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Sorriso MT
2023
Luiz Antonio Sgarabotto
IFMT– Sorriso
2023
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AGRADECIMENTOS
Quero expressar minha sincera gratidão a todos que tornaram possível a realização
deste estágio, que se constituiu um período de aprendizado de valor inestimável em
minha jornada acadêmica e profissional.
Por fim, quero agradecer à minha família e amigos, que me apoiaram em todas as
etapas desta jornada. Seu incentivo e encorajamento foram essenciais para que eu
pudesse aproveitar ao máximo essa experiência.
-Este estágio deixará marcas profundas em minha vida profissional, e sou grato por
ter tido a oportunidade de participar dessa incrível jornada.
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Relatório de Estágio
Dados do estagiário
Período do estágio
Início: 01/03/2023 Término: 15/07/2023
Jornada de trabalho: 9 horas semanais
Total de horas: 180 horas
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................5
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1. INTRODUÇÃO
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2. OBJETIVOS
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3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
O estágio foi realizado na empresa Safras Indústria e Comércio de
Biocombustíveis LTDA como demonstra na (figura 1). Esta empresa possui um
ponto comercial estrategicamente situado na BR 163, especificamente no KM 784,
em meio à paisagem rural da região de Sorriso, Mato Grosso. A Safras é uma
empresa de médio porte que desempenha um papel fundamental na região,
oferecendo uma ampla gama de serviços relacionados ao abastecimento de etanol.
Figura 1: Foto da usina
Fonte: https://www.revistanoticiamt.com.br/notícias/agronegócio/grupo-safras
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4. OS PROCESSOS DA PRODUÇÃO DE ETANOL A PARTIR DO
MILHO
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suas diferenças de temperatura, permitindo a separação do etanol de outros
componentes.
5. Desidratação: O etanol obtido na destilação pode conter água. Para obter
etanol anidro, é necessário submetê-lo a um processo de desidratação, que
remove a água restante.
A seguir apresentamos um fluxograma desse processo:
Figura 2: Fluxograma de produção
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Fonte: imagem do autor
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Durante o estágio, tive a oportunidade de observar de perto a operação da
Usina Safra, que impressiona com sua capacidade de armazenamento de até um
milhão de litros de etanol. A produção média, mantendo um ritmo constante, atinge
cerca de 4.700 litros por hora, uma cifra que sublinha a eficiência da usina. Esses
números representam não apenas uma demonstração da robustez do processo,
mas também uma contribuição significativa para os setores de biocombustíveis e
energia renovável.
A primeira matéria-prima a ser analisada é o milho, e é essencial que ele
esteja dentro dos parâmetros corretos em relação a fatores como umidade, massa
seca e, principalmente, o teor de amido, que desempenha um papel crucial na
produção. Para realizar essas análises, utilizamos um equipamento conhecido como
NIR (Espectroscopia no Infravermelho Próximo, na sigla em inglês), um sistema de
análise que utiliza radiações eletromagnéticas na faixa do infravermelho próximo
para identificar e quantificar as propriedades químicas e físicas dos materiais. O NIR
é uma ferramenta fundamental para garantir a qualidade e consistência dos
ingredientes utilizados no processo de produção.
Figura 3: Sistema de análises, analisador de matérias primas
Fonte: https://omg-brasil.com/producto/nir-da-7250/
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cuidadosamente registrados em um caderno de anotações, o que contribui para o
controle rigoroso da qualidade.
Uma vez que o milho tenha sido submetido à análise e tenha sido
devidamente verificado, ele é encaminhado para a próxima etapa do processo. O
milho é descarregado na moega, um receptáculo de armazenamento temporário que
ajuda a gerenciar o fluxo de grãos. Em seguida, o milho é transportado para o silo
por meio de um elevador de grãos, conforme exemplificado na imagem abaixo.
Esse processo de transporte garante que o milho devidamente analisado seja
armazenado com segurança, preservando suas qualidades e condições ideais até
ser utilizado no processo de produção.
Fonte: https://www.norimaq.com.br/silos-e-elevadores/
Fonte: https://www.splabor.com.br
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Fonte: https://www.embrapa.br/
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O processo de transformação do milho em etanol é uma sequência de etapas
cuidadosamente controladas, onde a precisão é fundamental para obter o máximo
rendimento. Uma das etapas mais cruciais é a hidrólise feita por enzimas
(MONTEIRO; SILVA, 2009), que ocorre após a moagem do milho é realizada em um
misturador. Nesse ponto, a farinha de milho é combinada com alfa-amilase,
substância que atua sobre a farinha de milho convertendo seu amido em açúcares
fermentescíveis.
A Alfa-amilase atua rompendo as ligações (α1-4), formando oligossacarídeos.
Para que este processo ocorra a temperatura deve ficar entre 62 e 70°C. A alfa-
amilase ocorre no processo de liquefação e quando ela entra em ativação, a
temperatura deve se manter nessa faixa, pois se houver elevação de temperatura
pode causar formação de pelotas e perda de rendimento. Para que o amido seja
totalmente convertido em glicose há um conjunto de enzimas agindo
simultaneamente.
A complexidade desse processo não para por aí. Enquanto a alfa-amilase
inicia o trabalho de hidrólise, a glucoamilase entra em cena durante a mistura. A
glucoamilase entra no processo de sacarificação outra enzima fundamental, que
desempenha um papel complementar ao catalisar a quebra das ligações
oligossacarídeos em glicose. Em outras palavras, ela desempenha a parte do
processo que a alfa-amilase não concluiu. Essa cooperação entre diferentes
enzimas é essencial para garantir a transformação eficiente dos olissacarídeos do
milho em açúcares simples, um passo vital para a subsequente fermentação e
produção de etanol.
A importância dessa combinação de enzimas e o rigoroso controle de
temperatura e pH são essenciais para otimizar o rendimento do processo de
produção de etanol a partir do milho. Qualquer desvio nesses parâmetros pode
resultar em perdas econômicas consideráveis e, portanto, destaca a precisão e a
complexidade envolvidas na produção deste biocombustível.
Para facilitarmos o entendimento vamos supor que o milho fosse uma folha
sulfite A4. Suponhamos que uma tesoura específica consegue cortar essa folha em
4 partes iguais. É exatamente esse trabalho que a alfa-amilase faz. Já glucoamilase
seria como uma outra ferramenta, que corta essas partes em pedaços menores
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ainda. Esses pedaços corresponderiam às glicoses, que são base da produção do
álcool.
Logo após a mistura de farinha de milho com enzima e água vai para os
tanques de cozimento e liquefação, o objetivo dessa etapa e dar ação para as
enzimas. Para isso deve-se manter parâmetros como PH entre 5 e 5,8 e uma
temperatura de 80 até 86°C, bem como a agitação constante da farinha de milho e,
assim, acompanhar a taxa de conversão de amido para glicose.
Por fim, é necessário analisar os parâmetros como Brix° e pH.
Fonte: https://lutech.com.br/produto/phmetro-de-bancada-digimeddm22/
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(I) alta velocidade fermentativa; (II) facilidade de multiplicação e obtenção; (III)
grande formação de produtos nutritivos; (IV) resistência a meios ácidos; (v) elevada
conversão de açúcares em etanol (SANTOS, 2010).
-Para o mosto receber o fermento ele deve estar nos seus devidos padrões, como
temperatura, pH são os mais importantes, antes do mosto ser levado para a dorna
ele passa pelo trocador de calor, após passar pelo trocador de calor ele levado para
as dornas e agitado com as leveduras até atingir o volume desejável, e necessário
acompanhar o PH, brix°, acidez e análises microbiológicas.
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de brix° e dos sólidos, sinalizando que as leveduras cumpriram sua missão de
transformar todo o açúcar em etanol.
Posteriormente, o mosto fermentado é encaminhado para o processo de
destilação, que visa separar os sólidos do líquido. Após essa etapa, o álcool
resultante deve ser desidratado até atingir uma concentração de 92,5 ANP (Álcool
Neutro Puro).
Uma vez que o etanol esteja pronto para ser comercializado, o mosto passa
por um processo de centrifugação, que resulta na separação de dois produtos: o
DDG (Distiller's Dried Grains with Solubles em português: Grãos Secos do Destilador
com Solúveis) e o WDG (Wet Distiller's Grains em português: Grãos Úmidos do
Destilador), assim:
● Por outro lado, o WDG é um mosto que não passou pelo processo de
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5. RELATO DO ESTÁGIO
5.1 - O laboratório
5.3 – As análises
O processo de análise laboratorial iniciava-se com a avaliação da primeira
amostra, que era a vinhaça grossa. Essa amostra era cuidadosamente
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acondicionada em frascos de 14 ml e então submetida à centrífuga de laboratório
como demonstra na (figura 9), um equipamento capaz de efetuar a separação do
líquido do sólido como mostra na imagem a seguir.
Fonte: https://www.medicalexpo.com/pt/prod/fanem-ltda/product-68474-436231
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Fonte:https://www.balancasnorte.com/loja/balancaslaboratorio/analiticas/balanca-de-precisao
Fonte: https://www.anton-paar.com/br-pt/produtos/grupo/refratometro
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Logo após a conclusão das análises mencionadas anteriormente, novas
amostras referentes a DDG e WDG eram submetidas a avaliação. Para a
determinação da umidade dessas amostras, utilizávamos o espectroscópio de
infravermelho próximo (NIR), um instrumento altamente preciso. Caso os resultados
apontassem que a umidade das amostras estava fora dos padrões estabelecidos,
que variavam entre 10% e 12%, era imperativo informar imediatamente a equipe
responsável pelo secador, a fim de que medidas fossem tomadas para ajustar as
condições e manter as amostras dentro das especificações de umidade requeridas.
Isso ilustra a importância da precisão e do acompanhamento rigoroso em cada
etapa do processo analítico, garantindo a qualidade e consistência dos produtos e
matérias-primas utilizados na produção.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://bioquimicabrasil.com/2019/07/20/producao-de-etanol-a-partir-de-milho-
conceitos-e-operacao/
NAIDU, K., SINGH, V., JOHNSTON, D.B., RAUSCH, K.D., TUMBLESON, M.E.
Effects of Ground Corn Particle Size on Ethanol Yield and Thin Stillage Soluble
Solids. Cereal Chemestry. v.84, n.1, p. 6-9. 2007.
https://repositorio.ifes.edu.br/handle/123456789/992.
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ANEXO
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