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A Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade), art. 42, inciso III prevê
que o Plano Diretor tenha um sistema de acompanhamento e controle. Porém, não
havia na lei um detalhamento desse sistema. O detalhamento foi dado quatro anos depois
da edição do Estatuto da Cidade por uma resolução do então Conselho das Cidades
(ConCidades). A Resolução nº 34, de 1 de julho, estabelece em seu art. 6º:
Art. 6º. O Sistema de Acompanhamento e Controle Social previsto pelo art. 42,
inciso III, do Estatuto da Cidade deverá:
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previstos no Estatuto da Cidade. O objetivo
PARA MAIS
é garantir o pleno desenvolvimento das INFORMAÇÕES e
funções sociais da cidade e uma série SOBRE O TEMA
de direitos, como a democratização do VER TAMBÉM OS
acesso à terra urbanizada e o direito a MÓDULOS 1 e 4
cidades sustentáveis.
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Monitorar, Avaliar, Criticar e Aprender com o desenvolvimento urbano sustentável
6
PARA MAIS
Anual. Ele foi estabelecido pela Constituição INFORMAÇÕES
SOBRE O TEMA
Federal de 1988 e somente com a aprovação do
VER TAMBÉM O
Estatuto da Cidade em 2001 passou a ser exigida
MÓDULO 6.
a ligação desses instrumentos com o planejamento
urbano através do Plano Diretor. O § 1o do art. 40
da Lei nº 10.257/2001 estabelece que:
Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da
política de desenvolvimento e expansão urbana.
?
reproduz as dez estratégias propostas
pelo PDE para a cidade até o ano de
VOCÊ SABIA 2029:
Lançada em dezembro de 2016, 1. Socializar os ganhos da produção da
essa plataforma aberta de gestão
cidade;
urbana encontra-se disponível
para acesso público. Ela recebe
2. Promover o desenvolvimento
atualização constante dos dados
e complementação de novos econômico;
indicadores. Disponível em: https://
monitoramentopde.gestaourbana. 3. Assegurar o direito à moradia digna;
prefeitura.sp.gov.br/.
4. Incorporar a agenda ambiental ao
desenvolvimento da cidade;
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Monitorar, Avaliar, Criticar e Aprender com o desenvolvimento urbano sustentável
A vigência do Plano Diretor de Belo Horizonte teve início em fevereiro de 2020, como
previsto em sua lei de aprovação. O monitoramento também teve início no mesmo ano.
Portanto, é um sistema mais recente. Alguns aspectos da política urbana também já eram
monitorados por outro sistema construído pela Prefeitura de Belo Horizonte. Trata-se
do Sistema Local de Monitoramento de Indicadores ODS de Belo Horizonte, criado no
Observatório do Milênio de 2018. Esse sistema monitora não apenas os temas do ODS
11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis, mas também de todos os outros Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável.
O compromisso que depende da atuação direta das cidades precisa ser adaptado para
cada escala local, pois foi formulado na escala dos países. Como traduzir os compromissos
definidos pela ONU em metas e indicadores monitoráveis, capazes de serem medidos
e comparados ao longo do tempo, de modo que se possa acompanhar e avaliar a sua
evolução?
No Brasil, o IBGE monitora os ODS nacionalmente por meio de 63 indicadores. Alguns são
de autoria própria, outros são de outras organizações. Os indicadores procuram medir as
qualidades ambiental e de vida da população, o desempenho macroeconômico do país,
os padrões de produção e consumo, e a governança para o desenvolvimento sustentável
(IBGE, 2015). Pode-se encontrar localmente um número grande de iniciativas tanto do
poder público local quanto de organizações da sociedade civil. Elas construíram sistemas
e plataformas para monitorar a implementação da Agenda 2030 e dos ODS.
?
todas as cidades do país para gerar pontuações
e classificar as cidades em um ranking (Figura
VOCÊ SABIA 12). Pode haver diferenças entre a posição
A descrição mais das cidades na classificação final por causa
detalhada da
metodologia pode ser
de pequenas distâncias na pontuação do
encontrada no site IDSC (INSTITUTO CIDADES SUSTENTÁVEIS,
criado especialmente 2022).
para divulgar os
resultados do O ranking do IDSC-BR informa que os
índice: https://idsc.
cidadessustentaveis.
ODS seriam mais facilmente atingíveis em
org.br cidades médias e pequenas, já que entre
as 100 primeiras cidades, a única capital é
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Monitorar, Avaliar, Criticar e Aprender com o desenvolvimento urbano sustentável
Figura 12:
Distribuição
espacial do Índice
de Desenvolvimento
Sustentável das
Cidades – Brasil
(IDSC-BR)
Fonte: Instituto
Cidades Sustentáveis
(2022). https://idsc.
cidadessustentaveis.
org.br/