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Neuroanatofisiologia

Prof. Cid Pinheiro Farias


cidanhanguera@gmail.com
01

Mielencéfalo: Bulbo
Está estrutura lembra a medula espinhal quanto à sua
organização morfológica. Contém núcleos e vias que
deles trazem comandos motores para medula espinhal.

As informações sensoriais que ascendem no corno


dorsal da medula, ao chegarem no bulbo cruzam para o
outro lado do cérebro e continuam a subir para as áreas
cerebrais superiores pelo Lemnisco medial, que é uma
das vias mais importantes do tronco encefálico no
transporte de informações sensoriais, se estendendo até
o tálamo.
Na sua face anterior, o bulbo apresenta um feixe de fibras
que cruza obliquamente o plano mediano. Este
cruzamento constitui a decussação das pirâmides, visto
que denomina-se pirâmides as eminências longitudinais
que ladeiam a fissura mediana do bulbo.

As pirâmides são formadas por fibras descendentes da


principal via motora, o trato piramidal ou via
corticoespinhal.
O bulbo tem muitas características e
funções importantes.

• É um caminho para muitos tratos nervosos


ascendentes e descendentes que transportam as
informações entre o cérebro e a medula espinal

• abriga os centros das funções vitais do corpo,


como os da frequência cardíaca, pressão arterial
e respiração

• Contém os núcleos dos quatro nervos cranianos


mais inferiores: o nervo glossofaríngeo (NC IX),
o nervo vago (NC X), o nervo acessório (NC XI) e
o nervo hipoglosso (NC XII)
02

Metenecéfalo: Ponte
A ponte é a porção do tronco encefálico situada
ventralmente ao cerebelo, entre o bulbo e o
mesencéfalo. No seu limite inferior se encontra o
sulco bulbo-pontinho e no superior o sulco
pontinho superior.

Visto de frente, o tronco encefálico apresenta a


ponte como como sua espessura mais
proeminente, apresentando fibras nervosas
compactas se projetando horizontalmente. Essa
projeções se estendem a porção posterior da
ponte, para a região chamadas de pedúnculos
cerebelares.
A ponte é a porção do tronco encefálico situada
ventralmente ao cerebelo, entre o bulbo e o
mesencéfalo. No seu limite inferior se encontra o
sulco bulbo-pontinho e no superior o sulco
pontinho superior.

Visto de frente, o tronco encefálico apresenta a


ponte como como sua espessura mais
proeminente, apresentando fibras nervosas
compactas se projetando horizontalmente. Essa
projeções se estendem a porção posterior da
ponte, para a região chamada de pedúnculo
cerebelar médio.

O pedúnculo cerebelar médio se projeta paras os


hemisférios cerebelares.
03

Cerebelo
Apesar de ter a mesma origem
neuroembriológica, o cerebelo não é
considerado como parte do tronco encefálico,
mas em função de sua posição anatômica, para
efeito de classificação, ele é agrupado com a
ponte, integrando o metencéfalo.

Conecta-se à ponte pelos pedúnculos


cerebelares superiores, médios e inferiores. Os
hemisférios cerebelares consistem em córtex
cerebelar e núcleos cerebelares profundos
(dentado, emboliforme, globoso e fastigial). O
cerebelo desempenha um importante papel na
regulação dos movimentos finos e complexos,
bem como na determinação temporal e espacial
de ativação dos músculos durante o movimento
ou no ajuste postural.

Projeta-se reciprocamente para o córtex


04

Mesencéfalo
É a porção mais cranial do tronco encefálico. É atravessado pelo aqueduto
cerebral. Em um corte coronal transpassando o aqueduto cerebral, podemos
separar uma região dorsal – o teto ou tecto mesencefálico, formado pelos
corpos quadrigêmeos – de uma região ventral – o tegmento mesencefálico. Este
último é formado por uma parte constituída por fibras longitudinais, a base do
pedúnculo cerebral, e por uma parte constituída principalmente por
aglomerados de corpos celulares, que é o tegmento propriamente dito.
É a porção mais cranial do tronco encefálico. É atravessado pelo aqueduto
cerebral. Em um corte coronal transpassando o aqueduto cerebral, podemos
separar uma região dorsal – o teto ou tecto mesencefálico, formado pelos
corpos quadrigêmeos – de uma região ventral – o tegmento mesencefálico. Este
último é formado por uma parte constituída por fibras longitudinais, a base do
pedúnculo cerebral, e por uma parte constituída principalmente por
aglomerados de corpos celulares, que é o tegmento propriamente dito.
É a porção mais cranial do tronco encefálico. É atravessado pelo aqueduto cerebral. Em um corte coronal
transpassando o aqueduto cerebral, podemos separar uma região dorsal – o teto ou tecto mesencefálico, formado
pelos corpos quadrigêmeos – de uma região ventral – o tegmento mesencefálico. Este último é formado por uma
parte constituída por fibras longitudinais, a base do pedúnculo cerebral, e por uma parte constituída
principalmente por aglomerados de corpos celulares,
Os que é o tegmento
corpos propriamente
quadrigêmeos dito. na região do tecto
presentes
mesencefálico são compostos por dois pares de arredondas
chamadas de colículos superiores e inferiores. De cada colículo
sobe, lateralmente, um pequeno feixe de fibras que se projeta
em núcleos talâmicos. Do colículo inferior, o feixe de fibras
estende-se ao corpo geniculado medial, e do colículo superior, o
feixe projeta-se ao corpo geniculado lateral.O colículo superior
está criticamente envolvido no controle dos movimentos
oculares e o colículo inferior está relacionado a vias auditivas.

Em torno do aqueduto cerebral podemos observar a substância


periqueducal, estando associada a integração comportamentos
defensivos (porção dorsal) e a mecanismos de controle da dor
(porção ventral). Também na linha média do mesencéfalo
ventral, destacam-se os chamados núcleos da rafe, origem da
inervação serotonérgica do snc. AS vias ascendentes
serotonérgicas participam da regulação do sono,
comportamento emocional e alimentar, e as descendentes
estão envolvidas na regulação da dor.
Formação reticular, envolvida com os níveis de alerta e atenção.

Abriga os núcleos de três nervos cranianos: nervo oculomotor (NC III), nervo troclear (NC IV) e um
dos núcleos do nervo trigêmeo (NC V), por meio dos quais controla os movimentos do olho e a
sensibilidade da face

A substância negra ou substância nigra: é uma porção heterogênea do mesencéfalo responsável


pela produção de dopamina no cérebro. Possui papel importante na recompensa e vício.

Núcleo Rubro: participa do controle da motricidade somática, recebendo fibras do cerebelo e do


córtex cerebral, e emitindo fibras que formam o trato rubroespinhal.
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Diencéfalo
O Diencéfalo é a porção
posterior do encéfalo
embrionário. É a região
central do cérebro,
recoberto pelos hemisférios
e dividido em grande parte
Tálamo e Subtálamo
Tálamo (em grago “câmara interior)
processa e funciona como um
processador das informações sensoriais
que se dirigem ao córtex. Os núcleos
talâmicos estabelecem conexões com o
córtex através da cápsula interna.
A cápsula interna é um volumoso feixe
de fibras nervosas que levam e trazem a
maioria das informações provenientes
dos hemisférios cerebrais.
Tálamo e Subtálamo
Tálamo (em grago
“câmara interior)
processa e funciona
como um processador
das informações
sensoriais que se dirigem
ao córtex. Os núcleos
talâmicos estabelecem
conexões com o córtex
através da cápsula
interna.
A cápsula interna é um
volumoso feixe de fibras
Tálamo e Subtálamo
Tálamo e Subtálamo
Podemos dividir o tálamo em três regiões:
→ Núcleos anteriores
▪ Núcleos de projeção específicos que participam na regulação das emoções
por transportarem informações do tálamo para o giro do cíngulo (estrutura
que faz parte do sistema límbico).
Tálamo e Subtálamo
Podemos dividir o tálamo em três regiões:
→ Núcleos anteriores
▪ Núcleos de projeção específicos que participam na regulação das emoções
por transportarem informações do tálamo para o giro do cíngulo (estrutura
que faz parte do sistema límbico).
Tálamo e Subtálamo
Tálamo e Subtálamo
Podemos dividir o tálamo em três regiões:
→ Núcleos anteriores
▪ Núcleos de projeção específicos que participam na regulação das emoções
por transportarem informações do tálamo para o giro do cíngulo (estrutura
que faz parte do sistema límbico).
→ Núcleos ventral superior e ventral intermédio
▪ Núcleos de projeção que recebem informações motoras do globo pálido e
cerebelo, respectivamente, e se projetam para o córtex frontal.
Tálamo e Subtálamo
Podemos dividir o tálamo em três regiões:
→ Núcleos anteriores
▪ Núcleos de projeção específicos que participam na regulação das emoções
por transportarem informações do tálamo para o giro do cíngulo (estrutura
que faz parte do sistema límbico).
→ Núcleos ventral superior e ventral intermédio
▪ Núcleos de projeção que recebem informações motoras do globo pálido e
cerebelo, respectivamente, e se projetam para o córtex frontal.
Tálamo e Subtálamo
Tálamo e Subtálamo
Podemos dividir o tálamo em algumas regiões:
→ Núcleos anteriores (límbico)
▪ Núcleos de projeção específicos que participam na regulação das emoções por
transportarem informações do tálamo para o giro do cíngulo (estrutura que faz parte
do sistema límbico).

→ Núcleos ventral superior e ventral intermédio (motores)


▪ Núcleos de projeção que recebem informações motoras do globo pálido e cerebelo,
respectivamente, e se projetam para o córtex frontal.

→ Núcleo ventral póstero-lateral e póstero-medial (sensoriais)


▪ O Núcleo ventral póstero-lateral Recebe aferências sensoriais (dor, temperatura,
pressão e tato) dos lemniscos mediais e espinha, e envia as projeções para o giro pós-
central.
Tálamo e Subtálamo
Continuação...
Podemos dividir o tálamo em algumas regiões:
→ Núcleos dorsolaterais
▪ Projetam informações associativas. É inervado pelo córtex pré-frontal, outros núcleos
talâmicos e amigdala. Está principalmente conectado ao sistema ativador reticular
ascendente (sara).
Tálamo e Subtálamo
Continuação...
Podemos dividir o tálamo em algumas regiões:
→ Núcleos dorsolaterais
▪ Projetam informações associativas. É inervado pelo córtex pré-frontal, outros núcleos
talâmicos e amigdala. Está principalmente conectado ao sistema ativador reticular
ascendente (sara).
Tálamo e Subtálamo
Tálamo e Subtálamo

O sistema de ativação reticular


ascendente (SARA) é uma rede de
neurônios originários do tegmento da
ponte superior e do mesencéfalo, que
acredita-se ser parte integrante da
indução e manutenção do estado de
alerta.
Tálamo e Subtálamo
Continuação...
Podemos dividir o tálamo em algumas regiões:
→ Núcleos dorsolaterais
▪ Projetam informações associativas. É inervado pelo córtex pré-frontal, outros núcleos
talâmicos e amigdala. Está principalmente conectado ao sistema ativador reticular
ascendente (sara).

→ Núcleos geniculados medial e lateral


▪ Localizados na margem posterior do tálamo, medeiam, respectivamente, informações
auditivas (aferentes do colículo inferior) e visuais (aferentes do colículo superior).

→ Glândula pineal
▪ Compartilha algumas estruturas com o mesencéfalo, como núcleo rubro, substância
nigra e formação reticular.
Tálamo e Subtálamo
Continuação...
Podemos dividir o tálamo em algumas regiões:
→ Zona incerta do subtálamo
▪ O principal componente do subtálamo é o núcleo subtalâmico de luys, envolvido na
regulação da postura e do movimento. Lesões nessa área causa uma sídrome típica
denominada hemibalismo, caracterizada por movimentos anormais e involuntários
das extremidades.
Hipotálamo e Hipófise
→ 0 hipotálamo
▪ Está situado ventromedialmente
ao tálamo;
▪ Temperatura corporal,
frequência cardíaca, pressão
arterial, osmolaridade sanguínea,
ingestão de alimentos e água.
▪ Hosmotasia: preservação das
condições constantes do meio
interno
▪ Influencia os meios internos e
externos por meio de três
sistemas: Sistema endócrino
(controlando as funções da
Hipotálamo e Hipófise
Hipotálamo e Hipófise

→ 4 regiões do hipotálamo
1. Anterior: contém os núcleos
pré-óptico, supra-óptico e
periventricular;
2. Medial: núcleos
ventromedial, dorsomedial,
núcleo tuberal, núcleo
arqueado, paraventriculares;
3. Posterior: núcleos
posteriores e mamilares
4. lateral: núcleo hipotalâmico
lateral,
Hipotálamo e Hipófise

→ Hipófise
▪ Consiste em:
▪ Hipófise
anterior(adenoipófise); pars
intermedia; e hipófise
posterior (neuroipófise)
▪ Neurônios da região medial
do hipotálamo, na sua porção
basal, secretam hormônios
reguladores que caem no
sistema porta-hipofisário,
rede de vasos sanguinios
Hipotálamo e Hipófise

→ Hipófise
▪ Consiste em:
▪ Hipófise
anterior(adenoipófise); pars
intermedia; e hipófise
posterior (neuroipófise)
▪ Essa regulação estimula ou
inibe a liberação de
hormônios dessa região,
entre esses;
▪ Reguladores das glândulas
sexuais (gônadas), tireóide,
Hipotálamo e Hipófise

→ Hipófise
▪ Consiste em:
▪ Hipófise
anterior(adenoipófise); pars
intermedia; e hipófise
posterior (neuroipófise)
▪ Essa regulação estimula ou
inibe a liberação de
hormônios dessa região,
entre esses;
▪ Reguladores das glândulas
sexuais (gônadas), tireóide,
Hipotálamo e Hipófise

→ Hipófise
▪ O trato supra-óptico
hipofisário contém axônios
dos núcleos supra-óptico e
paraventricular, que se
projetam para a neuroipófise,
onde liberam vasopressina e
ocitocina na drenagem
venosa da hipófise.

▪ Hipotalamo e hipófise
funcionam como um sistema
Neuroanatomofisiologia
Prof: Cid Pinheiro Farias
Email:cidanhanguera@gmail.com
Telencéfalo

Cérebro:
Telencéfalo. O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais e
a lâmina terminal situada na porção anterior do III ventrículo. Os dois
hemisférios, afastados pela fissura longitudinal, são unidos por uma
larga faixa de fibras comissurais, o corpo caloso.

O telencéfalo é composto pelo córtex cerebral e pelos núcleos da base


e tem diversas funções, como o controle do movimento, da fala, da
percepção sensitiva, da audição, da visão, o pensamento abstrato, a
memória, a cognição etc
Telencéfalo

Cérebro:
Telencéfalo. O telencéfalo compreende os dois hemisférios
cerebrais e a lâmina terminal situada na porção anterior do
III ventrículo. Os dois hemisférios, afastados pela fissura
longitudinal, são unidos por uma larga faixa de fibras
comissurais, o corpo caloso.

O telencéfalo é composto pelo córtex cerebral e pelos


núcleos da base e tem diversas funções, como o controle do
movimento, da fala, da percepção sensitiva, da audição, da
visão, o pensamento abstrato, a memória, a cognição etc
Giros e Sulcos

Os giros e sulcos ajudam a dividir a córtex


entre quatro a seis pares de lobos conforme o
sistema de anatomia utilizado. O sulco
principal e mais profundo é a fissura
longitudinal que separa os hemisférios
cerebrais.
Giros e Sulcos
Lobo Frontal

Localização: corresponde ao osso frontal; Anterior


ao lobo parietal (do qual é separado pelo sulco
central) e súpero-anterior ao lobo temporal (do
qual é separado pelo sulco lateral, também
chamado de fissura de Sylvius)

Giros: giros frontais superior, médio e inferior, giro


pré-central, giro reto, giros orbitais

Função: controle do movimento voluntário,


envolvido na atenção, memória de curto-prazo,
motivação, planejamento e fala
Lobo Frontal
O lobo frontal é constituído por três superfícies
corticais: uma lateral, uma medial e uma inferior.

•A superfície lateral do lobo frontal contém quatro


giros principais: os giros pré-central, frontal superior,
frontal médio e frontal inferior.

•A superfície medial (inter-hemisférica) estende-se


até o sulco do cíngulo e consiste, principalmente, no
lóbulo paracentral (uma extensão dos giros pré-
central e pós-central) e na extensão medial do giro
frontal superior.

•A superfície inferior contém o trato olfatório e o


bulbo olfatório, o giro reto e os quatro giros orbitais.
Lobo Frontal
Funcionalmente, o córtex frontal do lobo
frontal se divide em três partes: o córtex pré-
frontal, o córtex motor e a área de Broca.

Córtex pré-frontal
A porção mais rostral do córtex frontal é
conhecida como córtex pré-frontal,
englobando os giros frontais superior, médio e
inferior do lobo frontal. Esta região
desempenha um papel crucial no
processamento de informação intelectual e
emocional, incluindo a agressão, e permite o
julgamento e a tomada de decisão.
Lobo Frontal
Lobo Frontal
Córtex motor
O córtex motor corresponde ao giro pré-central do lobo
frontal. O giro pré-central contém o córtex motor
primário (área 4 de Brodmann), que é responsável por
integrar sinais de diferentes regiões do cérebro para
modular a função motora. O córtex motor primário é onde
se origina o trato corticoespinal.
Anteriormente ao córtex motor primário do giro pré-central
está a área pré-motora, ou córtex pré-motor (área 6 de
Brodmann), e o córtex motor suplementar. Essas regiões do
córtex ocupam a parte anterior do giro pré-central e as
partes posteriores dos giros frontal superior, médio e
inferior. Coletivamente, a sua função é auxiliar na
organização dos movimentos e ações.
Englobando parte dos giros frontais médio e inferior,
imediatamente rostral à área pré-motora, encontramos a
área dos campos oculares frontais (áreas 6, 8 e 9 de
Brodmann), que é responsável pelo controle voluntário dos
movimentos oculares conjugados (horizontais).
Lobo Frontal
Área de Broca
O giro frontal inferior é dividido em três partes:
a parte opercular, a parte triangular e a parte orbital.
A parte opercular se refere à parte mais dorsal deste
giro, enquanto a parte triangular é a parte média, de
formato triangular, e a parte orbital representa a
parte mais ventral do giro.
Funcionalmente, as partes opercular e triangular no
hemisfério dominante são chamadas de área de
Broca (áreas 44 e 45 de Brodmann). A área de Broca
é responsável pela produção do componente motor
da fala, o que inclui a fluência verbal, o
processamento fonológico, o processamento
gramatical e a atenção durante a fala.
Lobo Temporal

O lobo temporal ocupa grande parte da fossa craniana


média, e seu nome está relacionado à sua proximidade
com o osso temporal do crânio. Este lobo é separado
superiormente dos lobos frontal e parietal pelo sulco
lateral (fissura de Sylvius). Estende-se em direção ventral a
partir deste sulco até à superfície inferior do córtex
cerebral. Dorsalmente, estende-se até uma linha
imaginária entre o sulco parieto-occipital e a incisura pré-
occipital.

O lobo temporal contém as áreas corticais que processam


a audição, bem como os aspectos sensoriais da fala e da
memória.
Lobo Temporal

O lobo temporal consiste em três giros principais, os giros


temporais superior, médio e inferior, que são visíveis na
superfície lateral. O sulco temporal superior separa os
giros temporais superior e médio, enquanto o sulco
temporal inferior separa os giros temporais médio e
inferior. A região ínfero-medial do lobo temporal forma o
hipocampo.
Lobo Temporal

Ao contrário do giro temporal superior, os giros temporais médio


e inferior são responsáveis pela percepção visual. O giro
temporal médio está relacionado à percepção de movimento no
campo visual, enquanto o giro temporal inferior contém a área
fusiforme da face, que é necessária para o reconhecimento da
face.
Lobo Temporal

Ao contrário do giro temporal superior, os giros temporais médio


e inferior são responsáveis pela percepção visual. O giro
temporal médio está relacionado à percepção de movimento no
campo visual, enquanto o giro temporal inferior contém a área
fusiforme da face, que é necessária para o reconhecimento da
face.

O giro temporal inferior se estende à superfície inferior do lobo


temporal. Posteriormente e medialmente, ele é separado do giro
occipitotemporal lateral (também chamado de giro fusiforme)
pelo sulco occipitotemporal. O sulco colateral separa o giro
fusiforme do giro occipitotemporal medial, e também é um
ponto de referência para a divisão entre as superfícies inferior e
medial do lobo temporal.
Lobo Temporal
O giro occipitotemporal medial forma a maior parte da superfície
medial do lobo temporal. Assim como sua contraparte lateral, o
aspecto posterior desse giro encontra-se no lobo occipital e sua
parte mais anterior localiza-se no lobo temporal. Cada uma
dessas partes recebe um nome específico: a parte occipital é
chamada de giro lingual (que portanto não faz parte do lobo
temporal), enquanto a parte temporal é chamada de giro
parahipocampal. A extremidade mais anterior do giro
parahipocampal também recebe um nome específico, sendo
conhecida como uncus. Também é na superfície medial do lobo
temporal que encontramos o hipocampo e o corpo amigdaloide.

O córtex das estruturas da superfície medial do lobo temporal é


mais antigo (paleocórtex e arquicórtex), do ponto de vista
evolutivo, em comparação com o restante desse lobo
(neocórtex). Por isso, alguns autores consideram que essas
estruturas fazem parte de um lobo à parte, denominado lobo
límbico, que inclui também outras estruturas, como o giro do
cíngulo e a área subcalosa.
Lobo Temporal
O giro temporal transverso anterior (giro de Heschl -
área 41 de Brodmann) contém a área auditiva primária
(A1), e o giro temporal transverso posterior (área 42) é a
área auditiva secundária (A2). Essas áreas são partes
especializadas do córtex, responsáveis pela recepção da
informação auditiva através das radiações auditivas do
corpo geniculado medial.

No giro temporal superior também encontramos a área


22 de Brodmann, que contém o córtex de associação
auditiva. Ela recebe estímulos da área auditiva primária e
do tálamo, e é responsável pela interpretação de sons e
pela associação dos estímulos auditivos com outras
informações sensoriais.
Lobo Temporal
O giro temporal transverso anterior (giro de Heschl -
área 41 de Brodmann) contém a área auditiva primária
(A1), e o giro temporal transverso posterior (área 42) é a
área auditiva secundária (A2). Essas áreas são partes
especializadas do córtex, responsáveis pela recepção da
informação auditiva através das radiações auditivas do
corpo geniculado medial.

No giro temporal superior também encontramos a área


22 de Brodmann, que contém o córtex de associação
auditiva. Ela recebe estímulos da área auditiva primária e
do tálamo, e é responsável pela interpretação de sons e
pela associação dos estímulos auditivos com outras
informações sensoriais.
Lobo Parietal
O lobo parietal localiza-se entre os lobos frontal e occipital e
acima do lobo temporal, em cada hemisfério cerebral. Os seus
limites estão listados abaixo:

•Margem anterior - formada pelo sulco central (ou sulco de


Rolando).
•Margem posterior - formada pela linha imaginária que se
estende entre o aspecto superior do sulco parieto-occipital e
a incisura pré-occipital (inferiormente).
•Margem inferior - formada pela fissura lateral (ou fissura de
Sylvius).
•Margem superior - formada pela fissura longitudinal medial, que
separa os dois hemisférios.

Cursando quase paralelamente ao sulco central, encontramos


o sulco pós-central. Esses dois sulcos delimitam o giro pós-
central, localizado cerca de 6,5 cm posteriormente ao bregma
do crânio. Como a parte marginal do sulco do cíngulo (ramo
ascendente do sulco do cíngulo) aponta diretamente para o giro
pós-central na superfície superior do hemisfério, ele é um
importante marco para identificar o giro, particularmente nas
imagens de ressonância magnética.
Lobo Parietal
O lobo parietal está envolvido na percepção de
sensações como o toque, a temperatura, a dor e a
propriocepção, assim como na percepção avançada de
informações auditivas e visuais.
De modo geral, as funções do lobo parietal são as
seguintes:
•Processamento da sensação do tato (dor,
temperatura, etc)
•Cognição
•Orientação espacial
•Coordenação de movimentos
•Percepção visual
•Fala
•Leitura
•Escrita
•Cálculos
Lobo Parietal

O giro pós-central geralmente está conectado


ao giro pré-central do lobo frontal através de
um pequeno giro horizontal na base do sulco
central, chamado de giro subcentral. O
conjunto destes três giros que circunscrevem
o sulco central é chamado de lobo central.
Lobo Parietal
O giro pós-central forma o córtex somatossensorial primário
(áreas 3, 1 e 2 de Brodmann). Esse giro recebe informações
sensitivas de todos os receptores sensoriais relacionados
com a temperatura, a dor (trato espinotalâmico), a vibração,
a propriocepção e o tato fino (via da coluna dorsal).

As partes do corpo estão neurologicamente mapeadas


no córtex somatossensorial. A essa representação pictórica
e somatotópica do corpo humano no giro pós-central,
chamamos de homúnculo cortical sensorial, criado por
Wilder Penfield (homúnculo de Penfield). O mapa sensorial
consiste numa representação do corpo de pernas para o ar,
cursando longitudinalmente ao longo do giro pós-central.

A correspondência ponto a ponto das partes do corpo


humano no giro pós-central origina uma figura grotesca
desproporcional, com mãos, lábios e rosto grandes, em
comparação ao resto do corpo. Isso acontece porque todas
as áreas que estão sob um controle fino ou que têm uma
maior sensibilidade, ocupam porções maiores do córtex
somatossensorial.
Lobo Parietal
A área de Wernicke é importante para o desenvolvimento
da linguagem e para a compreensão do discurso. As suas
funções envolvem a compreensão da linguagem, o
processamento semântico, o reconhecimento da
linguagem e a sua interpretação. Classicamente, a
localização da área de Wernicke é descrita na parte
posterior do giro temporal superior, geralmente no
hemisfério cerebral esquerdo (área 22 de Brodmann),
uma área que circunda o córtex auditivo. Contudo,
atualmente a maioria dos neurocientistas também inclui
na área de Wernicke regiões do lobo parietal inferior,
principalmente do giro supramarginal (área 40 de
Brodmann) e do giro angular (área 39 de Brodmann). O
giro supramarginal corresponde à área auditiva da fala,
enquanto o giro angular corresponde à área visual da
fala.
Lobo Parietal

Hemisfério dominante vs. hemisfério não


dominante

O lobo parietal controla o cálculo e a linguagem do


lado dominante, e a integração visual e espacial no
hemisfério não dominante.
Lobo Occipital
O sulco parieto-occipital é um sulco proeminente que
separa o lobo occipital do lobo parietal. Ele cursa na
superfície medial do encéfalo em uma trajetória quase
vertical. Na sua extremidade inferior, o sulco é
contínuo com a parte anterior do sulco calcarino. Na
extremidade oposta, estende-se ligeiramente sobre a
superfície superolateral de cada hemisfério cerebral.

A anatomia da superfície da face medial do lobo


occipital é mais consistente e claramente definida.
O sulco calcarino estende-se do sulco parieto-occipital
até o polo occipital. O sulco parieto-occipital emerge
superiormente ao sulco calcarino e o divide em duas
partes, anterior e posterior.

O tecido cortical em ambos os lados das margens do


sulco calcarino é conhecido como córtex estriado
(também conhecido como córtex calcarino) e forma
o córtex visual primário.
Lobo Occipital
O sulco parieto-occipital é um sulco proeminente que
separa o lobo occipital do lobo parietal. Ele cursa na
superfície medial do encéfalo em uma trajetória quase
vertical. Na sua extremidade inferior, o sulco é
contínuo com a parte anterior do sulco calcarino. Na
extremidade oposta, estende-se ligeiramente sobre a
superfície superolateral de cada hemisfério cerebral.

A anatomia da superfície da face medial do lobo


occipital é mais consistente e claramente definida.
O sulco calcarino estende-se do sulco parieto-occipital
até o polo occipital. O sulco parieto-occipital emerge
superiormente ao sulco calcarino e o divide em duas
partes, anterior e posterior.

O tecido cortical em ambos os lados das margens do


sulco calcarino é conhecido como córtex estriado
(também conhecido como córtex calcarino) e forma
o córtex visual primário.
Lobo Occipital
O sulco parieto-occipital é um sulco proeminente que
separa o lobo occipital do lobo parietal. Ele cursa na
superfície medial do encéfalo em uma trajetória quase
vertical. Na sua extremidade inferior, o sulco é
contínuo com a parte anterior do sulco calcarino. Na
extremidade oposta, estende-se ligeiramente sobre a
superfície superolateral de cada hemisfério cerebral.

A anatomia da superfície da face medial do lobo


occipital é mais consistente e claramente definida.
O sulco calcarino estende-se do sulco parieto-occipital
até o polo occipital. O sulco parieto-occipital emerge
superiormente ao sulco calcarino e o divide em duas
partes, anterior e posterior.

O tecido cortical em ambos os lados das margens do


sulco calcarino é conhecido como córtex estriado
(também conhecido como córtex calcarino) e forma
o córtex visual primário.
Lobo Occipital
O córtex visual primário, também conhecido como
V1, área 17 de Brodmann ou córtex estriado, está
localizado de ambos os lados do sulco calcarino, na
superfície medial do lobo occipital, e se estende tanto
para o cúneo quanto para o giro lingual. Ele recebe
informações sensoriais especiais dos olhos por meio
das radiações ópticas e, portanto, é responsável pela
integração e percepção da informação visual.

O córtex visual primário possui colunas de células que


respondem preferencialmente a estímulos visuais
específicos. O córtex está organizado
retinotopicamente, com a metade superior do campo
visual representada no córtex inferior ao sulco
calcarino, e a metade inferior do campo visual
representada no córtex superior ao sulco calcarino.
Lobo Occipital
▪ O córtex de associação visual forma as regiões restantes do lobo occipital, e também é conhecido como córtex visual extra-estriado. Esta
região interpreta imagens visuais. Fibras do córtex de associação visual formam o trato corticotectal, que se projeta para a área pré-tectal
e/ou colículo superior. A segunda, a terceira e a quarta áreas visuais estão localizadas dentro do córtex de associação visual do lobo occipital.

▪ A segunda área visual, também conhecida como córtex visual secundário, V2, ou córtex pré-estriado, ocupa grande parte da área 18 de
Brodmann e, em alguns casos, da área 19 de Brodmann. O córtex visual secundário envolve o córtex visual primário e recebe suas
informações. A informação do córtex visual primário é enviada para o córtex visual secundário (áreas 18 e 19 de Brodmann), antes de ser
passada para a terceira e quarta áreas visuais para finalmente chegar ao córtex temporal inferior (áreas 20 e 21 de Brodmann). A área visual
secundária é importante para a percepção de cor, movimento e profundidade.

▪ A terceira área visual, ou V3, fica adjacente ao aspecto anterior de V2 e também está localizada na área 18 de Brodmann. Essa área visual se
comunica diretamente com o córtex visual secundário, e é funcionalmente importante no processamento visual do movimento, ao mesmo
tempo em que conecta fluxos de processamento dos lobos parietal e temporal.

▪ A quarta área visual, V4, está localizada anteriormente a V3, dentro da área 19 de Brodmann. Ela se comunica e recebe informações do
córtex visual secundário. A sua função é interpretar cores, orientação, forma e movimento. A quarta área visual se comunica ativamente com
o córtex temporal inferior (áreas 20 e 21 de Brodmann).
Lobo Insular
A ínsula é um lobo cerebral com muitas
funções (e.g. linguagem, regulação visceral
motora e sensitiva, comportamento alimentar,
memória, dor, controle cardiovascular,
emoção), e parece ser acometida em várias
afecções neuropsiquiátricas, em particular na
epilepsia e na esquizofrenia.

Localização. Profundamente no sulco lateral


(fissura de Sylvius), encontra-se o quinto lobo
do cérebro, o lobo insular, também conhecido
como ínsula.
Sistema Límbico

A capacidade de sentir e expressar emoções é uma característica que tem


sido observada em um grande número de animais. Os humanos, em
particular, vivenciam e expressam uma enorme gama de emoções que
ajudam a moldar o comportamento de um indivíduo. A região do cérebro
que se acredita ser responsável por estas atividades forma uma barreira
física entre o hipotálamo e o cérebro. Como tal, ela foi chamada de sistema
límbico, tendo origem na palavra latina Limbus, que significa borda.
Sistema Límbico
O sistema límbico é considerado o epicentro da expressão
emocional e comportamental. O sistema límbico desempenha as
seguintes funções:

•Saciedade e fome
•Memória
•Resposta emocional
•Reprodução sexual e instintos maternos
•Excitação sexual

Ele consegue realizar essas atividades através de conexões estreitas com


outros sistemas do cérebro. Tradicionalmente, ele é dividido em dois
grupos: um componente cortical e um subcortical. O primeiro é
constituído pelo neocórtex, pelo córtex orbitofrontal, hipocampo, córtex
insular, e os giros (circunvoluções) do cíngulo, subcaloso e
parahipocampal.

O segundo, por outro lado, inclui a amígdala, o bulbo olfatório, o núcleo


septal, o hipotálamo e os núcleos anterior e dorsomedial do tálamo. A
região cortical é chamada de lobo límbico (discutido abaixo). A região
subcortical funciona em conjunto com o lobo límbico.
Resumo
Neuroanatofisiologia

Prof. Cid Pinheiro Farias


cidanhanguera@gmail.com
01

Vias de neurotransmissão
O que são neurotransmissores
Neurotransmissores são substâncias que os neurônios usam para se comunicarem entre
si e com seus tecidos-alvo no processo de transmissão sináptica (neurotransmissão).

Os neurotransmissores são sintetizados e liberados das terminações nervosas na


fenda sináptica. A partir daí, os neurotransmissores se ligam às proteínas receptoras
na membrana celular do tecido-alvo. O tecido alvo fica excitado, inibido ou
funcionalmente modificado.
O que são neurotransmissores
O que são neurotransmissores
Neurotransmissores
Existem mais de 40 neurotransmissores no sistema nervoso humano; alguns dos mais importantes
são acetilcolina, norepinefrina, dopamina, ácido gama-aminobutírico (GABA), glutamato,
serotonina e histamina.
Neurotransmissores
Neurotransmissores e Sinapses
Sinapses
Cada sinapse consiste em:
▪ Membrana pré-sináptica - membrana do botão terminal (terminação do axônio) da fibra nervosa pré-
sináptica.
▪ Membrana pós-sináptica - membrana da célula-alvo.
▪ Fenda sináptica - uma lacuna entre as membranas pré-sináptica e pós-sináptica.

Dentro do botão terminal da fibra nervosa pré-sináptica, numerosas vesículas que contêm
neurotransmissores são produzidas e armazenadas. Quando a membrana pré-sináptica é despolarizada por
um potencial de ação, os canais dependentes de voltagem de cálcio se abrem (encontrados nas membranas
dos botões terminais). Isso leva a um influxo de íons de cálcio no botão terminal, o que altera o estado de
certas proteínas de membrana na membrana pré-sináptica e resulta na exocitose de neurotransmissores do
botão terminal para a fenda sináptica.
Potencial de
ação
QUANTO A DIRECIONALIDADE
QUANTO A DIRECIONALIDADE
Tipos de ação das sinapses
Tipos de ação das sinapses
Na sinapse elétrica o trânsito de íons por junções especializadas entre as células permite a passagem do potencial
de ação de uma célula para outra.
Tipos de sinapses
Na sinapse química a despolarização ou a hiperpolarização da membrana da célula seguinte (membrana pós-
sináptica) depende da liberação de substâncias denominadas neurotransmissores no espaço chamado de fenda
sináptica.
Tipos de sinapses
Reciclagem dos neurotransmissores
Tipos de ação das sinapses
A atividade elétrica de um influencia a atividade do outro:

• SINAPSE EXCITATÓRIA:
Ação excitatória significa que o neurotransmissor vai deixar o neurônio mais propenso a mandar a informação para
frente.

• SINAPSE INIBITÓRIA:
Ação inibitória vai “acalmar” o neurônio, bloqueando-o de passar a informação para outros neurônios.

• SINAPSE DE MODULAÇÃO
A ação moduladora é feita por neurotransmissores chamados de neuromoduladores. Estes neurotransmissores
afetam um número maior de neurônios simultaneamente, influenciando a ação dos outros neurotransmissores.
Eles atingem uma área maior e costumam ter um efeito mais lento. Dessa forma, atuam na regulação da área
neuronal estimulada e à distância, inibindo ou estimulando os neurotransmissores responsáveis por
alguma função ou comportamento, ajustando os desequilíbrios no cérebro.
● Sinapses Inibitórias e Excitatórias
● Sinapses Inibitórias e Excitatórias
Tipos de ação de neurotransmissores
A atividade elétrica de um influencia a atividade do outro:

1. Neurotransmissores – influenciam canais iônicos – PEPS e PIPS

2. Neuromoduladores – influenciam processos metabólicos – eventos mais lentos – aprendizagem, emoções


atividades motoras ou sensoriais
● Neurotransmissores
● Neurotransmissor
es
● Vias de ação
Dopaminérgica

As quatro vias dopaminérgicas. (a) via nigroestriatal, (b) via mesolímbica, (c) via mesocortical, (d) via túbero-
infundibular. Modificado de Stahl, 2002.
Vias dopaminérgicas
A via dopaminérgica nigroestriatal também se encontra alterada na esquizofrenia, a hiperatividade da dopamina
nessa via pode ser considerada a base de vários transtornos de movimento hipercinéticos, como coreia,
discinesias e tiques, que são característicos de pacientes esquizofrênicos e que podem ser encontrados também
no uso da cocaína.

Na esquizofrenia, a via mesocortical se relaciona à mediação dos sintomas negativos e cognitivos, consequência
do déficit de dopamina no córtex pré-frontal dorsolateral. Entretanto, uma análise se faz necessária para
verificação de compatibilidade neurobiológica no caso dos déficits cognitivos encontrados na dependência de
cocaína.

Tanto os antipsicóticos típicos quanto atípicos parecem realizar o bloqueio pós-sináptico dos
receptores cerebrais D2 da dopamina. Este bloqueio atinge tratos dopaminérgicos, como o
mesolímbico, mesocortical, nigroestriatal e túbero infundibular, causando ações terapêuticas e
efeitos adversos.
Vias dopaminérgicas
Acredita-se que os transtornos esquizofrênicos e psicóticos haja uma desregulação nos circuitos
de dopamina, constituídos de excesso de atividade dopaminérgica na via mesolímbica e
hipoatividade na via mesocortical.

A hiperatividade dopaminérgica mesolímbica seria responsável pelos sintomas positivos da


esquizofrenia, como ideias delirantes e alucinações. Já a hipoatividade mesocortical seria
responsável pelos sintomas negativos, como embotamento afetivo, pobreza de discurso e
hipobulia.

A maioria dos antipsicóticos de segunda geração difere dos medicamentos mais antigos
farmacologicamente na alta afinidade ao receptor 5HT2 da serotonina excede sua afinidade pelos
receptores D2 da dopamina, ao passo que nos de primeira geração não ocorre esse efeito

Acredita-se que esse efeito no receptor 5HT2 seja responsável pelo menor risco geral de efeitos
colaterais extrapiramidais com os medicamentos atípicos em comparação com os típicos.
Vias serotonérgicas e noradrenérgicas
OBRIGADO

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