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SEGURANÇA DE AUTORIDADES

Segurança de Autoridades

A atividade de Proteção de Testemunhas, ou VIP, ou de Autoridades, ou Dignitários, ao contrário do


que se pensa e apesar de devermos seguir um princípio básico de procedimentos calcado no planeja-
mento, tem tido uma mudança significativa no que trata da forma de execução deste trabalho. A ativi-
dade atualmente não é como determinou a sua origem. As mudanças econômicas e sociais têm exigido
que mais pessoas tenham a necessidade de serem protegidas.

Os fatores acima ilustram a necessidade dos órgãos institucionais de reverem sua estrutura de prote-
ção. Cada vez mais pessoas tomam conhecimento do que é e de como se faz, de uma forma geral, a
atividade de proteção de uma autoridade, e, por conseguinte, passam a dominar conhecimentos de
como burlar ou neutralizar sistemas de segurança física, eletrônica e pessoal.

Como Instrutores, desejamos a todos um bom curso, e que tudo o que for repassado nestes dias, não
passem de um simples aprendizado, e sim, da lapidação do conhecimento que cada um possui.

Atentados

DEFINIÇÃO.

Ação criminosa, perpetrada sobre determinada pessoa(s) ou instituição, executada por um indivíduo
ou grupo, com a finalidade, propósito ou razões específicas.

FONTES DE HOSTILIZAÇÃO.

Organizações Terroristas – OLP, FARC, etc.

Organizações Criminosas Comuns – PCC, CV, FDN, 3º Comando, etc.

Outros – Pessoas comuns em geral.

PROPÓSITO DOS ATENTADOS.

Recrutamento;

Desmoralização;

Sequestro;

Extermínio;

Propaganda.

MODOS DE EXECUÇÃO

Seletivos: Há intenção clara e definida de atingir um objetivo ou alguém em particular;

Indiscriminadas: Ação empreendida contra qualquer pessoa, visando alcançar um resultado pré-fixado.
As vitimas serão utilizadas como meio de divulgação (propaganda).

MOTIVAÇÃO.

Políticas;

Econômicas;

Mercenárias;

Psicopatológicas;

Ideológicas;

Religiosas;

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Pessoais;

Raciais.

Através de técnicas operacionais: Estória-Cobertura, Disfarce, Vigilância, Entrada, Entrevista, Recruta-


mento de Pessoal Operacional, Fotografia, Eletrônica, Grampo, etc.

Através de atos terroristas: Arma de fogo a curta distância, Arma de fogo de longo alcance, arma
branca, explosivos, substâncias químicas, cartas com ameaças, etc.

VANTAGEM DOS AGRESSORES.

Reconhecimento e escolha do local;

Planejamento;

Rapidez e violência;

Elemento surpresa;

Fuga.

Operações de Segurança

CONHECER A FORMAÇÃO DAS DIVERSAS EQUIPES DE SEGURANÇA.

Aproximada ou pessoal;

Velada;

Ostensiva.

CONHECER AS ESQUEMATIZAÇÕES DAS SEGURANÇAS.

Equipe precursora;

Equipe de vistoria.

CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE SEGURANÇA.

As missões de segurança de dignitários serão classificadas por faixas, de acordo com o nível da Auto-
ridade e grau de risco que eventualmente poderá existir para a integridade física.

PARTICIPAÇÃO DA AUTORIDADE EM EVENTOS.

Reconhecimento pessoal ou através da equipe precursora;

Contato com a pessoa responsável pela organização do evento;

Condições de segurança do local quanto à possibilidade ocorrência de acidentes (materiais) ou inci-


dentes (provocados);

Número de pessoas que estarão presentes e forma de controle de acesso (livre ou através de convites).

ATRIBUIÇÕES DAS EQUIPES

Equipe Precursora – Identifica e informar ao chefe de segurança e, este é encarregado da confecção


do programa, eventuais riscos representados por eventos do programa que não ofereçam as condições
normais de segurança.

Equipe de Vistoria – Responsável pela varredura nos locais do evento, com a finalidade de identificar
dispositivos que possam oferecer riscos. Tem por obrigação, chegar antes da autoridade, de 15 a 20
minutos.

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Equipe de Segurança Velada – Utilizada nos locais dos eventos ou nos itinerários do dignitário/teste-
munha, infiltrada no povo, quando há previsão de aglomerações.

Equipe de Segurança Aproximada – É responsável pela proteção imediata do dignitário/testemunha e


por sua retirada em caso de emergência.

PRESCRIÇOES DIVERSAS

Sempre que o dignitário, pessoalmente ou através de assessores, dispensar a segurança, o chefe da


equipe registrará o fato no relatório da missão, informando ao seu superior;

A imprensa, bem como funcionários dos hotéis, restaurantes, clubes e dentre outros, precisarem e
tenham a eventual necessidade, por força de suas funções, de se aproximar do dignitário, deverão ser
previamente identificados.

Fases do Planejamento

RECEBIMENTO DA MISSÃO

Fazer anotações;

Pedir o programa da autoridade;

Retirar dúvidas.

PLANEJAMENTO PRELIMINAR.

Estudo preliminar;

Planejamento de utilização do tempo;

Planejamento do reconhecimento.

ORDEM PREPARATÓRIA.

É de caráter administrativo, visando preparar os homens para o recebimento da Ordem de Missão.

RECONHECIMENTO.

Serve para levantar pontos ou detalhes desconhecidos.

PLANEJAMENTO DETALHADO

Levantamento das linhas de ação;

Decisão;

Confecção da Ordem de Missão.

Seleção de Instalações

Caso seja possível selecionar uma instalação (residência, hotéis, escritórios, restaurantes, etc.), antes
da ocupação, devemos nos preocupar com os seguintes itens:

Privacidade;

Cercas e muros com alturas suficientes;

Inexistência de obstáculos entre a casa e o muro;

Acesso a variados ao local da instalação;

Pontos dominantes próximos e afastados;

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Locais que possuam meios alternativos ao item acima;

Ponto de fornecimento de energia, água, gás e telefone;

Portas: adoção de portas e batentes maciços, sem vidros, boa fechadura, olho mágico, interfone...;

Janelas: dotadas de vidros laminados, grades de ferro, venezianas, cortinas (devem permanecer fe-
chadas ao anoitecer).

PROTEÇÃO EM TODAS AS ABERTURAS.

Chaves – deve ter um controle rígido com as chaves, observando um número mínimo de cópias;

Eclusas – construídos em aço com sistema de fechamento interno;

Sensores e alarmes – em todas as aberturas.

ILUMINAÇÃO E ALARMES.

Sistema alternativo de iluminação;

Área externa iluminada através de holofotes (utilizar sensores de presença)

Áreas mortas bem iluminadas;

Dotar a instalação de sistemas de alarme, tais como cercas elétricas, sensores de presença, sistema
interno de TV;

Em eventos e hotéis utilizar os sistemas do local em combinação com os da missão (adotar para hotel,
de preferência os apartamentos do último andar).

EMPREGADOS E FUNCIONÁRIOS.

Para funcionários de hotéis, eventos e restaurantes, etc., restringir o atendimento a um único funcioná-
rio por turno, ou seja, a mesma camareira, o mesmo mensageiro, procurando sempre, os funcionários
mais antigos;

Para funcionárias residenciais, deve-se investigar os seus antecedentes;

Ensinar aos funcionários como se portarem e reportarem, caso notem alguma atividade suspeita;

Não permitir aos funcionários o acesso desnecessário ao VIP, bem como a determinadas ares da ins-
talação;

Nunca discutir ou comentar assuntos do VIP e comitiva com empregados e funcionários.

INSPEÇÕES

Realizar inspeções frequentes nas dependências;

Dependências vazias devem ser inspecionadas regularmente e permanecer trancadas;

Controle rígido das cópias de chaves;

Realizar inspeções frequentes como: “grampos” telefônicos, escutas clandestinas e etc

Realizar inspeções de rotina em todos os aparatos de segurança.

VISITANTES E ATENDIMENTO À PORTA.

De dia – deve-se identificar antes de abrir, introduzir o visitante dentro da instalação e trancar a porta;

De noite – deve-se apagar a luz interna e manter acesa a luz externa, antes de abrir a porta.

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CORRESPONDENCIAS E ENTREGAS

No caso de receber cartas ou pacotes suspeitos, deve-se verificar: remetente ou procedência, selos,
lacre e carimbos, pesos espessuras, cheiro, mancha, rigidez, envelopes duplos, ruídos, etc. Se possível
passar por um escâner de raio x.

AUTOMÓVEIS.

Os carros devem permanecer em garagens fechadas e devidamente trancadas e, quando isso não
ocorrer, antes de abri-los, deve-se examinar os seguintes pontos: o chão em torno do carro, os lados
do carro, embaixo do carro, seu interior.

MEMBROS DA COMITIVA.

Devem entender os procedimentos de segurança como uso de bóton identificador;

Saber procedimentos de emergência para atentados, assaltos, fogo e primeiros socorros.

INSTALAÇÕES DIVERSAS

Em restaurantes, clubes noturnos e outros eventos:

Sentar em posições dominantes onde possa enxergar janelas e saídas;

Nunca deixar o VIP de costas ou muito próximo de janelas. Caso não se possa posicionar o VIP em
outra posição, cobrir as janelas com cortinas;

Saber onde ficam as saídas de emergências e todos os acessos para o recipiente;

Ao realizar as reservas, deve-se utilizar outros nomes;

Ficar o menor tempo possível do lado de fora da instalação ou do veículo.

Técnicas de Deslocamento Motorizado

Escolha de itinerários.

Segurança em deslocamentos.

Embarque e desembarque.

OBJETIVOS

Realizar a segurança da autoridade em deslocamentos motorizados.

CONCEITO

É a decisão decorrente de um planejamento sobre o deslocamento motorizado, a ser percorrido por um


VIP ou uma Testemunha.

ASPECTOS OBSERVADOS NA ESCOLHA DO ITINERÁRIO

Tipos de deslocamentos.

Exame na carta;

Reconhecimento;

Planejamento;

Decisão.

EXECUÇÃO

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Segurança em deslocamentos.

Características da Missão;

Meios de transportes utilizados;

Sigilo;

Horários a serem cumpridos;

Extensão do deslocamento;

Meios empregados.

Regras de segurança no deslocamento.

Evitar a rotina;

Manter o sigilo;

Obedecer aos horários;

Utilizar velocidade com segurança;

Pontos críticos;

Veículos adequados com o terreno;

Caminhos mais seguros;

Policiamento ostensivo;

Reserva.

Regras de utilização das viaturas.

Inspeção antes da utilização;

Carro da autoridade, deslocamento com as portas travadas e vidro fechado;

Atenção a todos os movimentos externos;

Velocidade elevada, porém, respeitando a velocidade da via e o tipo do terreno;

Evitar parar, tentar sempre manter o movimento;

Ao estacionar, posicionar de modo a sair o mais rápido possível.

Equipamentos da viatura.

Estojo de primeiros socorros;

Arma longa ao alcance das mãos;

Material para inspeção de viaturas;

Ferramentas, lanternas, estepe reserva, etc.;

Sirene de alerta;

Equipamento de rádio comunicador;

Guarda chuva.

EMBARQUE E DESEMBARQUE.

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Quantidade de viaturas;

Local do embarque/desembarque;

Número de autoridades;

Protocolo;

Quantidade de seguranças pessoais.

Escolta A Pé E Formação

Quando falamos em Segurança VIP, estamos nos referindo a algo especializado e que possui elevado
nível técnico e eficiência, portanto, fazer a segurança de alguém sozinho ou com apenas um compa-
nheiro ainda não podemos dizer que trata-se de uma segurança VIP. Não se faz segurança sozinho.

Na nossa doutrina atual só aceitamos como proteção VIP (Que não esteja em risco) a partir de duas
pessoas na composição da escolta.

Formação Em Caixa

A diferença essencial entre a formação em losango para a formação em caixa é o perfil de proteção a
ser dado, que varia diretamente em função do perfil do protegido.

No primeiro caso podemos citar como sendo o VIP uma testemunha de um processo judicial de grande
repercussão.

Uma testemunha é alguém que quer aparecer o mínimo possível e ser protegida ao máximo, geral-
mente é bastante passivo e sabe acatar às considerações do chefe de segurança, pois sabe que a sua
vida corre riscos. Para ela a formação em losango é melhor, pois irá esconder mais a sua imagem e ter
sempre uma barreira humana à sua frente.

Já um político ou um artista, a imagem é essencial e fundamental para a sua carreira, por isto ele
precisa de uma formação que o proteja, mas que ao mesmo tempo permita que seja fotografado, fil-
mado e que a sua figura fique em evidência ao público. Para eles a formação em caixa possibilitará
isto.

Comunicação/Verbalização

É importante ao grupo uma boa comunicação, pois se há a percepção por parte de um dos integrantes
da proximidade de um agressor, ele precisa repassar (verbalizar) a informação aos demais.

Para isto pode-se estabelecer alguns padrões de verbalização, tais como:

Contato à frente – para a sinalização de que vem um agressor desta direção

Contato à retaguarda – sabe-se agora que o perigo vem de trás

Contato à direita

Contato à esquerda

Arma – sabe-se que foi visto alguém armado nas proximidades

Fuzil – arma longa no local

Bomba – explosivo no local.

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