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A FORMAÇÃO E E
ATUAÇÃO
ATUAÇÃO DO DO
PROFISSIONAL
PROFISSIONAL PARA OPARA O
ENSINOENSINO NA EDUCAÇÃO
NA EDUCAÇÃO
ESPECIAL
ESPECIAL
Sumário
APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 4
1. INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS ACERCA DA FORMAÇÃO DO
PROFISSIONAL PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL: saberes, competências e
atitudes ............................................................................................................... 6
DIMENSÃO DOS SABERES .......................................................................... 9
DIMENSÃO DAS COMPETÊNCIAS ............................................................. 10
DIMENSÃO DAS ATITUDES ........................................................................ 11
2. A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA:
LEGISLAÇÃO, DIRETRIZES POLÍTICAS E RESULTADOS DE PESQUISAS 14
3. FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA EDUCAÇÃO INCLUSIVA:
POLÍTICAS PÚBLICAS, DISCURSOS E PRÁTICAS ...................................... 26
INTRODUÇÃO .............................................................................................. 26
O DIREITO DE TODOS À EDUCAÇÃO: GARANTIA À DIVERSIDADE....... 27
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO
INCLUSIVA: alguns apontamentos ............................................................... 28
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................... 31
RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................. 32
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 35
4. A FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA O AEE COM RECURSOS
EDUCACIONAIS ESPECIAIS .......................................................................... 37
5. A FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA O USO DA SALA DE RECURSOS
MULTIFUNCIONAIS ........................................................................................ 56
6. POLÍTICAS PARA A INCLUSÃO: estudo realizado em uma escola estadual
de Belo Horizonte ............................................................................................. 59
Introdução ..................................................................................................... 59
Educação inclusiva e a formação de professores ......................................... 60
Metodologia .................................................................................................. 67
Caracterização da pesquisa ...................................................................... 68
Caracterização do local da pesquisa ......................................................... 68
Procedimentos de coleta dos dados .......................................................... 68
Caracterização das participantes ............................................................... 68
Resultados e discussão ................................................................................ 69
Apresentação das oito categorias identificadas nas falas das docentes ... 69
Diretora da DESP (Diretoria de Educação Especial) ................................. 73
Depoimento da diretora da escola ......................................................... 73
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APRESENTAÇÃO
Atenciosamente,
Coordenação Pedagógica do Instituto IBE
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especial, o professor deve ter como base da sua formação, inicial e continuada,
conhecimentos gerais para o exercício da docência e conhecimentos
específicos da área. Essa formação possibilita a sua atuação no atendimento
educacional especializado e deve aprofundar o caráter interativo e
interdisciplinar da atuação nas salas comuns do ensino regular, nas salas de
recursos, nos centros de atendimento educacional especializado, nos núcleos
de acessibilidade das instituições de educação superior, nas classes
hospitalares e nos ambientes domiciliares, para a oferta dos serviços e
recursos de educação especial.
Esta formação deve contemplar também, conhecimentos de gestão de
sistema educacional inclusivo, tendo em vista o desenvolvimento de projetos
em parceria com outras áreas, visando à acessibilidade arquitetônica, os
atendimentos de saúde, a promoção de ações de assistência social, trabalho e
justiça (BRASIL, 2008).
Percebe-se que a formação docente é um dos vieses de grande
interesse quando se trata de política de educação especial e inclusiva.
Nesse sentido, de acordo com o PNE (2010),
3
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=437-
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sucesso para o aluno, evidencia uma visão do professor que mais realça as
dificuldades do aluno do que as suas potencialidades.
Para desenvolver expectativas positivas, é essencial que o professor
conheça múltiplas formas de eliminar e contornar dificuldades e barreiras e que
possa, a partir deste trabalho, acreditar e fazer acreditar que o aluno é muito
mais do que as suas dificuldades e que existem variadas formas para se
chegar ao sucesso.
Conhecer casos de boas práticas, conhecer percursos pessoais para
além da idade escolar, conhecer, enfim, depoimentos de pessoas que
conseguiram construir vidas autônomas e úteis apesar de condições adversas,
são certamente fatores que influenciam a formação de atitudes. Claro que
quanto maior for a implicação e proximidade da pessoa com estes processos
bem sucedidos, mais sedimentada e convicta será a sua atitude positiva face à
possibilidade de sucesso de alunos com dificuldade.
De acordo com os documentos oficiais, a educação especial,
modalidade de educação escolar, é um processo educacional definido por uma
proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais,
organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em
alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a
educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos
educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todas as
etapas e modalidades da educação básica.
Ela não caminha sozinha, isolada, ao contrário, hoje é entendida como
inclusiva nos sistemas regulares de ensino, tendo como objetivo, não acabar
com as diferenças, mas mantê-las ativas para poderem ser rentabilizadas na
educação de todos os alunos. A anulação ou impermeabilização das diferenças
impede que os alunos se confrontem com outros pontos de vista e realidades e
por este motivo empobrece a qualidade da educação (RODRIGUES, 2008).
Fazendo uma síntese retrospectiva, vimos que a educação especial se
fundamenta em bases filosóficas, históricas, sociológicas, legislativas e
pedagógicas.
Há um artigo elaborado por Luiza Cortesão (pesquisadora e professora
portuguesa), “O arco-íris e o fio da navalha – problemas em face das
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Publicado pela revista Educar em Revista. Print version. ISSN 0104-4060. Online version. ISSN 1984-
0411. Educ. rev. no.33 Curitiba 2009. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-40602009000100010.
Autora: Márcia Denise Pletsch - Educadora Especial com habilitação em Educação Especial pela
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/Brasil). Mestrado e doutoramento em Educação pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ/Brasil). Atua como professora de Pedagogia do
Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
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Artigo 87 § 4.º - Até o fim da "Década da Educação" somente serão admitidos professores habilitados
em nível superior ou formados por treinamento em serviço.
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A pesquisa foi financiada pelo Banco Mundial, envolveu professores e alunos de graduação e pós-
graduação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), da Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro (PUC/RJ) e da Universidade Metodista de Piracicaba São Paulo. Disponível em:
<www.cnotinfor.pt/projectos/worldbank/inclusiva>.
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Conselho para Crianças Excepcionais (CEC) é uma organização internacional que tem como missão
melhorar, com base em pesquisas empíricas, as práticas educacionais com indivíduos com necessidades
especiais. Sua sede se localiza nos Estados Unidos.
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É uma modalidade de atendimento da Educação Especial que geralmente se dá num espaço destinado
ao trabalho com os alunos portadores de necessidades especiais [lê-se alunos com necessidades
educacionais especiais] incluídos em classes regulares, tendo como objetivo aprofundar conhecimentos
que contribuam para o seu desenvolvimento e aprendizagem, com a utilização de recursos específicos que
atendam às suas necessidades (IHA, 2001).
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INTRODUÇÃO
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Autores: VINENTE, Samuel; SILVA, Ketlen Júlia Lima da; SILVA, Ketlis Lima da.
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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
RESULTADOS E DISCUSSÕES
CONSIDERAÇÕES FINAIS
exemplo: para o cego, a possibilidade de ler pelo braile; para o surdo, a forma
mais conveniente de se comunicar e para a pessoa com deficiência física, o
modo mais adequado de se orientar e se locomover.
O Atendimento Educacional Especializado para as pessoas com
deficiência mental está centrado na dimensão subjetiva do processo de
conhecimento.
O conhecimento acadêmico refere-se à aprendizagem do conteúdo
curricular; o Atendimento Educacional Especializado, por sua vez, refere-se à
forma pela qual o aluno trata todo e qualquer conteúdo que lhe é apresentado e
como consegue significá-lo, ou seja, compreendê-lo.
É importante insistir que o Atendimento Educacional Especializado não
é ensino particular, nem reforço escolar. Ele pode ser realizado em grupos,
porém é preciso atentar-se para as formas específicas de cada aluno se
relacionar com o saber (BRASIL, 2007).
Não é indicado realizá-lo em grupos formados por alunos com o
mesmo tipo de problema (patologias) e/ou desenvolvimento. Pelo contrário,
esses grupos devem ser constituídos de alunos da mesma faixa etária e em
vários níveis do processo de conhecimento.
Alunos com síndrome de Down, por exemplo, poderão compartilhar
esse atendimento com colegas, com outras síndromes, sequelas de paralisia
cerebral e ainda outros com ou sem uma causa orgânica esclarecida de sua
deficiência e com diferentes possibilidades de acesso ao conhecimento
(BRASIL, 2007).
No caso da deficiência física, para que o educando com deficiência
física possa acessar ao conhecimento escolar e interagir com o ambiente ao
qual ele frequenta, faz-se necessário criar as condições adequadas à sua
locomoção, comunicação, conforto e segurança. É o Atendimento Educacional
Especializado, ministrado preferencialmente nas escolas do ensino regular, que
deverá realizar uma seleção de recursos e técnicas adequados a cada tipo de
comprometimento para o desempenho das atividades escolares. O objetivo é
que o aluno tenha um atendimento especializado capaz de melhorar a sua
comunicação e a sua mobilidade.
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1 – Uso de CAA
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2 – Materiais didático-pedagógicos
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3 – Recursos de informática
Introdução
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Publicado pela revista Educar em Revista. Versão impressa. ISSN 0104-4060. Educ. rev. no.42
Curitiba out./dez. 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-40602011000500016. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602011000500016&lng=pt&nr
m=iso>. Acesso em: 20 nov. 2016.
Autoras: Maria Auxiliadora Monteiro Oliveira - Doutora em Educação pela Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP). Pós-Doutora em Educação pela Universidade do Porto e pela UNICAMP.
Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais (PUC/MG). Brasil.
Sandra Freitas de Souza - Mestre em Educação pela Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG).
Supervisora Pedagógica da Escola Estadual Pestalozzi e Professora Universitária da Faculdade Pitágoras
e da Universidade Presidente Antônio Carlos, Brasil.
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Assim, esses incisos apregoam ser necessário assegurar: currículos, métodos, técnicas, recursos
educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades; terminalidade específica para os
que não puderam atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas
deficiências; professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento
especializado, bem como professores do ensino "regular" capacitados para promover a integração em
classes comuns.
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Constata-se que é habitual, inclusive, em documentos normativos, ser utilizada a terminologia "escola
regular". Entretanto, segundo informação dada em palestra, pelo professor Carlos Roberto Jamil Cury,
deve-se utilizar a terminologia "escola comum", pois "escola regular" parte do pressuposto de que as
outras escolas, como, por exemplo, a escola especial, seriam irregulares.
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Metodologia
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Caracterização da pesquisa
Resultados e discussão
Apoio da SEE
Considerações finais
As autoras deste trabalho são favoráveis à inclusão, desde que ela não
se constitua como uma "inclusão-excludente". O modo como vem se
processando a inclusão em diversas escolas pode levar essas pesquisadoras a
"engrossarem o coro" dos que consideram a racionalidade financeira como
pressuposto básico das políticas públicas de inclusão.
Finalmente, como este artigo dá ênfase à formação do professor para a
educação inclusiva, considera-se que essa capacitação é importante, pois o
docente tem um papel fundamental na promoção de uma real mudança na
escola comum e inclusiva.
Para Michels (2006), se o professor não for capacitado e se não forem
disponibilizados recursos educacionais e infraestruturais, o discurso da
inclusão e a necessária aceitação das diferenças não se consolidam, ou seja, a
"narrativa" do respeito às diferenças pode instaurar uma "educação diferente",
mas não adequada aos mencionados alunos, compensando, apenas, as
diferenças sociais e reduzindo os custos.
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Introdução
15
Publicado pela revista Psicologia & Sociedade. Versão Online. ISSN 1807-0310. Psicol. Soc. vol.27
no.1 Belo Horizonte jan./abr. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/1807-03102015v27n1p211. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822015000100211&lng=pt&nrm
=iso>. Acesso em: 20 nov. 2016.
Autoras: Maria Nivalda de Carvalho-Freitas. Professora Adjunta do Departamento e do Mestrado de
Psicologia. Psicologia Social e do Trabalho. Andrea Carmen Guimarães. Professora Adjunta do
Departamento de Educação Física. Educação Física Adaptada. Giselle Barreto Diniz Rocha. Licenciada
em Educação Física. Universidade Federal de São João del-Rei. Jéssica Faria Souto. Bolsista de
Iniciação Científica. Curso de Psicologia. Larissa Medeiros Marinho dos Santos. Professora Adjunta
do Departamento e do Mestrado de Psicologia. Psicologia da Educação. Universidade Federal de São
João del Rei (UFSJ), Minas Gerais-Brasil.
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Sempre mantemos a formatação original da publicação.
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Avramidis & Norwich, 2002; Glat et al., 2007; Glat & Plestsch, 2010; Melo & Ferreira, 2009; Melo & Martins, 2007;
Método
Participantes
Procedimentos de análise
Resultados e discussão
Allport (1954) já afirmava que o contato social com pessoas com deficiência
poderia promover visões mais positivas dessas pessoas, minimizando as
atitudes negativas, sobretudo se acompanhado de status igual, cooperação,
sanção da comunidade perante as atitudes negativas e maior proximidade com
elas.
Ishige e Hayashi (2005) enfatizaram que a qualidade e a quantidade de contato
com pessoas com deficiência têm impacto na atitude frente a tais pessoas. A
possibilidade de contato prévio e a qualidade desse contato são fatores que as
pesquisas identificam como tendo influência no desenvolvimento de atitudes
mais favoráveis em relação às pessoas com deficiência. Também Omote e Pereira
Júnior (2011) verificaram que professores que tinham alguma experiência docente
prévia com alunos com deficiência possuiam uma atitude social
significativamente mais favorável à inclusão que os demais professores.
A falta de oportunidade de convivência com as referidas pessoas
explicita o que Hughes (2012) denomina de expressão de um processo civilizatório,
em que a sociedade tende a manter as pessoas com deficiência em espaços
segregados ou a tentar torná-las as mais idênticas possíveis às pessoas sem
deficiência. Tal segregação transforma o contato inicial com as pessoas com
deficiência em um processo permeado de insegurança e ansiedade frente a
uma realidade desconhecida, sublinhando a origem social desses processos.
Pichón-Rivière (1988) afirma que, diante de uma realidade desconhecida, é comum a
sensação de desestruturação, a ansiedade, a confusão e a incerteza. Segundo
Hughes (2012), o medo, na presença da deficiência, é, em parte, medo da
precariedade própria do ser humano e de sua vulnerabilidade perante a vida, e
implica ameaça. Conforme o mencionado pesquisador, a sociedade é a
responsável por esse sentimento, pois coloca a deficiência fora dos olhos e
fora dos pensamentos das pessoas quando as segrega em espaços
separados.
Cardoso, Lam e Miller (2004), novas experiências e encontros podem evocar ansiedade
e influenciar as pessoas a desenvolver mecanismos de defesa, como a evasão
e a racionalização, para minimizar os sentimentos, pensamentos e situações
que eles percebem como perigoso ou desconfortável. Essas reações na
interação de pessoas com e sem deficiência podem, conforme tais
pesquisadores, prejudicar o processo de integração das pessoas com
deficiência.
Também a reflexão sobre a própria vida se faz presente no contato
inicial, sendo que 51,7% dos universitários relataram questões como: "Tenho
tido muita vontade de chorar. Estou me sentindo frágil. Às vezes, tenho
vontade de não fazer essa disciplina" (Aluna A).
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"Esse trabalho com alunos com deficiência me faz pensar sobre minha
própria vida. Eu tenho tantas possibilidades e, muitas vezes, não dou valor. A
gente evita pensar em coisas ruins, mas aqui não tem jeito, a gente vê que nós
estamos sujeitos a muitos problemas e dificuldades. Isso angustia muito."
(Aluna L)
A mobilização de emoções e sentimentos no contato com pessoas com
deficiência foi identificada por diversos pesquisadores, dentre eles: Rodrigues (2004),
Glat (1995) e Anjos, Andrade e Pereira (2009). Solomon, Greenberg e Pyszczynski (1991) afirmam que,
dependendo do contexto cultural, as pessoas com deficiência podem ser vistas
como ameaças à sua visão de mundo. Para os citados pesquisadores, as
pessoas que não se enquadram no padrão cultural ou de valores
compartilhados são vistas como ameaça e podem gerar ansiedade, sobretudo
se evocam a consciência da morte e da fragilidade humana.
Necessidade de mediação para lidar com a percepção de desequilíbrio
entre o conhecimento prévio e a avaliação da realidade de trabalho.
Embora a formação teórica tenha sido realizada, o contato dos
universitários com pessoas com deficiência em uma atividade de prática de
ensino intensificou a sensação de ausência de conhecimento que fosse capaz
de auxiliá-los a lidar com a nova realidade que se apresentava. As ações
requeridas exigiam que conseguissem articular o que conheciam teoricamente
com uma realidade que desconheciam.
O sentimento de medo, ligado em especial às dificuldades de não
saber como agir, como colocar limites e de ter dúvidas se efetivamente
poderiam contribuir com essas pessoas, apareceu em 62,1% dos alunos do
primeiro semestre e em 51,7% entre os do segundo semestre. Algumas falas:
"Resumindo, estou em pânico, não sei resumir direito o que estou sentindo.
Tenho medo de não saber o que trabalhar e, ao invés de ajudar, atrapalhar.
Estou sentindo pânico, medo" (Aluna C, grifo nosso). "Fico com medo de não
saber o que fazer quando alguém tentar falar e eu não entender. Medo de não
suprir as necessidades deles e de relacionar" (Aluna CI, grifo nosso). "A gente
não sabe como falar, o que fazer, o que é certo ou errado. Onde posso
trabalhar ou não. É horrível, a gente não tem controle, não tem segurança de
como falar. Fico perdido" (Aluno D, grifo nosso).
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Considerações Finais
2009; Vitta et al., 2010;). Todavia, a referida formação precisa considerar a articulação
entre pensamento, emoção e ação para produzir mudanças. Os resultados
mostraram que tal articulação só será alcançada quando a relação entre o
universitário e sua ação pedagógica for mediada por novos conhecimentos e
pela presença de professores que auxiliem na reflexão sobre seus sentimentos,
dificuldades e estratégias adotadas para lidar com alunos com necessidades
educacionais especiais. Também a mediação das próprias pessoas com
deficiência que falam de suas necessidades, das estratégias que elas
consideram mais fáceis e dos resultados que alcançam é imprescindível nesse
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8. MATERIAIS DE APOIO
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BÁSICAS
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
CARMO, Sônia Maria do. Um breve panorama do que já foi feito pela
educação especial no Brasil e no mundo. Disponível em:
<http://www.pedagobrasil.com.br>. Acesso em: 20 dez. 2016.
IBIAPINA, Ivana Maria Lopes de Melo e NUNES, Mirian Abreu Alencar. Uma
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privados de liberdade. VI Encontro de Pesquisa em Educação da UFPI – 2010.
Disponível em: VI Encontro De Pesquisa em Educação da UFPI – 2010.
Acesso em: nov. 2016.
<http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/unesp/155246/1/unesp-
nead_reei1_ee_d01_s03_texto02.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2016.
SÁ, Elizabet Dias de. Entrevista sobre inclusão escolar. Disponível em:
<http://www.bancodeescola.com/ >. Acesso em: 20 nov. 2016.
SILVA, Maria Isabel da. Por que a terminologia: pessoas com deficiência?
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WINNER, E. Escola: como elas falham, como elas podem ajudar. In:______
Crianças superdotadas, mitos e realidades. Porto Alegre: Artes Médicas,
1998. Cap. 3. p. 37-50. Cap. 9. p. 186-214.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2002.
Fichten, C. S., Schipper, F., & Cutler, N. (2005). Does volunteering with children
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Glat, R.,. Plesch, M. D, & Fontes, R. S. (2007). Educação inclusiva & educação
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Hughes, B. (2012). Fear, pity and disgust: emotions and the non-disabled
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graduação em Educação Especial no Brasil: análise crítica da produção
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Vaughn, J. S., Schumm, J., Jallad, B., Slusher, J., & Saumell, L. (1996).
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Wong, D. W., Chan, F., Cardoso, E. D., Lam, C. S., & Miller, S. M. (2004).
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