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Porque ele só vê o lado negativo da cultura de base, que é a alinação, o uso das

mídias para alinar a população, da sua posição com a informação. Mas existe, de
contrapartida, o uso dessa cultura de base, dessas mídias que têm um alcance maior.
Por isso que eles vão falar do MPV. Por quê? Porque a música, o visual e o musical,
ele tem um alcance muito maior. O público gosta mais, as pessoas acessam mais
facilmente o visual e o sonoro, muito mais facilmente que o livro. E por isso que
existe uma consciência poética, o fato desses autores, de usar a MPB, no exemplo
aqui, como esse canal de expressão de linguagem. É interessante, eu ouvia falar dele
no meu futuro livro, que ele falava isso, ele até fala que o Chico era. Um rapaz
maravilhoso, e quando ele disse. Que o nome era Chico, ele ficou maravilhado, tipo
um homem lindo, ele falou o site dele. Eu entendi o discurso dele, acho interessante
o que ele fala sobre o meio aqui, e quanto ao imperialismo americano da cultura,
mas ao mesmo tempo só afirma. Que a globalização é impossível de ser agitada por
isso. E aí esses poetas, eles têm a consciência, assim como os compositores Então,
veja, eu estou na consciência de que é inevitável essa globalização. Daí, oito é o lugar,
a fronteira. Eu vou usar essa imprevisação para criar um movimento de consciência,
um movimento, inclusive, de valorização de quem eu sou no mundo. E não ser
tomado por essa cultura ou outra, que não é minha. Por exemplo, o Bacurau. Adoro
o Bacurau. Bacurau faz isso. Bacurau traz na estrutura da sua narrativa referências a
gêneros cinematográficos norte-americanos da fruta-de-paça, no sentido negativo,
no sentido do imperialismo, no sentido da industrialização. Só que Bacurau subverte.
Ele usa o faroeste, por exemplo, para falar de um movimento de resistência. Bacurau
faz isso muito bom. A história de resistência de um grupo que inclusive foi tirado do
mapa pelo imperialismo. E aí resiste. E resiste a parte da subconsciência de quem é o
grupo. Então veja como é interessante. Eles trazem um elemento da cultura de
massa. Inclusive o cinema era uma linguagem de massa. O Walter Benjamin, por
exemplo, vai dizer que o cinema é a linguagem mais revolucionária que se inventou
na história da humanidade. Por quê? Ele pode ser utilizado para alienar, manipular as
massas, mas como o cinema alcança as massas, ele pode ser um instrumento de
conscientização, pode ser um instrumento em que o sujeito possa aprender sobre
ele, sobre a sociedade na qual ele vive. É interessante essa discussão, porque há, não.
Sei. Não é apenas comer aquilo que. Vem, mas é escolher aquilo que é. Bom, aquilo
que é isso. Escolher com critérios, tanto estéticos quanto da questão social. E aí sim,
Se torna algo da. Subjetividade, não é algo do outro, não é o global. Por isso que eu
vou falar todos os individualismos e todos os coletivismos que ele está falando nesse
ponto. Está falando desse encontro entre uma individualidade e o outro. Mas ele está
falando de, em outras palavras, de alteridade. Dessa possibilidade que a alteridade
fornece de um processo de autoconhecimento mais profundo em si e

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consequentemente do outro. Mas assim, a gente vê muito fora. Dessa imposição
rural, estética. De fora, porque, por exemplo, na minha. Condição de consumir água,
Por muito tempo eu ficava com uma costa cegueira. A própria atuação não é tão
grande. É um problema. O cinema brasileiro, por muito tempo, não avançava. O que
chegava para a gente no cinema brasileiro era aquilo que era produzido pela
tonalidade. Eu sei que estou sintetizando. Chegavam outras coisas também, mas era
nesse nível. na própria cultura brasileira o parque desse cinema fantasiado,
ilusionista. Quando o cinema brasileiro mesmo está se reproduzindo, ele tem,
inclusive, uma repercussão internacional muito disturada. Fazer esse discurso do Lula
e do. Mateus, que é a emoção, assim, de. Fortalecer o récord da quebrada, quando
eu. Estava assistindo, eu percebi que era muito bom de ouvir. É muito legal de ouvir.
que ao mesmo tempo é um rap cheio de regionalismo. Quando ela fala que vai fazer
big coisa do tipo. Acho que é uma música loucura, sabe o que eu tô falando? Isso.
Mas eu achei engraçado, porque eu lembrei de um tempo atrás que eu tava no
Twitter e eu acabei vendo um print pra vocês de uma rap brasileira que ela descreve
no Twitter como se. Ela estivesse falando inglês. E eu... E isso é muito comum em
rappers brasileiros, trabalhando na minha merda. Ninguém fala isso aqui. Seria um
pouco mais chique, que é usado em inglês. Sendo que eles usam isso aqui, eles.
Traduzem na comunidade, como se fosse um sábio. Ou quando a maioria dos
rappers chamam. As mulheres e dizem que já valiam, por exemplo, que é um muito
sábio. E os rappers americanos. E aqui também, vocês são bem em casa? As suas
casas, que os refugiados brasileiros sofrem muito. É interessante essa discussão,
porque ela tem sua questão permanente, mas o que esses autores estão chamando a
atenção é justamente o processo e o exercício. É utilizar essas culturas de massa
como uma forma de mudar e transformar essa realidade e de criar algo
autenticamente nosso. não é criar algo autênticamente nosso, buscando algo...

Transcribed by Transkriptor 2/2

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