INFORMATIVO ECONÔMICO DA AQUICULTURA

Número 18 – Outubro 2023

O objetivo deste informativo é divulgar informações e resultados de trabalhos da área de economia,

principalmente da aquicultura catarinense, contribuindo para motivar e estimular técnicos e produtores a adotar
avaliações econômicas nos planejamentos e nas tomadas de decisões.

Mensagem dos autores

No décimo oitavo informativo destacamos o resultado do mês de setembro/23 do custo de produção do monocultivo de
tilápia padronizado como referência média para as regiões de Chapecó e Joinville, os parâmetros, as memórias de cálculos, o
resumo do resultado final do cálculo do custo de produção para as duas regiões e a variação em relação ao mês de agosto/23.
Apresentamos os preços nos varejos de Chapecó e Joinville para o filé de tilápia congelado para discussão, a agenda e na Seção
Meu Cultivo, os resultados técnicos e econômicos de um monocultivo de tilápia no município de Caxambu do Sul/SC. Seguimos
com a Seção: Nossas Receitas, que é um espaço para divulgar receitas e estimular ainda mais o consumo de pescado cultivado.
Ficamos à disposição para comentários e contribuições, este trabalho está em constante construção!
Boa leitura!

Avaliação mensal do custo de produção do monocultivo de tilápia-do-nilo

(Oreochromis niloticus) das regiões de Chapecó e Joinville em Santa Catarina
Jorge de Matos Casaca – Fernanda Queiróz e Silva

O principal sistema de piscicultura comercial praticado em Santa Catarina é o monocultivo de tilápia, apesar de ser
tecnificado, há poucos trabalhos que avaliam o custo de produção dos cultivos, deixando dúvidas quanto a sua viabilidade
econômica.
O custo de produção do monocultivo é acompanhado mensalmente pela Epagri/Chapecó e o pelo Setor de Piscicultura da
Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação de Joinville, os resultados do mês de setembro/2023 são aqui
apresentados.
O custo de implantação de um viveiro com 0,5ha de área alagada na região de Chapecó foi de R$ 41.849,00 e em Joinville
com 0,3ha de R$ 24.062,04 considerando gastos com horas/máquinas, mão de obra, sistema de abastecimento e
escoamento, além dos investimentos com infraestruturas, máquinas e equipamentos.
O monocultivo de tilápia sendo planejado em função do mercado da indústria. A densidade de estocagem de 3 alevinos
por metro quadrado, com peso médio de 1 grama e taxa de sobrevivência de 80%. O período de cultivo de 10 meses, com o
peso médio final de 800 gramas e conversão alimentar de 1,5kg/kg.
A produção em Chapecó de 9.600 kg de tilápia, comercializado a R$/kg 9,65, obtendo uma receita bruta (RB) de R$
92.640,00. Em Joinville a produção de 5.760kg, vendido a R$/kg 9,85, com receita bruta de R$ 56.736,00.
Os Custos Operacionais Efetivos (COE) para Chapecó e Joinville representaram respectivamente: 87,81% e 85,09% do
custo total. O COE por kg foi de R$ 6,10 para Chapecó e R$ 6,05 para Joinville e os itens que contribuíram no COE foram
respectivamente para Chapecó e Joinville: alimentação (72,39% e 66,47%); alevinos (5,63% e 4,62%); energia elétrica (4,29%
e 4,65%); Funrural (2,09% e 2,08%); mão de obra (2,53% e 2,42%); calagem (0,72% e 2,60%) e fertilização (0,17% e 0,76%).
O Custo Operacional Total (COT) por kg de R$ 6,59 para Chapecó e de R$ 6,75 para Joinville, incluindo os itens de
depreciação e pró-labore. O Custo Total (CT) foi de R$/kg 6,94 para Chapecó e R$/kg 7,11 para Joinville.
A Margem Bruta (MB) ou Receita Líquida Operacional (RLO) de R$/kg 3,55 para Chapecó e de R$/kg 3,80 para Joinville. A
Margem Líquida (ML) ou Lucro Operacional (LO) de R$/kg 3,06 para Chapecó e de R$/kg 3,10 para Joinville.
A produção de nivelamento em relação ao COT de 6.560,22kg para Chapecó e de 3.946,04kg para Joinville, com um preço
de nivelamento de R$/kg de 6,59 e R$/kg 6,75 respectivamente. O período de recuperação do capital investido, se repetirem
os mesmos resultados, calculado em 1,28 ciclos para Chapecó e de 1,17 ciclos para Joinville.
Em relação ao mês de agosto/2023, a Receita Bruta (R$/kg) aumentou 2,07% em Chapecó e diminuiu 1,32% em Joinville.
O Custo Total (R$/kg) diminuiu 2,50% em Chapecó e 1,41% em Joinville. A Margem Bruta (R$/kg) aumentou 10,61% em
Chapecó e diminuiu 1,13% em Joinville, a Margem Líquida (R$/kg) aumentou 12,29% em Chapecó e diminuiu 1,10% em
Joinville, ficando com Índice de Lucratividade 10,43% maior em Chapecó e 0,21% em Joinville.
Os indicadores apontaram Índice de Lucratividade (IL) de 31,66% para Chapecó e 31,49% para Joinville, sendo os melhores
resultados da série histórica desde quando começou o levantamento em abril de 2022.
Os resultados positivos nos indicadores econômicos para atividade podem ser explicados em parte pelo aumento do
consumo de tilápia, queda nos preços da ração e também pela baixa oferta de matéria prima para abate nas duas regiões
avaliadas. Qual a sua opinião sobre esses indicadores econômicos? Com a palavra os técnicos e os piscicultores!!!!
 Informativo Econômico da Aquicultura
Número 18 - Outubro/2023
Custo de produção do monocultivo de tilápia nas regiões de Chapecó e Joinville/SC (Setembro/2023)
Indicadores técnicos e econômicos Unidade Chapecó Joinville
Área do viveiro ha 0,50 0,30
Quantidade produzida kg 9.600 5.760
Quantidade de alevinos estocados Número 15.000 9.000
Densidade de estocagem inicial peixe/m2 3,00 3,00
Peso médio final kg 0,80 0,80
Taxa de sobrevivência % 80 80
Taxa de crescimento g/dia 2,66 2,66
Período de cultivo Dias 300 300
Produtividade do cultivo kg/ha/ano 23.360 23.360
Conversão alimentar (kg ração/kg peixe) kg 1,50 1,50
Receita Bruta (RB) R$/kg 9,65 9,85
Custo Operacional Efetivo (COE) R$/kg 6,10 6,05
Custo Operacional Total (COT) R$/kg 6,59 6,75
Custo Total (CT) R$/kg 6,94 7,11
Margem Bruta Unitária (MBU) R$/kg 3,55 3,80
Margem Bruta (MB) % 36,83 38,60
Margem Líquida Unitária (MLU) R$/kg 3,06 3,10
Margem Líquida (ML) ou Índice de Lucratividade (IL) % 31,66 31,49
Produção de Nivelamento (COT) kg 6.560,22 3.946,04
Preço de Nivelamento (COT) R$ 6,59 6,75
Período de Recuperação do Capital Ciclos 1,28 1,17
Custo de implementação do projeto R$ 41.849,00 24.062,04
Créd itos: Jorg e d e M atos Casaca e F ern an d a Q u eiróz e S ilva

Parâmetros definidos para as regiões de
Chapecó e Joinville:
1. Área do viveiro: 0,5ha (Chapecó) e 0,3ha
(Joinville)
2. Período de cultivo: 10 meses (300 dias)
3. Peso médio inicial: alevinos de 1,0 grama
4. Peso médio final: 800 gramas
5. Taxa de sobrevivência: 80%
6. Densidade inicial: 3 peixes/m2
7. Conversão alimentar: 1,5kg ração/1,0 kg
de peixe
8. Mão de obra familiar: R$/hora com base
no salário mínimo
9. Aeração mecânica: 3 aeradores (Chapecó)
e 2 aeradores (Joinville) modelo chafariz de
1,5 CV
10. Taxa de juros sobre o custo de
implantação (capital mobilizado): 6%
11. Taxa de juros sobre o valor da terra: 2%
12. Os valores em reais (R$) das despesas e
receitas são atualizados no dia da análise do
custo de produção, evitando assim realizar o
cálculo do efeito da inflação sobre o período
do cultivo.
Memórias de cálculos:
1. Mão de obra familiar:
Considerado o valor do salário mínimo e dividido por 30 dias do
mês e por 8 horas diárias. (R$ 1.320,00 / 30 / 8 = R$ 5,50, sendo o
valor da hora)
Considerado o Dia Homem (DH), correspondendo a 8 horas de
jornada, nos cálculos de manejo durante o período de cultivo.
Limpeza: 1 DH
Calagem: 1 DH (Chapecó) ½ DH (Joinville)
Adubar: 1 DH (Chapecó) ½ DH (Joinville)
Povoar: 0,5 DH (Chapecó) 0,25 DH (Joinville)
Arraçoar: 18,75 DH (1/2 hora por dia x 300 dias)
Despescar: 16 DH (4 pessoas x 8 horas) Chapecó – 3 DH (6 pessoas
x 4 horas) Total: 38,25 DH (Chapecó) – 24 DH (Joinville)
(38,25 DH x 8 horas) = 306 horas (Chapecó)
(24,0 DH x 8 horas) = 192 horas (Joinville)
2. Energia Elétrica
Considerado o uso de 3 aeradores (Chapecó) e 2 aeradores
(Joinville) modelo chafariz com 1,5 CV.
Chapecó (3.309,74 W x 9 h/dia x 150 dias)
Joinville (2.206,50 W x 9 h/dia x 150 dias)
3. Terra
Considerado a área do viveiro acrescido em 50% para contemplar
áreas de aterros e circulação.
Chapecó (0,5ha x 1,50 = 0,75ha) - Joinville (0,3ha x 1,50 = 0,45ha)
 Vamos inovar! Especialistas
discutirão tópicos essenciais
como: nutrição, gestão,
automação, alevinagem e
muito mais, destacando a
Local: CETUBA - EPAGRI - Tubarão - SC importância desses assuntos
Data: 7 de outubro para a indústria de pescados.
Horário: 9h às 16h

Estão abertas as inscrições para o último Curso Básico de Piscicultura de

Data: 23 a 27 outubro
2023. O curso será realizado no Centro de Treinamento de Joinville
(Cetreville), em parceria com a Unidade de Desenvolvimento Rural da
Prefeitura de Joinville (antiga Fundação 25 de Julho) e a Associação
Catarinense de Aquicultura (ACAQ), prevista para o período de 23 a 27 de
outubro.
Alguns dos temas abordados durante o curso são: legislação ambiental,
construção de viveiros, espécies e seus potenciais, qualidade de água,
nutrição, prevenção de doenças, anatomia e fisiologia dos peixes, custo de
produção, mercado, entre outros.
Valor a ser pago para agricultor/produtor de Santa Catarina: R$ 160 com
hospedagem e alimentação
Valor para não-agricultores e pessoas de fora do estado: R$ 635 com
hospedagem e alimentação; e R$ 370 sem hospedagem.
Inscrições no escritório da Epagri de seu município.
Informações: fone/WhatsApp (47) 3461-1537

Feira de Negócios EXCLUSIVA para profissionais do setor: produtores, fornecedores, frigoríficos, varejistas,
atacadistas, food service, distribuidores, importadores, exportadores e fabricantes de maquinário auxiliar.

https://seafoodshow.com.br/credenciamento/
 Avaliação do custo de produção do cultivo de tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus) em piscicultura
de Caxambu do Sul/SC na Região do Vale do Rio Uruguai
Juliano Gonçalves Garcez¹
Motivados pelo curto período de recuperação do capital investido, a atratividade da piscicultura está crescendo no Oeste
Catarinense. O Vale do Rio Uruguai é uma das regiões com maior potencial para o cultivo da tilápia, atendendo mais de 70%
das condições climáticas. Considerando que a criação requer a renovação diária de cerca de 5% da água do cultivo, é
imprescindível o monitoramento rigoroso dos parâmetros físicos, químicos e microbiológicos da água de cultivo. Além disso,
a análise incompleta dos custos de produção pode comprometer a sustentabilidade econômica da atividade, elevando em
mais de 3 vezes o período necessário para a recuperação do capital investido.

O Potencial da Piscicultura Regional

Caxambu do Sul, SC tem potencial para a produção de No último cultivo, que foi de outubro de 2022 a maio de 2023,
tilápias em cerca 46,5% de seu território (6.581,7ha), o Sr. Oride produziu 11,5 toneladas de tilápia em seu viveiro de
conforme a caraterização da Epagri. O município conta com 0,5ha. Sendo que a população inicial foi de alevinos 15.900 (3,18
cerca de 60 produtores comerciais que produzem mais de 600 peixes/m²), a taxa de sobrevivência ficou em 76,13%.
toneladas de tilápia em cerca de 20ha de área alagada. Esse Considerando que o período do cultivo foi de 205 dias, com um
volume de produção coloca a piscicultura como a 4ª atividade peso médio foi de 950g por peixe, a taxa de crescimento estimada
mais importante do município, depois de grãos, pecuária e é de 4,6 g/dia com uma conversão de 1,38 kg de ração fornecido
aves. por kg de peixe. Esses resultados indicam uma produtividade de
A facilidade de preparo da tilápia associada a suas 40.951,2 kg/ha/ano.
características nutricionais tem elevado o consumo e
Tabela 1: Indicadores técnicos e econômicos do cultivo de tilápia
despertado o interesse redes de frigoríficos, pesque-pague,
além de fornecedores de insumos prestadores de serviços na Indicadores Resultados
região. Esse cenário pode influenciar mais de 200 outros Densidade de estocagem inicial 3,18 peixe/m2
piscicultores amadores que exploram cerca de 70ha de área
Taxa de crescimento 4,6 g/dia
alagada no município.
Produtividade do cultivo 40.951,2 kg/ha/ano
O cultivo e o acompanhamento econômico
Conversão alimentar 1,38 kg de ração/kg peixe)
A propriedade do Sr. Oride Cecon, agricultor familiar está
Receita Bruta (RB) (Preço de venda) R$ 9,30/kg
situada na Linha Cecon, em Caxambu do Sul/SC, às margens
do Rio Uruguai. Essa microrregião possui potencial acima de Custo Operacional Efetivo (COE) R$ 7,02/kg
50% para o cultivo da tilápia. Seu viveiro de 0,5ha é Custo Operacional Total (COT) R$ 7,68/kg
abastecido por água de nascente e está no 5º ano de cultivo Custo Total (CT) R$ 8,19/kg
(Figura 1):
Margem Líquida Unitária (MLU) R$ 1,62/kg
Índice de Lucratividade (IL) ou
17,41%
Margem Líquida (ML)
Produção de Nivelamento (COT) 9.497,96 Kg
Preço de Nivelamento (COT) R$ 7,68
Período de Recuperação do Capital 3,14 ciclos
Custo de implantação do viveiro R$ 78.334,50

Considerando que a receita bruta foi de R$ 9,30 por kg de

Figura 1: Piscicultor Oride Cecon em seu viveiro, Caxambu do Sul/SC.
Piscicultor recebe assistência técnica privada e também
pública, através do Escritório Municipal da Epagri, que já
acompanha a propriedade pelo segundo ano de cultivo da
tilápia. Os resultados demonstram um aumento de cerca de
10% na margem líquida no último cultivo (2022-2023), em
relação ao cultivo anterior (2021-2022). O principal fator foi
o extenso período de cultivo de 285 dias. Devido a uma alta
de oferta de peixe no mercado regional na entrada do
inverno, o produtor precisou atravessar manter o cultivo em
2022.
¹Engenheiro Agrônomo, Mestrado, Extensionista EPAGRI, Caxambu do Sul/SC, julianogarcez@epagri.sc.gov.br
peixe, o custo Operacional Efetivo (COE) do cultivo ficou em R$
7,02/Kg. No entanto, quando acrescentamos a esse o custo do
pró-labore e a depreciação anual, temos R$ 7,68/Kg de Custo
Operacional Total (COT). A partir disso, pode-se aferir uma
Margem Líquida Unitária (MLU) de R$ 1,62 por kg de peixe
produzido, perfazendo o índice 17,41% de lucratividade nesse
cultivo.
A produção e o preço de nivelamento indicam que são
necessários produzir 9.497,96 Kg de tilápia a um valor de R$ 7,68
para cobrir o Custo Operacional Total (COT). Esses resultados
indicam que são necessários 3,14 ciclos de cultivo para recuperar
o capital investido, uma vez que o custo de implantação do viveiro
apresentado foi de R$ 78.334,50.
Contudo, para aumentar o índice de lucratividade pode-se
utilizar o sistema de policultivo uma vez em Caxambu do Sul o
potencial de cultivo de carpa é de 88,9% para carpas e de 96,3%
para o lambari.
 O objetivo dessa seção é divulgar receitas elaboradas principalmente de pescado cultivado, criando assim um canal direto
entre quem produz, quem elabora e quem consome. Colabore conosco enviando suas receitas.

Filés de tilápia nas nuvens

Inspiração:
Essa versão foi inspirada na receita da Marilaine Del Pintor Sanches, empresária e produtora de
tilápias que recentemente lançou uma nova edição do seu livro de receitas: "O Nosso Peixe de Cada
Dia", dessa vez com 101 receitas de tilápias. Uma das receitas prediletas dela e de sua família é o
"filé de tilápia nas nuvens", receita que trazemos aqui para vocês no Informativo Econômico. Filé de
tilápia de todo dia, mas com um sabor e apresentação diferentes, prático, rápido, saboroso e
saudável.
Ingredientes:
350 gramas de filé de tilápia, 3 batatas grandes, 2 colheres de sopa de manteiga, 1 copo de
requeijão, 150 gramas de nata ou creme de leite fresco, 200 gramas de queijo mussarela ralado, 1
litro de leite, salsinha, cebolinha, alecrim, uma cabeça de alho, sal e pimenta do reino a gosto e
lemon pepper.

Modo de preparo:
Cozinhar por poucos minutos os filés de tilápia em leite com sal, alecrim, pimenta do reino e lemon pepper. Desfiar em lascas
grandes e reservar.
Cozinhar as batatas em leite, com sal, pimenta do reino, uma cabeça de alho e alecrim. Retirar o excesso de leite, o alho e o
alecrim. Fazer um purê, misturando uma colher generosa de manteiga para dar brilho e ainda mais cremosidade a receita.
Em uma assadeira colocar uma camada do purê, em seguida as lascas de tilápia e por cima a mistura do requeijão, nata com
salsinha e cebolinha picada.
Para finalização colocar o queijo mussarela ralado.
Levar ao forno até gratinar o queijo. Servir quente!
Bom apetite!

Nível de dificuldade: Fácil

Tempo de preparo: 40 minutos
Custo do prato: R$ 59,00
Serve bem: 3 pessoas Filés de tilápia nas nuvens
Foto: Fernanda Queiróz e Silva

Esta publicação tem por objetivo apresentar o potencial

aquícola do Estado de Santa Catarina para cultivo de tilápias, carpas,
trutas, jundiás e lambaris, considerando aspectos ambientais,
socioeconômicos e logísticos. A obra é destinada a técnicos da área
de aquicultura, piscicultores e empreendedores que necessitam de
dados e informações para iniciar um projeto aquícola no Estado. O
estudo de potencial parte de uma abordagem ecológica para
aquicultura e integra aspectos climáticos, de relevo, de solos e de
logística, de acordo com as exigências de cada espécie. Como
resultado, são apresentados diversos mapas temáticos e cinco mapas
de potencial, um para cada espécie, por meio dos quais é possível
identificar as áreas mais adequadas ao cultivo em Santa Catarina.
Com esse trabalho a Epagri espera contribuir com a cadeia aquícola
do Estado para que a produção de peixes ocorra em conformidade
com as características naturais, sociais e tradicionais de cada região.

VIANNA, L.F.N; HATEM, A.A.; SILVA, B.C.; DELLA GIUSTINA,

E.G.; CASACA, J.M.; MARCHIORI, N.C.; SERAFINI, R.L. Avaliação do
potencial para a piscicultura continental no estado de Santa Catarina.
Florianópolis: Epagri, 2023. 220p. (Epagri. Boletim Técnico, 214)

https://www.epagri.sc.gov.br/index.php/solucoes/publicacoes/boletim-tecnico/
 Quanto o consumidor está pagando pelo quilograma do filé de tilápia congelado?
Levantamento realizado no mercado varejista das cidades de Chapecó e Joinville/SC no final do mês
de setembro/23, foram identificadas diversas marcas de filé de tilápia congelado, com apresentação de
embalagens, pesos e preços variados. Os valores convertidos para R$/kg, nota-se uma grande diferença
entre o maior valor (R$ 84,23) e o menor valor (R$ 52,38). Várias questões poderiam ser discutidas,
dentre elas: o que explica preços tão diferentes?; várias opções de marcas disponíveis ao consumidor,
isso é bom?; o mesmo produto com cinco apresentações de pesos individuais diferentes, seria uma
estratégia das empresas? Com a palavra os especialistas em mercado varejista, quem se habilita a
explicar essas questões.
Chapecó/SC
Apresentação Descrição do produto Preço R$/unidade Preço R$/kg
Marca: Sabor Fish – SISBI-POA (0,80) 48,99 61,24
Município: Caxambu do Sul/SC (0,8kg) 47,90 59,88
Filé de Tilápia sem pele congelado (0,4kg) 24,90 62,25
Peso: 800g e 400g (0,40kg 24,99 62,48
Marca: Aurora - SIF (0,8kg) 55,90 69,88
Município: Palotina/PR (2,0kg) 135,90 67,95
Filé de Tilápia sem pele congelado (0,4kg) 32,99 82,48
Peso: 800g e 400g (0,4kg) 26,90 62,27
Marca: Rio Vivo – SISBI-POA (0,8kg) 49,90 62,38
Município: Descanso/SC (0,4kg) 25,99 64,98
Filé de Tilápia sem pele congelado (0,4kg) 21,98 57,95
Peso: 800g e 400g (0,4kg) 23,90 59,75
Marca: Impescal - SIE
Município: União do Oeste/SC 23,99 59,98
Filé de Tilápia sem pele congelado
Peso: 400g
Marca: Paturi - SIF
Município: Toledo/PR 24,99 62,48
Filé de Tilápia sem pele congelado 21,90 54,75
Peso: 400g
Marca: Seara – SIF
Município: Perdizes/MG 41,99 69,98
Filé de Tilápia sem pele congelado
Peso: 600 g
Marca: Copacol - SIF (0,8kg) 42,98 53,73
Município: Nova Aurora/PR (2,0kg) 109,90 54,95
Filé de Tilápia sem pele congelado (0,4kg) 23,98 59,95
Peso: 800g e 400g
Marca: Costa Sul - SIF
Município: Navegantes/SC (0,8kg) 47,90 59,88
Filé de Tilápia sem pele congelado
Peso: 800g
Joinville/SC
Apresentação Descrição do produto Preço R$/unidade Preço R$/kg
Marca: Aurora - SIF
Município: Palotina/PR (0,4kg) 29,78 74,45
Filé de Tilápia sem pele congelado
Peso: 800g e 400g
Marca: Copacol - SIF (0,8kg) 41,90 52,38
Município: Nova Aurora/PR (0,8kg) 49,90 62,38
Filé de Tilápia sem pele congelado (0,4kg) 33,69 84,23
Peso: 2,0kg, 800g e 400g (2,0kg) 109,90 54,95
 Marca: Seara – SIF
Município: Perdizes/MG 40,90 68,17
Filé de Tilápia sem pele congelado 39,68 66,13
Peso: 600g
Marca: Saint Peter- SIF
Município: (0,25kg) 20,59 82,36
Filé de Tilápia sem pele congelado
Peso: 250g e 450g
Marca: Netuno - SIF
Município: (0,4kg) 23,69 59,23
Filé de Tilápia sem pele congelado (0,8kg) 60,99 76,24
Peso: 400g e 800g
Marca: Carrefour - SIF
Município: (0,4kg) 27,99 69,98
Filé de Tilápia sem pele congelado
Peso: 400g
Marca: Sadia
Município: (0,4kg) 23,38 58,45
Filé de Tilápia sem pele congelado
Peso: 400g
Marca: Rio Vivo – SISBI-POA
Município: Descanso/SC (0,4kg) 21,98 54,95
Filé de Tilápia sem pele congelado
Peso: 800g e 400g
Marca: Bruder – SISBI-POA
Município: Urussanga/SC (0,4kg) 22,90 57,25
Filé de Tilápia sem pele congelado
Peso: 400g

Fonte: Coleta nos varejos: Giassi, Angeloni, Imperatriz, Condor, Carrefour, Fort, Via, Brasão, Celeiro e Cooper Alfa entre os dias 25 e 28/09/23

Preços médios recebidos pelos aquicultores, segundo as principais

No quadro abaixo um comparativo de preços pagos praças de Santa Catarina
pela tilápia aos piscicultores independentes de
diversas regiões, valores em R$/kg, na Produtos da Aquicultura unidade agosto/23
propriedade, sem frete e impostos. Camarão (cultivado) kg 30,00
Marisco (cultivado com casca) kg 5,25
Região Valor (R$/kg)
Ostra grande dúzia 19,00
Grande Lagos1 9,78 Ostra média dúzia 12,50
Norte do Paraná1 9,79 Peixe - Jundiá p/ abate kg 8,56
Oeste do Paraná1 9,58 Peixe - carpa p/ abate kg 8,95
Morada Nova de Minas1 9,46 Peixe - carpa viva (pesque-pague) kg 9,45
Peixe - tilápia p/ abate kg 9,08
Chapecó/SC2 9,65
Peixe - tilápia viva (pesque-pague) kg 9,47
Joinville/SC2 9,85
Peixe - truta p/ abate kg 15,00
Fonte: 1. CEPEA (22/09/23), 2. Autores (28/09/23)
Fonte: https://cepa.epagri.sc.gov.br/index.php/produtos/mercado-agricola/precos-agricolas-mensais-
indice/

Agradecimentos
Agradecemos a colaboração das pessoas, empresas e instituições que estão contribuindo com as informações sobre
os valores dos equipamentos, produtos, insumos, prestação de serviços e dos preços dos peixes, para a elaboração deste
informativo. Aproveitamos para convidar outros técnicos e piscicultores de outras regiões a fazerem parte deste projeto,
queremos aprimorar a metodologia, contribuindo para tornar a aquicultura catarinense mais competitiva.
Ficamos à disposição para comentários e contribuições.

Elaboração
Jorge de Matos Casaca - Extensionista – Epagri - Chapecó-SC - jmcasaca@epagri.sc.gov.br
Fernanda Queiróz e Silva – Técnica em Aquicultura, UDR-SDE – Joinville-SC -
fernanda.silva@joinville.sc.gov.br