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RECEITA FEDERAL

CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA


TESTE DE RECUPERABILIDADE. AJUSTE A VALOR
PRESENTE. VALOR JUSTO

Pré-edital

Livro Eletrônico
CLAUDIO ZORZO

Bacharel em Ciências Contábeis, pós-gradua-


do em Análise Gerencial, Docência para Nível
Superior, Auditoria e Perícia Contábil. É
ex-servidor público do Executivo Federal –
Ministério do Exército e ex-servidor público
do Legislativo Federal – Assessor Parlamen-
tar. Atualmente, é professor de Contabilidade
e Auditoria Pública e Privada.
divisão
de custos

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Teste de Recuperabilidade. Ajuste a Valor Presente. Valor Justo
Prof. Claudio Zorzo

Ajuste a Valor Presente................................................................................5


Valor Justo............................................................................................... 10
Redução ao Valor Recuperável – Teste de Recuperabilidade............................. 44
Teste de Recuperabilidade........................................................................... 52
Questões de Concurso................................................................................ 72
Gabarito................................................................................................... 94
Gabarito Comentado.................................................................................. 95

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Teste de Recuperabilidade. Ajuste a Valor Presente. Valor Justo
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Olá, futuro(a) auditor(a)-fiscal!

Espero que esteja tudo bem contigo. Que você esteja com saúde e conseguindo

cada vez mais agregar valor ao seu conhecimento contábil. Lembre-se de que todo

mundo PODE.

Uma bela frase:

Escolha uma ideia. Faça dessa ideia a sua vida. Pense nela, sonhe com ela, viva
pensando nela. Deixe cérebro, músculos, nervos, todas as partes do seu corpo
serem preenchidas com essa ideia. Esse é o caminho para o sucesso. Swami
Vivekananda, pensador hindu.

Pensando em passar no concurso e ser nomeado, nesta 8ª aula de contabilidade

para AUDITOR-FISCAL vamos estudar o ajuste a valor presente e o teste de recu-

perabilidade.

O assunto está previsto nos editais da seguinte forma:

Ajuste a valor presente. Valor justo. Teste de recuperabilidade (redu-

ção ao valor recuperável).

Desejo uma ótima aula para você.

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Teste de Recuperabilidade. Ajuste a Valor Presente. Valor Justo
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Ajuste a Valor Presente

O ajuste a valor presente é um mecanismo que busca apresentar nas demons-

trações contábeis, no momento presente, o valor de um ativo ou passivo que será

recebido ou pago no futuro, sem as taxas e juros embutidos, ou seja, busca apre-

sentar o valor que seria necessário para pagar uma dívida ou que seria recebido no

presente, de algo que será liquidado no futuro.

A utilização de informações com base no valor presente é uma das ferramentas

que auxiliam a promoção do valor preditivo da Contabilidade, pois apresentando o

valor atual de uma dívida ou direito ela permite a correção de julgamentos acerca

de eventos passados já registrados e traz melhoria na forma pela qual eventos pre-

sentes são reconhecidos.

O que se deduz é que, se as informações são registradas de modo oportuno,

obtêm-se demonstrações contábeis com maior grau de relevância – característica

qualitativa imprescindível.

No Brasil, o ajuste a valor presente era utilizado pela S/as de capital aberto, por

determinação da CVM — Comissão de valores Mobiliários —, contudo com o ad-

vento da Lei n. 11.638/2007, que alterou a Lei n. 6.404/1976, o procedimento de

ajustar ao valor presente virou uma obrigação para todas as sociedades anônimas

e para as empresas de grande porte.

A Lei n. 6.404/1976 apresenta a determinação do ajuste ao valor presente em

seus artigos 183 e 184 da seguinte forma:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes


critérios:
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados
a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído
pela Lei n. 11.638, de 2007).

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Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os se-


guintes critérios:
III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão
ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito rele-
vante. (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009).

A lei restringe o procedimento do ajuste aos valores a receber e a pagar de longo

prazo, e aos de curto prazo somente quando o valor for relevante. Contudo, não

esqueça que o direito ou a obrigação devem ter juros embutidos no valor futuro.

O CPC – comitê de pronunciamento contábil –, por meio do CPC 12, que foi aprova-

do pela NBC TG 12 — Resolução CFC n. 1.151/2009 —, estabeleceu a neces-

sidade do ajuste a valor presente para todas as empresas, de acordo com

o custo-benefício da operação.

Em regra, os elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes de operações

de longo prazo, ou de curto prazo quando houver efeito relevante, devem ser ajus-

tados a valor presente com base em taxas de desconto que reflitam as melhores

avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos

do ativo e do passivo em suas datas originais.

Esse registro deve ser feito no reconhecimento inicial de ativos e passivos, com

exceção para as situações excepcionais, como a que é adotada numa renegociação

de dívida em que novos termos e valores são estabelecidos; neste caso o ajuste a

valor presente deve ser aplicado como se fosse nova medição de ativos e passivos.

É importante destacar que o ajuste a valor presente é aplicável para operações que

possam ser consideradas como atividades de financiamento e não para operações

que são liquidadas em curto espaço de tempo, cujo efeito não seja relevante.

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Em geral, o ajuste será calculado com a taxa de juros que possa estar embutida

nas operações, considerando os fluxos de caixa da correspondente operação, bem

como a taxa de desconto aplicável à transação, na data de sua ocorrência; ou seja,

os  valores serão apresentados pelo valor do “fluxo de caixa descontado”. Assim,

para conseguir trazer um saldo a valor presente, é necessário o conhecimento do

valor futuro, da data futura de quitação e da taxa de juro aplicada.

Também é bom destacar que o ajuste não pode mudar o valor contratado entre

as partes. Se o título ou contrato prevê um valor para determinada data, ele precisa

estar contabilizado por esse montante nessa data.

O AVP deve ser calculado no momento inicial da operação, considerando os fluxos

de caixa da correspondente operação (valor, data e todos os termos e as condições

contratados), bem como a taxa de desconto aplicável à transação, na data de sua

ocorrência.

Valor presente representa o valor original (futuro) deduzido dos juros e corre-

ções embutidos no seu montante, assim representa o valor original (futuro) dedu-

zido dos juros e correções (implícitos ou explícitos) embutidos no seu montante.

Desta forma, para determinar o valor presente de um fluxo de caixa, três informa-

ções são requeridas:

• Valor futuro = VF

• Data futura da operação = N

• Taxa de desconto aplicável ou juros embutidos antes dos impostos = I

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Outra coisa, segundo a matemática financeira, quando os juros são capitaliza-

dos (juros sobre juros), para calcular o valor presente, basta aplicar a fórmula:

VP = VF / (1+i)n

Não esqueça que os ativos monetários de longo prazo e os de curto prazo, quan-

do o valor for relevante, deverão ser registrados pelo valor presente do fluxo de

caixa líquido que se espera seja gerado ou consumido no curso normal das opera-

ções da entidade.

Na prática, os juros embutidos devem ser retirados do item ajustado e devem ser

apropriados pela fluência do prazo, conforme determina o regime da competência.

Normalmente as contas envolvidas são:

Nos valores a receber: JUROS ATIVOS A TRANSCORRER/INCORRER – redutoras

do ativo.

Nos valores a pagar: JUROS PASSIVOS A TRANSCORRER/INCORRER – redutoras

do passivo.

Exemplo

Uma empresa concede um empréstimo de $100.000,00 para receber em 4 meses

o valor de $120.000,00. Qual o valor presente do direito depois de transcorrido

1 mês.

Valor futuro: 120.000,00

Data futura: 4 meses

Juros embutidos: $ 20.000 ($5.000 mensal)

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a) Registro contábil na data da operação:

D- Empréstimos a receber – 120.000

C- Banco – 100.000

C- Juros ativos a transcorrer – 20.000

O valor presente na data da operação é:

Empréstimos a receber – 120.000

Juros ativos a transcorrer – (20.000)

VPL = 100.000

b) Mensalmente é feita a apropriação da receita com juros transcorridos:

D- Juros ativos a transcorrer – 5.000

C- Juros ativos – 5.000

O valor presente depois de transcorrido um mês é:

Empréstimos a receber – 120.000

Juros ativos a transcorrer – (15.000)

VPL = 105.000

Note que o valor presente líquido vai aumentando na medida em que os juros

embutidos no valor futuro vão sendo apropriados.

Neste exemplo, eu tratei de juros simples, contudo deve-se sempre atentar

para a confiabilidade, outra característica qualitativa imprescindível da infor-

mação e, nesse particular, o uso de estimativas e julgamentos acerca de even-

tos probabilísticos deve estar livre de viés; por isto, as premissas, os cálculos

levados a efeito e os modelos de precificação utilizados devem ser passíveis

de verificação por terceiros independentes, conforme estabelece o atributo de

melhoria da verificabilidade.

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Para que terceiros independentes possam chegar a resultados similares ou apro-

ximados daqueles produzidos pelo prestador da informação, condição essencial

para o atributo confiabilidade, torna-se imperativo que o processo na origem seja

conduzido com total neutralidade.

Valor Justo

Valor justo é o montante pelo qual um ativo pode ser trocado entre partes cien-

tes e dispostas, em transação sob condições normais de mercado. Na aquisição do

ativo, o valor justo e o custo histórico são os mesmos, caso os custos da transação,

como frete e seguro, sejam ignorados.

O valor justo é uma mensuração baseada em transações no mercado e não é

uma mensuração específica da entidade, por isso é útil para ativos que são man-

tidos para comercialização, por exemplo, instrumentos financeiros, mas pode não

ser útil para ativos operacionais especializados, pois a utilidade do valor justo é

questionável quando não se observa a premissa de que os mercados são abertos,

ativos e organizados.

Os mercados abertos, ativos e organizados têm as seguintes características:

• Não existem barreiras que impeçam a entidade de realizar transações no

mercado;

• Eles são mercados ativos e, assim, há frequência e volume suficientes de

transações para fornecer informação sobre o valor;

• Eles são organizados com compradores e vendedores bem informados, agin-

do sem impulsos, de modo a haver garantia de imparcialidade na determina-

ção dos preços correntes, inclusive que os preços não representem vendas

precipitadas.

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Podem ser mensurados a valor justo um ativo ou passivo individual ou um gru-

po de ativos e passivos, como por exemplo: uma linha de produção, uma filial etc.

Portanto, ao mensurar o valor justo, a entidade deve levar em consideração as

características do item patrimonial, e essas características incluem, por exemplo:

• a condição e a localização do ativo;

• restrições, se houver, para a venda ou o uso do ativo.

A mensuração do valor justo presume que o item patrimonial (ativo ou o passivo)

é trocado em uma transação não forçada entre participantes do mercado para a

venda do ativo ou a transferência do passivo na data de mensuração nas condições

atuais de mercado.

Para mensurar o valor justo, presume-se que a transação para a venda do ativo

ou transferência do passivo para terceiros ocorre:

• no mercado principal para o ativo ou passivo;

• na ausência de mercado principal, no mercado mais vantajoso para a ne-

gociação.

O mercado principal é aquele no qual ocorre o maior volume e nível de atividade

para o ativo ou passivo. O mercado mais vantajoso é o que maximiza o valor

que seria recebido para vender o ativo ou que minimiza o valor que seria pago

para transferir o passivo, considerando os custos de transação e os custos de

transportes.

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É importante destacar que, apesar de o pronunciamento conceituar o merca-

do principal ou o mais vantajoso, é a empresa que irá escolher qual é a melhor

forma de estabelecer o valor justo da transação, caso não exista um mercado

principal.

Vejam como o CPC trata o assunto em no pronunciamento CPC 46:

17. A entidade não necessita empreender uma busca exaustiva de todos os pos-
síveis mercados para identificar o mercado principal ou, na ausência de mercado
principal, o mercado mais vantajoso, mas ela deve levar em consideração todas as
informações que estejam disponíveis.
Na ausência de evidência em contrário, presume-se que o mercado no qual a enti-
dade normalmente realizaria a transação para a venda do ativo ou para a transfe-
rência do passive seja o mercado principal ou, na ausência de mercado principal,
o mercado mais vantajoso.
18. Se houver mercado principal para o ativo ou passivo, a mensuração do valor
justo deve representar o preço nesse mercado (seja esse preço diretamente obser-
vável ou estimado utilizando-se outra técnica de avaliação), ainda que o preço em
mercado diferente seja potencialmente mais vantajoso na data de mensuração.
19. A entidade deve ter acesso ao mercado principal (ou mais vantajoso) na data de
mensuração. Como diferentes entidades (e negócios dentro dessas entidades) com
diferentes atividades podem ter acesso a diferentes mercados, o mercado principal
(ou mais vantajoso) para o mesmo ativo ou passivo pode ser diferente para diferen-
tes entidades (e negócios dentro dessas entidades).
Portanto, o mercado principal (ou mais vantajoso) (e, assim, os participantes do
mercado) deve ser considerado do ponto de vista da entidade, permitindo assim
diferenças entre entidades com atividades diferentes.
20. Embora a entidade deva ser capaz de acessar o mercado, ela não precisa ser
capaz de vender o ativo específico ou transferir o passivo específico na data de men-
suração para que possa mensurar o valor justo com base no preço desse mercado.
21. Ainda que não haja mercado observável para o fornecimento de informações de
preços em relação à venda de um ativo ou à transferência de um passivo na data de
mensuração, a mensuração do valor justo deve presumir que uma transação ocorra
naquela data, considerada do ponto de vista de um participante do mercado que
detenha o ativo ou deva o passivo. Essa transação presumida estabelece uma base
para a estimativa do preço para a venda do ativo ou para a transferência do passivo.

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Então, podemos inferir que o valor justo é o preço que seria recebido pela ven-

da de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma transação não

forçada no mercado principal (ou mais vantajoso), na data de mensuração nas

condições atuais de mercado (ou seja, um preço de saída), independentemente de

esse preço ser diretamente observável ou estimado, utilizando-se outra técnica de

avaliação.

O preço no mercado principal (ou mais vantajoso) utilizado para mensurar o valor

justo passivo não deve ser ajustado para refletir custos de transação, pois os cus-

tos de transação não são uma característica de um ativo ou passivo; em vez disso,

são específicos de uma transação e podem diferir dependendo de como a entidade

realizar a transação para o ativo ou passivo.

Outro ponto destacado no CPC 46 que trata da mensuração a valor justo é o de

que os custos de transação não incluem custos de transporte. Se a localização for

uma característica do ativo (como pode ser o caso para, por exemplo, de produtos

naturais), o preço no mercado principal (ou mais vantajoso) deve ser ajustado para

refletir os custos, se houver, que seriam incorridos para transportar o ativo de seu

local atual para esse mercado. Sendo assim, para estabelecer o valor justo, devem

ser excluídos os custos de transação e somados os custos de transporte.

O item a seguir, apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser

julgada de acordo com os pronunciamentos do CPC.

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Uma empresa vendeu determinado ativo nos mercados ativos de Salvador e Recife,
mas nenhum desses mercados é o principal. Na data da mensuração desse ativo,
os valores relacionados às transações de venda eram os seguintes.

Questão 1    (CESPE/TCE-PE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2017) Nessa si-


tuação, o referido ativo será avaliado a valor justo por R$ 25.

Certo.
Como não foi destacado o mercado principal, vamos primeiro calcular o mercado
mais vantajoso:
Salvador:
Preço de venda = 30
(-) custo da transação = (7)
(-) custo de transporte = (4)
Lucro em Salvador = 19
Recife:
Preço de venda = 29
(-) custo da transação = (5)
(-) custo de transporte = (4)
Lucro em recife = 20

 Obs.: os valores de 19 e 20 representam o valor realizável líquido do bem, que não


é mesmo que valor justo.

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Note que as vendas em Recife apresentam um lucro maior, assim ele é o mercado

mais vantajoso, e servirá de base para estabelecer o valor justo do bem para fins

de divulgação. Entretanto, devemos lembrar que no cálculo do valor justo não de-

vem ser considerados os custos de transação, somente os custos de transporte.

Preço de Venda = 29

(-) Custo de transporte = (4)

(=) Valor Justo = 25

É necessário observar que a aplicação do conceito de ajuste a valor presente

nem sempre equipara o ativo ou o passivo a seu valor justo. Por isso, valor presen-

te e valor justo não são sinônimos.

Por exemplo, a compra financiada de um veículo por um cliente especial que,

por causa dessa situação, obtenha taxa não de mercado para esse financiamento,

faz com que a aplicação do conceito de valor presente com a taxa característica da

transação e do risco desse cliente leve o ativo, no comprador, a um valor inferior ao

seu valor justo; nesse caso, prevalece contabilmente o valor calculado a valor pre-

sente, inferior ao valor justo, por representar melhor o efetivo custo de aquisição
para o comprador. Entretanto, o vendedor reconhece a contrapartida do ajuste a

valor presente do seu recebível como redução da receita, evidenciando que, nesse

caso, terá obtido um valor de venda inferior ao praticado no mercado.

O CPC apresenta os seguintes conceitos:

• Valor justo (fair value) - é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado,

ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio

e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a

liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.

• Valor presente (present value) - é a estimativa do valor corrente de um

fluxo de caixa futuro no curso normal das operações da entidade.

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Com base nessas definições, devemos distinguir AVP e valor justo da seguinte

forma:

Ajuste a Valor Presente: tem como objetivo efetuar o ajuste para demons-

trar o valor presente de um fluxo de caixa futuro. Esse fluxo de caixa pode estar

representado por ingressos ou saídas de recursos (ou montante equivalente; por

exemplo, créditos que diminuam a saída de caixa futuro seriam equivalentes a in-

gressos de recursos). Para determinar o valor presente de um fluxo de caixa, três

informações são requeridas: valor do fluxo futuro (considerando todos os termos

e as condições contratados), data do referido fluxo financeiro e taxa de desconto

aplicável à transação.

Valor justo: tem como primeiro objetivo demonstrar o valor de mercado de

determinado ativo ou passivo; na impossibilidade disso, demonstrar o provável

valor que seria o de mercado por comparação a outros ativos ou passivos que te-

nham valor de mercado; na impossibilidade dessa alternativa também, demonstrar

o provável valor que seria o de mercado por utilização do ajuste a valor presente

dos valores estimados futuros de fluxos de caixa vinculados a esse ativo ou passi-

vo. Finalmente, na impossibilidade dessas alternativas, pela utilização de fórmulas

econométricas reconhecidas pelo mercado.

Mesmo não sendo a mesma coisa, vê-se que, em algumas circunstâncias, o valor

justo e o valor presente podem coincidir, principalmente no registro inicial do fato.

Valor justo é diferente de valor presente. Valor justo é aquele pelo qual um ativo

pode ser negociado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e inde-

pendentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação

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da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. Valor presente é a

estimativa do valor corrente de um fluxo de caixa futuro, no curso normal das ope-

rações da entidade.

• Valor justo é oriundo do mercado; não é específico para a empresa.

• Valor presente é apurado na própria empresa; é específico da entidade.

Segundo orientação do CPC 12, a questão mais relevante para a aplicação do

conceito de valor presente, não é a enumeração minuciosa de quais ativos ou pas-

sivos são ajustados, mas o estabelecimento de diretrizes gerais e de metas a serem

alcançadas.

Nesse sentido, como diretriz geral a ser observada, ativos, passivos e situações

que apresentarem uma ou mais das características abaixo devem estar sujeitos aos

procedimentos de mensuração a valor presente:

• transação que dá origem a um ativo, a um passivo, a uma receita ou a uma

despesa ou outra mutação do patrimônio líquido cuja contrapartida é um ati-

vo ou um passivo com liquidação financeira (recebimento ou pagamento) em

data diferente da data do reconhecimento desses elementos, ou seja, com-

pras e vendas a prazo com juros embutidos;

• reconhecimento periódico de mudanças de valor, utilidade ou substância de

ativos ou passivos similares emprega método de alocação de descontos;

• conjunto particular de fluxos de caixa estimados claramente associado a um

ativo ou a um passivo.

Não são ajustados a valor presente os impostos diferidos a pagar ou a recuperar e

nem os adiantamentos em dinheiro, concedidos ou recebidos.

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Em termos de meta a ser alcançada, ao se aplicar o conceito de valor, presente

deve-se associar tal procedimento à mensuração de ativos e passivos levando-se

em consideração o valor do dinheiro no tempo e as incertezas a eles associados.

Desse modo, as informações prestadas possibilitam a análise e a tomada de

decisões econômicas que resultam na melhor avaliação e alocação de recursos

escassos. Para tanto, diferenças econômicas entre ativos e passivos precisam ser

refletidas adequadamente pela contabilidade a fim de que os agentes econômicos

possam definir com menor margem de erro os prêmios requeridos em contraparti-

da aos riscos assumidos.

Ativos e passivos monetários (valores receber ou a pagar) com juros implícitos

ou explícitos embutidos devem ser mensurados pelo seu valor presente quando do

seu reconhecimento inicial, por ser este o valor de custo original dentro da filosofia

de valor justo (fair value).

Outro ponto a destacar é o de que, quando aplicável, o custo de ativos não mo-

netários (por exemplo: despesas ou receitas antecipadas) deve ser ajustado em

contrapartida da conta ou então a conta de receita, despesa ou outra conforme a

situação. A esse respeito, uma vez ajustado o item não monetário, não deve mais

ser submetido a ajustes subsequentes no que respeita à figura de juros embutidos.

Ressalte-se que nem todo ativo ou passivo não monetário está sujeito ao efeito

do ajuste a valor presente. Por exemplo, um item não monetário que, pela sua na-

tureza, não está sujeito ao ajuste a valor presente é o adiantamento em dinheiro

para recebimento ou pagamento em bens e serviços.

Outra questão relevante para fins de mensuração diz respeito à forma pela qual

devem ser alocados em resultado os descontos advindos do ajuste a valor presente

de ativos e passivos (juros).

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A abordagem do custo corrente deve ser eleita como método de alocação de

descontos por apresentar uma informação de qualidade a um custo desprezível

para sua obtenção. Por essa sistemática, vale dizer, deve ser utilizada para descon-

to a taxa contratual ou implícita (para o caso de fluxos de caixa não contratuais) e,

uma vez aplicada, deve ser adotada consistentemente até a realização do ativo ou

liquidação do passivo.

A quantificação do ajuste a valor presente deve ser realizada em base expo-

nencial “pro rata die”, a partir da origem de cada transação, sendo os seus efeitos

apropriados nas contas a que se vinculam.

A operação comercial que se caracterize como de financiamento deve ser reco-

nhecida como tal, sendo que o valor consignado na documentação fiscal que serve

de suporte para a operação deve ser adequadamente decomposto somente para

efeito contábil.

Assim, na compra de mercadorias, os juros embutidos devem ser retirados do

custo de aquisição das mercadorias e devem ser apropriados pela fluência do pra-

zo, conforme estabelece o regime da competência de exercícios. Este procedimento

é efetuado porque os juros embutidos no valor final da compra estão relacionados

com o custo do dinheiro no tempo e não com a mercadoria em si.

Exemplo:

Uma empresa compra $10.000 de mercadorias, sendo que acordou pagar em 5

meses $12.000. Na política contábil da empresa, tal ajuste é relevante.

Para resolver este tipo de questão, em que os juros são apresentados e não há

necessidade de cálculo, devemos identificar o valor presente, o  valor futuro e o

AVP; neste caso, uma despesa financeira a transcorrer.

VF = 12.000

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VP = 10.000

AVP – despesa financeira a transcorrer – redutora do passivo = 2.000

O registro contábil da operação é o seguinte:

D – Estoque – 10.000

D – AVP – despesa financeira a transcorrer – 2.000 (redutora do passivo)

C – Fornecedores – 12.000

Mensalmente a empresa irá apropriar $400 de juros (2.000/5 meses); o registro

contábil é o seguinte:

D – Despesa financeira

C – AVP – despesas financeiras a transcorrer - 400

É importante relembrar que o ajuste de passivos que representam obrigações a

pagar, por vezes, implica ajuste no custo de aquisição de ativos, seja dos investi-

mentos, imobilizado ou intangível, e nesse caso, semelhante à compra do estoque,

os juros imputados nos preços do ativo devem ser retirados na mensuração inicial

desses ativos

As reversões dos ajustes a valor presente dos ativos e passivos devem ser apro-

priadas como receitas ou despesas financeiras, ou seja, irão afetar o resultado do

exercício e por consequência a situação líquida da empresa.

Outro ponto a destacar é a diferença de tratamento na forma de registro de uma

venda de mercadoria com juros embutidos. Segundo a Lei n. 6.404/1976 e a Lei n.

12.973/2014, a receita deve ser reconhecida pelo seu valor bruto — mais adiante

exemplificarei esta determinação. Contudo, segundo o CPC e por consequência o

Conselho Federal de Contabilidade, os registros de vendas e compras de mercado-

rias devem ser realizados pelo seu valor líquido, assim a DRE começará pela receita

líquida de vendas.

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Exemplo:

Uma empresa vende mercadoria à vista por R$ 100.000 com ICMS de 20 %. Con-

tudo, um cliente compra a mercadoria a prazo, acordando pagar, em 6 meses, R$

160.000.

Nesta venda, estão embutidos os juros de R$ 60.000, R$ 10.000 por mês, referen-

te ao prazo para o pagamento, e o imposto sobre vendas de R$ 32.000.

Antigamente era normal registrar a venda e lançar na conta clientes o valor total

da operação: R$ 160.000 e não fazer nenhum tipo de reconhecimento pela compe-

tência. O registro era assim:

D – Clientes – 160.000

D – ICMS sobre vendas – 32.000

C – ICMS a recolher – 32.000

C – Vendas de mercadoria – 160.000

Atualmente a orientação do CPC é a de que a receita seja registrada pelo seu valor

líquido de R$ 100.000 e os juros sejam reconhecidos como receita com o passar

do tempo.

Esta orientação se dá porque o valor da venda foi somente R$ 100.000, e os R$

60.000 a mais estão relacionados com os juros e não com a operação de venda de

mercadorias em si; por isso, não devem ser reconhecidos como venda bruta.

a) Registro no momento da venda segundo o CPC/CFC:

D – Clientes – 160.000

D – ICMS sobre vendas – 32.000

C – ICMS a recolher – 32.000

C – AVP - receita financeira a transcorrer (redutora do ativo) – 60.000

C – Venda de mercadoria – 100.000

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O ajuste a valor presente deve guardar relação com a operação de financiamento

das contas a receber em seu todo e não somente sobre o saldo, depois de deduzi-

dos os impostos sobre a operação.

A entidade, ao  conceder prazo para o recebimento, está financiando o cliente.

Nesse caso, a base para o cálculo do AVP é o valor que está sendo financiado, ou

seja, o valor total da nota fiscal.

Assim, é importante entender que a venda total, na nota fiscal, será de R$ 160.000,

e a alíquota do imposto incidirá sobre esse valor, ficando em R$ 32.000. Aqui, esta-

mos aplicando o atributo da primazia da essência de um fato sobre a sua forma

jurídica.

Note que o valor presente da venda e do saldo a receber é o mesmo que o valor

da venda à vista, mas o imposto é sobre o valor total, inclusive os juros do finan-

ciamento.

b) Registro da apropriação mensal dos juros embutidos na venda:

D – AVP – receita financeira a transcorrer – 10.000

C – Receita financeira – 10.000

Após 1 mês, o valor presente da conta clientes passou de R$ 100.000 para R$

110.000, e assim será sucessivamente até o término do prazo de 6 meses, sendo

reconhecido no resultado do exercício o juro de R$ 10.000 mensalmente, totalizan-

do, ao término dos 6 meses, um valor a receber de R$ 160.000.

No lado do comprador, ao contrário do vendedor, a taxa de juros imputada pelos

seus fornecedores será reconhecida como despesa e não como custo da merca-

doria e deve ser estimada tomando-se por base a carteira de fornecedores como

um todo.

a) Registro no momento da compra:

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D – Estoques – 68.000

D – ICMS a recuperar – 32.000

D – Estimativa para AVP (Despesa financeira a transcorrer) – 60.000

C – Fornecedores – 160.000

A diferença de R$ 60.000, entre o valor presente das contas a pagar R$ 100.000 e

o valor que será pago no final de seis meses R$ 160.000, é apropriada ao resultado

do período como despesa financeira, utilizando o método da taxa efetiva de juros.

b) Registro da apropriação mensal dos juros embutidos na compra:

D – Despesa financeira – 10.000

C – Estimativa para AVP – 10.000

Segundo o CPC, há discussão quanto à necessidade de reclassificar, somente

no caso do vendedor, a parcela do ICMS calculada sobre os juros embutidos na

operação para o resultado financeiro comercial. Assim, existe a discussão de que

os impostos sobre vendas sejam calculados sobre o valor total ou somente sobre

o valor presente; neste caso, a receita financeira com juros seria tributada com o

ICMS devido.

Se, por um lado, a justificativa de não efetuar o desconto a valor presente para

o ICMS decorre do fato de este ser utilizado para apuração já no próprio mês da

transação; por outro, essa reclassificação parte do pressuposto de que o ICMS inci-

de também sobre os juros embutidos em uma operação de venda financiada. Esse

aspecto também deve ser avaliado levando-se em consideração a materialidade

dos montantes envolvidos.

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Essa questão da reclassificação da parcela do ICMS calculada sobre os juros

embutidos na operação para o resultado financeiro comercial altera o lucro bru-

to, o resultado financeiro e também o LAJIDA (ou EBITDA, na sigla em inglês,

se a entidade faz uso dessa medida não contábil). Dessa forma, essa questão

pode ser relevante para algumas entidades. Qualquer que seja o método utili-

zado, ele deve ser divulgado em nota explicativa para melhor entendimento do

usuário das demonstrações contábeis e aplicado de maneira uniforme ao longo

dos exercícios.

Nas empresas em que, além da venda a prazo, existe o financiamento da ven-

da, e a entidade pode devidamente fundamentar que o financiamento feito a seus

clientes faz parte de suas atividades operacionais, as reversões serão apropriadas

como receita operacional de vendas. Esse é o caso, por exemplo, quando a entida-

de opera em dois segmentos distintos:

• Venda de produtos e serviços;

• Financiamento das vendas a prazo, desde que sejam relevantes esse ajuste e

os efeitos de sua evidenciação.

Nessas entidades, a diferença entre o valor presente das contas a receber e o

valor que será recebido no final poderá ser apropriada como receita financeira co-

mercial, no mesmo grupo que as receitas de vendas, em lugar de receita financeira,

desde que a entidade demonstre que o financiamento feito a seus clientes faça par-

te de seus negócios e que opera com venda de produtos e serviços e financiamento

das vendas a prazo.

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Venda a prazo é diferente de venda financiada para fins de tributação.

Venda a prazo é espécie de negócio jurídico no qual o vendedor oferece ao com-

prador o pagamento parcelado do produto, acrescendo-lhe um juro ao preço final,

assim o preço total é o “normal” da mercadoria (preço de venda à vista) e o acrés-

cimo decorrente do parcelamento.

Venda financiada depende de duas operações distintas para a efetiva “saída da

mercadoria” do estabelecimento: uma é compra e venda, e  outra a operação de

financiamento em que há a intermediação de instituição financeira.

Para o STJ, nas vendas a prazo, os impostos devem incidir sobre o valor total da

operação, incluindo os juros e demais encargos financeiros. A decisão foi tomada

no dia 03/05/16 pela 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em relação ao

IPI e, em 2009, em relação ao ICMS.

Nas vendas financiadas, em que há a participação de instituições financeiras, os im-

postos incidem apenas sobre o valor da mercadoria, sem englobar os juros pagos

ao financiador. Sobre os juros do financiamento, deve ser recolhido o Imposto So-

bre Operações Financeiras (IOF).

Embora a nova redação da Lei n. 6.404/1976 nos arts. 183 e 184 faça referên-

cia aos elementos de ativos e passivos que devem ser ajustados a valor presente,

o entendimento é o de que esses ajustes têm relação direta com as transações de

compra e venda que envolvem, preponderantemente, as contas do resultado do

exercício (por exemplo, AVP de transação de vendas e o respectivo saldo das contas

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a receber).

Nesse caso, considerando que o reflexo do AVP de determinado saldo ativo ou

passivo tenha contrapartida direta em conta do resultado do exercício, o AVP tam-

bém afeta essas linhas do resultado (que é o caso específico da receita bruta versus

o registro do saldo de contas a receber).

Essa intepretação diferente da composição inicial da DRE que foi apresentada

também, em 2014, pela Lei 12.973, que destacou a composição da receita bruta e,

por consequência, da receita líquida que deverá ser apresentada na DRE para fins

fiscais.

A referida lei trata da composição da receita bruta e da receita líquida, da se-

guinte forma:

A receita bruta compreende:

• o produto da venda de bens nas operações de conta própria;

• o preço da prestação de serviços em geral;

• o resultado auferido nas operações de conta alheia, como consignação, co-

missão ou ordem de venda; e

• as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não compre-

endidas nos itens anteriores.

Ainda segundo a Lei n. 12.973/2014, a receita líquida será a receita bruta dimi-

nuída de:

I – devoluções e vendas canceladas;


II – descontos concedidos incondicionalmente;
III – tributos sobre ela incidentes; e
IV – valores decorrentes do ajuste a valor presente de vendas a prazo, de que
trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de
1976, das operações vinculadas à receita bruta.

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Note que a lei deixa claro que a venda bruta deve ser ajustada pelos juros em-

butidos na venda a prazo.

Exemplo de venda a prazo com juros segundo a lei:

Uma empresa vende mercadoria que tem o preço à vista de $ 100.000 por $

120.000, para receber após 4 meses.

Neste tipo de questão, devemos diferenciar o preço à vista do preço a prazo. Sendo

a diferença tratada como uma receita antecipada, a conta é juros ativos a transcor-

rer, conta redutora do ativo.

Venda à vista = 100.000

Venda a prazo = 120.000

Juros ativos a transcorrer = 20.000

Tal procedimento busca, respeitando o regime de competência, reconhecer os juros

de acordo com o transcorrer do tempo (juros é o custo do dinheiro no tempo).

Registro contábil segundo a Lei 6.404/76

D – Clientes – 120.000

D – Ajuste a valor presente – 20.000

C – Juros ativos a transcorrer – 20.000

C – Receita bruta de vendas – 120.000

Na DRE, segundo a legislação, a primeira conta é a receita bruta de vendas e,

assim, teríamos a seguinte apresentação:

RBV = 120.000

(-) AVP = (20.000)

(=) RLV = 100.000

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No Balanço Patrimonial, a apresentação é a seguinte:

Clientes – 120.000

Juros ativos a transcorrer – (20.000)

Notem que o valor presente líquido inicial a receber é de $100.000.

Os juros antecipados de $ 20.000 serão apropriados mês a mês da seguinte forma.

D – Juros ativos a transcorrer – 5.000

C – Receita financeira – 5.000

No Balanço Patrimonial, a apresentação, após a apropriação do mês, é a seguinte:

Clientes – 120.000

Juros ativos a transcorrer – (15.000)

O valor presente líquido a receber aumentou e foi para $ 105.000, pois, na medida

em que os juros vão transcorrendo (sendo apropriados), o valor presente líquido

vai aumentando.

Registro segundo as normas contábeis – CPC

D – Clientes – 120.000

C – Juros ativos a transcorrer – 20.000

C – Receita líquida de venda – 100.000

Lembre-se de que, segundo o CPV, na DRE a primeira conta é a RLV, assim as

demais informações serão apresentadas em notas explicativas.

No Balanço Patrimonial, a apresentação é a seguinte:

Clientes – 120.000Juros ativos a transcorrer – (20.000)

Valor presente líquido a receber = 100.000

Para fins de desconto a valor presente de ativos e passivos, a taxa a ser aplicada

não deve ser líquida de efeitos fiscais, e sim antes dos impostos, ou seja, a base de

cálculo para o AVP é o valor total.

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No tocante às diferenças temporárias observadas entre a base contábil e fiscal

de ativos e passivos ajustados a valor presente, essas diferenças temporárias de-

vem receber o tratamento requerido pelas regras contábeis vigentes para reconhe-

cimento e mensuração de imposto de renda e contribuição social diferidos.

A taxa de juros utilizada no cálculo do ajuste a valor presente pode ser explícita ou

estar implícita na negociação, considerando o que está estabelecido no contrato ou

a taxa usual no mercado. Contudo, independentemente da taxa utilizada, ela deve

ser aplicada antes dos impostos, ou seja, não deve ser líquida de efeitos fiscais.

Em se tratando de evidenciação em nota explicativa, devem ser prestadas in-

formações mínimas que permitam que os usuários das demonstrações contábeis

obtenham entendimento inequívoco das mensurações a valor presente levadas a

efeito para ativos e passivos, compreendendo o seguinte rol não exaustivo:

• descrição pormenorizada do item objeto da mensuração a valor presente,

natureza de seus fluxos de caixa (contratuais ou não) e, se aplicável, o seu

valor de entrada cotado a mercado;

• premissas utilizadas pela administração, taxas de juros decompostas por prê-

mios incorporados e por fatores de risco (risk-free, risco de crédito etc.),

montantes dos fluxos de caixa estimados ou séries de montantes dos fluxos

de caixa estimados, horizonte temporal estimado ou esperado, expectativas

em termos de montante e temporalidade dos fluxos (probabilidades associa-

das);

• modelos utilizados para cálculo de riscos e inputs dos modelos;

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• breve descrição do método de alocação dos descontos e do procedimento

adotado para acomodar mudanças de premissas da administração;

• propósito da mensuração a valor presente, se para reconhecimento inicial ou

nova medição e motivação da administração para levar a efeito tal procedi-

mento;

• outras informações consideradas relevantes.

Questão 2    (IBFC/PC-RJ/PERITO CONTADOR/2013) De acordo com as Normas

Brasileiras de Contabilidade, NBC TG 12 – Ajuste a Valor Presente, estão sujeitas

ao Ajuste a Valor Presente:

I – Os direitos classificados no “Realizável a Longo Prazo”.

II – Adiantamento em dinheiro para recebimento de bens e serviços.

III – Imposto de Renda Diferido Ativo

Assinale a opção correta:

a) Os itens I, II, e III.

b) Somente o item I.

c) Somente os itens I e II.

d) Somente os itens I e III.

e) Somente o item III

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Letra b.

A norma do CFC que aprova o CPC 12 trata que serão ajustados a valor presente os

ativos e passivos de longo prazo que tenham juros embutidos no seu valor original

e os de curto prazo, quando o ajuste for relevante como informação.

Não serão ajustados os impostos e o adiantamento em dinheiro. O CPC destaca o

seguinte sobre o assunto:

Ressalte-se que nem todo ativo ou passivo não monetário está sujeito ao efeito do ajus-
te a valor presente; por exemplo, um item não monetário que, pela sua natureza, não
está sujeito ao ajuste a valor presente é o adiantamento em dinheiro para recebimento
ou pagamento em bens e serviços.
Quando houver Pronunciamento específico do CPC que discipline a forma pela qual um
ativo ou passivo em particular deva ser mensurado com base no ajuste a valor presente
de seus fluxos de caixa, referido pronunciamento específico deve ser observado. A regra
específica sempre prevalece à regra geral. Caso especial é o relativo à figura do Imposto
de Renda Diferido Ativo e à do Imposto de Renda Diferido Passivo, objeto de Pronun-
ciamento Técnico específico, mas que, conforme previsto nas Normas Internacionais de
Contabilidade, não são passíveis de ajuste a valor presente, o que deve ser observado
desde a implementação deste Pronunciamento.

Questão 3    (FGV/ALERJ/CONTADOR/2017) Certa entidade tem uma obrigação

tributária a pagar, no montante de R$ 100.000,00 com juros de 5% ao ano, sem

correção monetária, com pagamento em parcela única ao final de 24 meses. A taxa

de juros do mercado é de 10% ao ano.

De acordo com as normas do CPC 12, o valor presente inicial dessa obrigação é:

a) R$ 110.250,00;

b) R$ 109.750,57;

c) R$ 100.000,00;

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d) R$ 91.115,70;

e) R$ 82.644,63.

Letra d.

Nesta questão, a FGV tratou de forma matemática o ajuste a valor presente; o pro-

blema está em fazer os cálculos.

Note que a empresa tem uma dívida monetária de $100.000 que será corrigida

contratualmente em 5% ao ano. Desta forma, antes de calcular o valor presente,

devemos calcular o valor futuro da dívida. Depois de apurado o valor futuro, deve-

mos trazê-lo para o valor presente.

VF = VP x (1+i)n

VF = 100.000 x (1.05)² = 100.000 x 1.1025 = $ 110.250

Para apresentar o valor presente da dívida futura, devemos trabalhar com a taxa

de mercado. Veja o que o CPC 12 prevê sobre o assunto:

Há operações cuja taxa de juros é explícita (por exemplo, descrita e conhecida no con-
trato da operação) ou implícita (por exemplo, desconhecida, mas embutida na precifi-
cação inicial da operação pela entidade no ato da compra ou da venda). Em ambos os
casos, é necessário utilizar uma taxa de desconto que reflita juros compatíveis com a
natureza, o prazo e os riscos relacionados à transação, levando-se em consideração,
ainda, as taxas de mercado praticadas na data inicial da transação entre partes co-
nhecedoras do negócio, que tenham a intenção de efetuar a transação e em condições
usuais de mercado. Nos casos em que a taxa é explícita, o processo de avaliação passa
por uma comparação entre a taxa de juros da operação e a taxa de juros de mercado,
na data da origem da transação. Nos casos em que a taxa estiver implícita, é necessário
estimar a taxa da transação, considerando as taxas de juros de mercado, conforme an-
teriormente mencionado. Por definição, valor presente “é a estimativa do valor corrente
de um fluxo de caixa futuro”.

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Não esqueça que, independentemente da forma de trazer a valor presente, a ope-

ração não pode mudar o valor contratual.

Para trazer a valor presente, aplicamos a fórmula:

VP = VF / (1+i)n

VP = 110.250/(1.10)² = 110.250 / 1.21 = 91.115,70

Questão 4    (FUNDEP/TCE-MG/AUDITOR SUBSTITUTO/2018) analise as afirma-

tivas a seguir relativas ao ajuste a valor presente, tomando por base a NBC T

19.17.

I – Em termos de meta a ser alcançada, ao se aplicar o conceito de valor pre-

sente, deve-se associar tal procedimento à mensuração de ativos e passivos

levando-se em consideração o custo histórico de aquisição e as incertezas a

eles associados. Desse modo, as informações prestadas possibilitam a análise e

a tomada de decisões econômicas que resultam na melhor avaliação e alocação

de recursos escassos.

II – Os elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes de operações

de longo prazo, ou de curto prazo quando houver efeito relevante, devem ser

ajustados a valor presente com base em taxas de juros que reflitam as melho-

res estimativas do mercado quanto ao valor corrente e os riscos específicos do

ativo e do passivo em suas datas originais.

III – As reversões dos ajustes a valor presente dos ativos e passivos monetá-

rios qualificáveis devem ser apropriadas como receitas ou despesas financeiras,

a não ser que a entidade possa devidamente fundamentar que o financiamento

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feito a seus clientes faça parte de suas atividades operacionais, quando, então,

as reversões serão apropriadas como receita operacional.

IV – Valor justo ou fair value é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado,

ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e

independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liqui-

dação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.

Estão corretas as afirmativas:

a) I e II, apenas.

b) II e III, apenas.

c) I, II e III, apenas.

d) III e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

Letra d.

A NBCT 19.17 mudou de numeração e agora ela é a NBC TG 12, contudo continua

tratando do ajuste ao valor presente.

I. Errado. Em termos de meta a ser alcançada, ao se aplicar o conceito de valor

presente, deve-se associar tal procedimento à mensuração de ativos e passivos,

levando-se em consideração o valor do dinheiro no tempo e as incertezas a ele as-

sociado.

II. Errado. Os elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes de ope-

rações de longo prazo, ou de curto prazo quando houver efeito relevante, devem

ser ajustados a valor presente com base em taxas de desconto que reflitam as

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melhores avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os riscos

específicos do ativo e do passivo em suas datas originais.

III. e IV. Certos.

Questão 5    (ESAF/ANAC/CONTADOR/2016) Define-se como “Valor Justo” o valor

pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes in-

teressadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de

fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma

transação forçada.

Em relação ao denominado “Valor Justo”, indique a opção incorreta.

a) É o mesmo que “Ajuste a Valor Presente”.

b) É afetado por variáveis de mercado.

c) Utiliza-se para avaliar direitos destinados à negociação, ou marcados a mercado.

d) Aplica-se a derivativos.

e) Pode ser aplicado a ativos não financeiros.

Letra a.

Vimos na aula que AVP não é o mesmo que valor justo. Por isso, valor presente e

valor justo não são sinônimos.

AVP: tem como objetivo demonstrar o valor presente de um fluxo de caixa futuro.

Para determinar o valor presente de um fluxo de caixa, três informações são re-

queridas: valor do fluxo futuro, data do referido fluxo financeiro e taxa de desconto

aplicável.

Valor justo: tem como objetivo demonstrar o valor de mercado de determinado

ativo; por não ser específico, depende das suas variáveis do próprio mercado.

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Questão 6    (CFC/CFC/BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2015) Uma socie-

dade empresária realizou uma venda a prazo no valor de R$110.250,00, para re-

cebimento em uma única parcela, após o prazo de dois anos. Observando o que

dispõe a NBC TG 12 – Ajuste a Valor Presente, foi registrado um ajuste a valor

presente desta operação, considerando-se uma taxa de juros composta de 5% a.a.

O montante do ajuste a valor presente da operação, na data de seu registro

inicial, é de:

a) R$10.022,73.

b) R$10.250,00.

c) R$11.025,00.

d) R$11.300,63.

Letra b.

Para resolver a questão, basta aplicar a equação do ajuste a valor presente:

VP = VF / (1+i)n

VP = 110.250/(1.05)² = 110.250 / 1.1025 = 100.000,0

Se o valor futuro é de $110.250,00 e o valor presente é de $ 100.000,00, o ajuste

a valor presente será de $ 10.250,00.

O lançamento segundo as normas do CFC é o seguinte:

D – Clientes 110.250

C – Juros ativos a transcorrer (redutora do ativo) – 10.250

C – Venda de mercadoria – 100.000

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Questão 7    (AOCP/COLÉGIO DOM PEDRO II/CONTADOR/2014) De acordo com o

CPC 12, item 22, o que deve ser realizada (o) em base exponencial “pro rata die”,

a partir da origem de cada transação, sendo os seus efeitos apropriados nas contas

a que se vinculam?

a) A diretriz do ajuste a valor presente.

b) Os elementos integrantes do ajuste a valor presente.

c) A quantificação do ajuste a valor presente.

d) O risco específico do ajuste a valor presente.

e) Os benefícios do ajuste a valor presente.

Letra c.

O item 22 do CPC 12 apresenta o seguinte:

22. A quantificação do ajuste a valor presente deve ser realizada em base exponencial
“pro rata die”, a partir da origem de cada transação, sendo os seus efeitos apropriados
nas contas a que se vinculam.

Este item registra como deve ser a quantificação dos valores ajustados a valor pre-

sente.

Questão 8    (IF-RN/IF-RN/ADMINISTRADOR/2012) Com relação ao valor do di-

nheiro no tempo, é correto afirmar que valor presente é o valor

a) monetário corrente de uma quantia futura.

b) de uma quantia em uma data futura, encontrado com a aplicação de juros.

c) com o qual uma obrigação conversível é negociada no mercado atual.

d) baseado no pagamento de dividendos fixos em reais por ação.

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Letra a.

A questão trata do conceito de valor presente. Por valor monetário, entendemos o

valor de um direito ou obrigação que movimentará dinheiro.

Valor corrente é o valor atual de um ativo ou passivo, assim valor presente é o valor

atual de uma quantia futura.

Questão 9    (CESGRANRIO/PETROBRAS/CONTADOR/2010) Em 2009 uma em-

presa vendeu um imóvel, concedendo prazo de 60 meses para o comprador pagar.

O valor da venda foi R$ 36.000.000,00 e o contrato não prevê qualquer cobrança

de juros sobre o financiamento, o  que nos permite entender que os juros estão

inseridos no preço de venda. Diante das informações, o critério de avaliação aplicá-

vel ao ativo decorrente do registro contábil desta venda é o que recomenda avaliar

pelo valor de venda

a) sem qualquer outro ajuste.

b) mais as variações monetárias previstas até o final do contrato.

c) mais as despesas financeiras previstas até o final do contrato.

d) mais as variações monetárias de competência de cada ano.

e) menos o ajuste ao valor presente.

Letra e.

O enunciado afirma que no valor da venda estão embutidos os juros, assim 36 mi-

lhões é o valor futuro a receber.

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Sabemos que os créditos em longo prazo com juros embutidos deverão ser ajusta-

dos a valor presente. A determinação legal está na Lei n. 6.404/1976 da seguinte

forma:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes cri-


térios:
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados
a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.

Assim, o direito será apresentado no ativo pelo valor original ajustado pelos juros

embutidos.

Questão 10    (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/AUDITOR-

-FISCAL/2015) A Cia. Comercial Amazonas vendeu mercadorias a prazo, em

20 prestações iguais e sucessivas de R$ 1.000,00, a primeira vencendo no mês

posterior ao da venda. A companhia usou uma taxa de juros de 1% ao mês para

calcular o ajuste a valor presente desse fluxo de caixa. Sabe-se que o ajuste a

valor presente dessa alienação correspondeu a R$ 1.950,00. A companhia efe-

tuou corretamente a contabilização dessa transação segundo as normas brasi-

leiras de contabilidade, lançando o ajuste como conta redutora de recebíveis.

Pode-se concluir que

a) o Ativo da companhia aumentou R$ 20.000,00

b) a companhia auferiu uma receita de vendas de R$ 18.050,00.

c) a conta de Recebíveis foi creditada em R$ 1.950,00.

d) a conta de Ajustes a Valor Presente foi debitada em R$ 20.000,00

e) o Passivo da companhia foi aumentado em R$ 1.950,00.

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Letra b.

A questão está relacionada com o ajuste a valor presente das vendas a prazo para

receber em longo prazo. Por isto, é necessário separar a venda à vista da venda a

prazo e reconhecer os juros embutidos na venda.

Venda a prazo = 20.000 (20 x 1.000)

AVP - Juros ativos transcorrer = 1.950

Venda à vista = 18.050

O lançamento contábil é o seguinte:

D – Clientes – 20.000

C – AVP - juros ativos a transcorrer (redutora do ativo) – 1.950

C – Vendas líquidas – 18.050

Questão 11    (UFPR/COPEL/TÉCNICO CONTÁBIL/2015) Em 20/12/2014 uma so-

ciedade empresária industrial adquiriu matérias primas para utilização em seu pro-

cesso produtivo, no valor de $ 500. A operação foi a prazo de 90 dias, o que resul-

tou em um ajuste a valor presente de $ 100, uma vez que as políticas contábeis

dessa entidade consideram o ajuste a valor presente de operações cujo prazo de

pagamento ou recebimento supera 60 dias. Com base no exposto, assinale a al-

ternativa em que é apresentada a forma correta de contabilização dessa operação:


a) Débito: Estoque (Ativo circulante) $ 500
Crédito: Ajuste a valor presente de fornecedores (Ativo circulante) $ 100
Crédito: Fornecedores (Passivo não circulante) $ 400.
b) Débito: Estoque (Ativo circulante) $ 400

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Débito: Ajuste a valor presente de fornecedores (Passivo circulante)$ 100


Crédito: Fornecedores (Passivo não circulante) $ 500.
c) Débito: Estoque (Ativo Circulante) $ 400
Débito: Ajuste a valor presente de fornecedores (Passivo circulante) $ 100
Crédito: Fornecedores (Passivo circulante) $ 500
d) Débito: Estoque (Ativo Circulante) $ 500
Crédito: Ajuste a valor presente de fornecedores (Passivo circulante) $ 100
Crédito: Fornecedores (Passivo circulante) $ 400.
e) Débito: Estoque (Ativo Circulante) $ 400
Débito: Ajuste a valor presente de fornecedores (Ativo circulante) $ 100
Crédito: Fornecedores (Passivo circulante) $ 500.

Letra c.
A empresa comprou $ 500 de mercadoria para pagar $ 600, em 90 dias. Note que,
mesmo a dívida sendo de curto prazo, é política contábil a empresa ajustar a dívida
ao valor presente.

Os valores foram apresentados no enunciado:

Valor futuro: 500

AVP – despesa financeira a transcorrer (redutora do passivo): 100

Valor presente: 400

O lançamento contábil é o seguinte:

D – Estoque – AC – 400

D – AVP – despesa financeira a transcorrer – (PC) – 100

C – Fornecedores – PC – 500

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Questão 12    (FUNDEP/CODEMIG/CONTADOR/2018) Segundo o Pronunciamento

Contábil CPC 46 – Mensuração do Valor Justo, assinale a definição correta de “Valor

Justo”.

a) O preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela

transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do

mercado na data de mensuração.

b) É o valor pelo qual um ativo pode ser liquidado, ou um passivo negociado, en-

tre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a

ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que carac-

terizem uma transação compulsória.

c) São os montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa dos recursos entre-

gues para adquirir os ativos e passivos na data da aquisição.

d) É o valor presente, descontado dos fluxos futuros de entradas líquidas de caixa

esperados pelo uso dos ativos ou passivos.

Letra a.

Na sua essência, o valor justo é o valor acordado entre as partes para negociação

de um ativo ou pagamento de um passivo, ou seja, o valor justo é o preço que

seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um

passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data

de mensuração.

Também é o utilizado o seguinte conceito: Valor justo é o valor pelo qual um ati-

vo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, co-

nhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que

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pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação

compulsória.

Questão 13    (CESGRANRIO/CEFET-RJ/CONTADOR/2014) Nos próprios termos

do CPC 12, ajuste a valor presente, é informado que o Pronunciamento trata,

essencialmente, das questões de mensuração sem atingir o detalhamento das

questões de reconhecimento.

Nesse contexto da mensuração, a sua dimensão contábil envolve a decisão de:

a) como registrar.

b) onde registrar.

c) para que registrar.

d) por quanto registrar.

e) quando registrar.

Letra d.

Questão interessante. Diferente, o CPC 12 deixa claro que o alcance do pronuncia-

mento é o de tratar da mensuração dos elementos que deverão ser ajustados a va-

lor presente. Dessa forma, o que importa é por quanto registrar o item patrimonial.

O assunto é abordado no pronunciamento da seguinte forma:

Alcance
4. Este Pronunciamento trata essencialmente de questões de mensuração, não al-
cançando com detalhes questões de reconhecimento. É importante esclarecer que a
dimensão contábil do “reconhecimento” envolve a decisão de “quando registrar” ao
passo que a dimensão contábil da “mensuração” envolve a decisão de “por quanto re-
gistrar”. A Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações
Contábeis, Pronunciamento Conceitual Básico deste CPC, em seu item 82, assim define
reconhecimento:

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“Reconhecimento é o processo que consiste em incorporar ao balanço patrimonial ou à


demonstração do resultado um item que se enquadre na definição de um elemento e
que satisfaça os critérios de reconhecimento mencionados no item 83. Envolve a descri-
ção do item, a atribuição do seu valor e a sua inclusão no balanço patrimonial ou na de-
monstração do resultado. Os itens que satisfazem os critérios de reconhecimento devem
ser registrados no balanço ou na demonstração do resultado. A falta de reconhecimento
de tais itens não é corrigida pela divulgação das práticas contábeis adotadas nem pelas
notas ou material explicativo. ”
5. Nesse sentido, no presente Pronunciamento determina-se que a mensuração con-
tábil a valor presente seja aplicada no reconhecimento inicial de ativos e passivos.
Apenas em certas situações excepcionais, como a que é adotada numa renegociação
de dívida em que novos termos são estabelecidos, o ajuste a valor presente deve ser
aplicado como se fosse nova medição de ativos e passivos. É de se ressaltar que essas
situações de nova medição de ativos e passivos são raras e são matéria para julga-
mento daqueles que preparam e auditam demonstrações contábeis, vis-à-vis Pronun-
ciamentos específicos.

Redução ao Valor Recuperável – Teste de Recuperabilidade

O teste de recuperabilidade, conhecido como “Impairment test”, tem por objeti-

vo apresentar de forma prudente o valor real de realização de um ativo, sendo que

essa realização pode ser de forma direta ou indireta, respectivamente, por meio de

venda ou de utilização nas atividades.

O CPC 01 R1 apresenta alguns conceitos que são imprescindíveis para compre-

ender o assunto; são os seguintes:

• Valor contábil é o montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço

depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão

acumulada e ajuste para perdas.

• Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que

gera entradas de caixa, entradas essas que são em grande parte independen-

tes das entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.

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• Ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade

futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos

de caixa futuros tanto da unidade geradora de caixa sob revisão quanto de

outras unidades geradoras de caixa.

• Despesas de venda ou de baixa são despesas incrementais diretamente

atribuíveis à venda ou à baixa de um ativo ou de uma unidade geradora de

caixa, excluindo as despesas financeiras e de impostos sobre o resultado

gerado.

• Valor depreciável, amortizável e exaurível é o custo de um ativo, ou ou-

tra base que substitua o custo nas demonstrações contábeis, menos seu valor

residual.

• Depreciação, amortização e exaustão é a alocação sistemática do valor

depreciável, amortizável e exaurível de ativos durante sua vida útil.

• Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria

pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre

participantes do mercado na data de mensuração.

• Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um

ativo ou de unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.

• Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o

maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu

valor em uso.

• Vida útil é:

− o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar um ativo;

− o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a en-

tidade espera obter do ativo.

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• Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que

devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa.

O assunto é abordado na Lei n. 6.404/1976, art. 183, parágrafo 3º, com reda-

ção dada pela Lei n. 11.638/2007 e modificado pela Lei n. 11.941/2009, da seguin-

te forma:

§ 3º A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos va-
lores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam:
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de inter-
romper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado
que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou (In-
cluído pela Lei n. 11.638, de 2007)
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econô-
mica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. (Incluído pela Lei
n. 11.638 de 2007)

Note que, segundo a Lei societária, o teste busca reconhecer uma perda no

potencial dos ativos imobilizado e intangível; desta forma, a essência do teste de

recuperabilidade é evitar que um ativo esteja registrado por um valor maior que o

seu valor recuperável, por isso busca verificar se o ativo não está desvalorizado em

relação ao valor real (valor de realização).

O CPC 01 (R1) foi mais analítico na relação de quais ativos deverão ser testados,

apresentando que o teste de recuperabilidade deve ser aplicado na contabilização

de ajuste para perdas por desvalorização de todos os ativos, exceto:

• estoques

• ativos de contrato e ativos resultantes de custos para obter ou cumprir con-

tratos que devem ser reconhecidos de acordo com o CPC 47 – Receita de

Contrato com Cliente;

• ativos fiscais diferidos;

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• ativos advindos de planos de benefícios a empregados;

• ativos financeiros que estejam dentro do alcance do CPC 48 – Instrumentos

Financeiros;

• propriedade para investimento que seja mensurada ao valor justo;

• ativos biológicos relacionados à atividade agrícola dentro do alcance do Pro-

nunciamento Técnico CPC 29 — Ativo Biológico e Produto Agrícola — e que

sejam mensurados ao valor justo líquido de despesas de vender;

• custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos con-

tratuais de companhia de seguros contidos em contrato de seguro dentro do

alcance do Pronunciamento Técnico CPC 11 – Contratos de Seguro;

• ativos não circulantes (ou grupos de ativos disponíveis para venda) classi-

ficados como mantidos para venda em consonância com o Pronunciamento

Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Des-

continuada.

O teste de recuperabilidade não se aplica a estoques, ativos advindos de contratos

de construção, ativos fiscais diferidos, ativos advindos de planos de benefícios a

empregados ou ativos classificados como mantidos para venda (ou incluídos em

grupo de ativos que seja classificado como disponível para venda) em decorrência

de os Pronunciamentos Técnicos do CPC vigentes aplicáveis a esses ativos conte-

rem disposições orientadoras para reconhecimento e mensuração desses ativos.

Como resultado da aplicação do teste de recuperabilidade, compatível com as

práticas contábeis adotadas no Brasil e as normas internacionais, não será mais

aceita a existência de qualquer ativo, num balanço patrimonial, por valor superior

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ao que ele é capaz de produzir de caixa líquido para a entidade, pela sua venda ou

pela sua utilização, ou seja, atualmente um ativo deverá ser apresentado pelo valor

que ele será capaz de se transformar em dinheiro.

Um ativo estará desvalorizado quando o valor contábil registrado for maior que o

valor recuperável, pela venda ou pelo uso.

Entende-se por valor contábil aquele em que o ativo está apresentado no balan-

ço patrimonial; ou seja, pelo valor histórico deduzido de depreciação, exaustão ou

amortização acumulada e de provisão para perda, se existir.

A redução ao valor recuperável é um instrumento utilizado para adequar o valor

contábil dos ativos à sua real capacidade de retorno econômico, por meio de um

teste de recuperabilidade. Assim, reflete um declínio na utilidade de um ativo para

a entidade que o controla.

Quando for constatada a perda de valor recuperável, a empresa deve reco-

nhecê-la imediatamente no resultado ou como redução da reserva de reavalia-

ção, se aplicável, que poderá ser revertida se e quando desaparecerem as razões

que levaram à sua constituição, com exceção da perda na recuperabilidade (im-

pairment) do ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), que

não poderá ser revertida.

A redução ao valor recuperável é uma despesa que pode ser entendida como uma

perda dos futuros benefícios econômicos ou do potencial de serviços de um ativo,

além da depreciação.

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O registro contábil da perda do valor recuperável é o seguinte:

D – Despesa com impairment (resultado)

C – Estimativa para desvalorização de ativo (redutora do ativo)

O teste pode ser aplicado nos ativos geradores de caixa (aquele mantido com o

objetivo principal de gerar retorno comercial), bem como a ativos não geradores de

caixa (aquele mantido com o objetivo principal de prestar serviços).

Independentemente do tipo de imobilizado ou intangível, a entidade deve ava-

liar, no mínimo, ao fim de cada exercício social, se há alguma indicação de que um

ativo possa ter sofrido desvalorização. Note que inicialmente será verificado se há

uma indicação de desvalorização.

Ao avaliar se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido perda por

irrecuperabilidade, a entidade deve considerar fatores externos e internos que pos-

sam afetar a realização do bem.

Segundo o CPC 01 (R1), os fatores que afetam a realização do ativo são os se-

guintes:

• Fontes externas de informação

– há indicações observáveis de que o valor do ativo diminuiu significativa-

mente durante o período, mais do que seria de se esperar como resultado

da passagem do tempo ou do uso normal (alterada pela Revisão CPC 03);

– mudanças significativas com efeito adverso sobre a entidade ocorreram du-

rante o período, ou ocorrerão em futuro próximo, no ambiente tecnológico,

de mercado, econômico ou legal, no qual a entidade opera ou no mercado

para o qual o ativo é utilizado;

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– as taxas de juros de mercado, ou outras taxas de mercado de retorno sobre

investimentos, aumentaram durante o período, e esses aumentos prova-

velmente afetarão a taxa de desconto utilizada no cálculo do valor em uso

de um ativo e diminuirão materialmente o valor recuperável do ativo;

– o valor contábil do patrimônio líquido da entidade é maior do que o valor de

suas ações no mercado;

• Fontes internas de informação

• evidência disponível de obsolescência ou de dano físico de um ativo;

• mudanças significativas, com efeito adverso sobre a entidade, ocorreram du-

rante o período, ou devem ocorrer em futuro próximo, na extensão pela qual,

ou na maneira na qual, um ativo é ou será utilizado. Essas mudanças incluem

o ativo que se torna inativo ou ocioso, planos para descontinuidade ou rees-

truturação da operação à qual um ativo pertence, planos para baixa de ati-

vo antes da data anteriormente esperada e reavaliação da vida útil de ativo

como finita ao invés de indefinida;

• evidência disponível, proveniente de relatório interno, que indique que o de-

sempenho econômico de um ativo é ou será pior que o esperado;

• para um investimento em controlada, empreendimento controlado em con-

junto ou coligada, a investidora reconhece dividendo advindo desse investi-

mento e existe evidência disponível de que:

• o valor contábil do investimento nas demonstrações contábeis separadas

excede os valores contábeis dos ativos líquidos da investida reconhecidos

nas demonstrações consolidadas, incluindo eventual ágio por expectativa de

rentabilidade futura (goodwill);

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• o dividendo excede o total de lucro abrangente da controlada, empreendi-

mento controlado em conjunto ou coligada no período em que o dividendo

é declarado.

Se houver alguma indicação de desvalorização, a entidade deve estimar o valor

recuperável do ativo por meio de um teste de recuperabilidade. Contudo, indepen-

dentemente de existir ou não qualquer indicação de redução ao valor recuperável,

a empresa deverá:

• Testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo

intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não dispo-

nível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável.

Esse teste de redução ao valor recuperável poderá ser executado a qualquer

momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no

mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável

testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram

inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, deverão ter a redução ao

valor recuperável testada antes do fim do ano corrente;

• Testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goo-

dwill) em uma aquisição de entidades.

Note que, mesmo que não exista uma indicação de desvalorização, os ativos

intangíveis deverão ser avaliados, no mínimo anualmente. As indicações de desva-

lorização de um ativo podem ser medidas por meio de fatores internos ou externos

à empresa.

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Teste de Recuperabilidade
Vimos que a essência do teste de recuperabilidade é evitar que um ativo esteja

registrado no balanço patrimonial por um valor contábil maior que o valor recupe-

rável. Dessa forma, os ativos devem ser evidenciados para refletir os fluxos futuros

que a entidade espera obter ou gerar em virtude de possuir tal ativo.

• Entende-se por valor contábil o valor que o ativo está apresentado no balanço

patrimonial, ou seja, pelo valor histórico deduzido de depreciação, exaustão

ou amortização acumulada e de provisão para perda, se existir.

• Valor recuperável é o maior valor entre o valor justo líquido e o seu valor

em uso.

− O valor justo é aquele pelo qual o ativo pode ser trocado/vendido, existindo

um conhecimento amplo e disposição por parte dos envolvidos no negócio,

em uma transação sem favorecimentos.

− O valor em uso, ou valor específico para a entidade, é aquele presente em

fluxos de caixa futuros estimados, que a entidade espera obter se a empre-

sa continuasse utilizando o bem em suas atividades.

Para os ativos destinados à venda ou realização direta em dinheiro, a recupera-

bilidade se dá pelos valores de venda líquidos de qualquer custo ou despesa com

a venda; já para os ativos destinados ao uso, para verificação da recuperabilidade,

considera-se valor de uso, definido como o valor presente dos fluxos de caixa futu-

ros estimados.

Note que o valor em uso é uma estimativa de entrada de dinheiro e, segundo

o CPC, esta estimativa deve incluir as projeções de entradas de caixa advindas do

uso contínuo do ativo e as projeções de saídas de caixa que são necessariamen-

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te incorridas para gerar as entradas de caixa advindas do uso contínuo do ativo

(incluindo as saídas de caixa para preparar o ativo para uso) e que podem ser di-

retamente atribuídas ou alocadas, em base consistente e razoável, ao ativo; e se

houver, fluxos de caixa líquidos a serem recebidos (ou pagos) quando da baixa do

ativo ao término de sua vida útil.

O valor contábil de uma unidade geradora de caixa deve incluir somente o valor

contábil daqueles ativos que podem ser atribuídos diretamente ou alocados em

base razoável e consistente a ele e NÃO deve incluir o valor contábil de qualquer

passivo reconhecido, a menos que o valor recuperável da unidade não possa ser

determinado sem se considerar esse passivo.

Isso ocorre porque o valor justo líquido de despesas de venda e o valor em

uso de uma unidade geradora de caixa devem ser determinados excluindo-se os

fluxos de caixa que estão relacionados a ativos que não fazem parte da unidade

geradora de caixa e passivos que tenham sido reconhecidos nas demonstrações

contábeis.

Questão 14    (FEPESE/COMPANHIA DE AGUAS-JOINVILLE/CONTADOR/2018)

Uma entidade possui uma plataforma de petróleo no mar. A entidade deve desa-

tivar a plataforma no final da sua vida útil, e uma provisão foi criada no início da

produção. O valor contábil da provisão é de $ 8 milhões. A entidade recebeu uma

oferta de $ 20 milhões (custos de venda de $ 1 milhão) para os direitos à platafor-

ma de petróleo, o que reflete o fato de que os proprietários devem desativá-lo no

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final de sua vida útil. O valor em uso da plataforma de petróleo é de $ 26 milhões,

ignorando os custos de desmantelamento. O valor contábil da plataforma petrolífe-

ra é de $ 28 milhões.
Determine o valor do impairment da plataforma de petróleo.
a) ( ) $ 1 milhão.
b) ( ) $ 2 milhões.
c) ( ) $ 18 milhões.
d) ( ) $ 19 milhões.
e) ( ) Não haverá impairment.

Letra a.
Para calcular o valor contábil em uso da plataforma, devemos excluir o custo do
passivo (provisão de 8 milhões).
Valor contábil = 20 milhões (28 – 8)
Valor em uso = 18 milhões (26 – 8)
Valor justo líquido = 19 milhões (20 – 1)
Ao comparar o valor contábil com o maior valor realizável, identificamos que a em-
presa deverá reconhecer uma desvalorização de 1 milhão.

Questão 15    (FGV/TJ-BA/CONTADOR/2015) A Cia Longo Tempo atua no ramo de


mineração. Em um dado exercício, a companhia calculou em R$ 30 milhões o valor
em uso de uma das minas exploradas, antes dos custos de restauração do local,
estimados em R$ 8 milhões. O valor contábil dessa mina é de R$ 25 milhões. A Cia
Longo Tempo recebeu uma oferta de R$ 22 milhões pela venda da mina, com cus-

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tos de R$ 2 milhões. De acordo com o CPC 01 (R1), ao final do exercício a Cia Longo
Tempo deverá reduzir o valor da mina em (milhões):
a) 0;
b) 2;
c) 3;
d) 5;
e) 8.

Letra c.
Neste caso, para se apurar o valor contábil do ativo, devemos trabalhar como o va-
lor contábil apresentado, pois não havia sido provisionado o valor da restauração.
Valor contábil = 25 milhões
Valor em uso = 22 milhões ( 30 – 8)
Valor justo líquido = 20 milhões (22 – 2)
Como o valor contábil é maior que o maior valor realizável, a empresa deverá re-
conhecer uma perda por desvalorização de 3 milhões.

Para aplicar o teste de recuperabilidade nestes grupos, a administração deverá,


no mínimo, executar as seguintes etapas:
1 – Determinar o valor contábil líquido do bem;
2 – Determinar o valor recuperável do bem;

3 – Comparação entre o valor contábil e o valor recuperável.

1 – Determinar o valor contábil líquido do bem

O valor contábil líquido de um bem é determinado pelo custo histórico diminuído

da depreciação/amortização ou exaustão acumulada e de provisões para perdas.

Máquina = $1.000.000

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Dep. acumulada = ($ 800.000)

Valor contábil = $200.000

2 – Determinar o valor recuperável do bem

O valor recuperável de um bem pode ser determinado de duas formas:

a) pelo valor líquido de venda (valor justo líquido) =

O valor justo líquido é o valor de venda (valor acertado) diminuído dos custos

da transação (despesas de cartório, de transporte, de montagem ou desmontagem

etc.):

Preço de venda = $200.000

(-) Custo da venda = $20.000

(=) Valor líquido de venda = $180.000

b) pelo valor líquido de uso =

O valor líquido de uso é determinado pelo valor presente líquido de fluxo de cai-

xa que será gerado pelo uso do bem nas atividades ou na produção. Deve ser feita

uma prospecção futura de receitas e deduzir os custos relacionados às receitas que

serão geradas.

Receita de produção esperada = $280.000

(-) Custo da produção esperada = $120.000

(=) Fluxo de caixa futuro líquido = $160.000

 Obs.: O valor recuperável líquido é o maior dos dois, neste caso é o valor líquido

de venda.

3 – Comparação entre o valor contábil e o maior valor recuperável

Nesta fase, é aplicado o teste de recuperabilidade por meio de uma comparação

entre o valor contábil do bem e o seu valor recuperável.

• Valor contábil do bem = $200.000

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• Maior valor recuperável = $180.000

Neste caso, como o valor realizável é menor que o valor contábil, a empresa

teve uma perda com desvalorização de ativo = $20.000.

Quando ficar identificado que o valor de realização do ativo é maior ou igual ao

seu valor contábil, não será necessário nenhum tipo de registro. Entretanto, se o

valor realizável do ativo for menor que o valor contábil, a empresa deverá efetuar

o ajuste de emparelhamento, por meio do seguinte lançamento contábil:

D – Despesa não operacional – perda com desvalorização de ativo – 20.000

C – Estimativa para perda com desvalorização de ativo – 20.000

Após o registro contábil, a máquina está apresentada no balanço patrimonial da

seguinte forma:

Máquina = $1.000.000

Dep. acumulada = $800.000

Estimativa para perda = $20.000

Valor contábil = $180.000

• Quando ficar identificado que o MAIOR valor de realização do ativo é maior

que o seu valor contábil, não será necessário nenhum tipo de registro.

• Entretanto, se o MAIOR valor realizável do ativo for menor que o valor contá-

bil, a empresa deverá efetuar o ajuste de emparelhamento.

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O teste de impairment é feito para avaliar a perda de recuperabilidade dos benefí-

cios econômicos futuros que um ativo irá gerar para a entidade. Assim, se o valor

recuperável exceder o contábil, não há que se falar em ajustes.

Questão 16    (FGV/IBGE/CONTADOR/2017) Uma entidade pública adquiriu um

equipamento em 01/07/2014, que foi classificado no subgrupo Ativo Imobilizado.

O valor de aquisição do ativo foi R$ 120.000,00 e a sua vida útil estimada foi de 10

anos. Ao final do exercício de 2016, surgiu uma regulação ambiental que restrin-

giu o uso do equipamento por no máximo 8 anos, a partir do início da utilização.

Em decorrência disso, a entidade estimou o valor em uso do ativo em R$ 83.000,00.

Além disso, por meio de pesquisa de equipamentos usados, foi levantado um valor

líquido para a venda do ativo de R$ 75.000,00.

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A partir dos dados fornecidos e das orientações do MCASP para realização de teste

de redução ao valor recuperável, é correto afirmar que:

a) a entidade deve reavaliar o equipamento para refletir a sua capacidade de gerar

benefícios econômicos;

b) a entidade deve reconhecer uma variação patrimonial diminutiva no valor de R$

7.000,00;

c) a entidade deve reconhecer uma perda de R$ 15.000,00 por redução ao valor

recuperável;

d) o valor recuperável do ativo ao final do exercício de 2016 é de R$ 79.000,00;

e) não há reconhecimento de perda, pois o valor contábil supera o valor recuperável.

Letra b.

Para aplicar o teste de recuperabilidade, devemos executar as seguintes etapas:

1 – Determinar o valor contábil líquido do bem;

2 – Determinar o maior valor recuperável do bem;

3 – Comparação entre o valor contábil e o maior valor recuperável.

Para calcular o valor contábil precisamos calcular a depreciação acumulada:

Depreciação anual = (valor do bem - valor residual) /vida útil

Depreciação Anual = (112.000 - 0) / 10 anos

Depreciação anual = 12.000 ao ano

Depreciação acumulada = 30.000

2014 – 6 meses = 6.000

2015 – 12 meses = 12.000

2016 – 12 meses = 12.000

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1) Valor do bem = 120.000

(-) depreciação acumulada = (30.000)

(=) Valor contábil = 90.000

2) Valor recuperável = o maior dos dois = 83.000

Pelo uso = 83.000

Pela venda = 75.000

3) Comparação:

Valor contábil = 90.000

Valor recuperável = 83.000

VC > VR = a diferença de 7.000 deve ser reconhecida como uma despesa - VPD.

Questão 17    (IBFC/TJ-PE/CONTADOR/2017) Determinada sociedade empresária

ao analisar um ativo de sua empresa, verificou os seguintes valores:

Com base nos dados acima a empresa deverá efetuar o seguinte lançamento contábil:

a) Débito: Conta de Resultado Perdas com desvalorização do imobilizado R$3.000,00.

Crédito: Ativo Não Circulante Imobilizado Perdas estimadas do imobilizado

R$3.000,00

b) Débito: Conta de Resultado Perdas com desvalorização do imobilizado R$4.000,00

Crédito: Ativo Não Circulante Imobilizado Perdas estimadas do imobilizado

R$4.000,00.

c) Débito: Ativo Não Circulante Imobilizado Ganhos estimados do imobilizado

$4.000,00

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Crédito: Conta de Resultado Ganhos com valorização do imobilizado R$4.000,00.

d) Débito: Ativo Não Circulante Imobilizado Ganhos estimados do imobilizado

R$3.000,00

Crédito: Conta de Resultado Ganhos com valorização do imobilizado R$3.000,00.

e) Débito: Conta de Resultado Perdas com desvalorização do imobilizado

R$1.000,00

Crédito: Ativo Não Circulante Imobilizado Perdas estimadas do imobilizado

R$1.000,00.

Letra a.

Para aplicar o teste de recuperabilidade, devemos executar as seguintes eta-

pas:

1 – Determinar o valor contábil líquido do bem;

2 – Determinar o maior valor recuperável do bem;

3 – Comparação entre o valor contábil e o maior valor recuperável.

Valor contábil = 20.000

Valor recuperável = 17.000

Como o valor contábil é maior que o maior valor realizável, a empresa deverá

reconhecer uma perda por desvalorização de $3.000.

O registro é:

D – Despesa com desvalorização =resultado

C – Estimativa para desvalorização de ativo – 3.000 = redutora do ANC imobi-

lizado.

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Questão 18    (IBFC/SES-PR/TÉCNICO CONTÁBIL/2017) A Norma Brasileira de

Contabilidade TG 01 (R3), que trata da redução ao valor recuperável de ativos,

define valor recuperável como o:

a) Maior valor entre o valor justo líquido de despesas de venda de um ativo ou de

unidade geradora de caixa e o seu valor em uso.

b) Menor valor entre o valor justo líquido de despesas de venda de um ativo ou de

unidade geradora de caixa e o seu valor em uso.

c) Maior valor entre o valor justo líquido de despesas de venda de um passivo ou

de unidade geradora de caixa e o seu valor que não está em uso.

d) Maior valor entre o valor bruto de receitas de venda de um ativo.

Letra a.

Questão conceitual simples.

Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior montante

entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso.

Questão 19    (IESES/GÁSBRASILIANO/CONTADOR/2017) Com relação a mensu-

ração do valor recuperável indique as afirmações corretas:

I – Nem sempre é necessário determinar o valor justo líquido de despesas de ven-

da de um ativo e seu valor em uso. Se qualquer um desses montantes exceder o

valor contábil do ativo, este não tem desvalorização e, portanto, não é necessário

estimar o outro valor.

II – Se não há razão para acreditar que o valor em uso de um ativo exceda mate-

rialmente seu valor contábil, o valor justo líquido de despesas de venda do ativo

pode ser considerado como seu valor justo líquido.

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III – A melhor evidência do valor justo líquido de despesas de venda de um ativo

é o preço de contrato de venda firme em transação em bases comutativas, entre

partes conhecedoras e interessadas, ajustado por despesas adicionais que seriam

diretamente atribuíveis à venda do ativo.

a) Apenas a afirmação III está correta.

b) Apenas as afirmações II e III estão corretas.

c) Apenas as afirmações I e III estão corretas.

d) Todas as afirmações estão corretas.

Letra c.

O CPC 01 R1 trata dos assuntos nos seguintes itens:

19. Nem sempre é necessário determinar o valor justo líquido de despesas de venda de
um ativo e seu valor em uso. Se qualquer um desses montantes exceder o valor contá-
bil do ativo, este não tem desvalorização e, portanto, não é necessário estimar o outro
valor.
20. É possível mensurar o valor justo líquido de despesas de alienação, mesmo que não
haja preço cotado em mercado ativo para ativo idêntico. Entretanto, algumas vezes não
é possível mensurar o valor justo líquido de despesas de alienação porque não há base
para se fazer estimativa confiável do preço pelo qual uma transação ordenada para a
venda do ativo ocorreria entre participantes do mercado na data de mensuração sob
condições atuais de mercado. Nesse caso, o valor em uso pode ser utilizado como seu
valor recuperável. (Alterado pela Revisão CPC 03)
21. Se não há razão para acreditar que o valor em uso de um ativo exceda material-
mente seu valor justo líquido de despesas de venda, o valor justo líquido de despesas
de venda do ativo pode ser considerado como seu valor recuperável. Esse será fre-
quentemente o caso para um ativo que é mantido para alienação. Isso ocorre porque o
valor em uso de ativo mantido para alienação corresponderá principalmente às receitas
líquidas da baixa, uma vez que os futuros fluxos de caixa do uso contínuo do ativo, até
sua baixa, provavelmente serão irrisórios.

Com base no exposto no CPC, podemos inferir que somente está errado o item II,

pois o valor justo líquido será considerado o valor recuperável.

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Questão 20    (FCM/IF-BAIANO/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2017) A empresa

GGX Mineração adquiriu o controle acionário da Empresa Mineradora do Sul da

Bahia. Na oportunidade, foi reconhecido um Goodwill por expectativa de benefício

econômico futuro, com vida útil indefinida de 50 milhões de reais. No levantamento

do balanço no ano subsequente, o profissional de contabilidade responsável reali-

zou o teste de recuperabilidade deste intangível (Goodwill) e constatou que o seu

Valor em Uso estimado, a partir do Fluxo de Caixa Descontado (FCD), era de R$ 45

milhões, sendo o valor de mercado de R$ 55 milhões. Diante dessas informações,

no ano subsequente, a empresa GGX deverá

a) reconhecer uma amortização de 5 milhões.

b) reconhecer um ganho por impairment de 5 milhões.

c) reconhecer uma perda por impairment de 5 milhões.

d) reconhecer uma reversão de amortização de 5 milhões.

e) não reconhecer ganho/perda por impairment e manter o Goodwill por 50 milhões.

Letra e.

Goodwill é o ágio pago por expectativa futura, ele não sofre amortização, mas de-

verá ter seu valor recuperável avaliado anualmente, independentemente de indica-

ções internas ou externas.

O processo de avaliação é o mesmo para os demais ativos.

Valor contábil = 50 milhões

Valor em uso = 45 milhões

Valor justo líquido = 55 milhões

Note que o maior valor realizável é maior que o valor contábil, assim a empresa não

precisará registrar nada.

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Questão 21    (UFU-MG/UFU-MG/CONTADOR/2017) A Cia. Contador, ao analisar um


determinado ativo, identifica as seguintes características:
Valor Líquido de Venda R$ 2.550
Valor em Uso R$ 2.500
Valor Contábil Bruto R$ 4.000
Depreciações Acumuladas R$ 1.000
Perda Estimada em Valor Não Recuperável R$ 300
Assinale a alternativa que representa a perda por redução ao valor recuperável
em R$.
a) 1.300.
b) 150.
c) 500.
d) 300.

Letra b.
Para aplicar o teste de recuperabilidade, devemos executar as seguintes etapas:
1 – Determinar o valor contábil líquido do bem;
2 – Determinar o maior valor recuperável do bem;
3 – Comparação entre o valor contábil e o maior valor recuperável.
Valor contábil = $ 2.700
Valor contábil bruto R$ 4.000
Depreciações acumuladas R$1.000
Perda estimada em valor não recuperável R$ 300
Valor recuperável = 2.550
Valor líquido de venda R$ 2.550
Valor em uso R$ 2.500

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Como o valor contábil é maior que o maior valor recuperável, a empresa deverá
registrar uma nova perda de $150.

Questão 22    (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR/PERITO CONTÁBIL/2017) Conforme

a Norma Brasileira de Contabilidade (NBC TG 01 (R3)) que versa sobre a Redução

ao Valor Recuperável de Ativos, assinale a alternativa incorreta.

a) Valor depreciável, amortizável e exaurível é o custo de um ativo, ou outra base

que substitua o custo nas demonstrações contábeis, menos seu valor residual.

b) Depreciação, amortização e exaustão é a alocação sistemática do valor depreci-

ável, amortizável e exaurível de ativos durante sua vida útil.

c) Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou

de unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.

d) Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem

advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa.

e) Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior ou

menor montante entre o seu valor justo bruto de despesa de venda e o seu valor

em uso.

Letra e.

A única assertiva errada é a letra “e”, pois o valor recuperável é o MAIOR VALOR

entre o valor realizável pelo uso ou o valor realizável pela venda, livre de todos os

custos relacionados.

Os conceitos apresentados pelo CPC 01 R1 são:

• Valor contábil é o montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço

depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão

acumulada e ajuste para perdas.

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• Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que

gera entradas de caixa, entradas essas que são em grande parte independen-

tes das entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.

• Ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade

futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos

de caixa futuros tanto da unidade geradora de caixa sob revisão quanto de

outras unidades geradoras de caixa.

• Despesas de venda ou de baixa são despesas incrementais diretamente

atribuíveis à venda ou à baixa de um ativo ou de uma unidade geradora de cai-

xa, excluindo as despesas financeiras e de impostos sobre o resultado gerado.

• Valor depreciável, amortizável e exaurível é o custo de um ativo, ou ou-

tra base que substitua o custo nas demonstrações contábeis, menos seu valor

residual.

• Depreciação, amortização e exaustão é a alocação sistemática do valor

depreciável, amortizável e exaurível de ativos durante sua vida útil.

• Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria

pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre

participantes do mercado na data de mensuração.

• Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um

ativo ou de unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.

• Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o

maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu

valor em uso.

• Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que

devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa.

• Vida útil é:

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− o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar um ativo;

− o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a en-

tidade espera obter do ativo.

Questão 23    (AOCP/COLÉGIO DOM PEDRO II/CONTADOR/2014) De acordo com o

CPC 01 (R1), item 6, o que é o valor estimado que a entidade obteria com a venda

do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a

idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil?

a) Ativos corporativos.

b) Valor residual.

c) Perda por desvalorização.

d) Valor recuperável.

e) Vida útil.

Letra b.

Valor residual é o montante que a empresa espera obter pela alienação de um bem

após o seu uso. O valor é excluído na base de cálculo da depreciação.

Analise a situação hipotética a seguir.

Questão 24    (FUNDEP/CRM-MG/CONTADOR/2018) A empresa OVITIS Ltda. adqui-

riu em 2 de abril de 2015 uma aeronave por R$ 2.000.000,00. Sabe-se que as duas

turbinas representam 45% do custo total, possuindo uma vida útil de 10 anos e

valor residual de R$ 100.000,00. A estrutura da aeronave possui uma vida útil de

20 anos e valor residual de R$ 100.000,00.

Considerando essa situação, assinale a alternativa CORRETA.

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a) A depreciação acumulada em 2016 foi de R$ 227.500,00.

b) A despesa de depreciação em 2015 foi de R$ 130.000,00.

c) A despesa de depreciação das turbinas em 2015 foi de R$ 80.000,00.

d) A despesa de depreciação das turbinas em 2016 foi de R$ 50.000,00.

Letra a.

Para responder à questão, é necessário calcular a depreciação acumulada da aero-

nave e das turbinas separadamente.

1) Aeronave: valor contábil 1.100.000

Depreciação anual = (Valor do Bem – Valor residual) / vida útil

DA = (1.100.000 – 100.000) / 20 anos

DA = 50.000 ao ano

Depreciação acumulada = 87.500,

2015 = 9 meses = 37.500

2016 = 12 meses = 50.000

2) Turbinas: valor contábil 900.000

Depreciação anual = (Valor do Bem – Valor residual) / vida útil

DA = (900.000 – 100.000) / 10 anos

DA = 80.000 ao ano

Depreciação acumulada = 140.000

2015 = 9 meses = 60.000

2016 = 12 meses = 80.000

Com base nos dados, a depreciação acumulada em 2016 é de $ 227.500,00

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Questão 25    (FUNDATEC/SEFAZ-RS/AFTE/2014) De Uma máquina registrada no

ativo imobilizado da Companhia Mega foi adquirida, em 31 de dezembro de 2012,

por R$ 1.200.000,00. Em 31 de dezembro de 2013, o saldo da depreciação acumu-

lada referente a essa máquina era de R$ 120.000,00, enquanto o valor justo recu-

perável líquido, apontado por uma empresa de avaliação, era de R$ 1.120.000,00.

Com base nesses dados, o auditor conclui que o valor contábil líquido desse bem,

em 31 de dezembro de 2013, é de:

a) R$ 1.120.000,00, devendo ser feito um ajuste ao valor contábil líquido de R$

40.000,00.

b) R$ 1.200.000,00, devendo ser feito um ajuste ao valor contábil líquido de R$

80.000,00.

c) R$ 1.080.000,00, não devendo ser feito qualquer ajuste ao valor contábil líquido.

d) R$ 1.120.000,00, não devendo ser feito qualquer ajuste ao valor contábil

líquido.

e) R$ 960.000,00, devendo ser feito um ajuste ao valor contábil líquido de R$

120.000,00.

Letra c.

A questão trata do teste de recuperabilidade. Para responder, aplique a teoria clau-

diana:

1 – Valor contábil;

2 – Valor realizável;

3 – Comparação entre o valor contábil e o maior valor realizável.

1 – Valor contábil = 1.080.000

Máquina – 1.200.000

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Depreciação acumulada – (120.000)

2 – Valor realizável = 1.120.000

3 – Comparação = quando o valor contábil for menor que o valor realizável, não há

a necessidade de efetuar registro.

Prezado(a), comentarei 40 questões de provas anteriores, as primeiras são da

banca Cespe e as últimas são da FCC.

Meus comentários são objetivos e diretos, pois pretendo com isso ajudá-lo (a)

a fixar o assunto e não dar uma aula em cada questão.

A identificação das questões é na seguinte ordem: banca, órgão, cargo e ano

do concurso.

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QUESTÕES DE CONCURSO

Cada um dos próximos itens apresenta uma situação hipotética seguida de uma

assertiva a ser julgada em relação ao reconhecimento e à mensuração contábil, de

acordo com os pronunciamentos contábeis emitidos pelo Comitê de Pronunciamen-

tos Contábeis.

Questão 1    (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) Após cinco anos de uso, foi realizada

a venda de determinado bem imobilizado pelo valor de R$ 400.000, para recebi-

mento após um ano da data da venda. A empresa considera que 6,5 % a.a. é uma

taxa de juros livre de riscos adequada para mensurar o ajuste em valor presente.

Nessa situação, no momento da venda, o ajuste em valor presente é igual a R$

26.000.

Julgue o item seguinte, relativo ao conceito e à forma de avaliação de itens patri-

moniais.

Questão 2    (CESPE/MPOG/CONTADOR/2015) O teste de recuperabilidade, tam-

bém chamado de impairment, define que o valor recuperável de um ativo é o me-

nor número absoluto entre o valor justo, líquido de despesas de venda, e o seu

valor de uso.

Com relação às características e à forma de apresentação das demonstrações con-

tábeis, julgue o item a seguir.

Situação hipotética: Ao final de 2014, determinada companhia estimou o valor

em uso do seu imobilizado em R$ 2 milhões e o valor líquido de venda em R$ 1,7

milhão. Na mesma data, o valor contábil líquido desse imobilizado era de R$ 1,5

milhão.

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Questão 3    (CESPE/TCU/AFCE/2015) Assertiva: Nesse caso, a companhia deve

fazer um lançamento contábil para redução ao valor recuperável, cujo débito será

em conta de resultado, resultando em redução da situação líquida da companhia.

O próximo item apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser

julgada em relação ao reconhecimento e à mensuração contábil, de acordo com os

pronunciamentos contábeis emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis.

Questão 4    (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) A vida útil de determinado ativo in-

tangível foi considerada indefinida, pois, com base na análise dos fatos relevantes,

não foi possível prever um período durante o qual seriam gerados fluxos de caixa

líquidos positivos para a empresa. Nessa situação, o impairment test deve ser apli-

cado anualmente a esse intangível.

Questão 5    (CESPE/TRE-BA/CONTADOR/2017) O pronunciamento técnico do Co-

mitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) que trata da redução ao valor recuperá-

vel de ativo estabelece que as empresas avaliem, ao fim de cada período de reporte

contábil, se existe indicação de que um ativo possa ter sofrido alguma espécie de

desvalorização. Considerando-se essas informações, é correto afirmar que a redu-

ção do valor contábil de um ativo ocorrerá quando

a) o valor contábil do patrimônio líquido da empresa for inferior ao valor de suas

ações no mercado de bolsa.

b) o valor de mercado do ativo cair, como resultado do seu uso, em condições nor-

mais, pela empresa.

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c) um ativo cuja vida útil tenha sido inicialmente considerada indefinida passar por

nova avaliação que constate que a sua vida útil é de fato finita.

d) o relatório interno da empresa indicar que o desempenho econômico do ativo

permanecerá dentro do esperado.

e) as taxas de juros de mercado, que servem de base para o cálculo da taxa de

desconto utilizada pela empresa para fins de cálculo do valor em uso de um ativo,

sofrerem redução significativa de valor durante o período.

Questão 6    (CESPE/TRT 7ª/CONTADOR/2017) Determinada empresa adquiriu um

equipamento produtivo, com vida útil estimada de dez anos, pelo valor de R$ 250

mil. A empresa trabalha com um valor residual de 10% para todos os seus ativos

produtivos. Ao final do quinto ano de uso, após apurada e contabilizada a depre-

ciação correspondente de todos os ativos da empresa, avaliou-se o valor em uso

do referido equipamento produtivo em R$ 125 mil, e o seu valor justo, líquido das

despesas de venda, em R$ 135 mil.

Nessa situação hipotética, a empresa deverá reconhecer uma perda por desvalori-

zação do equipamento no valor de

a) R$ 2,5 mil.

b) R$ 10,0 mil.

c) R$ 12,5 mil.

d) R$ 22,5 mil.

O processo de mensuração consiste em determinar os valores pelos quais os ele-

mentos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados nes-

tas. A respeito das bases de mensuração de ativos e passivos, julgue o item que

se segue.

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Questão 7    (CESPE/SLU/CONTADOR/2019) A amortização de ativo intangível

com vida útil indefinida será iniciada quando o mesmo estiver disponível para uso.

Questão 8    (CESPE/SEFAZ-RS/AFRE/2019) Determinado clube brasileiro de fu-

tebol adquiriu, por R$ 20 milhões, o passe de um jogador uruguaio, de um clube

uruguaio de futebol. Imediatamente após a aquisição, o clube brasileiro recebeu

uma proposta de um clube argentino para a compra do passe desse jogador uru-

guaio por R$ 40 milhões.

Nessa situação, assinale a opção correta quanto à contabilidade do clube brasilei-

ro, no que se refere ao passe do jogador uruguaio.

a) Por ocasião da aquisição do passe do jogador, o clube brasileiro deverá regis-

trá-lo como um ativo imobilizado, pelo seu custo, e realizar sua depreciação ao

longo do tempo de vida útil estimado, não tendo a proposta do time argentino

qualquer influência contábil.

b) Quando do recebimento da proposta do clube argentino, o clube brasileiro

deverá registrá-lo como investimento, pelo valor de R$ 20 milhões, e apurar a

valorização desse investimento, pelo seu valor de mercado.

c) O clube brasileiro deverá reconhecer, a custo histórico, um intangível, absten-

do-se de qualquer procedimento quanto à proposta recebida do clube argentino.

d) O clube brasileiro deverá registrá-lo como estoque, pelo seu valor justo de R$

40 milhões.

e) O clube brasileiro deverá registrar um ativo realizável em longo prazo, no valor

de R$ 20 milhões.

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Questão 9    (CESPE/SEFAZ-RS/AFRE/2019) O imobilizado de certa empresa é

composto pelos ativos A e B. Os dados contábeis relativos a esses ativos, em R$,

estão apresentados a seguir.

Em razão de cenário macroeconômico recessivo, a empresa resolveu realizar o tes-

te de recuperabilidade desses ativos, tendo constatado as informações presentes

na seguinte tabela (valores em R$).

Nessas condições, o procedimento contábil necessário é

a) constituir R$ 1.500 para perda de recuperabilidade do ativo A, baixar toda a

perda relativa ao ativo B e baixar mais R$ 5.000 de sua depreciação.

b) constituir mais R$ 8.500 em perda por valor não recuperável, dos quais R$

3.500 sejam relativos ao ativo A e R$ 5.000, relativos ao ativo B.

c) reverter toda a perda por valor não recuperável do ativo B e registrar perda de

R$ 1.500 para o ativo A.

d) manter os saldos atuais, pois eles já refletem o valor recuperável dos ativos.

e) registrar R$ 3.500 por perda de recuperabilidade do ativo A.

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Com referência à mensuração da redução ao valor recuperável de ativos, a incorpo-

ração de entidades, a retificação de erros e ao reconhecimento de receitas, julgue

o seguinte item.

Situação hipotética: O valor em uso de um imóvel de valor contábil líquido igual a

R$ 250 mil foi avaliado em R$ 200 mil, e o valor justo desse mesmo imóvel, dedu-

zido das despesas de venda, foi estimado em R$ 235 mil.

Questão 10    (CESPE/SLU-DF/CONTADOR/2019) Assertiva: O valor contábil desse

imóvel deverá ser reduzido em R$ 15 mil, por meio da contabilização da despesa

correspondente ou, se for o caso, pela diminuição do saldo da reavaliação realizada.

Julgue o item seguinte, com base nos pronunciamentos técnicos do Comitê de Pro-

nunciamentos Contábeis (CPC).

Questão 11    (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) Ao realizar o teste de valor recupe-

rável de um ativo, uma entidade deve reconhecer um ganho sempre que o valor

contábil desse ativo estiver maior do que o seu valor recuperável.

Relativamente aos procedimentos de mensuração e avaliação de itens patrimo-

niais, de acordo com os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contá-

beis (CPC), julgue o item subsequente.

Questão 12    (CESPE/EMAP/AUDITORIA INTERNA/2018) O impairment test dos

ativos intangíveis com vida útil indefinida deve ser realizado anualmente, mesmo

que não haja indícios de que possa ter havido perda da recuperabilidade de seu

valor.

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No que se refere a avaliação e mensuração dos itens do ativo imobilizado, julgue o

item subsequente.

Questão 13    (CESPE/EBSERH/CONTADOR/2018) A constatação de que o valor de

mercado das ações de uma empresa é inferior ao seu valor patrimonial é um indi-

cativo externo de que seus ativos podem estar sobreavaliados, sinalizando a ne-

cessidade de realização de testes de recuperabilidade do valor patrimonial desses

ativos.

Julgue o item a seguir, a respeito da composição e das variações do patrimônio pú-

blico e da mensuração dos seus elementos.

Questão 14    (CESPE/EBSERH/CONTADOR/2018) Um ativo imobilizado ou intan-

gível pode ter seu valor contábil aumentado em função de teste de imparidade,

desde que esse aumento configure reversão de uma perda por irrecuperabilidade

reconhecida anteriormente e até o limite do valor contábil que ele teria se nenhuma

perda por irrecuperabilidade tivesse sido reconhecida.

Questão 15    (CESPE/TRE-BA/CONTADOR/2017) Conforme o Pronunciamento CPC

46, na mensuração do valor justo de um ativo, deve-se garantir que

a) a negociação do ativo seja realizada em uma transação não forçada entre os

participantes do mercado — principal ou o mais vantajoso — de venda do ativo.

b) a entidade seja capaz de vender o ativo na data de mensuração realizada no

mercado principal, sob pena de invalidação do fato contábil.

c) o valor justo, ou seja, o valor que seria recebido pela venda de um ativo seja

contabilizado após a transação e corresponda ao preço que seria pago pela entida-

de para reposição.

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d) a entidade tenha observado as restrições para a venda ou o uso do ativo, des-

considerando, nessa situação, características relacionadas à condição e à localiza-

ção do ativo.

e) o ativo a ser mensurado ao valor justo seja um ativo individual, e não um grupo

de ativos, como, por exemplo, uma unidade geradora de caixa.

Questão 16    (CESPE/TRT 7ª/CONTADOR/2017) Uma loja estava ofertando uma

máquina de lavar e secar roupas por determinado preço, que poderia ser parcelado

em quatro vezes iguais e sem acréscimo. Se o cliente pagasse à vista, teria um

desconto de 10% sobre o valor anunciado. Um cliente, ao  certificar-se das con-

dições de venda nessa loja, dirigiu-se a outras lojas, a fim de conferir o preço do

bem, e constatou que, nessas outras lojas, o preço à vista era igual ao preço com

desconto de 10% que estava sendo oferecido pela primeira loja.

Nessa situação hipotética, o preço do bem com 10% de desconto corresponde ao

a) custo corrente.

b) valor presente.

c) valor justo.

d) valor realizável.

Questão 17    (CESPE/TRE-TO/CONTADOR/2017) O gerente comercial de uma em-

presa, querendo informações acerca do estoque de mercadorias, recorre ao seu

contador a fim de obter respostas para as seguintes questões:

I  – Quanto de recursos financeiros será necessário para a empresa repor os

estoques?

II – Quanto gastou a empresa para adquirir os bens que se encontram atualmente

em estoque?

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III – Quanto arrecadaria a empresa com a venda ordenada dos seus estoques?

IV – Quanto teria a empresa de desembolsar caso queira quitar hoje a dívida de

longo prazo que tem com os seus fornecedores de mercadorias?

A partir dessa situação hipotética, assinale a opção que apresenta, na ordem em

que aparecem, as bases de mensuração que o contador deve observar para res-

ponder cada questionamento, considerando o disposto na estrutura conceitual para

elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro, emitida pelo CPC.

a) custo corrente; custo histórico corrigido; valor presente; valor justo.

b) custo corrente; custo histórico; valor realizável; valor presente.

c) custo histórico corrigido; custo corrente; equivalente corrente de caixa; valor

presente.

d) valor realizável; custo histórico; custo corrente; valor presente.

e) valor realizável; custo histórico; valor justo; valor de liquidação.

Julgue o item a seguir, com relação aos fatos descritos e seus efeitos nas demons-

trações contábeis, elaboradas conforme a Lei n. 6.404/1976 (e alterações poste-

riores) e os pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis

(CPC).

Questão 18    (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) O valor das receitas de vendas a

prazo que ainda não tenha sido recebido quando da elaboração da demonstração

do resultado do exercício será evidenciado juntamente com o valor das demais re-

ceitas, em decorrência do princípio da competência.

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Cada um dos próximos itens apresenta uma situação hipotética seguida de uma

assertiva a ser julgada em relação ao reconhecimento e à mensuração contábil, de

acordo com os pronunciamentos contábeis emitidos pelo Comitê de Pronunciamen-

tos Contábeis.

Questão 19    (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) Após cinco anos de uso, foi realizada

a venda de determinado bem imobilizado pelo valor de R$ 400.000, para recebi-

mento após um ano da data da venda. A empresa considera que 6,5 % a.a. é uma

taxa de juros livre de riscos adequada para mensurar o ajuste em valor presente.

Nessa situação, no momento da venda, o ajuste em valor presente é igual a R$

26.000.

Julgue os itens seguintes à luz dos pronunciamentos técnicos e das interpretações

do CPC.

Questão 20    (CESPE/TJ-SE/CONTADOR/2104) No cálculo do valor presente de

ativos ou passivos, utiliza-se a taxa de desconto antes dos impostos.

Com base no pronunciamento técnico de ajuste a valor presente, do CPC, julgue o

item subsequente

Questão 21    (CESPE/CADE/CONTADOR/2014) Quando houver efeito relevante,

os itens do ativo e do passivo decorrentes de operações de curto prazo devem ser

ajustados a valor presente.

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Julgue os itens subsequentes, a respeito de passivos de companhias abertas.

Questão 22    (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/CONTADOR/2014) Passivos monetários

que apresentem juros implícitos embutidos no seu valor devem ser avaliados a va-

lor presente por ocasião do seu reconhecimento inicial.

Questão 23    (FCC/TRE-SP/CONTADOR/2017) A empresa Tudo em Cima S. A., em

01/12/2016, realizou uma venda no valor de R$ 240.000,00. A condição de recebi-

mento da venda acordada foi R$ 120.000,00 à vista e o restante (R$ 120.000,00)

para ser recebido em 31/05/2018. Esta transação foi realizada nestas condições a

pedido do cliente, uma vez que o prazo, normalmente, concedido pela empresa é

de 60 dias. Sabe-se que se o cliente efetuasse a compra à vista, ele teria pagado

o montante total de R$ 220.000,00. Em 31/12/2016, o valor equivalente à vista

que seria recebido do cliente era R$ 101.000,00. Com base nestas informações, no

mês de dezembro de 2016, a empresa reconheceu, em reais, Receita de Venda de

a) 220.000,00.

b) 240.000,00.

c) 221.000,00.

d) 220.000,00 e receita financeira de 1.000,00.

e) 240.000,00 e despesa financeira de 1.000,00.

Questão 24    (FCC/TCM-RJ/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/2015) Um lote de mer-

cadorias para comercialização foi adquirido a prazo em 30/09/2014 pelo valor de

R$ 1.900.000,00, para pagamento em dezembro de 2015. Se a compra fosse re-

alizada à vista, o preço de aquisição teria sido R$ 1.200.000,00. No mês de ou-

tubro de 2014 a empresa realizou a venda de 70% dessas mercadorias pelo valor

de R$ 1.500.000,00, para recebimento em novembro de 2015. Se a venda das

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mercadorias tivesse sido feita à vista o preço de venda seria R$ 1.000.000,00.

Em 31/12/2014 o valor que a empresa deveria pagar para o fornecedor era R$

1.250.000,00 e o valor que seria cobrado do cliente era R$ 1.300.000,00.

Nesse caso, a empresa reconheceu, no resultado de 2014, Resultado Bruto com

Vendas no valor de

a) R$ 170.000,00.

b) R$ 660.000,00 e Despesa Financeira = R$ 50.000,00, apenas.

c) R$ 160.000,00; Receita Financeira = R$ 300.000,00 e Despesa Financeira = R$

50.000,00.

d) R$ 330.000,00 (prejuízo) e Receita Financeira = R$ 300.000,00, apenas.

e) R$ 160.000,00, apenas.

Questão 25    (FCC/TRT 4ª/CONTADOR/2012) Em relação ao ajuste a valor presen-

te, é correto afirmar:

a) As reversões dos ajustes a valor presente decorrentes de financiamentos feitos

a clientes que a empresa entende que faz parte de suas atividades operacionais

devem ser apropriadas como receita operacional.


b) As contas de ativos e passivos circulantes, sempre que indexadas, devem ser trazi-

das a valor presente e ajustadas contra a conta que originou o lançamento inicial.

c) Os impostos diferidos, ativos e passivos, devem ser trazidos a valor presente

pela taxa selic, independentemente de serem de curto ou longo prazo.

d) Os passivos contratuais e não contratuais devem sempre ser trazidos a valor

presente, desde que a taxa de desconto não considere o risco de crédito, mas sim

a taxa embutida no papel.

e) A taxa a ser utilizada para trazer os montantes a valor presente deve sem-

pre ser líquida dos efeitos fiscais, para não atribuir valor superior ao realizável

efetivamente.

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Questão 26    (FCC/MPE-MA/CONTADOR/2013) Uma das possíveis taxas a ser uti-

lizada para realização do ajuste a valor presente de ativos e passivos é a taxa

a) do custo médio de capital ponderado, líquida dos efeitos fiscais.

b) interna de inflação, após o imposto de renda e contribuição social.

c) de indexação dos impostos, para ajuste de todos os tributos a compensar.

d) da transação efetuada, antes dos efeitos fiscais.

e) do custo financeiro dos empréstimos de longo prazo, combinado com a inflação

interna.

Questão 27    (FCC/PREFEITURA DE SP/AUDITOR-FISCAL/2012) O auditor da em-

presa Omega S.A. constatou que os valores registrados em Contas a Receber no

Circulante tinham seus valores ajustados a valor presente e que os valores regis-

trados em Contas a Receber, no Não Circulante, apresentavam os seus valores sem

o ajuste a valor presente. Essa situação poderia ser validada pelo auditor

a) se as vendas registradas no curto prazo forem feitas com as mesmas condições

de venda à vista e no longo prazo as vendas não causarem ajustes relevantes.

b) visto que as contas a receber registradas no Circulante devem ser sempre ajus-

tadas a valor presente e as registradas no Não Circulante não podem ser ajustadas.

c) se as contas a receber no Circulante e no Não Circulante possuírem encargos

financeiros embutidos que gerem ajustes significativos.

d) visto que não há regra para realização do ajuste a valor presente, podendo a

entidade avaliar o impacto nas demonstrações contábeis.

e) se os valores registrados nas contas a receber forem significativos e os valores

registrados no Não Circulante não tiverem encargos financeiros embutidos.

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Questão 28    (FCC/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO-CONTABILIDADE/2017)

A Cia. de Concessões realizou, em 05/01/2017, uma venda no valor de R$

1.200.000,00, cujo valor será recebido integralmente em 31/01/2019. Sabe-se

que o prazo, normalmente, concedido pela empresa é de 50 dias e que, se a ven-

da tivesse sido à vista, seu valor total seria R$ 980.000,00 (valor presente). Com

base nestas informações, no momento da venda, a Cia. de Concessões reconheceu

receita de venda, em reais, de

a) 1.200.000,00.

b) 1.200.000,00 e ajuste a valor presente referente à conta de Clientes no valor

de R$ 220.000,00.

c) 980.000,00 e receita financeira no valor de R$ 220.000,00.

d) 1.200.000,00 e despesa financeira no valor de R$ 220.000,00.

e) 980.000,00.

Questão 29    (FCC/TRE-CE/CONTADOR/2013) A Empresa Aviamento S.A possui

em seus passivos fornecedores que financiaram Bens de Capital à empresa em

quatro anos. A empresa produz máquinas de costura e para viabilizar seus clientes

tem como política de vendas, oferecer a seus clientes prazos de 360, 720 e 900

dias, com juros pré-fixados de 30% a.a.. Há em sua carteira de clientes operações

com todos os prazos, dessa forma pode-se afirmar que de acordo com as leis e

normas contábeis vigentes, que

a) as transações de curto prazo podem ser ajustadas se o ajuste a valor presente

for relevante e as de longo prazo devem ser ajustados obrigatoriamente.

b) é opcional o reconhecimento do ajuste a valor presente, uma vez que as opera-

ções são de longo prazo afetando os resultados durante um longo tempo.

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c) somente as operações com prazo de 360 dias devem ser ajustadas a valor pre-

sente, uma vez que geram maior volume de juros nas operações.

d) todas as operações devem obrigatoriamente ser ajustadas por conterem juros

embutidos, independente da relevância do ajuste.

e) não há necessidade de efetuar o ajuste a valor presente, uma vez que os juros já

foram reconhecidos e estão embutidos nas vendas efetuadas e nos financiamentos.

Questão 30    (FCC/DPE-RS/CONTADOR/2017) A Cia. Industrial possuía, em

31/12/2016, um ativo intangível com vida útil indefinida. Os valores evidenciados

para este ativo, nesta data, são apresentados a seguir:

Custo de aquisição R$ 800.000,00

(−) Ajuste por “impairment” (calculada em 2015) (R$ 300.000,00)

(=) Valor contábil do ativo R$ 500.000,00

Ao realizar o teste de redução ao valor recuperável de ativos (teste de “impairment”),

a Cia. obteve as seguintes informações a respeito desse ativo em 31/12/2016:

Valor em uso R$ 650.000,00

Valor justo líquido das despesas de venda R$ 550.000,00

O valor contábil apresentado no Balanço Patrimonial de 31/12/2016 para este ativo

foi, em reais,

a) 600.000,00.

b) 650.000,00.

c) 550.000,00.

d) 500.000,00.

e) 800.000,00.

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Questão 31    (FCC/ARTESP/CONTADOR/2017) A empresa Ferro e Fogo S.A. pos-

suía, em 31/12/2016, em seu ativo imobilizado, uma Máquina Xtreme especia-

lizada em derretimento de níquel utilizada na produção de ligas de aço, com os

seguintes saldos:

Ao elaborar as Demonstrações Contábeis referentes ao ano de 2016, a empresa

Ferro e Fogo S. A.

a) não fez nenhum ajuste (não reconheceu perda por impairment).

b) reconheceu uma perda por desvalorização no valor de R$ 100.000,00.

c) reconheceu uma perda por desvalorização no valor de R$ 200.000,00.

d) reconheceu uma perda por desvalorização no valor de R$ 300.000,00.

e) reconheceu uma perda por desvalorização no valor de R$ 400.000,00.

Questão 32    (FCC/AL-MS/CONTADOR/2016) A Cia. Só Ativos possuía, em

30/06/2016, uma patente classificada como ativo Intangível com vida útil indefini-

da cujo valor contábil era R$ 1.300.000,00, o qual era composto por:

Custo de aquisição R$ 1.500.000,00.

Perda por desvalorização (reconhecida em junho 2015) R$ 200.000,00.

Em junho de 2016, a Cia. realizou o teste de recuperabilidade do Ativo e obteve as

seguintes informações:

Valor em uso R$ 1.550.000,00.

Valor justo líquido das despesas de venda R$ 1.280.000,00.

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Complementarmente, as evidências indicaram que a vida útil desse ativo continu-

ava indefinida. Com base nestas informações, a Cia. Só Ativos, em junho de 2016,

a) não fez qualquer registro.

b) reconheceu uma perda por desvalorização no valor de R$ 20.000,00.

c) reconheceu uma receita no valor de R$ 250.000,00.

d) reconheceu uma receita no valor de R$ 200.000,00.

e) reconheceu uma receita no valor de R$ 50.000,00.

Questão 33    (FCC/SEGEP-MA/AUDITOR-FISCAL/2016) Um equipamento foi ad-

quirido à vista por R$ 10.000.000,00 em 31/03/2015 e a empresa definiu sua vida

útil em 8 anos. O valor realizável líquido de despesa de venda do equipamento no

final do prazo de vida útil para a empresa foi estimado em R$ 4.000.000,00 e, para

fins fiscais, a vida útil é definida em 10 anos. No final do ano de 2015, a empresa

realizou o teste de redução ao valor recuperável para o equipamento (teste de im-

pairment) e os valores obtidos em 31/12/2015 para a realização do teste para o

equipamento foram:

− Valor justo líquido de despesa de venda = R$ 9.200.000,00

− Valor em uso = R$ 9.300.000,00

Sabendo-se que a empresa adota o método das quotas constantes para o cálculo

da despesa mensal de depreciação, o valor total que impactou negativamente o

resultado de 2015, exclusivamente em relação ao equipamento, foi, em reais:

a) 750.000,00.

b) 562.500,00.

c) 700.000,00.

d) 937.500,00.

e) 450.000,00.

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Questão 34    (FCC/PGE-RO/CONTADOR/2015) Um dos itens do Ativo Imobiliza-

do da Cia. Tribeta é um imóvel, com valor contábil líquido de R$ 4 milhões, com

50% de depreciação incorrida. Em decorrência de ocupações irregulares na região

onde se situa o imóvel, a entidade tem indícios de que o valor do imóvel não seja

totalmente recuperável. A Cia. Tribeta estimou que o uso do ativo vai gerar um

fluxo de caixa líquido de R$ 3,8 mihões. Em pesquisa conduzida com especialistas

imobiliários, a entidade conseguiria vender o imóvel por R$ 4 milhões, com custos

estimados de 10%.

Caso a Cia. Tribeta apurasse perda decorrente da situação apresentada no texto I,

o lançamento contábil para reconhecimento da perda seria:

a) D – Perdas por redução ao valor recuperável

C – Perdas acumuladas por redução ao valor recuperável.

b) D – Perdas acumuladas por redução ao valor recuperável

C – Perdas por redução ao valor recuperável.

c) D – Perdas por redução ao valor recuperável

C – Ajustes de Avaliação Patrimonial.

d) D – Outros resultados abrangentes

C – Perdas acumuladas por redução ao valor recuperável.

e) D – Perdas por redução ao valor recuperável

C – Outros resultados abrangentes.

Questão 35    (FCC/SABESP/CONTADOR/2018) Em 31/12/2015 uma empresa ad-

quiriu uma patente por R$ 10.000.000,00 e poderá explorá-la pelo prazo de 20

anos. No final do prazo de exploração a patente passa a ser de domínio público e,

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portanto, não terá valor residual para a empresa. No final do ano de 2016 a em-

presa realizou o teste de redução ao valor recuperável (teste de “impairment”) e

obteve as seguintes informações sobre a patente:

− Valor em uso da patente...................................R$ 8.750.000,00.

− Valor justo líquido das despesas de venda da patente R$ 8.000.000,00.

Na demonstração do resultado do ano de 2016, a empresa deveria

a) reconhecer uma despesa de amortização no valor de R$ 500.000,00 e uma per-

da por desvalorização no valor de R$ 750.000,00.

b) reconhecer uma despesa de amortização no valor de R$ 500.000,00 e uma per-

da por desvalorização no valor de R$ 1.500.000,00.

c) não reconhecer nenhuma despesa por se tratar de ativo intangível que não deve

ser amortizado.

d) reconhecer uma despesa de amortização no valor de R$ 500.000,00, apenas.

e) reconhecer uma perda por desvalorização no valor de R$ 1.250.000,00, apenas.

Questão 36    (FCC/TRT-2ª/CONTADOR/2018) A Cia. dos Direitos possuía, em

31/12/16, um ativo intangível com vida útil indefinida correspondente a ágio deri-

vado de expectativa de rentabilidade futura, cujo valor contábil era R$ 730.000,00

composto por:

• Custo de aquisição: R$ 880.000,00

• Perda por desvalorização reconhecida em 2016: R$ 150.000,00

Em 31/12/17, a Cia. realizou o teste de recuperabilidade do Ativo e obteve as se-

guintes informações:

• Valor em uso: R$ 900.000,00

• Valor justo líquido de despesas de venda: R$ 700.000,00

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Com base nas informações acima, a Cia. dos Direitos, em 31/12/17,

a) manteve o valor contábil de R$ 730.000,00.

b) reconheceu um ganho no valor de R$ 150.000,00.

c) reconheceu uma perda por desvalorização no valor de R$ 30.000,00.

d) reconheceu um ganho no valor de R$ 170.000,00.

e) reconheceu um ganho no valor de R$ 20.000,00.

Questão 37    (FCC/AL-GO/CONTADOR/2019) Suponha que uma empresa adquiriu

um bem corpóreo por arrendamento mercantil financeiro em 20X0. Considerando

os critérios de avaliação do ativo previstos na Lei n. 6.404/1976, em 20X1, o bem

será avaliado pelo

a) valor justo deduzido do saldo da depreciação.

b) menor valor entre o valor justo e o valor de aquisição.

c) custo de aquisição deduzido do saldo da conta de depreciação.

d) valor justo acrescido da correção monetária do período.

e) custo de aquisição, deduzidos os gastos necessários para poder-se efetivar a

compra e instalar o bem.

Questão 38    (FCC/SEFAZ-SC/AFRE/2018) Em 28/02/2017, a empresa Monta e

Desmonta comprou uma nova máquina no valor de R$ 160.000,00, à vista, com vida

útil econômica estimada de 5 anos e valor residual de R$ 10.000,00. Em 31/12/2017,

após utilizar a máquina por 10 meses, a empresa Monta e Desmonta reavaliou a

vida útil econômica remanescente da máquina em 40 meses e valor residual de R$

15.000,00. Em 31/10/2018, a empresa Monta e Desmonta decidiu vender esta má-

quina por R$ 130.000,00, à vista. Com base nessas informações, o resultado obtido

pela empresa Monta e Desmonta com a venda da máquina foi, em reais,

a) 5.000,00, de prejuízo.

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b) 5.000,00, de ganho.

c) 40.000,00, de ganho.

d) 25.000,00, de ganho.

e) 28.000,00, de ganho.

Questão 39    (FCC/SEFAZ-BA/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE INTERNO/2019)

Um equipamento foi adquirido à vista, em 30/06/2017, pelo custo total de R$

1.500.000,00. A empresa definiu sua vida útil em 8 anos, o valor líquido de ven-

da do equipamento no final do 8º ano foi estimado em R$ 660.000,00 e, para fins

fiscais, a vida útil é definida em 10 anos. A empresa adota o método das quotas

constantes para o cálculo da despesa mensal de depreciação. No final de 2018,

a empresa realizou o teste de redução ao valor recuperável para o equipamento

(Teste de impairment) e os valores obtidos, em 31/12/2018, para a realização des-

se teste foram os seguintes:

• Valor justo = R$ 1.300.000,00

• Valor em uso = R$ 1.325.000,00

O valor da despesa para redução ao valor recuperável (despesa por impairment)

registrado na Demonstração do Resultado de 2018 foi, em reais,

a) 42.500,00.

b) 122.500,00.

c) 17.500,00.

d) 147.500,00.

e) 175.000,00.

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Questão 40    (FCC/SEFAZ-BA/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE INTERNO/2019)

Uma patente foi adquirida em 31/12/2017 pelo valor total de R$ 30.000.000,00.

A patente poderá ser explorada pelo prazo de 20 anos e após tal período passará a

ser de domínio público. Em 31/12/2018, a empresa realizou o teste de redução ao

valor recuperável (Teste de impairment) utilizando-se das seguintes informações

sobre a patente:

• Valor em uso da patente: R$ 25.500.000,00.

• Valor justo da patente: R$ 24.000.000,00.

Na apuração do resultado do ano de 2018, a empresa

a) reconheceu uma despesa de amortização no valor de R$ 1.500.000,00 e uma

perda por desvalorização no valor de R$ 3.000.000,00.

b) reconheceu uma despesa de amortização no valor de R$ 1.500.000,00 e uma

perda por desvalorização no valor de R$ 4.500.000,00.

c) não reconheceu nenhuma despesa por se tratar de ativo intangível que não deve

ser amortizado.

d) reconheceu uma despesa de amortização no valor de R$ 1.500.000,00, apenas.

e) reconheceu uma perda por desvalorização no valor de R$ 4.500.000,00, apenas.

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GABARITO
1. E 25. a

2. E 26. d

3. E 27. e

4. C 28. e

5. c 29. a

6. a 30. b

7. E 31. b

8. c 32. d

9. c 33. c

10. c 34. a

11. E 35. a

12. C 36. a

13. C 37. c

14. C 38. d

15. a 39. c

16. c 40. a

17. b

18. C

19. E

20. C

21. C

22. C

23. d

24. c

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GABARITO COMENTADO

Cada um dos próximos itens apresenta uma situação hipotética seguida de uma

assertiva a ser julgada em relação ao reconhecimento e à mensuração contábil, de

acordo com os pronunciamentos contábeis emitidos pelo Comitê de Pronunciamen-

tos Contábeis.

Questão 1    (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) Após cinco anos de uso, foi realizada

a venda de determinado bem imobilizado pelo valor de R$ 400.000, para recebi-

mento após um ano da data da venda. A empresa considera que 6,5 % a.a. é uma

taxa de juros livre de riscos adequada para mensurar o ajuste em valor presente.

Nessa situação, no momento da venda, o ajuste em valor presente é igual a R$

26.000.

Errado.

O valor presente deve ser calculado considerando os elementos da equação de ju-

ros compostos.

• Valor futuro: 400.000

• Tempo = 1 ano

• Taxa de juros 6,5 % a/a = 0.065

Para encontrar o valor presente, basta aplicar a fórmula:

VP = VF / (1+i)n

VP = 400.000/(1+0,065)¹

VP = 375.585,85

Assim, o valor a ser ajustado será de 24.414,15

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Julgue o item seguinte, relativo ao conceito e à forma de avaliação de itens patri-

moniais.

Questão 2    (CESPE/MPOG/CONTADOR/2015) O teste de recuperabilidade, tam-

bém chamado de impairment, define que o valor recuperável de um ativo é o me-

nor número absoluto entre o valor justo, líquido de despesas de venda, e o seu

valor de uso.

Errado.

O teste de recuperabilidade é também chamado de impairment e o valor recuperá-

vel de um ativo é o MAIOR entre o valor justo e o seu valor de uso.

Com relação às características e à forma de apresentação das demonstrações con-

tábeis, julgue o item a seguir.

Situação hipotética: Ao final de 2014, determinada companhia estimou o valor

em uso do seu imobilizado em R$ 2 milhões e o valor líquido de venda em R$ 1,7

milhão. Na mesma data, o valor contábil líquido desse imobilizado era de R$ 1,5

milhão.

Questão 3    (CESPE/TCU/AFCE/2015) Assertiva: Nesse caso, a companhia deve

fazer um lançamento contábil para redução ao valor recuperável, cujo débito será

em conta de resultado, resultando em redução da situação líquida da companhia.

Errado.

Para aplicar o teste de recuperabilidade, devemos executar as seguintes etapas:

1 – Determinar o valor contábil líquido do bem;

2 – Determinar o maior valor recuperável do bem;

3 – Comparação entre o valor contábil e o maior valor recuperável.

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Valor contábil = 1.5 milhão

Valor em uso = 2 milhões

Valor justo = 1.7 milhão

Como o maior valor realizável é maior que o valor contábil, a empresa não precisa

registrar nada.

O próximo item apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser

julgada em relação ao reconhecimento e à mensuração contábil, de acordo com os

pronunciamentos contábeis emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis.

Questão 4    (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) A vida útil de determinado ativo in-

tangível foi considerada indefinida, pois, com base na análise dos fatos relevantes,

não foi possível prever um período durante o qual seriam gerados fluxos de caixa

líquidos positivos para a empresa. Nessa situação, o impairment test deve ser apli-

cado anualmente a esse intangível.

Certo.

A regra é a de que o teste de recuperabilidade deve ser feito anualmente, sendo

que, para ativos com vida útil definida, a empresa deve ver se existe algum indi-

cativo de desvalorização; entretanto, para ativos considerados com vida útil indefi-

nida, o teste deverá ser feito anualmente, independentemente de existir indicativo

de desvalorização.

Guarde o seguinte:

• Ativo imobilizado ou intangível com vida útil definida, a empresa faz o teste

de recuperabilidade, quando houver um indicativo de desvalorização, e calcu-

la a depreciação/amortização anual.

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• Ativo imobilizado ou intangível com vida útil indefinida a empresa faz somen-

te o teste de recuperabilidade anualmente e não calcula depreciação/amorti-

zação anual.

Questão 5    (CESPE/TRE-BA/CONTADOR/2017) O pronunciamento técnico do Co-

mitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) que trata da redução ao valor recuperá-

vel de ativo estabelece que as empresas avaliem, ao fim de cada período de reporte

contábil, se existe indicação de que um ativo possa ter sofrido alguma espécie de

desvalorização. Considerando-se essas informações, é correto afirmar que a redu-

ção do valor contábil de um ativo ocorrerá quando

a) o valor contábil do patrimônio líquido da empresa for inferior ao valor de suas

ações no mercado de bolsa.

b) o valor de mercado do ativo cair, como resultado do seu uso, em condições nor-

mais, pela empresa.

c) um ativo cuja vida útil tenha sido inicialmente considerada indefinida passar por

nova avaliação que constate que a sua vida útil é de fato finita.

d) o relatório interno da empresa indicar que o desempenho econômico do ativo

permanecerá dentro do esperado.

e) as taxas de juros de mercado, que servem de base para o cálculo da taxa de

desconto utilizada pela empresa para fins de cálculo do valor em uso de um ativo,

sofrerem redução significativa de valor durante o período.

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Letra c.

Questão literal; o pronunciamento CPC 01 (R1) estabelece que os fatores que afe-

tam a realização do ativo são os seguintes:

Fontes externas de informação


(a) há indicações observáveis de que o valor do ativo diminuiu significativamente duran-
te o período, mais do que seria de se esperar como resultado da passagem do tempo ou
do uso normal; (Alterada pela Revisão CPC 03)
(b) mudanças significativas com efeito adverso sobre a entidade ocorreram durante o
período, ou ocorrerão em futuro próximo, no ambiente tecnológico, de mercado, econô-
mico ou legal, no qual a entidade opera ou no mercado para o qual o ativo é utilizado;
(c) as taxas de juros de mercado ou outras taxas de mercado de retorno sobre inves-
timentos aumentaram durante o período, e esses aumentos provavelmente afetarão a
taxa de desconto utilizada no cálculo do valor em uso de um ativo e diminuirão mate-
rialmente o valor recuperável do ativo;
(d) o valor contábil do patrimônio líquido da entidade é maior do que o valor de suas
ações no mercado;
Fontes internas de informação
(a) evidência disponível de obsolescência ou de dano físico de um ativo;
(b) mudanças significativas, com efeito adverso sobre a entidade, ocorreram durante o
período, ou devem ocorrer em futuro próximo, na extensão pela qual, ou na maneira na
qual, um ativo é ou será utilizado. Essas mudanças incluem o ativo que se torna inativo
ou ocioso, planos para descontinuidade ou reestruturação da operação à qual um ativo
pertence, planos para baixa de ativo antes da data anteriormente esperada e reavalia-
ção da vida útil de ativo como finita ao invés de indefinida;
(c) evidência disponível, proveniente de relatório interno, que indique que o desempe-
nho econômico de um ativo é ou será pior que o esperado;
(d) para um investimento em controlada, empreendimento controlado em conjunto ou
coligada, a investidora reconhece dividendo advindo desse investimento e existe evi-
dência disponível de que:
(i) o valor contábil do investimento nas demonstrações contábeis separadas excede os
valores contábeis dos ativos líquidos da investida reconhecidos nas demonstrações con-
solidadas, incluindo eventual ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill); ou
(ii) o dividendo excede o total de lucro abrangente da controlada, empreendimento con-
trolado em conjunto ou coligada no período em que o dividendo é declarado.

a) Errado. O erro é que um indicativo é o PL maior que o valor das ações, assim a

empresa está contabilmente superavaliada em relação ao mercado.

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b) Errado. O erro é que é um indicativo interno se o preço do ativo cair em valores

substanciais e não de forma normal.

d) Errado. Pois, se o desempenho permanecer dentro do esperado, não há indica-

tivo de desvalorização.

e) Errado. O erro está em afirmar que é ruim para empresa a taxa de juros cair;

ruim e a taxa de juros subir.

Questão 6    (CESPE/TRT 7ª/CONTADOR/2017) Determinada empresa adquiriu um

equipamento produtivo, com vida útil estimada de dez anos, pelo valor de R$ 250

mil. A empresa trabalha com um valor residual de 10% para todos os seus ativos

produtivos. Ao final do quinto ano de uso, após apurada e contabilizada a depre-

ciação correspondente de todos os ativos da empresa, avaliou-se o valor em uso

do referido equipamento produtivo em R$ 125 mil, e o seu valor justo, líquido das

despesas de venda, em R$ 135 mil.

Nessa situação hipotética, a empresa deverá reconhecer uma perda por desvalori-

zação do equipamento no valor de

a) R$ 2,5 mil.

b) R$ 10,0 mil.

c) R$ 12,5 mil.

d) R$ 22,5 mil.

Letra a.

Para aplicar o teste de recuperabilidade, devemos executar as seguintes etapas:

1 – Determinar o valor contábil líquido do bem;

2 – Determinar o maior valor recuperável do bem;

3 – Comparação entre o valor contábil e o maior valor recuperável.

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Para calcular o valor contábil, precisamos calcular a depreciação acumulada:

Depreciação anual = (valor do bem - valor residual) /vida útil

Depreciação anual = (250.000 - 25.000) / 10 anos

Depreciação anual = 22.500 ao ano

Depreciação acumulada = 22.500 x 5 anos = 112.500

1) Valor do bem = 250.000

(-) depreciação acumulada = (112.500)

(=) Valor contábil = 137.500

2) Valor recuperável = o maior dos dois = 135.000

Pelo uso = 125.000

Pela venda = 135.000

3) Comparação:

Valor contábil = 137.500

Valor recuperável = 135.000

Como o valor contábil é maior que o valor realizável, a empresa deverá reconhecer

uma perda de $ 2.500,00

O processo de mensuração consiste em determinar os valores pelos quais os ele-

mentos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados nes-

tas. A respeito das bases de mensuração de ativos e passivos, julgue o item que

se segue.

Questão 7    (CESPE/SLU/CONTADOR/2019) A amortização de ativo intangí-

vel com vida útil indefinida será iniciada quando o mesmo estiver disponível

para uso.

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Errado.

A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil e será iniciada quan-

do estiver disponível para uso; contudo, somente um ativo intangível com vida útil

definida deve ser amortizado; assim, um ativo com vida útil indefinida não amorti-

za, ele sofrerá o teste de recuperabilidade.

Questão 8    (CESPE/SEFAZ-RS/AFRE/2019) Determinado clube brasileiro de fute-

bol adquiriu, por R$ 20 milhões, o passe de um jogador uruguaio, de um clube uru-

guaio de futebol. Imediatamente após a aquisição, o clube brasileiro recebeu uma

proposta de um clube argentino para a compra do passe desse jogador uruguaio

por R$ 40 milhões.

Nessa situação, assinale a opção correta quanto à contabilidade do clube brasileiro,

no que se refere ao passe do jogador uruguaio.

a) Por ocasião da aquisição do passe do jogador, o clube brasileiro deverá registrá-

-lo como um ativo imobilizado, pelo seu custo, e realizar sua depreciação ao longo

do tempo de vida útil estimado, não tendo a proposta do time argentino qualquer

influência contábil.

b) Quando do recebimento da proposta do clube argentino, o clube brasileiro deve-

rá registrá-lo como investimento, pelo valor de R$ 20 milhões, e apurar a valoriza-

ção desse investimento, pelo seu valor de mercado.

c) O clube brasileiro deverá reconhecer, a custo histórico, um intangível, abstendo-

-se de qualquer procedimento quanto à proposta recebida do clube argentino.

d) O clube brasileiro deverá registrá-lo como estoque, pelo seu valor justo de R$

40 milhões.

e) O clube brasileiro deverá registrar um ativo realizável em longo prazo, no valor

de R$ 20 milhões.

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Teste de Recuperabilidade. Ajuste a Valor Presente. Valor Justo
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Letra c.

Para se enquadrar na definição de ativo intangível, é  necessário que o item

patrimonial seja: identificável, controlado e gerador de benefícios econômicos

futuros.

Um ativo intangível satisfaz o critério de identificação quando:

• For separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido,

licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato,

ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade;

• Resultar de compromissos obrigatórios (incluindo direitos contratuais ou ou-

tros direitos legais), independentemente de tais direitos serem transferíveis

ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.

O passe do jogador (direito contratual) é identificável; é controlado e gerador

de benefício futuro, pois há uma proposta de compra do jogador, assim é um

intangível.

Neste caso, o ativo intangível deve ser reconhecido inicialmente pelo seu custo

(R$ 20 milhões) e ser avaliado anualmente pelo teste de recuperabilidade.

Questão 9    (CESPE/SEFAZ-RS/AFRE/2019) O imobilizado de certa empresa é

composto pelos ativos A e B. Os dados contábeis relativos a esses ativos, em

R$, estão apresentados a seguir.

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Teste de Recuperabilidade. Ajuste a Valor Presente. Valor Justo
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Em razão de cenário macroeconômico recessivo, a empresa resolveu realizar o tes-

te de recuperabilidade desses ativos, tendo constatado as informações presentes

na seguinte tabela (valores em R$).

Nessas condições, o procedimento contábil necessário é

a) constituir R$ 1.500 para perda de recuperabilidade do ativo A, baixar toda a

perda relativa ao ativo B e baixar mais R$ 5.000 de sua depreciação.

b) constituir mais R$ 8.500 em perda por valor não recuperável, dos quais R$

3.500 sejam relativos ao ativo A e R$ 5.000, relativos ao ativo B.

c) reverter toda a perda por valor não recuperável do ativo B e registrar perda de

R$ 1.500 para o ativo A.

d) manter os saldos atuais, pois eles já refletem o valor recuperável dos ativos.

e) registrar R$ 3.500 por perda de recuperabilidade do ativo A.

Letra c.

Para resolver a questão, aplique a teoria Claudiana, que consiste em executar as

seguintes etapas:

1 – Determinar o valor contábil líquido do bem;

2 – Determinar o maior valor recuperável do bem.

1 – Determinar o valor contábil líquido do bem

Ativo A = 75.000 – 37.500 = 37.500

Ativo B = 250.000 – 50.000 – 10.000 = 190.000

2 – Determinar o maior valor recuperável do bem

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Teste de Recuperabilidade. Ajuste a Valor Presente. Valor Justo
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Ativo A = valor recuperável = 36.000 (maior entre valor em uso e valor justo)
Ativo B = valor recuperável = 205.000 (maior entre valor em uso e valor justo)
3 – Comparação entre o valor contábil e o maior valor recuperável
Ativo A > VC = 37.500 / VRL = 36.000 = constituir uma perda por recuperabilidade
de 1.500.
Ativo B > VC = 190.000 / VRL = 205.000 = como aumentou a empresa deve re-
verter a perda por valor não recuperável de 10.000.

Com referência à mensuração da redução ao valor recuperável de ativos, a incorpo-


ração de entidades, a retificação de erros e ao reconhecimento de receitas, julgue
o seguinte item.
Situação hipotética: O valor em uso de um imóvel de valor contábil líquido igual a
R$ 250 mil foi avaliado em R$ 200 mil, e o valor justo desse mesmo imóvel, dedu-
zido das despesas de venda, foi estimado em R$ 235 mil.

Questão 10    (CESPE/SLU-DF/CONTADOR/2019) Assertiva: O valor contábil desse


imóvel deverá ser reduzido em R$ 15 mil, por meio da contabilização da despesa
correspondente ou, se for o caso, pela diminuição do saldo da reavaliação realizada.

Letra c.
Para aplicar o teste de recuperabilidade, basta identificar o valor contábil, e o maior
valor realizável, seja pelo suo ou pela venda.
Valor contábil = 250.000
Valor em uso = 200.000
Valor justo = 235.000

Como o maior valor realizável é menor que o valor contábil, a empresa deverá efe-

tuar o registro de um ajuste por desvalorização de R$ 15.000, que poderá ser como

despesa ou reduzindo a reserva de reavaliação, se existir.

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
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Julgue o item seguinte, com base nos pronunciamentos técnicos do Comitê de

Pronunciamentos Contábeis (CPC).

Questão 11    (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) Ao realizar o teste de valor recupe-

rável de um ativo, uma entidade deve reconhecer um ganho sempre que o valor

contábil desse ativo estiver maior do que o seu valor recuperável.

Errado.

Quando o valor contábil de um ativo for superior ao seu valor recuperável, a em-

presa deve reconhecer uma PERDA por desvalorização.

Relativamente aos procedimentos de mensuração e avaliação de itens patrimo-

niais, de acordo com os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contá-

beis (CPC), julgue o item subsequente.

Questão 12    (CESPE/EMAP/AUDITORIA INTERNA/2018) O impairment test dos

ativos intangíveis com vida útil indefinida deve ser realizado anualmente, mesmo

que não haja indícios de que possa ter havido perda da recuperabilidade de seu

valor.

Certo.

Vimos na aula que, conforme o CPC 01, a empresa deverá aplicar o teste de recu-

perabilidade em ativos com vida indefinida, independentemente de existir ou não

indicadores de desvalorização.

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
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No que se refere a avaliação e mensuração dos itens do ativo imobilizado, julgue o

item subsequente.

Questão 13    (CESPE/EBSERH/CONTADOR/2018) A constatação de que o valor de

mercado das ações de uma empresa é inferior ao seu valor patrimonial é um indica-

tivo externo de que seus ativos podem estar sobreavaliados, sinalizando a necessi-

dade de realização de testes de recuperabilidade do valor patrimonial desses ativos.

Certo.

O pronunciamento CPC 01 (R1) estabelece que os indicadores de desvalorização de

um ativo podem ser externos ou internos; são fontes externas de informação

(a) há indicações observáveis de que o valor do ativo diminuiu significativamente duran-


te o período, mais do que seria de se esperar como resultado da passagem do tempo ou
do uso normal; (Alterada pela Revisão CPC 03)
(b) mudanças significativas com efeito adverso sobre a entidade ocorreram durante o
período, ou ocorrerão em futuro próximo, no ambiente tecnológico, de mercado, econô-
mico ou legal, no qual a entidade opera ou no mercado para o qual o ativo é utilizado;
(c) as taxas de juros de mercado ou outras taxas de mercado de retorno sobre inves-
timentos aumentaram durante o período, e esses aumentos provavelmente afetarão a
taxa de desconto utilizada no cálculo do valor em uso de um ativo e diminuirão mate-
rialmente o valor recuperável do ativo;
(d) o valor contábil do patrimônio líquido da entidade é maior do que o valor de suas
ações no mercado.

Julgue o item a seguir, a respeito da composição e das variações do patrimônio pú-

blico e da mensuração dos seus elementos.

Questão 14    (CESPE/EBSERH/CONTADOR/2018) Um ativo imobilizado ou intan-

gível pode ter seu valor contábil aumentado em função de teste de imparidade,

desde que esse aumento configure reversão de uma perda por irrecuperabilidade

reconhecida anteriormente e até o limite do valor contábil que ele teria se nenhuma

perda por irrecuperabilidade tivesse sido reconhecida.

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
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Certo.

A essência do teste de recuperabilidade é reconhecer uma perda por desvalori-

zação, contudo, caso o bem desvalorizado se valorizar no futuro, poderá ser re-

conhecido o aumento do valor contábil do ativo, exceto o ágio por expectativa de

rentabilidade futura (goodwill).

O aumento atribuível à reversão de perda por desvalorização não deve exceder o

valor contábil, caso nenhuma desvalorização tivesse sido reconhecida em anos an-

teriores.

Questão 15    (CESPE/TRE-BA/CONTADOR/2017) Conforme o Pronunciamento CPC

46, na mensuração do valor justo de um ativo, deve-se garantir que

a) a negociação do ativo seja realizada em uma transação não forçada entre os

participantes do mercado — principal ou o mais vantajoso — de venda do ativo.

b) a entidade seja capaz de vender o ativo na data de mensuração realizada no

mercado principal, sob pena de invalidação do fato contábil.

c) o valor justo, ou seja, o valor que seria recebido pela venda de um ativo seja

contabilizado após a transação e corresponda ao preço que seria pago pela entida-

de para reposição.

d) a entidade tenha observado as restrições para a venda ou o uso do ativo, des-

considerando, nessa situação, características relacionadas à condição e à localiza-

ção do ativo.

e) o ativo a ser mensurado ao valor justo seja um ativo individual, e não um grupo

de ativos, como, por exemplo, uma unidade geradora de caixa.

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Letra a.

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela trans-

ferência de um passivo em uma transação não forçada no mercado principal (ou

mais vantajoso) na data de mensuração nas condições atuais de mercado (ou seja,

um preço de saída), independentemente de esse preço ser diretamente observável

ou estimado utilizando-se outra técnica de avaliação.

A mensuração do valor justo presume que a transação para a venda do ativo ou

transferência do passivo ocorre:

• no mercado principal para o ativo ou passivo;

• na ausência de mercado principal, no mercado mais vantajoso para o ativo

ou passivo.

Questão 16    (CESPE/TRT 7ª/CONTADOR/2017) Uma loja estava ofertando uma

máquina de lavar e secar roupas por determinado preço, que poderia ser parcelado

em quatro vezes iguais e sem acréscimo. Se o cliente pagasse à vista, teria um

desconto de 10% sobre o valor anunciado. Um cliente, ao  certificar-se das con-

dições de venda nessa loja, dirigiu-se a outras lojas, a fim de conferir o preço do

bem, e constatou que, nessas outras lojas, o preço à vista era igual ao preço com

desconto de 10% que estava sendo oferecido pela primeira loja.

Nessa situação hipotética, o preço do bem com 10% de desconto corresponde ao

a) custo corrente.

b) valor presente.

c) valor justo.

d) valor realizável.

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Letra c.

O valor justo é uma mensuração baseada em mercado, e não uma mensuração

específica da entidade. Para alguns ativos e passivos, pode haver informações de

mercado ou transações de mercado observáveis disponíveis e para outros pode não

haver. Contudo, o objetivo da mensuração do valor justo em ambos os casos é o

mesmo – estimar o preço pelo qual uma transação não forçada para vender o ativo

ou para transferir o passivo ocorreria entre participantes do mercado na data de

mensuração sob condições correntes de mercado (ou seja, um preço de saída na

data de mensuração do ponto de vista de participante do mercado que detenha o

ativo ou o passivo).

Como a empresa ajustou o preço ao valor de mercado, a mensuração foi a valor

justo.

Questão 17    (CESPE/TRE-TO/CONTADOR/2017) O gerente comercial de uma em-

presa, querendo informações acerca do estoque de mercadorias, recorre ao seu

contador a fim de obter respostas para as seguintes questões:

I  – Quanto de recursos financeiros será necessário para a empresa repor os

estoques?

II – Quanto gastou a empresa para adquirir os bens que se encontram atualmente

em estoque?

III – Quanto arrecadaria a empresa com a venda ordenada dos seus estoques?

IV – Quanto teria a empresa de desembolsar caso queira quitar hoje a dívida de

longo prazo que tem com os seus fornecedores de mercadorias?

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A partir dessa situação hipotética, assinale a opção que apresenta, na ordem

em que aparecem, as bases de mensuração que o contador deve observar para

responder cada questionamento, considerando o disposto na estrutura con-

ceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro, emitida

pelo CPC.

a) custo corrente; custo histórico corrigido; valor presente; valor justo.

b) custo corrente; custo histórico; valor realizável; valor presente.

c) custo histórico corrigido; custo corrente; equivalente corrente de caixa; va-

lor presente.

d) valor realizável; custo histórico; custo corrente; valor presente.

e) valor realizável; custo histórico; valor justo; valor de liquidação.

Letra b.

Questão boa, vimos na aula que as bases de mensuração são:

Custo histórico - VALOR PAGO E VALOR A PAGAR. Quanto gastou a empresa

para adquirir os bens que se encontram atualmente em estoque.

Custo corrente - CUSTO DE REPOSIÇÃO. Quanto de recursos financeiros será

necessário para a empresa repor os estoques.

Valor realizável (valor de realização ou de liquidação) - PREÇO DE VENDA.

Quanto arrecadaria a empresa com a venda ordenada dos seus estoques

Valor presente - VALOR FUTURO SEM OS JUROS. Quanto teria a empresa de

desembolsar caso queira quitar hoje a dívida de longo prazo que tem com os

seus fornecedores de mercadorias.

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Julgue o item a seguir, com relação aos fatos descritos e seus efeitos nas demons-

trações contábeis, elaboradas conforme a Lei n. 6.404/1976 (e alterações poste-

riores) e os pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis

(CPC).

Questão 18    (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) O valor das receitas de vendas a

prazo que ainda não tenha sido recebido quando da elaboração da demonstração

do resultado do exercício será evidenciado juntamente com o valor das demais re-

ceitas, em decorrência do princípio da competência.

Certo.

As vendas a prazo devem ser registradas pelo montante total (preço à vista mais

os juros); os juros embutidos deverão ser apresentados como dedução das receitas

e serão apropriados com o passar do tempo, conforme o regime de competência.

Cada um dos próximos itens apresenta uma situação hipotética seguida de uma

assertiva a ser julgada em relação ao reconhecimento e à mensuração contábil, de

acordo com os pronunciamentos contábeis emitidos pelo Comitê de Pronunciamen-

tos Contábeis.

Questão 19    (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) Após cinco anos de uso, foi realizada

a venda de determinado bem imobilizado pelo valor de R$ 400.000, para recebi-

mento após um ano da data da venda. A empresa considera que 6,5 % a.a. é uma

taxa de juros livre de riscos adequada para mensurar o ajuste em valor presente.

Nessa situação, no momento da venda, o ajuste em valor presente é igual a R$

26.000.

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Errado.
O valor presente deve ser calculado considerando os elementos da equação de ju-
ros compostos.
• Valor futuro: 400.000
• Tempo = 1 ano
• Taxa de juros 6,5 % a/a = 0.065

Para encontrar o valor presente, basta aplicar a fórmula:


VP = VF / (1+i)n
VP = 400.000/(1+0,065)¹
VP = 375.585,85
O ajuste a valor presente será de $ 24.414,15

Julgue os itens seguintes à luz dos pronunciamentos técnicos e das interpretações


do CPC.

Questão 20    (CESPE/TJ-SE/CONTADOR/2104) No cálculo do valor presente de


ativos ou passivos, utiliza-se a taxa de desconto antes dos impostos.

Certo.
O CPC estabelece que, na venda a prazo com juros, ao trazer o valor do ativo a
receber ao seu valor presente, a taxa a ser aplicada não deve ser líquida de efeitos
fiscais e, sim, antes dos impostos.
No tocante às diferenças temporárias observadas entre a base contábil e fiscal de
ativos e passivos ajustados a valor presente, essas diferenças temporárias devem
receber o tratamento requerido pelas regras contábeis vigentes para reconhecimento
e mensuração de imposto de renda e contribuição social diferidos; em regra contabil-

mente, são tratados como receitas ou despesas financeiras e não são dedutíveis do IR.

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Com base no pronunciamento técnico de ajuste a valor presente, do CPC, julgue o


item subsequente

Questão 21    (CESPE/CADE/CONTADOR/2014) Quando houver efeito relevante,


os itens do ativo e do passivo decorrentes de operações de curto prazo devem ser
ajustados a valor presente.

Certo.
O CPC 12 trata do assunto da seguinte forma:

Diretrizes mais específicas


21. Os elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes de operações de longo
prazo, ou de curto prazo quando houver efeito relevante, devem ser ajustados a valor
presente com base em taxas de desconto que reflitam as melhores avaliações do mer-
cado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos do ativo e do passivo
em suas datas originais.
22. A quantificação do ajuste a valor presente deve ser realizada em base exponencial
“pro rata die”, a partir da origem de cada transação, sendo os seus efeitos apropriados
nas contas a que se vinculam.

Julgue os itens subsequentes, a respeito de passivos de companhias abertas.

Questão 22    (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/CONTADOR/2014) Passivos monetários


que apresentem juros implícitos embutidos no seu valor devem ser avaliados a va-
lor presente por ocasião do seu reconhecimento inicial.

Certo.
O CPC 12 estabelece que os ativos e passivos monetários (VALORES A RECEBER
OU A PAGAR) com juros implícitos ou explícitos embutidos devem ser mensurados
pelo seu valor presente quando do seu reconhecimento inicial, por ser este o valor
de custo original dentro da filosofia de valor justo (fair value).
Devido a este ajuste, é normal que, no momento inicial de uma transação de venda
ou compra a prazo, o valor presente e o valor justo sejam iguais.

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Questão 23    (FCC/TRE-SP/CONTADOR/2017) A empresa Tudo em Cima S. A., em


01/12/2016, realizou uma venda no valor de R$ 240.000,00. A condição de recebi-
mento da venda acordada foi R$ 120.000,00 à vista e o restante (R$ 120.000,00)
para ser recebido em 31/05/2018. Esta transação foi realizada nestas condições a
pedido do cliente, uma vez que o prazo, normalmente, concedido pela empresa é
de 60 dias. Sabe-se que se o cliente efetuasse a compra à vista, ele teria pagado
o montante total de R$ 220.000,00. Em 31/12/2016, o valor equivalente à vista
que seria recebido do cliente era R$ 101.000,00. Com base nestas informações, no
mês de dezembro de 2016, a empresa reconheceu, em reais, Receita de Venda de
a) 220.000,00.
b) 240.000,00.
c) 221.000,00.
d) 220.000,00 e receita financeira de 1.000,00.
e) 240.000,00 e despesa financeira de 1.000,00.

Letra d.
A questão está relacionada com o ajuste a valor presente das vendas a prazo. Por
isso, é necessário separar a venda à vista da venda a prazo e reconhecer os juros
embutidos na venda.
Venda à vista = 220.000
Venda a prazo = 240.000
Juros ativos transcorrer – (20.000)
Na DRE, segundo a legislação, a primeira conta é a receita bruta de vendas e, as-
sim, teríamos a seguinte apresentação:
RBV = 240.000
(-) AVP = (20.000)
(=) RLV = 220.000

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
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O lançamento contábil é o seguinte:

D – Caixa – 120.000

D – Clientes – 120.000

D – Ajuste a valor presente – 20.000

C – Juros ativos a transcorrer – 20.000

C – Vendas de mercadorias – 240.000

De acordo com as normas do CPC/CFC, a primeira conta da DRE é a receita líquida

de vendas, que foi de 220.000.

O lançamento contábil é o seguinte:

D – Caixa – 120.000

D – Clientes – 120.000

C – Vendas líquidas – 220.000

C – Juros ativos a transcorrer – 20.000

O normal é que os juros ativos a transcorrer, que é uma receita antecipada e será

apresentada como uma conta redutora do ativo, sejam apropriados mensalmente

dentro do prazo estabelecido de 18 meses da venda a prazo.

No balanço patrimonial, os dados estariam apresentados da seguinte forma:

Clientes – 120.000

Juros ativos a transcorrer – (20.000)

Valor presente líquido = 100.000

Contudo, o enunciado deixou claro que em 31/12/16 o valor presente da dívida do

cliente era de $ 101.000,00, assim a empresa reconheceu uma receita financeira

de $1.000.

O lançamento contábil é o seguinte:

D – Juros ativos a transcorrer

C – Receita financeira – 1.000

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Após a apropriação dos juros, no balanço patrimonial, os dados estariam apresen-

tados da seguinte forma:

Clientes – 120.000

Juros ativos a transcorrer – (19.000)

Valor presente líquido = 101.000

Macete: de acordo com o regime de competência, na medida em que o tempo for

passando, os juros a transcorrer diminuem, enquanto o valor presente aumenta.

Questão 24    (FCC/TCM-RJ/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/2015) Um lote de mer-

cadorias para comercialização foi adquirido a prazo em 30/09/2014 pelo valor de

R$ 1.900.000,00, para pagamento em dezembro de 2015. Se a compra fosse re-

alizada à vista, o preço de aquisição teria sido R$ 1.200.000,00. No mês de ou-

tubro de 2014 a empresa realizou a venda de 70% dessas mercadorias pelo valor

de R$ 1.500.000,00, para recebimento em novembro de 2015. Se a venda das

mercadorias tivesse sido feita à vista o preço de venda seria R$ 1.000.000,00.

Em 31/12/2014 o valor que a empresa deveria pagar para o fornecedor era R$

1.250.000,00 e o valor que seria cobrado do cliente era R$ 1.300.000,00.

Nesse caso, a empresa reconheceu, no resultado de 2014, Resultado Bruto com

Vendas no valor de

a) R$ 170.000,00.

b) R$ 660.000,00 e Despesa Financeira = R$ 50.000,00, apenas.

c) R$ 160.000,00; Receita Financeira = R$ 300.000,00 e Despesa Financeira = R$

50.000,00.

d) R$ 330.000,00 (prejuízo) e Receita Financeira = R$ 300.000,00, apenas.

e) R$ 160.000,00, apenas.

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
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Letra c.

A questão trata de compra e venda com juros.

a) O primeiro passo é apurar o valor da compra de mercadoria

Compra à vista = 1.200.000

Compra a prazo = 1.900.000

Juros passivos a transcorrer – 700.000 (redutora do passivo)

O lançamento contábil é o seguinte:

D – Estoque – 1.200.000

D – Juros passivos a transcorrer – 700.000

C – Fornecedores – 1.900.000

O custo do estoque é o seu valor à vista; os juros serão tratados como despesa

financeira, conforme o transcorrer o tempo. Contudo, o enunciado da questão dei-

xou claro que o valor presente a pagar em 31/12/2014 era de $ 1.250.000, assim

a empresa reconheceu uma despesa financeira de $ 50.000.

b) O segundo passo é apurar o custo da mercadoria vendida.

A empresa vendeu 70% do estoque que foi comprado por $1.200.000.

CMV = $ 840.000

c) Por fim, registrar a venda e apurar o lucro bruto na DRE.

Venda à vista = 1.000.000

Venda a prazo = 1.500.000

Juros ativos a transcorrer = 500.000

Os juros ativos serão tratados como receita financeira conforme transcorrer o pra-

zo. Contudo, o enunciado da questão deixou claro que o valor presente a receber

em 31/12/2014 era de $ 1.300.000, assim a empresa reconheceu uma receita fi-

nanceira de $ 300.000.

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RBV = 1.500.000

(-) AVP= (500.000)

(=) RLV = 1.000.000

(-) CMV = (840.000)

(=) LUCRO BRUTO = 160.000

A banca deu como gabarito a letra “c”. Entretanto, a questão cobrava o resultado

bruto com vendas, que é o mesmo que lucro bruto. Assim, na minha visão, a res-

posta mais correta é a letra “e”.

Questão 25    (FCC/TRT 4ª/CONTADOR/2012) Em relação ao ajuste a valor presen-

te, é correto afirmar:

a) As reversões dos ajustes a valor presente decorrentes de financiamentos feitos

a clientes que a empresa entende que faz parte de suas atividades operacionais

devem ser apropriadas como receita operacional.

b) As contas de ativos e passivos circulantes, sempre que indexadas, devem ser

trazidas a valor presente e ajustadas contra a conta que originou o lançamento

inicial.

c) Os impostos diferidos, ativos e passivos, devem ser trazidos a valor presente

pela taxa selic, independentemente de serem de curto ou longo prazo.

d) Os passivos contratuais e não contratuais devem sempre ser trazidos a valor

presente, desde que a taxa de desconto não considere o risco de crédito, mas sim

a taxa embutida no papel.

e) A taxa a ser utilizada para trazer os montantes a valor presente deve sem-

pre ser líquida dos efeitos fiscais, para não atribuir valor superior ao realizável

efetivamente.

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Letra a.

a) Certa. O CPC estabelece que:

As reversões dos ajustes a valor presente dos ativos e passivos monetários qualificáveis
devem ser apropriadas como receitas ou despesas financeiras, a não ser que a entidade
possa devidamente fundamentar que o financiamento feito a seus clientes faça parte
de suas atividades operacionais, quando então as reversões serão apropriadas como
receita operacional.

b) Errado. Pois os ativos e passivos circulantes somente serão ajustados a valor

presente quando houver efeito relevante; e não quando estiverem indexados a al-

gum indicador.

c) Errado. O ajuste não deve ser feito sobre tributos.

d) Errado. Ao estabelecer a taxa de desconto, deve ser considerado o risco de

crédito da entidade. O CPC 12 estabelece que:

Em termos de meta a ser alcançada, ao se aplicar o conceito de valor presente deve-se
associar tal procedimento à mensuração de ativos e passivos levando-se em considera-
ção o valor do dinheiro no tempo e as incertezas a eles associados.

Assim, o objetivo de se incluir incerteza e risco na mensuração contábil é replicar,

na extensão e na medida possível, o comportamento do mercado no que concerne

a ativos e passivos com fluxos de caixa incertos.

e) Errado. A taxa a ser utilizada para trazer os montantes a valor presente NÃO

deve sempre ser líquida dos efeitos fiscais, para não atribuir valor INFERIOR ao

realizável efetivamente.

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Questão 26    (FCC/MPE-MA/CONTADOR/2013) Uma das possíveis taxas a ser uti-

lizada para realização do ajuste a valor presente de ativos e passivos é a taxa

a) do custo médio de capital ponderado, líquida dos efeitos fiscais.

b) interna de inflação, após o imposto de renda e contribuição social.

c) de indexação dos impostos, para ajuste de todos os tributos a compensar.

d) da transação efetuada, antes dos efeitos fiscais.

e) do custo financeiro dos empréstimos de longo prazo, combinado com a inflação

interna.

Letra d.

A taxa de juros utilizada no cálculo do ajuste a valor presente pode ser explícita ou

estar implícita na negociação, considerando o que está estabelecido no contrato ou

a taxa usual no mercado, contudo, independentemente da taxa utilizada, ela deve

ser aplicada antes dos impostos, ou seja, não deve ser líquida de efeitos fiscais.

Questão 27    (FCC/PREFEITURA DE SP/AUDITOR-FISCAL/2012) O auditor da em-

presa Omega S.A. constatou que os valores registrados em Contas a Receber no

Circulante tinham seus valores ajustados a valor presente e que os valores regis-

trados em Contas a Receber, no Não Circulante, apresentavam os seus valores sem

o ajuste a valor presente. Essa situação poderia ser validada pelo auditor

a) se as vendas registradas no curto prazo forem feitas com as mesmas condições

de venda à vista e no longo prazo as vendas não causarem ajustes relevantes.

b) visto que as contas a receber registradas no Circulante devem ser sempre ajus-

tadas a valor presente e as registradas no Não Circulante não podem ser ajustadas.

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c) se as contas a receber no Circulante e no Não Circulante possuírem encargos

financeiros embutidos que gerem ajustes significativos.

d) visto que não há regra para realização do ajuste a valor presente, podendo a

entidade avaliar o impacto nas demonstrações contábeis.

e) se os valores registrados nas contas a receber forem significativos e os valores

registrados no Não Circulante não tiverem encargos financeiros embutidos.

Letra e.

Questão interessante, pois não são todos os ativos que devem ser ajustados a

valor presente, somente aqueles que tiverem juros embutidos no seu valor final.

É importante destacar que o ajuste a valor presente é aplicável para operações que

possam ser consideradas como atividades de financiamento e não para operações

que são liquidadas em curto espaço de tempo cujo efeito não seja relevante.

A legislação também determina que os ativos monetários de longo prazo e os de

curto prazo, quando o valor for relevante, deverão ser registrados pelo valor pre-

sente do fluxo de caixa líquido que se espera seja gerado ou consumido no curso

normal das operações da entidade.

Assim, no fato, o auditor deve ter identificado que os valores a receber do ativo

circulante tinham juros e eram relevantes, enquanto que os valores do ativo rea-

lizável em longo prazo não tinham juros embutidos e não havia a necessidade de

ajustar a valor presente.

Questão 28    (FCC/ARTESP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO-CONTABILIDADE/2017)

A Cia. de Concessões realizou, em 05/01/2017, uma venda no valor de R$

1.200.000,00, cujo valor será recebido integralmente em 31/01/2019. Sabe-se

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que o prazo, normalmente, concedido pela empresa é de 50 dias e que, se a ven-

da tivesse sido à vista, seu valor total seria R$ 980.000,00 (valor presente). Com

base nestas informações, no momento da venda, a Cia. de Concessões reconheceu

receita de venda, em reais, de

a) 1.200.000,00.

b) 1.200.000,00 e ajuste a valor presente referente à conta de Clientes no valor

de R$ 220.000,00.

c) 980.000,00 e receita financeira no valor de R$ 220.000,00.

d) 1.200.000,00 e despesa financeira no valor de R$ 220.000,00.

e) 980.000,00.

Letra e.

A questão está relacionada com o ajuste a valor presente das vendas a prazo para

receber em longo prazo. Por isso, é necessário separar a venda à vista da venda a

prazo e reconhecer os juros embutidos na venda.

Venda à vista = 980.000

Venda a prazo = 1.200.000

Juros ativos transcorrer – (220.000)

De acordo com as normas do CPC/CFC, a primeira conta da DRE é a receita líquida

de vendas, que foi de $ 980.000.

O lançamento contábil é o seguinte:

D – Clientes – 1.200.000

C – Vendas líquidas – 980.000

C – Juros ativos a transcorrer (redutora do ativo) – 220.000

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Questão 29    (FCC/TRE-CE/CONTADOR/2013) A Empresa Aviamento S.A possui

em seus passivos fornecedores que financiaram Bens de Capital à empresa em

quatro anos. A empresa produz máquinas de costura e para viabilizar seus clientes

tem como política de vendas, oferecer a seus clientes prazos de 360, 720 e 900

dias, com juros pré-fixados de 30% a.a.. Há em sua carteira de clientes operações

com todos os prazos, dessa forma pode-se afirmar que de acordo com as leis e

normas contábeis vigentes, que

a) as transações de curto prazo podem ser ajustadas se o ajuste a valor presente

for relevante e as de longo prazo devem ser ajustados obrigatoriamente.

b) é opcional o reconhecimento do ajuste a valor presente, uma vez que as opera-

ções são de longo prazo afetando os resultados durante um longo tempo.

c) somente as operações com prazo de 360 dias devem ser ajustadas a valor pre-

sente, uma vez que geram maior volume de juros nas operações.

d) todas as operações devem obrigatoriamente ser ajustadas por conterem juros

embutidos, independente da relevância do ajuste.

e) não há necessidade de efetuar o ajuste a valor presente, uma vez que os juros já

foram reconhecidos e estão embutidos nas vendas efetuadas e nos financiamentos.

Letra a.

A questão trata da obrigatoriedade de ajustar a valor presente um valor futuro.

Sabemos que, segundo a legislação, um ativo ou passivo deverá ser ajustado, des-

de que seja de longo prazo, ou de curto prazo quando o ajuste for relevante como

informação.

Não esqueça que, para sofrer o ajuste a valor presente, o item patrimonial deve ter

juros embutido no seu valor futuro.

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A legislação determina:

Os elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes de operações de longo


prazo, ou de curto prazo quando houver efeito relevante, devem ser ajustados a valor
presente com base em taxas de desconto que reflitam as melhores avaliações do mer-
cado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos do ativo e do passivo
em suas datas originais.

Questão 30    (FCC/DPE-RS/CONTADOR/2017) A Cia. Industrial possuía, em

31/12/2016, um ativo intangível com vida útil indefinida. Os valores evidenciados

para este ativo, nesta data, são apresentados a seguir:

Custo de aquisição R$ 800.000,00

(−) Ajuste por “impairment” (calculada em 2015) (R$ 300.000,00)

(=) Valor contábil do ativo R$ 500.000,00

Ao realizar o teste de redução ao valor recuperável de ativos (teste de “impairment”),

a Cia. obteve as seguintes informações a respeito desse ativo em 31/12/2016:

Valor em uso R$ 650.000,00

Valor justo líquido das despesas de venda R$ 550.000,00

O valor contábil apresentado no Balanço Patrimonial de 31/12/2016 para este ativo

foi, em reais,

a) 600.000,00.

b) 650.000,00.

c) 550.000,00.

d) 500.000,00.

e) 800.000,00.

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Letra b.

Para aplicar o teste de recuperabilidade, devemos executar as seguintes etapas:

1 – Determinar o valor contábil líquido do bem;

2 – Determinar o maior valor recuperável do bem;

3 – Comparação entre o valor contábil e o maior valor recuperável.

Valor contábil = 500.000

Valor recuperável = 650.000

Note que o bem se valorizou em $ 150.000 no ano de 2016. Assim, se não tivesse

outra informação, a empresa não precisaria registrar nada. Contudo, existe um

ajuste por perda calculado em 2015 de $ 300.000,00. Neste caso, a empresa po-

derá reverter $ 150.000,00 da conta redutora do ativo.

O registro contábil da reversão é o seguinte:

D – Ajuste por impairment

C – Outras receitas – reversão de perda – 150.000

O bem ficará apresentado no Balanço Patrimonial da seguinte forma:

Custo de aquisição R$ 800.000,00

(−) Ajuste por “impairment” (R$ 150.000,00)

(=) Valor contábil do ativo R$ 650.000,00

Questão 31    (FCC/ARTESP/CONTADOR/2017) A empresa Ferro e Fogo S.A. possuía,

em 31/12/2016, em seu ativo imobilizado, uma Máquina Xtreme especializada em

derretimento de níquel utilizada na produção de ligas de aço, com os seguintes saldos:

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Ao elaborar as Demonstrações Contábeis referentes ao ano de 2016, a empresa

Ferro e Fogo S. A.

a) não fez nenhum ajuste (não reconheceu perda por impairment).

b) reconheceu uma perda por desvalorização no valor de R$ 100.000,00.

c) reconheceu uma perda por desvalorização no valor de R$ 200.000,00.

d) reconheceu uma perda por desvalorização no valor de R$ 300.000,00.

e) reconheceu uma perda por desvalorização no valor de R$ 400.000,00.

Letra b.

Note como as questões repetem a ideia do teste de recuperabilidade. Para resolver,

aplique a teoria Claudiana, que consiste em executar as seguintes etapas:

1 – Determinar o valor contábil líquido do bem;

2 – Determinar o maior valor recuperável do bem;

3 – Comparação entre o valor contábil e o maior valor recuperável.

Valor contábil = $ 1.900.000

Valor recuperável = 1.800.000

Como o valor contábil é maior que o maior valor realizável, a empresa deverá re-

gistrar uma perda de $ 100.000.00.

Questão 32    (FCC/AL-MS/CONTADOR/2016) A Cia. Só Ativos possuía, em

30/06/2016, uma patente classificada como ativo Intangível com vida útil indefini-

da cujo valor contábil era R$ 1.300.000,00, o qual era composto por:

Custo de aquisição R$ 1.500.000,00.

Perda por desvalorização (reconhecida em junho 2015) R$ 200.000,00.

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Em junho de 2016, a Cia. realizou o teste de recuperabilidade do Ativo e obteve as

seguintes informações:

Valor em uso R$ 1.550.000,00.

Valor justo líquido das despesas de venda R$ 1.280.000,00.

Complementarmente, as evidências indicaram que a vida útil desse ativo continu-

ava indefinida. Com base nestas informações, a Cia. Só Ativos, em junho de 2016,

a) não fez qualquer registro.

b) reconheceu uma perda por desvalorização no valor de R$ 20.000,00.

c) reconheceu uma receita no valor de R$ 250.000,00.

d) reconheceu uma receita no valor de R$ 200.000,00.

e) reconheceu uma receita no valor de R$ 50.000,00.

Letra d.

Para resolver a questão, aplique a teoria Claudiana, que consiste em executar as

seguintes etapas:

1 – Determinar o valor contábil líquido do bem;

2 – Determinar o maior valor recuperável do bem;

3 – Comparação entre o valor contábil e o maior valor recuperável.

Valor contábil = $ 1.300.000

Custo de aquisição $ 1.500.000,00.

(-) Perda por desvalorização (reconhecida em junho 2015) $ 200.000,00.

Valor recuperável = 1.550.000

Valor em uso $ 1.550.000,00

Valor justo líquido das despesas de venda $ 1.280.000,00.

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Como o valor contábil é menor que o maior valor realizável, a empresa não deveria

registrar nada. Contudo, como existe uma perda referente ao exercício de 2015

reduzindo o valor do ativo em $200.000, ela poderá reverter este valor.

Note que, mesmo o valor realizável a maior sendo de $ 250.000, somente poderá

ser ajustado $ 200.000. Este valor será registrado como “outras receitas” na DRE.

O registro contábil é o seguinte:

D – Perda por desvalorização

C – Outras receitas – reversão de estimativa para perda – 200.000.

Questão 33    (FCC/SEGEP-MA/AUDITOR FISCAL/2016) Um equipamento foi ad-

quirido à vista por R$ 10.000.000,00 em 31/03/2015 e a empresa definiu sua vida

útil em 8 anos. O valor realizável líquido de despesa de venda do equipamento no

final do prazo de vida útil para a empresa foi estimado em R$ 4.000.000,00 e, para

fins fiscais, a vida útil é definida em 10 anos. No final do ano de 2015, a empresa

realizou o teste de redução ao valor recuperável para o equipamento (teste de im-

pairment) e os valores obtidos em 31/12/2015 para a realização do teste para o

equipamento foram:

• Valor justo líquido de despesa de venda = R$ 9.200.000,00

• Valor em uso = R$ 9.300.000,00

Sabendo-se que a empresa adota o método das quotas constantes para o cálculo

da despesa mensal de depreciação, o valor total que impactou negativamente o

resultado de 2015, exclusivamente em relação ao equipamento, foi, em reais:

a) 750.000,00.

b) 562.500,00.

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c) 700.000,00.

d) 937.500,00.

e) 450.000,00.

Letra c.

Para resolver a questão, aplique a teoria Claudiana, que consiste em executar as

seguintes etapas:

1 – Determinar o valor contábil líquido do bem;

2 – Determinar o maior valor recuperável do bem;

3 – Comparação entre o valor contábil e o maior valor recuperável.

Para a determinação do valor contábil, é necessário calcular a depreciação do bem.

Neste caso, a vida útil deve ser a estabelecida pela empresa: 8 anos.

Depreciação anual = Valor do bem (-) Valor residual /vida útil

Depreciação anual 10.000.000 (–) 4.000.000)/8 anos = 750.000/ano

Como em 2015 o bem depreciou somente 8 meses (março não entra) a deprecia-

ção é de $ 500.000,00 (8/12 x 750.000)

Valor contábil = 9.500.000,

Valor original = 10.000.000,

(-) depreciação acumulada (500.000,)

Valor realizável = 9.300.000

Valor em uso = 9.300.000,

Valor justo líquido = 9.200.000,

Como o valor contábil do bem é maior que o maior valor realizável, a empresa de-

verá registrar uma despesa com desvalorização do ativo de $ 200.000.

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Note que a questão cobrou quanto foi registrado de despesa no exercício. Assim,
para responder, devemos somar a despesa com depreciação com a despesa com
desvalorização.
Depreciação = 500.000,
Perda = 200.000,
Total da despesa com máquina = 700.000,

Questão 34    (FCC/PGE-RO/CONTADOR/2015) Um dos itens do Ativo Imobiliza-


do da Cia. Tribeta é um imóvel, com valor contábil líquido de R$ 4 milhões, com
50% de depreciação incorrida. Em decorrência de ocupações irregulares na região
onde se situa o imóvel, a entidade tem indícios de que o valor do imóvel não seja
totalmente recuperável. A Cia. Tribeta estimou que o uso do ativo vai gerar um
fluxo de caixa líquido de R$ 3,8 mihões. Em pesquisa conduzida com especialistas
imobiliários, a entidade conseguiria vender o imóvel por R$ 4 milhões, com custos
estimados de 10%.
Caso a Cia. Tribeta apurasse perda decorrente da situação apresentada no texto I,
o lançamento contábil para reconhecimento da perda seria:
a) D – Perdas por redução ao valor recuperável
C – Perdas acumuladas por redução ao valor recuperável.
b) D – Perdas acumuladas por redução ao valor recuperável
C – Perdas por redução ao valor recuperável.
c) D – Perdas por redução ao valor recuperável
C – Ajustes de Avaliação Patrimonial.
d) D – Outros resultados abrangentes
C – Perdas acumuladas por redução ao valor recuperável.
e) D – Perdas por redução ao valor recuperável
C – Outros resultados abrangentes.

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Letra a.
Para responder à questão, não há a necessidade de efetuar cálculos, pois todas as
assertivas tratam da despesa com perda. Contudo, vamos calcular o valor realizá-
vel do bem:
Valor contábil = 4 milhões
Valor em uso = 3.8 milhões
Valor justo líquido = 3.6 milhões
Note que a empresa deverá reconhecer uma perda de 200 mil, pois o maior valor
realizável é o valor em uso de 3.8 milhões.
O registro da perda deve ser feito debitando uma despesa em contrapartida de uma
conta redutora do ativo.
D – Despesa com perda por desvalorização
C – Perda com desvalorização acumulada (estimativa) – 200.000
Como as bancas não tem uma denominação específica para cada conta, devemos
analisar quais contas representam a despesa a débito e a redutora do ativo a credito.
O lançamento correto é o da letra “A”:
D – Perdas por redução ao valor recuperável
C – Perdas acumuladas por redução ao valor recuperável

Questão 35    (FCC/SABESP/CONTADOR/2018) Em 31/12/2015 uma empresa ad-


quiriu uma patente por R$ 10.000.000,00 e poderá explorá-la pelo prazo de 20
anos. No final do prazo de exploração a patente passa a ser de domínio público e,
portanto, não terá valor residual para a empresa. No final do ano de 2016 a em-
presa realizou o teste de redução ao valor recuperável (teste de “impairment”) e
obteve as seguintes informações sobre a patente:
• Valor em uso da patente...................................R$ 8.750.000,00.
• Valor justo líquido das despesas de venda da patente R$ 8.000.000,00.

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Na demonstração do resultado do ano de 2016, a empresa deveria

a) reconhecer uma despesa de amortização no valor de R$ 500.000,00 e uma per-

da por desvalorização no valor de R$ 750.000,00.

b) reconhecer uma despesa de amortização no valor de R$ 500.000,00 e uma per-

da por desvalorização no valor de R$ 1.500.000,00.

c) não reconhecer nenhuma despesa por se tratar de ativo intangível que não deve

ser amortizado.

d) reconhecer uma despesa de amortização no valor de R$ 500.000,00, apenas.

e) reconhecer uma perda por desvalorização no valor de R$ 1.250.000,00, apenas.

Letra a.

Para resolver a questão, lembre-se de que devemos calcular a amortização e depois

efetuar o teste de recuperabilidade.

Primeiro vamos calcular a amortização.

Amortização anual = (valor do bem – valor residual) /vida útil

Amortização anual = 10.000.000 / 20 anos = 500.000

Agora vamos calcular o valor contábil do bem:

Intangível – 10.000.000

Amortização acumulada – (500.000)

Valor contábil = 9.500.000,

Vamos aplicar o teste de recuperabilidade.

Valor em uso = 8.750.000

Valor justo líquido = 8.000.000

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O valor contábil de 9.500.000 é maior que o maior valor realizável de 8.750.000;

desta forma, a empresa deve reconhecer uma perda por desvalorização de $

750.000,00.

No ano de 2016, a empresa irá registrar uma amortização de 500.000,00 e uma

perda por desvalorização de 750.000,00

Questão 36    (FCC/TRT-2ª/CONTADOR/2018) A Cia. dos Direitos possuía, em

31/12/16, um ativo intangível com vida útil indefinida correspondente a ágio deri-

vado de expectativa de rentabilidade futura, cujo valor contábil era R$ 730.000,00

composto por:

• Custo de aquisição: R$ 880.000,00

• Perda por desvalorização reconhecida em 2016: R$ 150.000,00

Em 31/12/17, a Cia. realizou o teste de recuperabilidade do Ativo e obteve as se-

guintes informações:

• Valor em uso: R$ 900.000,00

• Valor justo líquido de despesas de venda: R$ 700.000,00

Com base nas informações acima, a Cia. dos Direitos, em 31/12/17,

a) manteve o valor contábil de R$ 730.000,00.

b) reconheceu um ganho no valor de R$ 150.000,00.

c) reconheceu uma perda por desvalorização no valor de R$ 30.000,00.

d) reconheceu um ganho no valor de R$ 170.000,00.

e) reconheceu um ganho no valor de R$ 20.000,00.

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Letra a.

Note que o valor contábil do ágio por expectativa é de $ 730.000. Em teste poste-

rior, a empresa identificou o maior valor realizável de $ 900.000.

Entretanto, quando o ágio (goodwill) for ajustado por estimativa de perda e depois

ele se valorizar, não deve ser registrada a valorização e, assim, não será feita a

reversão da perda.

Neste caso, o valor a ser registrado é o valor contábil de $ 730.000,00.

Questão 37    (FCC/AL-GO/CONTADOR/2019) Suponha que uma empresa adquiriu

um bem corpóreo por arrendamento mercantil financeiro em 20X0. Considerando

os critérios de avaliação do ativo previstos na Lei n. 6.404/1976, em 20X1, o bem

será avaliado pelo

a) valor justo deduzido do saldo da depreciação.

b) menor valor entre o valor justo e o valor de aquisição.

c) custo de aquisição deduzido do saldo da conta de depreciação.

d) valor justo acrescido da correção monetária do período.

e) custo de aquisição, deduzidos os gastos necessários para poder-se efetivar a

compra e instalar o bem.

Letra c.

A Lei n. 6.404/1976 trata do assunto em seu Art. 183 da seguinte forma:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes cri-


térios:
V – os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo
da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão;
No Art. 179 está apresentado o conceito de imobilizado:

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IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados
à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa fina-
lidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios,
riscos e controle desses bens;

Questão 38    (FCC/SEFAZ-SC/AFRE/2018) Em 28/02/2017, a empresa Monta e

Desmonta comprou uma nova máquina no valor de R$ 160.000,00, à vista, com

vida útil econômica estimada de 5 anos e valor residual de R$ 10.000,00. Em

31/12/2017, após utilizar a máquina por 10 meses, a empresa Monta e Desmonta

reavaliou a vida útil econômica remanescente da máquina em 40 meses e valor

residual de R$ 15.000,00. Em 31/10/2018, a empresa Monta e Desmonta decidiu

vender esta máquina por R$ 130.000,00, à vista. Com base nessas informações,

o resultado obtido pela empresa Monta e Desmonta com a venda da máquina foi,

em reais,

a) 5.000,00, de prejuízo.

b) 5.000,00, de ganho.

c) 40.000,00, de ganho.

d) 25.000,00, de ganho.

e) 28.000,00, de ganho.

Letra d.

Para resolver a questão, devemos:

1- Calcular a depreciação do 1º ano (10 meses);

2- Ajustar o valor contábil do bem para calcular a depreciação do 2º ano (10 meses);

3- Apurar o valor contábil do bem após os 20 meses de uso.

1) 1º ano – 2017 – depreciação mensal = (Valor do Bem - Valor Residual) / Vida Útil

Depreciação mensal = (VB-VR) / VU

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DM = (160.000 - 10.000) / 60 meses


DM = 2.500 ao mês = Depreciação acumulada após 10 meses = 25.000
Valor contábil em 31/12/17 = 135.000 (160.000 – 25.000)
2) 2º ano – 2018 – depreciação mensal= (VB – VR) / VU
DM = (135.000 - 15.000) / 40 meses
DM = 3.000 ao mês = Depreciação acumulada após 10 meses = 30.000
3) Valor contábil do bem em 31/10/18 = 105.000
Máquina = 160.000
Depreciação acumulada = (55.000)
Como vendeu um bem de $ 105.000,00 por $ 130.000,00, a empresa apurou um
ganho de $ 25.000,00.
O registro contábil da venda é:
D – Caixa – 130.000
D – Depreciação acumulada – 55.000
C – Máquina – 160.000
C – Ganho na venda de imobilizado – outras receitas – 25.000

Questão 39    (FCC/SEFAZ-BA/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE INTERNO/2019) Um


equipamento foi adquirido à vista, em 30/06/2017, pelo custo total de R$ 1.500.000,00.
A empresa definiu sua vida útil em 8 anos, o valor líquido de venda do equipamento no
final do 8º ano foi estimado em R$ 660.000,00 e, para fins fiscais, a vida útil é definida
em 10 anos. A empresa adota o método das quotas constantes para o cálculo da des-
pesa mensal de depreciação. No final de 2018, a empresa realizou o teste de redução
ao valor recuperável para o equipamento (Teste de impairment) e os valores obtidos,
em 31/12/2018, para a realização desse teste foram os seguintes:
• Valor justo = R$ 1.300.000,00
• Valor em uso = R$ 1.325.000,00

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O valor da despesa para redução ao valor recuperável (despesa por impairment)

registrado na Demonstração do Resultado de 2018 foi, em reais,

a) 42.500,00.

b) 122.500,00.

c) 17.500,00.

d) 147.500,00.

e) 175.000,00.

Letra c.

Para resolver a questão devemos:

1- Calcular a depreciação acumulada de 2017 e 2018, considerando a vida útil eco-

nômica de 8 anos;

2- Apurar o valor contábil do bem;

3- Comparar o valor contábil com o maior valor realizável.

1) Depreciação anual = (valor do bem - valor residual) / vida útil

DA = (1.500.000 - 660.000) / 8 anos

DA = 105.000

Depreciação acumulada = 157.500

2017 – 6 meses = 52.500

2018 – 12 meses = 105.000

2) Valor contábil do bem em 31/12/18 = 1.342.500

Equipamento = 1.500.000

(-) Depreciação acumulada = (157.500)

3) O maior valor realizável é o valor em uso de $ 1.325.000,00

Como o valor contábil está maior que o valor realizável, a empresa deverá registrar

uma perda por desvalorização de $ 17.500,00

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Questão 40    (FCC/SEFAZ-BA/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE INTERNO/2019)

Uma patente foi adquirida em 31/12/2017 pelo valor total de R$ 30.000.000,00.

A patente poderá ser explorada pelo prazo de 20 anos e após tal período passará a

ser de domínio público. Em 31/12/2018, a empresa realizou o teste de redução ao

valor recuperável (Teste de impairment) utilizando-se das seguintes informações

sobre a patente:

• Valor em uso da patente: R$ 25.500.000,00.

• Valor justo da patente: R$ 24.000.000,00.

Na apuração do resultado do ano de 2018, a empresa

a) reconheceu uma despesa de amortização no valor de R$ 1.500.000,00 e uma

perda por desvalorização no valor de R$ 3.000.000,00.

b) reconheceu uma despesa de amortização no valor de R$ 1.500.000,00 e uma

perda por desvalorização no valor de R$ 4.500.000,00.

c) não reconheceu nenhuma despesa por se tratar de ativo intangível que não deve

ser amortizado.

d) reconheceu uma despesa de amortização no valor de R$ 1.500.000,00, apenas.

e) reconheceu uma perda por desvalorização no valor de R$ 4.500.000,00, apenas.

Letra a.

Para resolver a questão, lembre-se de que devemos calcular a amortização e depois

efetuar o teste de recuperabilidade.

1) Primeiro vamos calcular a amortização de 2018.

Amortização anual = (valor do bem – valor residual) /vida útil

Amortização Anual = 30.000.000 / 20 anos = 1.500.000

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Agora vamos calcular o valor contábil do bem:

Intangível – 30.000.000

Amortização acumulada – (1.500.000)

Valor contábil = 28.500.000,

Vamos aplicar o teste de recuperabilidade.

Valor em uso = 25.500.000

Valor justo líquido = 24.000.000

O valor contábil de 28.500.000 é maior que o maior valor realizável de 25.500.000;

desta forma a empresa deve reconhecer uma perda por desvalorização de $

3.000.000,00.

No ano de 2018, a empresa irá registrar uma amortização de 1.500.000,00 e uma

perda por desvalorização de 3.000.000,00

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