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UR-SHULGI , O PASTOR

Clã: Filhos de Haqim (Assamita)

Senhor: Haqim

Natureza: Tradicionalista

Comportamento: Fanático

Geração: 4ª

Abraço: Uma tradução das Parábolas do Sangue relata o Abraço de ur-Shulgi como “a noite
quando as pedras falaram e os céus choraram uma chuva de sangue”.

Idade Aparente: Indeterminado, apesar do corpo diminuto de ur-Shulgi sugerir um Abraço em


sua juventude.

Físicos: Desconhecido

Sociais: Carisma e Manipulação desconhecidos, Aparência 0, uma vez que ur-Shulgi não
preocupa-se em ocultar sua forma a não ser que esteja se preparando para o ataque.

Mentais: Desconhecido

Talentos: Desconhecido

Perícias: Desconhecido

Conhecimentos: Acadêmicos (história) 9, Lingüística 9, Ocultismo 9, outros desconhecido.

Disciplinas: Ofuscação 9, Quietus 9, Taumaturgia 9, Auspícios 8, outros desconhecido.

Linhas Taumaturgicas: Desconhecido, provavelmente uma proficiência divina nos caminhos


antigos.

Antecedentes: Desconhecidos

Virtudes: Desconhecido; o que tais questões importam para um deus ?

Moralidade: Caminho do Sangue (antiga forma) 10

Perturbação: O que seria considerado Megalomania em criaturas inferiores

Força de Vontade: 10

Desconhecido: Existe várias razões para que a maioria das Características de ur-Shulgi
não possuam valores numéricos. Primeiro, o Matusalém Assamita ainda esta sacudindo
a poeira dos séculos, e por enquanto não está agindo com sua capacidade plena.
Segundo, não importa quais são estas Características – ur-Shulgi é poderoso o
suficiente para esmagar qualquer agressor, exceto outros Matusaléns, sem nenhum
esforço aparente. “Qualquer agressor” inclui qualquer tipo de personagem dos jogadores
azarados o suficiente para o encontrarem e tolos o bastante para desafiarem seu poder.
Terceiro e último, ur-Shulgi não deseja que ninguém saiba a extensão de suas
capacidades – o que está listado aqui é simplesmente o que foi demonstrado até agora
diante de testemunhas que sobreviveram. Porém, considere isto: menos de uma semana
depois de ter sido despertado por seu Senhor, ur-Shulgi já tinha poder suficiente para
despreocupadamente destruir um ritual criado pelo poder combinado do Círculo Interno
Tremere sem o mínimo esforço. Isto deveria ser um bom indicativo do que esta criatura
poderia fazer caso desejasse (ou fosse forçada) a ir até seu limite.

Histórico: Em certos fragmentos do Livro de Nod, principalmente naqueles


recuperados no Oriente Médio, passagens parecem fazer menção a antigos deuses –
aqueles que eram adorados pelos moradores da Segunda Cidade. Alguns destes nomes
são familiares para os estudiosos modernos: Ashur, Kel-nach, Enkidu, Rashadii. Outros
não possuem relação direta com nenhum registro da história Cainita: Mancheaka, Nar-
Sheptha, Sha’hiri e ur-Shulgi. Este último aparece em quatro passagens em separado, e
estudiosos Setitas deduzem pelo seu contexto que trata-se de um avatar de um dos
deuses guerreiros da Segunda Cidade.
O deus da guerra Haqim.

Em um vale nas Montanhas Zagros, na fronteira entre os modernos Iraque e Irã,


um explorador intrépido que possua um considerável poder de percepção sobrenatural
talvez consiga encontrar uma pequena caverna, recentemente aberta por um pelotão de
infantaria iraquiana. Na verdade, o caminhão do pelotão ainda encontra-se estacionado
ali. O comandante do pelotão presumiu que seus homens desertaram, e não fez nenhum
esforço em especial para encontrá-los – o que provavelmente foi o melhor para ele, já
que os soldados não estão em condições de defender qualquer coisa, nem sequer sua
própria reputação.
Porém, se o explorador adentrasse a caverna, ele encontraria os corpos dos
soldados espalhados pelo chão, sem nenhum ferimento aparente exceto a falta de sangue
em seus lábios e uma expressão de ... surpresa ... em suas faces. Suas armas ainda
permaneciam com eles, com exceção de um punhado de granadas que foram usadas
para a abertura da caverna. Uma autópsia – caso o hipotético explorador possuísse o
conhecimento e o interesse para realizar uma – iria revelar que seus órgãos internos
foram rasgados devido a pressão sanguínea. Os corpos estariam bem preservados na
opinião de tal explorador, pois nenhum sangue restava dentro deles.
Investigações posteriores à caverna revelariam cinco criptas simples de pedra
com um tamanho aproximado ao de um cofre bancário. Três estão lacradas, com suas
pesadas tampas permanecendo seguras em seu devido lugar pela gravidade e forças
superiores. Uma permanecia semi-aberta, como se aguardando o deposito de seja lá qual
for o precioso item ao qual tenha se destinado a conter. A ultima estava destruída
irreparavelmente, aparentemente a partir de dentro julgando-se pela meia-dúzia de
lascas de pedra do tamanho de punhos espalhados pela laje ao seu redor.

Em Petra, na Jordânia, existe um complexo muito maior de cavernas nas pedras


do deserto. Um individuo que conheça as rotas certas consegue chegar até uma câmara
escura localizada a oitocentos metros abaixo da superfície da terra. Milhares de nichos –
a maioria vazios – foram esculpidos nas paredes desta câmara. Alguns poucos contem
jarros de barro selados com cera que ostentam inscrições recentes em um idioma que
não foi proferido por nenhuma língua viva a um milênio. Se o observador for capaz de
traduzir a linguagem, as palavras nos jarros se transformariam em nomes. Um estudioso
dos Filhos de Haqim reconheceria muitos deles. Os nomes são bastante distintos: Jamal,
Talaq, Ismail. Os jarros, caso eles fossem abertos por alguém com o poder mágico
suficiente para tal, revelariam em seu interior o sangue do coração daqueles cujo nome
o vaso ostenta.

Uma onda de rumores se espalha entre os rafiq, que despertaram e encontraram


a Maldição lançada pelos amaldiçoados Tremere destruída como um globo de cristal
caído, e o seu Sangue correndo mais uma vez puro e ardente em suas veias.
Al-Ashrad e seu grupo obtiveram sucesso em suas tentativas de limpar o sangue,
eles sussurram, todas as honrarias para o mágico. O Feiticeiro e seus seguidores foram
destruídos, eles murmuram, e com a sua morte o ritual foi quebrado. O poder do
Sangue purificou todas as impurezas, eles sorriem por trás de suas máscaras.
Enquanto as histórias proliferam através das fileiras Assamitas, os mais antigos
entre os rafiqs sentem um chamado advindo das cavernas de Petra. Jamal foi o primeiro
a ouvi-lo. O Amr, quando perguntado sobre o que aconteceu com o Mestre, apenas
balança a sua cabeça. Apenas ele entre os anciões não-vivos de Alamut compreende a
verdade – pois apesar de ter sido a sua mão que quebrou a Maldição, não foi a sua
vontade, e nem o seu poder. Ele foi apenas uma ferramenta do mestre artesão, cujas
habilidades rasgaram as amarras da Maldição como se elas fossem uma teia de aranha
diante de uma cimitarra.
Apenas Al-Ashrad conhece o destino de Jamal – não existe mais a necessidade
de um falso Mestre para presidir a Montanha no lugar de Haqim. O verdadeiro mestre
de Alamut enviou seu arauto, ur-Shulgi, sua segunda cria, para anunciar seu retorno em
fogo, sangue e pedra. Ur-Shulgi, aquele que destruiu a terrível Maldição; ur-Shulgi,
aquele que partiu o trapaceiro Talaq ao meio com um simples pensamento; ur-Shulgi,
aquele que ameaça destruir os fracos “Assamitas” até o último se eles escolherem não
ouvir o chamado de seu Senhor.

Imagem: O tempo não foi generoso para ur-Shulgi, assim como também não foram os
ataques da Besta em seu interior ou os numerosos inimigos que o desafiaram. Ele
aparenta não ser nada mais do que uma criança queimada e cheia de cicatrizes, um
jovem deus nascido do sangue e da violência. Sua pele, de um negro obsidiano devido a
idade, ostenta um entrelaçado de cicatrizes, algumas das quais escorrem sangue quando
o Matusalém fica agitado. Espalhados pelo corpo, pedaços de ossos e tendões saltam do
interior de sua pele, como se o seu corpo tivesse sido esfolado. E ainda, os olhos de ur-
Shulgi parecem terem sido arrancados ou queimados, apesar dele afirmar que consegue
ver sem dificuldades. Quando ele se digna a vestir-se, ur-Shulgi traja caftans e túnicas
de cores claras e sem adornos, geralmente com uma corrente de ossos ou âmbar. Sua
voz parece brotar das profundezas de um poço seco do deserto (surpreendentemente
para alguns, ur-Shulgi é perfeitamente fluente em qualquer língua moderna com a qual
seja interpelado). Ur-Shulgi normalmente se mantém imóvel enquanto conversa com
suas crias ou então com outros “Membros”, a menos que ele deseje fazer sua retórica
por meio de um repentino lampejo de violência. Se por acaso não existir absolutamente
nenhuma outra escolha a não ser matar, seu movimento não passa de um pequeno
tremeluzir de um ponto ao outro.

Dicas de Interpretação: Como a segunda Cria de Haqim, você é o primeiro entre os


mágicos Assamitas. Agora, você age como o arauto e guardião da sabedoria de seu
mestre. Você é o mais eficiente mágico da guerra na face da Terra, apesar de você não
pensar em si mesmo de forma tão simplista. Na verdade, a maioria de seus pensamentos
são incompreensíveis para qualquer um que não tenha a sua idade e grau de poder. Para
quem observa de fora, você é a violência personificada, a vingança de Haqim sobre
todos aqueles que se opuserem a sua vontade. Você lembra da glória da Segunda Cidade
e dos antigos deuses que caminhavam por ela. Este “Alá” é um arrogante cuja a fé
corrompeu a linhagem de Haqim, e você precisa mostrar a todos aqueles que o adoram o
erro que cometem, ou então eliminá-los do meio dos rafiq. Destruir facilmente a
“maldição” que os Usurpadores lançaram sobre os Assamitas foi o primeiro passo de
sua jornada, e aqueles intrometidos presunçosos serão os primeiros a cair diante do
furacão que a Camarilla tentou acorrentar.

Fontes: CotN págs. 89, 90 e 91.

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