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CONHEÇA A

NOSSA ESCOLA
Guia para a Família e o Aluno
Apresentação

O guia da família foi elaborado com a finalidade


de compartilhar informações da nossa escola!
Convidamos vocês a realizarem uma breve imersão
nesta grandiosidade que é o SESI-SP.

A matrícula ou renovação de matrícula de estudantes


na rede escolar SESI-SP implica na aceitação de todos
os itens apresentados neste guia.
Sistema SESI-SP
de Ensino

1. Modalidades de Ensino..........................................................................12
2. Proposta Educacional.............................................................................13
3. Matriz Curricular.....................................................................................14
4. Sistema de Avaliação..............................................................................15
• Educação Infantil...........................................................................16
• Ensino Fundamental e Ensino Médio...........................................16

Índice
• Educação de Jovens e Adultos......................................................17
5. Educação Integral em Tempo Integral....................................................18
• Alimentação..................................................................................19
6. Lição de Casa..........................................................................................19
7. Quadro de Funcionários.........................................................................20
8. Horários de Entrada e Saída...................................................................20
9. Reunião com a Família...........................................................................21
10. Contato com a Equipe Escolar................................................................21
11. Horário de Atendimento da Secretaria...................................................21
12. Reunião de Professores..........................................................................22
13. Objetos de Valor.....................................................................................22
14. Urgências em saúde...............................................................................23
15. Formaturas.............................................................................................23
16. Atividades Extracurriculares...................................................................24
17. Transporte Escolar...................................................................................24
18. Uniforme................................................................................................24
19. Material Escolar......................................................................................24
20. Exame Médico para Educação Física......................................................25
21. Retenção de Alunos................................................................................25
22. Critérios de Ingresso nas Escolas SESI-SP...............................................26
23. Renovação de Matrículas........................................................................26
24. Transferências de Alunos entre Escolas SESI-SP.....................................28
25. Permuta de Alunos entre Escolas SESI-SP..............................................29
26. Pagamentos de Mensalidades Escolares................................................30
27. Política de uso das Mídias Sociais do SESI-SP..........................................31
28. Regimento Comum da Rede Escolar SESI-SP..............................................32
• Dos Direitos e Deveres dos Educandos..........................................................32
• Das Sanções..................................................................................34
• Dos Direitos e Deveres da Família do Educando...........................35
Cuidados com a
saúde e qualidade de
vida de seu filho

29. Consultas de rotina ao pediatra .............................................................38


30. Consultas ao oftalmologista ..................................................................38
31. Consultas ao otorrinolaringologista ......................................................40
32. Consultas ao dentista ...........................................................................42
33. Vacinação................................................................................................43
34. Rotina de Vida Saudável ........................................................................45
• Cuidados com o sono ...................................................................45
• Cuidados com a alimentação .......................................................45
• Atividade física .............................................................................49
• O brincar.......................................................................................49
• Valorizar a comunicação................................................................51
35. Cuidados com a postura.........................................................................52
Inclusão Escolar
36. Princípios da Inclusão ............................................................................56
37. A inclusão escolar...................................................................................58
38. Entendendo melhor o que é deficiência ...............................................60
• Deficiência motora .......................................................................61
• Deficiência intelectual ..................................................................63
• Deficiência auditiva.......................................................................64
• Deficiência visual..........................................................................65
39. Entendendo melhor o que é um
transtorno global do desenvolvimento - TGD.........................................67
• Transtorno do espectro do autismo (TEA)......................................67
• Transtorno desintegrativo da infância...........................................69
40. Entendendo melhor o que é alta habilidade
ou superdotação.....................................................................................70
• A família da criança com deficiência ou transtornos.....................71
• A importância da escola e das parcerias........................................72
Sistema SESI-SP
de Ensino
1. MODALIDADES
DE ENSINO
A rede escolar SESI-SP
possui Educação Infantil,
Ensino Fundamental (1º
ao 9º ano), Ensino Médio
(1º ao 3º ano) e Educação
de Jovens e Adultos
(Modalidade a Distância).

A Educação Infantil está implantada na Escola SESI-SP de Vila Bianca, localizada na Capital do
Estado, no bairro de Santana, com projeção de expansão em outras localidades.

A Educação Integral em Tempo Integral, destinada aos alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental,
ocorre nas unidades da rede escolar SESI-SP localizadas nos Centros de Atividades e em algumas
escolas externas. Do 6º ao 9º ano, no entanto, a oferta será sempre em período parcial.

O Ensino Médio é oferecido em período parcial e o estudante pode cursar a Educação Profissional
Técnica de Nível Médio, concomitantemente, a partir do 2º ano, nas escolas do SENAI-SP.

A Educação de Jovens e Adultos destina-se àqueles que não puderam concluir seus estudos na
idade própria. O SESI-SP atua nessa modalidade atendendo aos alunos por meio de Educação a
Distância – Ensinos Fundamental e Médio.

Os cursos de Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e Ensino Médio (1º ao 3º ano) são
disponibilizados por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem - AVA, no qual as áreas
de conhecimento (Linguagens, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Matemática) são
estruturadas em atividades e aulas interativas. Além disso, a tutoria online acompanha o processo
de ensino e aprendizagem de forma a colaborar com o desenvolvimento de cada um dos alunos.

Mais informações encontram-se disponíveis em: www.sesisp.org.br/educacao.

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2. PROPOSTA EDUCACIONAL

A proposta educacional da Rede


Escolar SESI-SP, expressa no
Referencial Curricular do Sistema
SESI-SP de Ensino e no material
didático próprio, está fundamentada
na concepção de ensino,
aprendizagem e pesquisa.

Essa concepção está em conformidade com a Lei 9394/96, art.1º, que dispõe: “A educação abrange
os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho,
nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e
nas manifestações culturais”.

Nesse sentido, família e escola devem manter estreito relacionamento na formação do aluno,
exercendo seus papéis na complexa tarefa de educar.

As atividades são planejadas pelos professores a partir do Referencial Curricular do Sistema SESI-SP
de Ensino e do material didático próprio, como forma de contribuir para um padrão do ensino
oferecido pela instituição no Estado de São Paulo, respeitando a diversidade das realidades de
nossas escola.

Ainda, vale ressaltar que o Sistema SESI-SP de Ensino respeita o princípio inclusivo que acolhe as
diferenças e proporciona ambiente de aprendizagem adequada. Busca desenvolver estratégias e
modificações do currículo para atender às necessidades dos estudantes com deficiência, transtornos
ou altas habilidades.

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É importante que o estudante realize os tratamentos e terapias necessários para o seu
desenvolvimento. Esses atendimentos são de responsabilidade da família e devem ser mantidos
até que o aluno receba alta do profissional da saúde.

A rede escolar SESI-SP tem por finalidade:


I – o desenvolvimento integral do estudante;
II – a formação dos alunos com competências fundamentais para o exercício da cidadania, para
continuar aprendendo e progredir no mundo do trabalho;
III – o desenvolvimento de práticas pedagógicas que proporcionem ferramentas para a
apropriação de conhecimentos, para uma relação competente com as tecnologias, bem como
consolidação de valores e atitudes básicas;
IV – a formação do cidadão produtivo, que possa contribuir para a melhoria da sua qualidade de
vida e da comunidade (Regimento Comum da Rede Escolar SESI-SP).

*O Sistema SESI-SP de Ensino possui supervisão de ensino própria.

3. MATRIZ
CURRICULAR

Na Educação Infantil, as crianças estudam os


seguintes campos de experiência: o Eu, o Outro
e o Nós; Corpo, Gestos e Movimentos; Traços,
Sons, Cores e Formas; Escuta, Fala, Pensamento
e Imaginação; Espaços, Tempos, Quantidades,
Relações e Transformações.

Nos primeiros anos do Ensino Fundamental


(1º ao 5º ano), são desenvolvidas as áreas de
Linguagens (Língua Portuguesa, Arte e Educação
Física); Ciências da Natureza, Matemática e
Ciências Humanas (História e Geografia).

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Do 6º ao 9º ano, são trabalhados os seguintes componentes curriculares: Língua Portuguesa, Arte,
Língua Estrangeira Moderna – Inglês, Educação Física, Matemática, Ciências, História e Geografia.

No Ensino Médio, os componentes curriculares a serem cursados são Língua Portuguesa, Arte,
Língua Estrangeira Moderna – Inglês, Educação Física, Matemática, Física, Química, Biologia,
História, Geografia, Sociologia e Filosofia.

O SESI- SP possui em sua matriz curricular o trabalho com o Eixo Integrador no Ensino Fundamental
e Pesquisa em Foco no Ensino Médio. Aulas de Programação e Robótica estão presentes do 1º ano
do Ensino Fundamental ao Ensino Médio. Essas aulas integram o currículo escolar apostando em
abordagens baseadas em projetos e resolução de problemas, o STEAM (sigla em inglês para um
método que integra conhecimentos de Ciências (Science), Tecnologia (Technology), Engenharia
(Engineering), Artes (Arts), Matemática (Math), e iniciação científica.

4. SISTEMA DE AVALIAÇÃO
O processo de avaliação nas escolas
SESI-SP tem como perspectiva o
aprimoramento da qualidade de
ensino e aprendizagem, subsidiado
por diferentes procedimentos de
avaliação e registros.

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Educação Infantil
Na Educação Infantil, o resultado do processo avaliativo é apresentado
por relatório semestral, elaborado pelo professor, no qual são registrados
os avanços e as dificuldades dos alunos. Por meio desses registros, os pais
podem conhecer e participar da vida escolar de seus filhos.

O relatório retrata o processo de observação, reflexão e intervenção do professor na trajetória do


estudante; os avanços mais marcantes percebidos em seu desenvolvimento, habilidades e atitudes;
nas conquistas; e informações/conhecimentos significativos; tendo como referência os objetivos de
ensino expressos nas expectativas de ensino e aprendizagem.

Conhecer os resultados do processo de ensino e aprendizagem, além de ser um direito, é um dever


dos pais.

Ensino Fundamental e Ensino Médio


No processo avaliativo do Ensino Fundamental e Ensino Médio, as
atividades de avaliação são expressas por notas de 1,0 (um) a 10,0 (dez),
graduadas numa escala de 0,5 (cinco décimos) em 0,5 (cinco décimos) e,
ao final de cada etapa, é aferida a média aritmética.

Para os estudantes com deficiência, transtornos ou altas habilidades, a avaliação da aprendizagem


será realizada oferecendo os mesmos recursos, estratégias e modificações que foram
disponibilizados durante o processo de ensino e aprendizagem.

Para cada estudante com deficiência, transtornos ou altas habilidades, será analisado qual é o
critério de avaliação mais adequado de acordo com suas características. Pode-se utilizar tanto o
critério de notas, quanto análise qualitativa por meio de relatório do professor.

Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o estudante que obtiver média inferior a 7,0 (sete) em
até 3 (três) componentes curriculares será submetido ao Conselho de Classe.

Nos anos finais do Ensino Fundamental, no Ensino Médio e Educação Profissional Técnica, o
estudante que obtiver média inferior a 7,0 (sete) em até 3 (três) componentes curriculares será
submetido ao Conselho de Classe.

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O estudantes será considerado retido quando obtiver média final inferior a 7,0 (sete) pontos em
4 (quatro) ou mais componentes curriculares, no Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação
Profissional Técnica (Seção IV - Regimento Escolar).

Após a análise dos processos avaliativos e consideração de todos os aspectos que envolvem o seu
desempenho global, o aluno poderá ser aprovado ou retido no ano em curso, independentemente
do diagnóstico apresentado por laudo ou relatório.

Educação de Jovens e Adultos


A avaliação do estudante ocorre por meio de provas processuais a serem
realizadas presencialmente, mediante calendário divulgado a cada
semestre, nas unidades escolares do SESI-SP (polos e jurisdicionadas) e
no AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Além da avaliação da aprendizagem dos estudantes realizada pelos professores, a equipe escolar
verifica o desenvolvimento e os resultados do trabalho realizado por meio da Avaliação Institucional.

A rede escolar SESI-SP também é avaliada por instituição externa, com o objetivo de analisar e
intervir no nível de desempenho escolar dos alunos matriculados nos ensinos Fundamental e
Médio, bem como nos respectivos anos a serem avaliados.

A participação dos educandos em avaliações externas é fundamental para o monitoramento da


qualidade do ensino ofertado pelo SESI-SP, aliada a outros indicadores de aprendizagem.

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5. EDUCAÇÃO
INTEGRAL EM TEMPO
INTEGRAL
A Educação Integral em
Tempo Integral, destinada
aos alunos do 1º ao 5º ano do
Ensino Fundamental, ocorre
nas unidades da rede escolar
SESI-SP localizadas nos Centros
de Atividades e em algumas
escolas externas.

A ampliação do tempo de permanência dos estudantes na escola representa um aspecto novo


e relevante para o processo educacional, pois demonstra um potente aspecto para a melhoria
do ensino e aprendizagem, de tal forma que proporciona aos alunos conhecimentos aliados
a novas descobertas, experiências e vivências, atribuindo-lhes competências e habilidades
necessárias para o exercício pleno da cidadania.

Além do trabalho pedagógico realizado nos componentes curriculares, são desenvolvidas aulas de
Programação e Robótica, Práticas Filosóficas, Cultura Corporal Esportiva e Língua Inglesa. Nos 4º e 5º
anos, os alunos possuem aula de Práticas Sociais e Culturais, explorando a aprendizagem baseada
em projetos. Também são garantidos o respeito à diversidade, aos ritmos de aprendizagem,
os momentos de diálogo, de exploração e manuseio de materiais, de observação de fatos e
fenômenos, bem como a vivência de situações pautadas na ludicidade.

O horário de permanência na escola é de 9h diárias. Contudo, em 1 (um) dia da semana, o aluno


permanecerá na escola apenas em um período, durante 4h30. Consulte qual é esse dia em sua
unidade escolar.

Nesse dia em que as aulas ocorrem apenas em período parcial, os professores se reúnem para
discutir o processo de ensino e aprendizagem desenvolvido durante as aulas, e contam com
momentos de formação continuada.

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Alimentação
São oferecidas três refeições diárias – lanche da manhã, almoço e lanche da tarde, exceto às quartas-
feiras, dia em que é oferecido um lanche.

Tendo em vista que o SESI-SP fornece três refeições diárias, não é recomendado trazer alimentos de
casa, devido aos riscos envolvidos com o transporte e conservação dos mesmos.

As dietas especiais são atendidas mediante prescrição médica ou de nutricionista.

Devem conter as seguintes informações: nome completo do estudante, diagnóstico da patologia,


data ou período de validade, assinatura, carimbo do médico e encaminhamento ao nutricionista
da escola. Anualmente, a prescrição deve ser atualizada. Caso haja a liberação da dieta especial em
algum momento, a suspensão ocorrerá somente após a apresentação da prescrição de alta médica.

Alimentações diferenciadas devido à religião, aversões, preferências alimentares ou filosofia de vida


não são consideradas dietas especiais.

Realizamos ações que estimulam uma alimentação saudável e consciente, por meio de campanhas
no refeitório, oficinas culinárias, horta escolar, entre outras.

O nutricionista da escola disponibiliza o cardápio para conhecimento dos pais ou responsáveis. Em


caso de dúvida sobre a alimentação, consulte-o.

6. LIÇÃO DE CASA
A lição de casa caracteriza-se como atividades que
representam oportunidades de autoaprendizagem,
reflexão e estímulo à autonomia do aluno. São
situações planejadas pelo professor para que o
estudante possa aprofundar e ser desafiado sobre
os conhecimentos que estão sendo desenvolvidos
em sala de aula.

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O ato de estudar também é entendido como lição de casa, pois o desenvolvimento dessa
competência é essencial para que se possa continuar a aprender ao longo da vida de forma
autônoma.

Nesse sentido, os pais e familiares podem contribuir principalmente nos anos iniciais, pois nessa
faixa etária as crianças tendem a apresentar dificuldades em realizar as atividades sozinhas.
Nos anos seguintes, podem auxiliar na organização do tempo e do local para a realização da lição
de casa, acompanhando a execução das atividades.

7. QUADRO DE FUNCIONÁRIOS

Na Educação Infantil e nos cinco primeiros anos do Ensino Fundamental,


há um professor por classe. No caso da Educação Integral em Tempo
Integral, os professores são especialistas em Pedagogia e outros também
são especialistas nos diversos componentes curriculares. Nos quatro
últimos anos do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, há professores
especialistas atuando por componente curricular.

Há, também, outros profissionais que atuam nas unidades: Professor,


Auxiliar Docente, Analista de Suporte de Informática, Bibliotecário,
Inspetor de Aluno, estagiários de diversas áreas da educação,
profissionais de apoio para a Educação Inclusiva, Coordenador Pedagógico e Diretor de Escola, além
do pessoal de apoio da Secretaria e da Conservação e Manutenção. Os Auxiliares de Cozinha têm a
supervisão de um nutricionista.

8. HORÁRIOS DE ENTRADA E SAÍDA

Os horários de entrada e saída são determinados pela unidade escolar e é


responsabilidade da família cumpri-los, inclusive em compensações de dias
letivos realizadas aos sábados e em datas de reuniões.

Não existe a possibilidade da escola adaptar horários de acordo com a


necessidade de cada família.

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9. REUNIÃO DA FAMÍLIA

Durante o ano letivo, são programadas reuniões para que os pais e responsáveis possam
aprofundar os conhecimentos sobre a proposta pedagógica e a metodologia de ensino,
confirmando a compatibilidade entre os ideais apresentados pela escola e os da família, além de
permitir à escola compartilhar o desempenho dos alunos e os resultados obtidos.

10. CONTATO COM A EQUIPE ESCOLAR

A comunicação entre família e escola ocorre por meio de comunicados impressos ou digitais.

Atendimento pessoal é realizado com agendamento prévio por telefone ou e-mail. Somente
emergências são atendidas sem agendamento.

Dessa forma, cabe aos pais manterem atualizados seus dados: endereço, telefone, e-mail, celular
etc. por meio do site, no momento da renovação da matrícula ou sempre que necessário junto à
unidade escolar.

As famílias com estudantes com deficiência, transtornos ou altas habilidades precisam comunicar
a escola sobre atualizações e pareceres médicos, assim, poderão comparecer com maior frequência
na escola. A família sempre deve comunicar atualizações e entregar os relatórios dos profissionais
de saúde que realizam atendimentos clínicos.

11. HORÁRIO DE ATENDIMENTO DA SECRETARIA

Cada unidade escolar organiza o horário de atendimento de sua secretaria.

Esse horário se encontra afixado em lugar visível na escola e, para o bom funcionamento
administrativo, é preciso observá-lo rigorosamente.

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12. REUNIÃO DE PROFESSORES

Durante o ano letivo, há reuniões com os professores para:


› formação continuada: destinado ao aprimoramento da prática docente;
› encontro pedagógico: com foro na discussão de demandas da unidade escolar;
› conselho de classe: em que há discussão do grupo de professores sobre o desempenho dos
alunos;
› discussão pedagógica coletiva: direcionada aos docentes da Educação Integral em Tempo
Integral e aos docentes de Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio.

Nessas datas, as aulas poderão ser suspensas integral ou parcialmente. Os pais serão comunicados
antecipadamente sobre as datas e os horários, de acordo com o calendário escolar homologado.

13. OBJETOS DE VALOR


O SESI-SP não se responsabiliza por
objetos de valor nem tampouco
indenizará o aluno caso sejam perdidos
ou furtados.

Se o aluno precisar portar dinheiro, recomenda-se que os pais orientem a melhor forma de
guardá-lo (por ex.: bolso com zíper etc.).

As escolas possuem armários para que os estudantes guardem seu material escolar. O aluno é
responsável pela chave, conteúdo e cuidados com seus pertences.

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14. URGÊNCIAS EM SAÚDE
Nos casos de urgências em saúde, a equipe escolar acionará o SAMU
ou o Serviço de Socorro Municipal para o encaminhamento do
estudante ao pronto-socorro. Na impossibilidade de contato com
os serviços de emergência, o transporte do aluno será realizado por
táxi e acompanhado por um funcionário da escola. Os pais serão
comunicados imediatamente da ocorrência.

Em outros casos não urgentes, os pais ou responsáveis serão chamados a comparecer na escola para
buscar a criança ou adolescente e levá-lo ao atendimento médico.

O SESI-SP não possui profissional na área da saúde para o diagnóstico ou atendimento aos estudantes.
A escola não ministra qualquer tipo de medicamento, por via oral, sem receita médica e autorização
dos pais por escrito.

15. FORMATURAS
Cabe à unidade escolar realizar a entrega de
declaração de conclusão com a participação
dos alunos concluintes do Ensino
Fundamental e Ensino Médio.

De acordo com os pais desses estudantes, pode ser formada uma comissão de formatura, a ser
constituída e acompanhada pelo Diretor da Escola e por representantes legais dos alunos. Tal comissão
será eleita em reunião pré-agendada para esta finalidade, cujo horário de realização deverá conciliar
com a disponibilidade da maioria dos pais.

Respeitando-se a legislação vigente, para a realização de festas de formatura, não é permitida


a arrecadação de valores provenientes de rifas, bingos, ações entre amigos, sorteios, ou seja,
jogos de azar.

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16. VIVÊNCIAS EXTRACLASSE
A realização de excursões com os alunos é previamente planejada pelos professores e autorizada pelo
coordenador pedagógico e diretor da escola, mediante verificação da pertinência e segurança do passeio,
seja ele cultural ou de lazer. Sempre há acompanhamento de profissionais da unidade escolar.

Os pais são avisados antecipadamente e devem autorizar, por escrito, a participação do filho no evento.

17. TRANSPORTE ESCOLAR


A rede escolar SESI-SP não possui transporte escolar e não mantém convênio com empresas que
prestam esse serviço, sendo o contrato feito entre família e condutor de escolares, exclusivamente.

Os horários de entrada e saída dos alunos que utilizam o transporte escolar são os mesmos
dos demais estudantes e o cumprimento do horário escolar é de responsabilidade da família,
que tem de informar ao prestador de serviço, no ato do contrato, os dias de aulas e horários de
entrada e saída do estudante na escola, pois não há exceção. Sugere-se verificar o transporte
escolar antes de efetuar a matrícula.

18. UNIFORME
Para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, o uso diário do uniforme completo
e do tênis é obrigatório, por questões de segurança e identificação. O aluno do Ensino Médio
pode, como alternativa, utilizar calça jeans. O SESI-SP não comercializa os uniformes e não possui
convênio com malharias.

O modelo padrão do uniforme da rede escolar SESI-SP pode ser verificado no site www.sesisp.org.br
e sua aquisição é responsabilidade dos pais.

Ao estudante que se apresentar na escola sem o uso do uniforme completo, caberá aplicação de
sanções e medidas educativas conforme disposto no Regimento Comum da rede escolar SESI-SP.

19. MATERIAL ESCOLAR


O material didático do Sistema SESI-SP de Ensino configura-se como um dos recursos

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metodológicos que contribui com o fazer pedagógico do docente e com a aprendizagem dos
estudantes. De uso obri­gatório para todos os alunos da Rede Escolar, deve ser adquirido no início
de cada ano letivo.

Outros materiais solicitados pelos professores para desenvolvimento das atividades devem, da
mesma forma, ser providenciados pelos pais ou responsáveis.

20. EXAME MÉDICO PARA EDUCAÇÃO FÍSICA


É de responsabilidade dos pais ou responsáveis legais: o cuidado com a saúde do(a) aluno(a),
prevenindo eventuais problemas, sejam eles clínicos ou dermatológicos, durante a prática
de qualquer atividade física. Para tanto, no início de cada ano letivo deve ser assinado um
TERMO DE COMPROMISSO.

21. RETENÇÃO DE ALUNOS


Conforme Deliberação CEE 120/13, alterada pela Deliberação CEE 155/17, nos casos de retenção,
os pais ou responsáveis que não concordarem com os resultados devem seguir o disposto:

› o pedido de reconsideração deve ser protocolado na escola em até 10 dias, contados a partir da
data de divulgação dos resultados;
› a direção da escola tem 10 dias de prazo, após o retorno às aulas, para informar sua decisão;
› após decisão da unidade escolar, o estudante e seu responsável poderão protocolar na escola
recurso da decisão, obedecendo ao prazo de 10 dias, contados da ciência da decisão;
› a escola encaminha ao órgão de Supervisão Delegada em até 05 dias, contados a partir de seu
recebimento;
› o órgão de Supervisão Delegada emite sua decisão sobre o recurso interposto no prazo máximo
de 15 dias, contados de seu recebimento.

Os prazos a que se refere a presente Deliberação ficam suspensos durante os períodos de recesso
escolar e férias dos docentes.

A inobservância dos prazos anteriormente citados acarretará, para o interessado, o


indeferimento do pedido.

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22. CRITÉRIOS DE INGRESSO NAS
ESCOLAS SESI-SP
Os critérios para ingresso nas unidades escolares
priorizam os dependentes de industriários e são
definidos, anualmente, pela Superintendência e
ratificados pelo Conselho Regional do SESI-SP, sendo
rigorosamente cumpridos por todas as unidades.

O ingresso de novos alunos ocorre por meio de inscrições realizadas online em período
preestabelecido e amplamente divulgado. O processo seletivo sempre leva em consideração o
edital publicado no ano. Portanto, é essencial ter total conhecimento sobre as regras em vigência, já
que elas podem mudar a cada ano.

23. RENOVAÇÃO DE MATRÍCULAS


A renovação de matrícula do aluno na
rede escolar SESI-SP é uma decisão da família,
realizada por sistema eletrônico online,
no site https://portal.sesisp.org.br, em prazo
previamente estabelecido e amplamente divulgado.

A não renovação no prazo estabelecido significa que os pais não se interessam pela continuidade
de seu filho na escola SESI-SP para o ano seguinte, em caráter irrevogável e irretratável. O acesso ao
sistema só será possível para os alunos que estiverem em dia com os pagamentos.

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Algumas observações:
a. os alunos matriculados na última etapa da Educação Infantil das Escolas SESI-SP têm
continuidade garantida no 1º ano do Ensino Fundamental na unidade escolar de opção dos pais;
b. em caso de maior número de candidatos do Ensino Fundamental para cursar o Ensino Médio
em relação às vagas, há classificação pelo desempenho do aluno, considerando o somatório dos
pontos obtidos nas duas etapas iniciais do 9º ano do Ensino Fundamental nos componentes
curriculares: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História e Geografia;
c. os estudantes matriculados no 9º ano do Ensino Fundamental em unidades escolares que
ministrem o 1º ano do Ensino Médio concorrem obrigatoriamente às vagas existentes na unidade
em que estão matriculados;
d. os alunos matriculados no 9º ano do Ensino Fundamental em unidades escolares que não
ministram o 1º ano do Ensino Médio podem optar pela continuidade dos estudos na escola
de sua escolha e concorrem às vagas remanescentes após atendimento total dos estudantes
matriculados daquela unidade;
e. a opção por cursar a Educação Profissional Técnica de Nível Médio no SENAI,
concomitantemente ao Ensino Médio, ocorre ao final do 1º ano e está sujeita a processo seletivo,
caso o número de vagas ofertadas para os cursos seja menor que o número de candidatos.

24. TRANSFERÊNCIAS DE ALUNOS

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ENTRE ESCOLAS SESI-SP
A transferência de alunos de uma unidade
escolar SESI-SP para outra pode ocorrer
mediante solicitação dos pais ou do
responsável, desde que haja vaga na
escola de destino e, ainda, considerando-se
a adimplência de todos os pagamentos
referentes ao estudante.

Para transferências durante o ano letivo, os pais devem cadastrar a unidade escolar de interesse no
endereço eletrônico https://portal.sesisp.org.br, podendo ser solicitada a partir do 1º dia letivo,
com validade até o dia 31 de agosto.

As transferências entre unidades escolares para o ano letivo seguinte devem ser solicitadas
em período preestabelecido e amplamente divulgado, por meio de inscrição a ser realizada no
endereço eletrônico citado acima.

Existindo vagas, as transferências dos educandos são atendidas segundo a ordem de


prioridade descrita a seguir:
a. mudança de município;
b. aluno que possui irmão matriculado na unidade escolar de interesse;
c. doença que impeça o estudante de frequentar a escola de origem;
d. mudança de residência com proximidade da escola de interesse, no mesmo município;
e. aluno matriculado na rede escolar SESI-SP que não se enquadra nas prioridades acima.

Havendo mais de uma solicitação enquadrada no mesmo critério, é realizado sorteio, com a
presença dos pais ou responsável pelos educandos inscritos no processo de transferência.

Na Educação Profissional Técnica de Ensino Médio do SENAI-SP, não é possível a realização de


transferências.

25. PERMUTA DE ALUNOS ENTRE

28
ESCOLAS SESI-SP
A permuta de estudantes entre escolas da rede escolar SESI-
SP pressupõe a troca entre alunos de diferentes unidades
escolares que cursam o mesmo ano de escolaridade, podendo
ocorrer mediante solicitação dos pais e considerando-se
a adimplência de todos os pagamentos referentes aos
educandos envolvidos no processo.

A permuta pode ser processada entre dois interessados de duas unidades escolares ou entre
vários interessados de duas escolas.

Existindo mais de um interessado para a mesma escola, no mesmo ano de escolaridade,


com apenas um aluno da outra unidade pleiteando a troca, a permuta é realizada segundo a
ordem de prioridade descrita a seguir:
a. mudança de município;
b..aluno que possui irmão matriculado na unidade escolar de interesse;
c..doença que impeça o estudante de frequentar a escola de origem;
d..mudança de residência com proximidade da escola de interesse, no mesmo município;
e..aluno matriculado na rede escolar SESI-SP que não se enquadra nas prioridades acima.

Havendo mais de uma solicitação enquadrada no mesmo critério, é realizado sorteio com a
presença dos pais ou responsáveis.

Na Educação Profissional Técnica de Nível Médio do SENAI-SP não é possível a realização de


permutas.
26. PAGAMENTOS DE

29
MENSALIDADES ESCOLARES

$
A cobrança dos serviços educacionais
representa uma participação da família do
aluno para o financiamento da Educação
Infantil, Ensino Fundamental e
Ensino Médio.

De acordo com a Lei n.º 9870/99, a escola deve apresentar aos responsáveis a Tabela de Preços dos
Serviços Educacionais 45 dias antes da data final para a matrícula.

Os valores podem ser pagos da seguinte forma:


⇒ Para a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio - pagamento à vista com 5% de
desconto ou em 12 parcelas mensais e consecutivas (de janeiro a dezembro).

É possível os pais solicitarem isenção de pagamento mediante comprovação de renda e


apresentação de documentos requeridos pela escola, conforme disposto na Instrução de Serviço
publicada anualmente e em cumprimento ao Artigo 69 do Regulamento do Serviço Social da
Indústria – SESI.

27. POLÍTICA DE USO DAS MÍDIAS

30
SOCIAIS DO SESI-SP
As mídias sociais são atualmente
um dos meios de comunicação mais eficientes
entre pessoas ou grupos, das quais muitas
participam ativamente.

Algumas delas são:


›. sites de redes sociais (Facebook, Myspace, Google+, Instagram, WhatsApp, Snapchat etc.);
› sites de microblogging (Twitter etc.);
› blogs;
› vídeos e sites de compartilhamento de fotos (Flickr, YouTube, Picasa etc.);
› fóruns de discussão (Yahoo, Groups etc.);
› enciclopédias online (Wikipedia etc.).

A seguir são apresentados os fatores que os pais devem observar para utilização dessas
mídias quando seus filhos citam, comentam, discutem ou divulgam assuntos relativos à
escola, funcionários ou colegas:
a. responsabilidade - o que for postado é de inteira responsabilidade do aluno e, pela condição de
menor de idade, extensiva aos pais e/ou responsáveis legais;
b. respeito para com os outros e a si mesmo;
c. idoneidade da informação - o aluno deve se certificar do assunto antes de publicá-lo, a
honestidade ou desonestidade é notada rapidamente no ambiente das mídias sociais;
d. cuidado e prudência - uma vez que as palavras foram postadas, dificilmente poderão ser
corrigidas ou apagadas;
e. cuidado com a linguagem escrita, não utilizando, por exemplo, palavras de baixo calão;
f. privacidade - o aluno deve garantir a sua e a dos outros. Todos têm direito à privacidade pessoal,
de manter suas opiniões, crenças, pensamentos e emoções particulares. Deve certificar-se de
usar o direito sem violar o direito de privacidade de outras pessoas. Não divulgar fatos privados,
comentários, imagens, áudios, vídeos ou informações nos canais de mídia social que possam
violar direito à privacidade de outra pessoa;
g. criação de identidade própria - não utilização do nome do SESI para identificação.
28. REGIMENTO COMUM DA REDE

31
ESCOLAR SESI-SP
O Regimento Comum da Rede Escolar SESI-SP é composto
pelos princípios e objetivos gerais da rede escolar SESI-SP
em todas as modalidades e está disponível na unidade
escolar e no site www.sesisp.org.br. Nesse documento,
destacam- se os itens que se referem aos direitos e
deveres dos alunos e das famílias, que devem ser
devidamente observados.

• Dos Direitos e Deveres dos Educandos


Art. 39. A comunidade escolar deverá elaborar as normas de convivência específicas da unidade,
sendo observados os princípios da liberdade, da autonomia, da responsabilidade, solidariedade e
equidade, bem como a legislação pertinente e outros valores universais considerados pela Decla-
ração Universal dos Direitos Humanos.

Art. 40. Os direitos do educando derivam dos direitos e garantias fundamentais dispostos na
Constituição da República, no Estatuto da Criança e do Adolescente e na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional em vigor.

Art. 41. São direitos do educando, além dos estabelecidos em legislação específica:
I.– ter asseguradas as condições necessárias ao desenvolvimento de suas potencialidades nas
perspectivas individuais e sociais;
II. – ter condições favoráveis à aprendizagem, tendo assegurado o princípio de igualdade de
condições para acesso e permanência na instituição de ensino;
III – ter acesso aos recursos materiais e didáticos, inclusive aqueles modificados e/ou adaptados de
acordo com suas especificidades e singularidades;
IV – ser respeitado, sem qualquer forma de discriminação, por toda comunidade escolar;
V. – participar da definição das normas de convivência específicas da sua escola, conhecendo as disposições
contidas neste regimento;
VI – sentir-se participante e corresponsável pela escola, tendo garantidos momentos de escuta e
diálogo com a gestão escolar.
Art. 42. Os estudantes têm o dever de:

32
I.– manter e promover relações de cooperação e civilidade no ambiente escolar;
I.I – participar ativamente das atividades propostas pelos docentes e outros colaboradores,
empenhando-se no processo de aprendizagem;
I.II – dispor do material didático e outros recursos solicitados necessários ao desenvolvimento
das atividades escolares;
I.V – participar das atividades curriculares programadas e desenvolvidas pela unidade escolar;
V.– comparecer de forma pontual e assídua às atividades escolares nos horários determinados
pela escola, justificando as suas ausências;
VI.– apresentar-se uniformizado;
VII – cooperar e zelar pela conservação dos equipamentos, bens patrimoniais e prédio escolar;
VIII – responsabilizar-se por apropriação indébita, danos materiais causados à unidade ou a objetos
de propriedade alheia e fazer a reposição dos mesmos, conforme a avaliação da gestão escolar;
IX.– observar as normas de prevenção de acidentes, utilizando os equipamentos de segurança
quando necessário.

Art. 43. É vedado ao estudante:


I – discriminar ou cometer qualquer forma de agressão a membros da comunidade escolar;
I.I – expor colegas, funcionários, professores ou qualquer pessoa da comunidade escolar a
situações constrangedoras;
I.II – introduzir e/ou portar, nas dependências da escola, qualquer material que represente
perigo para sua integridade moral e/ ou física ou de outrem, dentre os quais bebidas alcoólicas,
substâncias tóxicas e qualquer tipo de arma, objetos pontiagudos entre outros;
I.V – consumir, portar, manusear ou ingerir qualquer tipo de substância psicoativa lícita ou ilícita nas
dependências da unidade escolar, bem como comparecer às aulas sob efeito de tais substâncias;
V.– danificar os bens patrimoniais da instituição de ensino ou pertences de seus colegas,
funcionários e professores;
VI.– depreciar a imagem do SESI-SP e da comunidade escolar, por meio de diferentes mídias e
redes sociais;
VII – divulgar, por qualquer meio de publicidade, assuntos/ações que envolvam, direta ou
indiretamente o nome da entidade, de professores ou de funcionários, sem prévia autorização da
autoridade competente;
VIII – ausentar-se da unidade escolar sem prévia autorização dos pais ou responsáveis e da

33
direção escolar;
IX.– promover excursões, jogos, coletas, rifas, lista de pedidos, vendas ou campanhas que não
estejam articuladas às atividades curriculares;
X.– realizar vendas de produtos de gênero alimentício de qualquer natureza.

• Das Sanções
Art. 45. Ao estudante que transgredir as disposições contidas nas normas e após análise dos
fatos, caberá:
I.– advertência verbal, com o objetivo de direcionar ações educativas, seguida pela elaboração de
combinados;
I.I – advertência escrita, com ciência e assinatura dos pais ou responsáveis; com o objetivo de
direcionar ações educativas, seguida pela elaboração de combinados;
III.– afastamento temporário de até 3 (três) dias, após decisão do conselho de classe;
I.V – transferência como medida de cautela para outra instituição de ensino deverá ser analisada
pelo conselho de classe, após a consideração do percurso educacional do estudante e as medidas
educativas proporcionadas;
§ 1º - Durante o período de afastamento temporário, o estudante realizará atividades contextua-
lizadas com a temática da regra transgredida, além do cumprimento das atividades escolares do
referido período;
§ 2º - As sanções e ações educativas devem contribuir para o processo de desenvolvimento inte-
gral do estudante.

Art. 47. Toda e qualquer sanção prevista neste regimento, somente poderá ser aplicada se a
decisão estiver fundamentada na legislação vigente, salvaguardados:
I – o direito à ampla defesa e recurso aos órgãos superiores, quando for o caso, observados os prazos
e procedimentos estabelecidos pelo SESI-SP;
II – a assistência aos pais ou responsáveis, no caso de estudantes com idade inferior a dezoito anos;
III – o direito à continuidade de estudos, na mesma escola ou em outro estabelecimento.

• Dos Direitos e Deveres da Família do Educando

34
Art. 48. São direitos da família do estudante:
I – conhecer e participar da elaboração da proposta pedagógica e do plano de gestão escolar;
II – conhecer o regimento escolar;
III – ser informada sobre o processo da avaliação de aprendizagem, reconhecendo o direito de
discussão dos resultados da mesma;
IV – ser informada sobre as ações e comportamentos inadequados do estudante no ambiente
escolar e todos aqueles que impactam na convivência e na aprendizagem, sempre que necessário;
V – ser ouvida em seus interesses, expectativas e problemas relacionados ao desenvolvimento
do estudante;
VI – ser respeitada pela escola em sua diversidade em relação às convicções políticas, religiosas,
condições sociais e características étnicas;
VII – ser informada, no decorrer do ano letivo, sobre o desenvolvimento da aprendizagem do
estudante, bem como sobre sua frequência.

Art. 49. São deveres da família do estudante:


I – conhecer a proposta pedagógica e plano de gestão escolar;
II – zelar por si e pelos seus dependentes, no cumprimento dos deveres previstos neste regimento
escolar;
III – comparecer às convocações da escola, para que seja informada ou esclarecida sobre a vida
escolar do estudante;
IV – comunicar à escola a ocorrência de moléstia contagiosa, que possa colocar em risco a saúde e
o bem-estar da comunidade escolar;
V – manter relações cooperativas e respeitosas com todos os integrantes da comunidade escolar,
inclusive com o estudante pelo qual é responsável, sem exposição a situações constrangedoras,
discriminação ou violência;
VI – assegurar a assiduidade do estudante às atividades escolares;
VII – assumir junto à unidade escolar ações de corresponsabilidade, tais como: monitoramento
da realização das lições de casa, organização do material escolar e momentos de estudo em casa,
contribuindo para a formação integral do estudante;
VIII – respeitar os horários, o uso do uniforme e as regras estabelecidas pela unidade escolar para
o bom andamento das atividades;
IX – manter o estudante em atendimentos de saúde especializados, sempre que necessário;

35
X – entregar na escola cópias dos relatórios atualizados fornecidos pelos profissionais de saúde;
XI – entregar na escola cópia de prescrição de medicamentos que deverão ser ministrados no
horário escolar, bem como de termo de autorização assinado por um dos responsáveis para a
oferta do mesmo;
XII – responsabilizar-se pela aquisição do material didático e do uniforme escolar, de acordo com
o padrão estabelecido pelo SESI-SP;
XIII – manter atualizada anualmente a prescrição médica ou de nutricionista referente à
manutenção ou interrupção no fornecimento de dieta especial;
XIV – zelar pela efetiva utilização das redes sociais, não utilizando a marca SESI em publicações
que conotem discriminação, constrangimento e a utilização de imagens não autorizadas.

Todos os dias ouvimos algo sobre vida saudável e os cuidados necessários para que crianças e

36
cuidados com a saúde e
qualidade de vida
29. CONSULTAS DE ROTINA
AO PEDIATRA
O pediatra deve estar presente na vida
da criança desde o nascimento até a
“Cuidados com a saúde e
qualidade de vida de seu filho” adolescência. É importante que ele seja
de confiança da família para que todos
se sintam à vontade para perguntar e
esclarecer as dúvidas.

Além de acompanhar o crescimento, o desenvolvimento


e a vacinação da criança, o profissional deve aconselhar
sobre cada fase, realizar a prevenção de doenças e
estimular hábitos saudáveis. Por isso, é importante fazer
adolescentes cresçam com saúde e consultas de rotina, não apenas em casos de doenças ou
desfrutem de boa qualidade de vida. intercorrências.

Será que as atitudes e escolhas das Na idade de 2 a 6 anos, a criança deve realizar consultas
famílias são as corretas? Será que de rotina a cada seis meses. Nessa faixa etária, devem ser
precisam mudar comportamentos e observadas também a visão e a audição, principalmente
hábitos dos filhos para promover a por corresponder ao início da vida escolar, em que ela,
saúde deles? provavelmente, consegue compreender adequadamente
os sons, além de ter boa visão para conhecer as letras.
Foi pensando nessas questões que
decidimos escrever este guia de No período escolar e na adolescência, as consultas
orientação. Nele, você perceberá pediátricas devem ser de, no mínimo, uma ao ano.
várias medidas que podem ser
tomadas e que são importantes para
a saúde de seu filho. 30. CONSULTAS AO
OFTALMOLOGISTA
(especialista em visão)
Em torno de 20 a 25% das crianças em
idade escolar apresentam algum tipo de
problema na visão.

38
O diagnóstico precoce dessas alterações evita consequências como baixo rendimento escolar,
dificuldades de relacionamento, além de atrasos no desenvolvimento. Sabe-se que certas alterações
podem causar problemas permanentes na visão se não forem descobertas e tratadas no início.

Relacionamos a seguir alterações oculares que podem ser percebidas facilmente pelos pais e
professores:
› falta de reação e aversão à luz;
› lacrimejo excessivo e olhos mantidos fechados por muito tempo;
› olhar desviado e pupila muito dilatada;
› olhos vermelhos com secreção, dor ou coceira;
› dificuldade em distinguir cores;
› franzimento da testa para enxergar ou necessidade de assistir à televisão muito próximo ao
aparelho;
› dor de cabeça após aula ou leitura, ou depois de assistir à televisão, jogar videogame ou usar o
computador;
› dificuldade em enxergar a lousa;
› falta de atenção, desinteresse ou brincadeiras frequentes em sala de aula;
› dificuldade em aprender;
› necessidade de aproximar demais o livro ou caderno dos olhos para ler ou escrever;
› lentidão ao copiar as informações da lousa.
Ao observar ou ser comunicado pela escola que o aluno apresenta alguma dessas alterações, o pai
deve, prontamente, levá-lo ao oftalmologista.

É recomendado que o exame da visão seja


realizado todos os anos. Se a criança já usa
lentes corretivas (óculos), a reavaliação deve
ser feita a cada seis meses.

39
31. CONSULTAS AO OTORRINOLARINGOLOGISTA
(especialista em ouvido, nariz e garganta)
A deficiência auditiva atinge 10% da população mundial e ocupa o
terceiro lugar entre as deficiências mais frequentes no país.

A perda da audição pode surgir em qualquer fase da vida e é classificada em diferentes tipos e
graus.

A cooperação entre pais e professores é de grande importância para identificar eventuais


problemas de audição da criança. Os pais devem observar e perguntar aos professores se ela
apresenta algumas destas alterações:
› não responde a chamados, principalmente se está de costas para a pessoa;
› solicita sempre a repetição do que foi dito;
› troca letras na fala e na escrita;
› é desatento e tem dificuldades de aprendizagem.
Os pais também podem observar algumas alterações na criança, como
› coça os ouvidos constantemente;
› apresenta vermelhidão, inchaço ou secreção na orelha;
› aumenta muito o volume do rádio ou da televisão.
Muitas vezes, o problema auditivo pode ser tratado facilmente pelo médico otorrinolaringologista.
São as perdas auditivas temporárias causadas, por exemplo, por excesso de cera, infecções (atenção
aos resfriados, gripes e alergias respiratórias, pois podem fazer com que o catarro permaneça no
ouvido), perfurações no tímpano ou mesmo pela presença de pequenos objetos dentro do ouvido
(inseridos acidentalmente até pela própria criança).

Já as perdas permanentes são causadas por alterações durante a gravidez ou no parto, trauma
acústico (barulho muito alto próximo do ouvido), ruído excessivo e constante, ou por doenças como
sarampo, caxumba e meningite, que necessitam de acompanhamento médico.

40
Medidas eficazes para evitar perda de audição futura:
› diminuir o volume do som dos fones de ouvido, da televisão e do aparelho de som;
› utilizar fones de ouvido por curtos períodos de tempo;
› ficar distante de caixas de som com volume alto, principalmente em ambientes fechados;
› evitar manipular fogos de artifício próximo à cabeça;
› evitar nadar em águas impróprias ou sujas, o que pode causar infecção;
› limpar a parte externa da orelha com a ponta de uma toalha e evitar o uso de objetos
pontiagudos como grampos, palitos e chaves, pois podem perfurar o tímpano e causar perda da
audição;
› não usar soluções caseiras (álcool, óleo, azeite, banha etc.) nas orelhas em caso de dor.

41
32. CONSULTAS AO DENTISTA
Devem ser feitas consultas regulares a partir
dos 2 anos de idade, de preferência a cada
seis meses.

Entre as doenças que afetam a boca na infância e adolescência, a mais comum é a cárie, doença
transmissível causada por bactérias.

As cáries são caracterizadas por manchas brancas que escurecem e, depois, evoluem para cavidades
nos dentes.

Dependendo do tamanho da cárie, há dor e dificuldade para mastigar. As cáries aparecem quando
há alteração no esmalte dos dentes, e o responsável por isso é o açúcar contido nos alimentos.

A prevenção da cárie pode ser feita por medidas muito simples:


› ter uma dieta bem variada, com todos os nutrientes (proteínas, carboidratos, gorduras, minerais
e vitaminas) e rica em alimentos com fibras (frutas e verduras);
› evitar ingestão frequente de alimentos ricos em açúcar (balas, chicletes, chocolates);
› evitar a ingestão de alimentos durante a madrugada, que aumenta o risco de cáries;
› escovar os dentes após cada refeição e antes de dormir;
› trocar a escova de dentes a cada três meses ou quando as cerdas apresentarem desgaste, pois
elas perdem a capacidade de limpar a boca adequadamente;
› usar o fio dental sempre que escovar os dentes, isso é de fundamental importância porque limpa
a área entre os dentes, onde a escova não alcança;
› evitar o uso compartilhado de escova de dentes, talheres e copos, uma vez que as cáries podem
ser transmitidas por esses utensílios.

42
33. VACINAÇÃO
Estar em dia com as vacinas recomendadas é a
melhor maneira de prevenir algumas doenças
infecciosas.

É importante conferir os Calendários de Vacinação e manter a Carteira de Vacinação da criança em dia.

Calendário de Vacinação para crianças até 6 anos A

IDADE VACINAS
A partir do
BCG + Hepatite B
nascimento
2 meses VIP + Pentavalente (DTP + Hib + Hepatite B) + Rotavírus + Pneumocócica 10-valente

3 meses Meningocócica C

4 meses VIP + Pentavalente (DTP + Hib + Hepatite B) + Rotavírus + Pneumocócica 10-valente

5 meses Meningocócica C

6 meses VIP + Pentavalente (DTP + Hib + Hepatite B)

9 meses Febre amarela

12 meses Sarampo-Caxumba-Rubéola (SCR) + Meningocócica C + Pneumocócica 10-valente

15 meses VOPb + DTP + Hepatite A + Tetraviral (SCR + Varicela)

4 anos VOPb + DTP

Anualmente Influenza

- BCG: vacina contra a tuberculose.


- VIP: vacina contra poliomielite 1, 2, 3 (inativada).
- VOPb: vacina contra poliomielite 1 e 3 (atenuada).
- Pentavalente: vacina contra a difteria, tétano e coqueluche (DTP), Hepatite B, Haemophilus influenzae B (Hib) - bactéria que causa meningite, pneumonia e otite.
- Rotavírus: vacina contra o rotavírus humano (causa diarreia e vômitos).
- Pneumocócica 10-valente: vacina contra o pneumococo (bactéria que causa meningite, pneumonia, otite).
- Febre amarela: para aqueles que residem ou viajam para regiões onde há necessidade de acordo com a situação epidemiológica.
- SCR (sarampo-caxumba-rubéola): vacina contra o sarampo, caxumba e rubéola.
- Influenza: vacina contra a gripe para crianças de 6 meses a menores de 5 anos, nos períodos de campanhas.

43
Caso não tenham sido vacinados nos primeiros anos de vida, a criança e o adolescente devem
receber as vacinas de acordo com o calendário a seguir.

Calendário de Vacinação para crianças (com sete anos ou mais) e adolescentes A


INTERVALO
VACINAS ESQUEMA
ENTRE AS DOSES
BCG Dose única
Hepatite B Primeira dose
Primeira visita à
dT Primeira dose
Unidade Básica
VIP Primeira dose
de Saúde Sarampo-Caxumba-Rubéola (SCR) Primeira dose
HPV Primeira dose
Hepatite B Segunda dose
dT Segunda dose
2 meses após a
VIP Segunda dose
primeira visita Sarampo-Caxumba-Rubéola (SCR) Segunda dose
Meningocócica C Dose única

Hepatite B Terceira dose


4 a 6 meses após a dT Terceira dose
primeira visita VIP Terceira dose
Febre amarela Dose única
HPV Segunda dose

A cada 10 anos dT Reforço

- BCG: vacina contra a tuberculose.


- VIP: vacina contra a poliomielite tipos 1,2 e 3 (inativada).
- HEPATITE B: vacina contra hepatite B.
- SCR (sarampo-caxumba-rubéola): vacina contra sarampo, caxumba e rubéola.
- Febre amarela: vacina contra a febre amarela.
- dT: vacina contra difteria e tétano (dupla tipo adulto).
- HPV: vacina papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 para meninas de 9 a 14 anos e para meninos de 11 a 14 anos.
- Meningocócica C - para adolescentes de 12 e 13 anos.

A - Calendários recomendados pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

44
34. Rotina de vida saudável
É muito importante, na infância e adolescência,
manter uma rotina de vida saudável, com horários
certos para dormir, comer, brincar e estudar.

• Cuidados com o sono


O sono é fundamental para a saúde e para o aprendizado do aluno. A falta de sono, além de
comprometer o crescimento, leva à irritabilidade, dificuldade de concentração e alteração da
memória, prejudicando o desempenho escolar.

A necessidade de sono varia com a idade e de pessoa para pessoa, mas, em geral, 8 horas por noite
são suficientes.

Dicas para promover um sono de melhor qualidade:


› estabelecer horários para dormir, deitar e acordar sempre no mesmo horário ajudam a
estabelecer um padrão saudável de sono;
› o quarto de dormir deve ser silencioso, escuro e com temperatura agradável;
› não assistir à televisão no quarto nem jogar videogame perto da hora de dormir;
› atividades físicas ajudam a promover o sono, mas devem ser evitadas algumas horas antes de
dormir;
› fazer refeições leves à noite, para que o sono não seja prejudicado;
› não retardar o despertar mais do que duas horas nos fins de semana para não alterar o ritmo de
sono;
› não deixar a criança ficar à noite sem dormir.

• Cuidados com a alimentação

A alimentação tem papel fundamental em todas as fases da vida das pessoas. Na idade escolar,
destaca-se como um dos fatores mais importantes para o crescimento e desenvolvimento infantil.

45
Dicas para uma alimentação saudável:
› fazer no mínimo três refeições diárias: café da manhã, almoço e jantar, não se
esquecendo dos lanches nos intervalos da manhã e da tarde;
› não pular nenhuma refeição nem substituí-la por guloseimas;
› comer devagar, mastigando bem os alimentos, prestar atenção à sua cor, sabor,
cheiro e consistência;
› evitar tomar líquidos durante as refeições;
› beber, pelo menos, 2 litros de água por dia nos intervalos das refeições;
› dar preferência aos sucos naturais e consumir com moderação refrigerantes e
sucos artificiais;
› preferir alimentos assados, grelhados, cozidos em água ou em vapor;
› consumir frutas, verduras e legumes diariamente;
› ingerir com moderação doces, salgadinhos e alimentos com muito sal;
› dar preferência a alimentos com pouca gordura, como as carnes magras,
retirando a pele do frango;
› comer peixe pelo menos duas vezes por semana;
› tomar aproximadamente três copos de leite por dia ou substituí-lo por
derivados, como queijo e iogurte. A proteína e o cálcio presentes nesses alimentos
ajudam no crescimento da criança;
› considerar o modo de preparo dos alimentos para garantia da qualidade final,
dando preferência aos alimentos em sua forma natural;
› evitar picar ou cozinhar demais as verduras e os legumes para não prejudicar as
fibras, vitaminas e sais minerais;
› ler o rótulo das embalagens dos alimentos industrializados para saber seu valor
nutricional e sua validade;
› ofertar alimentos variados nas refeições para que a criança aprenda a comer de
tudo;
› oferecer frutas frescas nas sobremesas.
Incentivar a criança a fazer as refeições em horários regulares levando em
conta o horário escolar.

46
Realizar as refeições em ambiente tranquilo, sem
distrações como brincadeiras ou televisão.

Para uma alimentação com boa qualidade, é


preciso prestar atenção à alimentação consumida.
Não precisa ser radical! Assim, deve-se:
› fazer as pazes com a comida;
› comer sem culpa;
› entender que dietas da moda não funcionam;
› saber que não existem alimentos bons ou ruins;
› saber que não precisa eliminar nenhum alimento.

É preciso de equilíbrio, variedade e moderação:


› sentir prazer em comer;
› experimentar novos alimentos;
› montar refeições coloridas;
› fazer pelo menos uma refeição por dia em família.

Cozinhar mais e em família, aventurar-se na


cozinha e envolver todos:
› na elaboração do cardápio e da lista de compras;
› nas compras, principalmente em feiras e sacolões;
› no preparo dos alimentos;
› na arrumação da mesa para as refeições.

47
Comer consciente:
ESCUTE O QUE O CORPO FALA

48
• Atividade física
Não se deve esquecer de que a atividade física diária
é muito importante para manter a saúde, o peso
adequado e a sensação de bem-estar.

A atividade física frequente também traz benefícios


psicológicos, como o aumento da autoestima e a
diminuição da ansiedade e depressão.

Crianças e adolescentes devem realizar 1 hora ou


mais de atividade física por dia.

Dicas para estimular a atividade física entre as crianças:


› reduzir o tempo gasto com atividades sedentárias
(ver televisão, falar ao telefone, jogar videogame,
utilizar computador);
› tornar a atividade física prazerosa, estimulando a
criança a realizar a atividade de que gosta;
› servir de modelo para o filho, praticando atividade
física também;
› promover oportunidades para a criança realizar
brincadeiras ativas e encorajar o adolescente a
praticar atividade física;
› proporcionar momentos de atividade física nas
horas de lazer em que a família estiver reunida,
como passear no parque, andar de bicicleta, jogar
bola, patinar, entre outras.

• O brincar
O brincar é tão essencial à criança quanto o trabalho
é para os adultos. A criança que não brinca apresenta
maior dificuldade para aprender, fazer amigos,
entusiasmar-se e desenvolver a afetividade.

49
O brincar é a maneira que as crianças utilizam para se expressar e demonstrar seus sentimentos,
suas vontades e suas inquietudes.

As brincadeiras têm papel fundamental no controle da agressividade e na descoberta de novas


formas de estar, de integrar-se nos diferentes grupos e situações.

Durante as brincadeiras e jogos, a criança desenvolve o raciocínio, percepção dos sentidos,


socialização, comunicação e criatividade.

Assim, é fundamental:
› estimular o desenvolvimento da autoestima da criança, apontando as qualidades e pontos
positivos dela;
› favorecer a participação da criança em um grupo social e na comunidade, permitindo a sensação
de pertencimento;
› estimular o brincar e as atividades de lazer, de grande importância para o seu desenvolvimento;
› permitir a expressão de desejos e sentimentos, dando a certeza de que será compreendida;
› dar limites, para auxiliá-la no discernimento entre o certo e o errado;
› ouvir atentamente as ideias da criança, estimulando a troca de informação e a confiança.

50
• Valorizar a comunicação

A capacidade de desenvolver a linguagem é


específica do ser humano e constitui a base do
desenvolvimento.

Com a linguagem nos comunicamos,


estruturamos novas ideias e aprendemos.

Entre 4 e 5 anos, a criança já é capaz de


pronunciar adequadamente os sons de
sua língua e relatar fatos, narrar histórias e
manter uma conversa. No entanto, mesmo
que o desenvolvimento da linguagem já esteja
completo, ele deve continuar sendo aprimorado.

Medidas para estimular a criança a se comunicar bem:


› procurar falar corretamente, sem gritar e com articulação
clara, ou seja, movimentando bem a boca;
› não imitar nem incentivar palavras pronunciadas de forma errada ou
com trocas;
› estimular a conversa agradável sem tom de investigação, demonstrando atenção e interesse ao
que a criança fala;
› não terminar o que a criança tem a dizer e ter paciência para esperar até que ela termine a frase;
› encorajar a criança para que seja mais clara se o relato estiver confuso;
› ficar atento a problemas respiratórios ou costumes prolongados da época de bebê, como chupar
dedo ou chupeta, usar mamadeira e comer somente alimentos pastosos ou moles demais, pois
esses hábitos podem prejudicar a dentição e distorcer a fala da criança.
35. Cuidados com a postura

Entre os aspectos físicos que podem causar problemas na coluna,


destacam-se:
› fazer exercícios inadequados para a idade, principalmente durante a fase
de crescimento;
› carregar mochila ou bolsa pesada nas costas ou sobre os ombros;
› dormir em colchão inadequado.

Dicas para manter a postura correta:


› manter as costas bem alinhadas, o pescoço ereto e o olhar na linha
do horizonte para andar;
› dobrar os joelhos ao se agachar ou pegar algum peso, para não
curvar as costas em demasia;
› colocar algum apoio para os pés caso não alcance o chão quando
estiver sentado;
› sentar-se à mesa para estudar e ler com os braços e as costas
bem apoiados na cadeira;
› não fazer lição no chão, na cama ou no sofá;
› dormir de lado, com as pernas encolhidas, o colchão deve
ser firme e o travesseiro estar na altura do ombro.

Uso adequado da mochila:


› escolher uma mochila leve, quando vazia não deve
pesar mais do que meio quilo;
› calcular o peso da criança e dividir por dez; a
mochila cheia não pode pesar mais que 10% do peso da criança;
por exemplo: se o filho tiver 30 quilos, o máximo de peso recomendado para a
mochila será 3 quilos; caso necessite carregar mais peso, a opção é carregar a mochila em um
carrinho;
› escolher mochilas com duas tiras, para distribuir o peso uniformemente e não sobrecarregar um
ombro só;

52
› observar se as alças são
acolchoadas, reguláveis e com
largura mínima de 4 centímetros na
altura dos ombros;
› preferir as de estrutura rígida
e acolchoada nas costas; o forro
acolchoado ajuda a evitar ferimentos
com objetos pontiagudos;
› observar se há um cinto regulável
na altura da barriga para evitar que
a mochila balance e ajude a repartir
o peso entre os ombros e a coluna
lombar;
› verificar a quantidade de bolsos nas
mochilas; quanto mais espaçado o
material, melhor a distribuição de peso,
diminuindo os danos à região da coluna;
› colocar as coisas mais pesadas no fundo
e junto às costas da criança, ou seja, na
parte de trás da mochila;
› dispor os livros e outros materiais de
maneira que não fiquem soltos dentro
da mochila, provocando movimentos de
desequilíbrio;
› certificar-se de que a criança está levando
dentro da mochila apenas o material
necessário;
› estimular a criança a informar se tiver dor ou
desconforto ao usar a mochila;
› não ignorar dor nas costas em crianças
ou adolescentes e consultar um médico
ortopedista.

53
inclusão escolar
A escola
de todos e para
cada um

36. PRINCÍPIOS DA INCLUSÃO


Nos últimos anos, acordos internacionais e leis
de proteção à cidadania resgataram os direitos
fundamentais para todas as pessoas.

Na maior parte dos países, a liberdade, a igualdade e o respeito, permeados pela justiça, sempre
foram condições asseguradas pela Constituição. Embora os direitos estejam garantidos, as pessoas
com deficiência ainda fazem parte de grupos com histórias de discriminação e precisam lutar para
conquistar seu espaço.

Todos têm direito à liberdade de escolhas para defesa de ponto de vista, pensamento, personalidade,
intimidade, vida privada, iniciativa, mobilidade e acesso aos locais públicos. Os direitos à
preservação da identidade e ao respeito à dignidade têm sido garantidos, independentemente de
escolhas, religião, raça, cor, etnia, orientação sexual, condição e opção do modo de viver.

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Liberdade e respeito são fundamentais, uma vez que cada indivíduo é único e tem direito de
conquistar as mesmas oportunidades que os demais. Esse é o princípio da igualdade.

Para garantir as mesmas oportunidades, é necessário observar os critérios de igualdade de


acordo com a justiça, pois o princípio está implícito em uma visão equitativa e sem preconceitos.
Assim, a sociedade deve criar condições que aceitem a diversidade e promovam a dignidade,
independentemente da condição de cada um.

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37. A INCLUSÃO ESCOLAR
A escola deve ser o espaço de acolhimento de todas as
crianças e de todos os jovens e adultos, qualquer que seja sua
condição. Para que a escola seja para todos e também de cada
um, a igualdade deve ser tratada com justiça.

Assim, é fundamental a escola atender às necessidades de cada um, ajustando-se às condições


diferentes da criança, do jovem e do adulto.

A escola inclusiva beneficia todos os estudantes, os professores e a comunidade. Todos os


estudantes têm a oportunidade de conviver com o diferente, preparar-se para viver em comunidade
e, assim, são motivados a vencer desafios.

É despertada em todos a vontade de se superar e fazer sempre o melhor, valorizando a cooperação


e a habilidade de cada um.

A escola de todos e para cada um aceita a diversidade e a multiculturaliade, e tem como


principal objetivo valorizar o respeito entre as pessoas. E para haver condições de os estudantes
frequentarem as aulas e quaisquer espaços, os meios de acesso e permanência nos diversos
ambientes devem estar garantidos.

Esta é a escola inclusiva: muito mais do que efetivar a matrícula dos que desejam estudar, acolhe as
diferenças e busca medidas para facilitar desde a aceitação dos colegas e funcionários até a adoção
de estratégias de ensino efetivas.

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59
Para começarmos a ter uma sociedade justa e que respeite as diferenças de todas as pessoas,
devem-se empregar as denominações corretas ao falar sobre deficiência:

Pessoa
Pessoa
com
com
deficiência
TransTorno

Assim, termos como deficiente, especial, cadeirante, portador ou quaisquer outros são inadequados.
Devem, portanto, ser definitivamente excluídos do vocabulário.

O preconceito pode decorrer da falta de conhecimento sobre o que significa ter uma deficiência e
isso gerar dúvida de como tratar a pessoa com deficiência. Por exemplo: "Será que pode ofendê-la ao
olhar ou perguntar algo a ela?"

Muitas vezes, o auxílio é necessário. Entretanto, antes disso, deve-se perguntar qual a melhor forma de
ajudá-la.

É imprescindível ter atitude de consideração e respeito por todos que nos cercam.

A deficiência não impossibilita a aprendizagem, mas esse entendimento somente é possível quando
começamos a conviver todos juntos. Esse é o princípio da escola inclusiva, que valoriza a condição de
aprendizagem de todos os estudantes, respeitando as diferenças no ritmo de aprendizagem e com as
características próprias de cada um.

38. ENTENDENDO MELHOR


A DEFICIÊNCIA
A deficiência não é uma doença, mas pode ser causada
por uma. Existem vários fatores que podem causar
deficiência, por exemplo, os orgânicos e os hereditários.

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Existem vários tipos de deficiência. Diante das características apresentadas a escola tem a
necessidade de eliminar barreiras que prejudicam a participação plena da pessoa com deficiência.
Nesse sentido, a escola sempre está em busca de aprimorar seus recursos e serviços para viabilizar
melhores condições de aprendizado para os alunos.

É importante conhecer as principais características de cada tipo de deficiência ou transtorno


para a garantia de direitos. Com atitudes adequadas, vamos construir um Escola Para Todos sem
desconsiderar a necessidade de cada um.

• Deficiência motora
É definida por uma limitação motora ou dificuldade de movimento. Pode ocorrer por alterações
ósseas, das articulações e musculares, por falta de um membro ou malformação. As alterações
podem ser definitivas ou transitórias, com quadro de evolução para melhora ou piora.
Esse tipo de deficiência está presente em várias situações: amputação de membros, paralisia total
ou parcial de membros, encefalopatia crônica (paralisia cerebral), entre outras.

A pessoa com deficiência motora necessita ter o acesso garantido aos


Conheceirr diferentes locais. Quando se refere ao acesso, não se está apenas pensando
para a g nas rampas para pessoas que utilizam cadeira de rodas, mas também nas
atitudes positivas e de respeito, no direito de comunicação e no direito a
programas adaptados e recursos que facilitem suas ações.

A acessibilidade é fundamental, mas, para além dela, existem alguns


cuidados que não devem deixar de ser tomados. Um exemplo é falar na
mesma altura da pessoa que utiliza cadeira de rodas.

O auxílio para guiar a cadeira é outro aspecto que merece cuidado


e atenção daquele que quer ajudar. A condução deve ser segura,
sem pressa, desviada da parede ou de obstáculos e havendo
desnível ou descida, deve-se virar a cadeira em marcha à ré
para evitar a sensação de queda.

Se uma pessoa que utiliza cadeira de rodas ou muletas cair,


deve-se oferecer imediatamente ajuda e perguntar sempre
à pessoa como agir. Cada um tem seu próprio jeito para se
levantar ou se apoiar e recolocar-se na cadeira. Ela é a mais
indicada para orientar como deve ser a melhor forma de
auxiliá-la.

Também deve-se estar atento se os lugares possibilitam a


entrada e permanência da cadeira de rodas. Há necessidade de
planejamento de espaços para manobras da cadeira de rodas,
adaptação de móveis em relação à altura e disposição das rampas
e elevadores ou quaisquer outras formas de facilitação do acesso da
pessoa com deficiência motora.

A encefalopatia crônica, mais conhecida por paralisia cerebral, é considerada, na


maioria dos casos, uma deficiência motora, mas pode ter outras associações.

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Quando a encefalopatia acomete as funções motoras da fala, pode haver lentidão no ritmo e modo de
expressão. Se houver dificuldade de entender a fala do estudante, não há problema em dizer que não
entendeu e solicitar a repetição de forma tranquila e natural. Do contrário, de forma brusca ou enfática,
pode-se levar a um desajuste postural, tornando a fala ainda mais incompreensível.

• Deficiência intelectual
A Organização das Nações Unidas (ONU) alterou o termo "deficiência mental" para
"deficiência intelectual", com o objetivo de evitar confusões com doenças mentais
(quadros psiquiátricos).

A pessoa com deficiência intelectual apresenta prejuízo nas funções


intelectuais que envolvem raciocínio, solução de problemas,
planejamento abstrato, juízo e aprendizagem, possuindo
dificuldade na comunicação, no autocuidado e na obediência a
limites para adequar-se a regras de convivência.

É uma pessoa com ritmo mais lento e, apesar de apresentar


um modo de aprendizagem diferente e necessitar de
estratégias de ensino específicas, tem capacidade de
aprender de forma concreta.

Conheceirr O estabelecimento de um bom


para a g vínculo é importante para a
convivência e aprendizagem.

Outro fator importante é lembrar que todos os estudantes


são capazes, portanto não é necessário superprotegê-los ou
subestimá-los. Sempre se deve permitir que realizem suas
tarefas, enaltecendo suas conquistas para desenvolverem a
autoconfiança.

Deve-se comunicar de forma clara, objetiva (modo concreto) e natural,


evitando falas infantilizadas e excesso do uso de palavras no diminutivo.

63
• Deficiência auditiva
Ser surdo é diferente de ser uma pessoa com deficiência auditiva. A pessoa surda apresenta lingua-

gem visual, ou seja, se comunica pela língua de sinais e não se beneficia de aparelho auditivo.
A pessoa com deficiência auditiva consegue se beneficiar de aparelho auditivo ou implante coclear
e desenvolve a linguagem oral. Além de ter a possibilidade de usar aparelho de amplificação
para ter acesso às informações sonoras, ela fala e procura fazer a leitura dos lábios e observar as
expressões do rosto da pessoa com quem conversa.

É muito importante saber que não existe o termo "surdo-mudo". É uma expressão considerada
discriminatória e preconceituosa. Apesar de ser utilizada, não revela a realidade da pessoa surda, que
apresenta sua própria língua e se expressa por meio da linguagem visual.

Conheceirr
para a g Ao conversar com uma pessoa que apresenta deficiência auditiva, deve-
se demonstrar quando não se compreende o que ela está expressando.
Essa atitude a levará a buscar formas mais eficientes para que os outros
a entendam. Deve-se sempre manifestar interesse no discurso e olhar

64
diretamente para ela durante o diálogo.

Não é uma atitude correta falar mais alto com a pessoa com deficiência auditiva, pois isso não fará
com que ela entenda. O hábito de gritar é pior ainda, uma vez que os aparelhos de amplificação
podem cortar sons muito intensos, como forma de proteção do limiar de desconforto do usuário.

Já com a pessoa surda brasileira, a melhor forma de comunicação é a Língua Brasileira de Sinais
(Libras), mas é possível também utilizar gestos, apontar imagens ou utilizar a escrita em português
quando não se conhece a língua de sinais.

• Deficiência visual
Denomina-se pessoa com deficiência visual
aquela que tem baixa visão ou é cega. A
deficiência pode ser originária de alguma
causa orgânica ou de fator hereditário
que resultam na perda visual.

A cegueira é a perda total da visão


ou o mínimo de visão e leva a
pessoa a necessitar de recursos
de sinalização e pistas táteis para
garantir autonomia na mobilidade
e acesso às informações, além do
Sistema Braille para ter acesso às
informações escritas.

A baixa visão é a perda importante


de visão que não pode ser corrigida
por tratamento clínico ou cirúrgico,
nem óculos convencionais. A pessoa com
baixa visão pode se beneficiar de recursos
ópticos especiais, como lupas, telelupas, textos
impressos ampliados, entre outros.

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A pessoa com baixa visão pode manifestar diferentes estágios da doença ocular e apresentar perda
visual progressiva. Essa condição requer avaliação regular para que o tratamento e planejamento
dos recursos escolares sejam atendidos de acordo com a verdadeira necessidade da função visual.

É importante lembrar de que não apresentam deficiência visual pessoas que utilizam óculos
convencionais, com erros de refração (miopia, astigmatismo etc.).

Ao conviver com uma pessoa com deficiência visual, é importante ter


Conheceirr conhecimento sobre quais são as suas habilidades visuais que estão
para a g prejudicadas, tais como: sensibilidade ao contraste, não percepção das cores,
intolerância à luminosidade, diminuição do campo visual, entre outros. Isso
tudo interferirá na rotina da pessoa com deficiência visual. É imprescindível o
apoio da família, estimulando as potencialidades e autonomia dela.

Para facilitar a comunicação e a aprendizagem da pessoa com deficiência visual, é necessário


descrever as ações com mais detalhes e explicitar com clareza o que se quer comunicar.

Um ponto fundamental antes de ter contato físico com ela é avisá-la do que será feito para não a
surpreender.

posso
ajudar

66
39. ENTENDENDO MELHOR O QUE
É UM TRANSTORNO GLOBAL DO
DESENVOLVIMENTO - TGD
O TGD, de acordo com a Classificação Internacional de
Doenças (CID 10), caracteriza-se por prejuízo em diversas
áreas do desenvolvimento da criança.

Fazem parte desse grupo o autismo,


atualmente chamado de transtorno do
espectro do autismo, e o transtorno
desintegrativo da infância.

• Transtorno do espectro do
autismo (TEA)
O TEA caracteriza-se por
ser um transtorno do
desenvolvimento que
pode ser determinado
pela alteração de fatores
neurológicos, biológicos,
genéticos e ambientais.

Não existem exames específicos


para sua identificação, o
diagnóstico é realizado por meio
de uma avaliação clínica, ou seja, com a
observação e análise dos sinais que a criança apresenta. Na
maioria dos casos, as características do transtorno aparecem antes dos 3
anos de idade.

É quatro vezes mais comum em garotos e pode se apresentar muito diferente de uma pessoa
para outra, em uma gradação da leve à mais grave, com diferentes condições de ocorrência dos
sintomas.

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A pessoa com autismo apresenta prejuízos persistentes nas áreas de relacionamento social e de
comunicação, além de apresentar pouco interesse nas atividades e tendência a executar movimentos
repetitivos.

Esses prejuízos ocorrem de maneiras e intensidades diferentes, por isso diz-se que cada pessoa com
autismo tem características próprias.

Os pais devem observar se a criança apresenta comportamentos diferentes e, caso eles sejam
constatados, devem procurar o pediatra, que iniciará a observação.

Sobre esse transtorno, há alguns comportamentos a serem observados:


› movimentos repetitivos com as mãos e o corpo, correr de um lado para o outro;
› sensibilidade exagerada a determinado sons, como liquidificador, batedeira, secador de cabelo;
› dificuldade para aceitar;
› insistência em seguir rotina;
› repetição das palavras que acabam de ouvir;
› falta de interesse pelo relacionamento com outras pessoas;
› dificuldade de compreender símbolos ou relacionar-se com o mundo imaginário;
› contato visual pouco frequente;
› dificuldade em estabelecer contato físico;
› dificuldade em aceitar experiências novas de alimentos com outras texturas ou mudanças na
rotina alimentar.

O psiquiatra é o profissional mais adequado para estabelecer o diagnóstico.

O tratamento do autismo consiste em acompanhamento psicológico e educacional, orientação


familiar, desenvolvimento da linguagem e da comunicação.

O ideal é que uma equipe multidisciplinar (pediatra, psiquiatra, psicólogo, fonoaudiólogo,


terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e educador físico) avalie a criança e proponha um programa
de intervenção.

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• Transtorno desintegrativo da infância
O transtorno desintegrativo da infância é uma condição em que a criança se desenvolve
normalmente até certa idade, mas depois demonstra uma regressão pronunciada em várias áreas
de seu desenvolvimento.

A forma mais comum é a psicose infantil, um transtorno raro. Seu diagnóstico pode ser realizado
se os sintomas forem precedidos por, pelo menos, dois anos de desenvolvimento normal e o início
ocorrer antes dos 10 anos de idade.

A criança com transtorno desintegrativo da infância mostra os seguintes sinais e sintomas,


alguns simultaneamente:
› grave declínio na capacidade de falar e ter uma conversa;
› dificuldade significativa em se relacionar e interagir com os outros;
› perda de interesse em jogo imaginário e em uma variedade de jogos e atividades;
› declínio dramático na capacidade de caminhar, escalar, agarrar objetos e outros movimentos;
› dificuldade no controle da bexiga e intestino, incluindo frequentes acidentes em uma criança
anteriormente treinada para ir ao banheiro.

O profissional indicado para estabelecer esse diagnóstico é o psiquiatra, e o tratamento envolve


combinação de medicamentos e acompanhamento psicológico, entre outras medidas.

Conheceirr
Em um primeiro contato, não gritar, tocar ou pressionar para que a pessoa
fale. Tais atitudes podem piorar a interação. A atitude mais adequada é
para a g buscar um meio ou uma técnica para se comunicar com a criança, o jovem e
o adulto com esses tipos de transtornos.

Assim, deve-se conhecer e entender a rotina da pessoa e mostrar, por etapas, a necessidade de
qualquer alteração. Essa atitude é muito importante para o bom relacionamento entre todos.

As limitações e características que o transtorno provoca devem ser respeitadas, assim como o ritmo
de aprendizagem e a forma de interação social.

69
40. ENTENDENDO MELHOR O QUE É ALTA
HABILIDADE OU SUPERDOTAÇÃO
Pode parecer estranho abordar esse tema em um material que trata
de deficiência e de transtornos. Entretanto, a inclusão dos estudantes
com altas habilidades ou superdotação é necessária, porque,
independentemente das habilidades apresentadas, pode haver
necessidade de um trabalho mais amplo, que auxilie a criança ou o
jovem a lidar com condições que se valham de outras habilidades que
possam estar comprometidas.

70
Caso não ocorram ações pedagógicas como um olhar diferenciado e um planejamento de
estratégias de ensino, há risco de se sufocar suas potencialidades, levando-o à desmotivação.

As pessoas com alta habilidade ou superdotação apresentam elevado potencial intelectual e


acadêmico, destacam-se em atividades que demandam criatividade, bem como evidenciam
liderança nas situações cotidianas. Entretanto, seu desenvolvimento emocional, muitas vezes, não
acompanha o mesmo ritmo.

Existem casos em que a facilidade em realizar e entender as tarefas leva a desinteresse e


desempenho abaixo do esperado, dificuldade nos relacionamentos, não aceitação de críticas,
problemas de comportamento e tendência a questionar regras.

Acreditar que o estudante com


alta habilidade é autodidata, ou
Conheceirr seja, que se instrui por esforço
para a g próprio, sem a ajuda de outros, é
uma visão equivocada.

É importante que, em casa e na


escola, sejam valorizadas suas
potencialidades e estabelecidas
regras para evitar o isolamento e
comportamentos inadequados.

Em casa, a família deve


incentivar tanto as áreas
de superdotação quanto o
enfrentamento das dificuldades.

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Para a família auxiliar seu filho com deficiência ou
com autismo, é muito importante:
› atentar-se às dificuldades da criança no dia a dia em
relação às atividades domésticas, escolares e sociais;
› buscar orientação nos serviços comunitários, com
profissionais de saúde (pediatra, neurologista,
psiquiatra, psicólogo, fonoaudiólogo, entre outros);
› obter informações precisas do ponto de vista
médico, psicológico e educacional sobre as
possibilidades futuras da criança;
› informar-se sobre os direitos do filho, tomando
conhecimento no que diz respeito à legislação federal,
estadual e municipal;
› acompanhar e participar dos atendimentos de saúde;
› matricular a criança em uma escola de confiança.

• A importância da escola e das parcerias


Uma das maiores dificuldades vividas pela família da
criança com deficiência ou transtornos é o início de sua
vida escolar.

Muitos pais se sentem inseguros em matricular o


filho na escola regular. Porém, não basta matricular
a criança na escola; a participação da família no
cotidiano é fundamental. Os pais precisam se envolver
na vida escolar do filho e conhecer suas necessidades,
habilidades e dificuldades no dia a dia.

Nessa partilha de responsabilidades, cada parte precisa


estar bem envolvida para que todas as necessidades da
criança ou do jovem sejam atendidas.

Nesse aspecto, certamente a parceria entre família e

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escola contribui para a adaptação e
possibilita, cada vez mais, a autonomia
da criança, do jovem e do adulto,
fazendo com que se sintam confiantes
e seguros, dentro ou fora de casa.

À escola cabe acolher, oferecer


condições de igualdade na
aprendizagem e estratégias
pedagógicas específicas, com recursos
de acessibilidade.

Também os profissionais da saúde


são parte essencial nesse processo,
pois eles trocam experiências com
o professor em relação a cuidados
necessários, comportamento e
estratégias de aprendizagem do
estudante.

Nesse sentido, a família deve investir


nos tratamentos de saúde e informar
a escola sobre o desenvolvimento
do aluno, assim como apresentar
os relatórios diagnósticos e os
acompanhamentos. Se possível,
promover ainda a troca de informações
entre escola e terapeutas.

Finalmente, quando a família e escola


trabalham em equipe é que se rompem
os preconceitos e, assim, a criança é
verdadeiramente incluída.

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Saiba mais no site:
www.sesisp.org.br/educacao

SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA - SESI


DEPARTAMENTO REGIONAL DE SÃO PAULO
GERÊNCIA EXECUTIVA DE EDUCAÇÃO 2020

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