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Sumário Item
OBJETIVO 1
ANTECEDENTES 2–9
Adoção inicial das NBCs TG convergidas em 2009 4–7
Alterações nas normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) em 2014 8
Novas normas de auditoria que entraram em vigor no Brasil em 2010 9
ENTENDIMENTO E ORIENTAÇÃO 10 – 30
Apresentação de demonstrações contábeis lado a lado 11 – 15
Apresentação de demonstrações contábeis separadas de acordo com as normas 16
internacionais de relatório financeiro (IFRS)
Apresentação da demonstração do valor adicionado 17
Apresentação separada de dois conjuntos de demonstrações contábeis 18
Modificações no relatório do auditor independente 19 – 20
Considerações adicionais para emissão do relatório de auditoria 21 – 29
Modelos de relatórios do auditor independente 30
VIGÊNCIA 31
ANEXOS I a IV
Objetivo
1. Este Comunicado Técnico tem por objetivo orientar os auditores independentes na emissão do
seu relatório sobre as demonstrações contábeis referentes aos exercícios findos em, ou a partir
de, 31 de dezembro de 2010, considerando as seguintes situações (*):
(a) demonstrações contábeis individuais elaboradas de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil, como exigido pela legislação societária e quando essas demonstrações
contábeis individuais atenderem simultaneamente tanto as práticas contábeis adotadas no
Brasil como as IFRS;
(b) demonstrações contábeis consolidadas elaboradas de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil e normas internacionais de relatório financeiro (IFRS); e
(c) quando aplicável, apresentação dessas demonstrações (individuais e consolidadas) lado a
lado, em um único conjunto de demonstrações contábeis ou separadamente (um conjunto
contendo as demonstrações contábeis elaboradas de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil e outro conjunto de acordo com as IFRS).
(*)
Em alguns normativos citados neste Comunicado foi utilizada a expressão “normas internacionais de
contabilidade” e em outros, “padrão contábil internacional”, “normas internacionais de relatório financeiro”
ou “IFRS”. Embora todas essas expressões possuam o mesmo significado, os auditores devem utilizar a
expressão “normas internacionais de relatório financeiro”, que é a tradução oficial para a expressão em
inglês “International Financial Reporting Standards”. A referida expressão deve ser seguida pela sigla
IFRS. As expressões “demonstrações contábeis” e “demonstrações financeiras” citadas neste Comunicado
possuem o mesmo significado.
Antecedentes
2. Em 13 de julho de 2007, a CVM editou a Instrução CVM n.º 457, que dispõe sobre a
elaboração e divulgação das demonstrações contábeis consolidadas, com base no padrão
contábil internacional emitido pelo International Accounting Standards Board (IASB).
5. Dessa forma, não mais existem as diferenças relevantes entre as demonstrações contábeis elaboradas
com a plena observância dos documentos contendo normas contábeis emitidas pelo CFC e aquelas
contendo as normas internacionais de relatório financeiro que impediam a emissão de opinião sobre o
atendimento simultâneo das práticas contábeis adotadas no Brasil e das normas internacionais de
relatório financeiro (IFRS).
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6. A Interpretação Técnica ITG 09 do CFC, que trata das demonstrações contábeis individuais,
demonstrações separadas, demonstrações consolidadas e aplicação do método da equivalência
patrimonial, entre outros assuntos, esclarece que, enquanto mantida a atual legislação societária
brasileira, será requerida a apresentação das demonstrações contábeis individuais de todas as
entidades, mesmo quando apresentadas as demonstrações contábeis consolidadas.
7. No caso de adoção de nova política contábil, incluindo reclassificações, de forma retrospectiva, nos
termos da NBC TG 23, a entidade deve apresentar, no mínimo, 3 (três) balanços patrimoniais e duas
de cada uma das demais demonstrações contábeis, bem como as respectivas notas explicativas. Os
balanços patrimoniais a serem apresentados nesse caso devem ser os relativos:
(a) ao término do período corrente;
(b) ao término do período anterior (que corresponde ao início do período corrente); e
(c) ao início do mais antigo período comparativo apresentado.
Exemplificando, no caso de entidade com encerramento do exercício social igual ao ano
calendário (31 de dezembro), ela apresentaria, em 2010 (assumindo-se que houve
modificações nos saldos iniciais pela adoção das novas práticas contábeis), balanços para as
seguintes datas: 31/12/2010, 31/12/2009 e 01/01/2009 (que corresponde aos saldos de
31/12/2008 ajustados).
8. Em 2014, o IASB alterou a IFRS que trata das demonstrações contábeis separadas (IAS 27 –
Separate Financial Statements), passando a permitir a adoção do método da equivalência
patrimonial como um dos métodos aceitos para avaliação dos investimentos em controladas,
coligadas e em empreendimento controlado em conjunto, nas demonstrações contábeis
separadas. Como no Brasil esses investimentos já eram avaliados pelo método da equivalência
patrimonial nas demonstrações contábeis individuais, a alteração promovida pelo IASB na IAS
27 não resultou em modificação no Brasil, somente passando a permitir, no IFRS, para as
demonstrações contábeis separadas, também a aplicação do método da equivalência
patrimonial para os investimentos que assim se qualificarem.
Entendimento e orientação
10. Conforme mencionado no item 9, as novas normas de auditoria emitidas pelo CFC estão em
vigor desde 1º de janeiro de 2010. Dessa forma, devem ser utilizados os novos modelos de
Relatório do Auditor Independente (relatório) para as auditorias dessas demonstrações
contábeis. No Anexo I deste Comunicado, reproduz-se modelo de relatório, sem
modificações, extraído da NBC TA 700 (*). É requerido que os auditores independentes
atentem para as demais situações apresentadas nessa Norma e nas:
(a) NBC TA 705, no caso do relatório conter modificações (adverso, abstenção de opinião ou
ressalva);
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(b) NBC TA 706, quando for necessária a adição de parágrafo de ênfase ou parágrafo de
outros assuntos; e
(c) NBC TA 710, quando se tratar de demonstrações contábeis comparativas e não valores
correspondentes.
(*)
As NBCs TA emitidas pelo CFC possuem a mesma numeração das normas internacionais equivalentes
(ISAs) emitidas pelo IAASB da Federação Internacional de Contadores (IFAC); portanto, neste
Comunicado estão sendo citadas apenas as NBCs TA, uma vez que elas estão convergidas com as referidas
normas internacionais.
11. Desde 1976, com a edição da Lei n.º 6.404/76, tem sido prática no Brasil apresentar
demonstrações contábeis individuais da controladora e demonstrações contábeis consolidadas,
lado a lado, em um único conjunto de demonstrações contábeis. Nesse caso, um único
relatório do auditor pode se referir tanto as demonstrações contábeis individuais como as
demonstrações contábeis consolidadas. Nada impede, entretanto, que sejam elaborados dois
conjuntos de demonstrações contábeis (um individual e outro consolidado), desde que seja
mencionada em cada conjunto de demonstrações contábeis, a existência do outro conjunto,
conforme mencionado no item 18.
12. A permissão de se utilizar, também, o método da equivalência patrimonial para avaliação dos
investimentos nas demonstrações separadas, conforme mencionado no item 8, eliminou a
outra diferença relevante (além da manutenção do diferido já comentada) que existia entre
essas demonstrações e as demonstrações contábeis individuais requeridas pela legislação
societária brasileira, tornando possível que as demonstrações contábeis individuais e
consolidadas atendam simultaneamente as práticas contábeis adotadas no Brasil e normas
internacionais de relatório financeiro e, dessa forma, possibilitando a emissão de relatório de
auditoria com uma única opinião sobre essas demonstrações contábeis que atendem às duas
estruturas de relatório financeiro, conforme exemplo de relatório incluso no Anexo III,
quando atendidas as considerações mencionadas no item 16.
13. Algumas entidades, tais como instituições financeiras e demais entidades autorizadas a
funcionar pelo Banco Central do Brasil ou companhias seguradoras, supervisionadas pela
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), cujas práticas contábeis são estabelecidas
pelos respectivos órgãos reguladores, podem, ainda, não ter adotado todos os
pronunciamentos e orientações técnicas emitidos pelo CPC por falta de aprovação pelos
respectivos reguladores.
14. Como as diferenças remanescentes entre as práticas contábeis adotadas por algumas entidades
reguladas, em relação às IFRS, ainda são significativas, as disposições contidas neste
Comunicado não são aplicáveis a essas entidades, uma vez que nessas circunstâncias não seria
apropriada a apresentação, lado a lado, de demonstrações contábeis elaboradas com a
utilização de práticas contábeis diferentes. Logo, de forma geral, o auditor está
impossibilitado de emitir opinião sobre conjuntos distintos de demonstrações contábeis
apresentadas lado a lado em um único relatório.
15. Dessa forma, essas entidades devem apresentar suas demonstrações contábeis individuais e
consolidadas de acordo com as práticas contábeis aplicáveis para seus setores e,
separadamente, outro conjunto distinto de demonstrações contábeis consolidadas elaboradas
de acordo com as IFRS. O CFC emitiu o Comunicado Técnico CTA 03 para as entidades
reguladas pelo Banco Central do Brasil e o CTA 04 para as entidades reguladas pela
Superintendência de Seguros Privados, cujo conteúdo pode ser adaptado à situação específica
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e aplicado por outras entidades reguladas por outros órgãos ou agências reguladoras, quando
aplicável.
16. Podem ocorrer situações em que a entidade, além de atender a legislação societária brasileira
mediante a apresentação das suas demonstrações contábeis individuais de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil, atenda também as normas internacionais de relatório
financeiro (IFRS). Nessa circunstância, a administração da entidade deve analisar e concluir
se as demonstrações contábeis individuais, elaboradas de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil, podem, também, ser declaradas como estando de acordo com as normas
internacionais de relatório financeiro (IFRS), desde que atendidos todos os requerimentos das
mesmas, principalmente os requisitos específicos da IAS 27, que trata das demonstrações
contábeis separadas. O auditor deve analisar se de fato a afirmação está adequada para o
atendimento simultâneo das duas estruturas de relatório financeiro. Em se confirmando a
afirmação da administração, e conforme mencionado no item 12, o relatório do auditor
independente deve seguir o exemplo apresentado no Anexo III. Na impossibilidade de
atendimento simultâneo das duas estruturas de relatório financeiro, deve ser utilizado o
exemplo de relatório de auditoria apresentado no Anexo II.
17. É importante destacar que a demonstração do valor adicionado (DVA) é obrigatória, segundo a
legislação societária brasileira, somente para as companhias abertas, enquanto que de acordo
com as IFRS, por não ser uma demonstração obrigatória no conjunto de demonstrações
contábeis, deve ser considerada uma informação suplementar. Para simplificar a redação e o
entendimento do relatório do auditor independente, a DVA deve ser tratada em parágrafo de
outros assuntos, após o parágrafo da opinião, observando os exemplos apresentados nos
Anexos II e III. Para manter a uniformidade dos relatórios de auditoria, a referência à DVA
deve seguir essa disposição para todas as entidades.
18. Caso a opção da entidade seja apresentar dois conjuntos distintos de demonstrações contábeis,
ou seja, as demonstrações contábeis individuais separadamente das demonstrações contábeis
consolidadas, o auditor deve, também, emitir dois relatórios distintos. Nesse caso, com as
adaptações necessárias para cada situação específica, o auditor deve adicionar um parágrafo
de outros assuntos em cada um dos relatórios, observando o exemplo apresentado no quadro a
seguir, que deve ser adaptado a cada relatório:
Exemplos:
Outros assuntos
Outros assuntos
19. No caso específico das entidades que ainda possuam saldo não amortizado em conta do ativo
diferido (ver item 4), o auditor deve analisar as razões para a existência desse saldo, uma vez
que em situação normal já deveria ter sido totalmente amortizado e, dessa forma, proceder à
necessária modificação em sua opinião, conforme requerido pela NBC TA 705. Conforme já
mencionado anteriormente, quando aplicável, a manutenção do saldo de ativo diferido
originalmente gerado até 31 de dezembro de 2008, somente pode existir nas demonstrações
contábeis individuais e não nas demonstrações contábeis consolidadas.
20. Nos casos em que são requeridas modificações no relatório do auditor independente, o item 16
da NBC TA 705 requer que seja incluído um parágrafo adicional no relatório do auditor, antes
do parágrafo da opinião, com o título Bases para opinião com ressalva, Base para opinião
adversa ou Base para abstenção de opinião, conforme seja apropriado em cada circunstância.
O parágrafo final da seção que descreve as responsabilidades do auditor independente
também deve ser alterado. A título de exemplo, que pode ser adaptado a outras situações, o
Anexo IV apresenta um exemplo em que a ressalva somente se aplica às demonstrações
contábeis consolidadas em IFRS.
22. Entre essas mudanças, destaca-se, como exemplo, a proibição de divisão de responsabilidade
com outro auditor no caso desse outro auditor examinar demonstrações contábeis de
investidas avaliadas pelo método da equivalência patrimonial ou incluídas nas demonstrações
contábeis consolidadas, conforme estabelece a NBC TA 600, assim como o fato de que o
relatório do auditor, emitido no contexto de valores correspondentes, menciona apenas as
demonstrações contábeis do período corrente, de acordo com a NBC TA 710.
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23. Assim, a inclusão de informações comparativas do exercício anterior e dos saldos de abertura
do balanço patrimonial do início do período comparativo apresentado mais antigo torna
implícito aos usuários das demonstrações contábeis que o auditor independente atual, na
ausência de qualquer informação em contrário, emitiu anteriormente opinião sem qualquer
modificação e sem a adição de qualquer parágrafo após a opinião que devessem ser
considerados na apresentação das demonstrações contábeis do exercício corrente.
24. Dessa forma, caso essa não seja a situação, o auditor das demonstrações contábeis do período
corrente deve adicionar um parágrafo de outros assuntos para informar que os valores
correspondentes ao exercício anterior e aos saldos de abertura do balanço patrimonial,
referidos anteriormente, apresentados em conjunto com aqueles das demonstrações contábeis
do ano corrente não foram auditados ou, no caso de terem sido auditados por outro auditor
antecessor, que essas informações foram auditadas por outro auditor antecessor.
26. Conforme requerido pela Instrução CVM n.º 457/07, os auditores independentes devem emitir
opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis consolidadas elaboradas de acordo
com as IFRS, bem como sobre a suficiência e a adequação da nota explicativa referida no § 1º
do art. 2º daquela Instrução. Como as notas explicativas já fazem parte do alcance da
auditoria, uma vez que já estão expressamente mencionadas no parágrafo introdutório do
novo modelo de relatório a ser utilizado, torna-se desnecessário qualquer menção adicional
àquela nota explicativa no relatório do auditor independente, quando a referida divulgação, no
julgamento do auditor, estiver adequada e suficiente, todavia, se a conclusão for contrária, ou
seja, não estiver adequada ou suficiente, o auditor deve proceder à necessária modificação em
sua opinião, conforme requerido pela NBC TA 705.
27. Tendo em vista o processo de convergência e a modificação das normas internacionais que no
tocante ao reconhecimento da equivalência patrimonial nas demonstrações contábeis não
consolidadas e como as diferenças que existiam por ocasião da emissão da primeira versão
deste Comunicado, podem não mais existir conforme mencionado nos itens 4 (revisado nesta
versão) e 8 (incluído nesta versão), a partir de 31 de dezembro de 2014, não é mais aplicável a
inclusão de parágrafo adicional no relatório do auditor independente para enfatizar a diferença
que existia entre as demonstrações contábeis individuais elaboradas de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil e as normas internacionais de relatório financeiro.
28. Dessa forma, nesta versão foi eliminado o modelo de parágrafo de ênfase que estava incluso no
Anexo II (Anexo III neste Comunicado); todavia, o auditor independente deve requerer que a
administração da entidade inclua nas notas explicativas às demonstrações contábeis de 31 de
dezembro de 2014 a explicação da mudança havida nas normas internacionais de relatório
financeiro que não acarretaram qualquer impacto nas demonstrações contábeis individuais de
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, uma vez que o procedimento já era
adotado no Brasil.
29. Na hipótese de serem emitidos relatórios de auditoria, após a emissão desta nova versão deste
Comunicado, sobre demonstrações contábeis com data base anterior a 31 de dezembro de
2014, o parágrafo de ênfase que foi eliminado dos modelos nesta nova versão do Comunicado
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pode ser utilizado. De forma similar, as demonstrações contábeis individuais de acordo com
as práticas contábeis adotadas no Brasil podem não atender as IFRS (IAS 27). Assim, o
quadro a seguir apresenta, como exemplo, o parágrafo de ênfase que seria requerido nas
circunstâncias:
Ênfase
30. Para que se consiga uma desejada uniformidade na emissão dos relatórios por parte dos
auditores independentes, este Comunicado inclui nos Anexos exemplos de relatórios a serem
utilizados pelos auditores independentes.
Vigência
31. Este Comunicado entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se a Resolução CFC n.º
1.320/11, publicada no D.O.U., Seção I, de 28/1/11.
Anexo I
Modelo de relatório do auditor independente sem modificação, sobre as demonstrações
contábeis constante da NBC TA 700
Este modelo é aplicável para: (i) demonstrações contábeis que não possuem consolidado; (ii)
entidades que não são companhias abertas; e (iii) quando não é requerido e nem apresentado DVA.
(Destinatário apropriado)
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findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas
explicativas.
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com
base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a
auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as
demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa
opinião.
Opinião
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
9
Anexo II
(Destinatário apropriado)
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com
base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a
auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as
demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.
10
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa
opinião.
Outros assuntos
(*) As notas explicativas sobre práticas contábeis devem divulgar a base para elaboração da demonstração do valor
adicionado (DVA).
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
11
Anexo III
(Destinatário apropriado)
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com
base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a
auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as
demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa
opinião.
Opinião
12
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis individuais e consolidadas acima referidas
apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira,
individual e consolidada, da Companhia ABC em 31 de dezembro de 20X1, o desempenho
individual e consolidado de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa para o exercício
findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas
internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards
Board (IASB) (somente nos casos em que não houver diferenças entre as duas práticas contábeis).
Outros assuntos
(*) As notas explicativas sobre práticas contábeis devem divulgar a base para elaboração da demonstração do valor
adicionado (DVA).
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
Anexo IV
Modelo de relatório do auditor independente com exemplo de alteração no último parágrafo
da seção responsabilidades do auditor independente e do parágrafo a ser incluído entre esse
parágrafo da responsabilidade do auditor e o de sua opinião no relatório para descrever a
base para emitir a opinião com ressalva. (Exemplo ilustrativo para o item 20 do Comunicado).
Neste exemplo, considera-se que a Companhia possui controladas, cujas demonstrações contábeis
não possuem ajustes materiais no resultado do exercício, nem no patrimônio líquido, fato que não
resulta em ajustes no saldo do investimento, nem no resultado de equivalência patrimonial (quando
pode ser utilizado o modelo que consta do Anexo III); entretanto, o balanço patrimonial de uma
controlada, para fins desse exemplo, inclui saldo de contas a receber totalmente registrado no ativo
13
circulante, quando parte deveria, pelo prazo de vencimento, ser registrada no ativo não circulante.
Não existe, neste exemplo, ajuste material no resultado do exercício, nem no patrimônio líquido,
somente ajustes de reclassificações entre contas de ativo no balanço da controlada, que somente
aparecem nas demonstrações contábeis consolidadas.
(Destinatário apropriado)
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com
base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a
auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as
demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa
opinião com ressalva.
14
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis individuais acima referidas apresentam
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia
ABC em 31 de dezembro de 20X1, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para
o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
Base para opinião com ressalva (*) sobre as demonstrações contábeis consolidadas
O ativo circulante das demonstrações contábeis consolidadas incluem recebíveis, vencíveis entre
400 e 500 dias após 31 de dezembro de 20X1, no montante de R$ _____ que deveriam estar
classificados no ativo não circulante. De forma similar, parte dos financiamentos no valor de R$
____ em 31 de dezembro de 20X1, mencionado na nota explicativa X, vence em 20X2 e, portanto,
deveria estar classificado no passivo circulante. Essas classificações indevidas no balanço
patrimonial consolidado afetam significativamente a apresentação das demonstrações contábeis
consolidadas da Companhia ABC.
(*)
Assumindo-se que os efeitos não estão disseminados nas demonstrações contábeis, portanto não requerem a
emissão de relatório com opinião adversa.
Em nossa opinião, exceto pelo efeito do assunto descrito no parágrafo Base para opinião com
ressalva sobre as demonstrações contábeis consolidadas, essas demonstrações contábeis
consolidadas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e
financeira consolidada da Companhia ABC em 31 de dezembro de 20X1, o desempenho
consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo
naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas
internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards
Board (IASB).
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
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RESOLUÇÃO CFC N.º 1.331/11
RESOLVE:
Presidente
Índice Item
OBJETIVO 1
ANTECEDENTES 2–4
ORIENTAÇÕES AOS AUDITORES INDEPENDENTES 5 – 13
Emissão do relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis 5–9
Considerações adicionais para emissão do relatório de auditoria 10 – 12
Modelos 13
ANEXO
Objetivo
1. Este Comunicado Técnico (CT) tem por objetivo orientar os auditores independentes na
emissão do seu relatório sobre as demonstrações contábeis de fundos de investimento
referentes aos exercícios ou períodos findos em, ou a partir de, 31 de dezembro de 2010.
Antecedentes
2. Os Fundos de Investimento nas modalidades definidas pela Instrução CVM n.º 409 (Fundos
409), os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), os Fundos de Investimento
Imobiliário (FII), os Fundos de Investimento em Participações (FIP) e outros fundos existentes
são regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que estabelece as práticas
contábeis a serem aplicadas por cada tipo de fundo de investimento, além da forma e
periodicidade de apresentação das demonstrações contábeis. Para determinadas modalidades de
fundos, essas práticas contábeis, inclusive, fazem referência às normas contábeis do Banco
Central do Brasil (BCB), e até mesmo às determinações previstas no regulamento do fundo.
3. Atualmente, a CVM está em processo de revisão das normas contábeis dos fundos de
investimento. Nesse processo, o objetivo é convergir, no que for possível, para as Normas
Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS).
5. Conforme mencionado no item 4 deste CT, os fundos de investimento devem seguir práticas
contábeis específicas para cada modalidade de fundo, as quais ainda não incorporaram
plenamente e, portanto, ainda não requerem a adoção de todas as normas editadas pelo CFC.
6. Dessa forma, a orientação contida no item 7 do Comunicado Técnico IBRACON n.º 02, de 20
de abril de 2010, que tratou sobre a emissão de Relatório de Revisão das Informações
Trimestrais durante o ano 2010 e Parecer de Auditoria das Demonstrações Contábeis
Intermediárias de Instituições Financeiras, durante o período em que não tenham sido
homologadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo BCB as normas editadas pelo
CFC, também deve ser adotada para os fundos de investimento.
7. Assim, a orientação é que a conclusão dos relatórios de auditoria a serem emitidos pelos
auditores independentes sobre as demonstrações contábeis de fundos de investimento deve
conter a expressão específica “...práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis a fundos de
investimentos [identificar o tipo de fundo]”, em substituição à expressão “...práticas contábeis
adotadas no Brasil”, que é utilizada na conclusão de relatórios de auditoria sobre as
demonstrações contábeis de entidades que adotam integralmente as normas editadas pelo CFC.
O objetivo da identificação do tipo de fundo é importante porque cada fundo possui instruções
específicas que poderão ser modificadas futuramente em momentos diferentes.
8. O Anexo deste CT contém modelo de relatório contido na NBC TA 700 adaptado à situação
específica dos fundos de investimento. Esse modelo não inclui nenhuma modificação no
relatório; portanto, no caso de ressalva, abstenção de opinião ou emissão de opinião adversa,
ou mesmo adição de outros parágrafos, devem ser consideradas as orientações contidas nas
normas NBCs TA 705 e 706.
9. Ainda com relação ao descrito no item 5 deste CT, o CFC reforça a necessidade de ampla,
completa e elucidativa divulgação das principais práticas contábeis adotadas pela
administração do fundo, entre elas os critérios de registro e mensuração dos ativos e passivos
do fundo.
12. Este CT deve ser lido em conjunto com o Comunicado Técnico CTA 02, em particular para a
situação descrita nos seus itens 24 e 25, que tratam de alterações havidas nas demonstrações
contábeis do período anterior e suas consequências.
Modelos
13. Para que se consiga uma desejada uniformidade na emissão dos relatórios por parte dos
auditores independentes, principalmente nesta fase de implementação das novas normas de
auditoria, é recomendável que os auditores independentes observem os modelos apresentados
neste CT.
Anexo
Modelo de Relatório de Auditoria sobre Demonstrações Contábeis, para os casos em que não há
necessidade de modificação do parecer.
[Destinatário apropriado]
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com
base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a
auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as
demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa
opinião.
Opinião
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
Observações
Exemplo relacionado ao item 11 deste CT para alertar os usuários das demonstrações contábeis de
que os valores correspondentes ao exercício anterior foram auditados por outros auditores
independentes.
(Obs.: Parágrafos de ênfase e de outros assuntos somente devem ser adicionados nos casos
requeridos pela NBC TA 706 – ISA 706.)
RESOLUÇÃO CFC N.º 1.332/11
RESOLVE:
Índice Item
OBJETIVO 1
FATOS 2
ENTENDIMENTO E ORIENTAÇÃO 3–6
Objetivo
1. Este Comunicado Técnico (CT) tem por objetivo orientar os auditores independentes na
emissão do seu relatório sobre as demonstrações contábeis do exercício social iniciado a partir
de 1º de janeiro de 2010 de companhias abertas que estejam apresentando, conforme facultado
pela Deliberação CVM n.º 656/11, nessas demonstrações contábeis anuais, nota explicativa
evidenciando, para cada trimestre de 2010 e de 2009, os efeitos no resultado e no patrimônio
líquido decorrentes da plena adoção das normas contábeis de 2010.
Fatos
Entendimento e orientação
3. O CFC orienta os auditores independentes que, caso não tenham sido contratados pela
companhia aberta e/ou não tenham conseguido executar satisfatoriamente procedimentos de
auditoria sobre tais informações trimestrais que são objeto de revisão, adequada divulgação
seja mencionada em nota explicativa. Conforme previsto nas normas de auditoria, os
procedimentos de confirmação de saldos, observação de inventários físicos, testes de controle e
outros poderão ser executados ou não, dependendo da época em que os serviços são
contratados. Nas circunstâncias em que não foram executados procedimentos de auditoria, por
quaisquer dos motivos mencionados anteriormente, tendo sido possível apenas a revisão das
informações divulgadas, os auditores devem solicitar à administração da companhia que, na
nota explicativa requerida pela Deliberação CVM n.º 656/11, seja mencionado que tais
informações trimestrais foram sujeitas aos procedimentos de revisão especial aplicados pelos
auditores independentes da companhia aberta de acordo com os requerimentos da CVM para
informações trimestrais (NPA 06 do Ibracon), não tendo sido, portanto, objeto de exame de
auditoria no contexto das demonstrações contábeis. O entendimento a respeito das informações
suplementares, isto é, informações adicionais ao requerido pela NBC TG 26 e IAS 1, está
baseado nos itens A49 e A50 da NBC TA 700.
4. A nota explicativa requerida pela CVM por meio da Deliberação n.º 656/11 deve ser revisada
pelos auditores independentes de acordo com o alcance aplicável para as ITRs (NPA 06 do
Ibracon). Por ser uma informação revisada e, assim, não auditada, e para evitar confundir os
usuários das demonstrações contábeis, adequada divulgação nesse sentido deve ser feita na
nota explicativa por parte da administração da companhia, conforme mencionado no item 3
anterior, portanto, sem nenhuma referência ou modificação no relatório dos auditores
independentes. A divulgação incompleta ou incorreta na nota explicativa elaborada pela
administração da companhia, inclusive quanto a eventual esclarecimento sobre o escopo do
trabalho do auditor aplicável para os itens de conciliação das ITRs, poderá resultar na inclusão
de parágrafo adicional no relatório dos auditores independentes, em “Outros assuntos”,
conforme previsto no item 10 da NBC TA 720.
5. Nessas circunstâncias, a nota explicativa em referência poderia conter uma explicação como a
seguir: “Estas informações trimestrais foram sujeitas aos procedimentos de revisão especial
aplicados pelos auditores independentes da companhia de acordo com os requerimentos da
CVM para informações trimestrais (NPA 06 do Ibracon), incluindo os ajustes decorrentes da
adoção das novas práticas contábeis, não tendo sido, portanto, sujeitas aos procedimentos de
auditoria”.
6. A falta da divulgação da nota explicativa nas demonstrações contábeis anuais de 2010 para as
companhias abertas que exercerem a opção de não reapresentar as ITRs de 2010 até a data da
divulgação das referidas demonstrações contábeis anuais pode representar descumprimento de
normas da CVM e, portanto, o auditor deve efetuar as comunicações adequadas, conforme
previsto na NBC TA 250.
RESOLUÇÃO CFC N.º 1.333/11
RESOLVE:
Índice Item
OBJETIVO 1
ANTECEDENTES 2–3
ENTENDIMENTO 4–5
ORIENTAÇÕES AOS AUDITORES INDEPENDENTES 6 – 10
Emissão de relatório de auditoria separado para demonstrações contábeis 6–9
Modelo 10
ANEXO
2
Objetivo
1. Este Comunicado Técnico (CT) tem por objetivo orientar os auditores independentes na
emissão do seu relatório sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas de
entidades supervisionadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), referentes ao
exercício findo em 31 de dezembro de 2010.
Antecedentes
Art. 2º Os Pronunciamentos Técnicos aprovados pelo CFC no ano de 2008 devem ser
observados nas demonstrações contábeis relativas ao exercício social de 2009, e são os
seguintes: CPC 01, CPC 02, CPC 03, CPC 04, CPC 05, CPC 06, CPC 07, CPC 08 e CPC
09.
Entendimento
5. Enquanto a aplicação da NBC TG 11 não for regulamentada e requerida pela ANS, não é
apropriado considerar que as demonstrações contábeis elaboradas de acordo com essas regras
transitórias da ANS, que não consideram todas as normas editadas pelo CFC, como estando
em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil, conforme definido no item 7
(Definições) da NBC TG 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis.
3
Orientações aos auditores independentes
6. Conforme mencionado nos itens 2, 4 e 5 deste CT, as normas contábeis estabelecidas pela
ANS, que devem ser utilizadas pelas entidades para elaboração das demonstrações contábeis
ainda não incorporam todas as normas emitidas pelo CFC; portanto, as práticas contábeis
adotadas por essas entidades apresentam diferenças em relação às práticas contábeis adotadas
pelas demais entidades que, por determinação de outro órgão regulador ou do próprio CFC,
forem requeridas a adotar aqueles normativos.
7. Dessa forma, a conclusão dos relatórios de auditoria a serem emitidos pelos auditores
independentes sobre as demonstrações contábeis individuais e consolidadas de entidades
supervisionadas pela ANS, elaboradas de acordo com as normas da ANS, devem usar,
temporariamente, a expressão específica: “... práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis
às entidades supervisionadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)”, em
substituição à expressão: “práticas contábeis adotadas no Brasil”, que é utilizada nas
conclusões de relatórios sobre demonstrações contábeis de entidades que adotam
integralmente as normas emitidas pelo CFC. O Anexo apresenta o modelo de relatório contido
na NBC TA 700 (ISA 700) adaptado à situação específica de entidades supervisionadas pela
ANS. Este modelo não inclui nenhuma modificação no relatório; portanto, no caso de
ressalva, emissão de opinião adversa ou abstenção de opinião ou, ainda, adição de outros
parágrafos, devem ser consideradas as orientações contidas nas normas NBCs TA 705 e 706
(ISA 705 e 706).
8. Este CT deve ser lido em conjunto com o CTA 02, quando devem ser consideradas todas as
observações lá incluídas a respeito das modificações do modelo de relatório a ser emitido
pelos auditores independentes a partir de 31 de dezembro de 2010. O assunto específico para
entidades supervisionadas pela ANS deve seguir a orientação contida neste CT.
Modelo
10. Para que se consiga uma desejada uniformidade na emissão dos relatórios por parte dos
auditores independentes, principalmente nessa fase de implementação das novas normas de
auditoria, é recomendável que os auditores independentes observem o modelo apresentado
neste CT.
4
Anexo
[Destinatário apropriado]
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com
base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a
auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as
demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa
opinião.
Opinião
Parágrafo de ênfase.
(Observação: Parágrafos de ênfase e de outros assuntos somente devem ser adicionados nos casos
requeridos pela NBC TA 706 (ISA 706). Ver exemplos nos Anexos do CTA 02).
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente].
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)].
6
RESOLUÇÃO CFC N.º 1.388/12
RESOLVE:
Índice Item
ANTECEDENTES 1–4
OBJETIVO 5
ENTENDIMENTO 6–7
ORIENTAÇÕES AOS AUDITORES INDEPENDENTES 8 – 14
MODELO 15
ANEXO
Antecedentes
3. Em 18 de março de 2011, o CFC emitiu o Comunicado Técnico CTA 07, que trata da emissão
do relatório do auditor independente sobre as demonstrações contábeis individuais e
consolidadas de entidades supervisionadas pela ANS referentes, exclusivamente, ao exercício
findo em 31 de dezembro de 2010.
Objetivo
5. Este Comunicado Técnico (CT) tem por objetivo orientar os auditores independentes na
emissão do seu relatório sobre as demonstrações contábeis individuais e consolidadas de
entidades supervisionadas pela ANS, referentes aos exercícios findos em, ou a partir de, 31 de
dezembro de 2011.
Entendimento
6. O art. 3º da IN 37 da ANS, mencionada no item 4, estabelece que na elaboração das
demonstrações contábeis relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010, devem ser
observados, além dos pronunciamentos constantes do art. 2º da referida Instrução Normativa,
os pronunciamentos técnicos aprovados pelo CFC no ano de 2009, exceto o CPC 11 –
Contratos de Seguro que será objeto de regulamentação específica da ANS, gerando
diferenças relevantes em relação às práticas contábeis adotadas no Brasil. Até o presente
momento, além da IN 47, a ANS não emitiu orientação adicional ratificando ou retificando as
diretrizes da IN 37, para as demonstrações contábeis relativas ao exercício findo em 31 de
dezembro de 2011.
9. Conforme mencionado neste Comunicado, as normas contábeis estabelecidas pela ANS que
devem ser utilizadas pelas entidades para elaboração das demonstrações contábeis ainda não
incorporam todas as normas, interpretações e comunicados técnicos do CFC; portanto, as
práticas contábeis adotadas por essas entidades apresentam diferenças em relação às práticas
contábeis adotadas pelas demais entidades que, por determinação de outro órgão regulador ou
do próprio Conselho Federal de Contabilidade, forem requeridas a adotá-las.
10. Dessa forma, a conclusão dos relatórios de auditoria a serem emitidos pelos auditores
independentes sobre as demonstrações contábeis individuais e consolidadas de entidades
supervisionadas pela ANS, elaboradas de acordo com as normas da ANS, devem usar,
temporariamente, a expressão específica: “... práticas contábeis adotadas no Brasil
aplicáveis às entidades supervisionadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS)”, em substituição à expressão: “práticas contábeis adotadas no Brasil”, que é
utilizada nas conclusões de relatórios sobre demonstrações contábeis de entidades que adotam
integralmente as normas, interpretações e comunicados técnicos do CFC. O Anexo I apresenta
o modelo de relatório contido na NBC TA 700 (ISA 700) adaptado à situação específica de
entidades supervisionadas pela ANS. Esse modelo não inclui nenhuma modificação no
relatório; portanto, no caso de ressalva, emissão de opinião adversa ou abstenção de opinião
ou, ainda, adição de outros parágrafos, devem ser consideradas as orientações contidas nas
NBCs TA 705 e 706 (ISAs 705 e 706).
12. Conforme descrito no item 1, a ANS aprovou, com exceção do CPC 11, os pronunciamentos
contábeis emitidos pelo CPC e aprovados pelo CFC. Entende-se que a NBC TG 36, que trata
da elaboração de demonstrações contábeis consolidadas foi também aprovada. Portanto,
entidades supervisionadas pela ANS que tiverem controladas, salvo se atenderem aos
requisitos do item 10 da NBC TG 36, devem também elaborar demonstrações contábeis
consolidadas. Para as entidades que devem e não elaborarem demonstrações contábeis
consolidadas conforme previsto na NBC TG 36, os auditores devem observar o Comunicado
Técnico CTA 12.
13. Caso a ANS, na condição de órgão regulador para essa indústria vier a facultar a elaboração
de demonstrações contábeis consolidadas, o entendimento descrito no item 12 acima será
objeto de nova avaliação.
14. Este Comunicado deve ser lido em conjunto com o CTA 02 e com o CTA 12 (Emissão do
Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis de Grupo Econômico
que não elaborarem demonstrações contábeis consolidadas e a controladora não se enquadrar
nos requerimentos previstos no item 10 da NBC TG 36 – Demonstrações Consolidadas).
Modelo
15. Visando a obtenção de consistência na emissão dos relatórios por parte dos auditores
independentes é recomendável que os auditores independentes observem o modelo
apresentado neste Comunicado.
Anexo
[Destinatário apropriado]
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com
base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a
auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as
demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa
opinião.
Opinião
(Observação: Parágrafos de ênfase e de outros assuntos somente devem ser adicionados nos
casos requeridos pela NBC TA 706 (ISA 706). Ver exemplos nos Anexos do CTA 02).
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente].
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)].
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador] (Alterado pela Revisão NBC 11)].
Sumário Item
OBJETIVO 1–4
REEMISSÃO DO RELATÓRIO DO AUDITOR SOBRE A REAPRESENTAÇÃO DAS 5 – 17
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EMISSÃO DO RELATÓRIO DO AUDITOR SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES 18 – 23
CONTÁBEIS DO EXERCÍCIO CORRENTE QUE INCLUEM A RETIFICAÇÃO DOS
VALORES CORRESPONDENTES, APRESENTADOS PARA FINS DE
COMPARAÇÃO, EM DECORRÊNCIA DE MUDANÇA DE POLÍTICA CONTÁBIL OU
RETIFICAÇÃO DE ERRO
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DO EXERCÍCIO ANTERIOR AUDITADAS POR 24 – 31
OUTRO AUDITOR
EMISSÃO DO RELATÓRIO DO AUDITOR ANTECESSOR SOBRE OS VALORES 32 – 38
CORRESPONDENTES RETIFICADOS QUE ESTÃO SENDO APRESENTADOS,
PARA FINS DE COMPARAÇÃO, NO CONJUNTO COMPLETO DAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS AUDITADAS DO EXERCÍCIO CORRENTE PELO
AUDITOR SUCESSOR
REVISÃO DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS INTERMEDIÁRIAS QUE 39 – 49
CONSIDERAM A ADOÇÃO DE NOVAS POLÍTICAS CONTÁBEIS OU RETIFICAÇÃO
DE ERRO
VALORES CORRESPONDENTES 50 – 51
MODELOS DE RELATÓRIOS DO AUDITOR E RESPECTIVAS DATAS 52 – 53
VIGÊNCIA
APÊNDICES de 1 a 6
OBJETIVO
1. Este Comunicado Técnico tem por objetivo orientar os auditores na emissão do seu relatório
de auditoria (ou de revisão) sobre as demonstrações contábeis (ou informações contábeis
intermediárias) e sobre os procedimentos de auditoria (ou de revisão) requeridos quando
ocorrer a reapresentação de demonstrações contábeis ou de informações contábeis
intermediárias completas ou a retificação dos valores correspondentes.
2. Este Comunicado apresenta orientações específicas, aborda os procedimentos de auditoria
ou revisão aplicáveis, bem como discute como deve ser tratada cada uma das situações
abaixo descritas:
Reemissão do relatório do auditor em decorrência da reapresentação das demonstrações
contábeis (ou das informações contábeis intermediárias), que ocorre quando são emitidas
novas demonstrações contábeis (ou novas informações contábeis intermediárias) em
substituição àquelas originalmente apresentadas (itens 6 a 18).
Emissão do relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis do exercício corrente
(ou informações contábeis intermediárias do período corrente), que incluem a retificação
dos valores correspondentes, apresentados para fins de comparação, em decorrência da
mudança de política contábil ou retificação de erro (itens 18 a 31);
Emissão do relatório de auditor antecessor sobre os valores correspondentes retificados
que estão sendo apresentados, para fins de comparação, no conjunto completo das
demonstrações contábeis auditadas do exercício corrente (ou informações contábeis
intermediárias revisadas do período corrente) pelo auditor sucessor (itens 32 a 38).
Emissão do relatório de revisão das informações contábeis intermediárias, que consideram
a adoção de novas políticas contábeis, decorrentes de mudanças introduzidas pelos
novos pronunciamentos contábeis (itens 39 a 49).
5. As demonstrações contábeis podem ser reapresentadas por diversas razões. Por exemplo,
se o auditor tomar conhecimento de circunstâncias ou eventos que afetem as
demonstrações contábeis de exercícios anteriores, o auditor deve considerar essas
circunstâncias ou eventos para emitir novo relatório sobre as demonstrações contábeis de
exercícios anteriores, conforme previsto na NBC TA 560 – Eventos Subsequentes, itens 14
a 17. Outro exemplo ocorre quando o auditor emitiu anteriormente relatório contendo opinião
com ressalva, abstenção de opinião ou opinião adversa sobre as demonstrações contábeis
do exercício anterior, e essas demonstrações contábeis forem reapresentadas com o
objetivo de eliminar os assuntos que deram origem à opinião com ressalva, abstenção de
opinião ou opinião adversa. O novo relatório do auditor sobre essas demonstrações
contábeis reapresentadas deve incluir um parágrafo de outros assuntos para descrever os
motivos da reapresentação e indicar que o relatório anteriormente emitido está sendo
substituído por um novo relatório.
6. Por outro lado, conforme item A14 da NBC TA 560, “pode ser que não haja exigência da
legislação ou regulamentação para que a administração reapresente demonstrações
contábeis. Esse é frequentemente o caso quando a emissão das demonstrações contábeis
para o período seguinte é iminente, desde que sejam feitas as divulgações apropriadas
nessas demonstrações.”. Nesse caso, como não será feita a reapresentação das
demonstrações contábeis, mas apenas dos valores correspondentes retificados incluídos
nas demonstrações contábeis do ano corrente para fins de comparação, os auditores devem
observar as orientações contidas nos itens 18 a 31.
11. O parágrafo de ênfase deve conter (a) a data do relatório originalmente emitido pelo auditor,
(b) o tipo de relatório originalmente emitido, (c) as circunstâncias ou eventos que levaram o
auditor a emitir novo relatório que pode ser diferente daquele originalmente emitido, e (d)
que o novo relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis reapresentadas substitui
o originalmente emitido. O quadro a seguir apresenta um exemplo de parágrafo de ênfase
que deve ser adaptado às circunstâncias específicas do trabalho.
12. Conforme mencionado no item 8, quando da reemissão do novo relatório pelo auditor
referente às demonstrações contábeis reapresentadas, o auditor não pode utilizar a dupla
data em seu relatório. Dessa forma, ele deve planejar e executar procedimentos de auditoria
para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente de que todos os eventos ocorridos
entre a data das demonstrações contábeis e a data de seu novo relatório de auditoria, que
precisam ser, eventualmente, ajustados ou divulgados nas demonstrações contábeis, foram
identificados e considerados nas demonstrações contábeis reapresentadas, conforme
requerido na NBC TA 560.
12. O auditor deve revisar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo
(e, se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações,
saldos contábeis ou divulgação) no caso de tomar conhecimento de informações durante a
auditoria que teriam levado o auditor a determinar inicialmente um valor (ou valores)
diferente (ver item A14).
14. Além dos aspectos mencionados no item 11, a administração da entidade deve incluir, na
nova carta de representação a ser fornecida ao auditor, declaração específica de que ela
considerou todos os eventos subsequentes ocorridos entre a data original até a nova data
de aprovação das demonstrações contábeis.
15. Por sua vez, o auditor deve considerar as providências tomadas pela administração da
entidade para garantir que todos aqueles que tiveram acesso às demonstrações contábeis
originalmente divulgadas tenham acesso, de forma similar, às demonstrações contábeis
representadas. O item 17 da NBC TA 560 apresenta orientações específicas que devem ser
observadas pelo auditor, incluindo a notificação formal aos administradores da entidade.
16. De forma similar às demonstrações contábeis anuais pode ocorrer também reapresentação
das informações contábeis intermediárias, por exemplo, das Informações Trimestrais (ITR)
requeridas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Essa reapresentação pode
requerer a reemissão de relatório de revisão originalmente emitido em decorrência da
reapresentação das ITR.
18. Nas circunstâncias mencionadas no item 6, ajustes para correção de erros ou de mudanças
nas políticas contábeis devem ser feitos de forma retrospectiva, por meio da retificação dos
valores correspondentes apresentados nas demonstrações contábeis do exercício corrente.
38. A menos que norma, interpretação ou comunicado técnico permita ou exija de outra
forma, a entidade deve divulgar informação comparativa com respeito ao período anterior
para todos os montantes apresentados nas demonstrações contábeis do período corrente.
Também deve ser apresentada de forma comparativa a informação narrativa e descritiva
que vier a ser apresentada quando for relevante para a compreensão das demonstrações do
período corrente.
38A. A entidade deve apresentar como informação mínima dois balanços patrimoniais, duas
demonstrações do resultado e do resultado abrangente, duas demonstrações do resultado
(se apresentadas separadamente), duas demonstrações dos fluxos de caixa, duas
demonstrações das mutações do patrimônio líquido e duas demonstrações do valor
adicionado (se apresentadas), bem como as respectivas notas explicativas.
40B. Nas circunstâncias descritas no item 40A, a entidade deve apresentar três balanços
patrimoniais no:
(a) final do período corrente;
(b) final do período anterior; e
(c) no início do período precedente.
20. Para fins da Escrituração Contábil Digital (ECD), os ajustes retrospectivos devem ser
contabilizados como ajustes de exercícios anteriores na conta de lucros ou prejuízos
acumulados (Art. 186 da Lei n.º 6.404) do exercício corrente, não sendo permitida a
retificação da ECD de período ou períodos anteriores para a correção de erros ou mudança
1
Considerações contidas nesta seção aplicam-se também aos escopos de revisão das informações contábeis
intermediárias elaboradas de acordo com a NBC TG 21 (IAS 34).
de política contábil. Entretanto, tais ajustes devem ser considerados nos valores
correspondentes, para fins de apresentação nas demonstrações contábeis, sempre que for
praticável, nos termos da NBC TG 23.
21. Esses ajustes e/ou reclassificações necessários nos valores correspondentes que estão
sendo retificados devem ser divulgados em nota explicativa às demonstrações contábeis,
sempre que relevantes, indicando de forma clara que se trata da retificação dos valores
correspondentes.
24. Em conformidade com o item 13 da NBC TA 710, o relatório do auditor sucessor deve
especificar no parágrafo de Outros Assuntos que as demonstrações contábeis do exercício
anterior foram examinadas pelo auditor antecessor, o tipo de opinião expressa pelo auditor
antecessor e, se essa opinião conteve, ou não, modificação, as razões para a modificação,
quando aplicável; e a data desse relatório.
25. Quando os valores correspondentes, apresentados para fins de comparação, estão sendo
retificados em decorrência de correção de erro ou de mudança de política contábil e,
ocorreu a troca de auditores, as informações que estão sendo retificadas não são mais
aquelas que foram auditadas pelo auditor antecessor. Nessa situação, surge a necessidade
de o auditor sucessor observar, adequadamente, os procedimentos necessários ao emitir
seu relatório sobre as demonstrações contábeis do exercício corrente.
26. De acordo com o item 18 da NBC TA 710, quando o auditor sucessor conclui que existe
distorção sobre a qual o auditor antecessor emitiu relatório sem modificação, o auditor
sucessor deve comunicar a distorção para o nível apropriado da administração da entidade
e para os responsáveis pela governança, quando estes forem membros distintos da
administração e solicitar que o auditor antecessor seja informado sobre o fato. Essa
comunicação é requerida para assegurar que o auditor antecessor esteja ciente das
alterações que estão sendo efetuadas nas demonstrações contábeis que foram
anteriormente auditadas por ele.
27. Este Comunicado recomenda a formalização da comunicação do auditor sucessor com a
administração para evitar eventuais problemas futuros, principalmente, mas não limitado, ao
caso em que as demonstrações contábeis que foram alteradas por meio da retificação dos
valores correspondentes, venham a ser utilizadas, por exemplo, em prospectos de ofertas
públicas, que requeiram emissão de carta conforto pelo auditor antecessor. Este
Comunicado alerta, também, aos auditores sucessores que essa comunicação deve ser
também considerada naqueles casos de reclassificações relevantes que a administração da
entidade possa efetuar nos valores correspondentes, pois, de forma análoga, as
reclassificações relevantes também podem provocar problemas na utilização futura dessas
informações alteradas em prospectos de ofertas públicas. Outros aspectos que também
contribuem para que o auditor antecessor seja recontratado para auditar os ajustes sobre as
informações originalmente auditadas estão relacionados à materialidade, à complexidade e
à abrangência dos ajustes e aos riscos de auditoria associados.
28. Para a situação do item anterior, uma alternativa é a recontratação do auditor antecessor
para auditar as demonstrações contábeis reapresentadas, observados os requerimentos dos
itens 5 a 17. Outra seria, uma vez que em muitos casos não existe determinação de
reapresentação completa das demonstrações contábeis, a administração recontratar o
auditor antecessor para auditar apenas os valores correspondentes retificados,
apresentados nas demonstrações contábeis do exercício corrente, quando a emissão das
demonstrações contábeis for iminente ou, eventualmente, nem ser contratado. Esta parte do
Comunicado trata apenas do relatório do auditor sucessor. As orientações ao auditor
antecessor estão apresentadas nos itens de 32 a 38.
29. Conforme mencionado no item 25, quando o auditor antecessor emitir o relatório sobre os
valores correspondentes retificados que serão apresentados, para fins de comparação, nas
demonstrações contábeis do exercício corrente, não mais representam os valores que foram
originalmente auditados pelo auditor antecessor, portanto, o auditor sucessor não pode fazer
menção no seu relatório aquele relatório originalmente emitido e, sim, ao novo relatório
emitido pelo auditor antecessor. Essa menção é feita no parágrafo de Outros Assuntos,
conforme exemplo constante do quadro apresentado a seguir, que deve ser adaptado à
situação específica.
30. A NBC TA 710 também prevê que o auditor antecessor pode não ter condição ou pode não
ter sido contratado pela administração para reemitir o relatório de auditoria sobre os valores
correspondentes retificados. Nessas circunstâncias, que deve ser em caráter excepcional,
quando avaliados todos os fatores aplicáveis, tais como, mas não limitado à (i) perspectiva
da companhia efetuar oferta pública que requeira emissão de carta conforto dos auditores,
(ii) materialidade, (iii) riscos de auditoria e (iv) complexidade e abrangência dos ajustes, o
auditor sucessor, conforme já mencionado no item 27, em conjunto com a administração da
companhia e mediante prévia comunicação formal com o auditor antecessor pode assumir a
responsabilidade pelos ajustes decorrentes da aplicação da nova política contábil ou
retificação de erro, considerando a aplicação do item A11 da NBC TA 710. Conforme o item
A12 da NBC TA 710, o parágrafo de Outros Assuntos no relatório do auditor sucessor pode
indicar: “que o auditor independente antecessor emitiu relatório sobre as demonstrações
contábeis do período anterior antes da alteração. Além disso, se o auditor sucessor for
contratado e obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente para se satisfazer quanto
à adequação da alteração, o seu relatório pode, também, incluir o parágrafo” constante do
quadro abaixo:
34. Em decorrência da troca de auditores, o auditor antecessor não tem mais o relacionamento
contínuo que tinha anteriormente com a entidade e, dessa forma, ele possui conhecimento
restrito das atividades correntes de seu antigo cliente para examinar e concluir sobre todos
os eventos subsequentes ocorridos até a data do relatório a ser emitido sobre os valores
correspondentes retificados, representando um risco que deve ser considerado pelo auditor
antecessor em cada situação específica. Antes de aceitar ser contratado para auditar os
ajustes dos valores correspondentes, o auditor antecessor deve avaliar os aspectos
relacionados com a independência profissional.
35. Esse risco é mitigado, mas não eliminado, pela adoção dos seguintes procedimentos pelo
auditor antecessor (em complemento aos demais procedimentos requeridos pela NBC TA
560):
leitura das demonstrações contábeis do exercício corrente, que apresentam os valores
correspondentes que estão sendo retificados;
comparação dos valores correspondentes sobre os quais seu relatório de auditoria está
sendo emitido com as demonstrações contábeis examinadas anteriormente e com as
demonstrações contábeis do exercício corrente;
identificação das variações relevantes que possam requerer indagações tanto à
administração da entidade como aos seus auditores atuais;
obtenção de nova e atual carta de representação da administração de seu antigo cliente.
Essa carta deve indicar, entre outros aspectos: (i) se alguma informação chegou ao
conhecimento da administração que a levasse a acreditar que qualquer representação
fornecida anteriormente devesse ser modificada; (ii) as respostas da administração às
indagações provenientes de variações relevantes identificadas conforme inciso (i); e (iii)
se ocorreu qualquer evento subsequente à data do último balanço patrimonial auditado
pelo auditor antecessor que pudesse requerer ajustes ou divulgações nesses valores
correspondentes sobre os quais o auditor antecessor está emitindo seu relatório; e
obtenção de carta de representação dos auditores sucessores que estão auditando ou
auditaram as demonstrações contábeis do exercício corrente. Essa carta de
representação deve indicar se o auditor sucessor identificou qualquer assunto que, na
opinião dele, pudesse ter efeito significativo ou requerer divulgações adicionais em
relação aos valores correspondentes retificados que estão sendo ou foram auditados pelo
auditor antecessor.
37. Além dos aspectos relacionados com os eventos subsequentes, o auditor antecessor deve
considerar também os aspectos da materialidade utilizada na auditoria das demonstrações
contábeis originais e sua adequação para os valores ajustados constantes das informações
alteradas (ver item 13).
38. Quando as demonstrações contábeis do exercício anterior tiverem sido auditadas por outro
auditor e ele for contratado para emitir um relatório sobre os valores correspondentes
retificados, para que haja uniformidade dos procedimentos e relatórios, recomenda-se que o
auditor antecessor utilize o modelo apresentado no Apêndice 1.
39. Conforme item 10(f) da NBC TG 26, o conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:
... balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado,
quando a entidade aplicar uma política contábil retrospectivamente ou proceder à
reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou quando proceder à
reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis de acordo com os itens 40A a
40D”.
40. Dessa forma, nos casos em que for aplicável a adoção de nova política contábil ou
retificação de erro, a companhia deve apresentar, além dos saldos trimestrais do ano
corrente, os valores correspondentes que devem conter os efeitos das mudanças nas
políticas contábeis ou da correção do erro. Para fins ilustrativos, considere que o exercício
corrente seja 20X3:
balanço patrimonial em 31/12/20X2;
demonstrações do resultado, do resultado abrangente, dos fluxos de caixa, das mutações
do patrimônio líquido e do valor adicionado do período comparativo de 20X2.
41. Tendo em vista que os saldos de abertura são a base para a apuração do resultado e para a
adequada elaboração dessa demonstração e das demais demonstrações contábeis,
recomenda-se fortemente que sejam aplicados procedimentos de auditoria, e não apenas de
revisão, já nos trabalhos de revisão do primeiro trimestre do ano corrente, sobre os saldos
de abertura referentes aos balanços patrimoniais retificados para as datas base de 31 de
dezembro de 20X2 e de 1º de janeiro de 20X2, de forma a se terem saldos de abertura
definitivos que servirão de base para apuração das demais demonstrações contábeis e
informações contábeis intermediárias de 20X3 e dos respectivos valores correspondentes.
42. Essa providência tem como objetivo evitar que se deixe para auditar esses saldos de
abertura por ocasião do encerramento do exercício corrente de 20X3, quando se correria o
risco de apurar saldos diferentes de abertura daqueles utilizados na elaboração das
informações trimestrais ao longo do exercício corrente, acarretando a necessidade de se
proceder a novas alterações e reapresentações dessas informações trimestrais, quando
apropriado. Outro aspecto a ser observado é a independência do auditor antecessor que
deve estar preservada na data de emissão do relatório e esse é mais um fator a ser
considerado para concluir todos os procedimentos de auditoria/revisão dos valores
correspondentes. Devemos lembrar que o auditor antecessor somente pode emitir relatórios
sobre os valores correspondentes retificados quando referidos valores forem divulgados,
seja em notas explicativas, ou em relatórios para fins de comparação, ou no conjunto
completo de demonstrações/informações contábeis e financeiras.
43. Nos casos em que não ocorrer troca de auditores no exercício corrente, ou seja, os valores
correspondentes forem auditados e revisados pelo mesmo auditor, os procedimentos de
auditoria devem ser planejados e executados de forma a permitir que no momento da
emissão do relatório das ITR, o auditor possa ter condições de incluir em seu relatório sobre
as ITR do ano corrente, parágrafo adicional, conforme previsto no item 10, mencionando os
ajustes aplicáveis aos saldos de 31 de dezembro de 20X2 e de 1º de janeiro de 20X2 (sendo
que no caso dos saldos de 1º de janeiro de 20X2, eles podem, ou não, ser divulgados em
notas explicativas, já que sua exigência não é mandatória para as ITRs). O Apêndice 2
apresenta modelo de relatório a ser seguido.
44. Quando houver troca de auditores no exercício corrente, o auditor sucessor deve aplicar as
orientações contidas no item 26 e discutir e planejar com a administração da companhia
para que ela obtenha, em tempo hábil, o relatório do auditor antecessor sobre os valores
correspondentes ajustados para cumprir com o prazo para o arquivamento das ITRs.
45. Por sua vez, o auditor antecessor deve aplicar as orientações contidas nos itens 32 a 38, de
forma a apresentar para a companhia seu relatório contendo opinião sobre os valores
correspondentes retificados relativos ao exercício de 20X1, bem como sua conclusão sobre
a revisão dos valores correspondentes de cada trimestre de 20X2 a serem incluídos nas
ITRs de 20X3 e sobre o qual o auditor sucessor fará menção em seu relatório no parágrafo
de Outros Assuntos. O Apêndice 5 apresenta modelo de relatório de revisão.
46. Conforme mencionado no item 40, esse tema requer atenção imediata (revisão da primeira
ITR de 20X3), de forma a se ter o adequado e prévio planejamento, porque a companhia e o
auditor antecessor devem, entre outros fatores, avaliar as questões de independência para
poderem contratar os referidos trabalhos.
47. Um fato importante que deve ser considerado no momento da análise a respeito de quem
fará os procedimentos de auditoria sobre os valores correspondentes é a eventual
necessidade da elaboração, no futuro, de prospectos para ofertas de instrumentos de dívida
ou de patrimônio líquido. É comum a solicitação de “carta conforto” ao auditor antecessor
sobre os saldos divulgados em prospectos e, para isso, é importante considerar que
somente o auditor que auditou a transação e o saldo inicial, mais os ajustes aplicáveis, é
que terá condições de fornecer a carta conforto sobre os valores correspondentes
retificados.
48. Nos termos dos itens A10 e A33 da NBC TA 701, os Principais Assuntos de Auditoria (PAA)
se limitam aos assuntos de maior importância no exercício corrente. Dessa forma,
considerando o objetivo dos relatórios de auditoria apresentados nos Apêndices 1 e 4,
emitidos pelo auditor antecessor no contexto de valores correspondentes apresentados para
fins de comparação no conjunto completo das demonstrações contábeis do exercício
corrente, sobre o qual o auditor sucessor deve fazer menção em seu relatório no parágrafo
de Outros Assuntos, o auditor antecessor não é requerido a incluir a seção Principais
Assuntos de Auditoria em seus relatórios (Apêndices 1 e 4). Cabe ao auditor sucessor
reportar os PAAs no relatório do exercício corrente. Essa exceção não se aplica para os
casos de reapresentação completa das demonstrações contábeis e do relatório do auditor
antecessor.
49. As orientações contidas nos itens 39 a 48 aplicam-se à revisão das informações contábeis
intermediárias para companhias, porém, podem ser utilizadas para outros tipos de entidades
e para outros trabalhos de revisão, por exemplo, NBC TR 2400. Para tanto, adaptações aos
modelos de relatório devem ser efetuadas em cada circunstância.
VALORES CORRESPONDENTES
50. No Brasil, os itens de 2.24 a 2.29 da Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro
destacam a maior utilidade das informações contábeis, caso elas possam ser comparáveis
com os valores correspondentes. Por seu lado, a Lei das Sociedades Anônimas exige a
apresentação de cifras correspondentes. As normas brasileiras e internacionais de auditoria
adotam para fins de emissão de relatório de auditoria, a abordagem de valores
correspondentes, ou seja, expressando opinião somente sobre o ano corrente.
51. De acordo com item 10 da NCB TA 710, quando são apresentados os valores
correspondentes, a opinião do auditor não deve mencionar os valores correspondentes,
exceto em determinadas circunstâncias descritas na NBC TA 710. Assim, somente o
relatório do auditor do período corrente deve acompanhar as demonstrações contábeis e,
quando o período anterior tiver sido auditado/revisado por outro auditor, o relatório do
auditor sucessor deve conter parágrafo de Outros Assuntos mencionando esse fato.
52. Em função da interdependência para conclusão dos trabalhos, entendemos que a data de
emissão dos relatórios dos auditores antecessor e sucessor deve coincidir com a data da
aprovação das demonstrações contábeis / informações contábeis intermediárias pela
administração.
Para que se consiga a uniformidade na emissão dos relatórios, este Comunicado inclui nos
Apêndices modelos de relatório a serem utilizados pelos auditores. Inclui também modelo de
carta de representação do auditor sucessor para o auditor antecessor.
Vigência
Este Comunicado entra em vigor na data de sua publicação, revogando o CTA 18, publicado
no DOU, seção 1, de 31/7/2013.
APÊNDICE 1
Opinião
Examinamos os valores correspondentes individuais e consolidados [adaptar conforme o caso]
da [nome da entidade] (“Companhia”) que compreendem os balanços patrimoniais em 31 de
dezembro de 20X2 e em 1º de janeiro de 20X22 e as respectivas demonstrações do resultado, do
resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício
findo em 31 de dezembro de 20X2, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o
resumo das principais políticas contábeis. Esses valores correspondentes estão sendo
apresentados, para fins de comparação, no conjunto completo das demonstrações contábeis do
exercício findo em 31 de dezembro de 20X3.
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.
Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir
intitulada “Responsabilidades dos auditores pela auditoria dos valores correspondentes individuais
e consolidados”. Somos independentes em relação à Companhia e suas controladas, de acordo
com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas
normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as
demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de
auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
2
Adaptar para os casos onde a opinião é requerida somente para o(s) balanço(s).
Os valores correspondentes relativos às demonstrações individual e consolidada do valor
adicionado (DVA) referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 20X2, elaboradas sob a
responsabilidade da administração da Companhia, e apresentadas como informação suplementar
para fins de IFRS, foram submetidos a procedimentos de auditoria executados em conjunto com a
auditoria das demonstrações contábeis da Companhia. Para a formação de nossa opinião,
avaliamos se esses valores correspondentes estão conciliados com os demais valores
correspondentes e registros contábeis, conforme aplicável, e se a sua forma e conteúdo estão de
acordo com os critérios definidos na NBC TG 09 – Demonstração do Valor Adicionado. Em nossa
opinião, esses valores correspondentes relativos às demonstrações do valor adicionado foram
adequadamente elaborados, em todos os aspectos relevantes, segundo os critérios definidos
nessa Norma e são consistentes em relação às demonstrações contábeis individuais e
consolidadas tomadas em conjunto.
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que os valores correspondentes individuais e
consolidados, tomados em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se
causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança
razoável é um alto nível de segurança, mas, não, uma garantia de que a auditoria realizada de
acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais
distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são
consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de
uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas
demonstrações contábeis.
3
O modelo acima considera que a entidade irá também apresentar as informações correspondentes ajustadas, para fins
de comparação, no Relatório da Administração do ano corrente. O auditor deve adaptar a redação da seção de Outras
informações de forma a manter a consistência à menção das informações correspondentes ao ano anterior.
Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nos valores correspondentes
individuais e consolidados, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e
executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos
evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não
detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já
que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão
ou representações falsas intencionais.
Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos
procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de
expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia e suas
controladas.
Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas
contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.
Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade
operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em
relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à
capacidade de continuidade operacional da Companhia e suas controladas. Se concluirmos
que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para
as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis individuais e consolidadas ou incluir
modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões
estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório.
Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia e suas controladas a não
mais se manterem em continuidade operacional.
Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo dos valores correspondentes
apresentados nas demonstrações contábeis, inclusive as divulgações, e se os valores
correspondentes individuais e consolidados representam as correspondentes transações e os
eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.
Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras
das entidades ou atividades de negócio do grupo para expressar uma opinião sobre os valores
correspondentes individuais e consolidados. Somos responsáveis pela direção, supervisão e
desempenho da auditoria do grupo e, consequentemente, pela opinião de auditoria.
Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as
exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos
todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa
independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas.4
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
APÊNDICE 2
4
Conforme itens 40(b) e (c) da NBC TA 700 (ISA 700), esse parágrafo deve ser incluído apenas quando se tratar de
entidade listada ou por requisito de leis ou regulamentos.
MODELO DE RELATÓRIO SOBRE A REVISÃO DAS ITRS QUANDO HÁ ALTERAÇÃO DE
POLÍTICA CONTÁBIL OU CORREÇÃO DE ERRO, SENDO O MESMO AUDITOR PARA TODOS
OS PERÍODOS
Introdução
Alcance da revisão
Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar
que as informações contábeis intermediárias individuais incluídas nas informações trimestrais
acima referidas não foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a NBC
TG 21 aplicável à elaboração de Informações Trimestrais (ITRs) e apresentadas de forma
condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar
que as informações contábeis intermediárias consolidadas incluídas nas informações trimestrais
acima referidas não foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a NBC
TG 21 e o IAS 34 aplicáveis à elaboração de Informações Trimestrais (ITRs) e apresentadas de
forma condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Ênfase – Reapresentação dos valores correspondentes
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
APÊNDICE 3
Introdução
Alcance da revisão
Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar
que as informações contábeis intermediárias individuais incluídas nas informações trimestrais
acima referidas não foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a NBC
TG 21 aplicável à elaboração de Informações Trimestrais (ITRs) e apresentadas de forma
condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar
que as informações contábeis intermediárias consolidadas incluídas nas informações trimestrais
acima referidas não foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a NBC
TG 21 e a IAS 34 aplicáveis à elaboração de Informações Trimestrais (ITRs) e apresentadas de
forma condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Outros assuntos
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
APÊNDICE 4
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.
Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir
intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria dos valores correspondentes individuais e
consolidados”. Somos independentes em relação à Companhia e suas controladas, de acordo
com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas
normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as
demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de
auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que os valores correspondentes individuais e
consolidados, tomados em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se
causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança
razoável é um alto nível de segurança, mas, não, uma garantia de que a auditoria realizada de
acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais
distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são
6
O modelo acima considera que a entidade irá também apresentar as informações correspondentes ajustadas, para fins
de comparação, no Relatório da Administração do ano corrente. O auditor deve adaptar a redação da seção de Outras
informações de forma a manter a consistência à menção das informações correspondentes ao ano anterior.
consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de
uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas
demonstrações contábeis.
Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as
exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos
todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa
independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas.7
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
7
Conforme itens 40(b) e (c) da NBC TA 700 (ISA 700), esse parágrafo deve ser incluído apenas quando se tratar de
entidade listada ou por requisito de leis ou regulamentos.
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
APÊNDICE 5
Introdução
8 Esse modelo também é aplicável, com as adaptações correspondentes, para os casos de correção de erros.
consequentemente, não nos permitiu obter segurança de que tomamos conhecimento de todos os
assuntos significativos que poderiam ser identificados em uma auditoria. Portanto, não
expressamos uma opinião de auditoria.
Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar
que os valores correspondentes relativos às informações contábeis intermediárias individuais
incluídos nas informações trimestrais acima referidas não foram elaborados, em todos os
aspectos relevantes, de acordo com a NBC TG 21 aplicável à elaboração de Informações
Trimestrais (ITRs) e apresentadas de forma condizente com as normas expedidas pela Comissão
de Valores Mobiliários.
Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar
que os valores correspondentes relativos às informações contábeis intermediárias consolidadas
incluídos nas informações trimestrais acima referidas não foram elaborados, em todos os
aspectos relevantes, de acordo com a NBC TG 21 e a IAS 34 aplicáveis à elaboração de
Informações Trimestrais (ITRs) e apresentados de forma condizente com as normas expedidas
pela Comissão de Valores Mobiliários.
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
APÊNDICE 6
9
Conforme o item 31 deste Comunicado, a ênfase pode ou não ser incluída de acordo com o julgamento do auditor.
Referimo-nos às demonstrações contábeis [individuais e consolidadas] da Companhia ABC
("Companhia"), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 20X3, e fornecemos esta
carta em conexão com o relatório de auditoria que V.Sas. foram solicitados a emitir em relação
aos valores correspondentes relativos às demonstrações contábeis [individuais e consolidadas] da
Companhia, em 31 de dezembro de 20X2, elaboradas de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil [e/ou normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), ou outra estrutura
contábil adequada], incluídas, para fins de comparação, nas demonstrações contábeis [individuais
e consolidadas] referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 20X3.
Sumário Item
INTRODUÇÃO 1–3
OBJETIVO 4
CARTA DE CONTRATAÇÃO COM O EMISSOR E COM O COORDENADOR 5–8
DA OFERTA
CARTA-CONFORTO 9 – 33
CARTA DE REPRESENTAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO 34 – 36
OFERTA NO EXTERIOR 37 – 39
VIGÊNCIA 40
ANEXO I – MODELO DE CARTA-CONFORTO
ANEXO II – MODELO DE CARTA-CONFORTO DE ATUALIZAÇÃO –
LIQUIDAÇÃO DE OFERTA
ANEXO III – MODELO DE CARTA DE REPRESENTAÇÃO DA
ADMINISTRAÇÃO PARA EMISSÃO DE CARTA-CONFORTO
ANEXO IV – MODELO DE CARTA DE REPRESENTAÇÃO DO AUDITOR
SUCESSOR PARA O AUDITOR ANTECESSOR PARA A EMISSÃO DE
CARTA-CONFORTO
Introdução
1. Este Comunicado Técnico tem como objetivo orientar os auditores independentes quanto aos
procedimentos que devem ser observados quando o auditor independente for contratado para
emitir Cartas-Conforto em conexão com o processo de oferta de títulos e valores mobiliários.
2. Considerando a solicitação efetuada pelos coordenadores da oferta (a seguir definido como
"Coordenador da Oferta") para que os auditores independentes do emissor1 (a seguir definido
como “Emissor”) de títulos e valores mobiliários forneçam um relatório de constatações
factuais por meio de Carta-Conforto (Cartas-Conforto) e, subsequentemente, cartas de
atualização de conforto (exemplificada no Anexo II – em conjunto Cartas-Conforto) como
parte do processo de diligência (due diligence) conduzido pelo Coordenador da Oferta, este
Comunicado descreve os procedimentos que devem ser observados pelo auditor independente
para a emissão dessas Cartas-Conforto em captações de recursos efetuadas por entidades
brasileiras e estrangeiras (aqui definidos como "emissões brasileiras") no Brasil por meio de
títulos e valores mobiliários, que incluem ações, debêntures, bônus, títulos de dívidas ou
quaisquer outras formas de valores mobiliários reconhecidas no mercado financeiro.
3. Apesar de normas com relação à emissão de Cartas-Conforto já terem sido divulgadas por
órgãos que regulamentam a profissão de auditoria independente em outros países, como, por
exemplo, nos Estados Unidos da América pelo American Institute of Certified Public
Accountants (AICPA), nas normas denominadas Statement on Auditing Standards (SAS),
números 72, 76 e 86, refletidas na AU 634 e sua interpretação AU 9634 – Letters for
Underwriters and Certain Other Requesting Parties e na AU-C Section 920 – Letters for
Underwriters and Certain Other Requesting Parties, e na Europa pela International Capital
Market Association (ICMA), podendo estas serem utilizadas pelos profissionais de auditoria
no Brasil para ofertas de títulos e valores mobiliários em outros países, uma norma brasileira
torna-se necessária para que haja adaptação das normas internacionais às condições e às
circunstâncias legais, bem como profissionais, específicas da profissão de auditoria
independente no Brasil, assim como a consistência entre os auditores independentes
brasileiros no que tange aos procedimentos e aos formatos adotados na elaboração das Cartas-
Conforto, inclusive quanto aos aspectos relacionados à carta de contratação e à carta de
representação da administração.
Objetivo
4. O objetivo da emissão de Carta-Conforto pelo auditor independente é o de auxiliar o
Coordenador da Oferta envolvido com a oferta dos títulos e valores mobiliários como parte do
processo de diligência, diligência essa de responsabilidade do Coordenador da Oferta.
6. A Carta de Contratação celebrada com o Emissor e com o Coordenador da Oferta deve definir
claramente o alcance dos trabalhos e as responsabilidades do auditor independente em relação
aos serviços a serem por ele prestados na oferta, relacionados com a emissão das Cartas-
Conforto. Esse procedimento é consistente com o item 9 da NBC TSC 4400, que prevê que "o
auditor independente deve certificar-se que os representantes da entidade e, eventualmente,
1
Pode haver situações em que a Carta-Conforto contempla informações contábeis da entidade, que não necessariamente
seja o emissor dos títulos e valores mobiliários, como, por exemplo, nos casos da utilização de informações contábeis de
empresas adquiridas, de garantidores, etc.
2
outras partes específicas que serão destinatárias de cópia do relatório, têm entendimento
claro dos procedimentos acordados e dos termos do trabalho". Este Comunicado trata e
discute os aspectos relacionados exclusivamente à atuação do auditor independente no
processo de emissão de Cartas-Conforto e outros documentos inerentes a ofertas de títulos e
valores mobiliários no Brasil por entidades brasileiras ou estrangeiras.
3
(d) Declaração de que os trabalhos a serem realizados pelo auditor independente referem-se
somente à oferta identificada na Carta de Contratação.
(e) Definição do alcance do trabalho para a emissão de Carta-Conforto.
(f) Definição de que o auditor independente não assume qualquer responsabilidade pela
suficiência dos procedimentos a serem realizados e reportados na Carta-Conforto.
(g) Restrição de utilização, circulação e citação das Cartas-Conforto a terceiros não
signatários do contrato de distribuição, ou documentos similares, e da Carta de
Contratação, exceto em atendimento a decisões judiciais, arbitrais, ou por exigência de
Lei ou do órgão/entidade regulador ou autorregulador e outros terceiros, desde que
acordado na Carta de Contratação, uma vez que as Cartas-Conforto serão emitidas
exclusivamente para fins de informação de seus destinatários e para auxiliar o
Coordenador da Oferta em parte do processo de diligência conduzido pelo Coordenador
da Oferta em conexão com a oferta.
(h) Descrição quanto ao fato de que os trabalhos efetuados pelo auditor independente, no
contexto da emissão das Cartas-Conforto, não foram concebidos para identificar fraudes,
atos ilícitos ou distorções2 geradas e/ou perpetradas pela administração do Emissor.
Assim, o auditor independente não assume nenhuma responsabilidade pela detecção de
fraudes, atos ilícitos ou distorções provocadas pela administração do Emissor. Cabe ao
auditor independente, entretanto, informar as partes envolvidas na oferta, tão logo quanto
possível, caso conclua sobre a existência de fraudes, atos ilícitos ou distorções
provocadas pela administração do Emissor durante o período de execução dos
procedimentos acordados na Carta de Contratação.
(i) Limitação da responsabilidade do auditor independente nas comunicações verbais e nas
participações em reuniões para discussão de temas inerentes ao processo de elaboração
dos documentos da oferta com o Emissor e com o Coordenador da Oferta, desde que
confirmados por escrito nas Cartas-Conforto.
(j) Limitação da responsabilidade do auditor independente nas comunicações mediante
transmissão eletrônica de informações durante o trabalho, uma vez que ele não pode
assegurar que o processo de comunicação seja seguro. Portanto, referidas informações
poderão ser interceptadas, extraviadas, destruídas, chegar com atraso ou, ainda, ser
afetadas de forma adversa, ou não apresentar segurança de uso.
(l) No caso de firmas de auditoria de âmbito internacional, inclusão de declaração de que,
apesar de o auditor independente ser membro de rede mundial formada por sociedades e
firmas profissionais totalmente independentes entre si, a Carta de Contratação é
estabelecida apenas entre os seus destinatários e o próprio auditor independente e que o
Emissor e o Coordenador da Oferta concordam em não ajuizar qualquer demanda (por
disposições contratuais, cíveis ou outras) contra qualquer outra firma da rede mundial ou
contra seus respectivos sócios ou empregados em relação aos trabalhos prestados nos
termos da Carta de Contratação. O auditor independente assume a responsabilidade pelas
ações de sócio ou empregado de outra firma da rede mundial somente quando estejam
direta e intrinsecamente relacionadas à sua participação na execução dos trabalhos
previstos na Carta de Contratação.
(m) Definição da responsabilidade pelo pagamento de honorários e despesas incorridas.
2
O termo “distorções” utilizado neste Comunicado deve ser considerado conforme definido na NBC TA 450 –
Avaliação das Distorções Identificadas durante a Auditoria, em que distorção é a diferença entre o valor, classificação,
apresentação ou divulgação de um item informado nas demonstrações contábeis e o valor, classificação, apresentação
ou divulgação requerido para que o item esteja de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Distorção
pode ser decorrente de erro ou fraude.
4
(n) Especificação dos tribunais competentes para a resolução de qualquer assunto
relacionado à Carta de Contratação. Para isso, o contrato deve ser regido e interpretado de
acordo com as leis brasileiras e os tribunais da República Federativa do Brasil na
respectiva Comarca de atuação do auditor independente, ou identificar outra jurisdição,
quando aplicável, observado que o auditor independente fica livre para optar, em
conjunto com o Emissor e o Coordenador da Oferta, para estabelecer a arbitragem como
resolução de qualquer conflito entre as partes.
(o) Obtenção do "DE ACORDO" formal do Emissor e do Coordenador da Oferta quanto aos
termos da Carta de Contratação.
(p) Declaração do Emissor autorizando o auditor independente a fornecer informações
confidenciais ou não sobre o Emissor ao Coordenador da Oferta e demais participantes da
oferta de títulos e valores mobiliários.
(q) Declaração do Coordenador da Oferta e do Emissor de que qualquer informação
fornecida pelos auditores independentes durante o processo de oferta será utilizada de
forma confidencial e apenas para desempenho de parte do processo de diligência
conduzido pelo Coordenador da Oferta.
Carta-Conforto
9. O Coordenador da Oferta deve assumir a responsabilidade pela definição da natureza e da
extensão dos procedimentos que devem ser efetuados pelo auditor independente para emitir a
Carta-Conforto. Conforme já manifestado em outras partes deste Comunicado, o auditor
independente não assume responsabilidade por informações fornecidas verbalmente ao
Coordenador da Oferta, que não forem confirmadas por escrito nas Cartas-Conforto.
12. Caso o auditor independente: (i) discorde de informação relevante divulgada no documento de
oferta e assumindo que a informação não seja retificada a seu contento ou (ii) constate
omissão de divulgação de informação considerada relevante, deve abster-se de emitir Cartas-
Conforto e informar prontamente ao Emissor e ao Coordenador da Oferta que não estão
autorizados a incluir o relatório de auditoria e/ou revisão, ou fazer referência a eles, no
prospecto ou em qualquer outro documento da oferta.
13. Quando solicitado pelo Coordenador da Oferta, o auditor independente pode efetuar
procedimentos de natureza e extensão mais abrangentes do que aqueles executados durante a
5
auditoria das demonstrações contábeis, com o objetivo de poder expressar algum nível de
conforto sobre as informações contábeis incluídas no documento de oferta, observado o
descrito no item 14 deste Comunicado.
14. Para fins de emissão das Cartas-Conforto, o auditor independente somente pode expressar
conforto sobre determinadas informações contábeis incluídas no documento de oferta na
medida em que essas informações forem obtidas:
(a) diretamente das demonstrações contábeis da entidade auditada ou sujeitas aos
procedimentos de revisão consoante as normas brasileiras e internacionais de auditoria;
(b) diretamente dos registros contábeis mantidos pela entidade e sujeitos aos procedimentos e
às políticas da estrutura de controles internos sobre a elaboração de relatórios financeiros
do Emissor;
(c) de análises elaboradas pela Administração da Companhia, cujos valores devem ser
derivados dos registros contábeis; e
(d) por meio de cálculo aritmético do valor ou percentual derivados dos itens acima.
15. Considerando o disposto no item 13, cabe ao auditor independente avaliar se deve expressar,
ou não, conforto sobre medidas de desempenho não contábeis. Caso o auditor expresse
conforto, é requerido que a medida não contábil tenha sido apurada com base nos
requerimentos constantes do item 14 deste Comunicado, e contenha todas as divulgações
necessárias ao entendimento da medida não contábil.
16. Neste contexto, o conforto a ser fornecido pelo auditor deve se limitar aos seguintes
procedimentos:
(a) comparação de componentes específicos da medida não contábil com a mesma
informação incluída nas demonstrações contábeis, ou registros contábeis do Emissor,
sujeitos ao sistema de controles internos que suporta a elaboração das demonstrações
contábeis;
(b) prova da exatidão aritmética do cálculo da medida não contábil, assumindo que todos os
componentes incluídos na apuração da medida não contábil foram adequadamente
divulgados no documento de oferta.
17. Caso a medida não contábil seja denominada “LAJIDA”, ou "EBITDA", por exemplo, o
auditor somente pode expressar conforto caso esta seja representada somente pelo resultado
líquido do período acrescido dos tributos sobre o lucro (imposto de renda e contribuição
social sobre o lucro), das despesas financeiras líquidas das receitas financeiras e das
depreciações, amortizações e exaustões.
18. Caso o auditor expresse conforto sobre medida não contábil, a Carta-Conforto deve descrever:
(i) que o auditor independente não faz qualquer representação quanto à determinação e à
apresentação de medidas não contábeis pelo Emissor, (ii) que as medidas não contábeis
apresentadas podem não ser comparáveis a informações semelhantes apresentadas por outras
entidades e, (iii) que o auditor independente não faz nenhuma representação se as medidas
não contábeis apresentadas estão de acordo com os requerimentos de qualquer ato normativo
ou regulamentação emitida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou qualquer outro
órgão regulador.
6
Conforto deste Comunicado, o auditor independente não tem condições de expressar qualquer
nível de conforto com relação a informações que não estejam de acordo com o item 14 deste
Comunicado, e que são normalmente incluídas no documento de oferta.
21. Ao auditor independente não cabe, também, expressar conforto sobre informações que não se
coadunam com sua especialização e formação técnico-profissional.
23. O auditor independente não deve expressar conforto sobre valores em moeda estrangeira,
incluídos no documento de oferta, convertidos dos números em moeda local para simples
conveniência do leitor, exceto no caso de essa conversão ter sido feita com base na taxa de
conversão da data do encerramento do último exercício social, ou do último período
intermediário apresentado, dos dois o mais recente, ou, ainda, na taxa de conversão mais atual
da data da oferta, quando ocorrerem diferenças significativas entre elas.
24. Os principais e mais usuais procedimentos que o auditor independente pode executar com
relação às informações contábeis incluídas no documento de oferta e passíveis de menção nas
Cartas-Conforto, mediante solicitação formal pelo Coordenador da Oferta nos termos
definidos nos itens 13 e 14, incluem os seguintes:
(a) Comparar as informações históricas contábeis incluídas no documento de oferta com as
informações incluídas nas demonstrações contábeis auditadas.
(b) Comparar as informações históricas contábeis incluídas no documento de oferta com as
informações incluídas nas demonstrações contábeis intermediárias sobre as quais o
auditor independente efetuou revisão.
7
(c) Recalcular o valor ou o percentual com base em informações contábeis incluídas nas
demonstrações contábeis auditadas ou sujeitas aos procedimentos de revisão.
(d) Comparar as informações históricas contábeis incluídas no documento de oferta com os
registros contábeis, os quais devem ser sujeitos aos procedimentos e às políticas da
estrutura de controles internos sobre a elaboração de relatórios financeiros do Emissor.
27. As Cartas-Conforto devem ser datadas com a data do documento de oferta definitivo ou em
data posterior, desde que esta reflita a data de disponibilização desse documento ao auditor
independente. As Cartas-Conforto podem também fazer referência ao documento de oferta
preliminar nos casos em que o Coordenador da Oferta solicite conforto sobre as informações
contábeis constantes do documento preliminar.
31. As Cartas-Conforto devem mencionar que os procedimentos nelas descritos não cobrem o
período entre a data de "corte", que representa a data limite para a aplicação dos
procedimentos descritos nas Cartas-Conforto, e a data de sua emissão, que normalmente não
excede o período de 5 (cinco) dias.
32. Caso cartas de atualização de conforto sejam solicitadas pelo Coordenador da Oferta nas datas
de liquidação da oferta ou fechamento - "closing" (ou seja, a data na qual o Emissor entrega
os títulos e valores mobiliários ao Coordenador da Oferta em troca do numerário arrecadado
na oferta), os procedimentos descritos nas Cartas-Conforto devem ser efetuados até a nova
data de "corte", que podem fazer referência para as Cartas-Conforto anteriormente emitidas
para a mesma oferta.
33. As responsabilidades do auditor independente quanto à sua associação à oferta devem levar
em consideração, além do disposto neste Comunicado, o previsto na NBC TA 720 –
Responsabilidades do Auditor em Relação a Outras Informações Incluídas em Documentos
que Contenham Demonstrações Contábeis Auditadas.
36. Exemplos de itens que estão sujeitos à representação da administração incluem, mas não se
limitam a:
(a) eventos subsequentes às demonstrações contábeis apresentadas no documento de oferta
que requereriam ajustes ou deveriam ser divulgados nessas demonstrações contábeis do
Emissor;
(b) confirmação quanto à disponibilização ao auditor independente de todos os livros, os
registros contábeis, a documentação comprobatória e todas as atas ou minutas de
assembleia de acionistas, reuniões da diretoria, alterações no contrato social/estatuto
social ou resumo de providências de reuniões recentes, cujas atas (minutas) respectivas
ainda não tenham sido elaboradas;
(c) confirmação de que as demonstrações contábeis intermediárias, para períodos
subsequentes aos das últimas demonstrações contábeis incluídas no documento de oferta,
foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis aplicadas de maneira consistente
em relação às adotadas na elaboração das demonstrações contábeis auditadas incluídas no
documento de oferta, e de que os saldos apresentados nessas demonstrações contábeis
intermediárias coincidem com os registros contábeis do Emissor. Adicionalmente, devem
confirmar quais os balancetes contábeis subsequentes às últimas demonstrações contábeis
intermediárias incluídas no documento de oferta que estão disponíveis (entende-se por
"disponíveis", os balancetes contábeis que foram objeto dos procedimentos normais de
9
revisão e aprovação interna de acordo com as normas e os controles internos comuns do
Emissor);
(d) informações quanto a determinadas variações patrimoniais e operacionais apresentadas
para os períodos subsequentes à última demonstração contábil incluída no documento de
oferta;
(e) confirmação quanto ao entendimento que o Coordenador da Oferta revisa determinadas
informações referentes ao Emissor que são incluídas no documento de oferta, o qual pode
ser apresentado a investidores e utilizado por eles como base para sua decisão de
investimento; que esse processo de revisão, aplicado à informação referente ao Emissor,
será substancialmente consistente com as normas dos respectivos órgãos reguladores de
mercado de capitais para esse tipo de transação, e que tem conhecimento de que o
Coordenador da Oferta solicita aos auditores independentes Cartas-Conforto referentes a
determinados dados das demonstrações contábeis, dados estatísticos e outros incluídos no
documento de oferta, com base nas normas específicas deste Comunicado.
Oferta no exterior
37. Para a entidade brasileira que oferta títulos e valores mobiliários nos Estados Unidos da
América, por haver muita regulamentação no que se refere às responsabilidades assumidas
pelo Emissor, pelo Coordenador da Oferta e pelo próprio auditor independente, este último
deve seguir o guia contido nas normas do AICPA quanto ao conteúdo e aos padrões de Carta-
Conforto, inclusive quanto à obtenção de cartas de contratação.
38. Para a entidade brasileira que oferta títulos e valores mobiliários fora dos Estados Unidos da
América, geralmente na Europa e Ásia, no que se refere ao conjunto das responsabilidades
dos participantes do processo, o auditor independente pode:
(a) adotar os padrões para Carta de Contratação, Cartas-Conforto e Carta de Representação
da Administração, conforme previstos neste Comunicado; ou
(b) adotar os padrões para Carta de Contratação, Cartas-Conforto e Carta de Representação da
Administração semelhante aos previstos na AU-C Section 920, emitida pelo AICPA; ou
(c) adotar os padrões para Carta de Contratação, Cartas-Conforto e Carta de Representação
da Administração definidos pelo ICMA.
Vigência
40. Este Comunicado entra em vigor na data de sua publicação.
10
ANEXO I – MODELO DE CARTA-CONFORTO
Cenário considerado:
Prospecto de oferta com a precificação ocorrida em 28 de junho de 20X6.
Demonstrações contábeis incluídas no prospecto: (i) anuais auditadas referentes aos
exercícios findos em 31 de dezembro de 20X5 e de 20X4; (ii) intermediárias referentes aos
períodos de três meses findos em 31 de março de 20X6 e de 20X5.
Procedimentos sobre eventos subsequentes acordados e realizados até 23 de junho de 20X6
(data de corte).
[Nome do Emissor]
Prezados Senhores,
3
Caso o relatório de auditoria contenha parágrafo de ênfase, outros assuntos ou modificações devem ter seu teor
descrito nesta sentença.
11
contábeis intermediárias foi efetuada segundo a NBC TR 2410 – Revisão de Informações
Intermediárias Executada pelo Auditor Independente e ISRE 2410 – Review of Interim
Financial Information Performed by the Independent Auditor of the Entity. Nosso relatório de
revisão encontra-se, também, incluído no Prospecto. 4 5
3. Somos auditores independentes com relação ao nome [nome do emissor], conforme as normas
brasileiras e internacionais de auditoria e os regulamentos vigentes no Brasil.6
5. Como requerido por Vossas Senhorias, procedemos à leitura das atas das [Assembleias Gerais
Ordinárias e Extraordinárias dos Acionistas, das reuniões do Conselho de Administração, das
reuniões do Comitê de Auditoria e das reuniões de Diretoria (incluir outros tipos de reuniões,
se necessário)] da Companhia, conforme constam dos livros de registro de cada ata na data de
23 de junho de 20X6. Os executivos da Companhia informaram que todas as atas de reuniões
realizadas até aquela data estão registradas nos referidos livros ou, no caso de atas
eventualmente não registradas, foi-nos disponibilizado resumo de providências de reuniões
recentes, cujas respectivas atas (minutas) ainda não tenham sido elaboradas. Efetuamos outros
procedimentos até a data base de 23 de junho de 20X6 (não estendemos nossos trabalhos para
o período de 24 de junho de 20X6 a 28 de junho de 20X6), os quais relacionamos a seguir:
(a) Com relação ao período de 1º de abril de 20X6 a 31 de maio de 20X6, efetuamos:
(i) leitura das informações contábeis [(individuais) ou (individuais e consolidadas)]
condensadas não auditadas da Companhia referentes a abril e maio de 20X6 e de
20X5, fornecidas pela administração da Companhia, e verificamos que os saldos
apresentados coincidem com os registros contábeis. A administração da Companhia
4
Caso o relatório de revisão contenha parágrafo de ênfase, outros assuntos ou modificações, os mesmos devem
ter seu teor descrito nesta sentença.
5
Esse parágrafo deve ser alterado caso tenha havido a sucessão de auditores independentes, pois neste caso, a
revisão do período encerrado em 31 de março de 20X6 teria sido executada pelo auditor sucessor. Neste caso, o
parágrafo deve ser modificado como segue: “Adicionalmente, efetuamos a revisão do balanço patrimonial
[(individual) ou (individual e consolidado)] da [nome do Emissor] de 31 de março de 20X5 e das
correspondentes demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido, dos
fluxos de caixa e do valor adicionado [quando aplicável] referentes ao período de três meses findo em 31 de
março de 20X5. Essas demonstrações contábeis intermediárias estão incluídas no Prospecto. Nossa revisão das
referidas demonstrações contábeis intermediárias foi efetuada segundo a NBC TR 2410 – Revisão de
Informações Intermediárias Executada pelo Auditor Independente e “ISRE 2410 – Review of Interim Financial
Information Performed by the Independent Auditor of the Entity”. Nosso relatório de revisão encontra-se
[incluído no Prospecto / anexo a esta carta (nesse caso, em conjunto com as demonstrações contábeis
intermediárias objeto de revisão)].”
6
Caso tenha havido a sucessão de auditores, o parágrafo pode ser modificado como segue: “Fomos auditores
independentes com relação à Companhia até [data do último relatório de auditoria ou revisão], conforme as
normas e os regulamentos vigentes no Brasil.”
12
nos informou que não estão disponíveis informações contábeis [(individuais) ou
(individuais e consolidadas)] para datas ou períodos posteriores a 31 de maio de
20X6. As informações contábeis [(individuais) ou (individuais e consolidadas)]
condensadas não auditadas não constituem um conjunto completo de demonstrações
contábeis por não apresentarem as demonstrações das mutações do patrimônio
líquido, dos resultados abrangentes, dos fluxos de caixa, do valor adicionado [quando
aplicável] e notas explicativas; e
(ii) indagação aos executivos da Companhia, responsáveis pelas áreas financeira e
contábil, com o objetivo de confirmar: (1) se as informações contábeis [(individuais)
ou (individuais e consolidadas)] condensadas não auditadas, referidas em (a)(i)
acima, foram elaboradas de maneira consistente com as demonstrações contábeis
[(individuais) ou (individuais e consolidadas)] auditadas incluídas no Prospecto; (2)
que, em 31 de maio de 20X6, não houve alterações no capital social, acréscimo nos
empréstimos e financiamentos de longo prazo, decréscimo no ativo circulante líquido
ou no patrimônio líquido, quando comparados com os saldos apresentados no
balanço patrimonial [(individual) ou (individual e consolidado)] não auditado de 31
de março de 20X6, incluído no Prospecto; e (3) que, no período de 1º de abril a 31 de
maio de 20X6, não houve nenhum decréscimo nas vendas líquidas ou no lucro
líquido do período, quando comparado ao mesmo período do exercício anterior;7
(iii) esses executivos da Companhia confirmaram que: (1) as informações contábeis
[(individuais) ou (individuais e consolidadas)] não auditadas, referidas em (a)(i)
acima foram elaboradas de forma consistente com as demonstrações contábeis
[(individuais) ou (individuais e consolidadas)] auditadas incluídas no Prospecto; (2)
em 31 de maio de 20X6, não houve alterações no capital social, acréscimo nos
empréstimos e financiamentos de longo prazo, nem decréscimo no ativo circulante
líquido ou no patrimônio líquido, quando comparados com os saldos apresentados no
balanço patrimonial não auditado em 31 de março de 20X6, incluído no Prospecto
[, exceto pelas alterações, acréscimos ou decréscimos (incluir as exceções
identificadas, se aplicável)], e (3) no período de 1º de abril de 20X6 a 31 de maio de
20X6, não houve decréscimo nas vendas líquidas ou no lucro líquido do período,
quando comparado ao mesmo período no exercício anterior [, exceto pelos
acréscimos ou decréscimos (incluir as exceções identificadas, se aplicável)].
(b) Como mencionado em 5(a), acima, a administração da Companhia nos informou que não
estão disponíveis balancetes contábeis [(individuais) ou (individuais e consolidados)]
para datas ou períodos posteriores a 31 de maio de 20X6. Consequentemente, os
procedimentos por nós aplicados com relação a alterações em itens das demonstrações
contábeis [(individuais) ou (individuais e consolidadas)] após 31 de maio de 20X6,
foram, necessariamente, bem mais limitados do que aqueles aplicados para os períodos
referidos em 5(a), acima.
(c) Indagamos aos executivos da Companhia, responsáveis pelas áreas financeira e contábil,
com o objetivo de confirmar (i) que, em 23 de junho de 20X6, não houve alterações no
capital social, nem acréscimo nos empréstimos e financiamentos de longo prazo, quando
comparados com os saldos apresentados no balanço patrimonial não auditado em 31 de
março de 20X6, incluído no Prospecto; e (ii) que, no período de 1º de abril de 20X6 a 23
de junho de 20X6, não houve nenhum decréscimo nas vendas líquidas do período,
quando comparado ao mesmo período do exercício anterior.
(d) Esses executivos da Companhia confirmaram que: (i) em 23 de junho de 20X6, não
houve alterações no capital social, nem acréscimo nos empréstimos e financiamentos de
7
Adaptar quando necessário ou aplicável.
13
longo prazo, quando comparados com os saldos apresentados no balanço patrimonial
[(individual) ou (individual e consolidado)] não auditado em 31 de março de 20X6,
incluído no Prospecto [, exceto pelas alterações ou acréscimos (incluir as exceções
identificadas, se aplicável)]; e (ii) no período de 1º de abril de 20X6 a 23 de junho de
20X6, não houve nenhum decréscimo nas vendas líquidas do período, quando comparado
ao mesmo período do exercício anterior [, exceto pelos decréscimos (incluir as exceções
identificadas, se aplicável)].
6. Como requerido por Vossas Senhorias, lemos os itens identificados e indicados na cópia
anexa do Prospecto e efetuamos os seguintes procedimentos, que foram aplicados conforme a
referência alfabética abaixo indicada. Nossos exames das demonstrações contábeis para os
períodos indicados no parágrafo introdutório desta carta consistiram em testes e
procedimentos de auditoria considerados necessários para o propósito de emitirmos opinião
ou conclusão de revisão sobre as demonstrações contábeis tomadas em seu conjunto. Para
nenhum dos exercícios ali mencionados, ou para nenhum outro período, aplicamos testes de
auditoria ou procedimentos de revisão visando à emissão de opinião ou conclusão de revisão
sobre saldos individuais de contas ou resumos de transações selecionadas, como aquelas
enumeradas acima e, consequentemente, não emitimos opinião ou conclusão de revisão.
(D) Recalculamos os percentuais ou montantes com base nos valores das demonstrações
contábeis [(individuais) ou (individuais e consolidadas)] não auditadas incluídas [ou
incorporadas por referência] no Prospecto e verificamos que estes estão matematicamente
corretos.
(E) Comparamos os valores com planilha elaborada pela Companhia e: (i) comparamos os
valores dessa planilha com os saldos constantes dos registros contábeis, bem como (ii)
confirmamos que a planilha está matematicamente correta. Conforme requerido por
Vossas Senhorias, na condução dos cálculos matemáticos de médias e índices correlatos,
utilizamos os critérios adotados pela Companhia e descritos no Prospecto. Entretanto, não
comentamos: (i) se os montantes/percentuais/índices/variações entre períodos são
apropriados quanto à sua finalidade e ao seu uso, (ii) as razões atribuídas às variações
entre períodos ou (iii) alguma correlação entre as variações.
[Incluir outros procedimentos a serem definidos pelo Coordenador da Oferta, desde que
previstos neste Comunicado, e aceitos pelo auditor independente como procedimentos de
competência e especialização do auditor independente].
14
7. Fica entendido que não temos a responsabilidade para estabelecer, e não estabelecemos, o
alcance e a natureza dos procedimentos enumerados nos parágrafos 5 e 6 acima8; ao contrário,
os procedimentos acima descritos são aqueles que foram requeridos por Vossas Senhorias.
Consequentemente, não fazemos nenhuma representação com relação a questões de
interpretação legal ou com relação à suficiência dos procedimentos enumerados nos
parágrafos 5 e 6 acima9 para os objetivos de Vossas Senhorias. Além disso, esses
procedimentos não revelariam, necessariamente, informação material inadequada dos valores
ou percentuais referidos acima, conforme apresentados no Prospecto. Além disso, nós nos
referimos somente às informações descritas acima e não fazemos nenhuma representação com
relação à adequação das informações divulgadas ou se outros fatos relevantes foram omitidos.
Esta carta relaciona-se apenas a esses itens identificados, e não é extensiva às demonstrações
contábeis [(individuais) ou (individuais e consolidadas)] da Companhia, auditadas ou não
auditadas.
9. Esses procedimentos não devem ser considerados como substitutos dos procedimentos e das
indagações adicionais que Vossas Senhorias aplicariam em consideração à proposta de oferta
de títulos e valores mobiliários.
10. Esta carta está sendo emitida exclusivamente para a informação de Vossas Senhorias e para
assessorá-los em parte de sua diligência em conexão com a oferta de títulos e valores
mobiliários, descrita no Prospecto. Esta carta não deve ser utilizada, enviada, mencionada, ou
referência a ela deve ser feita, para qualquer outro propósito, incluindo, mas não se limitando
ao registro, a compra ou a venda dos títulos e valores mobiliários; nem ela deve ser arquivada
com, ou referência a ela ser feita em parte ou em seu todo no, Prospecto ou qualquer outro
documento. Exceção é feita quanto à referência a esta carta na lista confidencial dos
documentos de fechamento relacionados com a oferta dos títulos e valores mobiliários a que
se refere o Prospecto, e nos termos da Carta de Contratação datada de [XX] de [XX] de 20X6.
11. Não temos responsabilidade pela atualização desta carta por eventos, transações ou
circunstâncias ocorridas após 23 de junho de 20X6.
12. Esta carta é emitida sob os termos e as condições de nossa Carta de Contratação datada de
[XX] de [XX] de 20X6 e é para uso exclusivo no Brasil.
Atenciosamente,
Caso o Prospecto inclua seção sobre informações financeiras pro forma, o auditor pode ser
requerido a expressar algum tipo de conforto sobre o processo de elaboração, compilação e
formatação dessas informações. Os seguintes procedimentos devem ser adotados pelo auditor
independente nas Cartas-Conforto, com relação a informações financeiras pro forma:
Nesse cenário, o auditor executa procedimentos sobre as informações financeiras pro forma
incluídas no Prospecto, e reporta o resultado dos procedimentos na Carta-Conforto, por meio da
inclusão de parágrafo adicional, conforme descrito abaixo:
Com relação às informações financeiras [consolidadas] pro forma, conforme sua solicitação,
efetuamos os seguintes procedimentos:
(a) leitura do balanço patrimonial [consolidado] pro forma não auditado em 31 de março de 20X6
e das demonstrações do resultado [consolidadas] pro forma, não auditadas, para o exercício
findo em 31 de dezembro de 20X5 e para o período de três meses findo em 31 de março de
20X6, incluídas no Prospecto;
(b) indagação a certos executivos da Companhia [e da Cia. ABC (empresa adquirida)] responsáveis
pelas áreas financeira e contábil sobre se todas as premissas significativas relacionadas à
[combinação de negócios] foram consideradas nas bases para determinação dos ajustes pro
forma. Esses executivos da Companhia [e da Cia. ABC (empresa adquirida)] confirmaram, em
resposta às nossas indagações, que todas as premissas significativas relacionadas à [aquisição
da Cia. ABC] foram refletidas nos ajustes pro forma aplicados às informações financeiras
[consolidadas] históricas.
(c) comparamos as informações contábeis [consolidadas] históricas da Companhia para o exercício
findo em 31 de dezembro de 20X5 incluídas nas páginas [•] do Prospecto Preliminar e nas
páginas [•] do Prospecto Definitivo com as demonstrações contábeis [consolidadas] históricas
auditadas da Companhia incluídas no Prospecto, e não encontramos exceções;
(d) comparamos as informações contábeis [consolidadas] históricas não auditadas da Companhia
em 31 de março de 20X6 e para o período de três meses findo naquela data incluídas nas
páginas [•] do Prospecto Preliminar e nas páginas [•] do Prospecto Definitivo com as
demonstrações contábeis [consolidadas] históricas não auditadas da Companhia incluídas no
Prospecto, e não encontramos exceções;
(e) testamos a exatidão aritmética da aplicação dos ajustes pro forma às demonstrações contábeis
[consolidadas] históricas da Companhia para o exercício findo em 31 de dezembro de 20X5
incluídas na elaboração das informações financeiras da demonstração do resultado
[consolidada] pro forma não auditada;
(f) testamos a exatidão aritmética da aplicação dos ajustes pro forma às demonstrações contábeis
[consolidadas] históricas não auditadas da Companhia em 31 de março de 20X6 e para o
16
período de três meses findo naquela data incluídas na elaboração das informações financeiras
do balanço patrimonial [consolidado] e demonstração de resultado [consolidada] pro forma não
auditada.
Os procedimentos acima descritos não constituem um exame de auditoria ou revisão, cujo objetivo
é o de expressar uma opinião ou conclusão, respectivamente, sobre as premissas adotadas pela
administração, os ajustes pro forma e a aplicação desses ajustes pro forma às informações contábeis
históricas. Consequentemente, não expressamos opinião ou conclusão. Desta forma, não fazemos
nenhuma representação sobre a suficiência de tais procedimentos para seus propósitos. Caso
tivéssemos executado procedimentos adicionais ou tivéssemos feito uma auditoria ou revisão das
informações financeiras [consolidadas] pro forma, outros assuntos poderiam chegar ao nosso
conhecimento que seriam reportados a Vossas Senhorias.
Nesse cenário, o auditor incluiria apenas um procedimento adicional nas referências alfabéticas ao
parágrafo 6 da Carta-Conforto, conforme descrito abaixo:
(F) Comparamos os valores incluídos na coluna balanço patrimonial [consolidado] pro forma em
31 de março de 20X6 e nas colunas demonstrações do resultado [consolidadas] pro forma para
o exercício findo em 31 de dezembro de 20X5 e período de três meses findo em 31 de março de
20X6 com os correspondentes valores apresentados nas informações financeiras [consolidadas]
pro forma não auditadas, objeto de relatório de asseguração, incluídas no Prospecto e não
encontramos exceções.
Cenário considerado:
Prospecto de oferta com a precificação ocorrida em 28 de junho de 20X6 e liquidação
ocorrida em 6 de julho de 20X6.
Demonstrações contábeis incluídas no prospecto: (i) anuais auditadas referentes aos
exercícios findos em 31 de dezembro de 20X5 e de 20X4; (ii) intermediárias referentes aos
períodos de três meses findos em 31 de março de 20X6 e de 20X5.
Procedimentos sobre eventos subsequentes acordados e atualizados até 1º de julho de 20X6
(data de corte).
[Nome do Emissor]
17
e
Prezados Senhores,
2. O procedimento de leitura das atas e das minutas de atas mencionado no parágrafo 5 da nossa
referida Carta-Conforto foi atualizado até 1º de julho de 20X6.
Esses executivos da Companhia confirmaram que: (i) em 1º de julho de 20X6, não houve
alterações no capital social, nem acréscimo nos empréstimos e financiamentos de longo prazo,
quando comparados com os saldos apresentados no balanço patrimonial [(individual) ou
(individual e consolidado)] não auditado em 31 de março de 20X6, incluído no Prospecto
[, exceto pelas alterações ou acréscimos (incluir as exceções identificadas, se aplicável)]; e (ii)
no período de 1º de abril de 20X6 a 1º de julho de 20X6, não houve nenhum decréscimo nas
vendas líquidas do período, quando comparado ao mesmo período do exercício anterior
[, exceto pelos acréscimos ou decréscimos (incluir as exceções identificadas, se aplicável)].
4. Esta carta está sendo emitida exclusivamente para a informação de Vossas Senhorias e para
assessorá-los em parte de sua diligência em conexão com a oferta de títulos e valores
mobiliários, descrita no Prospecto. Esta carta não deve ser utilizada, enviada, mencionada, ou
referência a ela deve ser feita, para qualquer outro propósito, incluindo, mas não se limitando
ao registro, a compra ou a venda dos títulos e valores mobiliários; nem ela deve ser arquivada
18
com, ou ser feita referência a ela em parte ou em seu todo no Prospecto ou qualquer outro
documento. Exceção é feita quanto à referência a esta carta na lista confidencial dos
documentos de fechamento relacionados com a oferta dos títulos e valores mobiliários a que
se referem o Prospecto, e nos termos da Carta de Contratação mencionada no parágrafo 5.
5. Esta carta é emitida sob os termos e condições de nossa Carta de Contratação datada [XX] de
[XXXX] de 20X6 e é para uso exclusivo no Brasil.
Atenciosamente,
Responsável técnico
CRC
À
XYZ Auditores Independentes
Prezados Senhores:
Confirmamos, ainda, que foram colocados à disposição de Vossas Senhorias todos os livros, os
registros contábeis, a documentação comprobatória e todas as atas ou minutas de [assembleia de
acionistas, reuniões da diretoria (incluir outros tipos de reuniões, se necessário)], alterações no
contrato social, ou resumo de providências de reuniões recentes, cujas atas (minutas) respectivas
ainda não tenham sido elaboradas.
19
Confirmamos, com base em nosso conhecimento e melhor entendimento, que as informações
contábeis [(individuais) ou (individuais e consolidadas)] da [nome da Companhia] para os meses de
abril e maio de 20X6 e 20X5, foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis, aplicadas de
maneira consistente, em relação àquelas adotadas na elaboração das demonstrações contábeis
[(individuais) ou (individuais e consolidadas)] auditadas incluídas no Prospecto, que os saldos
apresentados nessas informações contábeis coincidem com os registros contábeis da Companhia e
que os balancetes contábeis [(individuais) ou (individuais e consolidados)] em qualquer data ou
período subsequente a 31 de maio de 20X6 não estão disponíveis.
Adicionalmente, para o período de 1º de abril de 20X6 a 31 de maio de 20X6, com base em nosso
conhecimento e melhor entendimento (exceto por todas as alterações, acréscimos ou decréscimos
que ocorreram ou podem ocorrer, conforme já divulgado no Prospecto), confirmamos que os saldos
apresentados coincidem com os nossos registros contábeis e que: (a) as informações financeiras
[(individuais) ou (individuais e consolidadas)] mensais não auditadas foram elaboradas de forma
consistente com as demonstrações contábeis auditadas incluídas no Prospecto, (b) em 31 de maio de
20X6, não houve alterações no capital social, acréscimo nos empréstimos e financiamentos de
longo prazo, decréscimo no ativo circulante líquido ou no patrimônio líquido, quando comparados
com os saldos apresentados no balanço patrimonial [(individual) ou (individual e consolidado)] não
auditado em 31 de março de 20X6, incluído no Prospecto [incluir exceções em consonância com a
Carta-Conforto] e (c) no período de 1º de abril de 20X6 a 31 de maio de 20X6 não houve nenhum
decréscimo nas vendas líquidas ou no lucro líquido do período, quando comparado ao mesmo
período do exercício anterior [incluir exceções em consonância com a Carta-Conforto].
Também, para o período de 1º de abril de 20X6 a 23 de junho de 20X6, com base em nosso
conhecimento e melhor entendimento (exceto por todas as alterações, acréscimos ou decréscimos
que ocorreram ou podem ocorrer, conforme já divulgado no Prospecto), confirmamos que: (a) em
23 de junho de 20X6, não houve alterações no capital social, tampouco acréscimo nos empréstimos
e financiamentos de longo prazo, quando comparados com os saldos apresentados no balanço
patrimonial [(individual) ou (individual e consolidado)] não auditado em 31 de março de 20X6,
incluído no Prospecto [incluir exceções em consonância com a Carta-Conforto] e (b) no período de
1º de abril de 20X6 a 23 de junho de 20X6, não houve nenhum decréscimo nas vendas líquidas do
período, quando comparadas ao mesmo período do exercício anterior [incluir exceções em
consonância com a Carta-Conforto].
Entendemos que esse processo de revisão, aplicado à informação relacionada ao Emissor, será
substancialmente consistente com as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e com
quaisquer outras leis e normas relacionadas aos mercados de capitais do Brasil para esse tipo de
transação. Temos conhecimento de que o coordenador solicitou que Vossas Senhorias forneçam
Carta-Conforto e cartas de atualização de conforto referentes a determinados dados das
demonstrações contábeis [(individuais) ou (individuais e consolidadas)], com base nas normas
aplicáveis à emissão de cartas de conforto.
Atenciosamente,
_________________________________________
20
[inserir nome]
Presidente
_________________________________________
[inserir nome]
Diretor Financeiro e de Relações com Investidores
_________________________________________
[inserir nome]
Contador - CRC
Cenário considerado:
Prospecto de oferta com a precificação ocorrida em 28 de junho de 20X6.
Demonstrações contábeis incluídas no prospecto: (i) anuais auditadas referentes aos exercícios
findos em 31 de dezembro de 20X5 e de 20X4; (ii) intermediárias referentes aos períodos de
três meses findos em 31 de março de 20X6 e de 20X5.
Auditor atual do Emissor auditou as demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em
31 de dezembro de 20X5 e revisou as informações contábeis intermediárias referentes ao
período de três meses findo em 31 de março de 20X6. [Considerar o exemplo no 3º parágrafo
abaixo, caso o auditor atual não tenha concluído a auditoria das demonstrações contábeis do
Emissor do ano subsequente, mas elaborou relatório de revisão sobre as informações contábeis
intermediárias.]
Auditor antecessor auditou as demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 20X4 e para o
exercício findo nessa data. [Adaptar o texto da carta caso o auditor antecessor tenha emitido um
relatório de revisão sobre as demonstrações contábeis intermediárias referentes ao período de
três meses findo em 31 de março de 20X5.]
À
[Auditor Antecessor]
Prezados Senhores:
Comunicamos a Vossas Senhorias que em nosso exame das demonstrações contábeis [individuais e
consolidadas] da [nome do Emissor] para o exercício findo em 31 de dezembro de 20X5, e em
nossa revisão das informações contábeis intermediárias da [nome do Emissor] em 31 de março de
20X6 e para os períodos de três meses findos em 31 de março de 20X6 e 20X5 e na execução de
nossos procedimentos de eventos subsequentes até a data desta carta, não tomamos conhecimento
de quaisquer assuntos subsequentes, que, em nosso entendimento, teriam efeito material ou
exigiriam modificações nas demonstrações contábeis [individuais e consolidadas] da [nome do
Emissor] em 31 de dezembro de 20X4 e para o exercício findo nessa data, que vocês emitiram
opinião em [XX] de [XXX] de 20X5 [Se for o caso, complementar com: exceto pelos assuntos
descritos nas notas explicativas X e Y das demonstrações contábeis [individuais e consolidadas]
aprovadas pela administração, que se referem aos efeitos da contabilização do [descrever],
conforme detalhes que foi fornecido a Vossas Senhorias.].
Esta carta é exclusivamente para a informação e utilização de [incluir nome do auditor antecessor]
em conexão com o relatório emitido e referido no primeiro parágrafo e não foi emitida com outro
objetivo, nem deve ser utilizada por qualquer outra parte.
Atenciosamente,
_________________________________________
[inserir nome do responsável técnico]
CRC [inserir número do CRC]
23
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, CTA 24, DE 21 DE OUTUBRO DE 2016
Sumário Item
OBJETIVO 1
CONTEXTO 2–8
ORIENTAÇÃO 9 – 11
OBJETIVO DAS DCRs 12 – 14
SALDOS INICIAIS 15 – 20
EVENTOS SUBSEQUENTES E REPRESENTAÇÕES FORMAIS 21 – 25
OUTRAS CONSIDERAÇÕES 26
VIGÊNCIA
ANEXO
Objetivo
1. Este Comunicado Técnico tem como objetivo orientar aos auditores independentes com
relação à auditoria de Demonstrações Contábeis Regulatórias (DCRs), elaboradas de acordo
com o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico (MCSE).
Contexto
2. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou por meio da Resolução Normativa
n.o 605, de 11 de março de 2014, o MCSE, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2015. A
necessidade da atualização do MCSE surgiu, conforme afirmado em seu prefácio, “...tendo em
vista as significativas alterações ocorridas na área contábil com a convergência das normas
contábeis brasileiras às normas internacionais de contabilidade...”, e “...modificações
ocorridas no setor elétrico brasileiro, no qual várias alterações no modelo em vigor vêm
sendo promovidas por meio de novos textos legais e de regulamentação...”
3. O item 6.2.20 do MCSE determina a elaboração, pelos agentes do Setor Elétrico, de
Demonstrações Contábeis Regulatórias. O item 9.3 determina que, para fins regulatórios, o
seguinte conjunto completo de demonstrações contábeis seja apresentado de forma
comparativa e acompanhado de notas explicativas:
(a) balanço patrimonial ao final do período;
(b) demonstração do resultado do período;
(c) demonstração do resultado abrangente do período;
(d) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;
(e) demonstração dos fluxos de caixa do período;
(f) notas explicativas, compreendendo o resumo das políticas contábeis significativas e
outras informações explanatórias, bem como conciliações entre informações societárias e
regulatórias; e
(g) balanço patrimonial no início do período mais antigo comparativamente apresentado
quando a entidade aplica uma política contábil retroativamente ou procede à
reapresentação de itens das demonstrações contábeis, ou ainda quando procede à
reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis.
4. O MCSE determina também, no item 6.2.20, que as DCRs sejam auditadas pelos mesmos
auditores independentes das demonstrações contábeis societárias de propósito geral.
5. Adicionalmente, a Aneel esclareceu, por meio do item 5 do Anexo ao Despacho n.° 245, de
28 de janeiro de 2016 – Determinações para Fins de Contabilidade Regulatória a Serem
Adotadas no Exercício Social de 2015, que “... as empresas deverão emitir suas notas
explicativas societárias e regulatórias de forma independente, mesmo que em algumas
situações elas sejam repetidas”.
7. Anteriormente à aprovação do MCSE, a Aneel, por meio da Resolução n.º 396/2010, no seu
Art. 7º, § 3º e § 4º, estabeleceu a obrigatoriedade de as demonstrações contábeis regulatórias
serem acompanhadas de relatório dos auditores denominado “Relatório sobre a Aplicação de
Procedimentos Previamente Acordados”, com base na NBC TSC 4400 – Trabalhos de
Procedimentos Previamente Acordados sobre Informações Contábeis a ser emitido pelo
auditor independente registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que audite as
demonstrações contábeis para fins societários da companhia. O Comunicado CTSC 01,
aprovado pela Resolução CFC n.º 1.396/2012, orienta os auditores independentes quanto aos
trabalhos de aplicação desses procedimentos previamente acordados, o qual permanece em
uso para as DRCs elaboradas até o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, ainda com
base nas exigências de elaboração das DCRs estabelecidas na Resolução n.º 396/2010.
Orientação
11. As DCRs, por sua vez, representam demonstrações contábeis para propósitos específicos,
definidas como “... demonstrações contábeis elaboradas de acordo com uma estrutura
conceitual para propósitos especiais”. Sendo assim, a auditoria deve ser conduzida e o
relatório dos auditores emitido em observância à referida NBC TA 800. Ainda que a NBC TA
800 estabeleça, em seu item 3, a não supressão dos requisitos das outras normas de auditoria,
nem pretende tratar de todas as considerações especiais que podem ser relevantes nas
circunstâncias do trabalho, este comunicado chama a atenção para alguns aspectos
comentados a seguir.
12. A NBC TA 800, em seu item 8, requer que o auditor obtenha entendimento sobre o objetivo
para o qual são elaboradas as demonstrações contábeis, os usuários previstos e as
providências tomadas pela administração para determinar que a estrutura de relatório
financeiro aplicável é aceitável nas circunstâncias. O auditor deve avaliar se esses aspectos
estão devidamente descritos nas notas explicativas às DCRs.
13. Uma vez que as DCRs possuem o propósito específico de atender à regulamentação da Aneel,
e o seu uso para outras finalidades pode não ser apropriado, o auditor deve chamar a atenção
para esse fato em seu relatório.
14. O auditor deve observar se as DCRs foram aprovadas pelos órgãos de governança da
entidade; se a data de tal aprovação foi devidamente divulgada nas notas explicativas às
DCRs; e se ela se encontra consistente com a data do relatório de auditoria sobre essas DCRs.
Saldos iniciais
15. Na primeira vez em que as DCRs são apresentadas como um conjunto completo de
demonstrações contábeis a serem auditadas por auditores independentes, deve ser dada a
devida consideração à NBC TA 510 – Trabalhos Iniciais – Saldos Iniciais. A impossibilidade
de o auditor obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação aos saldos
iniciais pode resultar na necessidade de modificação de seu relatório.
16. Considerando que as DCRs do período anterior a 2015 foram objeto de procedimentos
previamente acordados, isto é, não foram auditadas, o auditor deve especificar em parágrafo
de Outros Assuntos em seu relatório que as informações do ano anterior apresentadas para
fins de comparação não foram auditadas. Em linha com o previsto no item 14 da NBC TA
710, essa declaração não isenta o auditor do requisito de obter evidência de auditoria
apropriada e suficiente sobre se os saldos iniciais contêm distorções que afetam de forma
relevante as demonstrações contábeis regulatórias do período corrente.
18. Recomenda-se indicar nas colunas dos saldos comparativos a informação “não auditado”, nas
condições descritas no item anterior e sempre que aplicável.
19. O MCSE em vigor na data de emissão deste comunicado trouxe alterações substanciais em
relação à contabilidade regulatória vigente até 31 de dezembro de 2014. Dessa forma, o
auditor deve verificar se as DCRs relativas ao exercício corrente e anterior foram
consistentemente elaboradas no que se refere à aplicação das práticas contábeis do MCSE,
assim como em relação aos agrupamentos de contas e sua classificação.
20. Por ser a primeira vez que as DCRs serão emitidas no formato determinado pelo MCSE, não é
necessária a inclusão de nota explicativa de reapresentação dos saldos anteriores. Deve-se, no
entanto, verificar se a nota explicativa indica que as DCRs de acordo com o MCSE estão
sendo emitidas no formato atual pela primeira vez.
21. A Aneel determinou que, até 30 de abril do ano subsequente, as DCRs sejam disponibilizadas
no duto de informações setoriais mantido por aquela agência, assim como no sítio eletrônico
da entidade. Futuramente, a Aneel pretende que essa data seja a mesma da divulgação das
demonstrações contábeis societárias.
22. Por conta do acima exposto, com relação ao primeiro ano em que as DCRs são requeridas, há
a possibilidade de que as entidades sujeitas ao MCSE tenham elaborado e aprovado suas
DCRs com os seus órgãos de governança, em data diferente daquela em que ocorreu a
aprovação das demonstrações contábeis societárias.
23. De forma geral, quando da execução da auditoria das DCRs, o auditor deve dar a devida
consideração à NBC TA 560 – Eventos Subsequentes e à NBC TA 580 – Representações
Formais, ou seja, considerar a necessidade de registro ou divulgação de eventos ocorridos até
a data da aprovação das DCRs determinada pela administração da entidade, que deve ser
consistente com a data do relatório do auditor, conforme item 14.
25. O auditor deve mencionar, em parágrafo de Outros Assuntos de seu relatório, o fato de que
também emitiu relatório de auditoria independente sobre as demonstrações contábeis
elaboradas pela entidade para o mesmo período de acordo com a estrutura de relatório
financeiro para propósito geral (demonstrações contábeis societárias), a data da sua emissão e
se tal relatório conteve qualquer tipo de modificação.
Outras considerações
Vigência
Este comunicado entra em vigor na data de sua publicação e revoga a Resolução CFC n.º
1.396/2012, publicada no D.O.U., Seção 1, de 26.6.2012.
[Destinatário apropriado]
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa
opinião.
Opinião (**)
Sem modificar nossa opinião, chamamos a atenção para a nota explicativa X às demonstrações
contábeis regulatórias, que descreve a base de elaboração dessas demonstrações contábeis. As
demonstrações contábeis regulatórias foram elaboradas para auxiliar a companhia a cumprir
determinação da Aneel. Consequentemente, essas demonstrações contábeis regulatórias podem não
ser adequadas para outro fim.
Outros assuntos
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório]
[Assinatura do auditor independente]
Notas:
(*)
Essa informação deve ser atualizada a cada período, com base em eventual modificação na
referida legislação.
(**)
Em caso de modificação na opinião do auditor esse modelo de relatório precisa ser ajustado
para refletir tal fato.
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, CTA 25 (R1), DE 11 DE ABRIL DE 2019
Sumário Item
Objetivo 1–2
Antecedentes 3–8
Comunicação dos principais assuntos de auditoria nos relatórios de auditoria de 9 – 10
entidade regulada ou supervisionada pela CVM
Apresentação de demonstrações contábeis lado a lado 11 – 14
Apresentação separada de dois conjuntos de demonstrações contábeis 15
Demonstrações contábeis individuais elaboradas de acordo com as normas 16 – 17
internacionais de relatório financeiro (IFRS)
Apresentação da Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 18 – 20
Principais assuntos de auditoria 21 – 23
Outras informações que acompanham as demonstrações contábeis e o relatório 24 – 29
do auditor
Parágrafo de ênfase e parágrafo de outros assuntos 30
Abstenção de opinião 31
Modelos de relatório 32 – 33
Vigência
Modelos de relatórios – Tabela resumo
Apêndices I a VII
Objetivo
Antecedentes
3. Em 2007, a CVM editou a Instrução CVM n.º 457, que dispõe sobre a elaboração e
divulgação das demonstrações contábeis consolidadas, com base no padrão contábil
internacional emitido pelo International Accounting Standards Board (Iasb).
6. Nessa linha, a ITG 09 estabelece que não deve haver divergência entre os patrimônios
líquidos individual e consolidado e os resultados individual e consolidado constantes das
demonstrações contábeis elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil e aquelas elaboradas de acordo com as normas internacionais de relatório
financeiro (IFRS).
7. De acordo com o contemplado nas normas, apenas era permitida a divergência entre
demonstrações contábeis individuais elaboradas de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil e aquelas elaboradas de acordo com as normas internacionais de
relatório financeiro (IFRS) em decorrência da avaliação dos investimentos em controladas
1
Em alguns normativos citados neste Comunicado, foi utilizada a expressão “normas internacionais de contabilidade” e,
em outros, “padrão contábil internacional”, “normas internacionais de relatório financeiro” ou “IFRS”. Embora todas
essas expressões possuam o mesmo significado, os auditores devem utilizar a expressão “normas internacionais de
relatório financeiro”, que é a tradução oficial para a expressão em inglês “International Financial Reporting Standards”.
A referida expressão deve ser seguida pela sigla IFRS. As expressões “demonstrações contábeis” e “demonstrações
financeiras” citadas neste Comunicado possuem o mesmo significado.
ou em empreendimentos controlados em conjunto pelo método da equivalência
patrimonial, assim como pela eventual manutenção de saldos no ativo diferido dessas
demonstrações contábeis individuais, conforme permitido pela Lei n.º 11.941/2009, que
alterou a Lei das Sociedades por Ações (Lei n.º 6.404/1976).
10. A CVM estendeu, por meio do Art. 25, inciso VIII, da Instrução CVM 308/1999, essa
obrigatoriedade para os relatórios de auditoria sobre as demonstrações contábeis das demais
entidades por ela reguladas ou supervisionadas a partir do exercício findo em 31 de
dezembro de 2017, ratificada em seu Ofício Circular CVM/SNC/GNA n.º 01/2018. Diante
disso, o quadro abaixo demonstra as demais entidades para as quais é requerida a inclusão
de PAAs:
- fundos de investimento;
- entidades que emitem valores mobiliários com esforços restritos - ICVM 476/2009;
- administradores e gestores de carteiras de valores mobiliários (demais instituições
autorizadas) - ICVM 558/2015 (entidades reguladas pela CVM e não pelo Banco Central
do Brasil (BCB));
- companhias incentivadas - ICVM 265/1997.
O Apêndice VII traz exemplo de relatório para entidades com valores mobiliários com
esforços restritos, mas cuja estrutura também pode ser aplicada às demais entidades
mencionadas acima.
11. Desde 1976, com a edição da Lei n.º 6.404/1976, tem sido prática no Brasil apresentar
demonstrações contábeis individuais da controladora e demonstrações contábeis
consolidadas, lado a lado, em um único conjunto de demonstrações contábeis. Nesse caso,
um único relatório do auditor pode se referir tanto às demonstrações contábeis
individuais como às demonstrações contábeis consolidadas. Nada impede, entretanto,
que sejam elaborados dois conjuntos de demonstrações contábeis (um individual e outro
consolidado), desde que seja declarada no conjunto de demonstrações contábeis
individuais, a existência das demonstrações contábeis consolidadas, por meio de
parágrafo de outros assuntos, conforme exemplificado no item 15 deste Comunicado. A
ausência de demonstrações contábeis consolidadas quando requerido pelas normas
contábeis e quando da emissão das demonstrações contábeis individuais, impede que essa
declaração seja efetuada. O CTA 12 traz orientação para situações em que as
demonstrações contábeis consolidadas de grupos econômicos não forem elaboradas.
12. Certas entidades, tais como instituições financeiras e demais entidades autorizadas a
funcionar pelo Banco Central do Brasil (BCB) ou seguradoras supervisionadas pela
Superintendência de Seguros Privados (Susep), cujas práticas contábeis são estabelecidas
pelos respectivos órgãos reguladores podem apresentar divergências em relação às
normas internacionais de relatório financeiro, devido a não adoção de normas e
orientações técnicas contábeis relevantes emitidas pelo CFC por falta de aprovação pelos
respectivos reguladores ou, ainda, por determinação dos reguladores, de adoção das
normas contábeis apenas no que não conflitar com as suas próprias normas e orientações.
13. Como as diferenças remanescentes entre as práticas contábeis adotadas por algumas
entidades reguladas, em relação às IFRS, ainda são significativas, não seria apropriada a
apresentação, lado a lado, de demonstrações contábeis individuais e consolidadas
elaboradas com a utilização de práticas contábeis diferentes. Logo, de forma geral, o
auditor está impossibilitado de emitir opinião sobre conjuntos distintos de demonstrações
contábeis apresentadas, por essas entidades, lado a lado em um único relatório.
14. Dessa forma, essas entidades devem apresentar suas demonstrações contábeis
individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis aplicáveis para seus
setores e, quando requerido, separadamente, outro conjunto de demonstrações contábeis
consolidadas elaboradas de acordo com as IFRS. Os relatórios de auditoria a serem
emitidos sobre demonstrações contábeis de entidades reguladas pelo BCB e pela Susep
devem também considerar as orientações específicas incluídas em outros comunicados,
quando aplicável.
15. Caso a entidade apresente dois conjuntos distintos de demonstrações contábeis, ou seja,
as demonstrações contábeis individuais separadamente das demonstrações contábeis
consolidadas, o auditor deve, também, emitir dois relatórios distintos. Nesse caso, com
as considerações necessárias para cada situação específica, o auditor deve adicionar
um parágrafo de outros assuntos no relatório das demonstrações contábeis individuais (ver
exemplo 1) e no relatório das demonstrações contábeis consolidadas (ver exemplo 2),
observando que esses exemplos, apresentados a seguir, devem ser adaptados a cada
relatório:
Exemplo 1:
Outros assuntos
Outros assuntos
16. Podem ocorrer situações em que a entidade, além de atender à legislação societária
brasileira mediante a apresentação das suas demonstrações contábeis individuais de
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, atenda também às normas
internacionais de relatório financeiro (IFRS). Nessa circunstância, a administração da
entidade deve analisar e concluir se as demonstrações contábeis individuais, elaboradas
de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, podem, também, ser declaradas
como estando de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS),
desde que atendidos a todos os seus requisitos, principalmente os específicos da NBC
TG 35 – Demonstrações Separadas (IAS 27), que trata das demonstrações contábeis
separadas, e da NBC TG 18 – Investimento em Coligada, em Controlada e em
Empreendimento Controlado em Conjunto (IAS 28) que dispõe sobre investimento em
coligada, em controlada e em empreendimento controlado em conjunto e que trata da
aplicação do método da equivalência patrimonial. O auditor deve analisar se de fato a
afirmação está adequada para o atendimento simultâneo das duas estruturas de relatório
financeiro. Em se confirmando a afirmação da administração, e conforme mencionado no
item 8, o relatório do auditor independente deve incluir um único parágrafo de opinião
sobre os dois conjuntos de demonstrações contábeis, conforme os exemplos apresentados
nos Apêndices II e IV, exceto se o relatório do auditor independente for emitido com
ressalvas, situação em que as opiniões podem ser apresentadas em separado, conforme
apresentado no Apêndice V.
18. A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é obrigatória para fins da legislação societária
brasileira somente para as companhias abertas. Por não ser uma demonstração
obrigatória de acordo com as IFRS, deve ser considerada uma informação suplementar
para esta estrutura de relatório financeiro. Por existir essa particularidade, a DVA deve
ser mencionada em parágrafo de outros assuntos, observando os exemplos apresentados
nos Apêndices III, IV, V e VII. Para manter a uniformidade dos relatórios de auditoria, a
referência à DVA deve seguir essa disposição.
19. Quando o auditor expressar opinião modificada, abstenção de opinião ou opinião adversa de
acordo com a NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente (ISA 705),
ele deve considerar as implicações do assunto que deu origem a essa modificação na DVA
e refletir tal fato no parágrafo de outros assuntos sobre a DVA (Apêndice V).
20. Para fins do item 18, pressupõe-se que as notas explicativas às demonstrações contábeis
divulguem a base de elaboração da DVA.
21. Nos casos em que o auditor comunicar (por regulação ou julgamento profissional) os
principais assuntos de auditoria, os itens 30 e 31 da NBC TA 700 – Formação da Opinião e
Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis (ISA
700) requerem que o auditor inclua no seu relatório uma seção denominada “Principais
Assuntos de Auditoria”, de acordo com a NBC TA 701 (ISA 701). A comunicação dos
Principais Assuntos de Auditoria (PAAs) no relatório do auditor sobre as demonstrações
contábeis individuais e consolidadas, divulgadas em um único conjunto de demonstrações
contábeis (lado a lado), pode ser efetuada de diversas maneiras, a saber:
(a) de forma separada, indicando, para cada PAA, se ele se aplica às demonstrações
contábeis individuais ou às consolidadas;
(b) de forma separada, apresentando os PAAs em duas seções separadas, como, por
exemplo, em seção específica para o consolidado e, em outra seção, mencionando
aqueles relacionados com as demonstrações contábeis individuais, por meio de
referência cruzada; ou
(c) de forma conjunta, por meio de indicação, no relatório do auditor, de que os PAAs
se aplicam tanto às demonstrações contábeis individuais como às consolidadas.
22. Essa seção deve ser incluída para as auditorias de conjuntos completos de
demonstrações contábeis de entidades listadas ou quando o auditor tem, por força de lei ou
regulamento, que comunicar os principais assuntos de auditoria no seu relatório, ou
decide, de acordo com o seu julgamento, assim fazê-lo. Nesses casos, as orientações
constantes na NBC TA 701 (ISA 701) devem ser aplicadas integralmente.
23. Os Apêndices I, II e VI apresentam modelos para entidades não listadas, não sendo
considerada, portanto, a seção “Principais Assuntos de Auditoria”. Os Apêndices III, IV e V
apresentam modelos para entidades listadas com a inclusão da seção “Principais Assuntos
de Auditoria”. O Apêndice VII apresenta modelo de relatório para entidade não listada, mas
que, por ter valores mobiliários com esforços restritos, é uma entidade regulada /
supervisionada pela CVM, conforme explicado no item 10. Por esse motivo, a seção
“Principais Assuntos de Auditoria” também foi incluída neste modelo de relatório do auditor
independente. Este Comunicado não contém exemplos de principais assuntos de auditoria.
(a) na auditoria de demonstrações contábeis de entidade não listada, o auditor tiver obtido
alguma ou todas as outras informações (Apêndices I, II e VII); ou
(b) na auditoria das demonstrações contábeis de entidade listada, o auditor tiver obtido ou
espera obter outras informações (Apêndices III a V).
25. Quando o auditor expressar opinião modificada ou opinião adversa de acordo com a NBC TA
705 (ISA 705), ele deve considerar as implicações do assunto que deu origem a essa
modificação na seção “Outras Informações” (Apêndice V).
26. A legislação societária brasileira requer que os administradores das sociedades por ações
divulguem o relatório da administração, que se enquadra na definição de “outras
informações” conforme a NBC TA 720 (ISA 720). No caso de companhias abertas, o Parecer
de Orientação CVM n.º 15/1987 traz orientações adicionais sobre o conteúdo mínimo do
relatório da administração. Além do relatório da administração, podem existir outras
divulgações que se enquadrem nessa definição e o auditor deve avaliar cada situação. Por
outro lado, outras entidades podem não ser requeridas a preparar “outras informações que
acompanham demonstrações contábeis e o relatório do auditor”, como, por exemplo,
sociedades limitadas, e, nessas circunstâncias, essa seção não é aplicável.
27. O item A52 da NBC TA 720 (ISA 720) esclarece ainda que, mesmo não sendo requerido
legalmente à entidade reportar outras informações, o auditor pode considerar que a
identificação no seu relatório das outras informações que ele espera obter após a data do seu
relatório é apropriada para fornecer transparência adicional sobre as outras informações que
estão sujeitas às responsabilidades do auditor nos termos dessa Norma.
28. Podem ocorrer situações em que, mesmo sendo requerido, a administração da entidade (i)
decida não elaborar o relatório da administração, ou (ii) prepara informação que, diante do
julgamento do auditor, não atenda aos objetivos estabelecidos em leis ou regulamentos,
como, por exemplo, uma frase de agradecimento ou introdutória para apresentação das
demonstrações contábeis. Esse tipo de informação não constitui “outras informações que
acompanham as demonstrações contábeis e o relatório do auditor” e, dessa forma, a seção
de “Outras informações” não deve ser incluída no relatório do auditor. Em ambas as
situações aqui descritas, o auditor deve considerar comunicar aos responsáveis pela
governança e à administração, nos termos da NBC TA 265 – Comunicação de Deficiências
de Controle Interno (ISA 265), o não atendimento dos requisitos da lei societária brasileira.
29. A situação descrita em (ii) do item 28 não se confunde com as distorções mencionadas nos
itens 12(b) e A6 da NBC TA 720 (ISA 720). Essas distorções mencionadas na referida Norma
decorrem de apresentação das outras informações de maneira incorreta ou enganosa,
inclusive porque omitem ou ocultam informações necessárias para o entendimento adequado
de questão divulgada nessas outras informações. Por exemplo, se as outras informações
pretendem tratar dos indicadores-chave de desempenho usados pela administração, então a
omissão de indicador-chave de desempenho usado pela administração pode indicar que as
outras informações são enganosas. Tais distorções sobre as outras informações que
acompanham as demonstrações contábeis e o relatório do auditor, quando relevantes,
devem ser consideradas pelo auditor independente em seu relatório nos termos da NBC TA
720 (ISA 720).
Parágrafo de ênfase e parágrafo de outros assuntos
30. De acordo com a NBC TA 706 – Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outros Assuntos no
Relatório do Auditor Independente (ISA 706), a localização do parágrafo de ênfase ou do
parágrafo de outros assuntos no relatório do auditor depende da natureza das informações a
serem comunicadas e do julgamento do auditor sobre a relevância dessas informações para
os usuários previstos em comparação com outros elementos que devam ser incluídos no
relatório. Os itens A16 e A17 dessa Norma fornecem orientação adicional sobre a localização
dos parágrafos de ênfase e de outros assuntos em circunstâncias específicas.
Abstenção de opinião
31. Nos termos dos itens 29 e A58 das NBCs TA 705 e 720, respectivamente, quando o auditor
se abstém de expressar opinião sobre as demonstrações contábeis, seu relatório não deve
incluir a seção “Principais assuntos de auditoria” ou a seção “Outras informações que
acompanham o relatório do auditor e as demonstrações contábeis”. Nos casos de abstenção
parcial sobre o desempenho das operações e os fluxos de caixa, o auditor deve avaliar se a
inclusão dessas seções em seu relatório poderia levar a entendimento equivocado de que a
opinião dada é sobre as demonstrações contábeis como um todo e não somente sobre o
balanço patrimonial. O Apêndice VI apresenta modelo de relatório de abstenção parcial para
entidade não listada, cujas cifras correspondentes, apresentadas para fins comparativos, não
foram auditadas por auditor independente. No referido Apêndice, a seção “Outras
informações” não foi apresentada pelo motivo acima mencionado.
Modelos de relatórios
32. Os exemplos apresentados nos Apêndices deste Comunicado foram elaborados a partir dos
modelos de relatórios extraídos da NBC TA 700 (ISA 700) e complementados com situações
práticas, para melhor elucidar esses exemplos. Uma vez que os apêndices deste
Comunicado não contemplam todas as situações possíveis, é requerido que os auditores
independentes atentem para todas as demais situações apresentadas nas seguintes normas:
(a) NBC TA 570 – Continuidade Operacional (ISA 570), quando for necessária a adição de
seção adicional relacionada à incerteza relevante quanto à continuidade operacional;
(b) NBC TA 701 (ISA 701), no caso de comunicação dos Principais Assuntos de Auditoria,
requerida para entidades listadas ou para outras entidades quando exigido por lei ou
regulamento, ou quando o auditor decide, de acordo com o seu julgamento, assim fazê-
lo;
(c) NBC TA 705 (ISA 705), no caso de o relatório conter modificações (adverso, abstenção
de opinião ou ressalva);
(d) NBC TA 706 (ISA 706), quando for necessária a adição de parágrafo de ênfase ou
parágrafo de outros assuntos;
(e) NBC TA 710 – Informações Comparativas – Valores Correspondentes e Demonstrações
Contábeis Comparativas (ISA 710), quando se tratar de demonstrações contábeis
comparativas em vez de valores correspondentes; e
(f) NBC TA 720 (ISA 720), nos casos de abstenção (parcial ou total), ou não, das outras
informações para menção no relatório do auditor.
33. Com exceção das seções “Opinião” e “Base para opinião”, a NBC TA 700 (ISA 700) não
estabelece exigências para ordenar os elementos do relatório do auditor. Os modelos de
relatórios apresentados nos apêndices deste Comunicado seguem a ordenação sugerida
pelas NBCs TA em seus exemplos de relatórios. Cada auditor deve, antes de emitir o seu
relatório, avaliar, exercendo o seu próprio julgamento e seguindo o disposto nas normas
referidas no item anterior, e determinar qual a melhor localização das demais seções do seu
relatório.
Vigência
Este Comunicado entra em vigor na data de sua publicação, revogando o CTA 25, publicado
no DOU, seção 1, de 22/2/2017.
Tabela resumo
(a) Conforme item 40(b) da NBC TA 700 (ISA 700), quando se tratar de auditoria das demonstrações
contábeis de entidades listadas, o seguinte parágrafo deve ser incluído na seção “Responsabilidades do
Auditor pela auditoria das demonstrações contábeis”, relacionado ao cumprimento de exigências éticas
relevantes relacionadas à independência:
“Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as
exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos todos
os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa
independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas.”
(b) Conforme item 40(c) da NBC TA 700 (ISA 700), para a auditoria das demonstrações contábeis de
entidades listadas e quaisquer outras entidades para as quais os principais assuntos de auditoria são
comunicados, de acordo com a NBC TA 701 (ISA 701), o auditor deve incluir o seguinte parágrafo sobre
sua comunicação aos responsáveis pela governança da entidade:
“Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança, determinamos
aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das demonstrações contábeis do
exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os principais assuntos de auditoria. Descrevemos
esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que lei ou regulamento tenha proibido
divulgação pública do assunto, ou quando, em circunstâncias extremamente raras, determinarmos que
o assunto não deve ser comunicado em nosso relatório porque as consequências adversas de tal
comunicação podem, dentro de uma perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação para
o interesse público.”
(c) Nesse exemplo, considera-se que a Companhia possui controladas, cujas demonstrações contábeis não
possuem ajustes materiais no resultado do exercício, nem no patrimônio líquido, fato que não resulta em
ajustes no saldo do investimento, nem no resultado da equivalência patrimonial (quando pode ser
utilizado o modelo do Apêndice IV). Entretanto, o balanço patrimonial da controlada, para fins desse
exemplo, inclui saldo de contas a receber totalmente registrado no ativo circulante, quando parte
deveria, pelo prazo de vencimento, ser registrada no ativo não circulante. Não existe, nesse exemplo,
ajuste material no resultado do exercício, nem no patrimônio líquido, somente ajustes de reclassificações
entre contas de ativo no balanço da controlada, que somente aparecem nas demonstrações contábeis
consolidadas. A distorção é considerada relevante, mas não generalizada para as demonstrações
contábeis consolidadas (ou seja, é apropriada uma “opinião com ressalva” no consolidado).
(d) Conforme item 39(c) da NBC TA 700 (ISA 700), o seguinte parágrafo deve ser incluído no relatório do
auditor quando a NBC TA 600 – Considerações Especiais - Auditorias de Demonstrações Contábeis de
Grupos, Incluindo o Trabalho dos Auditores dos Componentes (ISA 600) se aplicar:
“Obtivemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras das
entidades ou atividades de negócio do grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações
contábeis individuais e consolidadas. Somos responsáveis pela direção, supervisão e desempenho da
auditoria do grupo e, consequentemente, pela opinião de auditoria.”
Os auditores devem considerar outras circunstâncias em que esse parágrafo também pode ser incluído,
além de auditoria de demonstrações contábeis consolidadas, como, por exemplo, no caso de entidade
com investimentos em controladas, empreendimentos controlados em conjunto ou coligadas que
apresenta demonstrações contábeis individuais em separado das demonstrações consolidadas ou
quando a entidade tiver apenas investimentos em coligadas ou empreendimentos controlados em
conjunto e a NBC TA 600 (ISA 600) também se aplicar. Nesses casos, o parágrafo abaixo também deve
ser incluído:
“Obtivemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras das
entidades ou atividades de negócio do grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações
contábeis [individuais]. Somos responsáveis pela direção, supervisão e desempenho da auditoria do
grupo e, consequentemente, pela opinião de auditoria.”
(e) Entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor, ocorreu um incêndio nas
instalações fabris da entidade, que foi divulgado pela entidade como evento subsequente. De acordo
com o julgamento do auditor, o assunto tem tal importância que é fundamental para o entendimento das
demonstrações contábeis pelos usuários. O assunto exigiu uma atenção significativa do auditor na
auditoria das demonstrações contábeis no período corrente.
Apêndice I – Modelo de relatório do auditor independente de entidade não listada, sem
modificação e com parágrafo de ênfase
Opinião
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.
Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir,
intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis”. Somos
independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos
no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho
Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com
essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para
fundamentar nossa opinião.
Nossa opinião sobre as demonstrações contábeis não abrange o Relatório da Administração e não
expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório.
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, tomadas em
conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e
emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de
segurança, mas, não, uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas
brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes
existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes
quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável,
as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações contábeis.
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
(1) No caso de o relatório cobrir outros aspectos legais e regulatórios, é necessário incluir subtítulo para especificar a
primeira parte do relatório, “Relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis”, e, no final do relatório, outro
subtítulo para a segunda parte, “Relatório sobre outros requisitos legais e regulatórios”.
(2) Nos termos da legislação societária brasileira, o Relatório da Administração é divulgado em conjunto com as
demonstrações contábeis. No entanto, podem existir outros relatórios divulgados em conjunto com as
demonstrações contábeis. Nesses casos, a redação do parágrafo acima deve ser alterada para incluir o nome dos
relatórios que acompanham as demonstrações contábeis.
(3) Em todos esses exemplos de relatório do auditor, os termos “administração” e “responsáveis pela governança”
podem precisar ser substituídos por outros termos mais apropriados no contexto da estrutura legal de determinada
jurisdição.
(4) De acordo com o item A49 da NBC TA 700 (ISA 700), quando as pessoas responsáveis pela supervisão do
processo de apresentação de relatórios financeiros forem os mesmos responsáveis pela elaboração das
demonstrações contábeis, não é necessário fazer nenhuma referência às responsabilidades pela supervisão.
(5) Essa sentença deve ser modificada, conforme adequado, nas circunstâncias em que o auditor também tem a
responsabilidade de expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos em conjunto com a auditoria das
demonstrações contábeis.
Apêndice II – Modelo de relatório do auditor independente sobre as demonstrações
contábeis individuais e consolidadas, de entidade não listada, elaboradas de acordo com
as práticas contábeis adotadas no Brasil e também de acordo com as IFRS, apresentadas
em conjunto (lado a lado) e que não apresentam diferença entre o resultado e o patrimônio
líquido nessas práticas contábeis.
Opinião
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.
Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir,
intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis individuais e
consolidadas”. Somos independentes em relação à Companhia e suas controladas, de acordo
com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas
normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as
demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de
auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis individuais e
consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se
causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança
razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de
acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais
distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são
consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de
uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas
demonstrações contábeis.
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
(1) No caso de o relatório cobrir outros aspectos legais e regulatórios, é necessário incluir subtítulo para especificar a
primeira parte do relatório, “Relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis”, e, no final do relatório, outro
subtítulo para a segunda parte, “Relatório sobre outros requisitos legais e regulatórios”.
(2) Nos termos da legislação societária brasileira, o Relatório da Administração é divulgado em conjunto com as
demonstrações contábeis. No entanto, podem existir outros relatórios divulgados em conjunto com as
demonstrações contábeis. Nesses casos, a redação do parágrafo acima deve ser alterada para incluir o nome dos
relatórios que acompanham as demonstrações contábeis.
(3) Em todos esses exemplos de relatório do auditor, os termos “administração” e “responsáveis pela governança”
podem precisar ser substituídos por outros termos mais apropriados no contexto da estrutura legal de determinada
jurisdição.
(4) De acordo com o item A49 da NBC TA 700 (ISA 700), quando as pessoas responsáveis pela supervisão do
processo de apresentação de relatórios financeiros forem os mesmos responsáveis pela elaboração das
demonstrações contábeis, não é necessário fazer nenhuma referência às responsabilidades pela supervisão.
(5) Essa sentença deve ser modificada, conforme adequado, nas circunstâncias em que o auditor também tem a
responsabilidade de expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos em conjunto com a auditoria das
demonstrações contábeis.
Apêndice III – Modelo de relatório do auditor independente, de entidade listada, com
opiniões separadas sobre as (i) demonstrações contábeis individuais elaboradas de acordo
com as práticas contábeis adotadas no Brasil e (ii) demonstrações contábeis consolidadas
elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e também com as IFRS,
apresentadas em conjunto (lado a lado).
Opinião
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.
Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir,
intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis individuais e
consolidadas”. Somos independentes em relação à Companhia e suas controladas, de acordo
com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas
normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as
demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de
auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Principais assuntos de auditoria são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os
mais significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no
contexto de nossa auditoria das demonstrações contábeis individuais e consolidadas como um
todo e na formação de nossa opinião sobre essas demonstrações contábeis individuais e
consolidadas e, portanto, não expressamos uma opinião separada sobre esses assuntos.
(Descrição de cada um dos principais assuntos de auditoria, de acordo com a NBC TA 701 (ISA
701), item 13).(2)
Outros assuntos
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis individuais e
consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se
causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança
razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de
acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais
distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são
consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de
uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas
demonstrações contábeis.
Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança,
determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das
demonstrações contábeis do exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os principais
assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que
lei ou regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em circunstâncias
extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser comunicado em nosso relatório
porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de uma perspectiva
razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público.
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
(1) No caso de o relatório cobrir outros aspectos legais e regulatórios, é necessário incluir subtítulo para especificar a
primeira parte do relatório, “Relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis”, e, no final do relatório, outro
subtítulo para a segunda parte, “Relatório sobre outros requisitos legais e regulatórios”.
(2) O item 13 da NBC TA 701 (ISA 701) descreve que cada um dos Principais Assuntos de Auditoria deve: (i) fazer
referência às correspondentes divulgações, se houver, nas demonstrações contábeis; (ii) abordar o motivo pelo qual o
assunto foi considerado como um dos mais significativos na auditoria e, portanto, determinado como principal assunto
de auditoria; e (iii) como o assunto foi tratado na auditoria das demonstrações contábeis. O item A46 dessa mesma
Norma traz outros elementos que podem ser mencionados na explicação de como o principal assunto foi tratado na
auditoria, como, por exemplo, a indicação do resultado dos procedimentos do auditor ou as principais observações
relativas ao assunto. A quantidade de detalhes a ser fornecida, nos termos do item A46, é uma questão de julgamento
profissional.
(3) Nos termos da legislação societária brasileira, o Relatório da Administração é divulgado em conjunto com as
demonstrações contábeis. No entanto, podem existir outros relatórios divulgados em conjunto com as demonstrações
contábeis. Nesses casos, a redação do parágrafo acima deve ser alterada para incluir o nome dos relatórios que
acompanham as demonstrações contábeis.
(4) Em todos esses exemplos de relatório do auditor, os termos “administração” e “responsáveis pela governança” podem
precisar ser substituídos por outros termos mais apropriados no contexto da estrutura legal de determinada jurisdição.
(5) Essa sentença deve ser modificada, conforme adequado, nas circunstâncias em que o auditor também tem a
responsabilidade de expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos em conjunto com a auditoria das
demonstrações contábeis.
Apêndice IV – Modelo de relatório do auditor independente sobre as demonstrações
contábeis individuais e consolidadas de entidade listada, elaboradas de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil e também de acordo com as IFRS, apresentadas em
conjunto (lado a lado) e que não apresentam diferença entre o resultado e o patrimônio
líquido.
Opinião
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.
Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir,
intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis individuais e
consolidadas”. Somos independentes em relação à Companhia e suas controladas, de acordo com
os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas
profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais
responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria
obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Principais assuntos de auditoria são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os mais
significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no contexto
de nossa auditoria das demonstrações contábeis individuais e consolidadas como um todo e na
formação de nossa opinião sobre essas demonstrações contábeis individuais e consolidadas e,
portanto, não expressamos uma opinião separada sobre esses assuntos.
(Descrição de cada um dos principais assuntos de auditoria, de acordo com a NBC TA 701 (ISA
701), item 13).(2)
Outros assuntos
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis individuais e
consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se
causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança
razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de
acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais
distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são
consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de
uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas
demonstrações contábeis.
Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as
exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos
todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa
independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas.
Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança,
determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das
demonstrações contábeis do exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os principais
assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que
lei ou regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em circunstâncias
extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser comunicado em nosso relatório
porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de uma perspectiva
razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público.
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
(1) No caso de o relatório cobrir outros aspectos legais e regulatórios, é necessário incluir subtítulo para especificar a
primeira parte do relatório, “Relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis”, e, no final do relatório, outro
subtítulo para a segunda parte, “Relatório sobre outros requisitos legais e regulatórios”.
(2) O item 13 da NBC TA 701 (ISA 701) descreve que cada um dos Principais Assuntos de Auditoria deve: (i) fazer
referência às correspondentes divulgações, se houver, nas demonstrações contábeis; (ii) abordar o motivo pelo qual o
assunto foi considerado como um dos mais significativos na auditoria e, portanto, determinado como principal assunto
de auditoria; e (iii) como o assunto foi tratado na auditoria das demonstrações contábeis. O item A46 dessa mesma
Norma traz outros elementos que podem ser mencionados na explicação de como o principal assunto foi tratado na
auditoria, como, por exemplo, a indicação do resultado dos procedimentos do auditor ou as principais observações
relativas ao assunto. A quantidade de detalhes a ser fornecida, nos termos do item A46, é uma questão de julgamento
profissional.
(3) Nos termos da legislação societária brasileira, o Relatório da Administração é divulgado em conjunto com as
demonstrações contábeis. No entanto, podem existir outros relatórios divulgados em conjunto com as demonstrações
contábeis. Nesses casos, a redação do parágrafo acima deve ser alterada para incluir o nome dos relatórios que
acompanham as demonstrações contábeis.
(4) Em todos esses exemplos de relatório do auditor, os termos “administração” e “responsáveis pela governança” podem
precisar ser substituídos por outros termos mais apropriados no contexto da estrutura legal de determinada jurisdição.
(5) Essa sentença deve ser modificada, conforme adequado, nas circunstâncias em que o auditor também tem a
responsabilidade de expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos em conjunto com a auditoria das
demonstrações contábeis.
Apêndice V – Modelo de relatório do auditor independente sobre as demonstrações
contábeis individuais e consolidadas de entidade listada, com opiniões separadas –
modificada no consolidado e não modificada no individual, dúvida significativa sobre a
continuidade operacional da Companhia e parágrafos de ênfase e de outros assuntos.
Opinião
Em nossa opinião, exceto pelos efeitos do assunto descrito na seção a seguir, intitulada “Base
para opinião sobre as demonstrações contábeis individuais e opinião com ressalva sobre as
demonstrações contábeis consolidadas", as demonstrações contábeis consolidadas acima
referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e
financeira consolidada da Companhia em 31 de dezembro de 20X1, o desempenho consolidado
de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo nessa data, de
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as normas internacionais de relatório
financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (Iasb).
Base para opinião sobre as demonstrações contábeis individuais e opinião com ressalva
sobre as demonstrações contábeis consolidadas
O ativo circulante das demonstrações contábeis consolidadas inclui recebíveis da controlada XYZ
vencíveis entre 400 e 500 dias após 31 de dezembro de 20X1, no montante de R$ XXX mil, que
deveriam estar classificados no ativo não circulante. De forma similar, parte dos financiamentos
dessa mesma controlada no valor de R$ ZZZ mil, em 31 de dezembro de 20X1, mencionado na
nota explicativa X, vence em 20X2 e, portanto, deveria estar classificado no passivo circulante.
Essas classificações indevidas no balanço patrimonial consolidado afetam significativamente a
apresentação das demonstrações contábeis consolidadas da Companhia.
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.
Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir,
intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis individuais e
consolidadas”. Somos independentes em relação à Companhia e suas controladas, de acordo
com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas
normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as
demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de
auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião não modificada sobre
as demonstrações contábeis individuais e com ressalva sobre as demonstrações contábeis
consolidadas.
Chamamos a atenção para a Nota 1 às demonstrações contábeis, que indica que a Companhia
incorreu no prejuízo de R$ ZZZ mil (consolidado – R$ XXX mil) durante o exercício findo em 31 de
dezembro de 20X1 e, conforme balanço patrimonial nessa data, o passivo circulante da
Companhia excedeu o total do ativo em R$ YYY mil (consolidado – R$ XXX mil). Conforme
apresentado na Nota 1, esses eventos ou condições, juntamente com outros assuntos descritos
nessa nota, indicam a existência de incerteza relevante que pode levantar dúvida significativa
quanto à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Nossa opinião não está
ressalvada em relação a esse assunto.
Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante nas outras
informações obtidas antes da data deste relatório, somos requeridos a comunicar esse fato. Em
decorrência do assunto descrito na Seção “Base para opinião com ressalva”, concluímos que
as outras informações também apresentam distorção relevante pela mesma razão com relação
aos valores e outros aspectos descritos na referida seção.
Principais assuntos de auditoria são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os
mais significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no
contexto de nossa auditoria das demonstrações contábeis individuais e consolidadas como um
todo e na formação de nossa opinião sobre essas demonstrações contábeis individuais e
consolidadas e, portanto, não expressamos uma opinião separada sobre esses assuntos. Além
dos assuntos descritos nas seções “Base para opinião com ressalva” e “Incerteza relevante
relacionada com a continuidade operacional”, determinamos que os assuntos descritos abaixo
são os principais assuntos de auditoria a serem comunicados em nosso relatório.
(Descrição de cada um dos principais assuntos de auditoria, de acordo com a NBC TA 701 (ISA
701), item 13).(5)
Outros assuntos
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis individuais e
consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se
causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança
razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de
acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais
distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são
consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de
uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas
demonstrações contábeis.
Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as
exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos
todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa
independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas.
Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança,
determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das
demonstrações contábeis do exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os principais
assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que
lei ou regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em circunstâncias
extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser comunicado em nosso relatório
porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de uma perspectiva
razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público.
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
(1) No caso de o relatório cobrir outros aspectos legais e regulatórios, é necessário incluir subtítulo para especificar a
primeira parte do relatório, “Relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis”, e, no final do relatório, outro
subtítulo para a segunda parte, “Relatório sobre outros requisitos legais e regulatórios”.
(2) Nesse exemplo, a ressalva não impactou as demonstrações contábeis individuais. Adaptar quando necessário.
(3) Quando a ressalva impactar também “Outras informações”, é necessário incluir a seção imediatamente após a
seção “Base para opinião com ressalva” para fornecer o contexto apropriado à opinião do auditor, nos termos do
Apêndice 2 da NBC TA 720 (ISA 720).
(4) Nos termos da legislação societária brasileira, o Relatório da Administração é divulgado em conjunto com as
demonstrações contábeis. No entanto, podem existir outros relatórios divulgados em conjunto com as
demonstrações contábeis. Nesses casos, a redação do parágrafo acima deve ser alterada para incluir o nome dos
relatórios que acompanham as demonstrações contábeis.
(5) O item 13 da NBC TA 701 (ISA 701) descreve que cada um dos Principais Assuntos de Auditoria deve: (i) fazer
referência às correspondentes divulgações, se houver, nas demonstrações contábeis; (ii) abordar o motivo pelo qual
o assunto foi considerado como um dos mais significativos na auditoria e, portanto, determinado como principal
assunto de auditoria; e (iii) como o assunto foi tratado na auditoria das demonstrações contábeis. O item A46 dessa
mesma Norma traz outros elementos que podem ser mencionados na explicação de como o principal assunto foi
tratado na auditoria, como, por exemplo, a indicação do resultado dos procedimentos do auditor ou as principais
observações relativas ao assunto. A quantidade de detalhes a ser fornecida, nos termos do item A46, é uma questão
de julgamento profissional.
(6) Nos casos em que a ressalva afetar diretamente a DVA, a redação deve ser alterada para: “(...) Em nossa opinião,
exceto pelos efeitos do assunto descrito na seção intitulada “Base para opinião com ressalva”, as referidas
demonstrações do valor adicionado foram adequadamente elaboradas, em todos os aspectos relevantes, segundo
os critérios definidos nessa Norma e são consistentes em relação às demonstrações contábeis individuais e
consolidadas tomadas em conjunto.
(7) Em todos esses exemplos de relatório do auditor, os termos “administração” e “responsáveis pela governança”
podem precisar ser substituídos por outros termos mais apropriados no contexto da estrutura legal de determinada
jurisdição.
(8) Essa sentença deve ser modificada, conforme adequado, nas circunstâncias em que o auditor também tem a
responsabilidade de expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos em conjunto com a auditoria das
demonstrações contábeis.
Apêndice VI – Modelo de relatório do auditor independente de entidade não listada,
contendo opinião sobre o balanço patrimonial e abstenção de opinião sobre o desempenho
das operações e os fluxos de caixa.
Base para abstenção de opinião sobre o desempenho das operações e os fluxos de caixa
Por termos sido nomeados auditores da Companhia durante o exercício de 20X1, não foi possível
acompanhar a contagem física dos estoques no início desse exercício ou nos satisfazer por meios
alternativos quanto às quantidades e saldos em estoque em 31 de dezembro de 20X0, que estão
registrados no balanço patrimonial por $ xxx. Consequentemente, não foi possível determinar a
existência de eventuais efeitos nos saldos do balanço patrimonial em 1º de janeiro de 20X1 que
possam ter afetado a apuração do resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 20X1, bem
como as correspondentes demonstrações do resultado abrangente, das mutações do patrimônio
líquido e dos fluxos de caixa.
Nossa auditoria do balanço patrimonial foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e
internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão
descritas na seção a seguir, intitulada “Responsabilidades dos auditores pela auditoria do balanço
patrimonial”. Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos
relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais
emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades
éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente
e apropriada para fundamentar nossa opinião sobre a posição patrimonial e financeira.(5)
Outros assuntos
Não examinamos, nem foram examinadas por outros auditores independentes as demonstrações
contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 20X0, cujas cifras estão apresentadas para
fins comparativos, e, consequentemente, não emitimos opinião sobre elas.
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que o balanço patrimonial está livre de
distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de
auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas, não,
uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais
de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem
ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em
conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos
usuários tomadas com base no referido balanço patrimonial.
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
(1) N
o caso de o relatório cobrir outros aspectos legais e regulatórios, é necessário incluir subtítulo para especificar a
primeira parte do relatório, “Relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis”, e, no final do relatório, outro
subtítulo para a segunda parte, “Relatório sobre outros requisitos legais e regulatórios”.
(2) E
m todos esses exemplos de relatório do auditor, os termos “administração” e “responsáveis pela governança” podem
precisar ser substituídos por outros termos mais apropriados no contexto da estrutura legal de determinada jurisdição.
(3) D
e acordo com o item A49 da NBC TA 700 (ISA 700), quando as pessoas responsáveis pela supervisão do processo
de apresentação de relatórios financeiros forem os mesmos responsáveis pela elaboração das demonstrações
contábeis, não é necessário fazer nenhuma referência às responsabilidades pela supervisão.
(4) E
ssa sentença deve ser modificada, conforme adequado, nas circunstâncias em que o auditor também tem a
responsabilidade de expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos em conjunto com a auditoria das
demonstrações contábeis.
(5) N
os casos de abstenção parcial, o parágrafo sobre a afirmação da independência fica localizado nessa seção pelo fato
de que o auditor pode emitir opinião sobre o balanço patrimonial. Nos casos de abstenção total de opinião, esse
parágrafo é transferido para a seção de responsabilidades do auditor, conforme descrito no item 28(c) da NBC TA 705
(ISA 705).
(6) E
sse parágrafo deve ser removido quando a entidade não apresentar investimentos mensurados pelo custo ou pela
equivalência patrimonial.
Apêndice VII – Modelo de relatório do auditor independente sobre as demonstrações
contábeis individuais e consolidadas, de entidade não listada com valores mobiliários
emitidos com esforços restritos, nos termos da ICVM 476/2009, elaboradas de acordo com
as práticas contábeis adotadas no Brasil e também de acordo com as IFRS, apresentadas
em conjunto (lado a lado) e que não apresentam diferença entre o resultado e o patrimônio
líquido.
Opinião
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.
Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir,
intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis individuais e
consolidadas”. Somos independentes em relação à Companhia e suas controladas, de acordo com
os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas
profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais
responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria
obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Principais assuntos de auditoria são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os mais
significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no contexto
de nossa auditoria das demonstrações contábeis individuais e consolidadas como um todo e na
formação de nossa opinião sobre essas demonstrações contábeis individuais e consolidadas e,
portanto, não expressamos uma opinião separada sobre esses assuntos.
(Descrição de cada um dos principais assuntos de auditoria, de acordo com a NBC TA 701 (ISA
701), item 13).(2)
Outros assuntos
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis individuais e
consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se
causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança
razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de
acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais
distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são
consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de
uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas
demonstrações contábeis.
Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança,
determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das
demonstrações contábeis do exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os principais
assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que
lei ou regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em circunstâncias
extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser comunicado em nosso relatório
porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de uma perspectiva
razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público.
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
(1) No caso de o relatório cobrir outros aspectos legais e regulatórios, é necessário incluir subtítulo para especificar a
primeira parte do relatório, “Relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis”, e, no final do relatório, outro
subtítulo para a segunda parte, “Relatório sobre outros requisitos legais e regulatórios”.
(2) O item 13 da NBC TA 701 (ISA 701) descreve que cada um dos Principais Assuntos de Auditoria deve: (i) fazer
referência às correspondentes divulgações, se houver, nas demonstrações contábeis; (ii) abordar o motivo pelo qual
o assunto foi considerado como um dos mais significativos na auditoria e, portanto, determinado como principal
assunto de auditoria; e (iii) como o assunto foi tratado na auditoria das demonstrações contábeis. O item A46 dessa
mesma Norma traz outros elementos que podem ser mencionados na explicação de como o principal assunto foi
tratado na auditoria, como, por exemplo, a indicação do resultado dos procedimentos do auditor ou as principais
observações relativas ao assunto. A quantidade de detalhes a ser fornecida, nos termos do item A46, é uma questão
de julgamento profissional.
(3) A DVA não é obrigatória conforme a NBC TG 09 para essas entidades, mas, se apresentada, é considerada
informação suplementar. Caso contrário, remover essa seção.
(4) Nos termos da legislação societária brasileira, o Relatório da Administração é divulgado em conjunto com as
demonstrações contábeis. No entanto, podem existir outros relatórios divulgados em conjunto com as
demonstrações contábeis. Nesses casos, a redação do parágrafo acima deve ser alterada para incluir o nome dos
relatórios que acompanham as demonstrações contábeis.
(5) Em todos esses exemplos de relatório do auditor, os termos “administração” e “responsáveis pela governança”
podem precisar ser substituídos por outros termos mais apropriados no contexto da estrutura legal de determinada
jurisdição.
(6) De acordo com o item A49 da NBC TA 700 (ISA 700), quando as pessoas responsáveis pela supervisão do
processo de apresentação de relatórios financeiros forem os mesmos responsáveis pela elaboração das
demonstrações contábeis, não é necessário fazer nenhuma referência às responsabilidades pela supervisão.
(7) Essa sentença deve ser modificada, conforme adequado, nas circunstâncias em que o auditor também tem a
responsabilidade de expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos em conjunto com a auditoria das
demonstrações contábeis.
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, CTA 27, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2019
Sumário Item
Objetivo 1
Introdução 2 – 16
Entendimento e orientação aos auditores 17 – 21
Modelo de relatório do auditor 22
Vigência
Apêndice
Objetivo
1. Este Comunicado Técnico tem por objetivo orientar os auditores independentes na emissão
do relatório do auditor independente sobre as demonstrações contábeis de entidades de
incorporação imobiliária a partir do exercício social encerrado em, ou após, 31 de dezembro
de 2018. A orientação é necessária, dado o andamento das discussões sobre o impacto da
NBC TG 47 – Receita de Contrato com Cliente nas demonstrações contábeis das entidades
de incorporação imobiliária.
Introdução
2. O CPC 47 foi emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), aprovado pelo
Conselho Federal de Contabilidade (CFC) em 25 de novembro de 2016, por meio da NBC
TG 47, e também pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 22 de dezembro de
2016, por meio da Deliberação CVM 672, e tem sua vigência iniciada para as entidades com
os exercícios iniciados em, ou após, 1º de janeiro de 2018. O CPC 47 se correlaciona ao
IFRS 15 – Revenue from Contracts with Customers, emitido pelo International Accounting
Standards Board (IASB). A NBC TG 47 substitui as normas, interpretações e comunicados
existentes sobre receita, incluindo, entre outros, a NBC TG 30 – Receitas e o NBC TG 17 –
Contratos de Construção, e estabelece princípios e critérios a serem adotados para
reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação da receita de contrato com
cliente, inclusive da venda de unidade imobiliária não concluída.
3. De acordo com a NBC TG 47, a entidade deve identificar quais são as promessas de
transferir ao cliente o bem ou serviço, e avaliar quais dessas são distintas para as quais a
entidade avalia o reconhecimento de receita de forma individual. Essa norma atribui o termo
“obrigação de performance” a essas promessas de bem ou serviço que sejam distintas.
Observa-se que o reconhecimento de receita de contratos com clientes passa a ter nova
disciplina normativa, baseada na transferência do controle do bem ou serviço prometido,
seja essa transferência observada em momento específico do tempo (at a point in time),
seja essa transferência observada ao longo do tempo (over time), conforme a satisfação ou
não das denominadas “obrigações de performance” contratuais. Nesse contexto, a entidade
deve avaliar o momento de quando ocorre a transferência de controle, isto é, o momento em
que se cumpre a obrigação de performance ao transferir o bem ou serviço ao cliente, e
avaliar se os critérios para reconhecimento da receita ao longo do tempo são atendidos e,
caso não sejam, a entidade deve reconhecer a receita em momento específico.
6. Após a emissão da IFRS 15 pelo International Accounting Standards Board (Iasb), o CPC
constituiu um grupo de trabalho, em 2016, para analisar os impactos da adoção da IFRS 15
(e, consequentemente, da NBC TG 47) para entidades de incorporação imobiliária. Como
resultado das discussões desse grupo, uma revisão do OCPC 04 (versão R1) foi colocada
em audiência pública no ano de 2017. Durante as discussões do grupo de trabalho do CPC,
e como parte do processo de audiência pública, o Ibracon indicou a existência de dúvidas
razoáveis quanto a se os critérios de reconhecimento de receita ao longo do tempo do CPC
47 e IFRS 15 são efetivamente atendidos para determinados tipos de contratos de venda de
unidades imobiliárias residenciais, recomendando que o CPC efetuasse uma consulta sobre
o tema ao IFRS Interpretations Committee (IFRS IC). Tal consulta foi submetida ao IFRS IC
contendo considerações sobre as características comuns de contratos de incorporação
imobiliária no Brasil. Cabe lembrar que essa consulta considerou apenas os contratos de
venda de unidades imobiliárias financiadas pelo próprio incorporador ou por instituições
financeiras, não se aplicando aos contratos de venda na modalidade de crédito associativo e
outros tipos de contratos que possuam características diferentes daquelas descritas na
consulta.
7. Considerando que, até dezembro de 2017, não havia uma deliberação definitiva do IFRS IC,
e a iminência do início da vigência do CPC 47 a partir de 1º de janeiro de 2018, a CVM
emitiu o Ofício-Circular/CVM/SNC/SEP/n.º 01/2008 orientando que fosse mantido o
tratamento contábil emanado da OCPC 04 que veio sendo dado até então para o
reconhecimento de receitas de incorporadoras imobiliárias nos contratos referidos
anteriormente, até que o CPC pudesse concluir sua análise sobre o tema.
9. Na reunião de agosto de 2018, o CPC deliberou, após ser dado conhecimento sobre a
manifestação de entendimento da CVM, que não mais caberia discussão do assunto no
âmbito do CPC.
10. Em sua reunião de fevereiro de 2019, o mesmo Comitê deliberou pela formação de um
grupo de trabalho, com a finalidade de analisar as implicações no caso de revogação ou
modificação do CTG 04, em decorrência da aplicação da NBC TG 47.
11. A partir da vigência do CPC 47, a avaliação sobre o reconhecimento de receita ao longo do
tempo para entidades de incorporação imobiliária foi objeto de manifestação da CVM, por
meio do item 6 (Reconhecimento de Receita – POC: IFRS n.º 15 x IFRIC n.º 15) do Ofício-
Circular/CVM/SNC/SEP 01/2018. O último parágrafo do referido item do Ofício-Circular inclui
o seguinte:
“(...) Enquanto o processo de discussão da OCPC 04 não for concluído e de forma a
permitir a previsibilidade normativa, evitar prejuízos informacionais ao mercado de
capitais brasileiro e evitar transtornos aos departamentos de contabilidade e controladoria
das empresas, as áreas técnicas da CVM orientam o mercado no sentido de observar o
que está previsto na OCPC n. 04 ora vigente, aprovada pela Deliberação CVM n.º
653/2010, aplicando-se aos ajustes que se fizerem necessários em função da vigência da
IFRS n. 15 para 01.01.2018, quando da elaboração das demonstrações contábeis das
entidades de incorporação imobiliária no Brasil nos exercícios encerrados em, ou após,
31.12.2017.”
12. Com o objetivo de orientar as entidades registradas na CVM, bem como os seus auditores,
em atendimento a decisão da diretoria Colegiada da CVM de 3 de julho de 2018, as
Superintendências de Normas Contábeis e de Auditoria (SNC) e de Relações com
Empresas (SEP) emitiram o Ofício-Circular/CVM/SNC/SEP/n.º 02/2018 no dia 12 de
dezembro de 2018, a qual descreve manifestação da CVM a respeito da aplicação da NBC
TG 47 para certos tipos de transações oriundas de contratos de compra e venda de unidade
imobiliária não concluída nas entidades brasileiras do setor de incorporação imobiliária,
registradas na CVM (entidade).
13. Em síntese, o Ofício-Circular afirma que a aplicação da NBC TG 47 (IFRS 15) às transações
de venda de unidades imobiliárias não concluídas, realizadas por entidades registradas na
CVM do setor de incorporação imobiliária, têm questões centrais, como: (a) o foco no
contrato (unidade de conta); (b) o monitoramento contínuo dos contratos; (c) uma estrutura
de controles internos em padrão de qualidade considerado, no mínimo, aceitável para os
propósitos aos quais se destina; (d) a realização de ajustamentos tempestivos; e (e) a
qualidade da informação (valor preditivo e confirmatório das demonstrações contábeis).
14. A CVM entende que a adoção de uma ou outra política contábil será função de adequadas
análises contratuais por parte da administração da entidade, em linha com os ditames da
norma. Para o caso específico do setor de incorporação imobiliária, a aplicação do método
de reconhecimento de receita denominado “Percentage of Completion – POC” (over time) ou
adoção do método das chaves “at a point in time”, por exemplo, decorrerá dessa avaliação e
deverá indicar os fatores técnicos, econômicos, financeiros, legais, etc., que deem causa ao
início do processo de reconhecimento de receita, momento esse que representa a
declaração da companhia, perante terceiros, de seu compromisso quanto ao
desenvolvimento efetivo de empreendimento imobiliário.
15. De acordo com o Ofício-Circular, na avaliação da entidade quanto ao critério a ser adotado
para o reconhecimento de receita de contratos de incorporação imobiliária residencial no
Brasil, a condição sine qua non para a aplicação do POC, é a existência de estrutura de
controles internos - framework - com padrão de qualidade adequado para o perfeito
atendimento do atributo fundamental da representação fidedigna. Deficiências identificadas
nessa estrutura de controle, conforme previsto na Instrução CVM n.º 308/1999, art. 25,
inciso II, devem ser incluídas no relatório circunstanciado endereçado à administração e aos
órgãos de governança competentes da entidade.
16. Ainda de acordo com o Ofício-Circular, a definição e aprovação de política contábil que
indique, com objetividade e clareza, o momento em que a administração identifica incertezas
quanto à entrada de fluxos de caixa para a entidade é condição sine qua non para a
aplicação consistente do processo de ajustamentos contábeis tempestivos sobre as
estimativas de mensurações vinculadas às denominadas “provisões para distratos”.
20. A base de elaboração das demonstrações contábeis e o relatório do auditor devem ser
adaptados para as entidades não registradas na CVM que optarem por seguir esse Oficio
circular, conforme mencionado no item 17.
21. O auditor deve assegurar que o conteúdo do relatório de auditoria está consistente com as
representações da administração, incluindo a informação de que as demonstrações
contábeis foram elaboradas de acordo com as respectivas normas contábeis adotadas como
aprovadas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), quando aplicável, como
orientado por meio do Ofício-Circular/CVM/SNC/SEP/n.º 02/2018, emitido pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM).
22. Para que se mantenha a consistência na emissão do relatório por parte do auditor
independente, este Comunicado inclui, no Apêndice, modelo de relatório a ser emitido pelas
entidades de incorporação imobiliária que são entidades registradas na CVM. O referido
modelo não contempla eventuais modificações que podem ser necessárias em
circunstâncias específicas. O exemplo de relatório a seguir é apenas para orientação e não
pretende ser completo ou aplicável a todas as situações. Em qualquer outra circunstância
consultar o CTA 25 e as normas de auditoria.
Vigência
Este Comunicado entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se aos exercícios
sociais encerrados a partir de, ou após, 31 de dezembro de 2018, e revoga as Resoluções
CFC n.os 1.335/2011, que aprovou o CTA 09, e 1.386/2012, publicadas no DOU, seção 1, de
22/3/2011 e de 3/4/2012, respectivamente.
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.
Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir
intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis individuais e
consolidadas”. Somos independentes em relação à Companhia e suas controladas, de acordo
com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas
normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as
demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de
auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Ênfase
(Descrição de cada um dos principais assuntos de auditoria, de acordo com a NBC TA 701 (ISA
701)).
Outros assuntos
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis individuais e
consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se
causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança
razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de
acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais
distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são
consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de
uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas
demonstrações contábeis.
Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da
auditoria. Além disso:
Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis
individuais e consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e
executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos
evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não
detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já
que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão
ou representações falsas intencionais.
Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos
procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de
expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia e suas
controladas(4).
Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas
contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.
Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade
operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em
relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à
capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza
relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas
divulgações nas demonstrações contábeis individuais e consolidadas ou incluir modificação em
nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão
fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia,
eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se manterem em
continuidade operacional.
Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações contábeis
individuais e consolidadas, inclusive as divulgações e se essas demonstrações contábeis
representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o
objetivo de apresentação adequada.
Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras
das entidades ou atividades de negócio do grupo para expressar uma opinião sobre as
demonstrações contábeis individuais e consolidadas. Somos responsáveis pela direção,
supervisão e desempenho da auditoria do grupo e, consequentemente, pela opinião de
auditoria.
Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do
alcance e da época dos trabalhos de auditoria planejados e das constatações significativas de
auditoria, inclusive as deficiências significativas nos controles internos que eventualmente tenham
sido identificadas durante nossos trabalhos.
Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as
exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos
todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa
independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas.
Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança,
determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das
demonstrações contábeis do exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os principais
assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que
lei ou regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em circunstâncias
extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser comunicado em nosso relatório
porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de uma perspectiva
razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público.
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
(1)
O modelo de relatório do auditor apresentado neste Apêndice deve ser adaptado para as entidades não registradas
na CVM que optarem por seguir o Ofício-Circular/CVM/SNC/SEP/n.º 02/2018 emitido pela CVM, seguindo os
modelos apresentados no CTA 25.
(2)
A seção “Principais assuntos de auditoria” é exigida somente para entidades listadas e outras entidades exigidas
pela CVM.
(3)
Quando aplicável.
(4)
Essa sentença deve ser modificada, conforme adequado, nas circunstâncias em que o auditor também tem a
responsabilidade de expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos em conjunto com a auditoria das
demonstrações contábeis.
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, CTA 30, DE 17 DE JUNHO DE 2021
Sumário Item
OBJETIVO 1–3
CONTEXTUALIZAÇÃO 4 – 13
INTRODUÇÃO 14 – 16
ABORDAGEM INICIAL PELO AUDITOR PARA IDENTIFICAR QUAIS LEIS E
REGULAMENTOS PODEM TER EFEITO SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS 17 – 18
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA PARA IDENTIFICAR SE HÁ SUSPEITA DE
NÃO CONFORMIDADE COM LEIS E REGULAMENTOS
19 – 27
SUSPEITA DE NÃO CONFORMIDADE É CLARAMENTE INCONSEQUENTE E/OU
IRRELEVANTE PARA A AUDITORIA
28 – 35
SUSPEITA DE NÃO CONFORMIDADE NÃO É CLARAMENTE INCONSEQUENTE
36 – 93
FORMALIZAÇÃO 94 – 95
VIGÊNCIA 96
APÊNDICE 1
APÊNDICE 2
APÊNDICE 3
APÊNDICE 4
OBJETIVO
1. Este Comunicado Técnico tem como objetivo orientar os auditores independentes a: (i) obter
evidência de auditoria apropriada e suficiente quanto à conformidade com as disposições de
leis e regulamentos que podem ter efeito direto sobre as demonstrações contábeis, ou seja,
que podem impactar diretamente os valores e/ou divulgações reportadas nas
demonstrações contábeis da entidade; (ii) executar procedimentos de auditoria específicos
para ajudar a identificar situações de suspeita de não conformidade com leis e regulamentos
ou fraude, que possam ter efeitos relevantes sobre as demonstrações contábeis; e (iii)
responder adequadamente à “não conformidade ou suspeita de não conformidade com leis
e regulamentos, incluindo atos ilegais ou fraude” (doravante denominada “suspeita de não
conformidade” ao longo deste Comunicado) identificada durante a auditoria. Portanto, este
CT é um documento de apoio à aplicação da NBC TA 250 – Considerações de Leis e
Regulamentos na Auditoria de Demonstrações Contábeis e da NBC TA 240 –
Responsabilidade do Auditor em Relação à Fraude, no Contexto da Auditoria das
Demonstrações Contábeis, sem a intenção e o objetivo de alterar essas normas. Na
eventualidade de conflito entre este Comunicado e essas normas, deverão prevalecer essas
referidas normas de auditoria.
CONTEXTUALIZAÇÃO
7. No início de 2014, entrou em vigor a Lei n.º 12.846/2013, que dispõe sobre as
responsabilidades, administrativa e civil, às pessoas jurídicas pela prática de atos contra a
administração pública, nacional ou estrangeira, efetuados por seus dirigentes,
administradores ou empregados. Isto implica sanções e penalidades às pessoas e entidades
jurídicas. Essa lei estabelece também que a entidade deve implementar mecanismos e
procedimentos internos para reduzir os riscos de corrupção, além de cooperar na apuração
das infrações ocorridas com a finalidade de reduzir qualquer sanção ou penalidade que a
entidade venha a ter. Tal lei não institui procedimentos adicionais de auditoria a serem
executados, todavia, o auditor deve indagar à administração sobre as medidas adotadas
para tratar os aspectos relacionados.
9. O item 12 da NBC TA 250 define a não conformidade como sendo “atos de omissão ou
cometimento, intencionais ou não, praticados pela entidade ou pelos responsáveis pela
governança, pela administração ou por outras pessoas físicas que trabalham para a
entidade ou sob seu comando que são contrários às leis ou regulamentos vigentes. A não
conformidade não inclui conduta imprópria individual (não relacionada com as atividades de
negócios da entidade)”. Nota-se ainda que, por exemplo, o simples conhecimento por um
indivíduo de atos potencialmente ilegais, sem uma apropriada manifestação ou ação, pode
configurar uma não conformidade.
10. Os itens A9 e A10 da NBC TA 250 trazem esclarecimentos adicionais, com relação à
definição de não conformidade, segundo os quais “atos de não conformidade com leis e
regulamentos incluem transações celebradas pela entidade, em seu nome ou em seu lugar,
pelos responsáveis pela governança, pela administração ou por outras pessoas físicas que
trabalham para a entidade ou sob seu comando. A não conformidade também inclui má
conduta individual relacionada com as atividades comerciais da entidade, por exemplo, em
circunstâncias em que uma pessoa física em posição-chave da administração, na qualidade
de indivíduo, aceitou suborno de fornecedor da entidade e, em troca, garante a indicação do
fornecedor para oferecer serviços ou contratos para a entidade.” Já o termo ‘atos ilegais’,
para fins deste Comunicado, refere-se a violações de leis ou regulamentos governamentais.
11. No Brasil, alguns casos de suspeita de não conformidade surgiram a partir de operações da
Polícia Federal (por exemplo: Lava Jato, Carne Fraca, Zelotes, Acrônimo, Ali Babá, Trapaça,
Escobar, Alcatraz etc.) e ganharam maior notoriedade desde 2014. Este Comunicado não
se restringe a essas operações, mas visa esclarecer questões relacionadas a leis e
regulamentos de forma geral, o que inclui, portanto, outras operações conduzidas por outros
órgãos governamentais, tais como o Ministério Público, Controladoria-Geral da União
(CGU), Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), etc. Tais casos são
exemplos práticos que estão no âmbito da NBC TA 250.
13. De acordo com a NBC TA 240, a fraude é o ato intencional de um ou mais indivíduos da
administração, dos responsáveis pela governança, empregados ou terceiros, que envolva
dolo para obtenção de vantagem injusta ou ilegal. Dois tipos de distorções intencionais são
pertinentes para o auditor – distorções decorrentes de informações contábeis fraudulentas e
da apropriação indébita de ativos. Nesse sentido, a fraude pode ser resultado de conduta
imprópria individual e, se envolver a alta administração ou outros profissionais que atuem
em funções que impactem direta ou indiretamente o trabalho dos auditores independentes
ou, ainda, se ocorrer alteração indevida intencional das demonstrações contábeis, a
circunstância pode configurar não conformidade nos termos da NBC TA 250 e, portanto,
aplica-se este Comunicado. Esses outros profissionais podem incluir aqueles que fornecem
representações ao auditor e/ou profissionais com funções significativas no controle interno,
que exerçam papel relevante no processo de elaboração e/ou supervisão das
demonstrações contábeis. Vale ainda destacar que há requerimentos e implicações
específicas ao trabalho do auditor, sobre aspectos relacionados à fraude que não são,
necessariamente, contempladas neste Comunicado e, portanto, a NBC TA 240 deve ser lida
e considerada na íntegra.
INTRODUÇÃO
Responsabilidade da administração, sob a supervisão dos responsáveis pela governança (NBC
TA 250, item 3)
15. Os objetivos e a abordagem do auditor com relação às disposições das leis e regulamentos
podem ser sumariados a seguir, de acordo com a NBC TA 250:
16. Conforme item 4 da NBC TA 250, o auditor não é responsável pela prevenção de não
conformidade e não se pode esperar que ele detecte suspeita ou mesmo confirmação de
não conformidade com todas as leis e regulamentos. Mesmo que a auditoria seja
adequadamente planejada e executada de acordo com as normas brasileiras e
internacionais de auditoria, existem limitações inerentes a uma auditoria de que algumas
distorções relevantes nas demonstrações contábeis podem não ser detectadas, ou seja,
uma auditoria independente não é planejada ou executada para identificar fraudes. Ainda,
de acordo com a NBC TA 240, item 5, “o auditor que realiza auditoria de acordo com as
normas de auditoria é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações
contábeis, como um todo, não contêm distorções relevantes, causadas por fraude ou erro.”
Este Comunicado não altera, inclui ou expande as responsabilidades do auditor em relação
àquelas definidas nas normas de auditoria, em especial a NBC TA 250 e a NBC TA 240.
16A. O planejamento de uma auditoria recorrente, no âmbito da NBC TA 210 – Concordância com
os termos do trabalho de auditoria, considera procedimentos para obter evidência de
auditoria apropriada e suficiente em relação a suspeitas de não conformidade e fraudes.
Também, de acordo com o item 13 da NBC TA 210, o auditor deve avaliar se as
circunstâncias requerem que a extensão do trabalho de auditoria seja revista. A identificação
de uma suspeita especifica de não conformidade ou fraude não considerada no início da
auditoria, notadamente aquelas caracterizadas como não claramente inconsequentes, é
uma dessas circunstâncias, uma vez que podem requerer revisão e a ampliação da
extensão dos procedimentos de auditoria em relação ao planejado inicialmente, com o
envolvimento de especialistas e profissionais com adequada senioridade e com
competências e habilidades específicas, não demandadas nos trabalhos
recorrentes/anteriormente acordado. Esses fatores podem também representar alteração no
cronograma dos trabalhos, na emissão de relatórios e em outros aspectos inicialmente
estabelecidos.
18. Caso, como resultado dos procedimentos referenciados anteriormente, o auditor não tenha
conhecimento de suspeita de não conformidade, não é requerido do auditor procedimentos
adicionais. Contudo, é importante atentar para a solicitação de representações formais por
parte da administração no que tange a suspeita de não conformidade.
19. Além dos procedimentos de auditoria para ajudar a identificar casos de não conformidade
com outras leis e regulamentos que possam ter efeito relevante sobre as demonstrações
contábeis, previstos nos itens 13 a 17 da NBC TA 250, informações sobre suspeita de não
conformidade podem chegar ao conhecimento do auditor de várias fontes, como
exemplificado nos itens A17, A18 da norma e a seguir:
20. Os seguintes fatos podem ser exemplos de suspeita de não conformidade (item A18 da
NBC TA 250):
24. O auditor pode considerar também executar procedimentos adicionais aos descritos no item
anterior quando houver conhecimento de uma suspeita de não conformidade, tais como:
(a) examinar documentos suporte, como faturas e contratos, e comparar com registros
contábeis;
(b) confirmar informações significativas sobre o assunto com a outra parte da transação
ou intermediários, como, por exemplo, bancos, clientes, fornecedores ou advogados;
(c) determinar se a transação foi devidamente autorizada; e
(d) considerar se outras transações ou eventos similares podem ter ocorrido e aplicar
procedimentos para identificá-los.
25. Com relação ao item 23(b), o auditor deve considerar os seguintes procedimentos:
(a) avaliar a materialidade e a relevância do assunto, considerando a materialidade
quantitativa e qualitativa do ato (incluindo se é assunto de interesse público);
(b) indagar, com o nível apropriado da administração, a menos que seja proibido por lei ou
regulamento, para entender a reação da administração ao ato e o que os responsáveis
pela governança concluíram com relação ao assunto, incluindo avaliação quanto à
necessidade de uma investigação;
(c) discutir se foi avaliada a necessidade de a entidade contratar um consultor jurídico; e
(d) avaliar:
(i) as possíveis consequências financeiras da suspeita de não conformidade
identificada em relação às demonstrações contábeis;
(ii) se as possíveis consequências financeiras requerem provisão e/ou divulgação; e
(iii) se as possíveis consequências financeiras não registradas e/ou não divulgadas
são tão significativas que colocam em questão a apresentação adequada das
demonstrações contábeis ou as tornam enganosas.
26. Se o auditor suspeitar que possa haver não conformidade, ele deve discutir o assunto, salvo
se proibido por lei ou regulamento, com o nível apropriado da administração e, quando
apropriado, com os responsáveis pela governança, uma vez que eles podem ser capazes de
fornecer evidências adicionais de auditoria. Se a administração ou, quando apropriado, os
responsáveis pela governança não fornecerem informações suficientes que comprovem que
a entidade está cumprindo com leis e regulamentos e, no julgamento do auditor, o efeito da
suspeita de não conformidade puder ser relevante para as demonstrações contábeis, ele
deve considerar a necessidade de obter assessoria legal.
27. Contudo, se como resultado dos procedimentos citados anteriormente, o auditor houver
obtido informações que indicam que há suspeita de não conformidade, o auditor deve
avaliar se a possível não conformidade é claramente inconsequente e/ou irrelevante para a
auditoria. Ou seja, além das orientações referidas até aqui, ele deve considerar
adicionalmente outros aspectos referidos a seguir.
A SUSPEITA DE NÃO CONFORMIDADE É CLARAMENTE INCONSEQUENTE E/OU
IRRELEVANTE PARA A AUDITORIA
Avaliação do auditor
28. O termo "relevante para a auditoria" no contexto de suspeita de não conformidade não é
equivalente a "material", especialmente em relação ao aspecto quantitativo. Uma suspeita
de não conformidade pode ser relevante para a auditoria devido à sua natureza, mas pode
não ser material para as demonstrações contábeis e, portanto, pode não resultar em
distorção. Por exemplo, é provável que suspeitas de não conformidades cometidas por um
membro da alta administração da entidade, ou que possa causar danos significativos reais
ou potenciais a investidores, credores, funcionários ou público em geral (por exemplo,
questões de interesse público) sejam assuntos "relevantes para a auditoria", mesmo que os
valores envolvidos sejam imateriais para as demonstrações contábeis.
Procedimentos de auditoria
31. Se a suspeita de não conformidade for claramente inconsequente, nenhuma outra ação,
além das referidas nos itens 28 a 35, ou procedimentos de auditoria específicos serão
necessários.
32. A NBC TA 250 não traz requerimentos específicos de comunicação aos responsáveis pela
governança sobre a suspeita de não conformidade em relação a assuntos considerados
como claramente inconsequentes. Sendo assim, a decisão de efetuar ou não comunicações
à governança, relacionadas à suspeita de não conformidade, é uma questão de julgamento
profissional. Caso o auditor julgue necessário realizar comunicações à administração e/ou à
governança, as demais orientações deste Comunicado podem ser consideradas, guardadas
as devidas proporções.
Documentação de auditoria
33. O auditor deve documentar a sua conclusão com relação à conclusão da administração de
que não são necessárias providências adicionais ou, ainda, que uma investigação não é
considerada necessária nas circunstâncias.
Avaliação do auditor
36. Caso o assunto relacionado à suspeita de não conformidade não seja claramente
inconsequente, o auditor deve considerar, adicionalmente ao referido até aqui, certos
aspectos e procedimentos em sua abordagem de auditoria.
37. Para a avaliação descrita no item anterior, alguns fatores que o auditor pode considerar são
se o ato, potencialmente (lista não exaustiva):
(a) resulta de violação intencional de leis e regulamentos;
(b) pode ser atribuído a ambientes de alta pressão;
(c) beneficiou a entidade ou indivíduos na entidade;
(d) refere-se a uma questão de interesse público;
(e) tem relação direta com a operação da entidade;
(f) refere-se a um indivíduo com funções significativas no controle interno ou envolvido no
processo de elaboração das demonstrações contábeis;
(g) pode envolver membros da administração e inclusive afetar a avaliação da integridade
da administração e consequentemente a capacidade do auditor de confiar nas
representações da administração;
(h) pode ter potencial reflexo relevante sobre a avaliação dos controles internos da
entidade; e
(i) tem potenciais impactos relevantes, com base na NBC TG 25 – Provisões, Passivos
Contingentes e Ativos Contingentes ou outras normas contábeis relevantes.
38. Uma resposta afirmativa a qualquer um dos fatores listados no item anterior geralmente
sugere que o assunto não é claramente inconsequente. No entanto, esses fatores devem
ser vistos apenas como orientação acerca do que pode ser considerado na avaliação sobre
se uma questão é ou não claramente inconsequente.
40. As suspeitas de não conformidade, que não sejam consideradas como claramente
inconsequentes, geralmente requerem o envolvimento de especialistas de forensic pelos
auditores, quando da avaliação para fins de auditoria.
41. A natureza e a extensão dos procedimentos de auditoria para entender e avaliar a suspeita
de não conformidade varia de acordo com quão relevante o assunto é para a auditoria e,
para tanto, o auditor deve considerar a relevância e os aspectos quantitativos e qualitativos,
incluindo a natureza do assunto associado. Quanto mais relevante for o assunto para a
auditoria, mais persuasivas devem ser as evidências de auditoria que o auditor terá de
obter.
Avaliação do auditor em relação aos procedimentos e evidências que serão fornecidas pela
estrutura de governança, incluindo a investigação a ser efetuada
42. Quando existe suspeita de não conformidade que não é claramente inconsequente, a
evidência de auditoria adequada a ser obtida, a fim de concluir sobre os impactos nas
demonstrações contábeis, requer usualmente uma investigação independente (quando
efetuada externamente) e objetiva, pois tal não conformidade pode ter sido perpetrada por,
ou sob o conhecimento, da alta administração ou por profissionais da companhia que
fornecem representação ao auditor. A fim de (i) concluir se o auditor ainda pode confiar nas
representações de tais profissionais e (ii) avaliar sobre os impactos, se houver, nas
demonstrações contábeis, o auditor necessita de evidência apropriada e suficiente, e
usualmente uma investigação pode trazer essas evidências.
44. É esperado que os responsáveis pela governança, geralmente suportados pelo comitê
constituído, concluam sobre quais das seguintes abordagens deve ser adotada:
(a) nenhuma investigação adicional é necessária, pois outras evidências suficientes e
apropriadas foram obtidas e estão disponíveis para os responsáveis pela governança
concluírem sobre a integridade da administração e sobre os impactos nas
demonstrações contábeis;
(b) uma investigação interna é necessária (com uso dos recursos internos da entidade,
como a função de auditoria interna, assessoria jurídica interna ou pessoal
especializado em investigação do grupo ao qual pertence a entidade); ou
(c) uma investigação independente (externa) é necessária.
Em todas essas situações, o auditor deve avaliar quais foram as análises efetuadas e bases
de conclusão formadas. Nos casos das alíneas (b) e (c), observar os fatos e circunstâncias
para concluir que a composição e as qualificações da equipe de investigação sejam
adequadas.
45. Quando a suspeita de não conformidade não é claramente inconsequente, raros são os
cenários que permitem que a evidência de auditoria seja obtida sem a realização de uma
investigação. Esse cenário de ausência de investigação pode ocorrer quando a alegação é
restrita a uma situação específica e as ações pertinentes já foram implementadas. Por
exemplo: diretor, colaborador ou membro da administração ou da governança atua em
desacordo com o código de ética da entidade ou regulamentos, em uma situação isolada de
conduta pessoal, sem envolver terceiros ou a entidade, contudo ele mesmo procura os
órgãos internos da entidade para reportar tal situação, declarar sua não conformidade e
solicitar seu desligamento imediato em função do ocorrido.
46. Para a grande maioria dos cenários, é requerida uma investigação. Fraudes que
ocasionaram não conformidade nunca podem ser consideradas como atos isolados,
principalmente quando cometidas pela alta administração e/ou por profissionais que
forneçam representações ao auditor e/ou por profissionais com funções significativas no
controle interno, que exerçam papel relevante no processo de elaboração e/ou supervisão
das demonstrações contábeis ou sobre a gestão da companhia. A avaliação se a
investigação deve ser interna, externa ou mesmo mista, deve considerar os fatores
apresentados a seguir. Para concluir sobre a abordagem devida a ser adotada, a entidade,
assim como o auditor em sua avaliação para fins de auditoria, deve considerar: (a)
independência/objetividade necessária para a investigação e (b) competência/habilidade
necessária aos investigadores.
48. Há cenários que requerem uma investigação independente. Por exemplo, cenários em que
os indivíduos suspeitos não são afastados de suas funções, consideradas relevantes nas
circunstâncias, e permanecem exercendo influência sobre a administração da entidade (e
potencialmente até sobre a investigação), normalmente só permitem objetividade da
investigação se ela for independente. Contudo, se a investigação não estiver relacionada
com membros da administração, uma investigação externa talvez não seja necessária.
49. Caso a entidade entenda que é possível seguir internamente com a investigação, é preciso
avaliar as ações tomadas para manter a objetividade na investigação. As investigações
internas podem ser conduzidas por: (i) advogados internos; (ii) equipe de auditoria interna;
(iii) equipe do departamento de conformidade (compliance); (iv) comissão mista de
profissionais, estruturada com objetivo de realizar a investigação; entre outros.
50. De acordo com a NBC TA 500, a objetividade relaciona-se com os possíveis efeitos que
tendenciosidades, conflitos de interesse ou influência que outros possam ter sobre o
julgamento profissional ou de negócios do especialista da administração. Na avaliação da
objetividade, pode ser relevante discutir com a administração e o investigador quaisquer
interesses e relacionamentos que possam criar ameaças à sua objetividade e quaisquer
salvaguardas aplicáveis, inclusive quaisquer exigências profissionais que se apliquem ao
investigador e avaliar se as salvaguardas são apropriadas. Interesses e relacionamentos
criadores de ameaças podem incluir, entre outros:
(a) interesses financeiros;
(b) relacionamentos comerciais e pessoais; e
(c) prestação de outros serviços.
51. Uma investigação pode ser considerada adequada e apropriada mesmo não sendo
independente (como no caso de ser aplicável uma investigação conduzida internamente, de
forma objetiva). Contudo, em todos os cenários possíveis, ela precisa ser objetiva. Para a
avaliação da objetividade, o auditor deve considerar:
(a) caso a investigação seja interna, o relacionamento hierárquico e a proximidade dos
investigadores com os investigados. Por exemplo, se os investigadores forem
subordinados aos investigados (quando a investigação é conduzida pela auditoria
interna, hierarquicamente subordinada ao diretor financeiro, que é um dos
investigados) não é atingida a objetividade necessária para a investigação. Como
alternativa a essa situação, deve-se analisar a possibilidade de criação de órgão
interno objetivo, comitê de investigação não subordinado aos investigados e/ou o
afastamento temporário dos investigados em relação à entidade e suas atribuições; e
(b) caso a investigação seja externa, há objetividade se os investigadores não tiverem
vínculo ou dependência com a entidade ou pessoas investigadas. Ou seja, caso a
entidade opte por investigação externa a ser conduzida por escritório de advocacia
especializado, mas que já é prestador de serviços da entidade ou das pessoas, pode
não haver objetividade na investigação, se medidas mitigatórias de salvaguarda não
forem apropriadas. Além disso, se o escritório de advocacia estiver defendendo os
direitos da entidade ou das pessoas investigadas ou existir interesses financeiros
criadores de ameaças, conforme item A54 da NBC TA 500, pode não ser atingida a
objetividade da investigação.
52. A ampla gama de situações pode ameaçar a objetividade; por exemplo, ameaças de
interesse próprio, de defesa dos interesses da entidade ou pessoas envolvidas, de
familiaridade, de autorrevisão e de intimidação. Salvaguardas podem reduzir tais ameaças e
podem ser criadas por estruturas externas (por exemplo, a profissão do investigador,
legislação ou regulamentação) ou pelo ambiente de trabalho do investigador (por exemplo,
políticas e procedimentos de controle de qualidade). Embora salvaguardas não possam
eliminar todas as ameaças à objetividade do investigador, ameaças como a de intimidação
podem ter menos importância para o investigador contratado pela entidade do que para o
investigador empregado pela entidade, e a eficácia de salvaguardas como políticas e
procedimentos de controle pode ser maior.
55. Não obstante a análise e as considerações citadas, e à medida que a auditoria avança, o
auditor deve ficar atento a eventos inesperados, mudanças nas condições ou a evidência de
auditoria obtida que eventualmente podem indicar necessário reconsiderar a avaliação
inicial da competência, habilidades e objetividade do investigador.
56. Espera-se que o auditor seja comunicado tempestivamente sobre a ocorrência de suspeitas
de não conformidade que demandem ações dos órgãos de governança. Assim, e antes do
início da investigação, o auditor deve observar as deliberações dos órgãos de governança
relacionadas à investigação, que descreveram o objeto da investigação, a definição dos
responsáveis e suas atribuições.
57. O auditor ainda deve informar, preferencialmente por escrito, quando aplicável:
(a) que avaliará a objetividade e a adequação da investigação, e, se o auditor não
conseguir concluir que a investigação foi suficientemente completa, que as conclusões
da investigação são consistentes com a compreensão do auditor em relação aos fatos
revelados pela investigação, ou que são de outro modo conhecidos pelo auditor, pode
ser sugerido que os responsáveis pela governança estendam a investigação para
tratar tais preocupações; e
(b) sua expectativa de que terá acesso às informações que considerar necessárias para
avaliar a adequação da investigação, para fins da auditoria. Caso existam restrições
de acesso a determinados materiais e/ou informações necessários, para fins da
conclusão da auditoria, o auditor deve avaliar os impactos dessa limitação relacionada
à evidência de auditoria à luz da NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor
Independente. O auditor pode ainda transmitir sua expectativa de receber todas as
informações relevantes obtidas ou fornecidas aos responsáveis pela governança e
confirmadas por representações específicas;
58. Em relação à governança e ao alcance da investigação, e assim que for definido o seu
início, o auditor deve buscar informações junto aos órgãos de governança e ao comitê
estabelecido em relação aos seguintes itens e procedimentos (lista não exaustiva):
(a) o objeto da investigação;
(b) os planos dos responsáveis pela governança para a condução da investigação,
inclusive do processo de definição dos responsáveis pela condução da investigação, a
quem eles devem se reportar, como e com qual frequência etc., (enfim, da governança
da investigação), de forma a resolver quaisquer diferenças nas visões preliminares
entre os responsáveis pela governança e pela auditoria;
(c) se a entidade está colaborando com as investigações, sejam aquelas de sua
responsabilidade ou aquelas conduzidas por órgão governamental com poder
executório;
(d) se a entidade formalizou uma política de aviso de preservação de documentos e
informações (preservation notice), que se refere à obrigação da entidade de preservar
documentos e informações, pois é esperado que a governança, tão logo tenha
conhecimento da suspeita de não conformidade, emita um aviso de preservação de
documentos e informações para todos os potencialmente envolvidos na investigação,
departamentos envolvidos e/ou aqueles que, de acordo com critério adequado, possa
ser esperado que se demande uma investigação;
(e) se a equipe de investigação está autorizada a buscar todas as evidências de suspeita
de não conformidade;
(f) se o alcance da investigação foi determinado com base nas circunstâncias específicas
apresentadas, e que se estende a todos os suspeitos envolvidos com a não
conformidade identificados ou suspeitos de não conformidade, e que poderá ser
ampliado, conforme necessário, com base nas informações obtidas durante a
investigação. Por exemplo, os investigadores devem poder buscar todas as evidências
necessárias sem limitações; e
(g) se o escopo, qualidade ou profundidade de uma investigação pode estar
comprometida por prazos.
59. Com base nas informações obtidas anteriormente, o auditor deve avaliar, com auxílio
especialistas de forensic:
a) a periodicidade de se reunir com a equipe de investigação, de preferência o mais
cedo possível, para obter entendimento do alcance da investigação planejada,
incluindo: (i) quem será entrevistado e/ou investigado; (ii) natureza da suspeita de
não conformidade; (iii) quais transações e/ou contas contábeis estarão sujeitas à
revisão e investigação; (iv) período de tempo coberto pela investigação, em vista das
informações relevantes na suspeita/alegação; (v) quais documentos e equipamentos
(incluindo arquivos e equipamentos eletrônicos) estarão sujeitos à revisão pela
investigação; (vi) quais os critérios utilizados para definir as pesquisas sobre a
alegação objeto da investigação, incluindo as definições de palavras-chaves e
termos de pesquisa determinados, etc.; e
b) se o alcance e/ou a natureza da investigação, bem como os procedimentos
planejados (incluindo técnicas e ferramentas de forensic planejadas), provavelmente
fornecerão evidências suficientes e apropriadas para fins da auditoria sobre as
demonstrações contábeis – isto é, a razoabilidade do alcance, inclusive eventual
inconsistência com a compreensão do auditor em relação aos fatos que tomou
conhecimento. Caso o auditor determine que não haverá evidências suficientes e
apropriadas esse fato, deve ser comunicado à governança o mais rápido possível.
62. Com base nas descobertas durante a investigação, usualmente o alcance é ampliado para
cobrir outras evidências de possíveis não conformidades, consideradas não claramente
inconsequentes.
Acompanhamento da investigação
64. Os procedimentos de auditoria executados pelo auditor com o auxílio dos seus especialistas
de forensic, em relação à condução da investigação estruturada pelo cliente de auditoria,
podem envolver:
(a) revisão dos processos de coleta, processamento e análise de dados, incluindo dados
eletrônicos;
(b) revisão forensic da documentação preparada pelos investigadores;
(c) revisão da avaliação feita pelos investigadores dos antecedentes (background check)
dos indivíduos que fornecem representação sobre as demonstrações contábeis ao
auditor;
(d) leitura de documentação objeto da investigação, incluindo e-mails com base nos
termos de pesquisa (palavras-chaves) determinados, por exemplo a totalidade dos
documentos considerados críticos (hot e/ou relevant) e por amostragem da
documentação não considerada crítica pela investigação;
(e) revisão dos testes de transações relacionados com a investigação, como, por
exemplo, o processo de compras, vendas, gestão de estoque e outros, conforme
aplicável, bem como efetivação de testes independentes, a fim de concluir sobre a
adequação das conclusões obtidas ao longo da investigação;
(f) leitura e discussão de acordos (de leniência, de colaboração, por exemplo) com
órgãos governamentais, como o Ministério Público, CGU, Cade e outros, se aplicável;
(g) discussão, a partir das evidências que se tornaram disponíveis, sobre se a lista de
entrevistados deve ou não ser objeto de extensão;
(h) revisão e discussão dos resultados das entrevistas realizadas com os investigados e
demais profissionais, inclusive dos indivíduos que fornecem representação sobre as
demonstrações contábeis ao auditor;
(i) determinação se há circunstâncias sugerindo a participação do auditor e seu
especialista de forensic nas entrevistas ou, alternativamente, disponibilização, para a
equipe de auditoria, da transcrição ou das notas dessas entrevistas;
(j) monitoramento das mídias relacionadas à entidade e, inclusive, mas não só, ao objeto
da suspeita de não conformidade; e
(k) entendimento da estrutura do departamento de compliance e correspondentes
políticas e processos, dos relatórios da área de ética e independência da entidade,
análises feitas em relação às ocorrências registradas em canais de denúncia, também
denominados de hotline ou canal de ética e independência.
Os procedimentos listados não configuram uma lista exaustiva e precisam ser avaliados e
customizados, reduzindo ou ampliando os procedimentos, conforme cada caso particular. A
definição dos procedimentos envolve julgamento profissional do auditor com o auxílio de seu
especialista forensic, assim como a forma de teste, incluindo possíveis critérios de definição
de amostras, quando aplicável. Assuntos adicionais em relação à documentação de
auditoria são discutidos nos itens de 75 a 79.
65. O auditor deve observar o requerido pelo item 9 da NBC TA 260 e, assim, obter informações
relevantes para a auditoria e fornecer aos responsáveis pela governança da entidade suas
observações, promovendo uma comunicação recíproca que, nos casos de investigação,
abrange (lista não exaustiva):
(a) aspectos observados de sua participação em reuniões de status com a equipe de
investigação, realizadas a fim de ser informado do progresso e desenvolvimento da
investigação e de obter informações oportunas sobre quaisquer assuntos significativos
que cheguem à atenção da equipe de investigação; e
(b) os possíveis efeitos da investigação em andamento sobre a capacidade de o auditor
emitir o relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis da entidade, ou
qualquer outro relatório referente a trabalho executado pelo auditor independente.
67. Nos cenários em que, no julgamento do auditor, a investigação não seja adequada, ou ainda
não foi efetuada, mas o auditor entende que a investigação é uma evidência de auditoria
necessária, o auditor deve se comunicar formalmente com a governança e/ou
administração. Caso a investigação não seja reavaliada e reestruturada pela entidade, o
auditor deve avaliar o impacto do assunto e emitir relatório com modificação sobre as
demonstrações contábeis da entidade, na medida em que for impossibilitado de obter
evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre aspectos relevantes da investigação.
Dependendo das circunstâncias, o auditor pode emitir uma abstenção de opinião, conforme
a NBC TA 705, que é adicionalmente discutido nos itens 80 a 93.
Conclusão da investigação
68. Na fase de conclusão, o auditor discute com os responsáveis pela governança os seguintes
itens e procedimentos (lista não exaustiva):
(a) expectativa do auditor de que receberá relatório da investigação por escrito, contendo
o detalhamento necessário. Se o comitê não receber nenhum relatório por escrito, o
auditor poderá avaliar as informações disponibilizadas em outro formato e concluir
sobre os possíveis impactos dessas informações obtidas nesse formato no conjunto
das evidências de auditoria sobre as demonstrações contábeis como um todo;
(b) expectativa do auditor de que o relatório da equipe de investigação, ou do
encarregado pela investigação, inclua uma conclusão sobre a suspeita de não
conformidade com leis e regulamentos, inclusive atos ilegais, em relação às pessoas
e/ou entidades envolvidas, ou uma declaração de que não é possível chegar a essa
conclusão; neste segundo caso, os motivos devem ser informados, preferencialmente
por escrito, e tal declaração poderá ocasionar uma limitação em obter evidência de
auditoria apropriada e suficiente;
(c) expectativa do auditor de que o relatório da equipe de investigação ou do comitê
forneça uma conclusão sobre se as ações corretivas recomendadas, se houver, são
apropriadas para resolver os problemas descobertos na investigação;
(d) o auditor deve avaliar a abrangência e a conclusão sobre a adequação de qualquer
ação corretiva planejada ou tomada, com base em fatos fornecidos ou conhecidos por
ele, no contexto de sua auditoria;
(e) expectativa do auditor de que as versões preliminares (drafts) de divulgações ao
mercado (como Fato Relevante, Comunicado ao Mercado) sejam disponibilizadas ao
auditor previamente para leitura e discussão, no contexto de sua auditoria;
(f) necessidade de o auditor receber representações dos responsáveis pela governança e
administração, assim como do órgão da entidade responsável pela investigação,
confirmando a integridade das informações fornecidas ao auditor em relação à
investigação, outras considerações em relação à investigação e, quando necessário,
sobre a atividade corretiva apropriada. Essas representações devem conter menção à
suficiência do alcance da investigação, abrangência e profundidade dos
procedimentos realizados e às conclusões da investigação; e
(g) o auditor também deve considerar obter representação específica do advogado
criminalista (advogado de defesa da entidade sob suspeita de não conformidade), se
aplicável, que acompanha o processo para a entidade e observar se sua
representação é consistente com as conclusões da equipe de investigação e sua
avaliação sobre as consequências de eventuais descumprimentos de leis e
regulamentos à luz dos achados na investigação.
69. Após a conclusão da investigação, o auditor com o apoio de seu especialista em forensic
deve obter e revisar relatórios escritos ou da forma citada no item 68(a), fornecidos pela
equipe de investigação à entidade, refletindo o alcance, procedimentos, constatações,
conclusões e recomendações da investigação. Além disso, o auditor deve observar se há
consistência entre a conclusão reportada e a investigação que ele acompanhou.
Adicionalmente, o auditor deve verificar se a investigação foi apropriadamente aprovada nas
instâncias de governança.
71. A revisão do auditor em relação aos resultados alcançados pela equipe de investigação visa
permitir que ele avalie a relevância e a razoabilidade das constatações ou conclusões da
investigação e sua consistência com outras evidências de auditoria. Esses resultados
informarão ao auditor:
(a) se é provável que ou se de fato ocorreu a não conformidade;
(b) se a suspeita de não conformidade identificada tem ou terá efeito relevante nas
demonstrações contábeis da entidade; e
(c) se foram tomadas medidas corretivas oportunas. Algumas das medidas devem ser
tomadas de imediato, tais como necessários ajustes nas demonstrações contábeis ou
afastamento de pessoas envolvidas na perpetração da suspeita de não conformidade.
A falha da governança em tomar essas medidas corretivas pode justificar a não
emissão ou a postergação do relatório dos auditores ou a renúncia ao trabalho,
enquanto que medidas para correção de controles internos devem ser avaliadas no
contexto dos impactos da abordagem de auditoria.
72. Ao longo deste Comunicado, foram mencionadas interações com a administração e com os
responsáveis pela governança que o auditor deve manter quando há suspeitas de não
conformidade relacionadas à entidade auditada. O auditor deve ainda observar os
requerimentos formais de comunicação da NBC TA 250, em especial os itens A28 a A34,
assim como a NBC TA 260.
73. De acordo com a NBC TA 260, o auditor deve comunicar por escrito aos responsáveis pela
governança as constatações significativas decorrentes da auditoria se, no julgamento
profissional do auditor, a comunicação verbal não for adequada. As comunicações por
escrito não precisam incluir todos os assuntos que surgiram no curso da auditoria.
Documentação de auditoria
75. O auditor deve documentar, com o apoio de seus especialistas em forensic, conforme
apropriado e discutido anteriormente:
(a) a natureza e o contexto da suspeita de não conformidade;
(b) a análise da suspeita de não conformidade em relação a: (i) fatores ou bases de
conclusão de que a alegação não é claramente inconsequente; (ii) análise se uma
investigação é ou não requerida; (iii) análise sobre a governança da investigação; e
(iv) avaliação do alcance da investigação e seus procedimentos; etc.
(c) as descobertas e conclusões da investigação conduzida pela governança da entidade;
(d) os impactos nas demonstrações contábeis e na estrutura de controles internos da
entidade;
(e) as implicações na abordagem e procedimentos adicionais na auditoria;
(f) os impactos da suposta não conformidade em relação às representações da
administração; e
(g) os impactos no relatório de auditoria.
Representações formais
76. De acordo com o item 17 da NBC TA 250, o auditor deve solicitar à administração e, quando
apropriado, aos responsáveis pela governança, que forneçam representações formais de
que todos os casos de não conformidade ou suspeita de não conformidade, cujos efeitos
devam ser considerados na elaboração das demonstrações contábeis, foram divulgados ao
auditor.
77. Considerando o exposto no item anterior, o auditor deve considerar avaliar a capacidade
dos responsáveis pela administração e/ou governança em fornecer representações formais.
Para isso, o auditor pode, conforme aplicável, entre outros procedimentos:
(a) realizar revisão da avaliação feita pelos investigadores dos antecedentes (background
check) dos indivíduos que fornecem representação sobre as demonstrações contábeis
ao auditor;
(b) analisar se o estágio das investigações permite que seja concluído que os
responsáveis pela administração que fornecem representações, mesmo que informais,
não estão envolvidos com a suspeita de não conformidade; e
(c) avaliar, em caso de troca da administração, os relacionamentos dos novos
representantes com aqueles investigados que foram substituídos e considerar os
requerimentos da alínea (a) deste item.
78. O auditor deve solicitar representações confirmando que as informações recebidas sobre a
suspeita de não conformidade foram comunicadas ao auditor. Quando não for conduzida
uma investigação sobre a suspeita de não conformidade, o auditor deve considerar obter
representação confirmando que os responsáveis pela governança, de acordo com o seu
conhecimento, foram informados adequadamente sobre tais assuntos e determinaram que
não seriam necessárias investigações. As representações anteriormente mencionadas
podem estar incluídas em conjunto com as representações formais sobre as
responsabilidades da administração usualmente obtidas pelo auditor, nos termos da NBC
TA 580. Quando for conduzida investigação pela suspeita de não conformidade sob
responsabilidade dos órgãos da governança, o auditor pode solicitar representações da
governança sobre a investigação em si, sua condução e conclusões atingidas, assim como
quanto à disponibilização ao auditor das informações relacionadas à investigação feita.
79. De acordo com a NBC TA 580 (itens de 16 a 18), se o auditor tem preocupação a respeito
da competência, integridade, valores éticos ou diligência da administração ou do seu
comprometimento com estes ou com sua aplicação, ele deve determinar o efeito que tais
preocupações podem ter sobre a confiabilidade das representações (verbais ou escritas) e
da evidência de auditoria em geral. As representações devem ser obtidas de profissionais
sobre os quais não recaiam suspeita de não conformidade. Isto é, segundo o item 20 (a) da
NBC TA 580, se o auditor concluir que “há dúvida suficiente a respeito da integridade da
administração”, ele deve se abster de emitir opinião em seu relatório. Ver alíneas (f) e (g) do
item 68 deste CT, em relação às representações que o auditor espera receber.
80. Para que o auditor conclua sobre a suficiência e adequação das evidências obtidas na sua
auditoria e emita seu relatório sobre as demonstrações contábeis, ele deve obter as
evidências sobre:
(a) a adequação da investigação, no contexto da auditoria das demonstrações contábeis
(ver itens 66 e 67);
(b) a capacidade de obtenção de representações da administração e/ou governança da
entidade, o que inclui as pessoas com funções significativas no controle interno ou
envolvidas no processo de elaboração das demonstrações contábeis (veja itens 76 a
79);
(c) a avaliação sobre o reconhecimento e mensuração dos efeitos da suspeita de não
conformidade identificada, incluindo aspectos de divulgação, nos termos dos requisitos
das normas contábeis relevantes para as demonstrações contábeis (veja item 81); e
(d) os impactos nos controles internos e respostas/ações da administração e/ou
governança em função dos resultados da investigação, no contexto da auditoria das
demonstrações contábeis (ver itens de 91 a 93).
81. O auditor deve avaliar o cenário de suspeita de não conformidade à luz da NBC TG 25 e/ou
outras normas aplicáveis, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Caso a
investigação esteja em andamento, o auditor deve avaliar, com base na evidência de
auditoria já disponível, quais seriam os possíveis impactos relacionados à investigação em
andamento em relação às suspeitas/alegações de não conformidade. Para essa avaliação,
o auditor deve lançar mão dos aspectos referenciados no item anterior. Como resultado
dessa avaliação, o auditor deve refletir suas conclusões no contexto de sua auditoria das
demonstrações contábeis da entidade. Caso o impacto da suspeita de não conformidade
não esteja devidamente reconhecida, mensurada e/ou divulgada nas demonstrações
contábeis, nos termos da NBC TG 25, ou caso não seja possível determinar a relevância
dos efeitos e/ou possíveis efeitos nas demonstrações contábeis devido às limitações
impostas pela administração, pelos responsáveis pela governança ou pelas circunstâncias,
o auditor deve emitir uma opinião modificada, com base na NBC TA 705 e discutido
detalhadamente nos itens de 82 a 90.
82. Para que o auditor conclua a sua auditoria de entidade envolvida em suspeita de não
conformidade e emita seu relatório sobre as demonstrações contábeis dessa entidade, ele
deve analisar os fatores descritos no item 80. Com base no resultado dessa análise o
auditor pode:
a) emitir relatório de auditoria sem menção à suspeita de não conformidade, quando o
assunto for considerado claramente inconsequente e/ou irrelevante para a auditoria,
ou ainda quando o assunto foi devidamente reconhecido, mensurado, divulgado e
apresentado nas demonstrações contábeis e no seu julgamento não há necessidade
de incluir uma ênfase no seu relatório;
b) emitir relatório de auditoria com ênfase em relação à apresentação e/ou divulgação
constantes nas demonstrações contábeis relacionada à suspeita de não conformidade
(ver item 83);
c) emitir relatório de auditoria comunicando um principal assunto de auditoria em relação
à divulgação constante nas demonstrações contábeis relacionada à suspeita de não
conformidade (ver item 84);
d) emitir relatório de auditoria contendo ressalva em função da limitação de escopo
relacionada à suspeita de não conformidade, cujos potenciais efeitos possam ser
relevantes, mas não generalizados (ver itens 85 e 86);
e) emitir relatório de auditoria contendo abstenção de opinião em função da limitação de
escopo relacionada à suspeita de não conformidade, cujos potenciais efeitos possam
ser relevantes e generalizados, e/ou na impossibilidade de obter representação formal
(ver itens 85 e 86);
f) emitir relatório de auditoria contendo ressalva em função de distorção material não
registrada ou não divulgada (conforme definido no item A3 da NBC TA 705)
relacionada à suspeita de não conformidade, cujos efeitos sejam relevantes, mas não
generalizados (ver item 87);
g) emitir relatório de auditoria contendo opinião adversa em função de distorção
relacionada à suspeita de não conformidade, cujos efeitos sejam relevantes e
generalizados (ver item 88); e
h) não emitir o relatório e renunciar ao trabalho, quando permitido por lei ou regulamento
(ver item 90).
83. Nos cenários em que a suspeita de não conformidade for considerada como não claramente
inconsequente, o auditor pode considerar apropriado incluir uma ênfase (conforme descrito
na alínea (b) do item 82) em seu relatório, de forma a enfatizar a divulgação nas
demonstrações contábeis relacionada à suspeita de não conformidade, nos termos da NBC
TA 706 – Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outros Assuntos no Relatório do Auditor
Independente, desde que o assunto não tenha sido tratado como principal assunto de
auditoria, quando aplicável. Para que seja incluída uma ênfase, o auditor deve ter obtido as
evidências apropriadas e suficientes e ter concluído que o assunto está corretamente
apresentado e/ou divulgado nas demonstrações contábeis.
84. Conforme mencionado na alinea (c) do item 82, a suspeita de não conformidade pode ainda
ser comunicada no relatório de auditoria quando o auditor determina que o trabalho do
auditor em relação à suspeita de não conformidade é um principal assunto de auditoria, e o
relatório possui essa seção, nos termos da NBC TA 701 – Comunicação dos Principais
Assuntos de Auditoria no Relatório do Auditor Independente.
85. Para fins das letras (d) e (e) do item 82, a avaliação da relevância e a abrangência da
possível distorção no caso da impossibilidade do auditor obter evidência de auditoria
apropriada e suficiente (também denominada “limitação de escopo” ou "limitação de
alcance"), são determinantes para determinar o tipo de opinião modificada que pode ser
expressa. Conforme apresentado na tabela a seguir, uma limitação de alcance relevante
deve resultar em uma opinião com ressalva ou uma abstenção de opinião, dependendo se a
possível distorção é relevante, mas não generalizada ou relevante e generalizada,
respectivamente.
86. Nos casos em que o auditor for impedido pela administração, pelos responsáveis pela
governança, ou por causa de limitações impostas pelas circunstâncias, de obter evidência
de auditoria apropriada e suficiente para avaliar se a suspeita de não conformidade, e o
assunto for potencialmente relevante, mas não generalizado, o auditor deverá descrever em
seu relatório, na seção intitulada base para a modificação da opinião, quais foram as
evidências necessárias que deixaram de ser obtidas e, assim, emitir relatório de auditoria
contendo ressalva em função de limitação de escopo, conforme descrito na alínea (d) do
item 82, com base na NBC TA 705. A descrição das evidências necessárias, que não foram
obtidas pelo auditor, não deve se confundir com as incertezas inerentes ao assunto da
suspeita de não conformidade.
Nesses casos, o auditor deverá descrever em seu relatório, na seção intitulada base para a
abstenção de opinião, quais foram as evidências de auditoria necessárias que deixaram de
ser obtidas e que são relevantes e generalizadas e, assim, emitir relatório de auditoria com
abstenção de opinião. Da mesma forma, a descrição das evidências de auditoria
consideradas necessárias, mas que não foram obtidas, não se confundem com as
incertezas inerentes ao assunto da suspeita de não conformidade.
87. Se a suspeita de não conformidade não estiver devidamente reconhecida, nos casos em
que é possível a sua mensuração de forma confiável e/ou divulgada nas demonstrações
contábeis (NBC TG 25), o auditor, tendo obtido evidência suficiente e apropriada de
auditoria, deve emitir uma opinião com ressalva, com base na NBC TA 705, em função da
distorção identificada, na medida em que possa aferir que o efeito da distorção seja
relevante, mas não generalizado em relação às demonstrações contábeis como um todo,
conforme descrito na alínea (f) do item 82.
88. Se na situação descrita no item anterior, o efeito da distorção for relevante e generalizado
em relação às demonstrações contábeis como um todo, o auditor deve emitir uma opinião
adversa, com base na NBC TA 705, conforme descrito na alínea (g) do item 82.
90. De acordo com o item A25 da NBC TA 250, a situação citada na alínea (h) do item 82 pode
ser considerada caso a renúncia ao trabalho seja permitida por lei ou regulamento, por
exemplo, quando a administração ou os responsáveis pela governança não tomam a ação
corretiva que o auditor considera apropriada nas circunstâncias ou quando a não
conformidade identificada ou suspeita de não conformidade levanta questões relacionadas
com a integridade da administração e/ou dos responsáveis pela governança, mesmo
quando a não conformidade não for relevante para as demonstrações contábeis. O auditor
pode considerar apropriada a obtenção de assessoria legal para determinar se a renúncia
ao trabalho é apropriada. Quando o auditor determina que a renúncia ao trabalho é
apropriada, essa determinação não deve substituir o cumprimento de outras
responsabilidades nos termos de leis de regulamentos ou de requisitos éticos relevantes
para responder à não conformidade identificada ou suspeita de não conformidade, como,
por exemplo, aqueles citados nos itens de 5 a 8 e também no item A8 da NBC TA 250.
92. De acordo com a NBC TA 250, as atividades de controles para monitorar a conformidade
com leis e regulamentos (compliance) e a implementação e operação de sistemas
apropriados de controle interno são exemplos de políticas e procedimentos que a entidade
pode implementar para auxiliar na prevenção e na detecção de não conformidade com leis e
regulamentos. Sendo assim, a identificação de suspeitas de não conformidade pode estar
relacionada a deficiências significativas de controle interno. Essas deficiências significativas
podem colocar em dúvida a integridade ou a competência da administração/governança, de
acordo com a NBC TA 265 – Comunicação de Deficiências de Controle Interno.
Considerando isso, a administração e/ou governança deve tomar medidas corretivas em
relação ao cenário de suspeita de não conformidade. Essas medidas passam pela análise e
revisão da estrutura de controles internos, assim como sua efetividade.
93. O auditor deve avaliar a implementação das medidas corretivas com relação à integridade,
aos valores éticos e à diligência com o planejamento e implementação das ações por parte
da administração/governança. Essa avaliação deve considerar a adequação, suficiência e
tempestividade das medidas corretivas, incluindo os aspectos de controle interno, para
minimizar os riscos de distorção relevante e risco de ocorrência de novas suspeitas de não
conformidade. O auditor deve ainda discutir as medidas corretivas com nível da
administração que esteja familiarizado com o assunto e que tenha autoridade para
implementar as medidas cabíveis, conforme NBC TA 265.
DOCUMENTAÇÃO
94. Este Comunicado inclui formulários sugeridos, não obrigatórios, portanto, de documentação
da avaliação do auditor em relação à suspeita de não conformidade, de atos considerados
como claramente inconsequentes (Apêndice 1) e atos não considerados como claramente
inconsequentes (Apêndice 2), em linha com as orientações deste Comunicado.
95. Adicionalmente, inclui também modelo (Apêndice 3) sugerido por representações dos
responsáveis pela governança em relação à investigação conduzida, conforme as
orientações deste Comunicado e diagrama que resume a abordagem de auditoria de
demonstrações contábeis de entidades envolvidas em assuntos relacionados, descrita neste
Comunicado (Apêndice 4).
VIGÊNCIA
96. Este CT entra em vigor a partir desta data, aplicando-se a trabalhos sobre exercícios
encerrados em ou após 31 de dezembro de 2021.
ORIENTAÇÃO GERAL
Este modelo de memorando foi gerado como guia para os auditores documentarem seus
trabalhos, em decorrência das exigências da norma. O atendimento à norma, portanto, poderá
ocorrer com documentação distinta e, em vista disso, não necessariamente no formato deste
guia.
Objetivo
O objetivo deste memorando é auxiliar a equipe de trabalho a documentar as análises sobre a não
conformidade ou suspeita de não conformidade com leis e regulamentos, incluindo atos ilegais ou
fraude (“suspeita de não conformidade”), que seja claramente inconsequente e/ou irrelevante para
a auditoria, de acordo com o CTA 30.
Análise do auditor
o possui efeito direto relevante na determinação dos valores e/ou divulgações nas
demonstrações contábeis;
o beneficiou a entidade;
Conclusões
ORIENTAÇÃO GERAL
Este modelo de memorando foi gerado como um guia para os auditores documentarem seus
trabalhos, em decorrência das exigências da norma. O atendimento à norma, portanto, poderá
ocorrer com documentação distinta e, em vista disso, não necessariamente no formato deste guia.
Objetivo
Ações corretivas
(i)
Em determinadas situações em que o processo de investigação não estiver concluído ou o
assunto ainda estiver em aberto até a data do relatório, a conclusão do time de trabalho
eventualmente pode ser que a investigação ou assunto em aberto não impeçam que o auditor
conclua a sua revisão intermediária ou auditoria, quando os fatos e circunstâncias conhecidos
pela equipe de trabalho e as ações tomadas pela Entidade até o momento, não revelaram
nenhum assunto que indique que as demonstrações contábeis do exercício/período corrente ou
anterior estivessem ou poderiam estar distorcidas de forma relevante. Em tais situações, a
título de sugestão, a conclusão poderia ser conforme segue:
Com base nas análises resumidas acima e nos fatos e circunstâncias conhecidos pela equipe
de trabalho e nas ações tomadas pela Entidade até o momento, nenhum assunto foi
identificado que indique que as demonstrações contábeis do exercício/período corrente ou
anterior estejam distorcidas de forma relevante, ou que possa implicar na incapacidade de
continuarmos a confiar nas representações da Administração. Consequentemente, este
assunto não impede o auditor de concluir os trabalhos de revisão intermediária (ou auditoria
anual) das demonstrações contábeis ref. ao exercício/período findo em .../.../....
(ii)
Em certas situações em que o processo de investigação não estiver concluído ou o assunto
ainda estiver em aberto até a data do relatório, a conclusão do time de trabalho eventualmente
pode ser que a investigação ou assunto em aberto não impeçam que o auditor conclua a sua
revisão intermediária ou auditoria, todavia, os fatos e circunstâncias conhecidos pela equipe de
trabalho e as ações tomadas pela Entidade até o momento, não sejam suficientes para concluir
que as demonstrações contábeis do exercício/período corrente ou anterior não estejam
distorcidas de forma relevante. Em tais situações, a título de sugestão, a conclusão poderia ser
conforme segue:
Com base nas análises resumidas acima e nos fatos e circunstâncias conhecidos pela equipe
de trabalho e nas ações tomadas pela Entidade até o momento, não obtivemos evidência de
auditoria/revisão apropriada e suficiente para concluir que as demonstrações contábeis do
exercício/período corrente ou anterior não estejam distorcidas de forma relevante. Este assunto
não impede o auditor de concluir os trabalhos de revisão intermediária (ou auditoria anual),
todavia, pela avaliação da equipe de trabalho será necessário incluir no relatório de auditoria
uma modificação [detalhar] relacionada a esse assunto.
APÊNDICE 3 – Modelo de carta de representação da governança corporativa
ORIENTAÇÃO GERAL
Este modelo trata do conteúdo das representações a serem fornecidas pelos responsáveis pela
governança, confirmando as informações transmitidas em relação a suspeitas de não
conformidade ao auditor independente, em conexão com seus trabalhos de exame das
demonstrações contábeis. Quando os responsáveis pela governança concluem que não é
necessária uma investigação sobre a suspeita de não conformidade, considera-se uma
representação confirmando que os responsáveis pela governança buscaram estar informados
adequadamente sobre tais assuntos e determinaram que não seriam necessárias investigações
adicionais, diretamente do conselho de administração ou da própria administração (ver item 35).
Quando os responsáveis pela governança concluem sobre a necessidade de investigação por
suspeita de não conformidade, as representações devem descrever as ações tomadas para
estabelecer a governança da investigação, as providências para a contratação das partes que
conduzirão a investigação, os processos de comunicação instituídos, as informações encontradas
e as conclusões alcançadas em relação a pessoas, controles internos e demonstrações contábeis,
incluindo aspectos de divulgação.
Esse modelo de carta de representação também deve ser considerado nos trabalhos de revisão,
respeitada a limitada natureza da extensão dos trabalhos conduzidos de acordo com a NBC TR
2400 – Trabalhos de Revisão de Demonstrações Contábeis ou NBC TR 2410 – Revisão de
Informações Intermediárias Executada pelo Auditor da Entidade. Adaptações nas nomenclaturas
aplicáveis a trabalhos de revisão são requeridas.
De acordo com a NBC TA 580 – Representações formais, em seu item 14, “a data das
representações formais deve ser tão próxima quanto praticável, mas não posterior à data do
relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis”.
Prezados Senhores:
Esta carta é fornecida a Vossas Senhorias – nome da firma de auditoria (“Auditor”) – em conexão
com a sua auditoria das demonstrações contábeis da [nome do cliente] (“Empresa”)(2) OU
[demonstrações contábeis individuais e consolidadas da [nome da entidade] (“Empresa”),
identificadas como Controladora e Consolidado, para o exercício findo em ___ de __________ de
20___, com o objetivo de expressar uma opinião se as demonstrações contábeis foram
apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil. [adaptar o GAAP, quando necessário]
Também fornecemos esta carta em conexão com a sua auditoria dos controles internos da
Empresa sobre as demonstrações contábeis com exercício findo em 20XX com a finalidade de
expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos da Empresa sobre as
demonstrações contábeis. [esse parágrafo pode ser adequadamente inserido no parágrafo acima
ou excluído, caso o auditor não esteja executando uma auditoria integrada – SOX]
[o parágrafo a seguir deve ser usado nas circunstâncias em que a conclusão dos responsáveis
pela governança constata não ser necessária uma investigação independente. Se adotado o
próximo parágrafo, os demais parágrafos devem ser adaptados adequadamente ]
Para fins da sua auditoria observada acima, confirmamos que fornecemos a Vossa Senhoria
todas as informações de conhecimento dos responsáveis pela governança sobre questões
relacionadas à suspeita de não conformidade com leis e regulamentos, incluindo atos ilegais, que
possam ter sido cometidos pela Empresa ou por qualquer de seus dirigentes ou funcionários,
atuais ou desvinculados. Também, confirmamos que efetuamos os necessários esforços e
diligências para nos informar adequadamente sobre tais assuntos e, (exceto pelo(s) assunto(s)
indicado(s) abaixo), determinamos que tais assuntos não requerem investigação adicional por
parte dos responsáveis pela governança. [exclua (exceto pelo(s) assunto(s) indicado(s) abaixo)”
quando os responsáveis pela governança não tiverem exigido investigação) ou (adicione os
assuntos se a investigação de suspeita de não conformidade, tiver sido conduzida]
[Os primeiros parágrafos a seguir devem ser usados nas circunstâncias em que a conclusão dos
responsáveis pela governança é pela realização de investigação independente e esta foi
executada]
[adaptar para o caso concreto] Com base nas alegações que se tornaram públicas em xx de
xxxxxx de 20xx, com relação aos alegados pagamentos em benefício da Empresa em conexão
com a Operação xxxxxx e relacionados a terceiros mencionados como beneficiários de tais
pagamentos, determinamos o início de procedimento de investigação independente sobre as
alegações (“Investigação”), incluindo eventuais alegações adicionais (“Alegações”).
[ adaptar para o caso concreto ] em xx/xx/20xx, a partir de interações com o Comitê Independente,
a Empresa contratou o escritório ________ Advogados (“Escritório”) para assessorá-lo na
condução da referida Investigação independente. O Escritório [adaptar para o caso concreto – o
Especialista Forense pode ter sido também contratado pela Empresa ] contratou especialista para
assessorá-lo, a ________ (“Especialista Forense”), no suporte em certas atividades, notadamente:
(i) background checks; (ii) coleta de ERP e análise de dados; (iii) testes de transação; (iv) coleta
forense de dados; (v) filtragem e processamento de dados; e (vi) procedimento de extração,
processamento e disponibilização dos dados coletados para revisão.
Certas declarações nesta carta são descritas como limitadas a assuntos “relevantes”. Os itens são
considerados relevantes, independentemente do tamanho, se envolverem uma omissão de
informação ou distorção de valores contábeis que, à luz das circunstâncias, seja provável que o
julgamento de uma pessoa razoável que confie na informação seja alterado ou influenciado pela
omissão ou inexatidão.
Com base nos resultados da Investigação e de acordo com nosso conhecimento e convicção, o
Comitê independente e o Conselho de Administração confirmam que [adaptar às circunstâncias]:
• Com relação aos dirigentes ou funcionários atuais da Empresa, que estão fornecendo
informações e/ou fazendo representações verbais ou formais para o Auditor em conexão com
o processo de auditoria:
Atenciosamente,
Assinado______________________________________
Presidente do Conselho de Administração – Responsável pela Governança (3)
Assinado______________________________________
Presidente ou Coordenador do Comitê Independente – Responsável pela Governança (3)
cc: Presidente
Diretor Financeiro
Diretor Legal
Instruções Gerais
No caso de sociedades anônimas, o responsável pela governança que deve fornecer a
representação ao auditor é o Conselho de Administração, legalmente responsável por fixar a
orientação geral dos negócios da Empresa e por fiscalizar a gestão dos diretores. Se a entidade
tiver um Comitê de Auditoria estatutário, a carta poderá ser fornecida adicionalmente pelo Comitê
de Auditoria, que em geral assinaria junto com o Conselho de Administração. O termo
“responsáveis pela governança” é definido no item 10 da NBC TA 260, Comunicação do Auditor
com os Responsáveis pela Governança, como “a(s) pessoa(s) ou organização(ões) (por exemplo,
um administrador corporativo) com responsabilidade por supervisionar a direção estratégica da
entidade e as obrigações relacionadas à prestação de contas da entidade. Isso inclui
supervisionar o processo das demonstrações contábeis.” Em outros casos, os responsáveis pela
governança podem incluir pessoal da gerência; por exemplo, membros executivos de um conselho
de governança ou gerente-proprietário.
Este exemplo de carta deve ser adaptado às circunstâncias e impresso no papel timbrado da
Empresa.
Notas
(1)
A data da carta de representação é geralmente a data do relatório do auditor; no entanto,
deve-se aplicar julgamento se uma data diferente for mais apropriada.
(2)
O termo "Empresa" foi usado ao longo desta carta de representação. Se mais apropriado,
o termo "Empresa" deve ser substituído ao longo deste documento por termo mais
representativo, como Companhia, Banco, Fundo, Organização, etc.
(3)
As representações escritas abrangem todos os períodos mencionados no relatório dos
auditores. Podem surgir situações em que pessoas que estão assinando as
representações não sejam as mesmas que existiam no momento da investigação ou
durante todos os períodos mencionados no relatório dos auditores. Essas pessoas podem
alegar que não estão em condições de fornecer algumas ou todas as representações
escritas porque não estavam presentes durante o período. Esse fato, no entanto, não
diminui as responsabilidades estatutárias dessas pessoas pelas demonstrações contábeis
como um todo e todas as diligências que precisam fazer para estarem adequadamente
informadas sobre assuntos relevantes.
APÊNDICE 4 – Diagrama de Decisão
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, CTA 32, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2021
Sumário Item
OBJETIVO 1
Contexto Atual 2–5
Entendimento e Orientação 6–8
Procedimentos de Avaliação de Risco e Atividades Relacionadas 9 – 11
Entendimento necessário da entidade e do seu ambiente, incluindo controles 12 – 14
internos
Identificação, avaliação e respostas aos riscos de distorção relevante 15 – 18
Fundos de Investimentos regulados pela ICVM 555/14 19 – 20
Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento 21
Fundos de Investimento Imobiliário 22 – 23
Fundos de Investimentos em Participações 24 – 25
Fundos de Investimento em Direitos Creditórios 26 – 27
Alcance 28
VIGÊNCIA 29
Objetivo
1. Este Comunicado Técnico tem por objetivo orientar os auditores independentes no exame das
demonstrações contábeis de fundos de investimento quanto aos procedimentos sugeridos a
serem aplicados na auditoria de demonstrações contábeis de Fundos de Investimento.
Contexto atual
2. Nos últimos anos a indústria brasileira de fundos de investimento tem apresentado um
crescimento significativo tanto no volume de recursos sob administração, quanto na
diversidade dos fundos oferecidos, e por consequência se observa uma maior sofisticação
nas carteiras dos fundos de investimento.
3. A mudança de ambiente dos negócios trouxe novos desafios para os auditores independentes
no exame das demonstrações contábeis dos fundos de investimento, em especial as
aplicações em cotas de fundos de diferentes gestores e administradores (no Brasil e no
exterior), muitas vezes com diferentes estratégias de investimento, incluindo estratégias de
investimento em ativos ilíquidos, e datas de encerramento de exercício social, requerendo,
em alguns casos, julgamentos críticos por parte dos auditores independentes para a seleção
de procedimentos de auditoria a serem aplicados.
4. Diante desse cenário, visando ao alinhamento dos procedimentos a serem realizados pelos
auditores independentes, o CFC avaliou como necessário emitir orientação aos auditores
independentes sobre os aspectos e procedimentos de auditoria sugeridos quando do exame
de auditoria das demonstrações contábeis dos fundos de investimento.
5. A suficiência dos procedimentos de auditoria sugeridos neste Comunicado deve sempre ser
avaliada individualmente no contexto da auditoria de cada fundo de investimento, que leva em
consideração o julgamento do auditor quanto à relevância e materialidade dos ativos
investidos, a avaliação dos riscos e dos controles internos relevantes adotados pelo
administrador para a elaboração e a adequada apresentação das demonstrações contábeis,
bem como a avaliação de independência do auditor em relação aos fundos investidos.
Entendimento e orientação
6. Considerando que o auditor, ao ser contratado para a auditoria das demonstrações contábeis
de fundos de investimento, executa sua auditoria de acordo com as normas brasileiras e
internacionais de auditoria e emite relatório de auditoria com o objetivo de opinar sobre se as
demonstrações contábeis estão adequadamente apresentadas, em todos os aspectos
relevantes, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis aos fundos de
investimento; sendo que os procedimentos aplicados durante o trabalho do auditor devem ser
realizados em conformidade com as normas relevantes nas circunstâncias.
13. A estratégia de auditoria a ser adotada poderá ser de confiança nos controles internos ou de
não confiança ou, ainda, um enfoque misto. Se a estratégia prevê a confiança nos controles
internos, deverão ser realizados testes específicos para a obtenção de evidências que
suportem esta estratégia, também deverá haver evidências de que os controles internos foram
projetados e estão operando efetivamente durante todo o período abrangido pela auditoria.
No caso de situações em que um administrador desenvolver controles únicos desenvolvidos
para um grupo de fundos, o auditor poderá fazer trabalhos para o entendimento dos controles
e testes de efetividade deles no nível do administrador, desde que obtenha evidências de que
esses controles são aplicados de forma homogênea em cada um dos fundos que emitirá seu
relatório de auditoria. Para tanto, o auditor deve efetuar tal verificação ao obter um
entendimento dos controles e planejar os testes desses controles de forma a garantir que
todos os fundos objeto de sua auditoria tenham a chance de serem selecionados.
17. Com base nas respostas aos riscos de distorção relevante identificados, o auditor executa
procedimentos substantivos de auditoria, que mudam de acordo com cada tipo específico de
fundo de investimento.
18. A seleção dos itens a serem testados substantivamente para cada fundo de investimento
poderá ser efetuada em bases amostrais, levando-se em consideração a estratégia do auditor,
o resultado das análises e avaliações de risco e, quando aplicável, dos testes de controles
internos efetuados. O conjunto de testes substantivos e respectivos critérios de amostragem
para seleção de itens deverão ser documentados individualmente nos papéis de trabalho de
cada fundo de investimento.
20. Principais procedimentos substantivos aplicáveis aos fundos de investimento regulados pela
ICVM 555/14 (conforme itens de 15 a 18):
• obtenção da carteira com a posição da quantidade e o valor das cotas detidas pelo
fundo;
• conciliação do saldo da carteira de investimentos com o saldo contábil na data-base;
• confronto da quantidade de cotas detidas pelo fundo com extratos do custodiante dos
fundos investidos;
• valorização das cotas detidas pelo fundo de acordo com os preços divulgados pelo
administrador;
• acesso às últimas demonstrações contábeis auditadas dos fundos investidos;
• análise do relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações contábeis,
observando a existência de modificações e seus eventuais efeitos nas demonstrações
contábeis do fundo investidor e leitura dos quadros e notas explicativas;
• caso exista defasagem, por exemplo, de mais de 90 dias, entre as últimas
demonstrações contábeis emitidas dos fundos investidos e as demonstrações contábeis
do fundo investidor, análise das alterações relevantes na carteira e resultado do fundo
no período;
• o auditor, com base na sua estratégia, na avaliação de riscos do administrador e análise
do portfólio do fundo auditado, deverá estabelecer critérios para análise dos fundos
investidos, tais como relevância, tipos de fundos a serem analisados e profundidade das
análises a serem efetuadas, incluindo, mas não se limitando, aos seguintes
procedimentos: obtenção e análise da carteira dos fundos investidos, recálculo da
precificação do valor de mercado dos ativos relevantes, quando aplicável e de acordo
com a estratégia estabelecida pelo auditor, levando em consideração a relevância e
análise de riscos efetuada;
• revisão dos papéis de trabalho, quando julgado oportuno e de acordo com a estratégia
do auditor, que suportaram a emissão do relatório de auditoria sobre as demonstrações
contábeis dos fundos investidos por outros auditores, com o objetivo de auxiliar o
entendimento, sobretudo, de critérios de valorização para ativos de maior complexidade,
presentes geralmente nos portfolios de investimentos de fundos estruturados (FIPs,
FIDCs, FIIs, Offshore e Fundos de Crédito Privado); e
• envio de correspondências aos assessores jurídicos dos fundos para confronto com os
controles de contingências, bem como avaliação do impacto do registro e divulgação
das contingências nas demonstrações contábeis.
Alcance
Vigência