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Aula 13 - Professora

Carla Abreu
SEC-BA - Conhecimentos Pedagógicos -
2022 (Pré-Edital)

Autor:
Carla Abreu, Otávio Augusto
Moser Prado

03 de Abril de 2022

05303426343 - João Batista Gomes do Amaral


Carla Abreu, Otávio Augusto Moser Prado
Aula 13 - Professora Carla Abreu

Sumário
Educação Inclusiva ........................................................................................................................... 2
1 - Considerações Iniciais ............................................................................................................. 2
2 – Normativos ............................................................................................................................. 3

2.1 Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica ..................................... 3

2.2. Política Nacional de EE na perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI 2008) ............. 20

3 – Aspectos legais – Documentos Nacionais ............................................................................ 24

3.1 Lei 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional....................................... 24

3.2 Lei nº 13.005/2014 – Plano Nacional de Educação .......................................................... 27

3.3 Lei nº 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência ............................................... 30

3.4 Lei nº 12.764/2012 ............................................................................................................ 34

3.5 Nota técnica nº 4 de 2014/MEC/SECADI/DPEE. ............................................................. 36

4 Aspectos legais - Documentos Internacionais ......................................................................... 37

4.1 Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2007) .................................. 37

4.2 Declaração de Jomtien ..................................................................................................... 37

4.3 Declaração de Salamanca (1994) ...................................................................................... 39

4.4 Convenção de Guatemala (1999) ..................................................................................... 40

5 Aspectos de inclusão: multiculturalismo, diversidade, diferentes tipos de preconceito. ....... 41


6 Atendimento Educacional Especializado (AEE) ....................................................................... 41

6.1 Decreto nº 7.611/2011 ..................................................................................................... 41

6.2 Resolução nº 4/2009 - Diretrizes Operacionais para o AEE. ............................................ 42

7. Educação Bilíngue de Surdos ................................................................................................. 48


8. Língua Brasileira de Sinais (Libras).......................................................................................... 49
9 - Sistema Braille ....................................................................................................................... 51
10 - Considerações Finais........................................................................................................... 51
Questões Comentadas .................................................................................................................. 52
Lista de Questões .......................................................................................................................... 71
Gabarito ......................................................................................................................................... 82

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Resumo .......................................................................................................................................... 82

APRESENTAÇÃO PESSOAL
Olá, pessoal! Esse material foi elaborado por mim, professora Carla Abreu, pedagoga, servidora
pública do DF, pós-graduada em gestão escolar e psicopedagogia clínica e empresarial. No ano
de conclusão da minha graduação, eu fui aprovada na SEEDF e fui nomeada para o cargo de
professor de atividades, 40h. E no ano seguinte, fui aprovada no cargo de analista judiciário, área
pedagógica, no Superior Tribunal de Justiça.

Abaixo estão os meus contatos. Fiquem à vontade para enviar sugestões, dúvidas e seguir de
pertinho o meu trabalho. Estamos juntos e quero ajudar no que for possível para tornar sua
caminhada mais produtiva e prazerosa.

E-mail: aprofessoracarlaabreu@gmail.com
Instagram: https://www.instagram.com/aprofessoracarlaabreu

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

1 - Considerações Iniciais

A nossa aula de hoje é sobre a Educação Especial na perspectiva inclusiva.

O processo de inclusão refere-se ao acolhimento sem exceções. No âmbito educacional, em que


pese haver a preocupação com os mais diversos grupos, no sentido de garantir educação para
todos, segundo o preceito básico do ensino, o termo inclusão, comumente está atrelado à
Educação Especial.

A educação especial é uma modalidade de educação que encontra respaldo legal em diversos
normativos. Para dominar o tema, nós vamos conceituar aspectos fundamentais para compreensão
dessa modalidade e pontuar os principais normativos com foco no que é mais cobrado nas provas
atualmente, tudo isso para que você esteja preparado quando o tema for esse... Vem comigo,
porque ao final desta aula, você terá se apropriado da ideia central e conceitos basilares da
Educação Especial.

Antes de iniciar, gostaria de deixar um convite a vocês: SIGAM NOSSO PERFIL NO INSTAGRAM
E CURTAM NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK. Lá vocês vão encontrar diversas informações úteis,
provas comentadas, artigos e muito mais. Aproveitem!

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Agora sim...

Boa aula!

2 – Normativos

Para começo de conversa, temos que ter claro o seguinte:

"a educação é direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e


incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho"
(CF, art. 205).

Esse artigo da Constituição expressa de forma clara que a Educação deve alcançar a todos os
sujeitos sem distinção.

A educação como direito de todos, sem exceção, deve ser planejada e executada de modo a
cumprir esse mandamento constitucional. Considerando, as particularidades de determinados
grupos, a organização, currículos, projetos, programas e tudo o mais, devem servir ao atendimento
da formação educacional, no caso.

Para tanto, o que a CF preconiza é que os conteúdos mínimos que serão fixados para o EF deverão
assegurar uma formação básica comum, mas considerando o respeito aos valores culturais e
artísticos, nacionais e regionais.

Isso reflete no conceito da educação na perspectiva inclusiva. Se você pretende garantir inclusão,
precisa ter consciência de que os indivíduos não aprendem da mesma forma e devem ser
respeitados em suas singularidades.

2.1 Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica


A educação é um direito de todos!

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Isso está previsto na Constituição, e naturalmente, todos os normativos que falam sobre educação
se balizam por esse preceito. Como direito amplo, a qualquer um deve ser assegurado o acesso e
permanência à escola.

Pois bem, para a educação de pessoas com deficiência, algum transtorno ou peculiaridade, não é
diferente! A essas também deve ser garantido o direito à instrução, ao desenvolvimento e à
inclusão na sociedade.

Durante muito tempo, as práticas adotadas não previam inclusão e integração das pessoas que
não estivessem, digamos, enquadradas num determinado perfil-padrão. Por isso, após muita luta
e anos de conscientização e ações pontuais, a educação especial foi se delineando para chegar ao
que temos hoje. Longe de ser ideal, carente de ações mais efetivas, mas com certeza, muito
melhor do que outrora, certo?

Então, temos a educação especial como uma modalidade da educação escolar, ou seja, uma forma
de ofertar o ensino e promover o desenvolvimento das pessoas com alguma particularidade.
Sabemos que toda ação educativa deve estar balizada nas condições de igualdade, visando à
inclusão social e cidadania dos estudantes, e para essa modalidade não é diferente.

Você já sabe que existem princípios que norteiam toda a educação escolar, que constam definidos
na Lei 9.394/96, mais conhecida como LDB, mas existem Diretrizes específicas voltadas para a
Educação Especial.

Isso mesmo! Como as demais modalidades, a Educação Especial dispõe de Diretrizes que devem
ser seguidas, a fim de promover o ensino e garantir a qualidade dessa modalidade. Mas é muito
importante saber que, embora a Educação Especial tenha suas próprias diretrizes, ela possui
estreita relação com as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais de Educação Básica (DCNGEB). E
uma se estende à outra.

DCNGEB DCEE

As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica estão definidas na Resolução
CNE/CEB Nº 2, DE 11 de setembro de 2001, instituídas pelo Parecer CNE/CEB nº17/2001. São
documentos breves, que trazem informações importantíssimas. Então vamos conhecê-las…

Logo de início, a resolução sinaliza o seu recorte, porque normatiza a oferta da Educação Especial
(EE) para estudantes que apresentem necessidades educacionais especiais na Educação Básica,
em todas suas etapas e modalidades, ou seja, o atendimento começa na Educação Infantil – que
abarca creche e pré-escola – e perdura durante o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.

Confira o artigo 1º, da resolução:

Art. 1º A presente Resolução institui as Diretrizes Nacionais para a educação de


alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, na Educação Básica,
em todas as suas etapas e modalidades. Parágrafo único. O atendimento escolar

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desses alunos terá início na educação infantil, nas creches e pré-escolas,


assegurando-lhes os serviços de educação especial sempre que se evidencie,
mediante avaliação e interação com a família e a comunidade, a necessidade de
atendimento educacional especializado.

Então, se a educação especial acontece na educação básica, ela se encerra no ensino médio? Não
há previsão desta modalidade para o Ensino Superior nem educação profissional e tecnológica,
certo?

ERRADO!! De fato, o normativo que estamos estudando hoje, normatiza a Educação Especial (EE)
na Educação Básica, que compreende a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino
Médio. Certo? Mas lembre-se de que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) já prevê EE
ao longo da vida. Em outras palavras: a resolução nº 2/2001, que estamos tratando agora, não
versa sobre EE além da Educação Básica, mas a Educação Especial tem respaldo legal para ser
ofertada ao longo da vida, segundo a LDB e outros normativos.

Então, quando for resolver uma questão sobre o tema, fique bem atento e observe a que
normativo a questão se refere. Aliás, vamos resolver umas?

(ACEP – 2018) De acordo com a Resolução da Câmara de Educação Básica (CEB) do Conselho
Nacional de Educação (CNE) nº 2, de 11 de setembro de 2001, o atendimento ao aluno com
necessidade especial terá início:

A na Educação Infantil.

B no Ensino Fundamental.

C no Ensino Médio.

D na pré-escola.

Comentário:

Alternativa correta: Letra A. O atendimento ao aluno com necessidade especial se inicia na


Educação Infantil. Questão bem simples! Vamos começar com calma...

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A resolução também indica que os serviços de Educação Especial (EE) deverão ser assegurados
sempre que restar evidenciada a necessidade de atendimento educacional especializado (AEE).

Mas de que forma isso pode ser demonstrado? A regra é que seja demonstrado a partir de
avaliação e interação com a família e a comunidade. Isso também é simples e vem sendo cobrado
em prova com a literalidade do normativo. Veja:

De acordo com a Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001, responda o item seguinte.

De acordo com o parágrafo único do artigo 1º dessa Resolução, o atendimento escolar dos alunos
com necessidades educacionais especiais terá início na educação infantil, nas creches e pré-
escolas, assegurando-lhes os serviços de educação especial sempre que se evidencie, mediante

A indicação hospitalar e pedagógica.

B indicação psicopedagógica e psicológica.

C avaliação médica e psicológica.

D indicação psicológica e fonoaudiológica.

E avaliação e interação com a família e a comunidade.

Comentário:

Alternativa correta: Letra E. O atendimento educacional especializado se inicia na Educação


Infantil e deverá assegurar serviços de educação especial (EE) sempre que estiver evidenciada sua
necessidade, a partir de avaliação e interação com a família e a comunidade. Essencialmente o
que está previsto no parágrafo único, artigo 1º da resolução.

Partindo dessa evidência, a determinação é que os sistemas de ensino criem um sistema de


informação que se conectem com órgãos governamentais responsáveis pelo Censo Escolar e pelo
Censo Demográfico, para conhecer a demanda real de alunos com necessidades educacionais
especiais e “atender a todas as variáveis implícitas à qualidade do processo formativo desses
alunos.”.

Além disso, devem matricular todos esses educandos que farão uso da modalidade de Educação
Especial. E, também, “constituir e fazer funcionar um setor responsável pela educação especial,
dotado de recursos humanos, materiais e financeiros que viabilizem e deem sustentação ao
processo de construção da educação inclusiva.” (artigo 3º)

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Ou seja, os sistemas de ensino devem garantir que se tenha informação da demanda, efetivação
da matrícula e criação de setor responsável com recursos para viabilizar o processo da educação
inclusiva.

Por sua vez, as escolas devem se organizar e garantir condições adequadas para promover esse
processo educacional. Para tanto, a Educação Especial deve estar definida numa proposta
pedagógica onde estejam definidos recursos e serviços educacionais especiais para garantir a
educação escolar e o desenvolvimento das potencialidades do educando com necessidades
educacionais especiais.

Ou seja, precisa ter indicado na proposta pedagógica da instituição educativa, de que forma ela
se organiza para apoiar, complementar, suplementar e substituir os serviços educacionais comuns,
para que os educandos com necessidades educacionais especiais tenham garantido o
desenvolvimento de suas potencialidades.

Perceba que não basta apenas ser matriculado, o educando deve ser bem amparado com os
devidos serviços educacionais para que se desenvolver.

Necessidade
Avaliação e interação com família e comunidade
evidenciada

SISTEMA DE Sistema de informação; Conhecer a demanda real;


ENSINO Matricular; Criar setor responsável

Definir recursos e serviços na Proposta pedagógica;


Escola Garantir condições para apoiar, complementar,
suplementar ou substituir serviços educacionais comuns.

Mas, afinal, o que é a educação especial?

Educação especial (EE) é uma das modalidades da educação escolar direcionada


a educandos com alguma necessidade especial.

Essa modalidade de educação escolar é direcionada a um grupo de estudantes e visa desenvolver


as potencialidades de cada um. Como dissemos há pouco, deve ser definida numa proposta
pedagógica e ter recursos e serviços educacionais especiais organizados institucionalmente para
apoiar, complementar, suplementar ou substituir os serviços educacionais comuns.

Tudo deve ser pensado e realizado para garantir a educação escolar e o desenvolvimento dos
educandos com alguma necessidade educacional especial.

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(QUADRIX – 2018) As diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica afirmam
que o atendimento escolar desses alunos terá início na educação infantil. Com relação a esse
assunto, julgue o item subsequente.

A educação especial é uma modalidade da educação escolar que abrange um processo


educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais
especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns
casos, substituir os serviços educacionais comuns.

C Certo.

E Errado.

Comentário:

Alternativa está CERTA. Pense assim… Se o serviço educacional comum não é capaz de promover
o desenvolvimento do aluno, é preciso fazer uso de recursos específicos para isso. E aí se tem
liberdade para optar por algo que apoie, complemente, suplemente ou substitua os serviços
comuns que não estão sendo eficazes.

Se a educação especial é uma modalidade de educação escolar e perpassa todas as etapas da


Educação Básica, ela precisa, necessariamente, seguir os mesmos princípios que as demais etapas
e modalidades da Educação Básica respeitam.

Ficou confuso? Vamos de novo...

Por ser uma modalidade da educação básica, a EE deve considerar situações singulares de cada
aluno, seu perfil, características, faixa etária e, ainda, estar pautada nos princípios éticos, políticos
e estéticos, da mesma maneira que as demais modalidades fazem.

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Isso porque a EE deve assegurar aos seus educandos, sua dignidade humana, seu direito de
realizar projetos, de se desenvolver para exercer cidadania, inserir-se na vida social, política e
econômica, cumprir deveres e usufruir de direitos.

Assim, a EE deve proporcionar ao educando, também, a busca por sua própria identidade,
reconhecimento, valorização das diferenças e potencialidades e suas necessidades educacionais
especiais como base para a constituição e ampliação de valores, atitudes, conhecimentos,
habilidades e competências, no processo de ensino e aprendizagem.

Mas para quem é destinada a educação especial? Quem são os educandos com necessidades
educacionais especiais?

De acordo com a resolução, basicamente, nós temos três grupos, vamos dar uma olhada no
esquema:

DIFICULDADES ACENTUADAS OU LIMITAÇÕES

Não vinculadas à causa orgânica específica


Relacionadas às condições, disfunções, limitações ou deficiências.

DIFICULDADES DE COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO

Demandam utilização de linguagens e códigos

ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

Grande facilidade
Domínio rápido

No primeiro grupo temos todos aqueles que, durante o processo educacional, apresentam
dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que
dificultem o acompanhamento das atividades, sejam elas relacionadas às condições, disfunções,
limitações ou deficiências ou não vinculadas à causa orgânica específica

No segundo grupo, temos estudantes que apresentam dificuldades de comunicação e sinalização


diferenciada, ou seja, são aqueles que demandam a utilização de uma linguagem ou de códigos
específicos, diferente dos demais alunos.

Por fim, temos o grupo das altas habilidades e superdotação. Neste grupo, estão os educandos
que apresentam grande facilidade de aprendizagem, ou seja, alunos que dominam rapidamente
conceitos, procedimentos e atitudes.

Esse assunto é cobrado em prova de forma bem direta. E para solucionar, basta identificar os
grupos e as características. Veja:

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(Quadrix - 2018) As diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica afirmam que
o atendimento escolar desses alunos terá início na educação infantil. Com relação a esse assunto,
julgue o item subsequente.

São considerados como educandos com necessidades educacionais especiais os que, durante o
processo educacional, apresentarem dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações e
dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos e os que apresentarem
altas habilidades ou superdotação.

C Certo.

E Errado.

Comentário:

A alternativa está CERTA, pois se refere aos três grupos de alunos considerados educandos com
necessidades educacionais especiais, como acabamos de ver.

Achou fácil? Vamos fazer mais uma!

(FCJ - 2016) (Adaptada para fins didáticos) Segundo o Parecer CNE/CEB (Conselho Nacional de
Educação/Câmara de Educação Básica) no 02/01, os educandos que apresentam necessidades
educacionais especiais são aqueles que, durante o processo educacional, demonstram:

A Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitação no processo de desenvolvimento que


dificultem o acompanhamento das atividades curriculares compreendidas em dois grupos: aquelas
não vinculadas a uma causa orgânica específica e aquelas relacionadas a condições, disfunções,
limitações e deficiências.

B Dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando


adaptações de acesso ao currículo com a utilização de linguagens e códigos aplicáveis.

C Altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os levem a dominar


rapidamente os conceitos, os procedimentos e as atitudes e que, por terem condições de
aprofundar e enriquecer esses conteúdos devem receber desafios suplementares.

D Todas as alternativas estão corretas.


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Comentário:

A questão trouxe em suas alternativas cada um dos grupos de alunos considerados educandos
com necessidades educacionais especiais, por isso o gabarito é a alternativa D.

Destaque para o grupo estudantes que apresentam grande facilidade de aprendizagem e que
dominam rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes, pois são considerados educandos
com necessidades educacionais especiais.

Claro! Está escrito… mas numa questão que não conste os alunos com altas habilidades e
superdotação, se você estiver desatento, pode não se lembrar de que os sujeitos que têm
percepção apurada e extrema facilidade no domínio de novos conceitos estão incluídos no grupo
de educandos a que se destina a EE. Fique atento!

Bom, para identificar as necessidades educacionais especiais e tomar decisões relacionadas ao


atendimento necessário, a escola precisa realizar assessoramento técnico e avaliação do aluno.
Para isso, deve contar com as seguintes frentes de parceria:

Experiência dos
profissionais

Setor responsável pela EE


Assessoramento e Avaliação

Colaboração da família

Cooperação dos serviços


*MP

No que se refere à experiência dos profissionais, estão incluídos o corpo docente e os demais
atores do processo de ensino e aprendizagem, como diretores, coordenadores, orientadores e
supervisores educacionais; Além do setor responsável pela EE do respectivo sistema de ensino, a
colaboração da família e a cooperação dos serviços de Saúde, Assistência Social, Trabalho, Justiça,
Esporte e Ministério público, quando necessário.

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(ENERGIAESSENCIAL – 2011)- Conforme o Art. 6º da Resolução nº 2, de 11 de setembro de 2001,


para a identificação das necessidades educacionais especiais dos alunos e a tomada de decisões
quanto ao atendimento necessário, a escola deve realizar, com assessoramento técnico, avaliação
do aluno no processo de ensino e aprendizagem, contando, para tal, com:

I – a experiência de seu corpo docente, seus diretores, coordenadores, orientadores e supervisores


educacionais;

II – o setor responsável pela educação especial do respectivo sistema;

III – a colaboração da família e a cooperação dos serviços de Saúde, Assistência Social, Trabalho,
Justiça e Esporte, bem como do Ministério Público, quando necessário.

Quais afirmativas acima estão corretas?

A apenas I e II

B apenas I e III

C apenas II e III

D todas as afirmativas acima

Comentário:

Alternativa correta: Letra D. Os itens I, II e III transcrevem, exatamente, os incisos do artigo 6º, da
resolução. Portanto, todas estão corretas.

Partindo do conhecimento da demanda real para EE, identificadas as necessidades educacionais


especiais dos alunos e tomadas as decisões quanto ao atendimento necessário, a regra na
educação especial é que o atendimento seja realizado em classes comuns de ensino regular, em
qualquer etapa ou modalidade da Educação Básica.

No entanto, para ofertar atendimento em classes comuns, na rede regular de ensino, é necessário
que a escola conte com professores capacitados e professores especializados. E qual é a diferença
entre professores capacitados e especializados? Acompanhe:

 Professores capacitados são professores da classe comum que tiveram


conteúdos sobre educação especial em sua formação de nível médio ou superior.

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 Professores especializados são professores da educação especial que


desenvolveram competências para identificar as necessidades educacionais
especiais. E assistem o professor de classe comum.

Leia a íntegra da definição dada pelo normativo, para ambos os termos:

Art. 18. [...] § 1º São considerados professores capacitados para atuar em classes
comuns com alunos que apresentam necessidades educacionais especiais aqueles
que comprovem que, em sua formação, de nível médio ou superior, foram
incluídos conteúdos sobre educação especial adequados ao desenvolvimento de
competências e valores para: I– perceber as necessidades educacionais especiais
dos alunos e valorizar a educação inclusiva; II- flexibilizar a ação pedagógica nas
diferentes áreas de conhecimento de modo adequado às necessidades especiais
de aprendizagem; III- avaliar continuamente a eficácia do processo educativo para
o atendimento de necessidades educacionais especiais; IV- atuar em equipe,
inclusive com professores especializados em educação especial.

§ 2º São considerados professores especializados em educação especial aqueles


que desenvolveram competências para identificar as necessidades educacionais
especiais para definir, implementar, liderar e apoiar a implementação de
estratégias de flexibilização, adaptação curricular, procedimentos didáticos
pedagógicos e práticas alternativas, adequados ao atendimentos das mesmas,
bem como trabalhar em equipe, assistindo o professor de classe comum nas
práticas que são necessárias para promover a inclusão dos alunos com
necessidades educacionais especiais.

Leu com atenção? Então, vamos testar sua compreensão:

(UNISOCIESC- 2017) A Resolução CNE/CEB número 2, de 11 de setembro de 2001 institui as


Diretrizes para a Educação Especial na Educação Básica. O artigo 18, parágrafo 1º, versa sobre a
formação de professores aptos a trabalhar em classes comuns com alunos que apresentam
necessidades educacionais especiais. Com base no conhecimento desta importante diretriz,
analise as afirmativas abaixo e verifique se são Verdadeiras (V) ou Falsas (F).

I - ___ São considerados capacitados os professores que comprovem que, em sua formação de
nível médio ou superior, foram incluídos conteúdos sobre educação especial.

II - ___ O professor deve ser capaz de perceber as necessidades educacionais dos alunos e valorizar
a educação inclusiva.

III - ___ A flexibilização da ação pedagógica fomenta o preconceito das crianças em salas de aula
de ensino regular.

IV - ___ O professor não pode ser considerado capaz de avaliar a eficácia do processo educativo
em crianças com necessidades educacionais especiais.

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V - ___ Atuar em equipe, inclusive com professores especializados em educação especial, é uma
competência necessária ao professor capacitado.

A sequência correta de cima para baixo é:

A V, V, F, F, V.

B F, V, V, V, F.

C V, F, F, V, V.

D F, V, F, F, V.

E V, F, F, V, F.

Comentário:

A alternativa correta é a Letra A, que indica a sequência correta do julgamento dos itens.

Os itens I, II e V transcrevem trecho do §1º, artigo 18.

O item III é falso, pois indica que a flexibilização da ação pedagógica fomenta o preconceito em
salas regulares. Na verdade, a norma prevê que a atuação dos professores capacitados deve
“flexibilizar a ação pedagógica nas diferentes áreas de conhecimento de modo adequado às
necessidades especiais de aprendizagem”.

O item IV também é falso, pois ao afirmar que o professor não pode ser considerado capaz de
avaliar a eficácia do processo educativo, contraria o que dispõe a norma sobre a contínua avaliação
da eficácia dos processos.

Portanto, temos a sequência: V, V, F, F, V.

As definições de capacitado e especializado são bem próximas, fique atento para não se confundir.
Vamos ver mais uma questão que aborda esses dois conceitos:

(FUNDATEC- 2017) Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação


Básica, os professores que desenvolvem competências para identificar as necessidades
educacionais especiais para definir, implementar, liderar e apoiar a implementação de estratégias
de flexibilização, adaptação curricular, procedimentos didáticos pedagógicos e práticas
alternativas, adequados ao atendimentos das mesmas, bem como trabalhar em equipe, nas

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práticas que são necessárias para promover a inclusão dos alunos com necessidades educacionais
especiais são os:

A Capacitados.

B Classe Comum.

C Classe Diferenciada.

D Extra-Classe.

E Especializados em Educação Especial.

Comentário:

A alternativa correta é a letra E. O trecho do enunciado transcreve a definição para professores


especializados em educação especial, constante do §2º, artigo 18 da resolução.

É muito importante que a diferença entre professor especializado e professor capacitado fique
bem clara! Se for preciso, releia com calma as definições e reveja as questões e comentários.

Para o professor especializado atuar na Educação Infantil ou anos iniciais do Ensino Fundamental,
deve comprovar formação em curso de licenciatura, em EE ou uma de suas áreas,
preferencialmente de modo concomitante e associado à licenciatura. Já para atuar nos anos finais
do Ensino Fundamental ou no Ensino Médio, deve comprovar complementação ou pós-graduação
em áreas específicas da EE posterior à licenciatura nas diferentes áreas de conhecimento.

Aos professores que já estiverem atuando, ou melhor, exercendo o magistério, deverão ser
oferecidas oportunidades de formação continuada, inclusive em nível de especialização.

Vamos adiante!

Para organizar as classes comuns, as escolas da rede regular de ensino devem prever e prover:

 Professores das classes comuns capacitados e da educação especial especializados, para


atendimento às necessidades educacionais dos alunos;

 Distribuição dos alunos com necessidades educacionais especiais, considerando o princípio


de educar para a diversidade, a fim de beneficiar as classes comuns em relação às diferenças e
ampliar positivamente as experiências de todos os alunos;

 Flexibilização e adaptação dos currículos e adequação de metodologias, recursos e


processos avaliativos. Sem desrespeitar a frequência obrigatória e, mantê-los consonantes com
o projeto pedagógico da escola;

 Serviço de apoio pedagógico especializado nas classes comuns, com atuação de professor
especializado em educação especial, professores-intérpretes das linguagens e códigos

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aplicáveis e professores e outros profissionais itinerantes intra e interinstitucionalmente. Além


da disponibilização de outros apoios necessários à aprendizagem, à locomoção e à
comunicação.

 Serviços de apoio pedagógico especializado em salas de recursos, nas quais o professor


especializado em EE realize a complementação ou suplementação curricular, utilizando
procedimentos, equipamentos e materiais específicos;

 Condições para reflexão e elaboração teórica da educação inclusiva, com protagonismo dos
professores, articulando experiência e conhecimento com as necessidades/possibilidades
surgidas na relação pedagógica, inclusive por meio de colaboração com instituições de ensino
superior e de pesquisa;

 Sustentabilidade do processo inclusivo, mediante aprendizagem cooperativa em sala de aula,


trabalho de equipe na escola e constituição de redes de apoio, com a participação da família
no processo educativo, bem como de outros agentes e recursos da comunidade;

 Temporalidade flexível do ano letivo, para atender às necessidades educacionais especiais


de alunos com deficiência mental ou com graves deficiências múltiplas, de forma que possam
concluir em tempo maior o currículo previsto para a série/etapa escolar, principalmente nos
anos finais do ensino fundamental, conforme estabelecido por normas dos sistemas de ensino,
procurando-se evitar grande defasagem idade/série;

 Atividades que favoreçam, ao aluno que apresente altas habilidades/superdotação, o


aprofundamento e enriquecimento de aspectos curriculares, mediante desafios suplementares
nas classes comuns, em sala de recursos ou em outros espaços definidos pelos sistemas de
ensino, inclusive para conclusão, em menor tempo, da série ou etapa escolar.

Além do que está listado, cabe destacar que os educandos com necessidades educacionais
especiais devem frequentar salas comuns para promover sua integração. Porém,
extraordinariamente, as escolas podem criar classes especiais para atendimento transitório de
alunos que apresentem dificuldades acentuadas ou condições de comunicação e sinalização
diferenciadas e que demandem ajuda ou apoio intenso e contínuo.

Lembra? A LDB já prevê isso, no artigo 58: “Parágrafo 2º: O atendimento educacional será feito
em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas
dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.”.

Nessas classes especiais, o professor deverá desenvolver o currículo de forma adaptada e, quando
necessário, promover atividades da vida autônoma e social em turno inverso. Tudo para promover,
dentre outros, o desenvolvimento da capacidade do educando. Mas saiba que, mesmo sendo uma
classe especial, a organização para seu funcionamento deve estar consoante ao que dispõem os
demais normativos, no que se refere à Educação Básica, tais quais: DCNGEB, PCN, Referenciais
Curriculares e LDB.

E já que a proposta da educação é promover a inclusão e a integração, o ideal é que não tenhamos
classes especiais. Portanto, considerando o desenvolvimento de um aluno atendido em classe
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especial e as condições para o atendimento inclusivo, é possível promover seu retorno a uma
classe comum.

Ou seja, o aluno atendido numa classe especial pode retornar para atendimento em classe comum,
mas deverá ser uma decisão conjunta entre a equipe pedagógica e a família com base numa
avaliação pedagógica.

Daí eu te pergunto: e se houver um caso em que o aluno necessite de uma adaptação curricular
tão significativa que a escola comum ou a rede regular de ensino não consiga prover, ele pode ser
atendido em uma escola especial?

A resposta é SIM! Em caráter extraordinário, pode haver atendimento em escolas especiais, com
currículos ajustados às condições do educando. Sejam elas públicas ou privadas, precisam cumprir
as exigências legais, similares às de qualquer escola, para se credenciar e ter seu funcionamento
autorizado e reconhecido. Se necessário, esse atendimento será complementado por serviços das
áreas de saúde, trabalho e assistência social.

A acessibilidade deve ser assegurada pelo sistema de ensino, eliminando as barreiras


arquitetônicas urbanísticas, na edificação e nos transportes escolares, incluindo instalações de
equipamentos e mobiliário e, ainda, provendo as escolas com recursos humanos e materiais. As
escolas existentes devem ser adaptadas e as novas escolas devem preencher requisitos de
infraestrutura visando o atendimento aos padrões mínimos em relação à acessibilidade.

(Quadrix – 2018) As diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica afirmam que
o atendimento escolar desses alunos terá início na educação infantil. Com relação a esse assunto,
julgue o item subsequente.

Os sistemas de ensino deverão promover a acessibilidade aos alunos que apresentem


necessidades educacionais especiais, mediante a eliminação de barreiras arquitetônicas
urbanísticas na edificação e nos transportes escolares, bem como de barreiras nas comunicações,
provendo as escolas dos recursos humanos e materiais necessários.

C Certo.

E Errado.

Comentário:

A questão traz a literalidade do artigo 12 das DCEE, portanto a questão está correta.

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Quando falamos em acessibilidade, precisamos pensar que não estamos falando apenas de
aspectos físicos ou arquitetônicos. O uso de linguagens e códigos, como Libras e Braille,
promovendo acessibilidade aos conteúdos curriculares, deve ser assegurado aos alunos com
dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas. Sem prejuízo do aprendizado da língua
portuguesa. E às famílias deve ser facultada a opção por abordagem pedagógica que julgarem
adequada, ouvidos os profissionais especializados em cada caso.

E para os alunos impossibilitados de frequentar as aulas em razão de tratamento de saúde que


implique internação hospitalar, atendimento ambulatorial ou permanência prolongada em
domicílio, os sistemas de ensino devem organizar junto com o sistema de saúde, o atendimento
educacional especializado (AEE).

Esse atendimento em ambiente domiciliar e nas classes hospitalares deve dar continuidade ao
processo de desenvolvimento e aprendizagem, contribuindo para o retorno e reintegração do
aluno matriculado em escola da Educação Básica. E também, dispor de um currículo flexibilizado
para estudantes não matriculados no sistema educacional local com vistas a facilitar seu posterior
acesso à escola regular. E a certificação de frequência desses casos será realizada com base em
relatório feito por professores especializados que atendam o aluno.

Vamos ver como isso foi cobrado em prova?

(VUNESP – 2019) A Resolução nº 2 de 11 de setembro de 2001 – Institui Diretrizes Nacionais para


a Educação Especial na Educação Básica – em seu artigo 13 dispõe que os sistemas de ensino,
mediante ação integrada com os sistemas de saúde, devem organizar o atendimento educacional
especializado a alunos impossibilitados de frequentar as aulas em razão de tratamento de saúde
que implique
A internação em instituições de ensino, frequência nas escolas especializadas e matrícula nas
classes hospitalares.
B tratamento nos internatos educacionais, atendimento nos hospitais psiquiátricos e nas classes
especiais.
C frequência nos hospitais-dia, atendimento nos centros educacionais especializados e nos centros
de apoio especializados.
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D atendimento nas casas de apoio, nas salas de recursos multifuncionais e nas residências.
E internação hospitalar, atendimento ambulatorial ou permanência prolongada em domicílio.
Comentário:
Alternativa correta é a letra E. Como acabamos de pontuar, o AEE deve ser ofertado aos alunos
impossibilitados de frequentar as aulas em razão de tratamento de saúde que implique internação
hospitalar, atendimento ambulatorial ou permanência prolongada em domicílio.

Visando ao aperfeiçoamento do processo de ensino e aprendizagem de alunos com necessidades


educacionais especiais, é recomendada parceria entre os sistemas de ensino e instituições de
ensino superior. Essas parcerias têm o intuito de realizar pesquisas e estudos de caso.

Aos sistemas públicos de ensino resta atribuída a responsabilidade para identificar, analisar, avaliar
a qualidade e a idoneidade, bem como credenciar escolas ou serviços, públicos ou privados, com
os quais estabelecerão convênios ou parcerias para garantir o atendimento às necessidades
educacionais especiais de seus alunos, observados os princípios da educação inclusiva.

Ao estudante com grave deficiência mental ou múltipla que não apresente resultado de
escolarização, é facultado à instituição de ensino viabilizar a terminalidade específica do ensino
fundamental, desde que esgotadas as possibilidades pontuadas na LDB.

Mas o que é terminalidade específica?

Terminalidade específica é uma certificação de conclusão de escolaridade –


fundamentada em avaliação pedagógica – com histórico escolar que apresente,
de forma descritiva, as habilidades e competências atingidas pelos educandos
com grave deficiência mental ou múltipla.

A terminalidade específica do ensino fundamental se dará por meio de certificação de conclusão


de escolaridade com histórico escolar descritivo que revele competências desenvolvidas pelo
educando bem como seu encaminhamento à educação de jovens e adultos ou educação
profissional.

As escolas das redes regulares de educação profissional devem atender alunos que apresentem
necessidades educacionais especiais, mediante:

⮲promoção das condições de acessibilidade

⮲capacitação de recursos humanos

⮲flexibilização e adaptação do currículo

⮲encaminhamento para o trabalho

Essas escolas, públicas ou privadas, deverão contar com a colaboração do setor responsável pela
EE do respectivo sistema de ensino e estar em consonância com os princípios da educação
inclusiva. Poderão avaliar e certificar competências laborais de pessoas com necessidades

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especiais não matriculadas em seus cursos, encaminhando-as, a partir desses procedimentos, para
o mundo do trabalho.

Além de poderem realizar parcerias com escolas especiais, públicas ou privadas também, para
construir competências necessárias à inclusão dos alunos em seus cursos e para prestar assistência
técnica ou convalidar cursos profissionalizantes realizados por essas escolas especiais.

Vale destacar que cada sistema de ensino deve estabelecer as normas para funcionamento de suas
escolas com foco na garantia de condições suficientes para elaboração do projeto pedagógico.

Por fim, saiba que a resolução prevê que o processo de implantação destas diretrizes deveria
contar com estabelecimento de referenciais, normas complementares e políticas educacionais, em
regime de colaboração da União, estados, DF e municípios. E o último artigo da resolução
prescreve a obrigatoriedade da implementação das Diretrizes a partir de 2002, sendo facultativa
sua implementação no período de transição entre a publicação da resolução e o dia 31 de
dezembro de 2001. Não que eu ache que isso possa ser cobrado em prova, mas para garantir que
você teve acesso ao inteiro teor do normativo, eu quis incluir essa informação.

2.2. Política Nacional de EE na perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI


2008)

A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva é um documento


elaborado pela Secretaria de Educação Especial do MEC, publicado em 2008. Traz aspectos gerais
sobre a Educação Inclusiva como o cerne para a superação da perspectiva exclusiva. Vamos
conhecer um pouco mais sobre esse documento, em que pese haver um novo normativo que
institui a Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo
da Vida. (Decreto 10.502 de 30/09/2020).

A história da educação escolar é permeada pela exclusão, pois os serviços educacionais estiveram
disponíveis à parte da população, como privilégio de poucos. Os processos em vigor naturalizavam
o fracasso e excluíam alunos com características específicas, sobretudo pelo conceito de
normalidade e anormalidade. A oferta da educação especial esteve caracterizada como
atendimento substitutivo ao ensino comum e suas práticas eram determinadas a partir de testes e
diagnósticos.

Atente-se para um detalhe importante: o documento pontua a trajetória da percepção sobre a


EE, aponta os avanços com as leis em vigor à época, os normativos e marcos históricos que nos
fizeram chegar à percepção atual da EE sob uma perspectiva inclusiva.

Segundo o documento: “A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado


na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores
indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as
circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola.”

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Como é sabido, os normativos vigentes preveem que a EE não se refere a atendimento paralelo à
educação comum, refere-se, na verdade, à promoção de aprendizagem dos alunos que
apresentem necessidade de adequação com relação à estrutura organizada pelos sistemas de
ensino, prevista para o ensino comum.

Ou seja, embora antigamente houvesse o pensamento de oferta paralela, a previsão para EE


atualmente é que ela promova interação e, também, promova a inclusão dos educandos com
necessidades educacionais especiais dentro do ensino regular, de forma complementar ou
suplementar.

Portanto, a EE, na perspectiva da educação inclusiva deve constituir a proposta pedagógica da


escola, de modo a garantir a efetiva oferta de desenvolvimento aos educandos com necessidades
educacionais especiais.

Os dados obtidos a partir do Censo Escolar permitem acompanhar os indicadores de acesso à


educação básica, matrícula na rede pública, inclusão nas classes comuns, oferta do atendimento
educacional especializado, acessibilidade nos prédios escolares e o número de municípios e de
escolas com matrícula de alunos com necessidades educacionais especiais.

A PNEEPEI traz os dados reais obtidos a partir do Censo Escolar e que permitem visualizar a
evolução das matrículas, com aumento de mais de 100%, entre 1998 e 2006. Sendo que o índice
de matrículas na esfera privada caiu de 46,8% para 37% e na esfera pública, naturalmente,
aumentou de 53,2% para 63%, totalizando, mais de 440 mil alunos.

No que se refere à inclusão em classes comuns do ensino regular, o crescimento no período é de


640%, chegando a mais de 325 mil alunos. O Censo Escolar de 2006 registrou aumento das
matrículas, quando comparado ao ano de 1998. A tabela a seguir mostra a distribuição de
matrículas por etapas e níveis:

Matrículas em
Etapa/Nível
2006

EDUCAÇÃO INFANTIL 112.988 (16%)

ENSINO FUNDAMENTAL 466.155 (66,5%)

ENSINO MÉDIO 14.150 (2%)

EJA 58.420 (8,3%)

ED. PROFISSIONAL (BÁSICO) 46.949 (6,7%)

ED. PROFISSIONAL (TÉCNICO) 1.962 (0,28%)

EDUCAÇÃO SUPERIOR (2003 A


11.999 (136%)
2005)

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Há bons registros de indicadores de acessibilidade arquitetônica, matrículas nos municípios,


escolas especiais e escolas comuns com inclusão nas turmas regulares. Além disso, os professores
também se capacitaram mais.

A pergunta é: preciso saber desses dados? Não! Precisa saber que as políticas públicas
educacionais voltadas à inclusão, proporcionaram aumento nas matrículas e, consequentemente,
no atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais. E, apesar disso, o
documento pontua a necessidade de fortalecer ainda mais as políticas de acessibilidade,
sobretudo no Ensino Superior.

O objetivo central da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação é


assegurar a inclusão escolar. Para isso, dispõe de orientações para que os sistemas de ensino
garantam:

⮲ Acesso ao ensino regular, com participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais
elevados do ensino;

⮲Transversalidade da modalidade de EE desde a Educação Infantil até a Educação Superior;

⮲Oferta do AEE;

⮲Formação de professores para o AEE e demais profissionais da educação para a inclusão;

⮲Participação da família e da comunidade;

⮲Acessibilidade arquitetônica, nos transportes, nos mobiliários, nas comunicações e informação;

⮲Articulação intersetorial na implementação das políticas públicas.

A EE atua de forma articulada com o ensino comum visando assegurar a inclusão e o atendimento
às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

A EE estará articulada ao ensino comum orientando para o atendimento às necessidades


educacionais especiais para os grupos especificados e para os casos que implicam em transtornos
funcionais específicos, como dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e
hiperatividade.

⮲ Alunos com deficiência: têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, que em interação com diversas barreiras podem ter restringida sua
participação plena e efetiva na escola e na sociedade.

⮲ Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: apresentam alterações qualitativas das


interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito,
estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro
do autismo e psicose infantil.

⮲ Alunos com altas habilidades/superdotação: demonstram potencial elevado em qualquer uma


das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade

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e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e


realização de tarefas em áreas de seu interesse.

Destaque para um excerto do documento que ressalta o dinamismo dos contextos no quais estão
inseridas as pessoas. Leia este trecho da PNEEPEI:

“As definições do público alvo devem ser contextualizadas e não se esgotam na


mera categorização e especificações atribuídas a um quadro de deficiência,
transtornos, distúrbios e aptidões. Considera-se que as pessoas se modificam
continuamente transformando o contexto no qual se inserem. Esse dinamismo
exige uma atuação pedagógica voltada para alterar a situação de exclusão,
enfatizando a importância de ambientes heterogêneos que promovam a
aprendizagem de todos os alunos.”

Perceba que a importância do contexto traz singularidade para oferta do atendimento, pois a EE
na perspectiva inclusiva pretende atender as especificidades dos estudantes. E, conforme
pontuado no documento: “orienta a organização de redes de apoio, a formação continuada, a
identificação de recursos, serviços e o desenvolvimento de práticas colaborativas.”.

As diretrizes estabelecidas na PNEEPEI/2008 estão sintetizadas abaixo:

⮚ EE é uma modalidade que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades.


⮚ AEE prevê serviços, recursos e orientações para que os alunos possam participar, de fato!
⮚ As atividades desenvolvidas no AEE são diferentes das que acontecem na sala de aula
comum, mas não são substitutivas. São complementares ou suplementares e visam à
autonomia do aluno.
⮚ Articulação entre a Proposta pedagógica do ensino comum e serviços disponibilizados pelo
AEE.
⮚ A inclusão escolar se inicia na Educação Infantil: ludicidade e estímulos
⮚ Intervenção precoce: Do nascimento até os 03 anos.
⮚ AEE é oferta obrigatória: deve apoiar o desenvolvimento dos alunos, em todas as etapas e
modalidades da EDUCAÇÃO BÁSICA, no turno inverso da classe comum, na escola ou
centro especializado.
⮚ EJA e Educação Profissional: EE possibilita ampliar oportunidades de escolarização, mundo
do trabalho e participação social.
⮚ Na educação indígena, campo e quilombola: AEE deve considerar as diferenças
socioculturais.
⮚ Na Educação Superior: para garantir a transversalidade da EE, deve haver planejamento e
a organização de recursos e serviços para a promoção do acesso, permanência e
participação dos alunos, inclusive nos processos seletivos e para pesquisa e extensão.
⮚ Educação Bilíngue: para incluir alunos surdos na classe comum, com ensino escolar em
Libras e língua portuguesa.

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⮚ AEE e Educação Bilíngue: AEE ofertado, tanto na modalidade oral e escrita, quanto na
língua de sinais. Com atuação de professor com conhecimento em Libras, Língua
Portuguesa, Braille, Soroban, Tecnologia Assistiva, entre outros.
⮚ Organização da EE na perspectiva inclusiva: cabe aos sistemas de ensino disponibilizar
instrutor, tradutor, intérprete, monitor, cuidador aos alunos com necessidade de apoio nas
atividades de higiene, alimentação, locomoção, entre outras que exijam auxílio constante
no cotidiano escolar.
⮚ Professor para atuar na EE: deve ter formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais
para o exercício da docência e conhecimentos específicos da área.
⮚ Atuação no AEE: a formação deve aprofundar o caráter interativo e interdisciplinar para
oferta dos serviços e recursos da EE, nos diversos ambientes (salas comuns, sala de recursos,
centros de AEE, núcleos de acessibilidade, classes hospitalares, ambientes domiciliares.).

3 – Aspectos legais – Documentos Nacionais


Quando falamos em Educação Especial, sabemos que existem muitos normativos específicos que
versam sobre essa modalidade. Mas é preciso conhecer os dispositivos legais que balizam,
inclusive a publicação e implementação de novas.

A Constituição Federal preconiza a garantia de atendimento educacional especializado aos


portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino, no artigo 208, inciso III.

Além desse dispositivo, cabe salientar que os parágrafos deste artigo também se aplicam à
Educação Especial, naturalmente. Vamos relembrar o que eles pontuam?

§ 1º 🡪 Direito público subjetivo: acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

§ 2º 🡪 Responsabilidade da autoridade competente: não-oferecimento ou oferta irregular do


ensino obrigatório, importa responsabilidade da autoridade competente.

§ 3º 🡪 Recenseamento: compete ao Poder Público recensear os educandos no EF, fazer-lhes a


chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.

3.1 Lei 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional


Quando falamos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), vale pontuar que ela trata da
Educação Especial em um capítulo de apenas quatro artigos que trazem, de forma sucinta, as
definições para a modalidade de EE.

Vamos retomá-los?

A LDB indica que essa modalidade de educação escolar se inicia na Educação Infantil e se estende
ao longo da vida, devendo ser ofertada preferencialmente na rede regular de ensino para os
educandos que tenham deficiências, transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e altas
habilidades ou superdotação.

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Aqui já faço o primeiro destaque sobre o tema, a palavra preferencialmente, queridinha das
bancas. Isso mesmo, questão clássica com a palavra-chave em destaque. Vamos ver?

(ACEP-2018) De acordo com o Art. 58 da Lei nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Nacional), entende-se por Educação Especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar oferecida:
A obrigatoriamente, na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

B preferencialmente, na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos


globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

C preferencialmente, na rede regular de ensino público, para educandos com deficiência mental,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

D preferencialmente, na rede regular de ensino privado, para educandos com deficiência,


transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

Comentário:

A assertiva correta é a letra B, pois transcreve trecho do artigo 58, da LDB. As demais trazem
termos estranhos à norma, que distorcem o sentido original da Lei.

Assim, tenha em mente que a ideia central da oferta da EE é que ela aconteça na rede regular de
ensino, preferencialmente. Mas por que essa questão de preferência? Porque existem ressalvas
para oferta de atendimento. Como assim?

A EE busca proporcionar o desenvolvimento do educando, respeitando as limitações de cada um.


E já que a ideia é promover integração e inclusão, então os estudantes devem frequentar classes
comuns para poderem ser integrados e incluídos.

Então, nunca vai acontecer de atender alunos em classe especializada? Claro que vai!
Eventualmente, será necessário atendimento especializado em classes ou escolas especiais. E o
que determina essa necessidade? As condições específicas dos estudantes. Calma, vamos de
novo...

A EE acontece de preferência na rede regular, nas classes ditas comuns, mas se, pelas condições
específicas do estudante, não for possível integrá-lo à classe comum, há previsão legal de

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atendimento em classe, escola, serviço de apoio especializado, para atender às peculiaridades de


cada caso. Veja exatamente o que está disposto nos §§ 1º e 2º, do artigo 58:

§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular,


para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.

§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços


especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não
for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.

Perceba que a EE deve buscar garantir a educação, bem como, a oferta de condições e integração
das pessoas que demandam alguma especificidade, que não vão se desenvolver tão bem se for
feito apenas o básico ou comum. Portanto, a EE requer muita atenção e organização, para ter sua
oferta iniciada na Educação Infantil, e se estender ao longo da vida.

A LDB assinala, também, que os sistemas de ensino deverão assegurar aos educandos com
necessidades educacionais especiais (PCD, TGD, AH ou Superdotação):

I. Organização específica para atendimento das necessidades de currículos, métodos,


técnicas e recursos educativos;
II. Terminalidade específica para quem não puder atingir o nível exigido para a conclusão do
ensino fundamental, em virtude das deficiências. Aceleração para concluir em menor
tempo o programa escolar para os superdotados
III. Professores especializados para AEE e Professores capacitados para ensino regular nas
classes comuns.
IV. Educação especial para o trabalho, visando à efetiva integração na vida em sociedade.
Condições adequadas mediante articulação com órgãos oficiais afins para aqueles que
não revelarem capacidade ou habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou
psicomotora;
V. Acesso igualitário aos benefícios de programas sociais suplementares para o respectivo
nível do ensino regular.

E para fomentar a execução de políticas públicas destinadas ao desenvolvimento pleno das


potencialidades desse alunado, o poder público deverá instituir cadastro nacional de alunos com
altas habilidades ou superdotação matriculados na EB e na educação superior, precisamente o
que está disposto no artigo 59-A, da LDBEN.

Em regulamento posterior serão definidos como acontecerão a identificação precoce de alunos,


os critérios e procedimentos para o cadastro. Bem como quais serão as entidades responsáveis
pelo cadastro, os mecanismos de acesso aos dados e as políticas de desenvolvimento das
potencialidades do alunado.

O poder público deve adotar como alternativa preferencial a ampliação do atendimento aos
educandos público-alvo da EE, na própria rede pública regular de ensino, independentemente do
apoio técnico e financeiro dado às instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com
atuação exclusiva em EE, a partir dos critérios estabelecidos pelos órgãos normativos dos sistemas

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de ensino. Ou seja, ainda que o poder público apoie instituições privadas especializadas, deverá
focar na rede pública regular de ensino, para ampliar o atendimento.

Acompanhe a síntese da Educação Especial, segundo a LDB:

preferência pela Serviços de apoio


É uma PCD, TGD, AH e
rede regular de especializados para
modalidade. superdotados.
ensino. peculiaridades.

Classe, escola e Organização;


serviço Oferta se inicia na Terminalidade Cadastro nacional
especializados se EI e se estende ao específica; para AH ou
não for possível longo da vida. Professores; Trabalho; superdotados.
integração. Programas sociais.

Além disso, o artigo 60 indica que os “Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão
critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com
atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder
Público.”. E indica, por fim, que o poder público adotará, como alternativa preferencial, a
ampliação do atendimento na própria rede pública regular de ensino, independentemente desse
apoio previsto.

A LDB pontua de forma muito objetiva e breve, as condições da Educação Especial.

3.2 Lei nº 13.005/2014 – Plano Nacional de Educação


O Plano Nacional de Educação (PNE), instituído pela Lei 13.005/2014, busca assegurar condições
básicas para a oferta da educação e sua criação está prevista no artigo 214, da CF 88.

Esse Plano tem duração decenal e as metas previstas nele devem ser cumpridas em seu prazo de
vigência, a menos que haja disposição em contrário, nas metas ou estratégias específicas.

Uma de suas diretrizes prevê a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na
promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação (artigo 2º, inciso III).

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O PNE determina, dentre outros aspectos, que os Estados, o DF e os Municípios garantam o


atendimento às necessidades específicas na EE, assegurando o sistema educacional inclusivo em
todos os níveis, etapas e modalidades.

Neste normativo, a meta 4 prevê universalização de acesso à educação básica e ao atendimento


educacional especializado para pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento
e altas habilidades ou superdotação.

Como os demais normativos já preconizam, a proposta é ofertar o acesso à educação básica para
educandos de 4 a 17 anos, e atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede
regular de ensino.

A ideia é garantir o sistema educacional inclusivo, salas de recursos multifuncionais, classes, escolas
ou serviços especializados, públicos ou conveniados, para educandos com necessidades
educacionais especiais.

Para o alcance dessa meta, estão previstas 19 estratégias, as quais seguem sintetizadas abaixo.
Leia:

 Estratégia 4.1 Contabilizar matrículas de estudantes da educação regular da rede pública


que recebem AEE complementar e suplementar. E contabilizar matrículas efetivadas na EE
oferecida em instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos,
conveniadas com o poder público e com atuação exclusiva na modalidade;

 Estratégia 4.2 Universalizar atendimento dos alunos de 0 a 3 anos com deficiência,


transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e altas habilidades (AH) ou superdotação.

 Estratégia 4.3 Implantar salas de recursos multifuncionais (SRM) e fomentar a formação


continuada de professores para AEE nas escolas urbanas, do campo, indígenas e de
comunidades quilombolas;

 Estratégia 4.4 Garantir AEE complementar e suplementar em SRM, classes, escolas ou


serviços especializados, públicos ou conveniados, aos alunos matriculados na rede pública de
educação básica, conforme necessidade identificada por meio de avaliação, ouvidos a família e
o aluno;

 Estratégia 4.5 Estimular criação de centros multidisciplinares de apoio, pesquisa e assessoria,


articulados com instituições acadêmicas e integrados por profissionais das áreas de saúde,
assistência social, pedagogia e psicologia, para apoiar o trabalho dos professores.

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 Estratégia 4.6 Manter e ampliar programas suplementares que promovam acessibilidade nas
instituições públicas, para garantir acesso e permanência por meio de adequação arquitetônica,
oferta de transporte acessível e disponibilização de material didático próprio e de recursos de
tecnologia assistiva, assegurando, ainda, no contexto escolar, em todas as etapas, níveis e
modalidades de ensino, a identificação de alunos com AH ou superdotação;

 Estratégia 4.7 Garantir oferta de educação bilíngue, em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
como primeira língua e na modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda língua, aos
alunos surdos e com deficiência auditiva de 0 a 17 anos, em escolas e classes bilíngues e em
escolas inclusivas, bem como a adoção do Sistema Braille de leitura para cegos e surdos-cegos;

 Estratégia 4.8 Garantir a oferta de educação inclusiva, vedada a exclusão do ensino regular
sob alegação de deficiência e promovida a articulação pedagógica entre o ensino regular e o
AEE;

 Estratégia 4.9 Fortalecer acompanhamento e monitoramento do acesso à escola e ao AEE,


bem como da permanência e do desenvolvimento escolar dos alunos beneficiários de
programas de transferência de renda, juntamente com o combate às situações de
discriminação, preconceito e violência, em colaboração com famílias e órgãos públicos de
assistência social, saúde e proteção à infância, à adolescência e à juventude;

 Estratégia 4.10 Fomentar pesquisas voltadas para o desenvolvimento de metodologias,


materiais didáticos, equipamentos e recursos de tecnologia assistiva, com vistas à promoção do
ensino e da aprendizagem, bem como das condições de acessibilidade;

 Estratégia 4.11 Promover desenvolvimento de pesquisas interdisciplinares para subsidiar a


formulação de políticas públicas intersetoriais que atendam as especificidades educacionais de
estudantes que requeiram medidas de atendimento especializado;

 Estratégia 4.12 Promover a articulação intersetorial entre órgãos e políticas públicas de


saúde, assistência social e direitos humanos, em parceria com famílias, com o fim de desenvolver
modelos de atendimento voltados à continuidade do atendimento escolar, na EJA, das pessoas
com deficiência e TGD com idade superior à faixa etária de escolarização obrigatória, de forma
a assegurar a atenção integral ao longo da vida;

 Estratégia 4.13 Apoiar a ampliação das equipes de profissionais da educação para atender à
demanda do processo de escolarização, garantindo a oferta de professores do AEE,
profissionais de apoio ou auxiliares, tradutores e intérpretes de Libras, guias-intérpretes para
surdos-cegos, professores de Libras, prioritariamente surdos, e professores bilíngues;

 Estratégia 4.14 Definir, no segundo ano de vigência deste PNE, indicadores de qualidade e
política de avaliação e supervisão para o funcionamento de instituições públicas e privadas que
prestam atendimento;

 Estratégia 4.15 Promover a obtenção de informação detalhada sobre o perfil das PCD, TGD
e AH ou superdotação, de 0 a 17 anos, por iniciativa do MEC, nos órgãos de pesquisa,
demografia e estatística competentes;

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 Estratégia 4.16 Incentivar a inclusão nos cursos de licenciatura e nos demais cursos de
formação para profissionais da educação, inclusive em nível de pós-graduação;

 Estratégia 4.17 Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou


filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, visando a ampliar as
condições de apoio ao atendimento escolar integral das PCD, TGD, AH ou superdotação
matriculadas nas redes públicas de ensino;

 Estratégia 4.18 Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou


filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, visando a ampliar a oferta
de formação continuada, a produção de material didático acessível e os serviços de
acessibilidade necessários ao pleno acesso, participação e aprendizagem dos estudantes PCD,
TGD, AH ou superdotação matriculados na rede pública de ensino;

 Estratégia 4.19 Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou


filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, a fim de favorecer a
participação das famílias e da sociedade na construção do sistema educacional inclusivo.

Professora, preciso decorar tudo isso? Não! Decorar é muito mecânico, você precisa ter domínio
do conteúdo e compreensão da essência da norma. Ao se familiarizar com conceitos e ideias
centrais, ficará mais fácil dominar o tema e, sem tanto esforço, você terá se apropriado do
conhecimento.

3.3 Lei nº 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência


A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) também é conhecida
como Estatuto da Pessoa com Deficiência. Foi criada com base na Convenção sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência – que foi promulgada pelo Decreto nº 6.949/2009.

Esse normativo pretende assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos


direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e
cidadania. (artigo 1º) e traz muitos conceitos fundamentais quando o assunto é Educação Especial.

O primeiro conceito que precisa estar bem claro é o de pessoa com deficiência:

Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de


longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em
interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

A lei traz outros conceitos básicos como: acessibilidade, desenho universal, tecnologia assistiva,
barreiras, comunicação, adaptações razoáveis, entre outros. Vamos conferir:

Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se:

I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com


segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos,
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edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e


tecnologias, [...]

II - desenho universal: concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a


serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto
específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva;

III - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos,


recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover
a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com
deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência,
qualidade de vida e inclusão social;

IV - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite


ou impeça a participação social da pessoa [...], classificadas em: urbanísticas,
arquitetônicas, nos transportes, nas comunicações e na informação, tecnológicas
e atitudinais.

A barreira atitudinal refere-se às atitudes ou comportamentos que impeçam ou prejudiquem a


participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades com
as demais pessoas.1

Existem outros termos conceituados pela Lei, mas quero destacar a definição do inciso XIII.
Considera-se profissional de apoio escolar ”a pessoa que exerce atividades de alimentação,
higiene e locomoção do estudante com deficiência e atua em todas as atividades escolares nas
quais se fizer necessária, em todos os níveis e modalidades de ensino, em instituições públicas e
privadas, excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente
estabelecidas”.

Para além das definições conceituais, o capítulo IV preconiza o direito à educação, assegurando o
sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades e aprendizado ao longo de toda
a vida, com vistas ao desenvolvimento máximo possível dos talentos e habilidades, segundo as
necessidades de aprendizagem.

Assegurar educação de qualidade às pessoas com deficiência é dever do Estado, da família, da


comunidade escolar e da sociedade, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência
e discriminação.

Dentre as incumbências do poder público, destacamos:

1
2015. BRASIL, Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Institui a Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto
da Pessoa com Deficiência). Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm >.

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⮲Garantia de acesso, permanência, participação e aprendizagem, com oferta de serviços que


eliminem as barreiras e promovam inclusão;

⮲Projeto pedagógico com AEE institucionalizado, para garantir pleno acesso ao currículo,
promover a conquista e exercício da autonomia;

⮲ Educação bilíngue em Libras;

⮲ Pesquisa, planejamento e organização;

⮲ Participação do estudante e sua família nas instâncias de atuação da comunidade escolar;

⮲ Adoção de medidas de apoio que favoreçam o desenvolvimento dos aspectos linguísticos,


culturais, vocacionais e profissionais, levando-se em conta o talento, a criatividade, as habilidades
e os interesses do estudante com deficiência;

⮲ Formação inicial e continuada para professores;

⮲ Oferta de ensino de Libras, Braille e uso de tecnologia assistiva;

⮲ Acesso à Educação Superior (ES) e Educação Profissional e Técnica (EP)

⮲ Inclusão de temas relacionados à PCD nos currículos ES e EP.

⮲ Acesso em igualdade de condições a jogos, atividades de lazer, recreativas e esportivas.

⮲ Acessibilidade para toda a comunidade escolar às edificações e atividades;

⮲ Oferta de profissionais de apoio escolar

⮲ Articulação para implementação de políticas públicas

⮲Às instituições privadas é vedada cobrança de valores adicionais de qualquer natureza em suas
mensalidades, anuidades e matrículas no cumprimento dessas determinações.

⮲ Tradutores e intérpretes da Libras atuantes na educação básica devem, no mínimo, possuir


ensino médio completo e certificado de proficiência na Libras; Para cursos de graduação e pós-
graduação, devem possuir nível superior, com habilitação, prioritariamente, em Tradução e
Interpretação em Libras.

Perceba que todas as incumbências estão ligadas ao desenvolvimento do educando, de sua


autonomia e participação, respeitadas suas limitações e garantido acesso em condições de
igualdade.

O mesmo vale para os processos seletivos de cursos de ES e EP, para os quais estão previstos:
atendimento preferencial; colhimento de dados sobre acessibilidade e tecnologia assistiva que
viabilizem a participação; disponibilização dos recursos adequados para sua participação; provas
em formatos acessíveis, conforme a necessidade específica; dilação de tempo para exame de
seleção e atividades acadêmicas; critérios de avaliação que considere a singularidade linguística
da PCD; e tradução do edital para Libras.

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(INSTITUTO AOCP/2019) A Lei no 13.146/2015 ressalta que o Estado, a família e a comunidade


escolar são responsáveis por assegurar uma educação de qualidade para as crianças com
deficiência. Logo, no que concerne à educação, é incumbência dessas instituições

A assegurar direito à alimentação adequada e moradia digna às crianças.

B garantir proteção integral à criança com deficiência em seus aspectos físicos e intelectuais.

C elaborar um projeto que atenda às necessidades das crianças, construindo locais exclusivos para
as crianças com deficiência.

D desenvolver os talentos e as habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais da pessoa com


deficiência.

Comentário:

A alternativa correta é a Letra D que traz a incumbência quanto ao aspecto educacional, conforme
o artigo 27, da Lei 13.146/2015. Veja o que ele diz: “Art. 27. A educação constitui direito da pessoa
com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao
longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e
habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e
necessidades de aprendizagem.”

(IDHTEC/2019) A LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão
da Pessoa com Deficiência, define como atribuição do profissional de apoio escolar:

A Exercer atividades de alimentação, higiene e locomoção do estudante com deficiência atuando


em todas as atividades escolares nas quais se fizer necessária, obrigatoriamente no Ensino
Fundamental, em instituições públicas e privadas.

B Exercer atividades de alimentação, higiene e locomoção do estudante com deficiência atuando


em todas as atividades escolares nas quais se fizer necessária, em todos os níveis e modalidades
de ensino, obrigatoriamente em instituições públicas e facultativamente em instituições privadas.

C Exercer atividades de alimentação, higiene e locomoção do estudante com deficiência atuando


em todas as atividades escolares nas quais se fizer necessária, em todos os níveis e modalidades
de ensino, em instituições públicas e privadas.

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D Exercer atividades de alimentação, higiene e locomoção do estudante com deficiência atuando


em todas as atividades escolares nas quais se fizer necessária, exclusivamente na Educação Básica,
em instituições públicas.

E Exercer atividades de alimentação, higiene e locomoção do estudante com deficiência atuando


em todas as atividades escolares nas quais se fizer necessária, em todos os níveis e modalidades
de ensino apenas em instituições públicas.

Comentário:

A alternativa correta é a letra C. O profissional de apoio escolar vai estar disponível para atender
o estudante com deficiência nas atividades de alimentação, higiene e locomoção e em todas em
que se fizer necessário, em todos os níveis e modalidades de ensino, nas instituições públicas e
privadas. Esse é o excerto do inciso XVIII, do artigo 3º.

3.4 Lei nº 12.764/2012


Essa Lei institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro
Autista (TEA). Define que a pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com
deficiência, para todos os efeitos legais.

A lei em si caracteriza as pessoas com TEA, estabelece as diretrizes da Política Nacional e elenca
os direitos da pessoa com TEA.

No que se refere às diretrizes, destacamos o incentivo à formação e à capacitação de profissionais


especializados no atendimento à pessoa com TEA, bem como a pais e responsáveis e o estímulo
à pesquisa científica, com prioridade para estudos epidemiológicos tendentes a dimensionar a
magnitude e as características do problema relativo ao TEA no País.

Quanto aos direitos da pessoa com TEA, previstos no artigo 3º da referida lei, o inciso IV sinaliza
o acesso à educação e ao ensino profissionalizante, com destaque para a previsão de
acompanhante especializado para a pessoa com TEA incluída nas classes comuns de ensino
regular, desde que comprovada necessidade.

(PREF BERTIOGA/SP-2019) Em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do


espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular terá o direito:

A Ao acompanhamento sempre da mãe.

B Ao acompanhamento do psicólogo da escola.

C À acompanhante especializado.

D Ao acompanhamento do coordenador pedagógico.

Comentário:

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A alternativa correta é a letra C. Conforme acabamos de pontuar, comprovada a necessidade, há


previsão legal de acompanhante especializado para pessoa com TEA incluída nas classes comuns
de ensino regular.

Outro destaque é a previsão que a pessoa com TEA não será submetida a tratamento desumano
ou degradante e não será privada de sua liberdade ou do convívio familiar nem sofrerá
discriminação por motivo da deficiência.

O normativo prevê a criação de uma Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do


Espectro Autista (Ciptea) para garantir atenção integral, pronto atendimento e prioridade no
atendimento e no acesso aos serviços públicos e privados, dentre outros, na educação.

Logo adiante, preconiza que o gestor escolar que recusar matrícula de aluno com TEA outro tipo
de deficiência, será punido com multa de 3 a 20 salários-mínimos, além da possibilidade de perda
do cargo, em caso de reincidência, apurada por processo administrativo, assegurado o
contraditório e a ampla defesa.

(VUNESP-2019) A Lei nº 12.764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da
Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, dentre outros, em seu Artigo 1º, no parágrafo 2º,
afirma: A pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para
todos os efeitos legais. Sobre a matrícula de aluno com transtorno do espectro autista, ou
qualquer outra deficiência, é correto afirmar:

A deve ocorrer no 1º ano do Ensino Fundamental, mediante apresentação de diagnóstico de


médico neurologista

B não pode ser recusada mesmo ao aluno apresentando comportamento agressivo, o que requer
apoio policial.

C precisa ser feita em uma escola especial com equipe preparada e espaço físico adequado.

D deve ocorrer, obrigatoriamente, na Educação Infantil mediante apresentação de diagnóstico


multiprofissional.

E não pode ser recusada, sob pena de multa e, em caso de reincidência, apurada com processo
administrativo.

Comentário:

A alternativa correta é a letra E. No que se refere à matrícula somente a Letra E condiz com o
artigo 7º da norma que prevê: punição de multa de 3 a 20 salários-mínimos e, em caso de
reincidência apurada por processo administrativo, perda do cargo para gestor escolar, ou
autoridade competente, que recusar matrícula de aluno com TEA, ou qualquer outro tipo de
deficiência.

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3.5 Nota técnica nº 4 de 2014/MEC/SECADI/DPEE.


Essa Nota Técnica, elaborada pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade
e Inclusão (SECADI), orienta quanto aos documentos comprobatórios de alunos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação no Censo Escolar.

Ou seja, quais documentos servem de declaração dos educandos público-alvo da Educação


Especial (EE) para o Censo Escolar.

Segundo o documento, para efetivar o direito educacional às pessoas com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação é necessário definir, formular e
implementar políticas públicas educacionais em atendimento às especificidades de tais
estudantes.

A partir dos dados obtidos por intermédio do Educa Censo, sobre as condições físicas, sensoriais
e intelectuais dos estudantes e professores, é possível identificar as necessidades quanto à
necessidade de material didático que promova acessibilidade, outros recursos de tecnologia
assistiva, serviços de tradução e interpretação de Libras e do Atendimento Educacional
Especializado (AEE).

São exemplos de recursos de tecnologia assistiva: scanner com voz, impressora e máquina Braille,
software de comunicação alternativa, sistema de frequência modulada, entre outros.

O texto sinaliza a necessidade de constar do Projeto Político-Pedagógico da escola, a oferta de


AEE, detalhamento sobre matrícula, cronograma de atendimento e profissionais atuantes, com
vistas a efetivar o direito à educação para os estudantes público-alvo da EE.

Prevê a elaboração, pelo professor atuante do AEE, do Plano de Atendimento Educacional


Especializado, documento comprobatório de que a escola, institucionalmente, reconhece a
matrícula do estudante público alvo da EE e assegura o atendimento de suas especificidades
educacionais. A organização dos atendimentos fica a cargo do professor de AEE, que detalhará
tudo de forma individualizada, com base no estudo de caso.

A nota técnica também sinaliza que a elaboração de estudo de caso não carece de laudo médico,
pois se refere às estratégias pedagógicas e de acessibilidade que possam favorecer a
aprendizagem.

Então não preciso do laudo médico para fazer o plano de AEE? Veja o que diz a Nota Técnica2:

A exigência de diagnóstico clínico dos estudantes com deficiência, transtornos


globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação, para declará-lo, no
Censo Escolar, público alvo da educação especial e, por conseguinte, garantir-lhes
o atendimento de suas especificidades educacionais, denotaria imposição de

2
NOTA TÉCNICA Nº 04 / 2014 / MEC / SECADI / DPEE

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barreiras ao seu acesso aos sistemas de ensino, configurando-se em discriminação


e cerceamento de direito.

É importante lembrar que para elaborar o plano de AEE, o professor pode se articular com demais
profissionais da área da saúde. Mas, sabendo que o AEE tem foco pedagógico, o laudo médico
ou diagnóstico clínico não é obrigatório. Se a escola julgar necessário, pode ser anexado ao Plano
de AEE, como documentação complementar.

4 Aspectos legais - Documentos Internacionais


Alguns documentos internacionais trouxeram importantes contribuições conceituais e
organizacionais para a Educação Especial, os principais são: a Convenção sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência, a Declaração de Jomtien, a Declaração de Salamanca, a Convenção de
Guatemala.

4.1 Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2007)


A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, NY, 2007, estabelece que seja
assegurado um sistema de educação inclusiva em todos os níveis para pessoas com deficiências.
Essa Convenção foi promulgada no Brasil pelo Decreto nº 6.949/2009. E também baseou a criação
do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015).

No que se refere à Educação, o artigo 24 aponta 5 ações itens nos quais detalha: reconhecimento
do direito à educação para as pessoas com deficiência com sistema educacional inclusivo em todas
as etapas e aprendizado ao longo da vida; acesso, apoio, adaptações e organizações; aquisição
de competências práticas e sociais; emprego de professores habilitados e capacitação, inclusive
de professores com deficiência; e acesso ao ensino superior, treinamento profissional, educação
para adultos e formação continuada.

4.2 Declaração de Jomtien


A Conferência de Jomtien, realizada em 1990, na Tailândia, pontuou aspectos muito importantes
sobre a Educação. A Declaração Mundial de Educação para Todos relembra que "a educação é
um direito fundamental de todos, mulheres e homens, de todas as idades, no mundo inteiro traz
definições sobre a educação e aprendizagem num contexto mais amplo.".3 Os artigos preveem
expansão do enfoque, universalização de acesso à educação e promoção da equidade. Buscando
melhoria da qualidade e redução de desigualdades.

No artigo 3º, o item 5 versa precisamente sobre a Educação Especial, ao pontuar a necessidade
de atenção especial para as necessidades básicas de aprendizagem para as pessoas com
deficiência e sugere adoção de medidas que garantam igualdade de acesso à educação às pessoas
com qualquer tipo de deficiência.

3
UNESCO. Declaração mundial sobre educação para todos. Plano de ação para satisfazer as necessidades básicas de
aprendizagem. Tailândia, 1990.

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(VUNESP-2017) Assinale a alternativa correta, de acordo com a Declaração Mundial sobre


Educação para Todos (Conferência de Jomtien, 1990).

A Diretores de escola têm a responsabilidade especial de promover atitudes positivas através da


comunidade escolar e arranjando uma cooperação efetiva entre professores de classe e pessoal
de apoio. Arranjos apropriados para o apoio e o exato papel a ser assumido pelos vários parceiros
no processo educacional deve ser decidido por meio de consultoria e negociação.

B O direito de cada criança à educação é proclamado na Declaração Universal de Direitos


Humanos e foi fortemente reafirmado pela Declaração Mundial sobre Educação para Todos. Pais
possuem o direito inerente de serem consultados sobre a forma de educação mais apropriada às
necessidades, circunstâncias e aspirações de suas crianças.

C As necessidades básicas de aprendizagem das pessoas portadoras de deficiências requerem


atenção especial. É preciso tomar medidas que garantam a igualdade de acesso à educação aos
portadores de todo e qualquer tipo de deficiência, como parte integrante do sistema educativo.

D O currículo das escolas deve ser adaptado às necessidades especiais das crianças, e não vice-
versa. Escolas devem, portanto, prover oportunidades curriculares que sejam apropriadas a
crianças com habilidades e interesses diferentes.

E As habilidades requeridas para responder às necessidades educacionais especiais devem ser


levadas em consideração durante a avaliação dos estudos e da graduação de professores.

Comentário:

A alternativa correta é a letra C. Atenção: O enunciado da questão quer que seja assinalada a
alternativa correta, segundo a Declaração de Jomtien. Perceba que as demais alternativas
parecem corretas. Por quê? Essa questão exigiu a diferenciação entre dois documentos, a
Declaração de Salamanca (1994) e a Declaração de Jomtien (1990). Somente a alternativa C,
transcreve o item 5, do artigo 3º da Declaração Mundial de Educação para Todos (Jomtien, 1990).
As demais alternativas trazem excertos da Declaração de Salamanca: A: item 34; B: item 2; D: item
26; E: item 41.

Fiquem atentos ao enunciado!!

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Perceba que todos os itens trazem afirmações corretas sobre EE. Mas as alternativas A, B, D e E
versam sobre a organização da oferta de EE, e compõem um documento que detalha ações
possíveis para EE.

Enquanto a alternativa C, por estar inserida num documento mais amplo, indica necessidade de
garantir o acesso à educação para os portadores de deficiência (A propósito, esse termo já caiu
em desuso, o correto é "pessoa/aluno com deficiência"). Vamos em frente!

4.3 Declaração de Salamanca (1994)


Agora sim!! Durante a Conferência Mundial de Educação Especial, em Salamanca, Espanha, para
especificar ações para Educação Especial (EE), foi reendossada a Estrutura de Ação em EE, com
destaque para a Educação Inclusiva.

Esse documento prevê uma série de ações para garantir acesso, acomodação às crianças com
necessidades educacionais especiais, seja por deficiência ou por dificuldade de aprendizagem. O
destaque para o conceito de escola inclusiva é pontuado no início do documento, item 3, leia:

"O desafio que confronta a escola inclusiva é no que diz respeito ao


desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança e capaz de bem-
sucedidamente educar todas as crianças, incluindo aquelas que possuam
desvantagens severas. O mérito de tais escolas não reside somente no fato de que
elas sejam capazes de prover uma educação de alta qualidade a todas as crianças:
o estabelecimento de tais escolas é um passo crucial no sentido de modificar
atitudes discriminatórias, de criar comunidades acolhedoras e de desenvolver uma
sociedade inclusiva.” 4.

Note que a pretensão para a escola inclusiva é educar toda a sociedade para mitigar a
discriminação e promoves acolhimento.

E para promover uma pedagogia da qual todas as crianças possam se beneficiar, a Estrutura de
Ação em EE é composta por 3 seções:

4
UNESCO. Declaração Mundial de Educação para Todos e Plano de Ação para Satisfazer as Necessidades Básicas de
Aprendizagem. Conferência Mundial sobre Educação para Necessidades Especiais, 1994, Salamanca (Espanha), 1994.

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I. NOVO PENSAR EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

II. ORIENTAÇÕES PARA AÇÃO EM NÍVEL NACIONAL


A. Política e Organização
B. Fatores Relativos à Escola (Administração da escola; Informação e Pesquisa)
C. Recrutamento e Treinamento de Educadores
D. Serviços Externos de Apoio
E. Áreas Prioritárias (EI, vida adulta, ed. de meninas, ed. de adultos e estudos
posteriores)
F. Perspectivas Comunitárias (Pais, comunidade, voluntários, conscientização
pública)
G. Requerimentos Relativos a Recursos

III. ORIENTAÇÕES PARA AÇÃO EM NÍVEIS REGIONAIS E


INTERNACIONAIS

Distribuídos nas seções acima listadas, temos o total de 83 itens bem detalhados sobre princípios,
políticas, práticas e diretrizes para a promoção da Educação Inclusiva, garantindo o ensino a todas
as crianças com dificuldades, a partir de adaptações conforme as especificidades de cada uma.

4.4 Convenção de Guatemala (1999)


A Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as
Pessoas Portadoras de Deficiência ou, simplesmente, Convenção da Guatemala (1999) foi
recepcionada no Brasil pelo Decreto nº 3.956/2001.

Essa convenção fundamenta-se no entendimento de que “as pessoas portadoras de deficiência


têm os mesmos direitos humanos e liberdades fundamentais que outras pessoas e que estes
direitos, inclusive o direito de não ser submetidas à discriminação com base na deficiência,
emanam da dignidade e da igualdade que são inerentes a todo ser humano”.

Segundo a Convenção, deficiência significa uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza
permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais
da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social.

Além disso, discriminação está definida como toda diferenciação, exclusão ou restrição baseada
em deficiência que possa impedir ou anular o exercício ou gozo dos direitos humanos e das
liberdades fundamentais, das pessoas com deficiência (PCD).

Dentre os compromissos assumidos pelos Estados Partes, destacamos a adoção de medidas que
visam eliminar progressivamente a discriminação contra as PCD e proporcionar sua plena
integração à sociedade, com campanhas de sensibilização da população e eliminação de
obstáculos arquitetônicos, por exemplo.

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5 Aspectos de inclusão: multiculturalismo, diversidade,


diferentes tipos de preconceito.
A luta pelos direitos das pessoas com deficiência é bem longa e conta com diversas etapas e
conquistas consideráveis, como podemos observar na leitura das Convenções, Declarações e
outras normas.

E quanto ao direito à educação, também temos um histórico de conquistas, embora modesto.


Vale lembrar que todos os normativos legais que tratam desse tema vão convergir para o
entendimento seguinte: educação sem discriminação. Estamos falando sobre alcançar e promover
desenvolvimento de qualquer pessoa, superando a segregação social.

Tenha em mente que o estudante que necessita de atendimento especializado oportuniza reflexão
sobre a prática, ou melhor, estamos alcançando o objetivo principal que é promover
desenvolvimento, respeitando a diversidade?

Precisamos pensar nisso, porque a EE se iniciou como uma proposta assistencialista e visava
somente acolher as pessoas, não havia foco na sua reabilitação ou desenvolvimento. E isso mudou
bastante ao longo do tempo.

O multiculturalismo nos oportuniza reconhecer a diferença e a coexistência das diferentes formas


de viver. Para tanto, as ações pedagógicas e políticas educacionais devem lidar com a
heterogeneidade cultural.

E a escola inclusiva permite que os diferentes convivam num mesmo contexto e reconheçam a
existência e a diferença do outro. Superando o preconceito de todo tipo que se encontram
arraigados na sociedade.

6 Atendimento Educacional Especializado (AEE)


O Atendimento Educacional Especializado é o atendimento oferecido aos educandos com
deficiência. (PCD, TGD, AH/Superdotado), considerando suas necessidades específicas, que visa
complementar ou suplementar sua formação, a partir da identificação, elaboração e organização
de recursos pedagógicos. O que assegura condições de acesso ao currículo promovendo
acessibilidade é considerado serviço e recurso da EE.

E para viabilizar a implementação do AEE, nos termos do Decreto nº 7.611/2011, foram instituídas
as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica,
modalidade Educação Especial, pela Resolução nº 4/2009-CNE/CEB. Vamos conhecer esses
normativos?

6.1 Decreto nº 7.611/2011


O Decreto nº 7.611/2011 dispõe sobre EE e AEE, e revogou o Decreto nº 6.571/2008, que versava
sobre o mesmo tema.

O normativo elenca as diretrizes para efetivação do dever do Estado com a EE, salientando
aspectos bem pontuados ao longo da nossa aula tais quais: oferta preferencial na rede regular de

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ensino, aprendizado ao longo da vida, EE em todos os níveis, público-alvo, adaptações razoáveis


para EF, apoio técnico e financeiro às instituições privadas sem fins lucrativos com atuação
exclusiva em EE e a busca pela eliminação de barreiras que podem obstruir o processo de
escolarização.

Além disso, define o AEE como o “conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e


pedagógicos organizados institucional e continuamente, prestado” de forma complementar (PCD,
TGD, nas salas de recursos multifuncionais) ou suplementar (AH ou superdotados).

E sinaliza que o AEE deve compor a Proposta Pedagógica (PP) da escola, envolvendo a família e
se articulando com demais políticas públicas. E utilizar as salas de recursos multifuncionais (SRM)
que são ambientes equipados com mobiliário e materiais didáticos e pedagógicos para a oferta
do AEE.

Dentre os objetivos do AEE, temos: promoção de acesso, participação e aprendizagem no ensino


regular, garantia de serviços de apoio especializados de acordo com as necessidades individuais
dos estudantes; garantia de transversalidade das ações da EE no ensino regular; fomento ao
desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que eliminem as barreiras no processo de
ensino e aprendizagem; e oferta de condições para a continuidade de estudos.

Por fim, para ampliar a oferta do AEE, temos a previsão de apoio técnico e financeiro da União
para os sistemas públicos de ensino e para instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas
sem fins lucrativos – que devem ter atuação na EE e ser conveniada.

Esse apoio seria como? Aprimorando o AEE que já é ofertado, implantando salas de recursos
multifuncionais, formando professores e gestores, adequação arquitetônica, distribuindo recursos
educacionais para a acessibilidade, estruturando núcleos de acessibilidade nas instituições federais
de educação superior.

6.2 Resolução nº 4/2009 - Diretrizes Operacionais para o AEE.


Para implementar o AEE, as diretrizes operacionais foram normatizadas pela Resolução nº 4/2009-
CNE/CEB.

E já começa dizendo o seguinte: os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência,
TGD e AH/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no AEE, ofertado em salas de
recursos multifuncionais ou em centros de AEE da rede pública ou de instituições comunitárias,
confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos.

Salienta que os Recursos de acessibilidade na educação são aqueles que asseguram condições de
acesso ao currículo dos alunos com deficiência ou mobilidade reduzida.

E traz detalhes que já conhecemos bem:

⮲ A EE acontece em todos os níveis, etapas e modalidade de ensino;

⮲ O AEE tem função complementar ou suplementar;

⮲ Público-alvo do AEE:

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ALUNOS COM DEFICIÊNCIA


Impedimento de longo prazo
de natureza física, intelectual, mental ou sensorial.

ALUNOS COM TRANSTORNOS GLOBAIS DO


DESENVOLVIMENTO (TGD)

apresentam quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor,


comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras.
Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger,
síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos
invasivos sem outras especificações

ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO


potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano,
isoladas ou combinadas: intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade.

Você já sabe que a oferta da EE é preferencialmente na rede regular de ensino. Atente-se para a
realização de AEE, que não é substitutivo às classes comuns e deve acontecer
PRIORITARIAMENTE em salas de recursos multifuncionais (SRM) da própria escola ou em outra
escola de ensino regular ou em centros de AEE da rede pública ou de instituições conveniadas,
no turno inverso da escolarização. E também pode acontecer em ambiente hospitalar ou
domiciliar.

As atividades de enriquecimento curricular para alunos AH/SD serão desenvolvidas no âmbito de


escolas públicas de ensino regular em interface com os núcleos de atividades para AH/SD e com
as instituições de ensino superior e institutos voltados ao desenvolvimento e promoção da
pesquisa, das artes e dos esportes.

Os alunos matriculados em classe comum de ensino regular público que tiverem matrícula
concomitante no AEE serão contabilizados duplamente no âmbito do FUNDEB. Ou seja, tanto na
educação regular quanto no AEE. E o financiamento da matrícula no AEE é condicionado à
matrícula no ensino regular da rede pública, conforme registro no Censo Escolar/MEC/INEP do
ano anterior.

Os centros de AEE devem cumprir exigências de organização da proposta pedagógica e outras


exigências legais. E a proposta pedagógica de AEE desses centros, sejam públicos ou privados,
deve ser aprovada pela Secretaria de Educação ou órgão equivalente e contemplar a mesma
organização exigida para o PP da escola de ensino regular, institucionalizando a oferta do AEE
prevendo na sua organização:

I – SRM: espaço físico, mobiliário, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de


acessibilidade e equipamentos específicos;

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II – matrícula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da própria escola ou de outra


escola;

III – cronograma de atendimento aos alunos;

IV – plano do AEE: identificação das necessidades educacionais específicas dos alunos,


definição dos recursos necessários e das atividades a serem desenvolvidas;

V – professores para o exercício da docência do AEE;

VI – outros profissionais da educação: tradutor e intérprete de Língua Brasileira de Sinais,


guia-intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente às atividades de alimentação,
higiene e locomoção;

VII – redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação, do desenvolvimento


da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e equipamentos, entre outros que maximizem
o AEE.

Já os professores, para atuarem no AEE, devem ter formação inicial que os habilite para o exercício
da docência e formação específica para a EE. Eles são responsáveis pela elaboração e execução
do plano de AEE e devem atuar articulados com demais professores do ensino regular,
participação das famílias e demais serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros
necessários ao atendimento.

E dentre suas atribuições destacamos:

I – identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade


e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da EE;

II – elaborar e executar plano de AEE, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos


recursos pedagógicos e de acessibilidade;

III – organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na SRM;

IV – acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de


acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da
escola;

V – estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na


disponibilização de recursos de acessibilidade;

VI – orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade


utilizados pelo aluno;

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VII – ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos,
promovendo autonomia e participação;

VIII – estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando à


disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias
que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares.

As funções do professor AEE são comumente cobradas em provas. Geralmente as alternativas


trazem a literalidade dos normativos ou acrescentam palavras/trechos estranhos à norma,
distorcendo o sentido real. Vamos ver como foi cobrado?

(FUNDEP-2020) Com base na Resolução CNE/CEB nº 4/ 2009, que institui as Diretrizes


Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, são
consideradas atribuições do professor de atendimento educacional especializado, exceto:

A Organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos multifuncionais.

B Identificar e produzir recursos pedagógicos para aplicabilidade na sala de aula comum do ensino
regular, como também em outros ambientes da escola.

C Ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos,
promovendo autonomia e participação.

D Estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na


disponibilização de recursos de acessibilidade.

Comentário:

As alternativas transcrevem incisos do artigo 13, que versa sobre as atribuições do professor do
AEE. A alternativa A, transcreve o inciso III. A letra C, o inciso VII e a letra D, o inciso V. Somente
a alternativa B é que mescla os incisos I e II e confunde o sentido das atribuições. Portanto o
gabarito é a letra B.

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(VUNESP-2019) A Resolução CNE/CEB no 4/2009, que institui as Diretrizes Operacionais para o


Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial,
determina que os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades nas classes comuns do ensino regular e no
Atendimento Educacional Especializado (AEE). Sobre o AEE, é correto afirmar que

A tem como função complementar ou suplementar a formação do aluno.

B é oferecido aos alunos com deficiência como substitutivo às classes comuns.

C deve ser realizado, prioritariamente, nas salas de aula comuns.

D cabe à Secretaria de Educação Municipal elaborar o plano de AAE

E corresponde a uma modalidade da educação especial.

Comentário:

A alternativa correta é a letra A. Nos termos do artigo 2º Art. 2º O AEE tem como função
complementar ou suplementar a formação do aluno por meio da disponibilização de serviços,
recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na
sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem.

As Salas de Recursos Multifuncionais são espaços que contêm mobiliário, materiais didáticos,
recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos para atendimentos dos
alunos público-alvo do AEE. Lembre-se: o AEE deve ser realizado prioritariamente nas SRM da
mesma escola.

Existe um programa federal chamado Programa de Implantação de Salas de Recursos


Multifuncionais que integra o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, destinando apoio
técnico e financeiro aos sistemas de ensino para garantir o acesso ao ensino regular e a oferta do
AEE, disponibilizando equipamentos, mobiliários, materiais didáticos e pedagógicos para a
organização das salas e a oferta AEE.

A Nota Técnica nº11 de 2010 dá orientações para institucionalização da oferta do AEE em Salas
de Recursos Multifuncionais, implantadas nas escolas regulares.

A Tecnologia Assistiva (TA) refere-se aos serviços e recursos para viabilizar a inclusão das pessoas
com deficiências ou incapacidades, ampliando suas possibilidades. E pode auxiliar tanto o
professor para desenvolvimento da prática, quanto o educando para desenvolvimento das suas
habilidades, com maior autonomia.

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No AEE, o professor identifica as barreiras, avalia as habilidades do educando, pesquisa recursos


possíveis para proporcionar o desenvolvimento do aluno com vistas à autonomia. Destaque que
os recursos e ferramentas relativos à tecnologia assistiva não devem estar restritos à Sala de
Recursos Multifuncionais, a ideia é que tecnologia assistiva apoie a escolarização do educando.

O trabalho que envolve a tecnologia assistiva envolve aplicação do conhecimento para problemas
funcionais do estudante, sua autonomia e a ruptura de barreiras e limitações para que possa
participar, de fato, das experiências do contexto escolar.

Perceba que a tecnologia assistiva se caracteriza pelo uso de recurso tecnológico que promove a
integração e promove a participação ativa nos processos educativos por um aluno com deficiência.

Alguns exemplos de tecnologia assistiva são: Libras, Braille, soroban, dosvox, orientação e
mobilidade e sistemas de comunicação alternativa.

Libras: meio legal de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-
motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de
ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.5

Braille: sistema de leitura e escrita utilizado por pessoas com deficiência visual, composto pela
combinação de 1 a 6 pontos em relevo, organizados num espaço denominado cela braille.

Dosvox: sistema de voz que se comunica com o usuário, para facilitar o uso de computadores
por pessoas com deficiência visual. Realiza leitura do que há na tela e interage com o usuário,
foi desenvolvido no Brasil.

Soroban: ferramenta que facilita o desenvolvimento do raciocínio e conhecimento matemático


e possibilita realização de cálculos, por usuários com deficiência visual.

Orientação e mobilidade: ferramentas e recursos para viabilizar a locomoção do estudante com


segurança e autonomia, proporcionando conhecimento dos espaços.

Existem muitos exemplos de recursos de TA para as mais variadas necessidades demandas, tais
como: livros adaptados, rampas de acesso, sistemas operacionais, por exemplo.

(ACEP/2018) A respeito da tecnologia assistiva, pode-se afirmar que:

A a tecnologia assistiva é composta por recursos ou serviços.

B na escola, o recurso é o equipamento utilizado pelo aluno que permite que ele realize uma
tarefa.

5
BRASIL, Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras
providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm >

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C os serviços de tecnologia assistiva têm um caráter disciplinar e servem para avaliar, indicar,
treinar e acompanhar o aluno.

D o serviço de tecnologia assistiva deverá ser ofertado nas salas de aula regular.

Comentário:

Alternativa correta: Letra B: A Tecnologia Assistiva (TA) refere-se ao conjunto de recursos, serviços,
metodologias, estratégia, entre outros, que visam possibilitar ou facilitar a execução de
determinadas atividades pelo estudante com deficiência.

Alternativa A está incorreta, pois a TA engloba ambos, recursos e serviços. E não um OU outro.

Alternativa C está incorreta, pois a TA tem foco na participação do aluno, não no treinamento e
avaliação, tampouco tem caráter disciplinar.

Alternativa D está incorreta, pois a Sala de recurso é o local prioritário para uso da TA. Mas não
exclusivo, visto que a ideia é promover a autonomia e ruptura das barreiras, deve acompanhar o
aluno nos demais espaços que frequenta.

7. Educação Bilíngue de Surdos

A Lei Federal nº 14.191/2021 incluiu na nossa LDB o capítulo V-A que versa sobre uma nova
modalidade de ensino: A EDUCAÇÃO BILÍNGUE DE SURDOS (EBS).

Precisamente a partir do artigo 60-A temos as determinações relativas à EBS. Vamos começar pela
definição dada pela norma:

Art. 60-A. Entende-se por educação bilíngue de surdos, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar oferecida em Língua Brasileira de Sinais (Libras), como
primeira língua, e em português escrito, como segunda língua, em escolas bilíngues de
surdos, classes bilíngues de surdos, escolas comuns ou em polos de educação bilíngue
de surdos, para educandos surdos, surdo-cegos, com deficiência auditiva sinalizantes,
surdos com altas habilidades ou superdotação ou com outras deficiências associadas,
optantes pela modalidade de educação bilíngue de surdos.

Algumas informações já podem ser extraídas desse trecho:

MODALIDADE
LIBRAS PORTUGUÊS ESCRITO
Primeira Língua Segunda Língua

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PARA QUEM? ONDE?


educandos surdos, surdo-cegos, com deficiência
escolas bilíngues de surdos, classes
auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades
bilíngues de surdos, escolas comuns ou
ou superdotação ou com outras deficiências
em polos de educação bilíngue de surdos.
associadas, optantes pela modalidade.

Assim como a Educação Especial, a Educação Bilíngue de Surdos prevê AEE bilíngue para atender
especificidades dos estudantes.

Isso, sem prejuízo das prerrogativas de matrícula em escolas e classes regulares, de acordo com
o que decidir o estudante ou, no que couber, seus pais ou responsáveis, e das garantias previstas
no Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), que incluem, para os surdos
oralizados, o acesso a tecnologias assistivas. (Art. 60-A, §3º).

Sobre as tecnologias assistivas e o Estatuto, falamos deles há pouco, certo?

A ideia é que a Educação Bilíngue para Surdos se inicie ao zero ano, na Educação Infantil e se
estenda ao longo da vida.

Cuidado para recortes que as bancas gostam de fazer para


confundir. Eventualmente vão afirmar ser somente a partir de
determinada etapa, ou que se encerra em algum momento...

Por fim, a LDB possui outro artigo incluído pela mesma Lei, 14.191/2021. Que versa sobre o
material didático e os professores bilíngues. Veja:

Art. 60-B. Além do disposto no art. 59 desta Lei, os sistemas de ensino assegurarão aos
educandos surdos, surdo-cegos, com deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas
habilidades ou superdotação ou com outras deficiências associadas materiais didáticos
e professores bilíngues com formação e especialização adequadas, em nível superior.

Os professores deverão ter formação e especialização adequadas, como citado no artigo. Além
disso, o parágrafo único incluiu importante aspectos sobre suas contratações e avaliações, para as
quais deverão ser ouvidas entidades representativas das pessoas surdas.

8. Língua Brasileira de Sinais (Libras)

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A Língua Brasileira de Sinais, conhecida também como Libras, refere-se ao meio legal de
comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura
gramatical própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de
comunidades de pessoas surdas do Brasil.

Essa definição consta do artigo 1º, da Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre as
Libras e, também, prevê: apoio para uso e difusão da Libras, garantia de atendimento e tratamento
adequado, inclusão do ensino de Libras como parte dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)
nos cursos de formação de EE, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e
superior.

Embora seja reconhecida como meio legal de comunicação e expressão, a Libras não poderá
substituir a modalidade escrita da língua portuguesa.

Além daquela Lei, temos a Lei nº 12.319/2010 que regulamenta a profissão de Tradutor e
Intérprete de Libras.

O tradutor e intérprete terá competência para realizar interpretação das 2 (duas)


línguas de maneira simultânea ou consecutiva e proficiência em tradução e
interpretação da Libras e da Língua Portuguesa.

A sua formação em nível médio se dá por meio de cursos de educação profissional, de extensão
universitária e de formação continuada. Essa formação pode ser realizada por organizações da
sociedade civil representativas da comunidade surda, mas o certificado deve ser convalidado por
uma instituição de ensino superior e instituições credenciadas por Secretarias de Educação.

A Lei prevê que a União deve promover anualmente, exame de proficiência em Tradução e
Interpretação de Libras - Língua Portuguesa, por intermédio de uma banca examinadora que
detenha amplo conhecimento, constituída por: docentes surdos, linguistas e tradutores e
intérpretes de Libras de instituições de educação superior.

No que se refere às atribuições do tradutor e intérprete, previstas no artigo 6º da Lei, destacamos


que, em essência, deve viabilizar a comunicação entre surdos e demais pessoas, por meio da Libras
para a língua oral e vice-versa. Isso inclui interpretar atividades didático-pedagógicas e culturais,
atuar em processos seletivos para cursos em instituições de ensino e concursos públicos, contribuir
para acessibilidade aos serviços e às atividades-fim das instituições de ensino e repartições
públicas e prestar seus serviços em depoimentos em juízo, em órgãos administrativos ou policiais.

O exercício da profissão do intérprete, nos termos do artigo 7º desta Lei, deve estar pautado pela
ética, respeito, honestidade, discrição, livre de preconceito, imparcialidade, fidelidade, postura e
conduta adequadas, solidariedade e consciência de que o direito de expressão é um direito social,
independentemente da condição social e econômica e, por fim, do conhecimento das
especificidades da comunidade surda.

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9 - Sistema Braille

O Sistema Braille é um sistema de leitura e escrita utilizado por pessoas com deficiência visual,
cegas ou baixa visão. Trata-se de uma combinação em relevo de 1 a 6 pontos, organizados num
espaço denominado cela braille.

A Lei 4.169/1962 oficializa as convenções Braille para uso na escrita e leitura dos cegos e também
o código de contrações e abreviaturas Braille. Já o Decreto nº 9.522/2018, promulgou o Tratado
de Marraqueche que aconteceu em 2013, que buscou facilitar o acesso a obras publicadas às
pessoas cegas, com deficiência visual ou com outras dificuldades para ter acesso ao texto
impresso.

Em 2019, a Portaria nº 1.372/2019-GM/MEC instituiu a Comissão Brasileira Do Braille – CBB, que


é vinculada à Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação do Ministério da Educação
e constituída por 8 membros. Dentre suas competências, destacamos a proposição de uma política
nacional de diretrizes e normas para o uso, o ensino, a produção e a difusão do Sistema Braille em
todas as modalidades de aplicação, conforme artigo 3º da referida Portaria.

Outra ação em destaque é o Programa Nacional do Livro Didático Acessível (PNLD/Acessível), do


MEC, que disponibiliza livros escritos em braille-tinta para estudantes cegos ou com baixa visão
para os estudantes do Ensino Fundamental.

10 - Considerações Finais

Chegamos ao final da nossa aula, cujo objetivo era apresentar os normativos que regem essa
modalidade, trazer síntese da organização da Educação Especial e esclarecer principais aspectos
atrelados ao tema. Espero que não tenham restado dúvidas quanto aos títulos apresentados hoje,
pois é um tema muito sensível e fundamental para enfrentar os concursos da área.

Se ficou alguma dúvida ou se você tiver sugestões ou críticas, entre em contato comigo. Estou
disponível no fórum no Curso, por e-mail e, também, pelo Instagram.

Aguardo você na próxima aula. Até lá!

Professora Carla Abreu

E-mail: aprofessoracarlabreu@gmail.com

Instagram: https://www.instagram.com/ aprofessoracarlabreu

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (QUADRIX – 2018) As diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica


afirmam que o atendimento escolar desses alunos terá início na educação infantil. Com relação
a esse assunto, julgue o item subsequente.

As diretrizes da educação especial, em função de suas especificidades, restringem‐se a algumas


etapas e modalidades da educação básica.

C CERTO

E ERRADO

Comentário:

A assertiva está ERRADA. A Resolução nº 02/2001 explicita, no artigo 3º que educação especial,
modalidade da educação escolar, entende-se um processo educacional definido por uma proposta
pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais, organizados
institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os
serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o
desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais
especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica.

2. (CONSULPLAN-2019) De acordo com o Art. 8º, inciso IV, da Resolução CNE/CEB nº 2 de 2001,
as escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na organização de suas classes
comuns serviços de apoio pedagógico especializado, realizado, nas classes comuns, mediante:

I. Atuação colaborativa de professor especializado em educação especial.

II. Atuação de professores-intérpretes das linguagens e códigos aplicáveis.

III. Atuação de professores e outros profissionais itinerantes intra e inter institucionalmente.

IV. Disponibilização de outros apoios necessários à aprendizagem, à locomoção e à comunicação.

V. Avaliação pedagógica no processo de ensino da aprendizagem para identificar o nível de


aprendizagem.

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Estão corretas apenas as premissas

A I e II.

B II, III e V.

C II, III e IV.

D I, II, III e IV.

Comentário:

A alternativa correta é a letra D. As assertivas I, II, III e IV estão corretas, pois transcrevem,
respectivamente, os itens a, b, c e d, do inciso IV, artigo 8º da referida Resolução. Contudo, não
há previsão para avaliação para identificar o nível de aprendizagem, o que exclui a assertiva V.

3. (FADESP-2018) A Resolução n° 2/2001, da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional


de Educação, que institui diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica,
determina que as escolas da rede regular de ensino devem prever e prover, na organização de
suas classes comuns, serviços de apoio pedagógico especializado mediante

A atuação semestral de professor com pós-graduação em educação especial ou área afim.

B presença, em pelo menos um dia por mês, de professores-intérpretes das linguagens aplicáveis.

C atuação de professores e outros profissionais itinerantes intra e interinstitucionalmente.

D apoio financeiro para a contratação de profissionais para aulas de reforço.

Comentário:

A alternativa correta é a letra C. A atuação de professores e profissionais itinerantes intra e


interinstitucionalmente é a única assertiva que se refere à organização dos serviços de apoio
pedagógico especializado. As demais alternativas são estranhas à norma.

4. (COTEC-2015) As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial na Educação


Básica, Resolução CNE/CEB n.º 02/ 2001, estabelece, EXCETO

A O atendimento escolar dos alunos que apresentem necessidades educacionais especiais terá
início na Educação Infantil, nas creches e pré-escolas, assegurando-lhes os serviços de educação
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especial sempre que se evidencie, mediante avaliação e interação com a família e a comunidade,
a necessidade de atendimento educacional especializado.

B Os alunos com altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve


a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes não são considerados alunos que
apresentem necessidades educacionais especiais.

C Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizarem-se


para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as
condições necessárias para uma educação de qualidade para todos.

D Os sistemas de ensino devem constituir e fazer funcionar um setor responsável pela educação
especial, dotado de recursos humanos, materiais e financeiros que viabilizem e deem sustentação
ao processo de construção da educação inclusiva.

Comentário:

A alternativa A está correta, pois transcreve o parágrafo único, do artigo 1º da referida Resolução.

A alternativa B está incorreta indica que os alunos Altas Habilidades/Superdotação não são
considerados educandos com necessidades educacionais especiais, contrariando o artigo 5º,
inciso III. Representa, portanto, o gabarito a ser assinalado. Lembre-se dos três grupos: PCD, TGD
e AH/SD.

A alternativa C está correta, pois transcreve o artigo 2º da Resolução CNE/CEB nº 02/2001.

E a alternativa D está correta, pois transcreve o parágrafo único, do artigo 3º da referida


Resolução.

5. (CESPE/CEBRASPE- 2018) Com relação aos fundamentos da educação especial na perspectiva


inclusiva, julgue o item a seguir.

Conforme a Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, a


educação especial é uma modalidade presencial de ensino que se inicia no ensino fundamental e
se encerra no ensino médio.

C Certo.

E Errado.

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Comentário:

A assertiva está ERRADA. As Diretrizes da PNEEPEI apontam que a educação especial é uma
modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento
educacional especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no
processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular.

6. (METROCAPITAL/2019) Segundo o teor da Política de Educação Especial na Perspectiva da


Educação Inclusiva (2008), a educação especial é considerada:

A etapa.

B modalidade.

C serviço de atendimento.

D atendimento educacional secundário.

E parcela do conhecimento.

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Segundo as Diretrizes da PNEEPEI “a


educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e
modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e serviços
e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do
ensino regular.”.

7. (CETREDE-2019) A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação


Inclusiva (2008) tem como objetivo:

A assegurar a profissionalização de pessoas com deficiência.

B orientar os sistemas de ensino para garantir acesso ao ensino especial, com participação,
aprendizagem e continuidade nos níveis iniciais do ensino.

C garantir a transversalidade da modalidade de educação regular da educação infantil até o Ensino


Fundamental.

D formar professores para o ensino regular.

E assegurar a acessibilidade arquitetônica nos transportes, nos mobiliários, nas comunicações e


informação para alunos, público alvo da educação especial.

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Comentários:

A alternativa A está incorreta. O objetivo da PNEEPEI é “o acesso, a participação e a


aprendizagem dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação nas escolas regulares”, e não necessariamente sua profissionalização.

A alternativa B está incorreta. A previsão é de “continuidade da escolarização nos níveis mais


elevados do ensino;”.

A alternativa C está incorreta. Um dos objetivos na verdade é garantir a “transversalidade da


educação especial desde a educação infantil até a educação superior".

A alternativa D está incorreta. A PNEEPEI prevê “formação de professores para o atendimento


educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão escolar".

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Um dos objetivos da PNEEPEI é garantir a


“acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes, na
comunicação e informação.”.

8. (IDHTEC-2019) Nos espaços ou salas de atendimento educacional especializado, as atividades


e práticas realizadas

I. Diferenciam-se das atividades realizadas nas salas de aula comum

II. Substituem a escolarização dos estudantes

III. Completam e/ou suplementam a formação dos estudantes para a autonomia e independência

IV. Articulam-se a proposta pedagógica do ensino comum

V. Tem início com serviços de estimulação precoce a partir dos 4 anos de idade

ESTÃO CORRETAS:

A Todas

B I e II

C I, III, IV

D III, IV, V

E I, II, V

Comentários:

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A alternativa C é o gabarito da questão. Julgando as assertivas, à luz da PNEEPEI (2008), temos:

As assertivas I, III e IV estão corretas, veja: “As atividades desenvolvidas no atendimento


educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo
substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos
alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela. [...] Ao longo de todo
processo de escolarização, esse atendimento deve estar articulado com a proposta pedagógica
do ensino comum.”

A assertiva II está correta, pois o AEE não substitui a escolarização dos estudantes. “As atividades
desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na
sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização.”

A assertiva V está correta, pois a proposta de estimulação precoce é dos 0 a 3 anos. “Do
nascimento aos três anos, o atendimento educacional especializado se expressa por meio de
serviços de intervenção precoce que objetivam otimizar o processo de desenvolvimento e
aprendizagem em interface com os serviços de saúde e assistência social.”

Assim, temos assertivas corretas: I, II e IV.

9. FAUEL/2018- A política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva


determina, como seu público-alvo:

A Todos os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem na escola.

B Alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/


superdotação.

C Crianças com ou sem deficiência que apresentem dificuldades de aprendizagem.

D Todos os alunos da escola, independente das dificuldades apresentadas.

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Veja o que diz a PNEEPEI:

Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a integrar a


proposta pedagógica da escola regular, promovendo o atendimento aos
estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação. Nestes casos e em outros, como os transtornos
funcionais específicos, a educação especial atua de forma articulada com o ensino
comum, orientando para o atendimento desses estudantes.

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10. FUNDATEC 2019 - As Salas de Recursos Multifuncionais (SRMF), nas escolas de educação
básica das redes públicas de ensino, são um espaço físico, cujo objetivo é dar suporte às
escolas, na inclusão de crianças com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotado. Sobre o atendimento das salas de recursos multifuncionais,
pode-se afirmar que:

A As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas


realizadas na sala de aula comum, ou seja, não substituem a escolarização.

B O atendimento pode ser realizado no mesmo turno ao da classe comum, na própria escola ou
centro especializado.

C As atividades desenvolvidas podem ser enquadradas e utilizadas como em uma sala de reforço.

D O trabalho é realizado e organizado pelo professor da SRMF, portanto, não há necessidade de


articulação com o professor da sala do ensino regular.

E O atendimento com o foco pedagógico, muitas vezes, pode ser transformado em foco clínico.

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A

A alternativa B está incorreta, pois “o AEE é organizado para apoiar o desenvolvimento dos alunos,
constituindo oferta obrigatória dos sistemas de ensino e deve ser realizado no turno inverso ao da
classe comum, na própria escola ou centro especializado que realize esse serviço educacional.”,
nos termos da PNEEPEI.

A alternativa C está incorreta, pois AEE não é reforço, o foco é desenvolvimento do educando.

A alternativa D está incorreta, pois a previsão é de que o professor do AEE deve atuar articulado
com demais professores do ensino regular, famílias e serviços setoriais de saúde, assistência social,
entre outros.

11. (VUNESP-2018) Nos termos do que dispõe a Lei Federal nº 9.394/96, assinale a alternativa
correta a respeito da educação especial.

A O atendimento educacional será feito por meio da integração do aluno especial nas classes
comuns de ensino regular, devendo ser evitados classes, escolas ou serviços específicos em função
de condições especiais dos alunos.

B Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das


instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação
especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público.

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C Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do


desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, acesso preferencial aos benefícios dos
programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.

D O poder público não poderá instituir cadastro ou lista de alunos com altas habilidades ou
superdotação matriculados na educação básica ou na educação superior, a fim de evitar
discriminação dos alunos especiais.

E A oferta de educação especial, nos termos da Lei, tem início na educação infantil e se limitará
ao atendimento dos alunos ao término do último ano do ensino médio.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois a LDB pontua que o atendimento educacional será feito em
classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos
alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular, artigo 58.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Ela transcreve exatamente o que consta do
artigo 60, da LDB.

A alternativa C está incorreta, pois a LDB sinaliza no artigo 59, inciso V, acesso igualitário aos
benefícios, e não acesso preferencial, como a alternativa indica.

A alternativa D está incorreta, pois o artigo 59-A indica que o Poder Público deverá instituir tal
cadastro.

A alternativa E está incorreta, pois a oferta de EE estende-se ao longo da vida, segundo artigo 58,
§ 3º.

12. (IBADE-2018) De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº
9.396/2006), o público da educação especial são educandos que apresentam:

A deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

B deficiência e transtornos globais do desenvolvimento.

C deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.

D deficiências múltiplas e superdotação.

E superdotação, deficiências físicas e transtornos globais do desenvolvimento.

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Comentários:

A alternativa A é a alternativa mais completa, portanto representa o gabarito da questão. O artigo


58 da LDB, que versa sobre o público-alvo da educação especial, aponta para os educandos que
apresentam deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação.

As demais alternativas estão incompletas, pois suprimem alguns grupos de educandos que estão
alcançados pela norma ou os restringem.

A alternativa B não menciona os educandos com altas habilidades ou superdotação.

A alternativa C não menciona os educandos superdotados.

A alternativa D não menciona os educandos com transtornos globais de desenvolvimento e altas


habilidades. E, além disso, faz restrição às deficiências múltiplas, enquanto a norma preconiza
oferta aos educandos com deficiência, sem restringir.

A alternativa E não menciona os educandos com altas habilidades. E, além disso, faz restrição às
deficiências físicas, enquanto a norma preconiza oferta aos educandos com deficiência, sem
restringir.

13. (FAEPESUL-2018) O artigo 58º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional define
Educação Especial como:

A Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar,
oferecida preferencialmente na rede especial de ensino, para educandos portadores de
necessidades especiais.

B Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação
parental, oferecida exclusivamente na rede regular de ensino, para educandos portadores de
necessidades especiais.

C Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar,
oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de
necessidades especiais.

D Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar,
oferecida exclusivamente na rede privada de ensino, para educandos portadores de necessidades
especiais.

E Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar,
oferecida obrigatoriamente na rede regular de ensino, para educandos portadores de
necessidades especiais.

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Comentário:

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Ela transcreve exatamente o que consta do
artigo 58, da LDB. As demais assertivas incluem termos estranhos à norma, portanto estão erradas.

14. (FCC-2018) De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional − LDB (Lei no
9.394/1996), o dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado mediante
determinadas garantias, entre elas, o atendimento educacional especializado gratuito aos
educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente

A na rede de fundações especializadas.

B nas instituições filantrópicas.

C nas classes especiais.

D na rede regular de ensino.

E nos espaços educativos comunitários.

Comentário:

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O artigo 58 assinala que “entende-se por
educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.”.

15. IBFC/2019 - A Lei nº 13.146/2015 institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
(Estatuto da Pessoa com Deficiência) é destinada a assegurar e a promover, em condições de
igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência,
visando à sua inclusão social e cidadania. Sobre como esta Lei em seu artigo 2º entende a
pessoa com deficiência, assinale a alternativa correta.

A É considerada pessoa com deficiência aquela que tem impedimento em curto, médio e longo
prazo de natureza físico-motora, visual e auditiva que a impeçam de interagir com outras pessoas
dignamente

B Uma pessoa com deficiência é aquela que reconhecidamente, por diagnóstico clínico, for
constatada com algum tipo de impedimento interativo de qualquer tipo ou origem

C Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza
física, mental, intelectual ou sensorial o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode
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obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas

D A pessoa com deficiência concebida por esta Lei é concebida por toda e qualquer pessoa que
exija quaisquer tipos de cuidados e necessidades especiais em seu processo de socialização

Comentários:

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Ela transcreve exatamente o que consta do
artigo 2, da Lei nº 13.146/2015. As demais assertivas distorcem a essência da norma, incluindo
termos e expressões equivocados, portanto estão erradas.

16. (FUNCERN-2018) A Lei nº. 13.146/ 2015 é conhecida como o Estatuto da Pessoa com
Deficiência, representa um dos marcos na luta por políticas públicas que defendem a igualdade
e o exercício da cidadania. Em seu Artigo 27, encontra-se a defesa pelo direito à educação.
Sendo assim, conforme esta Lei, é correto afirmar:

A É dever, apenas, do Estado, da família, dos movimentos sociais assegurar educação de


qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência
e discriminação, quando estas se encontrarem em perigo.

B A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional


inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo
desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais,
segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.

C A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional


inclusivo em parte dos níveis e aprendizado da educação básica, de forma a alcançar o máximo
desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais,
segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.

D Para efeito do direito à educação, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem
impedimento de curto prazo de natureza mental, intelectual e de longo prazo, as de natureza física
ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena
e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência,


colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação é dever do Estado,
da família, da comunidade escolar e da sociedade, artigo 27, § único.

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A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A hermenêutica diatópica multiculturais,


uma vez que o universalismo é falso.

A alternativa C está incorreta. Artigo 27 prevê que a “educação constitui direito da pessoa com
deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo
de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e
habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e
necessidades de aprendizagem.”.

A alternativa D está incorreta. Na verdade a definição para pessoa com deficiência, conforme
artigo 2º do Estatuto, é: “aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas;”.

17. (FGV-2019) Relacione os critérios de aplicação do Estatuto da Pessoa com Deficiência, listadas
a seguir, às suas respectivas definições.

1. Acessibilidade

2. Desenho universal

3. Tecnologia assistiva

( ) Condição de utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos


urbanos e transportes, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

( ) Concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas,
sem necessidade de adaptação ou de projeto específico.

( ) Equipamentos, estratégias e serviços relacionados à atividade e à participação da pessoa com


deficiência ou com mobilidade reduzida.

Assinale a opção que apresenta a relação correta, segundo a ordem apresentada.

A 1, 3 e 2.

B 1, 2 e 3.

C 2, 3 e 1.

D 2, 1 e 3.

E 3, 2 e 1.

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A alternativa B traz a sequência correta e é o gabarito da questão. Veja na íntegra as definições


previstas no artigo 3º, da Lei nº 13.146/2015:

Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se: I - acessibilidade: possibilidade e


condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários,
equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus
sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de
uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa
com deficiência ou com mobilidade reduzida; II - desenho universal: concepção de
produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem
necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia
assistiva; III - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos,
recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a
funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com
mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e
inclusão social;

18. (OBJETIVA-2018) Segundo a Lei nº 13.146/2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência,


assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma
de violência, negligência e discriminação, é dever:

A Principalmente da família e, quando necessário, do Estado e da comunidade escolar.

B Exclusivamente do Estado e da família.

C Da família, da sociedade e da comunidade escolar. O Estado é isento dessa obrigação.

D Do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade.

Comentários:

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Assegurar educação de qualidade à pessoa


com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação é
dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade, artigo 27, § único.

As demais alternativas estão incorretas por se apresentarem incompletas.

19. (VUNESP-2016) A respeito da Lei Federal nº 12.764/2012, que institui a Política Nacional de
Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, cabe asseverar que

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A a pessoa com transtorno do espectro autista não será submetida a tratamento desumano ou
degradante, não será privada de sua liberdade ou do convívio familiar nem sofrerá discriminação
por motivo da deficiência.

B à pessoa com transtorno do espectro autista preexistente poderá ser negada a participação em
planos privados de assistência à saúde, garantido, porém, o amplo e irrestrito acesso a qualquer
unidade de saúde da rede pública.

C o gestor escolar, ou autoridade competente, que recusar a matrícula de aluno com transtorno
do espectro autista, ou qualquer outro tipo de deficiência, será punido com multa de 2 (dois) a 20
(vinte) salários-mínimos.

D a pessoa com transtorno do espectro autista, incluída nas classes comuns de ensino regular, terá
direito a acompanhante especializado.

E para cumprimento das diretrizes da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com
Transtorno do Espectro Autista, o poder público poderá firmar convênio com pessoas jurídicas de
direito privado, desde que de caráter associativo.

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois transcreve o artigo 4º da Lei


12.764/2012.

A alternativa B está incorreta, pois contraria o disposto no artigo 5º: “A pessoa com transtorno do
espectro autista não será impedida de participar de planos privados de assistência à saúde em
razão de sua condição de pessoa com deficiência, conforme dispõe o art. 14 da Lei nº 9.656, de 3
de junho de 1998.”.

A alternativa C está incorreta, pois a Lei prevê multa de 3 a 20 salários, conforme artigo 7º.
A alternativa D está incorreta, pois o § único do artigo 3º prevê acompanhante especializado para
pessoa com TEA incluída nas classes comuns de ensino regular, em casos de comprovada
necessidade.
A alternativa E está incorreta, pois na verdade a Lei prevê no artigo 2º, Parágrafo único. Para
cumprimento das diretrizes de que trata este artigo, o poder público poderá firmar contrato de
direito público ou convênio com pessoas jurídicas de direito privado.

20. (ACAFE-2015) A Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do
Espectro Autista foi instituída pela Lei Federal nº 12.764/12 que define alguns direitos para as
pessoas que apresentam esse transtorno. Nesse sentido é correto afirmar, exceto:

A A pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular não
terá em hipótese algum direito a acompanhante especializado.

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B A pessoa com transtorno do espectro autista não será submetida a tratamento desumano ou
degradante, não será privada de sua liberdade ou do convívio familiar nem sofrerá discriminação
por motivo da deficiência

C A pessoa com transtorno do espectro autista terá direito ao acesso à educação e ao ensino
profissionalizante, à moradia, inclusive à residência protegida, ao mercado de trabalho, à
previdência social e à assistência social.

D A pessoa com transtorno do espectro autista não será impedida de participar de planos privados
de assistência à saúde em razão de sua condição de pessoa com deficiência.

E A pessoa com transtorno do espectro autista terá direito à vida digna, a integridade física e
moral, ao livre desenvolvimento da personalidade, a segurança e ao lazer

Comentários:

A alternativa A é o gabarito da questão, pois contraria o § único do artigo 3º que prevê


acompanhante especializado para pessoa com TEA incluída nas classes comuns de ensino regular,
em casos de comprovada necessidade.

A alternativa B transcreve o artigo 4º, da Lei 12.764/2012.

A alternativa C transcreve o inciso IV, do artigo 3º: ”São direitos da pessoa com TEA: [...] IV- o
acesso: a) à educação e ao ensino profissionalizante; b) à moradia, inclusive à residência protegida;
c) ao mercado de trabalho; d) à previdência social e à assistência social.”.

A alternativa D transcreve o artigo 5º, da Lei 12.764/2012.

A alternativa E transcreve o inciso I, do artigo 3º: “São direitos da pessoa com TEA: [...] I - a vida
digna, a integridade física e moral, o livre desenvolvimento da personalidade, a segurança e o
lazer.”.

21. (VUNESP/2019) Relacione os documentos legais (1; 2; 3) aos seus dispositivos (a; b; c)

1 - ECA, Lei nº 8.069/1990

2 - Declaração de Salamanca/1994

3 - Declaração de Jomtien/1990

a) objetiva promover transformações nos sistemas de ensino para assegurar o acesso e a


permanência de todos na escola.

b) afirma que os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede
regular de ensino.

c) proclama que as escolas comuns representam o meio mais eficaz para combater as atitudes
discriminatórias.

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A 1-a; 2-b; 3-c.

B 1-b; 2-c; 3-a.

C 1-c; 2-a; 3-b.

D 1-d; 2-b; 3-a.

E 1-b; 2-a; 3-c.

Comentários:

A alternativa B traz a sequência correta e é o gabarito da questão. Lembre-se de que:

A Declaração de Jomtiem (1990) é a Declaração Mundial de Educação para Todos e tinha por
objetivo promover transformações nos sistemas de ensino para assegurar o acesso e a
permanência de todos na escola e garantir escolarização para todos.

A Declaração de Salamanca, ligada à Conferência Mundial de Educação Especial, versando


especificamente sobre EE, proclamou que escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva
constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades
acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos.

E a Lei nº 8.069/90, Estatuto da Criança e do adolescente, no artigo 55 é que preconiza que “os
pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de
ensino”.

22. (FUNCERN-2019) Em 1994, a Declaração de Salamanca proclamou que as escolas regulares


com orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes
discriminatórias e que alunos com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à
escola regular, tendo como princípio orientador:

A as escolas devem acomodar todas as crianças, independentemente de suas condições físicas,


intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras.

B a educação especial integra a proposta pedagógica da escola regular, promovendo o


atendimento às necessidades educacionais especiais apenas de alunos com deficiências.

C as atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas


realizadas na sala de aula comum, sendo substitutivas à escolarização.

D as instituições de ensino devem organizar as condições de acesso aos espaços e os recursos


pedagógicos, promovendo a aprendizagem e a valorização das diferenças.

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Comentários:

A alternativa A está correta, pois é o princípio norteador para o acesso à escola regular, portanto
representa o gabarito da questão.

A alternativa B está incorreta. Segundo a Declaração “o termo "necessidades educacionais


especiais" refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades educacionais especiais
se originam em função de deficiências ou dificuldades de aprendizagem.”.

A alternativa C está incorreta, pois as atividades desenvolvidas no AEE não são substitutivas à
escolarização, tampouco representam o princípio norteador da Declaração de Salamanca.

A alternativa D está incorreta, pois os sistemas de ensino é que devem organizar as condições de
acesso aos espaços, aos recursos pedagógicos e à comunicação que favoreçam a promoção da
aprendizagem e a valorização das diferenças, de forma a atender as necessidades educacionais
de todos os estudantes, segundo a PNEEPEI.

23. AVANÇASP/2019- Segundo a Resolução CNE/CEB 4/2009, são atribuições do professor do


Atendimento Educacional Especializado, EXCETO:

A orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo


aluno.

B organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos multifuncionais.

C estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na


disponibilização de recursos de acessibilidade.

D ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos,
promovendo dependência.

E acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicas e de acessibilidade


na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola.

Comentários:

A alternativa A está correta, pois transcreve o inciso VI, do artigo 13.

A alternativa B está correta, pois transcreve o inciso III, do artigo 13.

A alternativa C está correta, pois transcreve o inciso IV, do artigo 13.

A alternativa D está incorreta, pois o inciso VII, do artigo 13 prevê como atribuições do professor
do AEE: “VII - ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos
alunos, promovendo autonomia e participação” e não a dependência como sugere a alternativa.

A alternativa E está correta, pois transcreve o inciso VII, do artigo 13.


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24. (FUNDATEC-2019) Em relação ao professor do AEE, é INCORRETO afirmar que:

A O seu objetivo é oferecer suporte à educação para o aluno que apresenta necessidades
educacionais especiais.

B O atendimento educacional realizado na Sala de Recursos Multifuncionais é fundamental para


garantir a participação e a aprendizagem do aluno público-alvo da educação especial na classe
comum, assim como nas atividades desenvolvidas na escola.

C Deve orientar o professor da classe regular no emprego de estratégias e/ou recursos


diferenciados para suprir as necessidades educacionais dos alunos com deficiência, transtorno
global de desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

D Deve realizar o atendimento na Sala de Recursos Multifuncionais em horário contrário ao da


classe regular.

E Deve realizar o ensino na Sala de Recursos Multifuncionais de forma homogênea, ou seja, com
a elaboração de um plano de trabalho único para o grupo de alunos com necessidades especiais.

Comentários:

Todas as alternativas versam sobre a atuação do professor de AEE, sobre dar suporte, AEE em
SRM em horário contrário, acompanhamento e parceria com professor da classe regular. Exceto a
alternativa E que está incorreta e representa o gabarito, pois contraria a norma ao sugerir
elaboração de plano de trabalho único para o grupo de alunos com necessidades especiais. As
atribuições do professor de AEE, dispostas no inciso I, do artigo 13 são: “I – identificar, elaborar,
produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando
as necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação Especial.”.

25. (VUNESP-2019) O Atendimento Educacional Especializado (AEE) tem como função


complementar ou suplementar a formação do aluno por meio da disponibilização de serviços,
recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação
na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem (Artigo 2º, Resolução CNE/CEB nº
4/2009). Segundo o artigo 9º da referida Resolução, a elaboração e a execução do plano de
AEE são de competência:

A dos diretores das escolas que oferecem o AEE em colaboração com os coordenadores
pedagógicos, com os professores das salas multifuncionais e com profissionais da saúde que
demonstrem habilitação e formação para lidar com pessoas portadores de deficiências variadas.

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B do psicopedagogo responsável pela orientação dos professores nas salas de recursos


multifuncionais, ouvidos sempre os professores das classes regulares, bem como os familiares dos
alunos com deficiências que participam do programa de AEE.

C dos professores das classes de ensino regular, ouvidos sempre os coordenadores pedagógicos,
a direção da escola, os professores que atuam nas salas de recursos multifuncionais, bem como os
pais ou responsáveis dos alunos que participam do AEE.

D dos professores que atuam na sala de recursos multifuncionais ou centros de AEE, em


articulação com os demais professores do ensino regular, com a participação das famílias e em
interface com os demais serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros necessários
ao atendimento.

E dos coordenadores pedagógicos, com apoio de psicólogos, assistentes sociais e pedagogos


sociais que apresentem experiência no atendimento educacional de alunos portadores de
necessidades educacionais especiais e suas famílias.

Comentários:

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois transcreve o Art. 9º da referida


Resolução.

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LISTA DE QUESTÕES

1. (QUADRIX – 2018) As diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica


afirmam que o atendimento escolar desses alunos terá início na educação infantil. Com relação
a esse assunto, julgue o item subsequente.

As diretrizes da educação especial, em função de suas especificidades, restringem‐se a algumas


etapas e modalidades da educação básica.

C CERTO

E ERRADO

2. (CONSULPLAN-2019) De acordo com o Art. 8º, inciso IV, da Resolução CNE/CEB nº 2 de 2001,
as escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na organização de suas classes
comuns serviços de apoio pedagógico especializado, realizado, nas classes comuns, mediante:

I. Atuação colaborativa de professor especializado em educação especial.

II. Atuação de professores-intérpretes das linguagens e códigos aplicáveis.

III. Atuação de professores e outros profissionais itinerantes intra e inter institucionalmente.

IV. Disponibilização de outros apoios necessários à aprendizagem, à locomoção e à comunicação.

V. Avaliação pedagógica no processo de ensino da aprendizagem para identificar o nível de


aprendizagem.

Estão corretas apenas as premissas

A I e II.

B II, III e V.

C II, III e IV.

D I, II, III e IV.

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3. (FADESP-2018) A Resolução n° 2/2001, da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional


de Educação, que institui diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica,
determina que as escolas da rede regular de ensino devem prever e prover, na organização de
suas classes comuns, serviços de apoio pedagógico especializado mediante

A atuação semestral de professor com pós-graduação em educação especial ou área afim.

B presença, em pelo menos um dia por mês, de professores-intérpretes das linguagens aplicáveis.

C atuação de professores e outros profissionais itinerantes intra e interinstitucionalmente.

D apoio financeiro para a contratação de profissionais para aulas de reforço.

4. (COTEC-2015) As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial na Educação


Básica, Resolução CNE/CEB n.º 02/ 2001, estabelece, EXCETO

A O atendimento escolar dos alunos que apresentem necessidades educacionais especiais terá
início na Educação Infantil, nas creches e pré-escolas, assegurando-lhes os serviços de educação
especial sempre que se evidencie, mediante avaliação e interação com a família e a comunidade,
a necessidade de atendimento educacional especializado.

B Os alunos com altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve


a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes não são considerados alunos que
apresentem necessidades educacionais especiais.

C Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizarem-se


para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as
condições necessárias para uma educação de qualidade para todos.

D Os sistemas de ensino devem constituir e fazer funcionar um setor responsável pela educação
especial, dotado de recursos humanos, materiais e financeiros que viabilizem e deem sustentação
ao processo de construção da educação inclusiva.

5. (CESPE/CEBRASPE-2018) Com relação aos fundamentos da educação especial na perspectiva


inclusiva, julgue o item a seguir.

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Conforme a Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, a


educação especial é uma modalidade presencial de ensino que se inicia no ensino fundamental e
se encerra no ensino médio.

C Certo.

E Errado.

6. (METROCAPITAL/2019) Segundo o teor da Política de Educação Especial na Perspectiva da


Educação Inclusiva (2008), a educação especial é considerada:

A etapa.

B modalidade.

C serviço de atendimento.

D atendimento educacional secundário.

E parcela do conhecimento.

7. (CETREDE-2019) A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação


Inclusiva (2008) tem como objetivo:

A assegurar a profissionalização de pessoas com deficiência.

B orientar os sistemas de ensino para garantir acesso ao ensino especial, com participação,
aprendizagem e continuidade nos níveis iniciais do ensino.

C garantir a transversalidade da modalidade de educação regular da educação infantil até o Ensino


Fundamental.

D formar professores para o ensino regular.

E assegurar a acessibilidade arquitetônica nos transportes, nos mobiliários, nas comunicações e


informação para alunos, público alvo da educação especial.

8. (IDHTEC-2019) Nos espaços ou salas de atendimento educacional especializado, as atividades


e práticas realizadas

I. Diferenciam-se das atividades realizadas nas salas de aula comum

II. Substituem a escolarização dos estudantes

III. Completam e/ou suplementam a formação dos estudantes para a autonomia e independência

IV. Articulam-se a proposta pedagógica do ensino comum

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V. Tem início com serviços de estimulação precoce a partir dos 4 anos de idade

ESTÃO CORRETAS:

A Todas

B I e II

C I, III, IV

D III, IV, V

E I, II, V

9. FAUEL/2018- A política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva


determina, como seu público-alvo:

A Todos os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem na escola.

B Alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/


superdotação.

C Crianças com ou sem deficiência que apresentem dificuldades de aprendizagem.

D Todos os alunos da escola, independente das dificuldades apresentadas.

10. (IDHTEC-2019) Nos espaços ou salas de atendimento educacional especializado, as atividades


e práticas realizadas

I. Diferenciam-se das atividades realizadas nas salas de aula comum

II. Substituem a escolarização dos estudantes

III. Completam e/ou suplementam a formação dos estudantes para a autonomia e independência

IV. Articulam-se a proposta pedagógica do ensino comum

V. Tem início com serviços de estimulação precoce a partir dos 4 anos de idade

ESTÃO CORRETAS:

A Todas

B I e II

C I, III, IV

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D III, IV, V

E I, II, V

LDB

11. (VUNESP-2018) Nos termos do que dispõe a Lei Federal nº 9.394/96, assinale a alternativa
correta a respeito da educação especial.

A O atendimento educacional será feito por meio da integração do aluno especial nas classes
comuns de ensino regular, devendo ser evitados classes, escolas ou serviços específicos em função
de condições especiais dos alunos.

B Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das


instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação
==16a82f==

especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público.

C Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do


desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, acesso preferencial aos benefícios dos
programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.

D O poder público não poderá instituir cadastro ou lista de alunos com altas habilidades ou
superdotação matriculados na educação básica ou na educação superior, a fim de evitar
discriminação dos alunos especiais.

E A oferta de educação especial, nos termos da Lei, tem início na educação infantil e se limitará
ao atendimento dos alunos ao término do último ano do ensino médio.

12. (IBADE-2018) De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº
9.396/2006), o público da educação especial são educandos que apresentam:

A deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

B deficiência e transtornos globais do desenvolvimento.

C deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.

D deficiências múltiplas e superdotação.

E superdotação, deficiências físicas e transtornos globais do desenvolvimento.

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13. (FAEPESUL-2018) O artigo 58º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional define
Educação Especial como:

A Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar,
oferecida preferencialmente na rede especial de ensino, para educandos portadores de
necessidades especiais.

B Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação
parental, oferecida exclusivamente na rede regular de ensino, para educandos portadores de
necessidades especiais.

C Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar,
oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de
necessidades especiais.

D Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar,
oferecida exclusivamente na rede privada de ensino, para educandos portadores de necessidades
especiais.

E Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar,
oferecida obrigatoriamente na rede regular de ensino, para educandos portadores de
necessidades especiais.

14. (FCC-2018) De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional − LDB (Lei no
9.394/1996), o dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado mediante
determinadas garantias, entre elas, o atendimento educacional especializado gratuito aos
educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente

A na rede de fundações especializadas.

B nas instituições filantrópicas.

C nas classes especiais.

D na rede regular de ensino.

E nos espaços educativos comunitários.

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15. IBFC/2019 - A Lei nº 13.146/2015 institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
(Estatuto da Pessoa com Deficiência) é destinada a assegurar e a promover, em condições de
igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência,
visando à sua inclusão social e cidadania. Sobre como esta Lei em seu artigo 2º entende a
pessoa com deficiência, assinale a alternativa correta.

A É considerada pessoa com deficiência aquela que tem impedimento em curto, médio e longo
prazo de natureza físico-motora, visual e auditiva que a impeçam de interagir com outras pessoas
dignamente

B Uma pessoa com deficiência é aquela que reconhecidamente, por diagnóstico clínico, for
constatada com algum tipo de impedimento interativo de qualquer tipo ou origem

C Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza
física, mental, intelectual ou sensorial o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas

D A pessoa com deficiência concebida por esta Lei é concebida por toda e qualquer pessoa que
exija quaisquer tipos de cuidados e necessidades especiais em seu processo de socialização

16. (FUNCERN-2018) A Lei nº. 13.146/ 2015 é conhecida como o Estatuto da Pessoa com
Deficiência, representa um dos marcos na luta por políticas públicas que defendem a igualdade
e o exercício da cidadania. Em seu Artigo 27, encontra-se a defesa pelo direito à educação.
Sendo assim, conforme esta Lei, é correto afirmar:

A É dever, apenas, do Estado, da família, dos movimentos sociais assegurar educação de


qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência
e discriminação, quando estas se encontrarem em perigo.

B A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional


inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo
desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais,
segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.

C A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional


inclusivo em parte dos níveis e aprendizado da educação básica, de forma a alcançar o máximo
desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais,
segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.

D Para efeito do direito à educação, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem
impedimento de curto prazo de natureza mental, intelectual e de longo prazo, as de natureza física
ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena
e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

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17. (FGV-2019) Relacione os critérios de aplicação do Estatuto da Pessoa com Deficiência, listadas
a seguir, às suas respectivas definições.

1. Acessibilidade

2. Desenho universal

3. Tecnologia assistiva

( ) Condição de utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos


urbanos e transportes, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

( ) Concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas,
sem necessidade de adaptação ou de projeto específico.

( ) Equipamentos, estratégias e serviços relacionados à atividade e à participação da pessoa com


deficiência ou com mobilidade reduzida.

Assinale a opção que apresenta a relação correta, segundo a ordem apresentada.

A 1, 3 e 2.

B 1, 2 e 3.

C 2, 3 e 1.

D 2, 1 e 3.

E 3, 2 e 1.

18. (OBJETIVA-2018) Segundo a Lei nº 13.146/2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência,


assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma
de violência, negligência e discriminação, é dever:

A Principalmente da família e, quando necessário, do Estado e da comunidade escolar.

B Exclusivamente do Estado e da família.

C Da família, da sociedade e da comunidade escolar. O Estado é isento dessa obrigação.

D Do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade.

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19. (VUNESP-2016)A respeito da Lei Federal nº 12.764/2012, que institui a Política Nacional de
Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, cabe asseverar que

A a pessoa com transtorno do espectro autista não será submetida a tratamento desumano
ou degradante, não será privada de sua liberdade ou do convívio familiar nem sofrerá
discriminação por motivo da deficiência.

B à pessoa com transtorno do espectro autista preexistente poderá ser negada a


participação em planos privados de assistência à saúde, garantido, porém, o amplo e
irrestrito acesso a qualquer unidade de saúde da rede pública.

C o gestor escolar, ou autoridade competente, que recusar a matrícula de aluno com


transtorno do espectro autista, ou qualquer outro tipo de deficiência, será punido com
multa de 2 (dois) a 20 (vinte) salários-mínimos.

D a pessoa com transtorno do espectro autista, incluída nas classes comuns de ensino
regular, terá direito a acompanhante especializado.

E para cumprimento das diretrizes da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa
com Transtorno do Espectro Autista, o poder público poderá firmar convênio com pessoas
jurídicas de direito privado, desde que de caráter associativo.

20. (ACAFE-2015) A Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do
Espectro Autista foi instituída pela Lei Federal nº 12.764/12 que define alguns direitos para as
pessoas que apresentam esse transtorno. Nesse sentido é correto afirmar, exceto:

A A pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular não
terá em hipótese algum direito a acompanhante especializado.

B A pessoa com transtorno do espectro autista não será submetida a tratamento desumano ou
degradante, não será privada de sua liberdade ou do convívio familiar nem sofrerá discriminação
por motivo da deficiência

C A pessoa com transtorno do espectro autista terá direito ao acesso à educação e ao ensino
profissionalizante, à moradia, inclusive à residência protegida, ao mercado de trabalho, à
previdência social e à assistência social.

D A pessoa com transtorno do espectro autista não será impedida de participar de planos privados
de assistência à saúde em razão de sua condição de pessoa com deficiência.

E A pessoa com transtorno do espectro autista terá direito a vida digna, a integridade física e
moral, ao livre desenvolvimento da personalidade, a segurança e ao lazer

21. (VUNESP/2019) Relacione os documentos legais (1; 2; 3) aos seus dispositivos (a; b; c)
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1 - ECA, Lei nº 8.069/1990

2 - Declaração de Salamanca/1994

3 - Declaração de Jomtien/1990

a) objetiva promover transformações nos sistemas de ensino para assegurar o acesso e a


permanência de todos na escola.

b) afirma que os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede
regular de ensino.

c) proclama que as escolas comuns representam o meio mais eficaz para combater as atitudes
discriminatórias.

A 1-a; 2-b; 3-c.

B 1-b; 2-c; 3-a.

C 1-c; 2-a; 3-b.

D 1-d; 2-b; 3-a.

E 1-b; 2-a; 3-c.

22. (FUNCERN-2019) Em 1994, a Declaração de Salamanca proclamou que as escolas regulares


com orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes
discriminatórias e que alunos com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à
escola regular, tendo como princípio orientador:

CORRETA A as escolas devem acomodar todas as crianças, independentemente de suas


condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras.

B a educação especial integra a proposta pedagógica da escola regular, promovendo o


atendimento às necessidades educacionais especiais apenas de alunos com deficiências.

C as atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas


realizadas na sala de aula comum, sendo substitutivas à escolarização.

D as instituições de ensino devem organizar as condições de acesso aos espaços e os recursos


pedagógicos, promovendo a aprendizagem e a valorização das diferenças.

23. AVANÇASP/2019- CNE/CEB 4/2009, são atribuições do professor do Atendimento


Educacional Especializado, EXCETO:

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A orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo


aluno.

B organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos multifuncionais.

C estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na


disponibilização de recursos de acessibilidade.

D ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos,
promovendo dependência.

E acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicas e de acessibilidade


na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola.

24. (FUNDATEC-2019) Em relação ao professor do AEE, é INCORRETO afirmar que:

A O seu objetivo é oferecer suporte à educação para o aluno que apresenta necessidades
educacionais especiais.

B O atendimento educacional realizado na Sala de Recursos Multifuncionais é fundamental para


garantir a participação e a aprendizagem do aluno público-alvo da educação especial na classe
comum, assim como nas atividades desenvolvidas na escola.

C Deve orientar o professor da classe regular no emprego de estratégias e/ou recursos


diferenciados para suprir as necessidades educacionais dos alunos com deficiência, transtorno
global de desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

D Deve realizar o atendimento na Sala de Recursos Multifuncionais em horário contrário ao da


classe regular.

E Deve realizar o ensino na Sala de Recursos Multifuncionais de forma homogênea, ou seja, com
a elaboração de um plano de trabalho único para o grupo de alunos com necessidades especiais.

25. (VUNESP-2019) O Atendimento Educacional Especializado (AEE) tem como função


complementar ou suplementar a formação do aluno por meio da disponibilização de serviços,
recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação
na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem (Artigo 2º, Resolução CNE/CEB nº
4/2009). Segundo o artigo 9º da referida Resolução, a elaboração e a execução do plano de
AEE são de competência:

A dos diretores das escolas que oferecem o AEE em colaboração com os coordenadores
pedagógicos, com os professores das salas multifuncionais e com profissionais da saúde que
demonstrem habilitação e formação para lidar com pessoas portadores de deficiências variadas.

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B do psicopedagogo responsável pela orientação dos professores nas salas de recursos


multifuncionais, ouvidos sempre os professores das classes regulares, bem como os familiares dos
alunos com deficiências que participam do programa de AEE.

C dos professores das classes de ensino regular, ouvidos sempre os coordenadores pedagógicos,
a direção da escola, os professores que atuam nas salas de recursos multifuncionais, bem como os
pais ou responsáveis dos alunos que participam do AEE.

D dos professores que atuam na sala de recursos multifuncionais ou centros de AEE, em


articulação com os demais professores do ensino regular, com a participação das famílias e em
interface com os demais serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros necessários
ao atendimento.

E dos coordenadores pedagógicos, com apoio de psicólogos, assistentes sociais e pedagogos


sociais que apresentem experiência no atendimento educacional de alunos portadores de
necessidades educacionais especiais e suas famílias.

GABARITO

1. ERRADA 10. A 19. A


2. D 11. B 20. A
3. C 12. A 21. B
4. B 13. C 22. A
5. ERRADA 14. D 23. D
6. B 15. C 24. E
7. E 16. B 25. D
8. C 17. B
9. B 18. D

RESUMO
➢ Educação especial (EE) é uma das modalidades da educação escolar direcionada a
educandos com alguma necessidade especial.
➢ EE se inicia na EI e se estende ao longo da vida, devendo ser ofertada preferencialmente na
rede regular de ensino.
➢ EE não se refere a atendimento paralelo à educação comum.
➢ Público-alvo: PcD, TGD, TEA, AH/SD.

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➢ EE está prevista na LDB para ser ofertada ao longo da vida.


➢ A Res. CNE/CEB Nº 2/2001, normatiza a EE na educação básica.
➢ AEE deve ser assegurado sempre que restar evidenciada a necessidade.
➢ Deve estar prevista na PP da instituição de ensino.
➢ Atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre
que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas
classes comuns de ensino regular.
➢ As políticas públicas educacionais voltadas à inclusão, proporcionaram aumento nas
matrículas e, consequentemente, no atendimento aos educandos com necessidades
educacionais especiais.
➢ Alunos com deficiência: têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, que em interação com diversas barreiras podem ter restringida sua
participação plena e efetiva na escola e na sociedade.
➢ Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: apresentam alterações qualitativas das
interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades
restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes
do espectro do autismo e psicose infantil.
➢ Alunos com altas habilidades/superdotação: demonstram potencial elevado em qualquer
uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança,
psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento
na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse.
➢ Professores capacitados são professores da classe comum que tiveram conteúdos sobre
educação especial em sua formação de nível médio ou superior.
➢ Professores especializados são professores da educação especial que desenvolveram
competências para identificar as necessidades educacionais especiais. E assistem o professor
de classe comum.
➢ EE é uma modalidade que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades.
➢ AEE conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados
institucional e continuamente, prestado. Com serviços, recursos e orientações para que os
alunos possam participar, de fato!
➢ As atividades desenvolvidas no AEE são diferentes das que acontecem na sala de aula
comum, mas não são substitutivas. São complementares ou suplementares e visam à
autonomia do aluno. deve acontecer PRIORITARIAMENTE em salas de recursos
multifuncionais (SRM).
➢ Salas de Recursos Multifuncionais são espaços que contêm mobiliário, materiais didáticos,
recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos para atendimentos
dos alunos público-alvo do AEE.
➢ A inclusão escolar se inicia na Educação Infantil: ludicidade e estímulos
➢ Intervenção precoce: Do nascimento até os 03 anos.
➢ AEE é oferta obrigatória: deve apoiar o desenvolvimento dos alunos, em todas as etapas e
modalidades da EDUCAÇÃO BÁSICA, no turno inverso da classe comum, na escola ou centro
especializado.

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➢ EJA e Educação Profissional: EE possibilita ampliar oportunidades de escolarização, mundo


do trabalho e participação social.
➢ Na educação indígena, campo e quilombola: AEE deve considerar as diferenças
socioculturais.
➢ Na Educação Superior: para garantir a transversalidade da EE, deve haver planejamento e a
organização de recursos e serviços para a promoção do acesso, permanência e participação
dos alunos, inclusive nos processos seletivos e para pesquisa e extensão.
➢ Educação Bilíngue: para incluir alunos surdos na classe comum, com ensino escolar em Libras
e língua portuguesa. AEE ofertado, tanto na modalidade oral e escrita, quanto na língua de
sinais.
➢ Organização da EE na perspectiva inclusiva: cabe aos sistemas de ensino disponibilizar
instrutor, tradutor, intérprete, monitor, cuidador aos alunos com necessidade de apoio nas
atividades de higiene, alimentação, locomoção, entre outras que exijam auxílio constante no
cotidiano escolar.
➢ Professor para atuar na EE: deve ter formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais
para o exercício da docência e conhecimentos específicos da área.
➢ Atuação no AEE: a formação deve aprofundar o caráter interativo e interdisciplinar para
oferta dos serviços e recursos da EE, nos diversos ambientes.
➢ Acessibilidade não se refere apenas a aspectos físicos ou arquitetônicos: uso de linguagens
e códigos, como Libras e Braille que promovem acessibilidade aos conteúdos curriculares,
por exemplo.
➢ PNE, Lei nº 13.005/2014: a meta 4 prevê universalização de acesso à educação básica e ao
AEE para PcD, TGD, AH/SD.
➢ Pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física,
mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas.
➢ Acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e
autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes,
informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, [...]
➢ Desenho universal: concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados
por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os
recursos de TA.
➢ Tecnologia Assistiva: ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, recursos,
metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade,
relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade
reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social;
➢ Barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a
participação social da pessoa [...], classificadas em: urbanísticas, arquitetônicas, nos
transportes, nas comunicações e na informação, tecnológicas e atitudinais.

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preferência pela Serviços de apoio


É uma PCD, TGD, AH e
rede regular de especializados para
modalidade. superdotados.
ensino. peculiaridades.

Classe, escola e Organização;


serviço Oferta se inicia na Terminalidade Cadastro nacional
especializados se EI e se estende ao específica; para AH ou
não for possível longo da vida. Professores; Trabalho; superdotados.
integração. Programas sociais.

➢ A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência: estabelece que seja assegurado
um sistema de educação inclusiva em todos os níveis para pessoas com deficiências, em todas
as etapas e aprendizado ao longo da vida.
➢ Declaração de Jomtien: Declaração Mundial de Educação para Todos relembra que "a
educação é um direito fundamental de todos, mulheres e homens, de todas as idades, no
mundo inteiro e traz definições sobre a educação e aprendizagem num contexto mais amplo.”
➢ Declaração de Salamanca: Estrutura ações para EE, com destaque para a Educação Inclusiva.
Prevê ações para garantir acesso, acomodação às crianças com necessidades educacionais
especiais, seja por deficiência ou por dificuldade de aprendizagem.
➢ Convenção da Guatemala: compromissos assumidos pelos Estados Partes, destacamos a
adoção de medidas que visam eliminar progressivamente a discriminação contra as PCD e
proporcionar sua plena integração à sociedade, com campanhas de sensibilização da população
e eliminação de obstáculos arquitetônicos, por exemplo.
➢ Língua Brasileira de Sinais, Libras: meio legal de comunicação e expressão, em que o sistema
linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema
linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do
Brasil.
➢ Sistema Braille: sistema de leitura e escrita utilizado por pessoas com deficiência visual, cegas
ou baixa visão. Trata-se de uma combinação em relevo de 1 a 6 pontos, organizados num
espaço denominado cela braile.
EDUCAÇÃO BILÍNGUE DE SURDOS – MODALIDADE
LIBRAS PORTUGUÊS ESCRITO
Primeira Língua Segunda Língua
PARA QUEM? ONDE?
educandos surdos, surdo-cegos, com deficiência
escolas bilíngues de surdos, classes
auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades
bilíngues de surdos, escolas comuns ou
ou superdotação ou com outras deficiências
em polos de educação bilíngue de surdos.
associadas, optantes pela modalidade.
• Se inicia ao zero ano, na Educação Infantil e se estenda ao longo da vida.

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