mestrado e


doutoradosomente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no
respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro)
anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório, que não tenham se
afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licença
capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da
solicitação de afastamento.

§ 3°  Os afastamentos para realização de programas de pós-doutorado somente serão


concedidos aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade
há pelo menos quatro anos, incluído o período de estágio probatório, e que não
tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares ou com
fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de
afastamento.

§ 4°  Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos nos §§ 1o, 2o e 3o deste


artigo terão que permanecer no exercício de suas funções após o seu retorno por um
período igual ao do afastamento concedido.

§ 5°  Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou aposentadoria, antes de


cumprido o período de permanência previsto no § 4o deste artigo, deverá ressarcir o
órgão ou entidade, na forma do art. 47 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
dos gastos com seu aperfeiçoamento.

§ 6°  Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justificou seu afastamento no
período previsto, aplica-se o disposto no § 5o deste artigo, salvo na hipótese
comprovada de força maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente máximo do
órgão ou entidade.

§ 7°  Aplica-se à participação em programa de pós-graduação no Exterior, autorizado


nos termos do art. 95 desta Lei, o disposto nos §§ 1° a 6° deste artigo.

Observe que o afastamento ocorre desde que a participação nesses programas NÃO
possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo (ou mediante compensação
de horário).

É o caso, por exemplo, do servidor público que opta por realizar doutorado fora do
país.

O servidor deve  ser titular de cargo efetivo a, no mínimo:

 3 anos para mestrado;

 4 anos para doutorado.

m ambos os casos, pode-se somar o prazo de estágio probatório.

Nesses casos, o servidor público NÃO pode, nos dois anos anteriores contados da
solicitação, ter se afastado por:

1. Licença para tratar de assuntos particulares;

2. Licença capacitação

3. Licença para mestrado/ doutorado


Licença para o desempenho de mandato classista

O tema está disciplinado no art. 92 da lei 8112:

Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o


desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de
âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da
profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade
cooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros,
observado o disposto na alínea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto
em regulamento e observados os seguintes limites:

I – para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2 (dois) servidores;

II – para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta mil) associados, 4
(quatro) servidores;

III – para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) associados, 8 (oito) servidores.

§ 1°  Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direção ou
de representação nas referidas entidades, desde que cadastradas no órgão
competente.

§ 2° A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser renovada, no caso de


reeleição.

Licença para o serviço militar

O art. 85 da lei 8112 esclarece que “ao servidor convocado para o serviço militar será
concedida licença, na forma e condições previstas na legislação específica“.

Concluído o serviço militar, tem o servidor o prazo de 30 dias, sem remuneração, para
retornar ao cargo.

Licença por doença em pessoa da família

Família, aqui, será cônjuge (ou companheiro), pais, filhos, enteados, padrasto,
madrasta, qualquer dependente.

A licença será de, no máximo, de 150 dias.

Os 30 primeiros dias serão remunerados normalmente, podendo pedir a prorrogação


por mais 30 dias.

Contudo, os últimos 90 dias serão sem remuneração.

Por fim, vale dizer que não será concedida nova licença por doença de pessoa da
família dentro do período de 12 meses.
Responsabilidade do servidor público

As infrações administrativas são apenadas com sanções da mesma natureza,


denominadas sanções disciplinares, impostas por autoridade administrativa. Na esfera
federal, o artigo 127 da Lei nº 8.112/90 prevê as seguintes espécies de sanções
disciplinares: advertência; suspensão; demissão; cassação de aposentadoria ou
disponibilidade; destituição de cargo em comissão; destituição de função
comissionada.

A demissão possui os mesmos efeitos de cassação da remuneração, este ultimo caso é


quando ele já tenha se aposentado, mas se estiver respondendo processo não poderá
de nenhuma forma ser aposentado voluntariamente. Também quando se tratar de
exoneração a pedido. Precisa se esperar concluir o processo adminsitrativo.

Deve-se ressaltar que, na aplicação das penalidades disciplinares, serão consideradas a


natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o
serviço público, as circunstâncias agravantes e atenuantes e os antecedentes
funcionais (artigo 128 da Lei nº 8.112/90)

Nos artigos 129 e seguintes da Lei nº 8.112/90, estabelecem-se as hipóteses de


aplicação de cada uma das penalidades disciplinares previstas no artigo 127 do mesmo
diploma legal.

Uma única conduta praticada por um servidor público poderá configurar infração
administrativa, implicar dano à Administração e ser tipificada como crime, ensejando,
nessa hipótese, responsabilidades nas esferas administrativa, civil e criminal, pois as
três têm fundamentos e naturezas diversas.

No caso da responsabildiade civil , precisa se comprovar dolo ou culpa do agente para


o Estado em Ação de Regresso consegui atingir o patrimonio do servidor público. De
fato, prejuízo a terceiros, se atingi até a herdeiros do servidor pelos danos causados se
condenado a ressarcir. Precisa haver prova de culpa e dolo sendo portando a
responsablidade do servidor subjetiva e em atos comissivos ou omissivos.

As esferas de responsabilidades (administrativa, cível e penal) são, em regra,


independentes, de tal sorte que as penas aplicadas em cada uma das esferas serão
cumulativas, ressalvadas as exceções em que a decisão proferida no juízo penal deve
prevalecer, fazendo coisa julgada na área cível e na administrativa.

De acordo com Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “quando o funcionário for condenado na
esfera criminal, o juízo cível e a autoridade administrativa não podem decidir de forma
contrária, uma vez que, nessa hipótese, houve decisão definitiva quanto ao fato e à
autoria, aplicando-se o artigo 935 do Código Civil de 2002” [10].

O artigo 935 do Código Civil dispõe:


“Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo
questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando
estas questões se acharem decididas no juízo criminal.”

Ainda segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, ”quando a sentença for pela absolvição,
há que se distinguir os seus vários fundamentos, indicados no artigo 386 do Código de
Processo Penal (com a redação alterada pela Lei nº 11.690/08) (...)” [11].

Os incisos I a VII do art. 386 do Código de Processo Penal estabelecem:

“Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que
reconheça:

I - estar provada a inexistência do fato;

II - não haver prova da existência do fato;

III - não constituir o fato infração penal;

IV - estar provado que o réu não concorreu para a infração penal;

V - não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal;

VI - existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20,
21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada
dúvida sobre sua existência;

VII - não existir prova suficiente para a condenação.”

As absolvições fundadas nos incisos I, IV e VI do artigo 386 do Código de Processo


Penal influenciam as decisões a serem proferidas nas esferas civis e administrativas.

No tocante aos incisos I e IV do artigo 386 do Código de Processo Penal, a repercussão


nas demais esferas ocorre em razão da regra imposta pelo artigo 935 do Código Civil.

Nos casos supracitados, a absolvição na esfera penal por ausência de materialidade ou


negativa de autoria vincula as demais esferas, de modo que inexiste qualquer
responsabilidade na área civil ou administrativa. Isto é, nos âmbito civil e
administrativo, não caberá qualquer discussão sobre a autoria e a materialidade do
fato tido como infração.

Por sua vez, no caso do inciso VI do artigo 386 do Código de Processo Penal, o reflexo
nas esferas civil e administrativa se dá com fundamento no artigo 65 do Código de
Processo Penal, que dispõe:
“Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhece ter sido o ato
praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de
dever legal ou no exercício regular de direito”.

Ressalta-se que a absolvição fundamentada na hipótese do inciso III do art. 386 do


Código de Processo Penal não repercute nas demais esferas de responsabilidade, pois
o mesmo fato que não constitui crime pode corresponder a uma infração disciplinar ou
a um ilícito civil.

Igualmente, nas hipóteses dos incisos II, V e VII, em que absolvição se dá por falta de
provas, não haverá repercussão nas outras esferas de responsabilidade, uma vez que
as provas que não são suficientes para demonstrar a prática de um crime podem ser
suficientes para comprovar ilícitos civis ou administrativos.

Cessão de Servidor Público

Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou
entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos
Municípios, nas seguintes hipóteses:
I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança; (Redação dada pela Lei nº
8.270, de 17.12.91) Apenas para direção, chefia ou acessoramento e não para outras
atividades operacionais.

§ 1o Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária,
mantido o ônus para o cedente nos demais casos. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de
17.12.91

§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou sociedade de economia mista, nos


termos das respectivas normas, optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração
do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do cargo em comissão, a entidade
cessionária efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou entidade de origem.
(Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)

§ 3o A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no Diário Oficial da União. (Redação dada
pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

§ 4o Mediante autorização expressa do Presidente da República, o servidor do Poder Executivo


poderá ter exercício em outro órgão da Administração Federal direta que não tenha quadro
próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo. (Incluído pela Lei nº 8.270, de
17.12.91)

§ 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou servidor por ela requisitado, as


disposições dos §§ 1º e 2º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002)
§ 6º As cessões de empregados de empresa pública ou de sociedade de economia mista, que
receba recursos de Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha de pagamento
de pessoal, independem das disposições contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º deste artigo,
ficando o exercício do empregado cedido condicionado a autorização específica do Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão, exceto nos casos de ocupação de cargo em comissão
ou função gratificada. (Incluído pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002)

§ 7 ° O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com a finalidade de promover a


composição da força de trabalho dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal,
poderá determinar a lotação ou o exercício de empregado ou servidor, independentemente da
observância do constante no inciso I e nos §§ 1º e 2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 10.470,
de 25.6.2002) (Vide Decreto nº 5.375, de 2005)

Extinção de Cargos

Carreira

Cargos extintos: o que acontece com o servidor quando o cargo é extinto?

Certas atividades podem se tornar desnecessárias à Administração, com cargos extintos. Saiba
as consequências para o servidor nestes casos.
A extinção de cargos no serviço público ocorre quando estes se tornam desnecessários à
Administração Pública ou quando órgãos e entidades deixam de existir.

Nos últimos anos, isso se tornou ainda mais comum. Em dezembro de 2019, por exemplo, um
decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU) extinguiu mais de 27,5 mil postos de
trabalho. Mas o que acontece com os servidores que ocupavam esses cargos?

Basicamente, esses servidores públicos podem ser aproveitados ou exonerados. Quer saber
mais? Então, continue a leitura para entender cada uma das situações e suas implicações.

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O que é a extinção de um cargo?


A extinção de um cargo ocorre quando determinada função deixa de existir, seja pela
extinção ou reorganização dos órgãos e/ou entidades da Administração Pública direta,
autárquica e fundacional.

Cargo em extinção trata-se, portanto, de um cargo que deixará de existir.

O Decreto nº 3.151/1999 disciplina tanto a prática desses atos como a declaração da


desnecessidade de atividades públicas, respeitando o interesse público e as conveniências
administrativas.

Destaca-se que, neste contexto, entidades são pessoas jurídicas públicas ou privadas dotadas
de personalidade jurídica. Podem ser divididas em entidades administrativas e entidades
políticas, que são a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

Já os órgãos são compartimentos internos, ou seja, as unidades integrantes das entidades. São
exemplos:

 a Presidência da República;

 a Câmara dos Deputados;

 o Senado Federal;

 os Ministérios;

 as Secretarias e Departamentos;

 as Coordenadorias, Divisões, Gabinetes, etc.

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Quem pode extinguir cargos, empregos e funções públicas?

Conforme a norma atual, a extinção de cargos apenas pode ser aplicada por meio da
aprovação de um projeto de lei no Congresso Nacional. Logo, o presidente da República não
tem poderes para extinguir cargos do serviço público através de decretos presidenciais, por
exemplo.

No entanto, cabe ao Chefe de Estado dispor sobre a organização e o funcionamento da


Administração Pública Federal, quando este ato não implicar no aumento de despesas, bem
como na criação ou abolição de órgãos públicos

Qual a consequência para os servidores dos cargos extintos?

Os servidores estáveis com cargos extintos são imediatamente postos em disponibilidade. Essa
proteção do vínculo empregatício garante que continuem recebendo uma remuneração
proporcional ao tempo de serviço até que sejam reaproveitados em outra função.

O artigo 6o do decreto regulamenta o benefício. Entretanto, o mesmo artigo menciona


também vantagens que não entram no cálculo da remuneração proporcional, como adicional
noturno, de insalubridade, periculosidade, de férias, assim como demais gratificações e
auxílios, entre outras remunerações variáveis.

Além desta remuneração, as Vantagens Pessoais Nominalmente Identificadas (VPNI) já


incorporadas, são preservadas. Isso significa que determinados auxílios adicionados ao salário
dos agentes públicos serão transformados em VPNI.

No artigo 8o, o decreto garante aos funcionários a participação em programas de treinamento


que visam qualificá-los para novas funções na Administração Pública Federal.

Contudo, seu aproveitamento será proporcional ao cargo anteriormente ocupado, respeitando


as atribuições, vencimentos, nível de escolaridade e especialidade.

Vale lembrar ainda que o ato de colocar em disponibilidade servidores que se encontram
regularmente licenciados ou afastados somente produzirá efeitos após o término da licença ou
do afastamento.

Ademais, os integrantes estáveis dos cargos extintos estão assegurados pelo Estatuto dos
Servidores Públicos Civis da União.

Servidores em estágio probatório

Aos servidores em estágio probatório, período no qual os concursados estão sob avaliação, a
situação pode ser um pouco diferente e é avaliada caso a caso.

Destaca-se, no entanto, que o aproveitamento, a disponibilidade e a redistribuição previstos


na legislação protegem apenas os servidores estáveis.

 Leia também: O que é e como funciona o estágio probatório do servidor público?


Logo, alguns especialistas defendem que a melhor solução para tratar servidores em estágio
probatório seria sua exoneração, visto que estes não estão protegidos por lei. Porém, destaca-
se a possibilidade de manutenção do mesmo sob responsabilidade do SIPEC, exercendo
atividade provisória em órgão diferente daquele de origem, pelo tempo necessário ao seu
aproveitamento, conforme disposto no Art. 37, § 4 da Lei nº 8.112/90.

Dessa forma, os servidores teriam chance de conquistar a estabilidade e a situação poderia ser
regularizada. Outra opção seria cedê-los a entes federativos ou demais entidades, bastando
que não exista um empecilho legal.

Contraditório e ampla defesa

O STF (Supremo Tribunal Federal) já consolidou entendimento a ser aplicado segundo o qual
“funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou
sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade”.

O entendimento é compatível com os princípios do contraditório e da ampla defesa, presentes


no artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal.

Estes princípios garantem que ninguém pode sofrer os efeitos de uma sentença sem o direito
de defesa.

Além disso, se houver desvio de finalidade, motivado por interesses pessoais e/ou políticos do
gestor público, os servidores poderão questionar a exoneração.

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