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Atenciosamente,
Thiago Lopes Araújo
PROPOSTA DE PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA
2. DESCRIÇÃO DO PROJECTO:
Neste sentido, este projecto objetiva investigar o atrito linguístico provocado pelo português
L2 em falantes de italiano L1 do ponto de vista fonológico, como o processo de nasalização
vocálica, em uma análise longitudinal. Haveria, portanto, em falantes de italiano residentes em
Portugal e que aprendem há algum tempo PLE, perdas, mudanças ou transferências fonológicas da
1 Entende-se como L1, ou língua materna, aquela adquirida pelo falante em seu contexto de produção. Por L2, uma
língua não primária, adquirida, muitas vezes, em um processo de necessidade comunicativa, para efeitos de
socialização.
L2 para a língua materna? De que maneira e em qual medida o processo ocorre? Para tanto, é
importante observar que os sistemas sonoros das línguas de bilíngues coabitam um mesmo espaço
fonético-fonológico no cérebro (Flege 1995; Best & Tyler 2007) e que bilíngues apresentam um
processamento sintático “intermediário” entre L1 e L2 para ambas as línguas (Hernandez, Bates &
Avila 1994). Dessa maneira, fica cada vez mais claro que o bilinguismo impacta o processamento e
a representação tanto da L2 quanto da própria L1 (Dussias 2004; Hopp 2010; Kupske 2016), mesmo
quando desenvolvidas desde a primeira infância (Werker & Byers-Heinlein 2008). Com o
desenvolvimento de uma L2, a L1 de qualquer indivíduo, em algum momento e em algum nível,
estará alterada (Köpke 2007).
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
RWAMO, A.; NTIRANYIBAGIRA, C. . Simbiose de fatores fonológicos e perceptivos na
adaptação de empréstimo linguístico: um estudo de caso da língua Kirundi. Revista Odisseia, [S.
l.], v. 5, n. 1, p. p. 22 – 39, 2019. DOI: 10.21680/1983-2435.2020v5n1ID18827. Disponível em:
https://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/18827.