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RECEITA FEDERAL

CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA


ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES. ANÁLISE HORIZONTAL
E INDICADORES DE EVOLUÇÃO. ÍNDICES E QUOCIENTES
FINANCEIROS DE ESTRUTURA, LIQUIDEZ, RENTABILIDADE
E ECONÔMICOS

Pré-edital

Livro Eletrônico
CLAUDIO ZORZO

Bacharel em Ciências Contábeis, pós-gradua-


do em Análise Gerencial, Docência para Nível
Superior, Auditoria e Perícia Contábil. É
ex-servidor público do Executivo Federal –
Ministério do Exército e ex-servidor público
do Legislativo Federal – Assessor Parlamen-
tar. Atualmente, é professor de Contabilidade
e Auditoria Pública e Privada.
divisão
de custos

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Análise das Demonstrações. Análise Horizontal e Indicadores de Evolução.
Índices e Quocientes Financeiros de Estrutura, Liquidez, Rentabilidade e
Econômicos
Prof. Cláudio Zorzo

Análise das Demonstrações Contábeis............................................................6


Demonstrações Contábeis.............................................................................9
Demonstrações Contábeis Segundo a Lei n. 6.404/1976................................. 19
Composição e Estrutura da DRE................................................................... 24
Notas Explicativas..................................................................................... 27
Fases da Análise das Demonstrações............................................................ 34
Análise de Estrutura ou Vertical................................................................... 38
Análise vertical do Balanço Patrimonial......................................................... 39
Análise vertical da Demonstração do Resultado do Exercício............................ 39
Análise Horizontal ou de Evolução................................................................ 40
Análise horizontal do Balanço Patrimonial..................................................... 42
Análise horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício......................... 42
Análise por Quocientes............................................................................... 53

Índices de Estrutura................................................................................... 54
Endividamento Geral.................................................................................. 55
Solvência Geral......................................................................................... 55
Quocientes de Participação de Capital de Terceiros......................................... 56
Composição de Endividamento.................................................................... 57
Imobilização do Patrimônio Líquido.............................................................. 57
Imobilização dos Recursos Não Correntes..................................................... 58
Síntese sobre os índices de estrutura........................................................... 59
Índices de Liquidez.................................................................................... 69
Principais Índices de Liquidez...................................................................... 70

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Índices de Prazo Médio ou Rotação.............................................................. 83


Análise do Ciclo Operacional e Análise do Ciclo Financeiro............................... 87
Índices de Lucratividade............................................................................. 92

Índices de Rentabilidade............................................................................. 94
Retorno do Ativo....................................................................................... 94
Retorno do Patrimônio Líquido..................................................................... 94
Equação DuPont...................................................................................... 102
EBITDA.................................................................................................. 107
Questões de Concurso.............................................................................. 114
Gabarito................................................................................................. 130
Gabarito Comentado................................................................................ 131

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Prezado(a) futuro(a) auditor(a)-fiscal,

Espero que esteja tudo bem com você, que tenha gostado do nosso curso e que

as aulas apresentadas tenham ajudado a melhorar o seu conhecimento sobre a

contabilidade.

Uma bela frase:

Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um
sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua
simplicidade. Mario Quintana.

Hoje, teremos a 11ª e última aula de contabilidade para auditor-fiscal, nela es-

tudaremos Análise Das Demonstrações Contábeis.

O assunto está previsto nos editais da seguinte forma:

• Análise econômico-financeira;

• Análise vertical e horizontal;

• Indicadores de liquidez;

• Indicadores de rentabilidade;

• Indicadores de lucratividade;

• Indicadores de endividamento;

• Indicadores de estrutura de capitais e de evolução.

Desejo uma ótima aula a todos.

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Análise das Demonstrações Contábeis

Para começarmos, é importante lembrar que a contabilidade busca por meio da

obtenção, da análise e do relato das mutações sofridas pelo patrimônio da empresa

a geração de informações úteis sobre a sua estrutura e seus resultados.

Estas informações devem propiciar aos seus usuários base segura para suas

decisões, pela compreensão do estado em que se encontra a entidade, seu desem-

penho, sua evolução, riscos e oportunidades que oferece.

Normalmente a análise gerencial trabalha com informações que superam o con-

junto das demonstrações contábeis, pois são vários os relatórios que podem servir

de base para formar uma opinião, como por exemplo, os relatórios sobre:

• a situação financeira e relação de débitos e créditos;

• o desempenho econômico e financeiro;

• o potencial econômico da empresa;

• a efetividade administrativa e operacional;

• a relação entre obtenção e aplicação de recursos;

• o programa de gerenciamento de risco.

Outro ponto importante que merece destaque é o de que os usuários das in-

formações podem ser internos ou externos e com interesses diversificados, razão

pela qual as informações geradas pela contabilidade devem ser amplas, fidedignas

e suficientes para a avaliação da situação patrimonial e das mutações sofridas pelo

patrimônio, permitindo a realização de inferências sobre o futuro da empresa.

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Usuários

Usuários internos Usuários externos

Incluem os administradores de to- Concentram suas atenções, de for-


dos os níveis, que usualmente se ma geral, em aspectos mais genéri-
valem de informações mais apro- cos, expressos nas demonstrações
fundadas e específicas relativas ao contábeis. São os investidores,
seu ciclo operacional. clientes, fornecedores, sindicatos,
governo etc.

O conhecimento sobre as informações relevantes e fidedignas ajuda ao usuário a


avaliar o impacto de eventos passados, corrigindo as suas avaliações anteriores
(valor confirmatório) ou a predizer resultados futuros (valor preditivo).

No entanto, a análise gerencial visa extrair informações das demonstrações


contábeis e mostrar a real situação da empresa para que a administração e os de-
mais usuários possam tomar as decisões operacionais necessárias.

A análise está voltada para um exame dos dados apresentados nas demonstrações
contábeis, bem como os fatores internos e externos que afetam financeira e eco-
nomicamente a empresa.

Os dados apresentados nas demonstrações contábeis representam a parte final


da sequência lógica do processo contábil, que se inicia com o registro dos fatos

contábeis nos livros. Conforme destacado abaixo:

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Processo Contábil

Ciência social Escrituração Elaboração


- Objeto - Lançamentos do balancete
- Objetivo - Fórmulas -Relação das contas
- Finalidade - Correção - Partidas dobradas
- Regimes

Elaboração
Contas
Fatos das
- Plano de contas
- Permutativos demonstrações
- Patrimoniais e de
- Modificativos - Relatórios de
resultado
- Mistos propósito geral

Dado é diferente de informação. Dados são números que isoladamente não pro-
vocam nenhuma reação ao leitor. Informação é a comunicação que pode produzir
reação ou decisão.

Assim, as “DCs” contêm uma série de dados que, quando analisados, tornam-se
informações. É por isso que na análise das demonstrações o objetivo é levantar
informações úteis com base nos dados apresentados.
As demonstrações contábeis são uma representação qualitativa e quantitativa
estruturada da posição econômica, patrimonial e financeira em determinada data e
das transações realizadas por uma entidade no período abrangido e são parte inte-

grante das informações financeiras divulgadas por uma entidade.

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É importante lembra que o objetivo das demonstrações contábeis é fornecer in-

formações sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças

na posição financeira da entidade, que sejam úteis a um grande número de usuá-

rios externos em suas avaliações e tomadas de decisão econômica.

O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui, normalmente, o Balan-

ço Patrimonial (BP), a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), a Demons-

tração de Resultado Abrangente (DRA), a Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC),

a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), a Demonstração do

Valor Adicionado (DVA) e as notas explicativas, além de outros materiais explicati-

vos necessários ou complementares.

Para atingir o seu objetivo, as demonstrações fornecem informações sobre os

seguintes aspectos de uma entidade:

• Ativos, Passivos e Patrimônio líquido – BP;

• Receitas, despesas, ganhos e perdas – DRE;

• Fluxo financeiro (fluxos de caixa) – DFC;

• Riqueza gerada – DVA;

• Resultados acumulados - DLPA ou DMPL.

Demonstrações Contábeis

Para entender a importância das demonstrações contábeis obrigatórias é neces-

sário saber que o objetivo da contabilidade é fornecer informações úteis aos usuá-

rios internos e externos. Os usuários internos têm acesso tempestivo aos relatórios

internos, assim, eles não dependem das informações apresentadas nas demonstra-

ções Contábeis para tomarem as suas decisões.

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Segundo o CPC – Comitê de Pronunciamento Contábil – em seu pronunciamento

técnico CPC 00 (R1) — estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relató-

rios contábil-financeiros, o objetivo desse documento de propósito geral (demons-

trações contábeis) é fornecer informações contábil-financeiras acerca da entidade

que sejam úteis aos usuários externos, especialmente aos investidores existentes e

em potencial, a credores por empréstimos e a outros credores, quando da tomada

decisão ligada ao fornecimento de recursos para a entidade.

 Obs.: Informação é o conjunto de dados prontos para uso, obtido no registro, pro-

cessamento, análise e organização dos fatos contábeis, de forma que exerça

uma alteração (quantitativa ou qualitativa) no conhecimento de quem a

recebe, reduzindo incertezas e servindo de orientação.

Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter participações em instru-

mentos patrimoniais e em instrumentos de dívida, e a oferecer ou disponibilizar

empréstimos ou outras formas de crédito.

O pronunciamento CPC “00” destaca que muitos investidores e credores por

empréstimo não podem requerer que as entidades que reportam a informação

prestem a eles diretamente as informações de que necessitam, devendo desse

modo confiar nos relatórios contábil-financeiro de propósito geral, para grande par-

te da informação contábil-financeira que buscam. Consequentemente, eles são os

usuários primários, sem hierarquia de prioridade, para quem os relatórios contá-

bil-financeiro de propósito geral são direcionados.

Agora, é lógico que esses relatórios não atendem e não podem atender a todas

as informações de que estes usuários necessitam, por isso eles precisam considerar

informação pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas

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gerais e expectativas, eventos políticos e clima político, perspectivas e panorama

para a indústria e para a entidade, evolução do mercado, concorrência etc.

Segundo o CPC, o foco das demonstrações contábeis-financeiras está nos usu-

ários que aplicam dinheiro na empresa, ou seja, os fornecedores de capital. Con-

tudo, devemos entender que eles não são os únicos usuários, já que os clientes,

os fornecedores, o governo, os sindicados representando os funcionários e o gover-

no utilizam as informações contábeis apresentadas para atender suas necessidades

específicas.

Os relatórios contábil-financeiros de propósito geral englobam o conjunto das de-

monstrações contábeis. Ou seja, as demonstrações contábeis fazem parte dos re-

latórios apresentados.

As Demonstrações Contábeis elaboradas dentro do que prescreve a Estrutura

Conceitual objetivam fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões

econômicas e avaliações por parte dos usuários externos em geral, não tendo o

propósito de atender finalidade ou necessidade específica de determinados grupos

de usuários. Em última análise, elas mostram os resultados do gerenciamento, pela

administração dos recursos que lhe são confiados.

Como as necessidades dos investidores satisfazem muitas das necessidades dos

demais usuários, as demonstrações contábeis são elaboradas e apresentadas para

usuários externos em geral, tendo em vista suas finalidades distintas e necessida-

des diversas, por isso são denominadas de relatórios de propósito geral.

Os governos, órgãos reguladores ou autoridades tributárias, financiadores, por

exemplo, podem determinar especificamente exigências para atender a seus pró-

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prios interesses. A partir disso, surgem os relatórios de propósito específico. São

relatórios específicos por atenderem somente um usuário.

De acordo com o pronunciamento técnico CPC 00 (R1) — estrutura conceitual para

elaboração e divulgação de relatórios contábil-financeiros —, julgue o item a seguir,

referente a conceito, objetivos e usuários da contabilidade.

Questão 1    (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) O objetivo do relatório contábil-finan-

ceiro de propósito geral é fornecer informações contábil-financeiras úteis acerca da

entidade para a tomada de decisão por parte de usuários internos, como os geren-

tes de produção, e de usuários externos, como os acionistas.

Errado.

A assertiva destaca que os relatórios são destinados aos usuários internos e exter-

nos, o que não é verdade. Nós vimos que as demonstrações são direcionadas aos

usuários externos.

De acordo com o pronunciamento técnico CPC 00 (R1) — estrutura conceitual para

elaboração e divulgação de relatórios contábil-financeiros —, julgue o item a seguir,

referente a conceito, objetivos e usuários da contabilidade.

Questão 2    (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) Os relatórios contábil-financeiros de

propósitos gerais não são os instrumentos que atendem a todas as informações de

que os usuários externos — investidores, credores por empréstimos e outros cre-

dores, existentes e em potencial — necessitam.

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Certo.

Os relatórios objetivam fornecer informações aos usuários externos, especialmente

aos investidores. Contudo, estas informações devem ser melhoradas com outras

fontes.

Assim, a assertiva está certa, pois os relatórios não atendem todas as necessidades

dos usuários.

Quando houver uma exigência específica, essas não devem afetar as demonstra-

ções contábeis elaboradas segundo a estrutura conceitual, pois elas devem atender

as necessidades de todos os seus usuários para a tomada de decisões econômicas,

como veremos abaixo:

• decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;

• avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha

sido conferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação

de contas;

• avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-

-lhes outros benefícios;

• avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros empres-

tados à entidade;

• determinar políticas tributárias;

• determinar a distribuição de lucros e dividendos;

• elaborar e usar estatísticas da renda nacional; ou

• regulamentar as atividades das entidades.

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O CPC destaca também que o objetivo da elaboração e divulgação do relatório

de propósito geral constitui o pilar da Estrutura Conceitual, pois os outros aspectos

abordados, como as características qualitativas da informação contábil-financeira

útil e suas restrições, os elementos das demonstrações contábeis, o reconheci-

mento, a mensuração, a apresentação e a evidenciação, fluem logicamente desse

objetivo.

Outro ponto que merece destaque é que os relatórios são, na maioria das infor-

mações, baseados em estimativas, julgamentos e modelos e não em descrições ou

retratos exatos.

O conjunto completo das demonstrações contábeis deve ser apresentado pelo

menos anualmente, inclusive informação comparativa. Quando se altera a data de

encerramento e as demonstrações contábeis são apresentadas para um período

extenso ou mais curto do que um ano, a entidade deve divulgar, além do período

abrangido pelas demonstrações contábeis:

• a razão para usar um período maior ou mais curto; e

• o fato de que não são inteiramente comparáveis os montantes comparativos

apresentados nessas demonstrações.

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) tem como premissa o controle sobre

o processo contábil, por isso as demonstrações contábeis são elaboradas a partir

de documentos e informações extraídas dos livros, registros e documentos que

compõem o sistema contábil de qualquer tipo de empresa, sendo que a atribuição

e responsabilidade técnica do sistema contábil cabem exclusivamente a contabilista

registrado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC) que observará as práticas

contábeis geralmente aceitas no Brasil.

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As práticas contábeis brasileiras compreendem a legislação societária bra-

sileira, as Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo Conselho Federal de

Contabilidade, os pronunciamentos, as interpretações e as orientações emitidos

pelo Comitê de Pronunciamento Contábeis (CPC) e homologados pelos órgãos re-

guladores, e práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados, des-

de que atendam à NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para

Elaboração e Divulgação de Relatório contábil-financeiro emitida pelo CFC e, por

conseguinte, em consonância com as normas contábeis internacionais.

As demonstrações contábeis fazem parte do conjunto de informações financeiras.

São de responsabilidade da administração e elaboradas sob a competência técnica

de um contabilista.

Entre os usuários das demonstrações contábeis incluem-se investidores atu-

ais e potenciais, empregados, credores por empréstimos, fornecedores e outros

credores comerciais, clientes, governos e suas agências e o público. Eles usam as

demonstrações contábeis para satisfazer algumas das suas diversas necessidades

de informação. Essas necessidades incluem:

• Investidores: os provedores de capital de risco e seus analistas que se pre-

ocupam com o risco inerente ao investimento e o retorno que ele produz.

Eles necessitam de informações para ajudá-los a decidir se devem comprar,

manter ou vender investimentos. Os acionistas também estão interessados

em informações que os habilitem a avaliar se a entidade tem capacidade de

pagar dividendos.

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• Empregados: os empregados e seus representantes estão interessados em

informações sobre a estabilidade e a lucratividade de seus empregadores.

Também se interessam por informações que lhes permitam avaliar a capa-

cidade que tem a entidade de prover sua remuneração, seus benefícios de

aposentadoria e suas oportunidades de emprego.

• Credores por empréstimos: estes estão interessados em informações que

lhes permitam determinar se os seus empréstimos e os correspondentes ju-

ros serão pagos no vencimento.

• Fornecedores e outros credores comerciais: os fornecedores e outros

credores estão interessados em informações que lhes permitam avaliar se as

importâncias que lhes são devidas serão pagas nos respectivos vencimentos.

Os credores comerciais provavelmente estarão interessados em uma entida-

de por um período menor do que os credores por empréstimos, a não ser que

dependam da continuidade da entidade como um cliente importante.

• Clientes: os clientes têm interesse em informações sobre a continuidade

operacional da entidade, especialmente quando têm um relacionamento a

longo prazo com ela, ou dela dependem como fornecedor importante.

• Governo e suas agências: os governos e suas agências estão interessados

na destinação de recursos e, portanto, nas atividades das entidades. Neces-

sitam também de informações a fim de regulamentar as atividades das enti-

dades, estabelecer políticas fiscais e servir de base para determinar a renda

nacional e estatísticas semelhantes; e

• Público: as entidades exercem influência sobre o público de diversas manei-

ras. Elas podem, por exemplo, fazer contribuição substancial à economia local

de vários modos, inclusive empregando pessoas e utilizando fornecedores

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locais. As demonstrações contábeis podem ajudar o público fornecendo infor-

mações sobre a evolução do desempenho da entidade e os desenvolvimentos

recentes.

 Obs.: As demonstrações contábeis são elaboradas com propósito geral, a fim de

atender as necessidades específicas de cada usuário.

Embora nem todas as necessidades de informações possam ser satisfeitas pelas

demonstrações contábeis, há necessidades que são comuns a todos os usuários.

Entretanto, os  governos nacionais, órgãos reguladores ou autoridades fiscais

podem especificamente determinar exigências para atender a seus próprios fins.

Essas, no entanto, não devem afetar as demonstrações contábeis preparadas de

acordo com as normas contábeis. Estas informações são denominadas de propó-

sito específico.

Demonstrações de propósito geral – relatórios financeiros que respeitam as

normas contábeis e são para todos os usuários.

Demonstrações de propósito específico – relatórios próprios que atendam uma

solicitação de usuários específicos.

Para satisfazer ao seu objetivo, as demonstrações contábeis proporcionam in-

formação da entidade acerca do seguinte:

• ativos;

• passivos;

• patrimônio líquido;

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• receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas;

• alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e dis-

tribuições a eles; e

• fluxos de caixa.

Essas informações, juntamente com outras constantes das notas explicativas,

ajudam os usuários na previsão dos futuros fluxos de caixa da entidade e, em par-

ticular, à época e o grau de certeza de sua geração.

O grau de revelação das demonstrações contábeis deve propiciar o suficiente

entendimento do que cumpre demonstrar, inclusive com o uso de notas explica-

tivas, que, entretanto, não poderão substituir o que é intrínseco, próprio das de-

monstrações.

A utilização de procedimentos diversos daqueles estabelecidos pela legislação

somente será admitida em entidades públicas e privadas sujeitas a normas contá-

beis específicas, fato que será mencionado em destaque na demonstração ou em

nota explicativa.

Quando da elaboração de demonstrações contábeis, a administração deve fazer

a avaliação da capacidade da entidade continuar em operação no futuro previsível,

desta forma as demonstrações devem ser elaboradas no pressuposto da conti-

nuidade, a menos que a administração tenha intenção de liquidar a entidade ou

cessar seus negócios, ou ainda não possua uma alternativa realista senão a des-

continuidade de suas atividades.

Outro ponto a ser destacado é o de que a entidade deve elaborar as suas de-

monstrações contábeis, exceto para a demonstração dos fluxos de caixa, utilizan-

do-se do regime de competência.

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Os dois pressupostos básicos para a elaboração das demonstrações contábeis são

a continuidade e a competência.

Demonstrações Contábeis Segundo a Lei n. 6.404/1976


A Lei n. 6.404/1976 rege as Sociedades Anônimas, sejam de capital aberto

ou fechado, e em seu artigo 176, determina que, ao fim de cada exercício social,

a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as se-

guintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do

patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:

I – balanço patrimonial;


II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III – demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.

A lei determina algumas situações complementares às demonstrações contá-

beis, que são:

• a companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a

R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e

publicação da demonstração dos fluxos de caixa;

• as demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos

valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior;

• nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas, os pe-

quenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e

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não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas,

mas é vedada a utilização de designações genéricas, como diversas contas

ou contas-correntes.

• as demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a

proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela

assembleia-geral e serão complementadas por notas explicativas e outros

quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclareci-

mento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

A fim de dar maior liberdade ao mercado de capital, a Lei n. 6.404/1976 estabe-

lece que as demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda,

as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamen-

te submetidas à auditoria por auditores independentes nela registrados.

Outro ponto interessante na lei é o de que as companhias fechadas poderão

optar por observar as normas sobre demonstrações financeiras expedidas pela Co-

missão de Valores Mobiliários para as companhias abertas.

Uma novidade incluída na Lei n. 6.404/1976 pela Lei n. 11.638/2007 é que se


aplicam às sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de

sociedades anônimas, as determinações da legislação societária sobre a escritu-

ração, elaboração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria

independente por auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários.

Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta lei, a  sociedade ou

conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior,

ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais)

ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).

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É importante entender que cada demonstração tem um objetivo específico, para

assim o conjunto das demonstrações atender aos usuários de forma completa.

A seguir, apresento as características principais de cada demonstração, destacando

o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício, que são as de-

monstrações consideradas principais para fins de análise.

• Balanço Patrimonial – BP

– Apresenta o aspecto financeiro e patrimonial de uma empresa;

– É composto pelos grupos de contas do ativo, passivo e patrimônio líquido;

– Tem por objetivo dar uma amostra do patrimônio em um momento próprio,

por isso entende-se que é uma fotografia do patrimônio da empresa em

determinado momento, é estática;

– É considerada uma demonstração principal.

O balanço patrimonial é a demonstração contábil estática destinada a eviden-

ciar, quantitativa e qualitativamente, em uma determinada data, a posição patri-

monial e financeira da Entidade.

• O BP é estático porque apresenta a situação líquida da empresa em determi-


nado momento. É uma fotografia dos bens, direitos e obrigações.

• Por aspecto qualitativo entende-se a natureza dos elementos que compõem o

patrimônio, como dinheiro, valores a receber ou a pagar expressos em moe-

da, máquinas, estoque de mercadorias ou materiais, entre outros. Assim é a

identificação do elemento do balanço patrimonial.

• O aspecto quantitativo refere-se à expressão monetária dos componentes

patrimoniais, apresentando seus valores ao término do exercício social.

O balanço patrimonial será composto pelo grupo do ativo, do passivo e do pa-

trimônio líquido, sendo que o ativo e o passivo exigível serão segredados em cir-

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culante e não circulante. Essa determinação está na Lei n. 6.404/1976, artigo 178,

conforme apresentado abaixo.

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimô-


nio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situ-
ação financeira da companhia.
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos
elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos,
imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
I – passivo circulante; (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
III – patrimônio líquido.

Balanço Patrimonial
Ativo circulante Passivo circulante
- Disponível - Exigível de curto prazo
- Créditos
- Estoques Passivo não circulante
- Despesas antecipadas - Exigível de longo prazo

Ativo não circulante Patrimônio líquido


- Realizável a longo prazo - Capital próprio
- Investimento
- Imobilizado
- Intangível

• Demonstração do Resultado do Exercício – DRE

– Apresenta de forma dinâmica o resultado econômico da empresa;

– Composta pelas contas de receitas e despesas;

– Normalmente é elaborada antes do Balanço Patrimonial sendo o seu re-

sultado transferido para o patrimônio líquido, na conta lucro ou prejuízo

acumulado;

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– A DRE deverá apresentar o resultado apurado por ação do capital social;

– É considerada demonstração principal.

A demonstração do resultado é uma demonstração contábil dinâmica, destinada

a evidenciar a composição do desempenho econômico apurado em um determina-

do período de operações da Entidade.

A DRE, observado o regime da competência, evidenciará de forma vertical os

vários níveis de resultados mediante confronto entre as receitas, e os correspon-

dentes custos e despesas.

As informações referentes ao desempenho da entidade, especialmente a sua

rentabilidade, são requeridas com a finalidade de avaliar possíveis mudanças ne-

cessárias na composição dos recursos econômicos que provavelmente serão con-

trolados pela entidade. Estas informações são úteis para prever a capacidade que a

entidade tem de gerar fluxos de caixa a partir dos recursos atualmente controlados

por ela. Também é útil para a avaliação da eficácia com que a entidade poderia usar

recursos adicionais.

Na prática o resultado econômico é frequentemente usado como medida de de-

sempenho na gestão do patrimônio ou como base para outras avaliações, tais como

o retorno do investimento ou resultado por ação.

As receitas e despesas são apresentadas na DRE de diferentes maneiras, de modo

que prestem informações relevantes para a tomada de decisões. Por exemplo,

é prática comum distinguir entre receitas e despesas que surgem no curso das ati-

vidades usuais da entidade (operacionais) e as demais (não operacionais).

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Na DRE, as contas de resultados são as receitas e os ganhos, as deduções de


receitas, custos, despesas, impostos e participações sobre lucros. Essa distinção
é feita porque a fonte de uma receita é relevante na avaliação da capacidade que
a entidade tenha de gerar caixa no futuro. Já a separação das despesas facilita o
entendimento de quanto é necessário gastar para que as receitas sejam realizadas.

Composição e Estrutura da DRE


A Lei n. 6.404/1976 trata da DRE em seu artigo 187 estabelecendo a estrutura
de apresentação da demonstração, conforme a função da despesa, da seguinte
forma:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:


I – a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os
impostos;
II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos
e o lucro bruto;
III  – as despesas com as vendas, as  despesas financeiras, deduzidas das receitas,
as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; modificado
pela lei 11.941/09
V – o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o im-
posto;
VI  – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes benefi-
ciárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e  de instituições ou fundos de
assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;
modificado pela lei 11.941/09
VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

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DRE- Demonstração do resultado do exercício


Receita bruta de vendas (-) Outras despesas
(-) Deduções das vendas (+) Outras receitas
(=) Receita líquida de vendas (=) Lucro antes CSLL/IR
(-) Custo da mercadoria vendida (-) CSLL
(=) Lucro operacional bruto (-) IR
(-) Despesas operacionais (=) Lucro antes das participações
(+) Receitas operacionais (-) Participações nos lucros
(=) Lucro operacional líquido (=) Lucro líquido do exercício

• Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC


– Apresenta variação financeira por meio das entradas e saídas de dinheiro
que afetaram a conta caixa e o equivalente ao caixa de uma empresa (dis-
ponível);
– É obrigatória para todas as sociedades anônimas de capital aberto e para
todas as sociedades anônimas de capital fechado com o patrimônio líquido
igual ou maior que dois milhões de reais na data do balanço;
– Apresenta o fluxo de caixa por atividades: operacional, financiamento e
investimento.
– Pode ser apresentada pelo método direto ou indireto;
– É uma demonstração auxiliar e é dinâmica.
• Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA
– Apresenta as variações na conta lucro ou prejuízos acumulados, originadas
de ajustes de exercícios anteriores, absorção do resultado do exercício, for-
mação de reservas de lucro ou distribuição de dividendos aos sócios;
– Segundo a Lei n. 6.404/1976, é obrigatória para todas as sociedades anô-
nimas;
– Apresenta o total dos dividendos por ação do capital social.
– É uma demonstração auxiliar e é dinâmica.

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• Demonstração do Valor Adicionado – DVA


– A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) tem como objetivo evidenciar o
quanto de riqueza uma empresa produziu, o quanto ela adicionou de valor
aos seus fatores de produção;
– Apresenta como que a riqueza foi distribuída entre empregados, governo,
acionistas, financiadores de capital e quanto ficou retido na empresa;
– Apresenta a participação econômica efetiva da empresa, juntos aos usuá-
rios e a sociedade em geral;

– É obrigatória para todas as sociedades anônimas de capital aberto.

A Lei n. 6.404/1976 não obriga a elaboração da Demonstração das Mutações do

Patrimônio Líquido – DMPL, por isso é bom se atentar nas questões de provas que

a DMPL somente é obrigatória por determinação da CVM e do CFC/CPC.

No artigo 186, a Lei n. 6.404/1976 faculta para as empresas obrigadas a elabora-

rem a DMPL a inclusão da DLPA.

§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do


dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das muta-
ções do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia.

• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

– Apresenta as variações do patrimônio líquido da empresa;

– É como composta pelas contas: capital social, reservas de capital e de lucro,

ajuste da avaliação patrimonial, prejuízo acumulado e ações em tesouraria;

– Deve destacar a participação dos acionistas majoritários e minoritários no

capital da empresa, bem como sua alteração;

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– Inclui o resultado abrangente do período, apresentando, separadamente,

o montante total atribuível aos proprietários da entidade controladora e o

montante correspondente à participação de não controladores;

– Engloba a DLPA.

Notas Explicativas
Segundo a Lei n. 6.404/1976, as demonstrações contábeis deverão ser com-

plementadas pelas notas explicativas. Essa determinação está no parágrafo 5º do

artigo 176, sendo que as notas explicativas deverão indicar:

• Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmen-

te estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de cons-

tituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a

perdas prováveis na realização de elementos do ativo;

• os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (artigo 247, pa-

rágrafo único);

• o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações

(artigo 182, § 3º);

• os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a

terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;

• a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo

prazo;

• o número, espécies e classes das ações do capital social;

• as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;

• os ajustes de exercícios anteriores (artigo 186, § 1º);

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• os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham,

ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resulta-

dos futuros da companhia.

Essas informações apresentadas nas demonstrações contábeis, juntamente com

outras constantes das notas explicativas, auxiliam os usuários a avaliar a situação

atual e estimar os resultados e os fluxos financeiros futuros da entidade.

A principal finalidade da análise é dar informações para as pessoas interessadas

referentes a:

• Demonstrar a atratividade de investimentos em ações;

• Facilitar a concessão de créditos;

• Demonstrar a capacidade de pagar suas dívidas; solvência da empresa;

• Apresentar a rentabilidade da empresa;

• Destacar a política financeira da empresa.

Questão 3    (AOCP/UFPB/CONTADOR/2015) Com base na legislação societária,

as companhias abertas são obrigadas a elaborar a Demonstração de Mutações do

Patrimônio Líquido, a qual dispensará a elaboração isolada do/da

a) Demonstração do Valor Adicionado.

b) Demonstração de Sobras ou Perdas.

c) Relatório da Administração.

d) Demonstração do Resultado Abrangente.

e) Demonstração do Lucro ou Prejuízos Acumulados.

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Letra e.

A Lei n. 6.404/1976 estabelece que as empresas que elaborarem a DMPL não pre-

cisarão elaborar a DLPA.

O assunto é abordado no artigo 186 da seguinte forma:

§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do


dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das muta-
ções do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia.

Questão 4    (AOCP/EBSERH/CONTADOR/2017) De acordo com a Lei das Socie-

dades por Ações, é  determinada a elaboração das demonstrações financeiras ao

fim de cada exercício social. Assinale alternativa que apresenta as demonstrações

financeiras exigidas por lei.

a) Balanço Patrimonial, Demonstração dos Lucros, Demonstração do Resultado e

Livro Diário.

b) Livro Diário, Livro Razão e Balancete de Verificação em quatro colunas.

c) Balanço Patrimonial, Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, De-

monstração do Resultado e Demonstração dos Fluxos de Caixa.

d) Livro Diário, Livro Razão ou Razonetes e Balancete de Verificação em duas co-

lunas.

e) Balanço Patrimonial, Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração da Mu-

tação do Patrimônio Líquido e Livro Diário.

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Letra c.

A Lei n. 6.404/1976 apresenta as demonstrações obrigatórias em seu artigo art. 176

da seguinte maneira:

Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mer-
cantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com
clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I – balanço patrimonial;
II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III – demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado

Questão 5    (VUNESP/ITESP/CONTADOR/2013) As normas contábeis estabelece-

ram procedimentos para evidenciação de informações de natureza social e am-

biental, tais como a geração e a distribuição de riqueza, os recursos humanos e a

interação da entidade com o ambiente externo e com o meio ambiente, objetivando

demonstrar à sociedade a participação e a responsabilidade social das entidades.

De acordo com essas normas, a riqueza gerada e distribuída pelas entidades deve

ser apresentada ao público por intermédio da(o)

a) Demonstração do Resultado Adicionado.

b) Balanço Patrimonial.

c) Demonstração do Valor Adicionado.

d) Balanço Ambiental.

e) Demonstração da Origem e Aplicação de Recursos.

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Letra c.

A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) tem como objetivo evidenciar o quanto

de riqueza uma empresa produziu, o quanto ela adicionou de valor aos seus fatores

de produção. Ela apresenta como que a riqueza foi distribuída entre empregados,

governo, acionistas, financiadores de capital e quanto ficou retido na empresa.

É uma demonstração obrigatória para as S/As de capital aberto e tem o interesse

de apresentar a participação econômica efetiva da empresa, juntos aos usuários e

a sociedade em geral.

Questão 6    (VUNESP/SP-URBANISMO/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2014) De

acordo com o CPC 26 (R1), as demonstrações contábeis de uma Entidade são uma

representação estruturada da posição patrimonial e financeira e do seu desem-

penho. O objetivo das demonstrações contábeis é o de proporcionar informação

acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da

Entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e toma-

da de decisões econômicas. O conjunto completo dessas demonstrações contábeis

inclui, além do balanço patrimonial e da demonstração do resultado do período,

a) a demonstração do resultado não abrangente do período.

b) a demonstração das origens e as aplicações de recursos.

c) o balanço social e o balanço ambiental.

d) o resultado de sustentabilidade.

e) a demonstração das mutações do patrimônio líquido do período e a demonstra-

ção dos fluxos de caixa do período.

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Letra e.

O CPC 26 (R1) apresenta as demonstrações contábeis obrigatórias, segundo o CPC

e o Conselho Federal de Contabilidade.

Para estes órgãos reguladores, a demonstração obrigatória é a DMPL, sendo que a

DLPA deve ser incluída nela. Eles também obrigam elaboração da DRA - Demonstra-

ção dos Resultados Abrangentes. Assim, de forma diferente da Lei n. 6.404/1976,

o conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:

• balanço patrimonial ao final do período;

• demonstração do resultado do período;

• demonstração do resultado abrangente do período;

• demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;

• demonstração dos fluxos de caixa do período;

• demonstração do valor adicionado do período.

Questão 7    (VUNESP/SAEG/ADVOGADO/2015) Impõe a lei n. 6.404/76 que,

ao final de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração

mercantil da companhia, as demonstrações financeiras que estabelece, e que de-

verão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações

ocorridas no exercício. Além das mesmas demonstrações financeiras exigíveis para

todas, somente as companhias abertas devem apresentar, também,

a) balanço patrimonial.

b) demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados.

c) demonstração do resultado do exercício.

d) demonstração dos fluxos de caixa.

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e) demonstração do valor adicionado.

Letra e.

A Lei n. 6.404/1976, no artigo 176, determina que, ao fim de cada exercício social,

a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as se-

guintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do

patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:

I – balanço patrimonial;


II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III – demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.

A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) tem como objetivo evidenciar o quanto

de riqueza uma empresa produziu, o quanto ela adicionou de valor aos seus fatores

de produção. Ela apresenta como que a riqueza foi distribuída entre empregados,

governo, acionistas, financiadores de capital e quanto ficou retido na empresa.

É uma demonstração obrigatória para as S/As de capital aberto e tem o interesse

de apresentar a participação econômica efetiva da empresa, juntos aos usuários e

a sociedade em geral.

Questão 8    (EXATUS/BANPARÁ/CONTADOR/2015) O Pronunciamento Técnico

CPC 26 (R1), apresenta a demonstrações contábeis, aprovada pelo CVM n. 676/11.

É a Demonstração apresentada de forma dedutiva definindo o lucro ou prejuízo -

Demonstração que evidencia a mutação do patrimônio Líquido em termos globais

– Demonstração que visa mostrar como ocorrem as movimentações de disponibi-

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lidades – Demonstração que tem por objetivo informar o valor da riqueza criada

pela empresa e a forma de sua distribuição - Respectivamente, as definições são

de quais demonstrações:

a) DRE, DMPL, DFC e DVA;

b) DMPL, DFC, DRE e DVA;

c) DRE, DMPL, DVA e DFC;

d) DFC, DVA, DRE e DMPL;

e) DMPL, DFC, DVA e DRE.

Letra a.

É a Demonstração apresentada de forma dedutiva definindo o lucro ou prejuízo

= DRE.

Demonstração que evidencia a mutação do patrimônio Líquido em termos globais

= DMPL.

Demonstração que visa mostrar como ocorrem as movimentações de disponibilida-

des = DFC.

Demonstração que tem por objetivo informar o valor da riqueza criada pela empre-

sa e a forma de sua distribuição = DVA.

Fases da Análise das Demonstrações


Para se efetivar a análise são necessários alguns procedimentos de ajuste no

material que servirá de base para o trabalho, assim, é normal que sejam respeita-

das algumas fases no processo, especialmente as que seguem abaixo:

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• coleta;

• preparação;

• processamento;

• análise;

• conclusão.

• coleta das informações: obtenção das informações nas demonstrações,

além de outros dados sobre mercado de atuação da empresa, seus produtos,

seu nível tecnológico, seus administradores e seus proprietários, bem como

sobre o grupo a que a empresa pertence, entre outras.

Normalmente, a análise trabalha com informações que superam o conjunto das

demonstrações contábeis, são vários os relatórios que podem servir de base, como,

por exemplo:

• situação financeira e relação de débitos e créditos;

• desempenho econômico e financeiro;

• potencial econômico da empresa;

• efetividade administrativa e operacional;


• relação entre obtenção e aplicação de recursos;

• programa de gerenciamento de risco.

• preparação do material: fase de padronização e reclassificação das de-

monstrações financeiras para adequá-las aos padrões necessários para a

análise.

Padronizar as demonstrações financeiras para análise significa fazer uma crítica

às contas e transferi-las quando necessário para outros grupos de contas ou ape-

nas adicionar o saldo de várias contas que têm o mesmo significado para a análise.

Principais contas que devem ser ajustadas:

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• despesa antecipada - conta do ativo - indica despesa que já foi paga, con-

tudo, ainda não foi realizada economicamente. Deve ser apresentada como

redutora no Patrimônio Líquido.

• receita antecipada - conta do passivo - representa o resultado de ganhos

que serão realizados em exercícios futuros, mas que já foram recebidos. Deve

ser somada no Patrimônio Líquido.

• Processamento dos dados apresentados: Processamento das informa-

ções e emissão de relatório com os dados obtidos nas demonstrações, no

formato estabelecido pelo analista.

Normalmente, este processo é feito através de processamento eletrônico de

dados.

• análise: fase de análise dos dados disponíveis, compreendendo a consistên-

cia das informações, a observação das tendências apresentadas pelos indica-

dores obtidos por meio das fórmulas de análise.

• conclusão: consiste em identificar, ordenar, destacar e escrever sobre os

principais pontos observados.

Nesta fase o analista expressa sua opinião em linguagem simples, clara e con-

sistente, de modo que qualquer usuário da análise possa tomar decisão sobre a

informação.

Abaixo apresento uma sequência lógica do processo contábil. Note que tudo

começa com o registro do fato contábil, não esqueça que em cada fato existem, no

mínimo, 2 contas envolvidas. Estas são registradas nos livros e, ao término de cada

mês, é elaborado o balancete de verificação e, com base no balancete de dezem-

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bro, serão elaboradas as demonstrações contábeis que irão fornecer dados para a

análise.

Na prática a análise das demonstrações contábeis normalmente é dividida em

duas categorias distintas: em análise financeira e em análise econômica.

• Análise Financeira - que possibilita a interpretação da saúde financeira da

empresa, a estrutura do capital, seu grau de liquidez e capacidade de solvên-

cia. Está relacionada com as contas patrimoniais do BP.

• Análise Econômica - que possibilita a interpretação das variações do pa-

trimônio e da riqueza gerada por sua movimentação. Está relacionada com

contas de resultado e utiliza indicadores de lucratividade e de retorno dos

investimentos.

A análise da situação econômica e financeira possibilitará aos administradores,

empresários, investidores e credores avaliarem o acerto da gestão econômico-fi-

nanceira, a necessidade de correção nessa gestão, o retorno e segurança dos in-

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vestimentos, a garantia dos capitais emprestados e o retorno nos prazos estabele-

cidos.

Existem 03 métodos usuais para se efetuar a análise das demonstrações con-

tábeis:

• análise de estrutura ou vertical;

• análise de evolução ou horizontal;

• análise por quocientes (liquidez, estrutura, prazo médio e rentabilidade).

Vertical
De estrutura

Participações

Horizontal
De evolução

Variações

Índices
Por quocientes

Relações

Análise de Estrutura ou Vertical


Esta análise consiste em estabelecer uma cota ou grupo de contas como base,

e a partir disso verificar quanto cada um dos demais itens representa em relação

àquele escolhido como base.

Para estabelecer o percentual de participação de cada componente, basta fazer

uma regra de três, tendo como base um item da demonstração.

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O indicador apresenta a porcentagem de cada componente em relação ao total

da sua demonstração, e assim auxilia na comparação dos valores dentro de um

exercício social.

Análise vertical do Balanço Patrimonial


Ativo Valor x1 AV x1 Valor x2 AV x2
AC 400.000 20% 500.000 27.8%
Disponível 50.000 2.5% 150.000 8.4%
Créditos 100.000 5% 250.000 13.8%
Estoques 250.000 12.5% 100.000 5.6%
ANC 1.600.000 80% 1.300.000 72.2%
Realizável a LP 200.000 10% 250.000 13.9%
Investimentos 500.000 25% 600.000 33.3%

Imobilizado 900.000 45% 450.000 25%

Total 2.000.000 100% 1.800.000 100%

Análise vertical da Demonstração do Resultado do Exer-


cício
Contas Valor x1 AV x1 Valor x2 AV x2
RBV 100.000. 100% 120.000 100%
Deduções (35.000.) 35% (30.000) 25%
(=) RLV 65.000. 65% 90.000 75%
(-) CMV (30.000.) 30% (30.000) 25%
(=) LOB 35.000. 35% 60.000 50%
(-) Desp. OP (25.000.) 25% (30.000) 25%
(+) Rec. OP 10.000. 10% 6.000 5%
(=) LOL 20.000. 20% 36.000 30%
(-) Outras Desp. (4.000.) 4% (6.000) 5%
(+) Outras Rec. 10.000. 10% 0 0

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(=) LACSIR 26.000. 26% 30.000 25%


(-) CSLL/IR 8.000. 8% (10.000) 8.3%
(=) LAP 18.0000. 18% 20.000 16.7%

A análise vertical mostra a importância de cada conta na demonstração, através de

um cálculo do percentual que cada elemento ocupa em relação ao conjunto dentro

de um exercício social.

Análise Horizontal ou de Evolução


A análise horizontal objetiva apresenta como está sendo a evolução de cada

item ou conjunto de itens constantes das demonstrações no decorrer do tempo.

Este tipo de análise possibilita o acompanhamento do desempenho de uma das

contas que compõem a demonstração, apresentando se houve aumento ou dimi-

nuição do seu valor. Serve para analisar índices futuros, seguindo uma evolução

normal das contas e, por consequência, é fundamental para o estudo de tendências.

Para fazer a análise horizontal deve-se indicar um número índice, que consiste

em escolher um exercício como base, atribuindo aos seus valores o percentual de

100% e, a partir desse exercício, se calcula os demais valores dos outros exercícios

por meio de regra de três.

A análise horizontal busca apresentar como está ocorrendo a evolução de cada

conta ou grupo de contas constantes das demonstrações no decorrer dos tempos.

É chamada de horizontal porque avalia o crescimento ou decrescimento de contas,

assim, não compara um item com outro no mesmo período, mas, sim, o mesmo
item em exercícios sociais diferentes.

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Na análise horizontal para apresentar a variação real é necessário excluir o efeito

da inflação nos valores que serão analisados. Se não for retirado o impacto da in-

flação, a análise é denominada de nominal.

Exemplo:
A conta despesa com salários apresentou em 2017 o montante de $100.000 e, em
2018, o total de $250.000, a inflação do período foi de 10%.
De forma simples bastaria fazer uma regra de três e apurar nominalmente a varia-
ção da seguinte forma:
100.000 – 100%
250.000 – x%
X – = 250%
Nominalmente, houve uma variação de 150%.
Entretanto, como teve a inflação de 10%, este crescimento não é o real. Assim,
devemos ajustar o valor de 2018 retirando dele o impacto da inflação.
Valor real = 250.000/1(1 + i)
Valor real = 250.000/1,1
Valor real = 227,27

Desta forma o crescimento real foi de 127,27%.

Para apurar a evolução real devemos descontar o impacto da inflação. Para apurar

a evolução nominal não há a necessidade de descontar a inflação.

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Análise horizontal do Balanço Patrimonial


Ativo Valor x1 AH x1 Valor x2 AH x2
AC 400.000 100% 500.000 125%

Disponível 50.000 100% 150.000 300%

Créditos 100.000 100% 250.000 250%


Estoques 250.000 100% 100.000 40%
ANC 1.600.000 100% 1.300.000 81.25%
Realizável a LP 200.000 100% 250.000 125%
Investimentos 500.000 100% 600.000 120%
Imobilizado 900.000 100% 450.000 50%
Total 2.000.000 100% 1.800.000 90%

Análise horizontal da Demonstração do Resultado do


Exercício
Contas Valor x1 AH x1 Valor x2 AH x2
RBV 100.000 100% 120.000 120%
Deduções (35.000) 100% (30.000) 85.7%
(=) RLV 65.000 100% 90.000 138.8%
(-) CMV (30.000) 100% (30.000) 100%
(=) LOB 35.000 100% 60.000 171%
(-) Desp. OP (25.000) 100% (30.000) 120%
(+) Rec. OP 10.000 100% 6.000 60%
(=) LOL 20.000 100% 36.000 180%
(-) Outras Desp. (4.000) 100% (6.000) 150%
(+) Outras Rec. 10.000 100% 0 0%
(=) LACSIR 26.000 100% 30.000 115%
(-) CSLL/IR 8.000 100% (10.000) 125%
(=) LAP 18.000 100% 20.000 111%

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A análise horizontal compara, em forma de percentual, a partir de um índice pa-


drão, a evolução de determinada conta ou grupo de contas na sua demonstração
em mais de um período.

Questão 9    (AOCP/TRE-AC/CONTADOR/2015) A companhia Magnus apresentou a


seguinte evolução na Receita de Vendas para os exercícios sociais de 20x0 a 20x3:
Receita de vendas 20x0 20x1 20x2 20x3
RS 75.000,00 105.000,00 60.000,00 135.000,00
Inflação dos exercícios sociais de 20x1 a 20x3 foram, respectivamente, 8%,12% e
9%.
Ao efetuar a análise horizontal e tomando por base o exercício social de 20x0,
é correto afirmar que:
a) 20x1: apresentou crescimento nominal de 30%.
b) 20x2: apresentou decrescimento real de 34%.
c) 20x3: apresentou crescimento real de 80%.
d) 20x1: apresentou crescimento real de 40%.
e) 20x2: apresentou decrescimento nominal de 80%.

Letra b.
Para calcular o crescimento nominal não há a necessidade de excluir a inflação dos
valores apresentados. Contudo, para calcular o crescimento real devemos trazer o
valor apresentado descontado da taxa de inflação.

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Crescimento nominal (com base no ano de 20x0)

20x0 = 75.000

20x1 = 105.000 – crescimento de 40%

20x2 = 60.000 – decréscimo de 20%

20x3 = 135.000 – crescimento de 80%

Crescimento real

Para calcular o valor real é só pegar o valor nominal e dividir por (1+i) de toda in-

flação do período, sendo i a inflação anual.

20x0 – ano índice

20x1 – 105.000/(1.08) = 97.222

20x2 – (60.000/1.08)x(1.12) = 49.603

20x3 – (135.000/1.08)x(1.12)x(1.09) = 102.392

20x0 = 75.000 = 100%

20x1 = 97.222 = 129,62% - crescimento real de 29,62%

20x2 = 49.603 = 66,13% - decréscimo real de 34%

20x3 = 102.392 = 136,52% - crescimento real de 36,52%

Questão 10    (IADES/METRO-DF/TÉCNICO CONTÁBIL/2014) A respeito das técni-

cas de análise das demonstrações financeiras, assinale a alternativa correta.

a) Os efeitos inflacionários não distorcem a análise de balanços.

b) O Balanço Patrimonial é uma apresentação dinâmica da situação patrimonial e

financeira da empresa.

c) A análise deve ser feita sobre as demonstrações originais, sem que seja efetua-

do nenhum ajuste prévio.

d) Para identificar tendências, faz-se necessária a análise das demonstrações con-

tábeis de vários exercícios financeiros.

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e) A análise por meio dos índices de rentabilidade permite identificar a composição

de capitais de terceiros e capitais próprios empregados na entidade.

Letra d.

A análise vertical apresenta a participação de cada item em relação ao seu grupo,

já a análise horizontal apresenta a evolução do saldo das contas em relação aos

períodos anteriores. É denominada de análise de tendências.

Elas permitem analisar a situação estrutural da empresa e como ela evoluiu, facili-

tando a análise pontual dos componentes do patrimônio e do resultado do exercício.

Como a inflação impacta nos valores reais, é importante ajustar os valores, espe-

cialmente, na análise horizontal, para retirar o impacto da inflação no valor nomi-

nal.

O Balanço Patrimonial é uma demonstração estrutural estática, já a DRE é dinâmi-

ca.

Questão 11    (CESGRANRIO/CEFET-RJ/TÉCNICO CONTÁBIL/2104) A análise das

demonstrações contábeis é a técnica contábil utilizada para decompor os elementos

patrimoniais e fazer comparações e interpretações visando ao estabelecimento de

relações entre esses mesmos elementos.

Nesse contexto, para as tomadas de decisão, o objetivo da análise de balanço é

a) analisar o saldo das contas;

b) avaliar os resultados apurados;

c) extrair informações úteis;

d) testar a validade dos índices;

e) verificar saldos e transações.

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Letra c.

A análise gerencial visa mostrar, com base nas informações contábeis, a posição

econômico-financeira atual da empresa, a fim de que a administração e os demais

usuários possam tomar as decisões operacionais necessárias.

A análise está voltada para um exame dos dados apresentados nas demonstrações

contábeis, bem como os fatores internos e externos que afetam financeiramente e

economicamente a instituição, respeitando a sequência lógica do processo contábil.

Os dados serão analisados de forma que sejam extraídas informações sobre a em-

presa analisada.

Questão 12    (IADES/METRO-DF/TÉCNICO CONTÁBIL/2014) Acerca das análises

vertical e horizontal, assinale a alternativa correta.

a) A análise horizontal permite a avaliação da estrutura patrimonial.

b) Por meio da análise vertical, é possível identificar como cada item que compõe

a Demonstração de Resultado do Exercício contribuiu para a formação do lucro ou

prejuízo da entidade.

c) A análise horizontal pode ser realizada com apenas um Balanço disponível.

d) A evolução dos itens que compõem o Balanço Patrimonial pode ser observada

por meio da análise vertical.

e) Na análise vertical, calculam-se números-índices estabelecendo um exercício

como ano-base = 100, a fim de avaliar a evolução dos itens das demonstrações

contábeis.

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Letra b.

A vertical mede a porcentagem de cada componente em relação ao total da sua

demonstração, e assim auxilia na comparação dos valores dentro do exercício so-

cial. Tem por finalidade evidenciar a participação de cada elemento do conjunto em

relação ao total, em um mesmo período.

A análise horizontal apresenta a evolução do saldo de uma conta em relação aos

períodos anteriores, é também denominada de análise de tendências. Para sua in-

terpretação deve ser denominada um exercício social como ano-índice.

Questão 13    (CESGRANRIO/CEFET-RJ/TÉCNICO CONTÁBIL/2014) Na análise

dos balanços de 2009 e 2010, elaborados pela companhia F, o analista, na análise

vertical do balanço/2009, apurou uma participação conjunta de 26,5% das dívidas

de curto e longo prazos. Em seguida, ao elaborar a análise horizontal de 2010, ele

atentou para o fato de que não havia feito o ajuste monetário da inflação de 6%,

no balanço de 2009.

Concluído o ajuste monetário do balanço de 2009, a participação das dívidas de

curto e longo prazos na nova análise vertical, realizada depois do respectivo ajuste

monetário, terá o percentual de

a) 20,5%.

b) 25,0%.

c) 26,5%.

d) 28,09%.

e) 32,5%.

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Letra c.

Como na análise vertical devemos utilizar somente os valores do exercício social,

a fim de verificar a participação da conta em seu grupo, não há a necessidade de

ajustar os saldos pela inflação.

O ajuste deve ser feito na análise horizontal para se apurar a evolução real.

Questão 14    (UFPR/COPEL/ADMINISTRADOR/2015) Sobre as técnicas de análise

de balanço, considere as seguintes afirmativas:

1) Análise vertical é o cálculo da variação percentual ocorrida entre períodos de

tempo;

2) Análise horizontal é o cálculo da relação percentual da conta com o total do

ativo ou passivo, no balanço patrimonial, ou com a receita líquida, no caso

da DRE;

3) A análise vertical deve ter seus resultados analisados conjuntamente com a

análise horizontal e demais indicadores econômico-financeiros;

4) A análise horizontal permite que se avalie a evolução nominal dos vários itens

de cada demonstração contábil em intervalos sequenciais de tempo.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.

b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.

c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.

d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.

e) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.

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Letra d.
Os itens 3 e 4 estão certos.
Com relação ao item 3, é bom ressaltar que na análise não se busca informação
somente de um indicador, é necessária a relação entre os resultados alcançados
pelos diversos indicadores.
Os conceitos dos itens 1 e 2 estão invertidos.

Questão 15    (IADES/METRO-DF/TÉCNICO CONTÁBIL/2014) Com base nos ba-


lanços apresentados, assinale a alternativa correta.
a) As disponibilidades aumentaram 21% entre 20X1 e 20X2.

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b) A conta Fornecedores diminuiu 2%.


c) A participação da conta Lucros Acumulados no Passivo Total aumentou 11%
em 20X2.
d) A conta Empréstimos cresceu 96,80% no período analisado.
e) O item Veículos manteve sua participação relativa inalterada em relação ao Ativo
Total.

Letra e.
Para responder esta questão, basta aplicar a fórmula da regra de três.
a) Errada. As disponibilidades passaram de $ 47.500 para $ 43.890, assim houve
uma diminuição e não um aumento.
b) Errada. A conta fornecedor passou de $ 47.500 para $ 48.070, assim, o valor
aumentou e não diminuiu.
c) Errada. Podemos identificar na análise vertical da conta lucros acumulados, que
a participação passou de 13% para 11 %, assim, houve uma diminuição de 2%.
d) Errada. A conta empréstimo teve seu valor diminuído e não aumentado.
e) Certa. Na análise vertical da conta veículos no ano de 20X2, identificamos uma

participação de 11% (22.990/209.000) x 100%).

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Questão 16    (IADES/HEMOCENTRO-DF/CONTADOR/2017) Com base na análise

vertical e horizontal dos balanços apresentados, é correto concluir que a (o)

a) análise horizontal indicou redução do Passivo Circulante.

b) Ativo Circulante aumentou sua participação no Ativo Total.

c) percentual de participação do Patrimônio Líquido no Passivo Total aumentou

em 100%.

d) Ativo Total apresentou tendência de crescimento maior que o Passivo Total.

e) índice horizontal do Ativo Circulante passou de 100 para 125, apesar de ter re-

duzido a participação no Ativo Total.

Letra e.

Comentarei, item a item:

a) Errada. A análise horizontal indicou um aumento de 100 no passivo circulante,

foi de 300 para 400.

b) Errada. O AC aumentou de valor, mas, na análise vertical, diminuiu sua partici-
pação em relação ao ativo total, era 67% passou para 63%.

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c) Errada. O PL aumentou em 100%, foi de 100 para 200, contudo, a participação

no passivo total foi de 16,67% para 25%.

d) Errada. O ativo e o passivo total cresceram no mesmo percentual. Foram de

600 para 800.

e) Certa. O AC era 400 e passou para 500, assim teve um crescimento de 25%,

passando a representar 125%, em relação quociente do ano anterior.

Questão 17    (IF-CE/IF-CE/GESTÃO FINANCEIRA/2016) A principal finalidade da

análise horizontal é determinar

a) a evolução de elementos das Demonstrações Contábeis e caracterizar tendên-


cias.
b) índices-padrão de crescimento das contas do balanço.
c) a relação de uma conta com o todo de que faz parte.
d) quocientes de liquidez, endividamento, rotatividade e rentabilidade.
e) indicadores de retorno sobre investimento.

Letra a.
A análise horizontal compara, em forma de percentual, a partir de um índice pa-
drão, a evolução do saldo de determinada conta ou grupo de contas na sua de-
monstração.
Com base na análise da evolução, é possível identificar tendências.

Questão 18    (FGV/SEFIN-RO/CONTADOR/2018) Um contador deseja analisar o


comportamento das despesas operacionais de uma sociedade empresária, ao longo
dos anos. Assinale a opção que indica o principal foco de análise para atingir seu
objetivo.

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a) Os indicadores de liquidez.
b) Os indicadores de lucratividade.
c) Os indicadores de rentabilidade.
d) A análise vertical.
e) A análise horizontal.

Letra e.
Avaliar o comportamento de uma conta é o mesmo que avaliar a evolução do seu

saldo buscando identificar tendências.

A avaliação de tendências é feita por meio da análise horizontal.

Análise por Quocientes


Os índices são relações que se estabelecem entre duas grandezas e justificam-

-se, quando se deseja analisar a situação econômico-financeira de uma entidade,

pelo fato de que a observação e apreciação de certas relações ou percentuais é


mais significativa do que a apreciação de todos os itens contidos nas demonstra-

ções.

É o processo de análise mais utilizado, porque oferece uma visão global da situ-

ação econômica/financeira da empresa.

São índices extraídos das demonstrações contábeis em uma mesma época para

que se possa comparar o resultado da própria empresa e com os índices das con-

correntes.

Na prática não se deve formar uma opinião com base em um índice, mas, sim,

deve ser feita uma correlação entre os resultados obtidos de forma que o índice

seja analisado:

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• pelo resultado apurado no período;

• pela evolução em vários exercícios;

• pela comparação com outros índices correlatos;

• pela comparação com índices de empresa do mesmo ramo.

Os principais índices são:

• índices de estrutura ou endividamento;

• índices de liquidez ou solvência;

• índices de prazos médios;

• índices de rentabilidade ou lucratividade.

Índices de Estrutura
Evidenciam o grau de endividamento da empresa em decorrência da origem do

capital investido no patrimônio. Mostra a proporção existente entre o capital pró-

prio e o de terceiros.

Visa auxiliar nas decisões financeiras em termos de origem e aplicação de re-

cursos e, principalmente, como se encontra o nível de endividamento, permitindo

assim identificar, de forma estática, o  total dos ativos (aplicações de recursos)

possuídos pela entidade, bem como o total do passivo (origens de recursos) que

financiam aqueles ativos.

Os recursos representados pelos passivos podem originar-se de terceiros, pas-

sivos exigíveis, ou são próprios, patrimônio líquido, já que são passivos não exi-

gíveis. Estes índices relacionam as fontes de fundos (ativos e passivos) entre si,

procurando retratar a posição relativa do capital próprio com relação ao capital de

terceiros.

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São quocientes de muita importância, pois indicam a relação de dependência

da empresa no que se refere ao capital de terceiros, pois são indicadores sobre a

composição e a aplicação dos recursos da empresa.

No Balanço Patrimonial o lado do passivo mostra a origem do capital que está à

disposição da empresa, enquanto o ativo apresenta onde este capital foi aplicado.

Assim, com o confronto entre capital próprio e capital de terceiros teremos condi-

ções de saber quem investiu mais na empresa, os proprietários ou terceiros.

Endividamento Geral

Mostra a proporção de como se encontra o endividamento da empresa, em re-

lação ao ativo total.

Endividamento = PC + PNC

ATIVO

“Quanto menor, melhor.”

Quando este índice for maior que 1, é sinal que a empresa está com o seu pas-

sivo a descoberto, apresentando uma situação patrimonial negativa.

Solvência Geral

Este índice mostra a capacidade de pagamento da empresa tomando como base

o seu ativo total.

Solvência = Ativo total

PC + PNC

“Quanto maior, melhor”.

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Quando este índice for menor que 1, é sinal que a empresa está com o seu

passivo a descoberto, apresentando uma situação patrimonial negativa.

Quocientes de Participação de Capital de Terceiros

PCT = PC + PNC

PL

Neste quociente encontram-se relacionados os dois grandes grupos componen-

tes das fontes de recursos que a empresa possui, o capital de terceiros, que é o

passivo exigível e o capital próprio, o patrimônio líquido.

Este quociente revela qual a proporção existente entre capital de terceiros e

capital próprio, isto é, quanto a empresa está utilizando de capital de terceiros para

cada real próprio.

Quanto menor for este quociente, será melhor para a empresa, pois quer

dizer que a companhia possui mais capital próprio aplicado no seu ativo.

Quando o grau de endividamento mostrado por este quociente for elevado,

normalmente a empresa encontrará dificuldade para a obtenção de empréstimos

bancários e outros financiamentos porque serão poucas as garantias disponíveis

para oferecer em troca.

A análise não é exata, assim pode ser vantajoso para a empresa trabalhar com

capitais de terceiros. Basta avaliar o custo de oportunidade, pois se os juros pagos

pelos recursos obtidos forem menores que o lucro gerado por eles, a empresa fez

um bom negócio.

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Alguns autores calculam a participação de capital de terceiros com relação ao ativo

e não com relação ao PL. Por meio deste índice eles buscam apresentar quanto que

o capital alheio está financiando o ativo da empresa.

O indicador é o mesmo que o de endividamento geral, por isso não é muito acei-

to como indicador de participação.

A fórmula do indicador de PCT com relação ao ativo é:

PCT = PC + PNC

ATIVO

Composição de Endividamento

CE = PC

PC + PNC

Revela qual a proporção existente entre as obrigações de curto prazo em rela-

ção às obrigações totais. Quanto a empresa terá de pagar em curto prazo para cada

real do total das obrigações.

Quanto menor for este índice, melhor será para a empresa, pois terá pra-

zos maiores para saldar seus compromissos.

Imobilização do Patrimônio Líquido

IPL = ANC (menos ARLP)

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PL

ANC = ativo não circulante PL – patrimônio líquido

Este quociente revela qual a parcela do patrimônio líquido foi utilizada para fi-

nanciar a compra do ativo não circulante – investimentos, imobilizado e intangí-

vel, isto é, quanto a empresa imobilizou no seu ativo para cada real do PL.

“Quanto menor este índice, melhor para a empresa”

Um aspecto evidenciado por este quociente é a existência ou não da dependên-

cia de capital de terceiros para financiar o ativo circulante, pois se todo o patrimô-

nio líquido for utilizado para financiar o ativo não circulante, significa que todo o

ativo circulante foi financiado com recursos de terceiros, apresentando uma depen-

dência financeira.

Capital circulante líquido é o capital disponível no circulante da empresa,

depois de retiradas todas as obrigações de curto prazo.

CCL = AC - PC

AC – Ativo circulante

PC – Passivo circulante

Em algumas provas, Capital Circulante Líquido (CCL) também é chamado de

Capital de Giro Próprio, pois representa a diferença entre o circulante da empresa

e o capital de terceiros de curto prazo.

Imobilização dos Recursos Não Correntes

IRNC = Ativo Não circulante (menos ARLP)

PL + PNC

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Este indicador demonstra qual o percentual de Recursos Não Correntes a em-

presa imobilizou no seu ativo.

Deve ser feita a mesma análise que a do índice de Imobilização do Patrimônio

Líquido, contudo, estão sendo considerados juntos aos valores do Patrimônio Líqui-

do os recursos oriundos do Passivo Não Circulante (PNC), haja vista que estes dois

grupos de contas representam os Recursos Não Correntes.

Na estrutura da empresa é bom que este índice não seja superior a 1, pois as-

sim, no capital circulante líquido, haverá uma sobra, com o ativo circulante maior

que o passivo circulante.

Síntese sobre os índices de estrutura

Participação Imobilização
Endividamento  Solvência  Composição do
Índice de Capital de do Patrimônio
Geral geral Endividamento
Terceiros Líquido

Capital de Passivo Ativo


PC + PNC Ativo total Terceiros Circulante Permanente
Fórmula
Ativo total PC + PNC Patrimônio Capital Patrimônio
Líquido Terceiros Líquido

Quanto a Quantos a
Qual o percen-
empresa empresa aplicou
Quanto a tual de obriga-
Quanto a tomou de no ativo investi-
empresa ções a curto
empresa deve capital de mento, imobilizado
Analisa possui apli- prazo em rela-
em relação ao terceiros e intangível, para
cado em rela- ção às obriga-
capital aplicado para cada cada real do patri-
ção às dívidas ções
real de capi- mônio
totais
tal próprio Líquido

Quanto
Quanto menor, Quanto maior, Quanto menor, Quanto menor,
Interpretação menor,
melhor melhor melhor melhor
melhor

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Questão 19    (IADES/CAU-RJ/ASSISTENTE FINANCEIRO/2014) Por meio da aná-


lise de um Balanço Patrimonial de um único exercício, identifica(m)-se
a) o total das obrigações de curto prazo da entidade.
b) como o lucro do exercício foi formado.
c) todas as receitas geradas e as despesas incorridas no exercício.
d) o aumento no capital de giro da empresa.
e) as variações ocorridas no fluxo de caixa.

Letra a.
A análise de estrutura se caracteriza por analisar um único exercício, podendo ser
no BP, na DRE ou confrontando saldos da DRE com o BP, para apurar lucratividade,
o retorno sobre investimento e a rentabilidade.
Ao analisar somente um Balanço Patrimonial, podemos aferir a composição e a

estrutura do patrimônio, contudo, nesta análise, não é possível avaliar fluxos, pois

não trabalha com períodos.

O lucro e as receitas são apresentados na DRE. O fluxo de caixa na DFC, já o au-

mento do capital de giro é analisado em dois balanços patrimoniais.

Questão 20    (VUNESP/ITESP/CONTADOR/2013) Considerando a estrutura básica

das demonstrações contábeis, para fins de análise financeira, de fluxo entre outros

motivos, o Capital Circulante Líquido (CCL) é composto por

a) Ativo Não Circulante menos Passivo Circulante (ANC – PC).

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b) Ativo Circulante, mais Ativo Não Circulante menos Passivo Não Circulante mais

Passivo Circulante (AC+ANC) – (PC + PNC).

c) Diferença entre Ativo e Passivo Circulante sobre o lucro líquido do período.

d) Ativo Circulante menos Passivo Circulante (AC – PC).

e) Ativo total menos o Patrimônio Líquido (A – PL).

Letra d.

O CCL busca apresentar se a empresa possui uma folga ou falta de recursos em

seu circulante.

É calculado pela seguinte equação:

CCL = ATIVO CIRCULANTE (-) PASSIVO CIRCULANTE

Questão 21    (IADES/AL-GO/CONTADOR/2019) Em determinado exercício, uma

entidade apresentou passivo exigível maior que ativo circulante. Com base apenas

nessa informação, é correto afirmar que

a) uma parte do ativo não circulante é financiada com capital de terceiros.

b) o ativo não circulante é totalmente financiado com capital próprio.

c) o ativo circulante é menor que o passivo circulante.

d) o índice de liquidez corrente é menor que 1.

e) o patrimônio líquido é maior que o ativo não circulante.

Letra a.

O passivo exigível é composto pelo PC + PNC. Se ele é maior que o AC, podemos

inferir que o ANC é maior que o PL, pois o balanço é uma equação.

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AC + ANC = PC + PNC + PL.

Assim, podemos deduzir que parte do ANC é financiado pelo capital de terceiros.

Questão 22    (UFPR/CURITIBA/AFTM/2019) Com relação à Análise das Demons-

trações Contábeis, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afir-

mativas:

 (  ) A análise horizontal é um processo temporal que permite verificar a evolução

das contas individuais e também dos grupos de contas, por meio de núme-

ros-índices.

 (  ) Análise das demonstrações contábeis através de índices permite que se tenha

uma visão macro da situação econômico-financeira da entidade.

 (  ) Os índices de liquidez demonstram a capacidade de arcar com as dívidas as-

sumidas perante as instituições financeiras.

 (  ) Os índices de estrutura patrimonial estabelecem relações entre as fontes de

financiamento próprio e de terceiros, com o objetivo de evidenciar a depen-

dência da entidade em relação a recursos de terceiros.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

a) V – F – V – V.

b) V – F – F – F.

c) F – V – V – F.

d) F – F – V – V.

e) V – V – F – V.

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Letra e.

A única assertiva errada é a 3ª, pois o índice de liquidez é um indicador que visa

avaliar a capacidade de pagamento de dívidas perante todos os credores e não so-

mente com as instituições financeiras.

Questão 23    (FEPESE/JUCESC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2017) Relacione as

colunas 1 e 2 abaixo:

Coluna 1

1) Composição do Endividamento

2) Imobilização do Patrimônio Líquido

3) Imobilização dos Recursos não Correntes

4) Participação de Capital de Terceiros (Endividamento)

Coluna 2

 (  ) Quanto a empresa tomou de capital de terceiros para cada $ 100 de capital

próprio.

 (  ) Qual o percentual de obrigações a curto prazo em relação às obrigações totais.

 (  ) O quanto foi aplicado no Ativo Permanente para cada $ 100 de Patrimônio

Líquido.

 (  ) Que percentagem dos Recursos Não Correntes foi destinado ao Ativo Perma-

nente.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

a) 1 • 2 • 3 • 4.

b) 1 • 4 • 3 • 2.

c) 2 • 3 • 4 • 1.

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d) 3 • 2 • 1 • 4.

E) 4 • 1 • 2 • 3.

Letra e.

A questão está cobrando a análise dos índices, para isso basta relacionar o conceito

com o significado.

• Composição do Endividamento apresenta qual o percentual de obrigações a

curto prazo em relação às obrigações totais.

• Imobilização do Patrimônio Líquido apresenta o quanto foi aplicado no ativo

permanente para cada $ 100 de Patrimônio Líquido. Lembrem-se que não

existe mais ativo permanente, a questão copiou do livro do Matarazzo, mas

esqueceu de ajustar.

• Imobilização dos Recursos Não Correntes apresenta que percentagem dos

Recursos Não Correntes foi destinada ao Ativo Permanente.

• Participação de Capital de Terceiros (Endividamento) apresenta quanto a em-

presa tomou de capital de terceiros para cada $ 100 de capital próprio.

Com base no balanço simplificado que segue, responda à questão.

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Questão 24    (UFG/UFG/CONTADOR/2017) O índice de participação de Capital de

Terceiros é:

a) 14%;

b) 21%;

c) 28%;

d) 78%;

Letra b.

O índice de participação de capital de terceiros pode ser calculado com relação ao

ativo ou com relação ao PL.

Neste quociente encontram-se relacionados os dois grandes grupos componentes

das fontes de recursos que a empresa possui, o capital de terceiros, que é o passivo

exigível e o capital próprio, o patrimônio líquido, que tem como objetivo apresentar

quanto tem de capital de terceiros aplicado no ativo.

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Quando calculamos a PCT em relação ao ativo, encontraremos o indicador de quan-

to o ativo é financiado pelo capital alheio.

PCT = Passivo/ativo = 1.500/7.000 = 0.21 x 100 % = 21 %

Note que esta fórmula é a mesma do endividamento geral, por isso não é muito

utilizada.

Quando analisamos a PCT em relação ao PL, o quociente revela qual a proporção

existente entre capital de terceiros e capital próprio, isto é, quanto a empresa está

utilizando de capital de terceiros para cada real próprio como fonte de financiamen-

to do ativo.

PCT = Passivo/PL = 1.500/5.500 = 0.2727 x 100% = 27,27 %

O gabarito deu letra b, avaliando a PCT com relação ao ativo total. Contudo, na

minha visão, a mais certa seria a letra c.

Questão 25    (AOCP/TRE-AC/CONTADOR/2015) No que se refere aos quocientes

de endividamento, considerando a seguinte situação,

• Ativo 202.500,00

• Passivo Circulante 18.000,00

• Passivo Não Circulante 72.000,00

• Patrimônio Líquido 112.500,00

Assinale a alternativa correta.

a) O índice de endividamento em relação ao capital próprio é de 0,80. Isso repre-

senta um elevado grau de endividamento, isto é, os ativos da empresa estão muito

mais vinculados a capitais de terceiros do que a capitais próprios.

b) O índice de endividamento, em relação ao ativo total, é de 0,44. Isso significa

que 44% do investimento total do ativo está financiado por capitais próprios.

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c) O índice de endividamento, em relação ao ativo total, é de 0,56. isso significa

que 56% do investimento total do ativo está financiado por capitais de terceiros.

d) Na composição do endividamento, 20% do capital são dívidas de curto prazo e

80% são dívidas de longo prazo.

e) Na composição do endividamento, 80% do capital são dívidas de curto prazo e

20% são dívidas de longo prazo.

Letra d.

O índice de endividamentos mostra a proporção de como se encontra o endivida-

mento da empresa, em relação ao ativo total.

Endividamento = PC + PNC

ATIVO

Endividamento = 90.000/202.500 = 0.44 x 100% = 44 %

O índice de composição de endividamento revela qual a proporção existente entre

as obrigações de curto prazo em relação às obrigações totais. Quanto a empresa

terá de pagar em curto prazo para cada real do total das obrigações.

Composição de Endividamento = PC = 18.000/90.000 = 0.2 x100% = 20%

PC + PNC

O gabarito é a letra d, pois se 20% das dívidas são de curto prazo, 80% serão de

longo prazo.

Balanço Patrimonial em 31/12/20X0

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Balanço Patrimonial em 31/12/20X1

Questão 26    (IADES/CRF-DF/CONTADOR/2107) As informações apresentadas fo-

ram extraídas do Balanço Patrimonial de dois exercícios fiscais consecutivos. Consi-

derando que o índice de liquidez corrente em 20X1 foi igual a dois terços do índice

verificado em 20X0, assinale a alternativa correta.

a) Em 20X1, o Passivo Circulante totalizou $ 14.800.

b) Em 20X1, o Passivo Circulante diminuiu em relação a 20X0.

c) Não houve alteração no Patrimônio Líquido.

d) Em 20X1, o Capital Circulante Líquido foi de $ 18.000.

e) Em 20X1, o índice de capital de terceiros foi 1,5.

Letra a.

O capital circulante líquido é calculado pela equação AC (-) PC. Já o índice de liqui-

dez corrente é AC/PC.

Para responder à questão, devemos encontrar o valor do PC.

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Em 20X0, o índice é de 3 (27.000/9.000). O índice de 20X1 representa 2/3 de 3,

ou seja, foi de 2.

Assim, aplicando a fórmula encontraremos em 20X1:

LC = AC/PC > 2 = 29.600/PC > PC = 29.600/2 > PC = 14.800

CCL = AC (-) PC > 29.600 (-) 14.800 = 14.800

Os itens c e e não podem ser respondidos por falta de informações sobre a compo-

sição do passivo total em 2001.

Índices de Liquidez

Os índices de liquidez evidenciam o grau de solvência (capacidade de pagamen-

to) da empresa em decorrência da existência ou não de solidez financeira que ga-

ranta o pagamento dos compromissos assumidos com terceiros (passivo exigível)

em geral.

Eles mostram a proporção entre os investimentos no ativo, especialmente o

circulante, efetuados em relação aos capitais de terceiros. Em suma, demonstra a

capacidade da empresa de efetuar o pagamento das suas dívidas.

I – Índice de solvência geral = Ativo total

PC + PNC

Este índice mostra a capacidade de pagamento da empresa tomando como base

o seu ativo total: quanto maior, melhor.

II – Índice de endividamento geral = PC + PNC

Ativo total

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Mostra a relação das dívidas com o ativo da empresa, quanto maior, pior.

Caso este índice seja maior que 1, é sinal que a situação líquida da empresa é ne-

gativa, existindo um passivo a descoberto.

Principais Índices de Liquidez

Índice de liquidez geral

LG = AC + ARLP

PC + PNC

Mostra se os recursos financeiros aplicados no ativo circulante e no realizável a

longo prazo são suficientes para pagar as obrigações totais.

Representa quanto a empresa tem de ativo circulante e longo prazo para cada

real de obrigações.

Quando este quociente for igual ou superior a 1, pode-se afirmar que a empresa

se encontra em condições de pagar todas as obrigações. Ou seja, quanto maior,

melhor.

Índice de Liquidez Corrente

LC = AC

PC

Revela a capacidade financeira da empresa para cumprir os seus compromissos

de curto prazo, isto é, quanto a empresa tem de ativo circulante para cada real do

passivo circulante. Quanto maior, melhor.

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Índice de Liquidez Seca

LS = AC - ESTOQUE

PC

Revela a capacidade financeira líquida (disponibilidades/ investimentos tempo-

rários em curto prazo/ contas a receber de clientes) da empresa em cumprir suas

obrigações de curto prazo. Quanto maior, melhor.

Índice de Liquidez Imediata

LI – = DISPONIBILIDADES

PASSIVO CIRCULANTE

O resultado deste quociente revela a capacidade de liquidez imediata da empre-

sa para saldar seus compromissos de curto prazo, isto é, quanto a empresa possui

de dinheiro em caixa, nos bancos e aplicações de liquidez imediata para cada real

de dívida em curto prazo. Quanto maior, melhor.

Com base nas informações obtidas a partir do balancete de verificação da empresa

Topa em Tudo Ltda., em 30 de junho de 2015, classifique as contas contábeis e

responda às questões de números 1 e 2

Descrição da conta contábil Reais

Lucros a destinar (25.000,00)

Duplicatas descontadas (5.000,00)

Bancos 7.500,00

Adiantamento a fornecedores 3.000,00

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Empréstimos e financiamentos (LP) (23.000,00)

Demais contas a receber 2.300,00

Fornecedores (23.000,00)

Empréstimos e financiamentos (18.500,00)

Provisão para devedores duvidosos (3.500,00)

Mútuos com empresas ligadas (LP) 8.900,00

Estoques 34.000,00

Impostos a recuperar de LP 2.100,00

Provisões diversas (2.400,00)

Investimentos 13.900,00

Impostos a recolher (12.000,00)

Contas a pagar (1.200,00)

Aplicações financeiras 23.800,00

IR e CSL a pagar (7.000,00)

Contas a pagar (LP) (500,00)

Ativos intangíveis 4.300,00

Contingências trabalhistas de LP (7.700,00)

Lucro líquido do exercício (11.900,00)

Ajustes patrimoniais (15.000,00)

Caixa 1.300,00

Títulos a receber de LP 3.500,00

Salários a pagar (7.500,00)

Capital (20.000,00)

Contas a receber de clientes 35.000,00

Imobilizado 67.000,00

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Reservas de capital (10.000,00)

Depreciação acumulada (13.400,00)

Informações adicionais ocorridas no semestre:

Vendas brutas – R$ 170.000,00

Recita líquida de vendas – R$ 147.400,00

Lucro bruto – R$ 69.400,00

Despesas de vendas – R$ 17.000,00

Despesas administrativas – R$ 26.000,00

Despesas financeiras – R$ 7.500,00

Receitas financeiras – R$ 2.000,00

Outras despesas – R$ 1.000,00

Imposto de renda corrente – R$ 5.000,00

Contribuição social sobre o lucro líquido corrente – R$ 3.000,00

Para responder às questões, é necessário classificar as contas e elaborar o BP, de-

vemos considerar que as contas entre parênteses têm natureza credora.

Lucros a destinar (25.000,00) – patrimônio líquido

Duplicatas descontadas (5.000,00) – passivo circulante

Bancos 7.500,00 – ativo circulante

Adiantamento a fornecedores 3.000,00 – ativo circulante

Empréstimos e financiamentos (LP) (23.000,00) – passivo não circulante

Demais contas a receber 2.300,00 – ativo circulante

Fornecedores (23.000,00) – passivo circulante

Empréstimos e financiamentos (18.500,00) – passivo circulante

Provisão para devedores duvidosos (3.500,00) – redutora do ativo circulante

Mútuos com empresas ligadas (LP) 8.900,00 – ativo realizável a longo prazo

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Estoques 34.000,00 – ativo circulante

Impostos a recuperar de LP 2.100,00 – ativo realizável a longo prazo

Provisões diversas (2.400,00) – passivo circulante

Investimentos 13.900,00 – ativo não circulante investimentos

Impostos a recolher (12.000,00) – passivo circulante

Contas a pagar (1.200,00) – passivo circulante

Aplicações financeiras 23.800,00 – ativo circulante

IR e CSL a pagar (7.000,00) – passivo circulante

Contas a pagar (LP) (500,00) – passivo não circulante

Ativos intangíveis 4.300,00 – ativo não circulante intangível

Contingências trabalhistas de LP (7.700,00) – passivo não circulante

Lucro líquido do exercício (11.900,00) – LLE

Ajustes patrimoniais (15.000,00) – patrimônio líquido

Caixa 1.300,00 – ativo circulante

Títulos a receber de LP 3.500,00 – ativo realizável a longo prazo

Salários a pagar (7.500,00) – passivo circulante

Capital (20.000,00) – patrimônio líquido

Contas a receber de clientes 35.000,00 – ativo circulante

Imobilizado 67.000,00 – ativo não circulante imobilizado

Reservas de capital (10.000,00) – patrimônio líquido

Depreciação acumulada (13.400,00) – redutora do ativo não circulante

Questão 27    (VUNESP/CÂMARA DE DESCALVADO-SP/TESOUREIRO/2017) O va-

lor do Capital Circulante líquido em 30 de junho de 2015, em Reais, é:

a) 26.800,00;

b) 26.900,00;

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c) 27.120,00;

d) 27.500,00;

e) 28.140,00.

Letra a.

O CCL é calculado pela equação:

CCL = AC (-) PC

CCL = 103.400 (-) 76.600

CCL = 26.800

Questão 28    (VUNESP/CÂMARA DE DESCALVADO-SP/TESOUREIRO/2015) Assi-

nale a alternativa que contém o índice de liquidez seca, em Reais.

Obs: Para o cálculo, considere apenas duas casas decimais depois da vírgula.

a) 1,89

b) 1,50

c) 1,30

d) 1,10

e) 0,90

Letra e.

O Índice de liquidez seca é calculado pela equação:

LS = (AC – estoque) /PC

LS = (103.400 – 35.000) / 76.600

LS = 69.400/76.600

LS = 0.90

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Questão 29    (FUNDATEC/IMESF/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) Os quocientes de li-

quidez visam medir a capacidade de pagamento de uma empresa, nesse contexto,

analise as seguintes assertivas:

I – O Quociente de Liquidez Corrente relaciona o quanto temos de disponíveis

e conversíveis de curto prazo em dinheiro, com relação às dívidas de curto

prazo. É encontrado dividindo-se o Ativo Circulante pelo Passivo Circulante.

II – O  Quociente de Liquidez Geral serve para detectar a saúde financeira, no

que se refere à liquidez de longo prazo do empreendimento. É encontrado

da seguinte forma: + Patrimônio líquido ÷ (Passivo Circulante + Passivo Não

Circulante).

III – Se o quociente de Liquidez Seca for igual a 1,1, entende-se que para cada

R$ 1,00 de dívidas circulantes (curto prazo), a empresa mantém R$ 1,10 de

ativos monetários circulantes, principalmente caixa, aplicações financeiras e

valores a receber.

Quais estão INCORRETAS?

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas III.

d) Apenas I e II.

e) Apenas II e III.

Letra b.

O item I está certo. O índice de liquidez corrente é encontrado pela equação: LC =

AC/PC.

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O item II está errado. A liquidez geral é encontrada pela equação: LG = (AC +

ARLP) / (PC + PNC).

O item III está certo. Liquidez seca é (AC – estoques) / PC, então se o indicar for

1,1 é sinal que o saldo das contas caixa, créditos financeiros e valores a receber,

supera as dívidas de curto prazo.

Em 31 de dezembro de 2016, a empresa Lucra Bem S/A apresentou os seguin-

tes saldos em seu Balanço Patrimonial:

Questão 30    (FUNDATEC/IMESF/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) Com base somente

nessas informações, qual o Quociente de Liquidez Corrente?

a) 0,5.

b) 1,0.

c) 1,1.

d) 1,5.

e) 2,0.

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Letra b.

A liquidez corrente é encontrada pela seguinte equação:

LC = AC / PC

LC = 340.000 / 340.000

LC = 1

Questão 31    (FUNDATEC/IMESF/ADMINISTRADOR/2019) Os índices de liquidez

retratam a solvência da empresa e sua capacidade de honrar compromissos, de

forma que quanto maior o valor do índice de liquidez, maior tende a ser a sua saú-

de financeira. Com base nesse entendimento, assinale a alternativa que apresenta

com exatidão a fórmula do Índice de Liquidez Seca – ILS.

a) (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante.

b) (Passivo Circulante – Ativo Circulante) / Estoques.

c) (Ativo Circulante – Estoques) / Despesas Operacionais.

d) Ativo Circulante / Passivo Circulante.

e) (Ativo Circulante – Disponibilidades Imediatas) / Passivo Circulante.

Letra a.

O indicador de liquidez seca apresenta quanto a empresa tem de ativos monetários

de curto prazo para liquidar as dívidas de curto prazo.

É apresentado por meio da seguinte equação: LS = (AC – estoque) / PC.

Com base nos dados e informações apresentadas responda as questões

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Balancete em 31.12.2013

Ativo Circulante R$ 248.000,00

Passivo Circulante R$ 143.000,00

Caixa 5.000,00

Fornecedores 35.000,00

Bancos 20.000,00

Empréstimos e financiamentos 25.000,00

Aplicações financeiras 35.000,00

Impostos a recolher 40.000,00

Contas a receber de clientes 78.000,00

Salários a pagar 28.000,00

Estoques 95.000,00

Contas a pagar 15.000,00

Demais contas a receber 15.000,00

Passivo não circulante 118.000,00

Empréstimos e financiamentos LP 80.000,00

Contas a pagar de longo prazo 38.000,00

Ativo não circulante 213.000,00

Títulos a receber 18.000,00

Investimentos 80.000,00

Ativo Imobilizado 119.000,00

Patrimônio Líquido 200.000,00

Depreciação Acumulada (24.000,00)

Capital 120.000,00

Intangíveis 20.000,00

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Reservas de capital 40.000,00

Lucros a destinar 40.000,00

Total 461.000,00

Adicionalmente, verificou-se que a empresa obteve:

• receita Bruta de Vendas de R$ 831.800,00;

• receita Líquida de Vendas de R$ 692.800,00;

• lucro Bruto de R$ 190.600,00;

• lucro Líquido do exercício de R$ 22.900,00.

 Obs.: Utilizar até a segunda casa decimal.

Questão 32    (VUNESP/SAAE-SP/CONTADOR/2014) O quociente de liquidez ge-

ral é de

a) R$ 1,00.

b) R$ 1,02.

c) R$ 1,05.

d) R$ 1,06.

e) R$ 1,12.

Letra b.

O índice de liquidez geral é calculado pela equação:

LG = (AC + ARLP)/(PC + PNC)

LG = (248.000 + 18.000)/(143.000 +118.000)

LG = 266.000/261.000

LG = 1.019

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Questão 33    (VUNESP/SAAE-SP/CONTADOR/2014) O quociente de liquidez cor-

rente é de

a) R$ 1,50.

b) R$ 1,65.

c) R$ 1,69.

d) R$ 1,73.

e) R$ 1,76.

Letra d.

O índice de liquidez corrente é calculado pela equação:

LC = AC/PC

LC = 248.000/143.000

LC = 1.73

Questão 34    (VUNESP/SAAE-SP/CONTADOR/2014) A margem líquida do perío-

do é de

a) 2,5%.

b) 2,65%.

c) 2,95%.

d) 3,01%.

e) 3,30%.

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Letra e.

Para calcular a margem líquida, devemos utilizar como denominador a receita líqui-

da de vendas.

Margem líquida = lucro líquido / receita líquida

Margem líquida = 22.900 / 692.800

Margem líquida = 0.033

Para se calcular o percentual, basta multiplicar o índice por 100%.

Margem líquida = 0,033 x 100 = 3,30 %

Questão 35    (IADES/CAU-RJ/ASSISTENTE FINANCEIRO/2014) O índice de liqui-

dez imediata (LI) indica quanto uma empresa possui de recursos imediatamente

disponíveis para liquidar compromissos de curto prazo. Com relação a esse assun-

to, é correto afirmar que a fórmula para se calcular esse índice é a seguinte:

a) LI = Ativo Circulante/Passivo Circulante.

b) LI = Disponibilidades/Passivo Circulante.

c) LI = Passivo Circulante/Exigível Total.

d) LI = Lucro Líquido/Receita Líquida.

e) LI = Lucro Bruto/Receita Líquida.

Letra b.

Os indicadores de liquidez apresentam a capacidade de pagamento da empresa.

Liquidez geral = (AC + ARLP)/PC + PNC

Liquidez corrente = AC/PC

Liquidez seca = (AC - estoque)/PC

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Liquidez imediata = disponível/PC

Questão 36    (IADES/CAU-RJ/ASSISTENTE FINANCEIRO/2014) As informações a

seguir foram extraídas das demonstrações financeiras da hipotética empresa Con-

trato S/A, referente ao exercício 2012.

Ativo Circulante: $8.670

Passivo Circulante: $2.890

Saldo da conta Caixa: $950

Saldo da conta Estoque de Mercadorias: $3.468

Com base nesses números, o índice de Liquidez Seca foi igual a

a) 1,0.

b) 1,5.

c) 1,8.

d) 2,0.

e) 3,0.

Letra c.

Liquidez seca = (AC – estoque)/PC

LS = (8.670 - 3.468) / 2.890

LS =5.202/2.890

LS = 1.8

Índices de Prazo Médio ou Rotação

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Os índices de rotação têm grande contribuição na interpretação da liquidez e

da rentabilidade da empresa na medida em que servem de indicadores dos prazos

médios de rotação dos estoques, do recebimento de vendas e pagamentos de com-

pra. Seu resultado é obtido pelo confronto dos elementos da DRE com elementos

do Balanço patrimonial.

Prazo médio de Rotação dos Estoques

PME = CMV

EM

Custo da Mercadoria Vendida = estoque inicial + compras – estoque final

Estoque Médio = (estoque inicial + estoque final) dividido por Dois.

Este quociente mostra quantas vezes ocorreu a renovação do estoque de mer-

cadoria, ou seja, o resultado encontrado indica quantas vezes o estoque é vendido

e comprado novamente. Quanto maior o prazo, pior para a empresa.

Para saber quantos dias o estoque leva para ser vendido, basta dividir 360 dias

pelo indicador encontrado.

O indicador também pode ser calculado invertendo a fórmula, contudo, neste

caso para saber quantos dias o estoque levou para ser vendido, deve multiplicar o

indicador por 360 dias.

PME = EM__X 360

CMV

A razão para o cálculo da rotação de estoques é dar embasamento para a admi-

nistração saber quando e quanto comprar.

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Prazo Médio de Recebimento de Vendas (Recebimento de Clientes)

PMRV = Vendas__________

Prazo médio receber

Vendas – todas as vendas

Prazo médio a receber – (saldo inicial + saldo final de duplicata a receber) dividido

por dois.

Indica o tempo que a empresa leva para receber suas vendas, mostra o tempo

médio entre a venda e a entrada efetiva dos recursos. Quanto maior, pior.

O índice final indica quantas vezes houve renovação das duplicatas a receber.

Para se expressar em dias, deve-se dividir 360 pelo índice encontrado.

O indicador também pode ser calculado invertendo a fórmula, contudo, neste

caso para saber quantos dias o estoque levou para ser vendido, deve multiplicar o

indicador por 360 dias.

PMRV = Prazo médio de clientes_X 360

Vendas

Prazo Médio de Pagamento de Compra (Duplicatas a Pagar)

PMPC = Fornecedor__
Média de compras
Fornecedor = total de compras a prazo (duplicatas a pagar).
Média de compras = (saldo inicial + saldo final duplicatas a pagar) dividido por dois.

Este quociente informa o período de renovação das duplicatas a pagar. O valor


final indica quantas vezes houve um giro na conta duplicatas a pagar.

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Quanto maior for, melhor para a empresa.


Para se obter o resultado em dias, deve-se dividir 360 pelo índice.
O indicador também pode ser calculado invertendo a fórmula, contudo, neste
caso, para saber quantos dias o estoque levou para ser vendido, deve multiplicar
o indicador por 360 dias.

PMPC = Prazo médio de compras_X 360


fornecedores

Quociente de Posicionamento Relativo

QPR = PMRV/PMPC

O Quociente de Posicionamento Relativo apresenta a relação existente entre o


prazo médio de recebimento de vendas e o prazo médio de pagamento de compras.
Quanto menor for o quociente de posicionamento relativo, melhor para a em-
presa, uma vez que esse quociente relaciona o prazo médio de recebimento ao
prazo médio de pagamento. Ele apresenta se há ou não uma sobra de tempo para
a empresa trabalhar com o dinheiro que recebeu dos clientes, antes de efetuar o
pagamento aos fornecedores.
Se o indicador for menor que 1, demonstra que a empresa recebe de seus clien-
tes em um prazo menor do que o que tem para pagar seus fornecedores, e isto é

bom, pois ela trabalha com o dinheiro dos clientes.

Se o indicador for igual a 1, ele indica que o prazo de recebimento e o de pa-

gamento é o mesmo, já se o indicador foi maior que 1, indica que o prazo de re-

cebimento é maior que o prazo de pagamento, isto é ruim para a empresa, pois a

companhia vai necessitar de capital de terceiros para pagar suas compras.

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Análise do Ciclo Operacional e Análise do Ciclo Financei-


ro
Os ciclos operacional e financeiro servem para o gestor financeiro ter um co-

nhecimento sobre os prazos das entradas e saídas de recursos, fornecendo infor-

mações para a análise sobre a projeção do fluxo de caixa e sobre a necessidade de

capital de giro.

Ciclo operacional é o prazo entre a data que a mercadoria entra no estoque até o

recebimento de sua venda. Ele considera o tempo que a mercadoria fica no estoque

e o tempo que o cliente levar para pagar.

Ciclo operacional = Prazo médio de rotação do estoque + prazo médio de re-

cebimento de clientes (PMRC).

O ciclo financeiro, também conhecido como Ciclo de Caixa, é a diferença entre

o ciclo operacional e o prazo médio de pagamento de fornecedores.

Ciclo financeiro = Ciclo Operacional (PMRE + PMRC) (-) PMPC.

Note que ele compreende o tempo de pagamento aos fornecedores até o recebi-

mento do valor correspondente às vendas do produto final.

O cálculo e a análise do ciclo operacional e financeiro demonstram a efetividade

operacional da empresa no tocante ao gerenciamento financeiro, considerando os

prazos do pagamento das compras e recebimento das vendas, com o objetivo de

diminuir a dependência de recursos de terceiros.

Exemplo prático:

Uma empresa apresentou as seguintes informações:

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Prazo Médio de Estocagem (PME) = 40 dias

Prazo médio de recebimento de clientes (PMCR) = 60 dias

Prazo Médio de Pagamento de compras (PMPF) = 35 dias

Ciclo Operacional: compreende o período entre a data da compra até o recebimento

de cliente.

Ciclo Operacional = PMRE + PMRC


CO = 40 dias + 60 dias
CO = 100 dias
Ciclo Financeiro: é o tempo entre o pagamento a fornecedores e o recebimento das
vendas.
Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional - PMPF
CF = 100 dias - 35 dias
CF = 65 dias

Observe as contas a seguir e responda à questão.

Questão 37    (FGV/CONDER/CONTADOR/2013) O ciclo operacional é de


a) 408 dias.
b) 450 dias.
c) 468 dias.
d) 510 dias.

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e) 550 dias.

Letra c.
Ciclo Operacional: compreende o período entre a data da compra até o recebimento

de cliente. Ciclo Operacional = PMRE + PMRC

PMRE = (Estoque Médio / Fornecedores) X 360 dias

RE = (15.000/30.000) x 360 dias

RE = 180 dias

PMRC = (Clientes / Vendas) x 360 dias

PMRC = (40.000/50.000) x 360 dias = 288 dias

Ciclo Operacional = 180 dias + 288 dias = 468 dias

Questão 38    (FGV/SEFIN-RO/AUDITOR DE TRIBUTOS/2018) Uma sociedade em-

presária apresentou, em 01/01/2017, saldo de R$ 10.000 em seu estoque. Já em

31/12/2017, o saldo era de R$ 14.000. Além disso, a sociedade empresária demo-

ra, em média, 80 dias para vender o seu estoque e 50 dias para receber as suas

vendas a prazo. Assinale a opção que indica o valor médio de duplicatas a receber

de clientes em 2017, dado que o custo das mercadorias vendidas representou, em

2017, 50% da receita de vendas.

a) R$ 3.750.

b) R$ 7.500.

c) R$ 15.000.

d) R$ 17.500.

e) R$ 24.000.

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Letra c.

Como o prazo médio de rotação do estoque foi dado em dias, devemos aplicar a

fórmula pela divisão do estoque médio sobre o CMV, vezes 360 dias.

Primeiro vamos calcular o estoque médio = 10.000 + 14.000/2 = 12.000

Com base no enunciado devemos calcular o CMV.

PME = 80 dias

PME = EM/CMV x 360

80 dias = (12.000 x 360 dias)/CMV > CMV = $ 54.000

O enunciado da questão diz que o valor das receitas de vendas é o dobro do CMV,

assim, as receitas de vendas representam $ 108.000,00.

A média de duplicatas a receber deve ser calculada pela equação:

PMRV = (Prazo médio de clientes X 360)/ Vendas

50 dias = (PMC x 360 dias)/108.000

PMC = (108.000 x 50dias) /360dias

PMC = $15.000

Questão 39    (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/CONTADOR/2017) Uma so-

ciedade empresária apresentou seu balanço patrimonial, em 31/12/2016, em com-

paração com o de 31/12/2015 (corrigido pela inflação):

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Além disso, a receita bruta da empresa no período foi de R$ 600.000.

Assinale a opção que indica o valor do prazo médio de recebimento da empresa.

a) 9,00 dias.

b) 14,4 dias.

c) 21,00 dias.

d) 26,4 dias.

e) 30,00 dias.

Letra e.

O prazo médio de recebimento de clientes é calculado pela equação:

PMRV = Prazo médio de clientes_X 360

Vendas

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A pegadinha da questão é que a empresa tem clientes no circulante e no realizável

a longa prazo, assim, o prazo médio de cliente é:

Cliente médio = (40.000 + 30.000 + 20.000 + 10.000)/2 = 50.000

PMRV = (50.000 /600.000) x 360 dias

PMRV = 0.083 x 360 dias

PMRV = 30 dias

Índices de Lucratividade

Esses têm por objetivo apresentar quanto de retorno foi alcançado pelo resulta-

do da empresa sobre o valor que foi investido. Ajuda a dimensionar qual a relação

do lucro com as vendas.

A lucratividade indica se o negócio está justificando ou não a operação, ou seja,

se as vendas são suficientes para pagar os custos e despesas e, ainda, gerar lucro.

Os quocientes de lucratividade servem para medir a capacidade econômica da

empresa, avaliando o desempenho econômico obtido pelo capital investido na com-

panhia através contas de resultado.

Giro do Ativo

GA = Vendas Líquidas

Ativo total

Demonstra a relação existente entre o total das vendas e os investimentos

efetuados na empresa, quanto maior for, melhor para a empresa, pois indica

que a companhia está tendo lucro suficiente para cobrir todos os gastos, e ainda

investir no seu ativo.

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Margem Líquida

ML = Lucro líquido

Vendas líquidas

O resultado apresenta a margem de lucratividade obtida pela empresa em re-

lação ao seu faturamento líquido. Mostra quanto a empresa teve de lucro líquido

para cada real apurado pela companhia depois das deduções das vendas. Quanto

maior, melhor para a empresa.

Margem Operacional

MO = Lucro operacional

Vendas líquidas

Demonstra a margem de lucro operacional da empresa, ou seja, o lucro que

está diretamente relacionado com as atividades normais da entidade.

Margem Bruta

MB = Lucro Bruto

Vendas líquidas

O resultado apresenta a margem de lucratividade bruta, ou seja, o resulta-

do com mercadorias obtida pela empresa em relação ao seu faturamento. Mostra

quanto a empresa teve de lucro bruto para cada real vendido. Quanto maior,

melhor para a empresa.

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Índices de Rentabilidade
Apresentam as relações dos ganhos/retornos sobre o montante aplicado no ati-

vo ou pelos sócios. São usados pelos interessados em investir na empresa.

Demonstram a capacidade que a organização possui de remunerar os capitais

nela investidos.

Retorno do Ativo

Este quociente evidencia o potencial de geração de lucros por parte da empresa

na utilização de seus ativos. Também é denominado de retorno do investimento.

ROA = Lucro líquido / Ativo médio

Retorno sobre os ativos = ROA = Return On Assets

Retorno do Patrimônio Líquido

O resultado revela qual foi a rentabilidade obtida pelo capital próprio investido

na empresa, ou seja, quanto a organização ganhou de lucro líquido para cada real

de Capital Próprio investido.

RPL = Lucro líquido / Patrimônio Líquido Médio

Retorno sobre o patrimônio líquido = ROE - Return On Equity

Questão 40    (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/CONTADOR/2017) Uma so-

ciedade empresária apresentou aumento em seu índice de retorno sobre ativo.

Assinale a opção que indica um possível motivo para esse aumento.

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a) Venda de ações em tesouraria por um valor acima do custo.

b) Compra de estoque a prazo.

c) Compra de equipamento à vista.

d) Contração de um empréstimo bancário.

e) Venda de um produto por valor acima do custo, cujo pagamento havia sido feito

antecipadamente.

Letra e.

O indicador do retorno sobre ativo é apurado pela equação: Lucro Líquido/Ati-

vo médio

Se houve um aumento no indicador, deve ter aumentado o lucro (aumentaram as

receitas ou diminuíram as despesas) ou diminuiu o valor do ativo.

Os fatos apresentados nas opções a, b, c e d não alteram o retorno sobre o ati-

vo, veja:

A venda de ações em tesouraria por um valor acima do custo aumentou o PL e o

ativo.

A compra de estoque a prazo aumenta o ativo e o passivo.

A compra de equipamento à vista não altera o ativo.

A contração de um empréstimo bancário aumenta o ativo e o passivo.

A venda de um produto por valor acima do custo, cujo pagamento havia

sido feito antecipadamente, aumenta as receitas, dessa forma afeta o re-

torno do ativo para mais, pois aumenta o lucro líquido do exercício.

Questão 41    (FGV/SEFIN-RO/CONTADOR/2018) Uma entidade observou uma di-

minuição no índice de retorno sobre o patrimônio líquido em determinado período.

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Assinale a opção que indica uma possível causa para a diminuição, mantendo-se os

outros fatores.

a) Compra de ativo imobilizado, à vista.

b) Compra de estoque, a prazo.

c) Aumento do capital social, em dinheiro.

d) Recebimento de um adiantamento para realizar um serviço no exercício seguin-

te.

e) Pagamento de despesas de salários, que já haviam sido provisionadas.

Letra c.

O indicador de retorno do PL é apurado pela equação RPL = LLE/PL, assim, se o

indicador diminuiu, deve ter diminuído o LLE ou aumentado o PL.

Para responder à questão, basta verificar o impacto de cada fato no LLE e no PL.

Nas letras a, b, d e e, por movimentar somente contas patrimoniais, não haverá

alteração no indicador.

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Questão 42    (IADES/HEMOCENTRO-DF/TÉCNICO CONTÁBIL/2017) Tendo por

base as informações contábeis apresentadas, relativas à empresa fictícia Cia. AYZ,

o valor do capital de giro próprio da empresa é

a) 241.000.

b) 130.000.

c) -20.000.

d) 60.000.

e) -130.000.

Letra b.

O capital de giro é calculado pela equação do CCL, ou seja, AC (-) PC.

Quando o resultado for positivo, é sinal que há capital de giro próprio, se for nega-

tivo, existe um capital de giro de terceiros.

CG = AC (-) PC > 310.000 (-) 180.000

CG próprio = 130.000

Questão 43    (FGV/TCM-SP/ADMINISTRADOR/2015) O parecer dos auditores in-

dependentes sobre as Demonstrações Contábeis da empresa DILU S/A, referente

ao exercício de 2014, foi emitido com as seguintes ressalvas: ausência de reconhe-

cimento adequado das provisões para perdas no estoque; ausência de adoção de

critérios de impairment do imobilizado condizentes com a realidade econômica de

seus ativos; e classificação indevida das obrigações a pagar inferior a 12 meses no

Passivo Não Circulante. Considerando esses fatos, um analista financeiro, desejan-

do conhecer a Liquidez Corrente (LC) da empresa, deverá:

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a) realizar ajustes, reduzindo o valor do estoque e do imobilizado registrados no

Ativo;

b) realizar ajuste, aumentando o valor do Ativo, em decorrência da ausência de

realização do impairment pela empresa;

c) realizar ajuste, reduzindo o Passivo Circulante e aumentando o Passivo Não Cir-

culante, em decorrência do valor de obrigações a pagar;

d) realizar ajustes, reduzindo o valor do estoque no Ativo Circulante e aumentando

o valor de obrigações a pagar no Passivo Circulante;

e) considerar como base de sua análise as informações originais das Demonstra-

ções Contábeis.

Letra d.

O indicador de liquidez corrente é calculado pela equação: AC/PC.

Assim, o analista deverá ajustar somente os dados que afetam o AC e o PC para

conseguir ter uma informação fidedigna sobre a liquidez corrente da empresa.

As ressalvas apresentadas pelo auditor foram:

• ausência de reconhecimento adequado das provisões para perdas no esto-

que – este fato deverá ser ajustado, diminuindo o valor contábil do estoque

no AC.

• ausência de adoção de critérios de impairment do imobilizado condizentes

com a realidade econômica de seus ativos – este fato não precisa ser ajusta-

do, pois envolve o ANC - Imobilizado.

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• classificação indevida das obrigações a pagar inferior a 12 meses no Passivo

Não Circulante – este fato deverá ser ajustado, aumentando o valor das obri-

gações no PC.

Questão 44    (IADES/HEMOCENTRO-DF/CONTADOR/2017) Os balanços patrimo-

niais de uma empresa hipotética, referentes aos exercícios de 20X0 e 20X1, evi-

denciaram que o Ativo Total não variou de um ano para o outro, totalizando R$

358.000,00. Sabendo que o Passivo Exigível cresceu 12% em 20X1 na comparação

com 20X0, assinale a alternativa correta.

a) O capital próprio reduziu-se em 12%.

b) Para cada R$ 100,00 de capital próprio, a empresa tomou R$ 112,00 de capital

de terceiros.

c) Houve redução do capital circulante líquido.

d) O índice de participação de capital de terceiros aumentou.

e) O índice de liquidez corrente caiu 12%.

Letra d.

Esta questão deve ser respondida com base na interpretação da equação patrimo-

nial:

Ativo = passivo + patrimônio líquido

Se o ativo se manteve e o passivo aumentou, podemos afirmar que o PL diminuiu.

Saldo inicial: 1.000 = 400 + 600

Saldo com aumento de 12% do passivo: 1.000 = 448 + 552

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Com base na interpretação das assertivas, a única plausível é a de que a participa-

ção do capital de terceiros em relação ou PL aumentou. A equação de participação

de capital de terceiros é:

PCT = (PC + PNC)/PL

A equação com os valores iniciais dá uma PCT de 0.66, já com os valores ajustados

dá uma PCT de 0.81.

Questão 45    (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/CONTADOR/2017) Uma so-

ciedade empresária apresentava os seguintes índices de endividamento geral e de

composição do endividamento, nos anos de 2014 a 2016:

Sobre essa sociedade empresária, assinale a afirmativa correta.

a) Há uma diminuição nos passivos onerosos.

b) A empresa aproxima-se de seu equilíbrio estrutural.

c) Há um aumento na rentabilidade.

d) Há um aumento nos prazos de pagamento das dívidas.

e) Há um aumento na parcela do ativo financiada por recursos próprios.

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Letra d.

O endividamento geral é PC+PNC/ATIVO, equilíbrio estrutura é o passivo igual ao

PL. Passivo oneroso é o passivo exigível da empresa. A composição de endivida-

mento é encontrada pela equação: PC /PC + PNC.

Assim, se o endividamento geral aumentou, é sinal que as dívidas aumentaram e

o ativo está sendo cada vez mais financiado por recursos de terceiros e menos por

capital próprio. Já o aumento do passivo oneroso faz com que a empresa se afaste

do seu equilíbrio estrutural.

Como a composição de endividamento diminuiu, podemos inferir que as dívidas de

curto prazo estão diminuindo em relação às de longo prazo.

Questão 46    (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/CONTADOR/2017) Uma em-

presa possuía, em 31/12/2016, ativo circulante formado por caixa e estoques. Na

data a empresa apresentava os seguintes índices de liquidez:

Liquidez Imediata= 1,0 e Liquidez Corrente=3,0.

Assinale a opção correta sobre a empresa, em 31/12/2016.

a) O valor do ativo circulante é duas vezes o valor do passivo circulante.

b) O passivo circulante é maior do que o saldo da conta caixa.

c) O ativo não circulante é menor do que o passivo não circulante.

d) O passivo circulante tem saldo igual à conta estoques.

e) O saldo da conta caixa é metade do valor do estoque.

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Letra e.

Liquidez corrente é AC/PC. Se o indicador é 3, é sinal que para cada R$ 1,00 do

passivo circulante tem 3 no ativo circulante, ou seja, o AC é 3 vezes maior que o

PC.

Liquidez imediata é caixa/PC. Se o indicador é 1, podemos inferir que para cada R$

1,00 em caixa tem R$ 1,00 real no passivo circulante.

Como o ativo circulante é composto pelas contas caixa e estoque, e caixa é 1, po-

demos deduzir que o estoque é 2. Assim, o estoque representa o dobro do valor da

conta caixa.

Equação DuPont
A equação DuPont é a principal ferramenta utilizada para identificar a rentabili-

dade do capital aplicado pelos sócios na empresa. Ela permite calcular o RPL - Re-

torno sobre o Patrimônio Líquido ou ROE - Return On Equity, em inglês.

Na prática, o Retorno sobre o Patrimônio Líquido é composto por três elementos

à disposição da administração para acelerar ou desacelerar uma empresa:

• a lucratividade;

• o giro de ativos; e

• a alavancagem financeira.

Entendendo o Retorno sobre o Patrimônio Líquido como uma composição dessas

três variáveis à disposição da administração, os sócios poderão ter uma boa ideia

do retorno sobre o capital aplicado na empresa que poderão esperar, além de poder

avaliar a capacidade administrativa dos executivos da companhia.

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A essência da equação DuPont é apresentar o retorno do PL para os sócios, a partir

do retorno do ativo, multiplicado pela alavancagem do capital de terceiros.

É por isso que a fórmula pode ser explicada, a partir do retorno do ativo (RAT), que

nada mais é que a lucratividade vezes o giro, da seguinte maneira:

RAT = lucratividade x giro ativo

RAT = margem líquida x giro do ativo

Desmembrando teremos que:

ROA = Lucro Líquido/vendas líquidas x Vendas líquidas/ativo médio

ROA = Lucro Líquido/Ativo médio

Na equação Dupont o retorno do ativo é multiplicado pela Grau de Alavancagem

Financeira – GAF. O GAF apresenta a composição do endividamento da empresa,

indicando o volume de recursos investidos na organização, comparado com recur-

sos próprios aplicados ou mantidos pelos acionistas.

É encontrado na razão do ativo total pelo patrimônio líquido. GAF = AT/PL

Desmembrando ainda mais a fórmula da equação Dupont teremos:

RPL = Margem Líquida x Giro do Ativo x GAF

RPL = (𝐿𝐿/ 𝑅𝐿𝑉) × (𝑅𝐿𝑉/ 𝐴𝑇) × (𝐴𝑇/ 𝑃𝐿)

Após os ajustes, a fórmula do retorno sobre o Patrimônio Líquido, em inglês ROE,

é expressa em sua forma mais básica como destacado na equação:

RPL = Lucro líquido/Patrimônio Líquido

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Questão 47    (IBFC/MPE-SP/ANALISTA DE PROMOTORIA/2014) O método DuPont

analisa o desempenho do retorno de uma empresa. Com base neste método e nos

dados abaixo, assinale a alternativa correta:

Vendas Líquidas: $ 120.000,00.

Ativo Operacional: $ 230.000,00.

Lucro Operacional: $ 35.000,00.

a) O retorno é de 29,17%.

b) O retorno é de 15,22%.

c) O retorno é de 52,17%.

d) O retorno é de 29,17%.

e) O retorno é de 12,56%.

Letra b.

O retorno do ativo (RAT) pode ser calculado pela lucratividade vezes o giro, da se-

guinte maneira:

RAT = lucratividade x giro ativo

RAT = margem líquida x giro do ativo

RAT = 𝐿𝐿/ 𝑅𝐿𝑉 × 𝑅𝐿𝑉/ 𝐴𝑇

RAT = LL/AT

RAT = 35.000/230.000

RAT = 0.1522 = 15.22%

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Questão 48    (IADES/HEMOCENTRO-DF/TÉCNICO CONTÁBIL/2017) A análise

das demonstrações financeiras é parte fundamental da análise financeira e vem se

desenvolvendo a cada dia, juntamente com o crescimento dos mercados. Acerca

desse tema, assinale a alternativa correta.

a) A análise vertical consiste basicamente na comparação de valores ou de índices

de dois ou mais anos.

b) O índice de liquidez geral tem como objetivo demonstrar a capacidade de paga-

mento da empresa no curto prazo.

c) Quanto maior for o quociente de posicionamento relativo, melhor para a empre-

sa, uma vez que esse quociente relaciona o prazo médio de recebimento ao prazo

médio de pagamento.

d) O índice de rotação do ativo relaciona o total das vendas produzidas ao ativo da

empresa. Quanto maior for esse índice, pior é a utilização do ativo.

e) Na análise do prazo médio de recebimento, devem ser considerados o ramo do

negócio e as políticas de crédito; mas, em geral, quanto menor for o prazo médio

de recebimento, melhor.

Letra e.

Vou comentar item a item:

a) Errada. A análise horizontal é que faz a comparação de valores ou de índices

de dois ou mais anos. A análise vertical apresenta a participação de uma conta em

seu grupo.

b) Errada. O índice de liquidez geral apresenta a capacidade de pagamento da

empresa no longo prazo, é calculado pela seguinte equação:

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LG = AC + ARLP/PC + PNC

c) Errada. O índice de posicionamento relativo é um indicador financeiro que apre-

senta a relação entre o prazo médio de recebimento e o prazo médio de pagamen-

to. Desta forma, quanto maior for o quociente, é pior para a empresa, pois, quanto

maior for o indicador, menos tempo para trabalhar o dinheiro a empresa tem e

provavelmente irá necessitar de dinheiro de terceiros para pagar as suas compras.

d) Errada. O índice de rotação do ativo apresenta quanto que o ativo gerou de

vendas líquidas. GA = RLV/Ativo. Quanto maior for esse índice, é melhor para a

empresa, pois o ativo está gerando receita.

e) Certa. Na análise do prazo médio de recebimento, devem ser considerados o

ramo do negócio e as políticas de crédito, mas, em geral, quanto menor for o prazo

médio de recebimento, melhor, pois a empresa está recebendo suas vendas a prazo

em menos tempo e, assim, terá mais dinheiro para aplicar.

Questão 49    (IADES/HEMOCENTRO-DF/TÉCNICO CONTÁBIL/2017) Os quocien-

tes de rentabilidade têm por função demonstrar o lucro de uma empresa em sua

dimensão relativa. A margem operacional pode ser obtida dividindo-se

a) as vendas líquidas pelo ativo operacional médio.

b) o lucro operacional pelas vendas líquidas.

c) as vendas líquidas pelo ativo total médio.

d) o patrimônio líquido pelo número de ações em circulação.

e) o ativo fixo pelo patrimônio líquido.

Letra b.

A rentabilidade é estabelecida pela equação entre o Lucro Líquido e o ativo (renta-

bilidade do ativo) ou lucro líquido e o PL (rentabilidade do PL). Quando analisamos

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o lucro em relação à receita líquida de vendas, apuramos os indicadores de lucra-

tividade ou de margens, que, na prática, não é a mesma coisa que rentabilidade.

Os 3 principais indicadores de lucratividade são:

Margem Bruta: MB = Lucro Bruto / Vendas Líquidas

Margem Operacional: MO=Lucro Operacional / Vendas Líquidas

Margem Líquida: ML = Lucro Líquido / Vendas Líquidas

EBITDA
EBITDA é a sigla de Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amorti-

zation, que significa lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização –

LAJIDA é utilizado para produtividade e a eficiência da empresa.

Juros são os valores pagos (despesas financeiras) ou recebidos (receitas financei-

ras) e impostos são o Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro Líqui-

do.

O EBITDA é um indicador financeiro que apresenta, com base nas contas de resul-

tado, quanto uma empresa gera de recursos através de suas atividades operacio-

nais, desconsiderando os juros, impostos e outros efeitos financeiros e econômicos

que não estão relacionados diretamente com as atividades produtivas da empresa.

Apesar de ter ligação com o fluxo de caixa operacional, ele não apresenta a gera-

ção de caixa operacional, pois não trabalha com todas as informações de entrada

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ou saída de caixa com atividades operacionais, como, por exemplo: não considera

o recebimento de duplicatas, pagamento de duplicatas, pagamento de despesas

antecipadas, entre outros fatos operacionais que são apresentados na DFC.

Para calcular o EBITDA, é necessário primeiro calcular o lucro operacional, de-

pois, é só somar ao lucro operacional os juros, a depreciação, exaustão e amorti-

zação que estão incluídas no CPV (caso de indústrias) e nas despesas operacionais

e retirar as receitas financeiras.

O EBITIDA é calculado a partir dos dados apresentadas na DRE, da seguinte

forma:

Receita Líquida de Vendas

(-) Custo da mercadoria vendida

(=) Lucro Operacional Bruto

(-) Despesas operacionais

(+) Receitas operacionais

(=) Lucro Operacional Líquido

No valor do lucro operacional são efetuados os ajustes, para assim apurar o va-

lor EBITDA. É importante destacar que o indicador pode ser apresentado também

em percentual em uma análise vertical da DRE.

Lucro Operacional Líquido

(+) Despesas financeiras

(-) receitas financeiras

(+) Depreciação

(+) Amortização

(+) Exaustão

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(=) EBITDA (LAJIDA)

Exemplo:

Considere os seguintes dados apresentados na DRE e que em despesas administra-

tivas tem depreciação de $6.000 e amortização de $3.000.

(=) RLV = 100.000

(-) CMV = (30.000)

(=) LOB = 70.000

(-) Despesas operacionais = (40.000)

Administrativas – 25.000

Gerais – 7.000

Com vendas – 3.000

Financeiras – 5.000

(+) Receitas operacionais = 2.000

Financeiras – 2.000

(=) Lucro Operacional Líquido = 32.000

Como vimos, a partir do LOL são feitos os ajustes, da seguinte forma:

Lucro Operacional Líquido = 32.000

(+) Despesas financeiras = 5.000

(-) receitas financeiras = (2.000)

(+) Depreciação = 6.000

(+) Amortização = 3.000

(+) Exaustão

(=) EBITDA (LAJIDA) = 44.000 (44%)

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As empresas também calculam o EBIT, que é a sigla em inglês para Earnings Be-

fore Interest and Taxes, em português podemos traduzir como LAJIR, ou seja, Lu-

cro antes dos Juros e impostos.

A diferença entre o EBIT e o EBITDA, é que o primeiro considera em seu cálculo os

efeitos das depreciações e amortizações, já o segundo não considera.

Questão 50    (CESGRANRIO/PETROBRAS/ADMINISTRADOR JÚNIOR/2015) Na

análise de demonstrações financeiras, cálculos como o do EBIT (LAJI ou LAJIR em

português), do EBITDA (LAJIDA em português) e do NOPAT (LOLAI em português)

são realizados com o intuito de conhecer, de forma mais aprofundada, a situação

econômico-financeira de uma empresa.

Dessa forma, o EBITDA poderá ser

a) impactado pelos impostos sobre vendas.

b) impactado pelas despesas de juros.

c) impactado pela amortização.

d) menor que o NOPAT.

e) menor que o EBIT.

Letra a.

No cálculo do EBITDA devemos ajustar o LOL com os valores das despesas de juros,

da depreciação e da amortização, assim, ele será maior que o EBIT e O NOPAT.

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Como é calculado a partir do Lucro Operacional Líquido, o EBITDA será impactado

pelos impostos sobre vendas.

Questão 51    (FCC/CNMP/CONTADOR/2016) A tabela a seguir apresenta algumas

informações que foram obtidas das demonstrações contábeis da Empresa Abra S.A.

e da Empresa Cadabra S.A. relativas ao ano de 2014:

Com base nessas informações, é correto afirmar que a Empresa,

a) Abra S.A. apresenta maior passivo circulante.

b) Cadabra S.A. apresentou menor lucro líquido no período.

c) Abra S.A. apresenta menor ativo não circulante.

d) Cadabra S.A. apresenta maior patrimônio líquido.

e) Abra S.A. possui um montante maior de recursos de terceiros.

Letra b.

• O índice de liquidez corrente é LC = AC/PC, aplicando a fórmula encontrare-

mos que na empresa Abra o passivo circulante é de $ 75.000,00 e na Cadabra

é de $ 100.000,00. Assim está errada.

Com base nestes dados podemos calcular o restante do BP.

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Abra:

Se o AC é de $ 150.000 e o ativo total é de $ 360.000, podemos inferir que o ANC

é de $ 210.000.

Se o passivo circulante é de $ 75.000 e o passivo não circulante é de $ 120.000,

o PL será de 165.000, pois o total do passivo mais o PL é de $ 360.000.

Cadabra:

Se o AC é de $ 150.000 e o ativo total é de $ 360.000, podemos inferir que o ANC

é de $ 210.000.

Se o passivo circulante é de $ 100.000 e o passivo não circulante é de $ 150.000,

o PL será de 110.000, pois o total do passivo mais o PL é de $ 360.000.

• O retorno do PL é calculado pela equação LL/PL.

Para responder à questão, devemos encontrar o valor do LL e do PL.

Para calcular o lucro de Abra e Cadabra, vamos aplicar a fórmula do retorno do PL:

Abra:

RPL = LL/PL

0.15 = LL/ 165.000

LL – = 24,750,00

Cadabra:

RPL = LL/PL

0.2 = LL/110.000

LL – = 22.000,00

Assim, o lucro de Cadabra é menor que o lucro de Abra.

Questão 52    (IF-CE/IF-CE/GESTÃO FINANCEIRA/2016) Quando se busca encon-

trar a relação percentual de um elemento com o todo de que faz parte, utiliza-se o

método de análise de balanço, denominado

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a) análise da taxa de retorno sobre investimento.

b) análise por meio de quocientes.

c) análise horizontal.

d) índices-padrão.

e) análise vertical.

Letra e.

A vertical mede a porcentagem de cada componente em relação ao total da sua de-

monstração, e assim auxilia na comparação dos valores dentro do exercício social.

Tem por finalidade evidenciar a participação de cada elemento do conjunto em re-

lação ao total, em um mesmo período.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Prezado(a) Auditor(a),

Separei 35 questões para você ver como as bancas estão cobrando Análise Das

Demonstrações em suas provas. As primeiras são da banca CESPE e as últimas

da FCC.

Os meus comentários são objetivos e diretos, pois pretendo ajudá-lo a fixar o

assunto.

A identificação das questões é na seguinte ordem: banca, órgão, cargo e ano

do concurso.

A respeito da análise econômico-financeira de empresas, julgue o próximo item.

Questão 1    (CESPE/MPOG/CONTADOR/2015) Os relatórios contábeis obrigatórios

— por exemplo, o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício

e as notas explicativas — são essenciais para que se realizem análises horizontal,

vertical e por indicadores.

A respeito da análise econômico-financeira de empresas, julgue o próximo item.

Questão 2    (CESPE/MPOG/CONTADOR/2015) A análise horizontal e vertical pode

ser usada tanto para comparar o desempenho e a situação de uma empresa com o

de outras empresas, ao longo de vários períodos, quanto para, por exemplo, anali-

sar sua performance em um determinado período de tempo.

Com referência às análises horizontal e vertical, a tendências e a grupos de com-

paração, julgue o item a seguir.

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Questão 3    (CESPE/TCU/AFCE/2015) A análise horizontal é um processo compa-

rativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma conta ou

grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificado no mesmo de-

monstrativo. A análise vertical, por sua vez, é a comparação entre os valores de

uma mesma conta ou grupo de contas em diferentes exercícios sociais.

Com base na tabela acima, que apresenta o balanço patrimonial da companhia hi-

potética ABC, julgue os itens 34 e 35.

Questão 4    (CESPE/TCE-RN/AUDITOR/2016) A análise vertical permite concluir

que a representatividade dos estoques nos investimentos totais da empresa foi,

nos dois períodos contábeis, superior a 30%.

Questão 5    (CESPE/TCE-RN/AUDITOR/2016) Por meio da análise horizontal, que

permite a avaliação de tendência, é correto concluir que as obrigações de longo

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prazo tiveram um crescimento, desconsiderando a inflação, de 100% de um ano

para o outro.

Acerca das taxas de retorno e dos indicadores de estrutura de capital e solvência,

julgue o item a seguir.

Questão 6    (CESPE/TCU/AFRF/2013) O indicador de composição do endividamen-

to denota a proporção entre o capital próprio e o capital de terceiros de uma em-

presa.

A respeito da análise de lucratividade e de retorno de investimentos, julgue os itens

a seguir.

Questão 7    (CESPE/TC-DF/ACE/2014) O EBITDA é um indicador associado ao con-

ceito de fluxo de caixa operacional das empresas.

Julgue o item abaixo, relativo ao EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depre-

ciation And Amortization).

Questão 8    (CESPE/TCU/AFCE/2015) O EBITDA representa a geração de caixa

operacional da empresa, ou seja, o montante de recursos gerados pela empresa

apenas em suas atividades operacionais, após a subtração do efeito financeiro e de

impostos.

No que se refere à análise econômico-financeira de empresas, julgue os itens sub-

secutivos.

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Questão 9    (CESPE/MTE/CONTADOR/2014) O EBITDA, além de ser um índice de

lucratividade, é um indicador de geração monetária efetiva de caixa por meio de

atividades operacionais.

Acerca das taxas de retorno e dos indicadores de estrutura de capital e solvência,

julgue o item a seguir.

Questão 10    (CESPE/TCU/AFCE/2013) O EBITDA (Earnings Before Interest, Ta-

xes, Depreciation And Amortization) é um indicador que se aproxima do fluxo de

caixa operacional e possibilita a comparação de empresas a fim de subsidiar as

decisões de investimento.

Tendo em vista que, na avaliação de uma empresa, além dos dados econômicos

e financeiros que integram as demonstrações contábeis, outras informações de

mercado e informações não financeiras devem ser levadas em conta, julgue o item

seguinte.

Questão 11    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2016) A análise

vertical efetua comparativos entre os períodos de tempo, ao passo que a análise

horizontal se preocupa com o comparativo de itens no mesmo período de análise.

Questão 12    (CESPE/TRT 7ª/CONTADOR/2017) Os indicadores econômico-finan-

ceiros que são extraídos das demonstrações contábeis e que evidenciam a situação

financeira da empresa frente a seus diversos compromissos financeiros são deno-

minados indicadores de

a) lucratividade.

b) estrutura de capital.

c) rentabilidade.

d) liquidez.

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Os dados a seguir referem-se ao balanço patrimonial resumido de uma empresa no

final de determinado ano.

• caixa R$ 150.000

• títulos negociáveis R$ 150.000

• despesas pagas antecipadamente R$ 50.000

• estoques R$ 150.000

• máquinas R$ 200.000

• passivo circulante R$ 230.000

Com relação a esse balanço patrimonial hipotético, julgue o seguinte item.

Questão 13    (CESPE/EMAP/CONTADOR/2017) Nesse ano, o valor do capital circu-

lante líquido dessa empresa é igual a R$ 450.000.

A respeito da análise de liquidez e de solvência de empresas, julgue o seguin-

te item.

Questão 14    (CESPE/TCU/AFCE/2015) O ciclo operacional da empresa pode ser

definido como as suas fases de funcionamento, que vão desde a aquisição de ma-

teriais para a produção até o recebimento das vendas efetuadas. Quanto mais

longo se apresentar o ciclo operacional, menor será a necessidade de investimento

em giro.

Questão 15    (CESPE/PC-PE/PERITO CONTÁBIL/2016) O evento que provoca um

aumento no valor do capital circulante líquido de uma empresa é a

a) antecipação de pagamento de dívidas de longo prazo.

b) venda de imóveis a prazo, com o recebimento da primeira parcela previsto para

um prazo de dois anos a partir da data da transação.

c) baixa para prejuízo de uma duplicata a receber.

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d) conversão de dívidas de curto prazo em dívidas de longo prazo.

e) aplicação de recursos mantidos em conta corrente na aquisição de estoques a

serem negociados no curto prazo.

Questão 16    (CESPE/SEFAZ-RS/AFRE/2019) Os indicadores econômico-financei-

ros que podem ser obtidos por meio de análise vertical incluem o

a) retorno sobre o patrimônio líquido e a margem de lucro.

b) giro do ativo e o índice de endividamento.

c) índice de endividamento e a margem de lucro.

d) giro de contas a receber e o giro dos estoques.

e) capital circulante próprio e o capital permanente líquido.

Questão 17    (CESPE/TCE-MG/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2018) A prin-

cipal característica da análise horizontal das demonstrações financeiras de uma

empresa é

a) ser calculada como percentual de determinada conta em relação a um valor-ba-

se.

b) comparar as posições da empresa com outros padrões do seu ramo de atuação.

c) demonstrar a proporção das fontes e das aplicações de recursos da empresa.

d) avaliar a situação da empresa independentemente das alterações inflacionárias.

e) medir a evolução das contas, o que permite avaliar tendências futuras.

Em relação aos conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade, julgue o item

subsequente.

Questão 18    (CESPE/EBSERH/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) A análise de balanços

não é considerada uma técnica contábil, tendo em vista que foi formulada e desen-

volvida no âmbito da administração financeira.

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Quanto aos indicadores e métodos de análise econômico-financeira, julgue o item

a seguir.

Situação hipotética: Sem que tenha havido variação percentual no volume de

seus estoques entre dois exercícios subsequentes, uma empresa obteve melhoria

em sua liquidez seca no período, contudo, não houve melhora em seu capital cir-

culante líquido.

Questão 19    (CESPE/SLU-DF/CONTADOR/2019) Assertiva: Nesse caso, os ativos

circulantes cresceram mais que os passivos circulantes.

Situação hipotética: A margem líquida de uma empresa, calculada pela relação

entre seu lucro líquido e suas vendas, resultou em 0,075 quando seu volume de

vendas atingiu R$ 1 milhão. Para essa empresa, o total de ativos foi de R$ 400 mil,

e a relação entre as fontes de recursos foi igual à unidade.

Questão 20    (CESPE/SLU-DF/CONTADOR/2019) Assertiva: Nessa situação, o re-

torno sobre o patrimônio líquido totalizou 37,5%.

Questão 21    (FCC/MPE-AP/CONTADOR/2012) Na análise de demonstrações fi-

nanceiras, aquela de participação percentual ou de estrutura dos elementos dos

Demonstrativos Contábeis é à de

a) Indicadores Econômico-Financeiros.

b) Análise Horizontal Real (AHR).

c) Análise Horizontal (AH).

d) Análise Prospectiva (AP).

e) Análise Vertical (AV).

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Questão 22    (FCC/TRF 2ª/CONTADOR/2012) A análise vertical do Balanço Patri-

monial em 31/12/2011 da Cia. Cafelândia mostrou que suas disponibilidades re-

presentavam 20% do total de seu Ativo Circulante. O índice de liquidez corrente

da companhia para o mesmo exercício era de 1,5. O índice de liquidez imediata da

companhia nesse exercício foi de

a) 0,45.

b) 0,50.

c) 0,30.

d) 0,35.

e) 0,40.

Questão 23    (FCC/CORPERGÁS/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2012) O valor do

ativo é igual ao valor do patrimônio líquido quando na análise das demonstrações

contábeis e financeiras

a) os bens e direitos são iguais às obrigações com terceiros.

b) os bens e direitos excedem o valor das obrigações com terceiros.

c) os bens e direitos são menores que as obrigações com terceiros.

d) as obrigações com terceiros são nulas.

e) os bens e direitos são nulos.

Questão 24    (FCC/TRE-PR/CONTADOR/2017) O Índice de Liquidez Corrente de

uma empresa, obtido a partir do balanço publicado em 31/12/2015, era 1,8 e o

grau de concentração do passivo no curto prazo (Passivo Circulante em relação ao

Passivo Total) era 30%. Os seguintes valores estavam evidenciados no citado Ba-

lanço Patrimonial:

– Total do Ativo = R$ 10.000.000,00

– Patrimônio Líquido = R$ 4.000.000,00

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O valor total do Ativo Não Circulante da empresa, em 31/12/2015, era, em reais,

a) 4.000.000,00.

b) 9.000.000,00.

c) 2.440.000,00.

d) 6.760.000,00.

e) 3.240.000,00.

Questão 25    (FCC/TRT 3ª/CONTADOR/2016) Na análise das demonstrações con-

tábeis, um índice de

a) liquidez seca de 1,10 indica que a empresa, em uma determinada data, possui

ativos que já são dinheiro ou se transformarão em dinheiro nos curtos e longos

prazos suficientes para cobrir a sua dívida total.

b) rentabilidade do ativo de 20% significa que a cada R$ 100,00 investidos em ati-

vos não circulantes, a empresa obtém R$ 20,00 de lucro bruto por período.

c) margem líquida de 14% significa que a cada R$ 100,00 investidos no Patrimônio

Líquido, a empresa obtém R$ 14,00 de lucro líquido por período.

d) liquidez imediata de 0,15 indica que a empresa, em uma determinada data,

possui R$ 0,15 para cada R$ 1,00 de despesas operacionais incorridas durante o

exercício.

e) liquidez corrente de 1,05 indica que, em uma determinada data, para cada R$

1,00 de dívida com vencimento no curto prazo, a empresa possui R$ 1,05 de ativos

que já são dinheiro ou se transformarão em dinheiro no curto prazo.

Questão 26    (FCC/SABESP/CONTADOR/2018) O Balanço Patrimonial da Cia. Ana-

lítica, em 31/12/2017, apresentava a seguinte situação:

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Com base neste Balanço Patrimonial, é possível afirmar que a Cia. Analítica apre-

sentava em 31/12/2017:

a) índice de liquidez corrente igual a 1,00.

b) índice de liquidez geral igual a 2,50.

c) índice de imobilização dos recursos não correntes igual a 85%.

d) grau de endividamento (capital de terceiros em relação aos recursos totais)

igual a 30%.

e) índice de composição do endividamento igual a 40%.

Questão 27    (FCC/PREFEITURA DE TERESINA/AUDITOR FISCAL MUNICI-

PAL/2016) O índice de liquidez corrente de uma empresa era 1,7, obtido a partir

dos valores constantes no Balanço Patrimonial de 31/12/2014. O Passivo Circulante

da empresa, nesta mesma data, correspondia a 40% do passivo total. Sabendo-se

que o Ativo Circulante da empresa totalizava R$ 170.000,00 e que o valor total

dos ativos constantes do balanço era R$ 550.000,00, o valor do Patrimônio Líquido

constante do Balanço Patrimonial, na mesma data, era, em reais,

a) 261.000,00.

b) 300.000,00.

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c) 410.000,00.

d) 330.000,00.

e) 150.000,00.

Questão 28    (FCC/ELETROSUL/CONTADOR/2016) O endividamento total de 2015

foi de:

a) 0,449275.

b) 0,297972.

c) 0,524146.

d) 0,325438.

e) 0,297972

Questão 29    (FCC/ELETROSUL/CONTADOR/2016) O grau de imobilização do ca-

pital próprio, em 2014, foi de

a) 0,3913.

b) 0,8870.

c) 0,4706.

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d) 0,5217.

e) 1,0127.

Questão 30    (FCC/CNMP/CONTADOR/2016) A tabela a seguir apresenta algumas

informações que foram obtidas das demonstrações contábeis da Empresa Abra S.A.

e da Empresa Cadabra S.A. relativas ao ano de 2014:

Com base nessas informações, é correto afirmar que a Empresa,

a) Abra S.A. apresenta maior passivo circulante.

b) Cadabra S.A. apresentou menor lucro líquido no período.

c) Abra S.A. apresenta menor ativo não circulante.

d) Cadabra S.A. apresenta maior patrimônio líquido.

e) Abra S.A. possui um montante maior de recursos de terceiros.

Questão 31    (FCC/COMPESA/CONTADOR/2016) Um administrador deseja saber o

ganho líquido da empresa em cada unidade de venda, de modo a determinar qual

produto deve ter sua venda estimulada. Assinale a opção que apresenta o indicador

mais recomendado para a obtenção dessa informação.

a) Margem Bruta.

b) Margem Líquida.

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c) Margem Operacional Líquida.

d) Retorno sobre o Ativo.

e) Retorno sobre o Patrimônio Líquido.

Questão 32    (FCC/CLDF/ADMINISTRADOR/2018) A partir da análise do balanço

de uma empresa pode-se extrair informações relevantes a respeito de sua solva-

bilidade e, mais especificamente, sobre a sua liquidez, ou seja, a  capacidade de

honrar compromissos em diferentes horizontes de tempo. Nesse cenário, o índice


de liquidez seca

a) é quociente que mostra a capacidade de pagamento da empresa no curto prazo,

ou seja, a capacidade de a empresa honrar suas obrigações vencíveis no exercício

seguinte ao do encerramento do balanço, com a fórmula: Ativo Circulante dividido

pelo Passivo Circulante.

b) indica a capacidade de pagamento de dívida no longo prazo, utilizando para seu

cálculo a seguinte fórmula: Ativo Circulante mais Ativo realizável a longo prazo,

dividido pelo Passivo Circulante somado ao Passivo Não Circulante.

c) propicia uma análise mais conservadora da situação de liquidez de uma empresa

em determinado momento, pois elimina do cálculo os valores que estão imobiliza-

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dos no estoque, com a seguinte fórmula: Ativo Circulante menos estoques, dividido
pelo Passivo Circulante.
d) indica quanto a empresa possui de recursos imediatamente disponíveis para li-
quidar compromissos de curto prazo tendo como fórmula: Disponível dividido pelo
Passivo Circulante.
e) fornece um resultado específico para análise de crédito, no longo e no curto
prazo, apresentando a seguinte fórmula: Receitas financeiras dividida por Juros e
Encargos financeiros.

A Cia. dos Índices apresentava a seguinte situação patrimonial e financeira em


31/12/2017, com os valores expressos em reais:

Questão 33    (FCC/CLDF/ADMINISTRADOR/2018) A Cia. dos Índices apresentava,


em 31/12/2017, índice de
a) composição do endividamento igual a 40%.
b) liquidez corrente igual a 1.
c) participação de capitais de terceiros em relação ao patrimônio líquido igual
a 100%.
d) liquidez geral igual a 2.

e) imobilização dos recursos não correntes igual a 83%.

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Questão 34    (FCC/AFAP/CONTADOR/2019) Considere as seguintes assertivas ela-

boradas a partir do Balanço Patrimonial da Cia. dos Cálculos:

I – O índice de Liquidez Geral é igual a 1,0.

II – O índice Composição do Endividamento é igual a 62%.

III – O índice Imobilização dos Recursos Não Correntes é igual a 100%.

Está correto o que se afirma em:

a) I, apenas;

b) III, apenas;

c) I e III, apenas;

d) II, apenas;

e) I, II e III.

Questão 35    (FCC/AFAP/CONTADOR/2019) Suponha que, atuando como Analista

junto à Agência de Fomento do Amapá, tenha-lhe sido conferida a incumbência de

avaliar a saúde financeira de determinada empresa com vistas ao enquadramento

nos critérios estabelecidos para acesso a determinada linha de crédito em condi-

ções diferenciadas. Um dos principais requisitos fixados para o referido enquadra-

mento é a existência de um fluxo de caixa futuro compatível com a cobertura das

parcelas do financiamento. Em tal análise, a avaliação do indicador conhecido como

Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (EBITDA) ou Lucros

antes de juros, impostos, depreciação e amortização (LAJIDA)

a) revela o grau de risco e exposição da empresa a passivos contingentes não

cobertos por provisões e, portanto, é um indicador apenas indireto para avaliar a

capacidade de pagamento da empresa.

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b) é irrelevante, pois está ligada apenas à situação patrimonial da empresa, identi-

ficada a partir dos efeitos de seus ativos imobilizados no patrimônio líquido indicado

em seu balanço.

c) não é determinante para identificar a saúde financeira da empresa, eis que dire-

cionada exclusivamente para a verificação da capacidade de pagamento de tributos

e outras obrigações legais.

d) afigura-se relevante, pois revela a capacidade de geração de caixa da empresa

a partir de suas atividades operacionais, expurgando determinados efeitos finan-

ceiros que impactam o resultado contábil apurado nas demonstrações financeiras.

e) corresponde à denominada liquidez seca que, em contraposição à liquidez cor-

rente, considera apenas os comprometimentos financeiros de curto prazo (passivo

circulante) e não os de longo prazo (passivo não circulante), sendo relevante ape-

nas se a linha de crédito for voltada a capital de giro.

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GABARITO
1. C 25. e

2. E 26. c

3. E 27. b

4. E 28. c

5. C 29. c

6. E 30. b

7. C 31. b

8. E 32. c

9. E 33. a

10. C 34. a

11. E 35. d

12. d

13. E

14. E

15. d

16. c

17. e

18. E

19. E

20. C

21. e

22. c

23. d

24. d

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (CESPE/MPOG/CONTADOR/2015) Os relatórios contábeis obrigatórios
— por exemplo, o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício
e as notas explicativas — são essenciais para que se realizem análises horizontal,
vertical e por indicadores.

Certo.
A análise é feita com base nos dados obtidos nas demonstrações contábeis.
É importante lembra que o objetivo das demonstrações contábeis é fornecer infor-
mações sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na
posição financeira da entidade, que sejam úteis a um grande número de usuários
externos em suas avaliações e tomadas de decisão econômica.
O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui, normalmente, o BP, a DRE,
a DRA, a DFC, a DMPL, a DVA e as notas explicativas, além de outros materiais
explicativos necessários ou complementares.

A respeito da análise econômico-financeira de empresas, julgue o próximo item.

Questão 2    (CESPE/MPOG/CONTADOR/2015) A análise horizontal e vertical pode


ser usada tanto para comparar o desempenho e a situação de uma empresa com o
de outras empresas, ao longo de vários períodos, quanto para, por exemplo, anali-
sar sua performance em um determinado período de tempo.

Errado.
Nesta questão o CESPE cobrou a essência de cada análise. É importante destacar
que a análise horizontal e vertical pode ser usada tanto para comparar o desempe-
nho e a situação de uma empresa com o de outras empresas.

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Contudo, a análise vertical avalia a participação de uma conta dentro do seu grupo
no mesmo período, enquanto a análise horizontal necessita de dois ou mais perí-
odos para avaliar a evolução do saldo das contas ou grupos de contas.

Com referência às análises horizontal e vertical, a tendências e a grupos de com-


paração, julgue o item a seguir.

Questão 3    (CESPE/TCU/AFCE/2015) A análise horizontal é um processo compa-


rativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma conta ou
grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificado no mesmo de-
monstrativo. A análise vertical, por sua vez, é a comparação entre os valores de
uma mesma conta ou grupo de contas em diferentes exercícios sociais.

Errado.
Os conceitos estão invertidos, pois, na análise vertical, se avalia a participação de
uma conta dentro do seu grupo no mesmo período, enquanto a análise horizontal
necessita de dois ou mais períodos para avaliar a evolução do saldo das contas ou

grupos de contas.

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Com base na tabela acima, que apresenta o balanço patrimonial da companhia hi-
potética ABC, julgue os itens 34 e 35.

Questão 4    (CESPE/TCE-RN/AUDITOR/2016) A análise vertical permite concluir


que a representatividade dos estoques nos investimentos totais da empresa foi,
nos dois períodos contábeis, superior a 30%.

Errado.
A análise vertical tem por objetivo apresentar a participação de uma conta no seu
grupo, é estrutural.
É bom lembrar que investimento total é o mesmo que ativo total, e para encontra
o percentual de participação do estoque no ativo basta dividir o saldo da conta pelo
total do ativo e multiplicar por 100%.
Assim, temos:
2013 = 4.500 / 17.000 = 26,47 %
2014 = 5.000 / 28.000 = 17,86 %
A assertiva está errada, pois a representatividade do estoque em relação ao ativo
não foi superior aos 30% em nenhum dos dois períodos.

Questão 5    (CESPE/TCE-RN/AUDITOR/2016) Por meio da análise horizontal, que


permite a avaliação de tendência, é correto concluir que as obrigações de longo
prazo tiveram um crescimento, desconsiderando a inflação, de 100% de um ano
para o outro.

Certo.
A análise horizontal compara, em forma de percentual, a partir de um índice pa-
drão, a evolução de determinada conta ou grupo de contas na sua demonstração
em mais de um período.

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Para calcular basta efetuar uma regra de três entre os itens comparados.

O problema desta questão é que, no balanço apresentado, tem um ANC de $ 13.000

e $ 22.000. Pelo visto a banca considerou o PL como um não circulante, o que está

errado.

Contudo, resolvendo a questão somente pelo exigível de longo prazo, o resultado

é o seguinte:

5.000 – 100%

10.000 – x%

X – = 200 %

A assertiva está certa, pois houve um aumento de 100% no saldo da conta de um

período para o outro.

Acerca das taxas de retorno e dos indicadores de estrutura de capital e solvência,

julgue o item a seguir.

Questão 6    (CESPE/TCU/AFRF/2013) O indicador de composição do endividamen-

to denota a proporção entre o capital próprio e o capital de terceiros de uma em-

presa.

Errado.

O indicador de composição do endividamento indica a participação das dívidas de

curto prazo em relação ao endividamento total.

Tem relação direta com a política de endividamento da empresa.

A respeito da análise de lucratividade e de retorno de investimentos, julgue os itens

a seguir

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Questão 7    (CESPE/TC-DF/ACE/2014) O EBITDA é um indicador associado ao con-

ceito de fluxo de caixa operacional das empresas.

Certo.

O EBITDA é um indicador financeiro baseado nos dados apresentados na DRE, que

apresenta quanto uma empresa gera de recursos através de suas atividades ope-

racionais, sem contar impostos, depreciação e juros ganhos ou incorridos.

Assim, ele tem relação com o fluxo de caixa operacional, pois tem como premissa

apresentar quanto do LOL foi gerado de caixa, por isso é classificado como um in-

dicador financeiro. Contudo, não é o indicador de fluxo de caixa operacional, pois

este é apresentado pela DFC.

Julgue o item abaixo, relativo ao EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depre-

ciation And Amortization).

Questão 8    (CESPE/TCU/AFCE/2015) O EBITDA representa a geração de caixa

operacional da empresa, ou seja, o montante de recursos gerados pela empresa

apenas em suas atividades operacionais, após a subtração do efeito financeiro e de

impostos.

Errado.

Vimos na questão anterior que o EBITDA é um indicador financeiro que apresenta

recursos através de suas atividades operacionais.

Também vimos que ele não representa a geração de caixa operacional, pois não

trabalha com todas as informações de entrada ou saída de caixa com atividades

operacionais, como, por exemplo: não considera o recebimento de duplicatas, pa-

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gamento de duplicatas, pagamento de despesas antecipadas entre outros fatos

operacionais que são apresentados na DFC.

No que se refere à análise econômico-financeira de empresas, julgue os itens sub-

secutivos.

Questão 9    (CESPE/MTE/CONTADOR/2014) O EBITDA, além de ser um índice de

lucratividade, é um indicador de geração monetária efetiva de caixa por meio de

atividades operacionais.

Errado.

O EBITDA não é um indicador de lucratividade, mas, sim, um indicador financeiro,

associado ao fluxo de caixa operacional da empresa.

Acerca das taxas de retorno e dos indicadores de estrutura de capital e solvência,

julgue o item a seguir.

Questão 10    (CESPE/TCU/AFCE/2013) O EBITDA (Earnings Before Interest, Ta-

xes, Depreciation And Amortization) é um indicador que se aproxima do fluxo de

caixa operacional e possibilita a comparação de empresas a fim de subsidiar as

decisões de investimento.

Certo.

Questão bem semelhante as demais do CESPE. Sabemos que a EBITDA tem relação

com o fluxo de caixa operacional, pois tem como premissa apresentar quanto do

LOL foi gerado de caixa, mas não é o indicador de fluxo de caixa operacional, pois

este é apresentado pela DFC.

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Tendo em vista que, na avaliação de uma empresa, além dos dados econômicos

e financeiros que integram as demonstrações contábeis, outras informações de

mercado e informações não financeiras devem ser levadas em conta, julgue o item

seguinte.

Questão 11    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2016) A análise

vertical efetua comparativos entre os períodos de tempo, ao passo que a análise

horizontal se preocupa com o comparativo de itens no mesmo período de análise.

Errado.

A assertiva inverteu os conceitos.

Análise vertical é a comparação entre itens do mesmo período de análise (partici-

pação da conta no seu grupo), enquanto a análise horizontal é a comparação entre

períodos diferentes (apresenta a evolução do saldo).

Questão 12    (CESPE/TRT 7ª/CONTADOR/2017) Os indicadores econômico-finan-

ceiros que são extraídos das demonstrações contábeis e que evidenciam a situação

financeira da empresa frente a seus diversos compromissos financeiros são deno-

minados indicadores de

a) lucratividade.

b) estrutura de capital.

c) rentabilidade.

d) liquidez.

Letra d.

Vou comentar item a item:

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a) Errado. Os índices de lucratividade apresentam qual foi o retorno alcançado nas

vendas da empresa, são os indicadores de margem.

b) Errado. Os índices de estrutura de capital apresentam a origem dos recursos

aplicados no ativo da empresa.

c) Errado. Os índices de rentabilidade apresentam a relação dos ganhos/retornos

sobre o montante aplicado no ativo ou pelos sócios.

Os dados a seguir referem-se ao balanço patrimonial resumido de uma empresa no

final de determinado ano.

Caixa R$ 150.000

Títulos negociáveis R$ 150.000

Despesas pagas antecipadamente R$ 50.000

Estoques R$ 150.000

Máquinas R$ 200.000

Passivo circulante R$ 230.000

Com relação a esse balanço patrimonial hipotético, julgue o seguinte item.

Questão 13    (CESPE/EMAP/CONTADOR/2017) Nesse ano, o valor do capital circu-

lante líquido dessa empresa é igual a R$ 450.000.

Errado.

O CCL é calculado pela equação = AC-PC

Demonstra como se encontra a composição do capital de giro da empresa.

AC = $ 500.000

caixa R$ 150.000

títulos negociáveis R$ 150.000

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despesas pagas antecipadamente R$ 50.000

estoques R$ 150.000

PC = $ 230.000

CCL = 500.000 - 230.000 = 270.000

A respeito da análise de liquidez e de solvência de empresas, julgue o seguin-

te item.

Questão 14    (CESPE/TCU/AFCE/2015) O ciclo operacional da empresa pode ser

definido como as suas fases de funcionamento, que vão desde a aquisição de ma-

teriais para a produção até o recebimento das vendas efetuadas. Quanto mais

longo se apresentar o ciclo operacional, menor será a necessidade de investimento

em giro.

Errado.

O ciclo operacional é o prazo entre a data que a mercadoria entra no estoque até o

recebimento de sua venda. Ele considera o tempo que a mercadoria fica no estoque

e o tempo que o cliente leva para pagar.

Com base nos seus componentes, podemos afirmar que quanto maior for o ciclo

operacional, pior será para a empresa, pois ela necessitará de dinheiro de terceiros

para arcar com seus compromissos.

Questão 15    (CESPE/PC-PE/PERITO CONTÁBIL/2016) O evento que provoca um

aumento no valor do capital circulante líquido de uma empresa é a

a) antecipação de pagamento de dívidas de longo prazo.

b) venda de imóveis a prazo, com o recebimento da primeira parcela previsto para

um prazo de dois anos a partir da data da transação.

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c) baixa para prejuízo de uma duplicata a receber.


d) conversão de dívidas de curto prazo em dívidas de longo prazo.
e) aplicação de recursos mantidos em conta corrente na aquisição de estoques a
serem negociados no curto prazo.

Letra d.
O CCL é calculado pela equação AC – PC. Assim, para haver um aumento no CCL,
deve haver um aumento no ativo circulante ou uma diminuição no passivo circu-
lante.
a) Errada. Antecipação de pagamento de dívidas de longo prazo = diminui o AC e
o PNC, piora o CCL.
b) Errada. Venda de imóveis a prazo, com o recebimento da primeira parcela pre-
visto para um prazo de dois anos a partir da data da transação = Aumenta o ANC
e diminui o ANC - não altera o CCL.
c) Errada. Baixa para prejuízo de uma duplicata a receber = diminui o AC - piora
o CCL.
d) Certa. Conversão de dívidas de curto prazo em dívidas de longo prazo = diminui
o PC e aumenta o PNC - melhora o CCL
e) Errada. Aplicação de recursos mantidos em conta corrente na aquisição de es-
toques a serem negociados no curto prazo = não altera o CCL.

Questão 16    (CESPE/SEFAZ-RS/AFRE/2019) Os indicadores econômico-financei-


ros que podem ser obtidos por meio de análise vertical incluem o
a) retorno sobre o patrimônio líquido e a margem de lucro.
b) giro do ativo e o índice de endividamento.
c) índice de endividamento e a margem de lucro.
d) giro de contas a receber e o giro dos estoques.

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e) capital circulante próprio e o capital permanente líquido.

Letra c.
O indicador de análise vertical utiliza contas do mesmo grupo, ou seja, do ativo,
do passivo e PL e da DRE. Ele apresenta a participação da conta no seu grupo ou
demonstração.
O índice de endividamento utiliza conta do passivo e do PL, já a margem de lucro
apresenta a lucratividade com base em contas da DRE.

Questão 17    (CESPE/TCE-MG/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2018) A prin-


cipal característica da análise horizontal das demonstrações financeiras de uma
empresa é
a) ser calculada como percentual de determinada conta em relação a um valor-ba-
se.
b) comparar as posições da empresa com outros padrões do seu ramo de atuação.
c) demonstrar a proporção das fontes e das aplicações de recursos da empresa.
d) avaliar a situação da empresa independentemente das alterações inflacionárias.
e) medir a evolução das contas, o que permite avaliar tendências futuras.

Letra e.
A análise horizontal objetiva apresentar a evolução dos elementos das demonstra-
ções contábeis de forma que o usuário consiga entender as tendências operacionais
e financeiras da empresa.
Em relação aos conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade, julgue o item
subsequente.

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Questão 18    (CESPE/EBSERH/TÉCNICO CONTÁBIL/2018) A análise de balanços


não é considerada uma técnica contábil, tendo em vista que foi formulada e desen-
volvida no âmbito da administração financeira.

Errado.

A análise dos Balanços é uma técnica contábil.

As técnicas são escrituração, elaboração das demonstrações contábeis, auditoria e

análise das demonstrações contábeis.

Quanto aos indicadores e métodos de análise econômico-financeira, julgue o item

a seguir.

Situação hipotética: Sem que tenha havido variação percentual no volume de

seus estoques entre dois exercícios subsequentes, uma empresa obteve melhoria

em sua liquidez seca no período, contudo, não houve melhora em seu capital cir-

culante líquido.

Questão 19    (CESPE/SLU-DF/CONTADOR/2019) Assertiva: Nesse caso, os ativos

circulantes cresceram mais que os passivos circulantes.

Errado.

Liquidez seca = (AC – estoques) / PC

CCL = AC – PC

Considerando as fórmulas, podemos verificar que o estoque afeta o CCL, contudo,

é retirado da liquidez seca.

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O enunciado da assertiva deixa claro que não houve alteração no valor do estoque,

assim, para ter havido aumento na liquidez seca e manutenção do CCL, os outros

ativos circulantes cresceram em relação ao estoque e como não houve melhora no

capital circulante líquido, então os ativos circulantes não cresceram em proporção

mais alta que os passivos circulantes.

Situação hipotética: A margem líquida de uma empresa, calculada pela relação

entre seu lucro líquido e suas vendas, resultou em 0,075 quando seu volume de

vendas atingiu R$ 1 milhão. Para essa empresa, o total de ativos foi de R$ 400 mil,

e a relação entre as fontes de recursos foi igual à unidade.

Questão 20    (CESPE/SLU-DF/CONTADOR/2019) Assertiva: Nessa situação, o re-

torno sobre o patrimônio líquido totalizou 37,5%.

Certo.

Analisando a fórmula do indicador da margem líquida que é Lucro Líquido/Vendas

Líquidas, encontraremos um LLE de 75 mil.

As fontes de recursos aplicados no ativo são representadas pelo passivo mais o PL.

O enunciado destacou que o total das fontes de recursos é de 400 mil, assim, se

a relação entre as fontes é de 1, podemos inferir que o passivo e o PL são de 200

mil cada.

O retorno do PL é calculado pela equação = LLE/PL.

RPL = 75.000/200.000

RPL = 0.375 x 100% = 37,5 %

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Questão 21    (FCC/MPE-AP/CONTADOR/2012) Na análise de demonstrações fi-

nanceiras, aquela de participação percentual ou de estrutura dos elementos dos

Demonstrativos Contábeis é à de

a) Indicadores Econômico-Financeiros.

b) Análise Horizontal Real (AHR).

c) Análise Horizontal (AH).

d) Análise Prospectiva (AP).

e) Análise Vertical (AV).

Letra e.

Vimos na aula que a Análise Vertical apresenta a importância de cada conta em re-

lação ao grupo ou demonstração que pertence, permitindo identificar a participação

da conta no seu grupo.

Questão 22    (FCC/TRF 2ª/CONTADOR/2012) A análise vertical do Balanço Patri-

monial em 31/12/2011 da Cia. Cafelândia mostrou que suas disponibilidades re-

presentavam 20% do total de seu Ativo Circulante. O índice de liquidez corrente

da companhia para o mesmo exercício era de 1,5. O índice de liquidez imediata da

companhia nesse exercício foi de

a) 0,45.

b) 0,50.

c) 0,30.

d) 0,35.

e) 0,40.

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Índices e Quocientes Financeiros de Estrutura, Liquidez, Rentabilidade e
Econômicos
Prof. Cláudio Zorzo

Letra c.

Para responder à questão, é importante estabelecer valores e aplicar conhecimento

matemático sobre as fórmulas, a partir do indicador de liquidez corrente que é 1.5.

A Liquidez Corrente é calculada da seguinte forma: Ativo Circulante /Passivo Circu-

lante. Vamos estabelecer que o ativo circulante é $ 150, assim, o passivo circulante

será de $ 100, pois o indicador é de 1.5.

LC = AC/PC > 150/100 = 1.5

Se o ativo circulante é $ 150 e a disponibilidade é de 20%, podemos dizer que o

disponível é de $30.

A Liquidez Imediata é calculada da seguinte forma= Disponibilidades/PC

Aplicando cálculos matemáticos iremos apurar:

Liquidez Imediata = 30/100

Liquidez Imediata = 0,30

Questão 23    (FCC/CORPERGÁS/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2012) O valor do

ativo é igual ao valor do patrimônio líquido quando na análise das demonstrações

contábeis e financeiras

a) os bens e direitos são iguais às obrigações com terceiros.

b) os bens e direitos excedem o valor das obrigações com terceiros.

c) os bens e direitos são menores que as obrigações com terceiros.

d) as obrigações com terceiros são nulas.

e) os bens e direitos são nulos.

Letra d.

O ativo é o conjunto dos bens e direitos de uma empresa, enquanto que o patrimô-

nio líquido é o resíduo patrimonial, encontrado pela equação: PL = ativo (-) passivo.

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Analisando a equação, podemos afirmar que quando o ativo for igual ao PL, é sinal

que não existem obrigações, ou seja, o passivo é nulo.

Questão 24    (FCC/TRE-PR/CONTADOR/2017) O Índice de Liquidez Corrente de

uma empresa, obtido a partir do balanço publicado em 31/12/2015, era 1,8 e o

grau de concentração do passivo no curto prazo (Passivo Circulante em relação ao

Passivo Total) era 30%. Os seguintes valores estavam evidenciados no citado Ba-

lanço Patrimonial:

– Total do Ativo = R$ 10.000.000,00

– Patrimônio Líquido = R$ 4.000.000,00

O valor total do Ativo Não Circulante da empresa, em 31/12/2015, era, em reais,

a) 4.000.000,00.

b) 9.000.000,00.

c) 2.440.000,00.

d) 6.760.000,00.

e) 3.240.000,00.

Letra d.

Para responder à questão, é importante lembrar que o ativo é dividido em circulan-

te e não circulante, assim, como o passivo.

O enunciado apresentou a Liquidez Corrente de 1.8, e ela é calculada pela equação:

LC = AC/PC

A concentração de passivo circulante é o mesmo que a composição de endivida-

mento, que é de 30% e é calculada pela seguinte equação: CE= PC/PE = 0,3

Foram apresentados os valores do ativo e do PL:

Ativo = 10.000.000

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PL = 4.000.000

Primeiro vamos calcular o passivo, utilizando a equação patrimonial:

Ativo = Passivo + PL

10.000.000 = Passivo + 4.000.000

Passivo = 6.000.000

Com o valor do passivo e a composição do endividamento, podemos calcular o valor

do passivo circulante:

CE = PC/PE

0.3 = PC/6.000.000

PC = 1.800.000

Com o valor do PC e a liquidez corrente, podemos calcular o valor do AC:


Liquidez corrente = AC/PC
1,8 = AC/1.800.000
AC = 3.240.000
Como o ativo total é de $ 10.000.000 e o ativo circulante é de 3.240.000, podemos
afirmar que o ativo não circulante é a diferença de 7.760.000,00.

Questão 25    (FCC/TRT 3ª/CONTADOR/2016) Na análise das demonstrações con-


tábeis, um índice de
a) liquidez seca de 1,10 indica que a empresa, em uma determinada data, possui
ativos que já são dinheiro ou se transformarão em dinheiro nos curtos e longo pra-
zos suficientes para cobrir a sua dívida total.
b) rentabilidade do ativo de 20% significa que a cada R$ 100,00 investidos em ati-
vos não circulantes, a empresa obtém R$ 20,00 de lucro bruto por período.
c) margem líquida de 14% significa que a cada R$ 100,00 investidos no Patrimônio
Líquido, a empresa obtém R$ 14,00 de lucro líquido por período.

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d) liquidez imediata de 0,15 indica que a empresa, em uma determinada data,


possui R$ 0,15 para cada R$ 1,00 de despesas operacionais incorridas durante o
exercício.
e) liquidez corrente de 1,05 indica que, em uma determinada data, para cada R$
1,00 de dívida com vencimento no curto prazo, a empresa possui R$ 1,05 de ativos
que já são dinheiro ou se transformarão em dinheiro no curto prazo.

Letra e.
a) Errada. Liquidez seca apresenta o quanto a empresa possui de circulante,

exceto, o estoque, para pagar suas dívidas de curto prazo. Não entram valores de

longo prazo.

LS = AC – estoque/PC

b) Errada. A rentabilidade do ativo apresenta quanto que foi o retorno do ativo

considerando o lucro, assim, uma rentabilidade do ativo de 20% é sinal que para

cada um real aplicado no ativo a empresa consegue gerar 20 centavos de lucro

líquido.

RA = LLE/Ativo

c) Errada. A margem líquida apresenta quanto foi a lucratividade da empresa com

relação às vendas líquidas. Uma margem líquida de 14% apresenta que para cada

1 real de vendas líquidas, a empresa apura um lucro líquido de 14 centavos.

ML = LLE/RLV

d) Errada. Liquidez imediata indica quanto a empresa tem de dinheiro para pagar

suas dívidas de curto prazo.

LI – = disponível/PC

e) Certa. LC = AC/PC

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Questão 26    (FCC/SABESP/CONTADOR/2018) O Balanço Patrimonial da Cia. Ana-

lítica, em 31/12/2017, apresentava a seguinte situação:

Com base neste Balanço Patrimonial, é possível afirmar que a Cia. Analítica apre-

sentava em 31/12/2017:

a) índice de liquidez corrente igual a 1,00.

b) índice de liquidez geral igual a 2,50.

c) índice de imobilização dos recursos não correntes igual a 85%.

d) grau de endividamento (capital de terceiros em relação aos recursos totais)

igual a 30%.

e) índice de composição do endividamento igual a 40%.

Letra c.

Para responder à questão, basta aplicar as fórmulas:

a) Errada. Liquidez corrente = AC/PC = 5.000/4.000 = 1,25

b) Errada.Liquidez geral = (AC+ARLP) / (PC+PNC) = 5.000 + 650/ 4.000 +2.000

= 0,94

c) Certa. IPL = (ANC-ARLP) / (PNC+PL) = 10.000 – 650/2.000 + 9.000 = 0,85 X

100% = 85%

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d) Errada. Endividamento = (PC+PNC) / (ATIVO TOTAL) = 6.000/15.000 = 0,4 X

100% = 40%

e) Errada. CE = PC/(PC+PNC) = 4.000/6.000 = 0,66 x 100% = 66,66%

Questão 27    (FCC/PREFEITURA DE TERESINA/AUDITOR FISCAL MUNICI-

PAL/2016) O índice de liquidez corrente de uma empresa era 1,7, obtido a partir

dos valores constantes no Balanço Patrimonial de 31/12/2014. O Passivo Circulante

da empresa, nesta mesma data, correspondia a 40% do passivo total. Sabendo-se

que o Ativo Circulante da empresa totalizava R$ 170.000,00 e que o valor total

dos ativos constantes do balanço era R$ 550.000,00, o valor do Patrimônio Líquido

constante do Balanço Patrimonial, na mesma data, era, em reais,

a) 261.000,00.

b) 300.000,00.

c) 410.000,00.

d) 330.000,00.

e) 150.000,00.

Letra b.

Para resolver à questão, vamos desmembrar as fórmulas.

LC = AC/PC

1,7 = AC/PC

1.7 = 170.000/PC

PC = $ 100.000

O enunciado informou que o PC era de 40 % do passivo, desta forma o passivo total

é de $ 250.000.

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Como o ativo é de $ 550.000 e o passivo é de $ 250.000, o valor do PL é de $

300.000.

Questão 28    (FCC/ELETROSUL/CONTADOR/2016) O endividamento total de 2015

foi de:

a) 0,449275.

b) 0,297972.

c) 0,524146.

d) 0,325438.

e) 0,297972

Letra c.

O endividamento geral é calculado pela seguinte equação:

Endividamento= (PC + PNC)/ Ativo total

Endividamento = (43.601,00 + 32.401,00)/145.002,50

Endividamento = 0.524

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Questão 29    (FCC/ELETROSUL/CONTADOR/2016) O grau de imobilização do ca-

pital próprio, em 2014, foi de

a) 0,3913.

b) 0,8870.

c) 0,4706.

d) 0,5217.

e) 1,0127.

Letra c.

O Grau de imobilização do capital próprio é calculado pela seguinte equação:

IPL = (ANC-ARLP)/PL

IPL = (41.100,00 - 22.000,00) / 40.584,00

IPL = 0.4706

Questão 30    (FCC/CNMP/CONTADOR/2016) A tabela a seguir apresenta algumas

informações que foram obtidas das demonstrações contábeis da Empresa Abra S.A.

e da Empresa Cadabra S.A. relativas ao ano de 2014:

Com base nessas informações, é correto afirmar que a Empresa,

a) Abra S.A. apresenta maior passivo circulante.

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b) Cadabra S.A. apresentou menor lucro líquido no período.

c) Abra S.A. apresenta menor ativo não circulante.

d) Cadabra S.A. apresenta maior patrimônio líquido.

e) Abra S.A. possui um montante maior de recursos de terceiros.

Letra b.

a) Errada. O índice de liquidez corrente é LC = AC/PC, aplicando a fórmula encon-

traremos que na empresa Abra o passivo circulante é de $ 75.000,00 e na Cadabra

é de $ 100.000,00.

Com base nestes dados, podemos calcular o restante do BP.

Abra:

Se o AC é de $ 150.000 e o ativo total é de $ 360.000, podemos inferir que o ANC

é de $ 210.000.

Se o passivo circulante é de $ 75.000 e o passivo não circulante é de $ 120.000,

o PL será de 165.000, pois o total do passivo mais o PL é de $ 360.000.

Cadabra:

Se o AC é de $ 150.000 e o ativo total é de $ 360.000, podemos inferir que o ANC

é de $ 210.000.

Se o passivo circulante é de $ 100.000 e o passivo não circulante é de $ 150.000,

o PL será de 110.000, pois o total do passivo mais o PL é de $ 360.000.

b) Certa. O retorno do PL é calculado pela equação LL/PL.

Para responder à questão, devemos encontrar o valor do LL e do PL.

Para calcular o lucro de Abra e Cadabra, vamos aplicar a fórmula do retorno do PL:

Abra:

RPL = LL/PL

0.15 = LL/ 165.000

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LL – = 24,750,00

Cadabra:

RPL = LL/PL

0.2 = LL/110.000

LL – = 22.000,00

Assim, o lucro de Cadabra é menor que o lucro de Abra.

Questão 31    (FCC/COMPESA/CONTADOR/2016) Um administrador deseja saber o

ganho líquido da empresa em cada unidade de venda, de modo a determinar qual

produto deve ter sua venda estimulada.

Assinale a opção que apresenta o indicador mais recomendado para a obtenção

dessa informação.

a) Margem Bruta.

b) Margem Líquida.

c) Margem Operacional Líquida.

d) Retorno sobre o Ativo.

e) Retorno sobre o Patrimônio Líquido.

Letra b.

Para avaliar o ganho de um produto, devemos utilizar os indicadores lucratividade

que são denominados de indicadores de margem, pois eles apresentam o ganho

dos produtos em relação às vendas.

Existem 3 indicadores principais: o de margem bruta, de margem operacional e o

de margem líquida.

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Para apurar a margem líquidade cada produto, o indicador é o da margem líquida

que é encontrada pela seguinte formula:

ML = LLE /RLV

A margem bruta compara o lucro bruto do exercício com as vendas líquidas e o da

margem operacional compara o lucro operacional com as vendas líquidas.

Questão 32    (FCC/CLDF/ADMINISTRADOR/2018) A partir da análise do balanço

de uma empresa pode-se extrair informações relevantes a respeito de sua solva-

bilidade e, mais especificamente, sobre a sua liquidez, ou seja, a  capacidade de

honrar compromissos em diferentes horizontes de tempo. Nesse cenário, o índice

de liquidez seca

a) é quociente que mostra a capacidade de pagamento da empresa no curto prazo,

ou seja, a capacidade de a empresa honrar suas obrigações vencíveis no exercício

seguinte ao do encerramento do balanço, com a fórmula: Ativo Circulante dividido

pelo Passivo Circulante.

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b) indica a capacidade de pagamento de dívida no longo prazo, utilizando para seu

cálculo a seguinte fórmula: Ativo Circulante mais Ativo realizável a longo prazo,

dividido pelo Passivo Circulante somado ao Passivo não Circulante.

c) propicia uma análise mais conservadora da situação de liquidez de uma empresa

em determinado momento, pois elimina do cálculo os valores que estão imobiliza-

dos no estoque, com a seguinte fórmula: Ativo Circulante menos estoques, dividido

pelo Passivo Circulante.

d) indica quanto a empresa possui de recursos imediatamente disponíveis para li-

quidar compromissos de curto prazo tendo como fórmula: Disponível dividido pelo

Passivo Circulante.

e) fornece um resultado específico para análise de crédito, no longo e no curto

prazo, apresentando a seguinte fórmula: Receitas financeiras dividida por Juros e

Encargos financeiros.

Letra c.

O índice de liquidez seca apresenta o quanto que a empresa possui de liquidez fi-

nanceira no seu AC para cobrir as dívidas do passivo circulante, desconsiderando

os estoques e as despesas antecipadas, que são itens econômicos.

A Cia. dos Índices apresentava a seguinte situação patrimonial e financeira em


31/12/2017, com os valores expressos em reais:

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Questão 33    (FCC/CLDF/ADMINISTRADOR/2018) A Cia. dos Índices apresentava,


em 31/12/2017, índice de
a) composição do endividamento igual a 40%.
b) liquidez corrente igual a 1.
c) participação de capitais de terceiros em relação ao patrimônio líquido igual
a 100%.
d) liquidez geral igual a 2.
e) imobilização dos recursos não correntes igual a 83%.

Letra a.
Vamos aplicar as fórmulas:
a) Certa. CE = PC / (PC + PNC) 600 / 1.500 = 0,4 X 100% = 40%
b) Errada. LC = AC/PC = 900 / 600 = 1,5
c) Errada. PCT = (PC + PNC) / PL = 1.500/900 = 1,66 X 100% = 166%
d) Errada. LG = (AC + ARLP) / (PC + PNC) = 1.200/1.500 = 0,8

e) Errada. INC = (ANC – RLP / (PL + PNC) = 1.200/1.800 = 0,66X 100% = 66%

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Questão 34    (FCC/AFAP/CONTADOR/2019) Considere as seguintes assertivas ela-

boradas a partir do Balanço Patrimonial da Cia. dos Cálculos:

I – O índice de Liquidez Geral é igual a 1,0.

II – O índice Composição do Endividamento é igual a 62%.

III – O índice Imobilização dos Recursos Não Correntes é igual a 100%.

Está correto o que se afirma em:

a) I, apenas.

b) III, apenas.

c) I e III, apenas.

d) II, apenas.

e) I, II e III.

Letra a.

Vamos aplicar as fórmulas:

LG = (AC + RLP) / (PC + PNC) = (600 + 700) / (700 + 600) = 1.300 / 1.300 = 1

CE = PC / (PC + PNC) = 700 / (700 + 600) = 700 / 1.300 = 0.53 x 100% = 53 %

INC = (ANC – RLP / (PL + PNC) = (1.500 – 700) / (600 + 800) = 800/1.400 = 0.57

x 100% = 57%.

Assim, está certo somente o item I.

Questão 35    (FCC/AFAP/CONTADOR/2019) Suponha que, atuando como Analista

junto à Agência de Fomento do Amapá, tenha-lhe sido conferida a incumbência de

avaliar a saúde financeira de determinada empresa com vistas ao enquadramento

nos critérios estabelecidos para acesso a determinada linha de crédito em condi-

ções diferenciadas. Um dos principais requisitos fixados para o referido enquadra-

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mento é a existência de um fluxo de caixa futuro compatível com a cobertura das

parcelas do financiamento. Em tal análise, a avaliação do indicador conhecido como

Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (EBITDA) ou Lucros

antes de juros, impostos, depreciação e amortização (LAJIDA)

a) revela o grau de risco e exposição da empresa a passivos contingentes não

cobertos por provisões e, portanto, é um indicador apenas indireto para avaliar a

capacidade de pagamento da empresa.

b) é irrelevante, pois está ligada apenas à situação patrimonial da empresa, identi-

ficada a partir dos efeitos de seus ativos imobilizados no patrimônio líquido indicado

em seu balanço.

c) não é determinante para identificar a saúde financeira da empresa, eis que dire-

cionada exclusivamente para a verificação da capacidade de pagamento de tributos

e outras obrigações legais.

d) afigura-se relevante, pois revela a capacidade de geração de caixa da empresa

a partir de suas atividades operacionais, expurgando determinados efeitos finan-

ceiros que impactam o resultado contábil apurado nas demonstrações financeiras.

e) corresponde à denominada liquidez seca que, em contraposição à liquidez cor-

rente, considera apenas os comprometimentos financeiros de curto prazo (passivo

circulante) e não os de longo prazo (passivo não circulante), sendo relevante ape-

nas se a linha de crédito for voltada a capital de giro.

Letra d.

EBITDA é a sigla de Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization,

que significa lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – LAJIDA

é utilizado para demonstrar a produtividade e a eficiência operacional da empresa.

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O EBITDA é um indicador financeiro que apresenta, com base nas contas de resul-

tado, quanto uma empresa gera de recursos para o caixa através de suas ativida-

des operacionais, desconsiderando os juros, impostos e outros efeitos financeiros e

econômicos que não estão relacionados diretamente com as atividades produtivas

da empresa.

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