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Vendedor: GFS-USA.
Prótese sobre Implantes Dentais
2A EDIÇÃO
Capa
Folha de rosto
Copyright
Colaboradores
Dedicatória
Prefácio
Apresentação
Sobre o Autor
Agradecimentos
Parte I: Introdução
Capítulo 1: Fundamentos para Implantes Dentais
Resumo
Componentes do Implante
Resumo
Revisão de Literatura
Longevidade
Mobilidade
Percussão
Dor
Profundidades de Sondagem
Índice de Sangramento
Perda da Crista Óssea
Avaliação Radiográfica
Doença Peri-implantar
Resumo
Propriedades do Volume
Metais e Ligas
Cerâmica e Carbono
Polímeros e Compósitos
Características de Superfície
Resumo
Agradecimento
Momento de Inércia
Resumo
Resposta Biológica
Mecanotransdução
Resposta Biomecânica
Modalidades de Imagem
Radiografia Periapical
Radiografia Oclusal
Radiografia Cefalométrica
Radiografia Panorâmica
Tomografia Computadorizada
Causas Biológicas
Causas Biomecânicas
Discussão
Resumo
Resumo
Opções Protéticas
Próteses Removíveis
Conclusão
Parafunção
Dinâmica Mastigatória
Posição no Arco
Arco Antagonista
Resumo
Plano de Tratamento
Resumo
Opções de Pilares
Número de Implantes
Resumo
Área de Superfície
Comprimento do Implante
Diâmetro do Implante
Estética
Resumo
Revisão da Literatura
Osso Disponível
Resumo
Modelo do Implante
Resumo
Avaliação Geral
Critérios Específicos
Próteses de Tratamento
Opções de Pilares
Modelos de Diagnóstico
Guias Radiográficos
Guias Cirúrgicos
Próteses Provisórias
Reembasadores de Próteses
Resumo
Histórico
Resumo
Resumo
Capítulo 21: Próteses sobre Implantes Unitários: Regiões Anteriores e
Posteriores da Maxila
Fase Protética
Complicações
Confecção da Prótese
Conclusão
Resumo
Histórico do Tratamento
Resumo
Capítulo 23: Mandíbulas Edentadas: Planos de Tratamento para
Sobredentaduras
Revisão da Literatura
Movimento da Sobredentadura
Discussão
Resumo
Fatores de Força
Dinâmica Mandibular
Resumo
Opções de Tratamento
Conclusão
Proteção da Prótese
Resistência e Pilares
Cimentação
Resumo
Capítulo 27: Tecnologia Digital em Implantodontia
O Laboratório Digital
O Processo Digital
O Processo Digital
Comunicação da Oclusão
Impressões Dentárias
Conclusão
Resumo
Agradecimento
Retenção Parafusada
Próteses Parafusadas
Vantagens de Próteses Parafusadas
Odontologia Digital
Complicações
Resumo
Revisão da Literatura
Fabricação da Prótese
Processo Restaurador
Resumo
Resumo
Oclusão Implantoprotegida
Considerações Oclusais para Próteses Fixas sobre Implantes
Conclusão
Resumo
Tempo
Dieta
Material Oclusal
Oclusão
Desenho da Prótese
Resumo
Resumo
Sondagem da Profundidade
Índice de Sangramento
Seleção do Instrumento
Agentes Quimioterápicos
Resumo
Índice
Copyright
Capa
Studio Creamcrakers
Editoração Eletrônica
Thomson Digital
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tradutores, nem revisores ou colaboradores, assumem qualquer responsabilidade por
qualquer efeito danoso e/ou malefício a pessoas ou propriedades envolvendo
responsabilidade, negligência etc. de produtos, ou advindos de qualquer uso ou
emprego de quaisquer métodos, produtos, instruções ou ideias contidos no material
aqui publicado.
O Editor
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
REVISÃO CIENTÍFICA
Mario Groisman
Especialista em Periodontia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Especialista em Implantodontia pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO)
Mestre em Ciências Dentais pela Universidade de Lund, Suécia
TRADUÇÃO
Alessandro Huelber Nogueira Pinheiro (Cap. 21 parte)
Especialista em Reabilitação Oral pela Universidade de São Paulo (USP/Bauru-SP)
Especialista em Implantodontia pela Faculdade São Leopoldo Mandic, RJ
Mestre em Prótese Dentária pela Faculdade São Leopoldo Mandic (Campinas, SP)
Professor da Faculdade de Odontologia de Valença
Professor do Curso de Implantodontia pela Faculdade São Leopoldo Mandic, RJ
Alexandre Barboza de Lemos (Cap. 2)
Doutor em Implantodontia pela Faculdade São Leopoldo Mandic, RJ
Mestre em Periodontia pela Universidade Veiga de Almeida
Especialista em Periodontia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Especialista em Implantodontia pela Faculdade São Leopoldo Mandic
Professor Coordenador do Curso de Especialização em Implantodontia da Faculdade
São Leopoldo Mandic, RJ
Professor Coordenador do Curso de Especialização em Implantodontia pela
Associação Brasileira de Odontologia(Campos dos Goytacazes)
Professor Convidado do Curso de Mestrado em Implantodontia pela Faculdade São
Leopoldo Mandic
Brisa dos Santos Leite (Caps. 16, 28, 33)
Graduada em Odontologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA)
Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial no Hospital Universitário
Clementino Fraga Filho (UFRJ)
Carlos Eduardo Avellar da Silva (Cap. 23)
Graduado em Odontologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Especialista em Prótese Dentária pela Unigranrio
Mestre em Reabilitação Oral pela Universidade Veiga de Almeida (UVA)
Professor do Curso de Implantodontia do Instituto Fluminense de Implantodontia (IFI)
Danielle Araújo Martins (Caps. 9, 10, 13 e 20)
Graduada em Odontologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA)
Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial no Hospital Universitário
Clementino Fraga Filho (UFRJ)
Membro Aspirante do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial
Daniel Costa Ferreira de Almeida (Cap. 31)
Mestre em Implantodontia pela Faculdade São Leopoldo Mandic
Especialista em Implantodontia pela Odontoclínica de Aeronáutica Santos Dumont
Especialista em Prótese Dentária pela Odontoclínica Central do Exército
Especialista em Estomatologia pela Odontoclínica Central do Exército
Chefe da Seção de Pesquisa da Odontoclínica de Aeronáutica Santos Dumont
Professor do Curso de Especialização em Implantodontia da Odontoclínica de
Aeronáutica Santos Dumont
Darius Nakai Rêgo Barros (Cap. 26)
Especialista em Implantodontia pela Faculdade São Leopoldo Mandic
Mestrando em Implantodontia pela Faculdade São Leopoldo Mandic
Debora Rodrigues Fonseca (Caps. 8, 11, 14 e 22)
Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ)
Mestre em Ciências Morfológicas (Área de Atuação Anatomia) pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Staff do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Federal do
Andaraí, RJ
Eline Barboza da Silva (Cap. 34)
Doutora e Mestre em Ciências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e
pela Universidade de Rochester (NY, EUA)
Especialista em Implantodontia pela Odontoclínica Central do Exército (OCEx)
Especialista em Periodontia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ)
Graduada em Odontologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Professora do Curso de Mestrado em Implantodontia da Faculdade São Leopoldo
Mandic, RJ
Fabrício Trindade Mureb (Caps. 5 e 32)
Graduado em Odontologia pela Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo (FONF)
Especialista em Implantodontia pelo Instituto Nacional de Ciências Odontológicas
(INCO25)
Professor do Curso de Implantodontia da Faculdade São Leopoldo Mandic, RJ
Felipe Franco de Melo Bagatelli (Cap. 19) Graduado em Farmácia-Bioquímica pela
Universidade de São Paulo (USP)
Mestre em Biociências pela ENS de Lyon
Doutorando em Bioquímica – IQ/USP
Fernanda Soares da Silva (Cap. 29)
Graduada em Odontologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF)
Pós-graduada em Prótese Dentária pela Faculdade São Leopoldo Mandic
Pós-graduada em Implantodontia pela Faculdade São Leopoldo Mandic
Mestre em Implantodontia pela Faculdade São Leopoldo Mandic
Flávia Souza Pereira de Jesus Almeida (Índice)
Especialista em Radiologia e Imaginologia Odontológica pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ)
Graduada em Odontologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)
Glen Williams (Cap. 21 parte)
Mestre em Periodontia pela Faculdade São Leopoldo Mandic
Especialista em Implantodontia
Especialista em Periodontia
Professor da Especialização em Implantodontia pela Faculdade São Leopoldo
Mandic, RJ
Professor Coordenador da Especialização em Periodontia pela Faculdade São
Leopoldo Mandic, RJ
Igor Iuco Castro da Silva (Caps. 3 e 15)
Professor Titular e Coordenador do Curso de Odontologia da FACIT
Especialista em Gestão de Organização Pública em Saúde pela UNIRIO
Mestre em Patologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF)
Doutor em Odontologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF)
Leandro Carvalho de Castro Leite (Cap. 18 parte)
Graduado pela Universidade Vale do Rio Verde (UNINCOR - Três Corações, MG)
Especialista em Implantodontia pela Faculdade São Leopoldo Mandic, RJ
Mestrando em Implantodontia pela Faculdade São Leopoldo Mandic, RJ
Marcella de Melo Silva (Cap. 4)
Graduada em Psicologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)
Especializada em Tradução pelo Curso de Tradutores Daniel Brilhante de Brito
Marcia Grillo Cabral (Cap. 17)
Professora Associada de Patologia Oral da Faculdade de Odontologia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Mestre em Patologia Bucal pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Doutora em Patologia Bucal pela Universidade de São Paulo (USP)
Marco Avellar (Cap. 25)
Especialista em Implantodontia
Especialista em Estomatologia pela Unigranrio
Pós-graduado em Prótese Dentária pela INCO 25
Diretor do Núcleo de Estudos em Implantodontia e Reabilitação Oral
Coordenador e Professor dos Cursos de Extensão em Implantodontia no
Instituto Fluminense de Implantodontia
Mônica Simões Israel
Especialista em Estomatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Mestre e Doutora em Patologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF)
Professora Adjunta de Estomatologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro
(UERJ)
Coordenadora da Especialização em Estomatologia pela Faculdade São Leopoldo
Mandic, RJ
Osmar de Agostinho Neto (Cap. 30)
Professor Assistente do Departamento de Prótese e Materiais Dentários da
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Mestre em Reabilitação Oral – Implantodontia pela Universidade Veiga de Almeida
(UVA)
Especialista em Prótese Dentária pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ)
Pós-graduado em Implantodontia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ)
Oswaldo de Castro Costa Neto (Cap. 24)
Mestre em Reabilitação Oral/Implantodontia
Especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ)
Pós-graduado em Implantodontia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ)
Professor Substituto de Cirurgia Oral pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ)
Professor do Instituto Fluminense de Implantodontia
Priscilla Morethson (Cap. 6)
Cirurgiã-dentista pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
(USP)
Doutora em Fisiologia Humana pela Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade
de São Paulo (USP)
Editora, Tradutora e Revisora em Ciências da Saúde
Raphaela Capella de Souza Póvoa (Cap. 1)
Pós-graduanda em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial (CTBMF) pela
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)
Graduada em Odontologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)
Professora de Pós-graduação em Estomatologia pela Faculdade São Leopoldo
Mandic, RJ
Rodrigo Almeida (Cap. 18 parte)
Graduado em Odontologia pela FONF
Especialista em Implantodontia pela Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic
Mestrado em Implantodontia pela Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic
Rodrigo Sant’Anna Nunes (Cap. 12)
Doutorando em Ortodontia pela Faculdade São Leopoldo Mandic
Mestre em Ortodontia pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID-SP)
Professor Coordenador de Especialização em Ortodontia pela FAIPE
Professor Coordenador de Especialização em Ortodontia pela UCP
Professor Coordenador de Especialização em Ortodontia pela UNIG
Diretor Odonto Sant’ Ana Consultoria e Ensino
Tomio Obara (Cap. 27)
Mestrando em Implantodontia pela Faculdade São Leopoldo Mandic, RJ
Especialista em Implantodontia pela UGF/RJ
Especialista em Odontologia Estética pelo SENAC/SP
Colaboradores
E aos meus filhos, Paula Angeline Mather, Carl Patrick Misch, Lara
Elizabeth Vandekerckhove, David John Misch, Jonathan Edward
Misch e Angela Marie Misch.
A segunda edição de Prótese sobre Implantes Dentais é mais do que uma atualização
da amplamente lida e referenciada primeira edição. É mais do que a justaposição do
velho e do que há de novo quando o assunto é prótese sobre implantes. É a
confluência, a continuidade e a ampliação do conhecimento enciclopédico de um
notável implantodontista e protesista, Dr. Carl E. Misch.
A história profissional do Dr. Misch, que inclui décadas de prática e ensino, envolve
tanto o surgimento quanto a ascensão da implantologia dentária, o seu renascimento e
sua proeminência no que há de melhor e mais avançado no tratamento odontológico.
Este livro é um reflexo da extensa soma de conhecimentos acumulados.
Inclui a base sólida da biomecânica dos implantes, biomateriais de implantes,
próteses pré-implantes, imagens radiográficas e oclusão, assunto sobre as quais
muitas vezes é negligenciado. É um texto. É uma ferramenta de aprendizagem. Prótese
sobre Implantes Dentais nos traz de volta ao básico e depois prossegue para a esfera
atual de tratamento do paciente. Este livro revela-nos o que temos sido e onde
deveríamos estar. Não é um livro de imagens brilhantes que satisfazem nossos olhos,
mas um livro com palavras que são essenciais para a boa prática da implantodontia.
Estas palavras ensinam não só o clínico iniciante, mas também renovam a plataforma
clínica que sustenta o profissional experiente. Você não é um “dentista experiente” a
menos que relembre e atualize por que você está fazendo o que está fazendo. O
resultado final da implantodontia é a construção muito bem planejada e a inserção de
uma prótese viável. Os princípios de reabilitação descritos neste livro cumprem as
diretrizes e os parâmetros que constituem os processos de reabilitação com prótese
sobre implantes.
Dr. Misch fez um favor ao implantodontista ao compilar esta edição atualizada. É uma
reflexão do seu senso de dever em continuar a ensinar. Esse livro é um “campo de
treinamento” para todos nós.
Morton L. Perel, DDS, MScD, FACD, FICD
Em 2005, eu tive a honra de escrever um breve prefácio para o livro do Dr. Misch -
Prótese sobre Implantes Dentais, que se tornou um clássico, traduzido em várias
línguas e responsável por influenciar milhares de colegas. Um verdadeiro “best-seller”
da Odontologia de todos os tempos.
Dr. Misch, como membro das artes e das ciências da cura, foi bastante beneficiado
com as valiosas contribuições anteriores de vários profissionais. Não nos esqueçamos
de Semmelweis, que introduziu o conceito de biossegurança envolvendo mãos,
instrumentos, roupas, cortinas e ataduras, assim, salvando centenas de milhares de
vidas por meio da prevenção da febre puerperal e, por extensão, alterando
positivamente a terapia básica de cicatrização. No final, ele foi condenado por ninguém
menos que o brilhante cirurgião Virchow. É irônico que Semmelweis tenha morrido
depois de contrair septicemia na tenra idade de 47 anos, e por suas próprias mãos. De
forma rápida, fomos bombardeados pelas obras de Lister, Pasteur e Koch. A
Odontologia contribuiu significativamente para o crescente campo da anestesia, o que
permitiu um aumento no número de procedimentos cirúrgicos. Três áreas, no entanto,
mantiveram-se intocáveis: o coração, o cérebro e a medula espinal.
Em 1896, muito antes da introdução dos antibióticos, Dr. Louis Rehn, do Hospital de
Frankfurt, tratou um paciente que havia sido esfaqueado entre as costelas,
atravessando pericárdio e coração. Rehn agiu prontamente e fez uma incisão no quarto
espaço intercostal, cortou a quinta costela, e sondou a cavidade torácica. O pulmão
esquerdo do paciente, em seguida, entrou em colapso. No entanto, Rehn foi capaz de
apertar o pericárdio, remover coágulos e sangue e visualizar o coração ainda batendo.
Entre um batimento e outro, a ferida do ventrículo direito foi suturada. Em pouco tempo,
a hemorragia parou e o paciente sobreviveu. Os princípios da cirurgia asséptica foram
seguidos. E enquanto algumas complicações se seguiram, o paciente se recuperou
completamente e seu caso foi apresentado pelo Dr. Rehn numa conferência sobre
cirurgia em Berlim.
O que isso tudo tem a ver com a nova edição do Dr. Misch? Por muitas vezes, Carl
me disse, pessoalmente, que seu objetivo ao dedicar a sua vida à Implantodontia
dentária era “realizar avanços no campo”, como os outros mencionados anteriormente
claramente fizeram. Se reconhecermos que nossos pacientes não necessariamente
querem implantes por si só, mas sim que eles querem os resultados que a reabilitação
oral pode oferecer (ou seja, dentes que permitem função, sorrisos, interações sociais,
autoconfiança etc.), o que seria, em muitos casos, implantossuportados e só então,
todos nós compreenderemos a grande contribuição que será feita pela segunda edição
de Prótese sobre Implantes Dentais para as próximas décadas.
Outra consideração que todos nós devemos entender é: quem será beneficiado por
esse extenso trabalho? Ao longo dos últimos 40 anos, milhares de nossos colegas
dentistas foram introduzidos na implantodontia por meio de palestras do Dr. Misch.
Quase cinco mil dentistas seriamente comprometidos, especialistas, bem como
generalistas, se formaram no Misch Implant Institutes nos Estados Unidos e no exterior.
Professores, bem como os alunos, contam com a continuidade do Dr. Misch, não só
para o entendimento, mas também para os conhecimentos básicos, planejamento do
tratamento, diversas atualizações e técnicas clínicas. Segunda edição do Dr. Misch não
é um prolegômeno. É uma Bíblia.
Este breve texto é feito com grande admiração e respeito pessoal e profissional.
Kenneth W.M. Judy, DDS, FACD, FICD, Co-chairman, International
Congress of Oral Implantologists
Apresentação
1Hunter W: The role of sepsis ans antisepsis in medicine, Dent Briefs 16:852, 1911.
Nota da Revisão Científica
No original, o autor adota o Sistema Universal de Notação Dental, por ser o mais
empregado nos Estados Unidos. Entretanto no Brasil, o sistema mais utilizado é o de
Notação Dental da Organização Internacional de Padronização (sistema ISO) prevista
pela FDI (Fédération Dentaire Internationale).
Sobre o Autor
Este é o quinto livro que eu escrevo que compartilha minha experiência, prática e
conhecimento na disciplina pela qual eu dediquei minha vida. Esse processo começou
com meus três primeiros mentores: Ken Judy, Leonard I. Linkow e O. Hilt Tatum. Eles
sempre serão lembrados nas minhas palestras, artigos e capítulos. A Implantologia Oral
precisou de pioneiros que traçassem o caminho para a profissão. Os conceitos deles
sobre enxertos ósseos, cirurgia de implantes, próteses, conhecimentos sobre implantes
e liderança criaram uma fundação há aproximadamente 50 anos que permitiu a
construção da estrutura atual que temos na Implantologia Oral. Através dos anos, esses
três cavalheiros se tornaram grandes amigos e eu continuo aprendendo com eles. Eu
agradeço especialmente cada um deles por continuarem me oferecendo sua orientação
individual e por me apoiarem ao longo dos últimos 40 anos.
Ainda há muitas pessoas para agradecer pelo preparo do Prótese sobre Implantes
Dentais, 2ª edição. Permita-me começar com todos os autores participantes: Martha
Warren Bidez, Lee Culp, Jack E. Lemons, Michael S. McCracken, Francine Misch-
Dietsh, Girish Ramaswamy Randolph R. Resnik, J. Todd Strong, Jon B. Suzuki, Lynn D.
Terracciano-Mortilla e Natalie Y. Wong. Cada coautor foi selecionado por sua singular
contribuição adicional. A minha eterna gratidão à dedicação deles à Implantologia Oral,
a toda amizade e apoio pessoal a mim.
Agradeço à Jill Bertelson, pois, desde que escrevi e reescrevi cada capítulo por mais
de 20 vezes, ela digitou e redigitou cada frase. Ela também foi responsável por
coordenar os capítulos com o editor.
Cada livro tem seu efeito sobre meus familiares mais próximos. Durante esse projeto,
meus filhos mais novos, Jonathan e Ângela, sofreram durante o momento e com a
pressão para escrever esse livro. Obrigado pela compreensão e por abrirem mão do
nosso tempo juntos.
Eu também gostaria de agradecer ao Brian Loehr e à Kathy Falk da Editora Elsevier.
Agradeço pela paciência, experiência e orientação durante esse processo.
Agradeço à Heidi Cartegena e Jennifer Luczak, minhas assistentes, executiva e
pessoal, respectivamente, por todo controle necessário na organização deste texto.
Ainda gostaria de agradecer à equipe dos laboratórios de prótese: Nemer Hussain, Tom
e Beatrice Dabrowsky, LDT, BIT Dental Studios, Dillon, CO. Kim Bradshaw-Sickinger,
presidente e CEO da Micro Dental Laboratories (DTI) e Rebecca Caprroso (Tata), minha
assistente de prótese e auxiliar de cirurgia.
A segunda edição de Prótese sobre Implantes Dentais é também um reflexo do
treinamento dado por mim para mais de 500 dentistas ao redor do mundo no Misch
International Implant Institute desde 1984. Esses profissionais contribuíram com seus
questionamentos e seu desejo de obter uma abordagem adequada para ajudar seus
pacientes. Eu gostaria de agradecer cada um deles por sua ajuda profissional.
Carl E. Misch
PA R T E I
Introdução
ESBOÇO
Além disso, não é apenas a porcentagem da população dos Estados Unidos com
mais de 65 anos de idade que está aumentando, mas a população também está
aumentando. A população em 2000 era de 282 milhões, e previa-se ter um aumento de
49% , ou seja, chegar a 420 milhões em 2050. Considerando o efeito de tanto a
população estar aumentando quanto uma grande porcentagem da população estar com
mais do que 65 anos, pode-se esperar um aumento drástico da população geriátrica
global. Em 2003, 35 milhões de pessoas tinham mais do que 65 anos de idade. Prevê-
se que este número aumente para 87% em 2025, resultando em aproximadamente 70
milhões de pessoas com mais de 65 anos nos Estados Unidos12 (Fig. 1-6). A
necessidade de implante dental irá aumentar drasticamente nas próximas décadas, pois
a população mais velha tende a apresentar mais ausências dentárias.
FIGURA 1-6 A população adulta com mais de 60 anos de idade
vai crescer em 87% do ano de 2000 a 2025.
Quase 30% dos adultos de 50 a 59 anos examinados em uma pesquisa nacional nos
Estados Unidos exibiram edentulismo unitário e múltiplo entre dentes naturais. Em 1990,
mais de quatro milhões de PPF foram instaladas nos Estados Unidos.21,22,32
Tratamentos para substituir um elemento dentário com prótese fixa representam 7% do
reembolso anual odontológico de planos de saúde odontológicos e mais de US$ 3
bilhões a cada ano. Menos da metade da população dos Estados Unidos possui plano
de saúde odontológico, e para aqueles que possuem apenas 50% do custo do
tratamento são reembolsados. Portanto, as PPF de três elementos dentários podem
custar nos Estados Unidos aproximadamente mais de US$ 10 bilhões a cada ano.
Uma PPF de três elementos dentários apresenta limitações de sobrevida da
restauração e, mais importante, do dente pilar.27,29 O índice de sobrevida da PPF é
menor se comparado ao de qualquer restauração de coroa unitária. Em uma revisão de
42 estudos desde 1970, Creugers et al. calcularam um taxa de sobrevida de 74% para
as PPF em15 anos.25 Respectivamente, Walton et al.27 e Schwartz et al.21 relataram
uma expectativa de vida média de 9,6 a 10,3 anos. Entretanto, os estudos são bastante
inconsistentes, com perda de 3% com 23 anos a 20% com três anos.21-29,32
A incidência de falha de PFP é maior quando comparada a uma única coroa, além de
submeter o dente pilar a maiores riscos. As falhas mais comuns na prótese são cárie
(deterioração) e falha endodôntica (canal radicular) do dente pilar.27,28 Enquanto o
risco de cárie para uma coroa em cinco anos é de 1% , o risco de cárie em uma PPF é
de mais de 20% . O pôntico age como um retentor de placa bacteriana na PPF, e o
dente pilar geralmente apresenta a lesão de cárie (Fig. 1-11). Como resultado de falha
estrutural devido à cárie e falha na terapia endodôntica, o risco de perda do dente pilar
aumenta. Até 15% dos dentes pilares de uma PPF necessitam de tratamento
endodôntico, comparados a 3% dos dentes não pilares que possuem coroas
preparadas25 (Quadro 1-1). Além disso, os dentes pilares preparados e com coroa
podem se tornar sensíveis ao frio devido à hiperemia relacionada ao trauma durante o
preparo do elemento dentário.
Desde 1993 até os dias de hoje estudos sobre a taxa de sobrevida de implantes
unitários validam esse procedimento como o método mais previsível para substituir um
elemento dentário. Existem mais referências de estudos sobre implante unitário do que
qualquer outro método de substituição de um dente,35 e todos esses estudos
demonstraram uma alta taxa de sobrevida para os implantes unitários. Em 1995, Haas
et al. relataram que 76 implantes unitários em um período de seis anos apresentaram
taxa de sobrevida de 97% e de 2,6% de perda do implante.36 Fugazzotto avaliou
1.472 implantes dentais durante um período de 13 anos, e obteve como resultado 97%
de índice de sucesso durante esse período.37 Em 2008 Misch et al. relataram que em
mais de 1.300 implantes dentais em um período de 10 anos encontraram índice de
sucesso de mais de 99% .34 É importante citar que a taxa de sobrevida dos dentes
adjacentes e o índice de restauração foram maiores do que em qualquer outro método
de tratamento para substituição de um elemento dentário (Fig. 1-14).
Goodacre et al. realizaram uma revisão de literatura pelo Medline de 1980 a 2001 e
observaram que o índice de sucesso em implantes unitários foi de aproximadamente
97% – mais alto do que qualquer outra prótese sobre implantes.35 Em comparação, os
índices de falha de uma PPF podem ser maiores do que 20% em três anos, e 50% em
10 a 15 anos. Como resultado, um implante unitário exibe maiores índices de sobrevida
para substituir um único elemento dentário. Importante ressaltar que os estudos indicam
menores índices de restauração e de perda de dentes adjacentes, o que é considerado
uma vantagem33,34 (Figs. 1-15 e 1-16). Apesar de algumas limitações e desafios
clínicos óbvios, o implante unitário representa o tratamento de escolha a partir do ponto
de vista de saúde e custo-benefício.38
FIGURA 1-15 Aspecto clínico de 10 anos de pós-operatório de
um implante unitário substituindo o segundo pré-molar.
Em um estudo de 1987 foi constatada que a maior transição entre uma arcada
dentária completa e uma parcialmente edentada ocorreu no grupo de 35 a 54 anos de
idade.19,32 A taxa de crescimento desta parcela da população foi de aproximadamente
30% em 1982 e continua crescendo, mais do que em qualquer outro grupo de idade.
Em 1982, por exemplo, esse grupo que corresponde à faixa etária de 35 a 54 anos de
idade aumentou de 39 milhões de americanos para 79 milhões em 2005. O número de
dentes perdidos por paciente pode parecer que sofreu redução, entretanto o número de
dentes perdidos irá continuar crescendo como resultado do envelhecimento da
população. Por isso a necessidade do serviço de implantodontia em pacientes
parcialmente edentados irá crescer brutalmente durante as próximas décadas.14
Os dentes ausentes mais comuns são os molares.31 É de particular interesse o
edentulismo de extremidade livre, pois nesses pacientes os dentes são geralmente
substituídos por uma prótese parcial removível. Essa condição raramente é encontrada
em pessoas com menos de 25 anos de idade. O edentulismo de extremidade livre na
mandíbula é maior do que na maxila em todos os grupos de idade. O edentulismo de
extremidade livre unilateral é mais comum do que o bilateral, tanto no arco superior
quanto no inferior nos grupos jovens (idade de 25 a 44 anos de idade). Cerca de 13,5
milhões de pessoas desse grupo jovem possuem extremidade livre em uma das
arcadas (Fig. 1-19).
O dente pilar natural, no qual retentores diretos e indiretos são confeccionados, deve
ser submetido a forças laterais adicionais. Muitas próteses parciais são feitas para
minimizar as forças aplicadas sobre os dentes pilares, pois estes geralmente já se
encontram comprometidos por apresentarem suporte periodontal deficiente. O resultado
é um aumento na mobilidade da prótese removível e do suporte do tecido mole. Essas
condições protegem os dentes remanescentes, porém aceleram a perda óssea nas
regiões edentadas.54 Deve-se notar que a perda óssea é acelerada nas regiões de
suporte em tecido mole em pacientes que fazem uso da prótese removível, em
comparação com os casos em que os pacientes não usam prótese (Fig. 1-20). Com
isso, terapias alternativas que melhorem as condições orais e preservem o osso são
frequentemente permitidas.
Edentulismo Total
O edentulismo total não é uma ocorrência eventual e saudável em uma população
adulta. Ao contrário, é o resultado mais frequente de exodontias repetidas devido a uma
combinação do processo patológico da cárie, da doença periodontal ou de um método
para reduzir os custos associados ao tratamento dentário.55-57 Similar a outros
resultados patológicos de doenças, a ocorrência da perda total dos dentes está
diretamente relacionada com a idade do paciente. A taxa de edentulismo aumenta 4% a
cada 10 anos em adultos jovens, e aumenta para mais de 10% por década após os 70
anos de idade.57
A taxa média de edentados em todo o mundo é de 20% na população adulta aos 60
anos de idade, embora haja grande discrepância entre os países com as maiores e
menores taxas.57 Do grupo de 65 a 74 anos de idade, por exemplo, a taxa de
edentados totais no Quênia e na Nigéria era de 4% , porém na Holanda e na Islândia foi
de 65,4% e 71,5% , respectivamente. A taxa de edentados no Canadá foi de 47% na
faixa etária de 65 a 69 anos de idade e de 58% na de 70 a 98 anos de idade (com
Quebec apresentando taxa de 67% em indivíduos com mais de 65 anos de idade,
comparado a Ontário, com 41% de taxa).
Um dos fatores que influenciam o edentulismo total é o nível de instrução. Dados da
Pesquisa de Promoção de Saúde Canadense de 1990 mostraram que enquanto a
população menos instruída possuía um índice de 50% de edentados, aqueles com
ensino superior apresentavam um índice abaixo de 4% .58 Os Estados Unidos
mostraram um padrão similar no período de 1988 a 1994, com a taxa de edentados de
22% para aqueles que possuíam menos de oito anos de estudos, 12% para aqueles
com nove a 11 anos de estudo, 8% para aqueles com 12 anos de estudos e 5% para
indivíduos com mais de 12 anos de estudos.41
Embora a renda financeira esteja frequentemente relacionada à educação, não
possui tanta influência sobre os índices de edentulismo. A perda completa dos dentes
em adultos americanos que estavam abaixo da linha de pobreza nos anos de 1999 a
2004 era de 9,28% , e era de 4,41% dos indivíduos acima da linha da pobreza, apenas
uma diferença de 5% (Fig. 1-21). Países com maior nível de receita não apresentam
necessariamente menor perda dentária. Por exemplo, enquanto Islândia e Holanda
possuem a maior taxa de perda total dos dentes aos 70 anos de idade com um produto
interno bruto (PIB) de US$ 17 mil, Quênia e Gâmbia possuem uma das menores taxas
de edentulismo total e PIB menor do que US$ 2.500 (Fig. 1-22). Uma observação
interessante é que um grande número de cirurgiões dentistas em um país (a cada 10
mil habitantes) não reduz o índice de edentados completos. Na verdade, os países com
o maior número de dentistas geralmente possuem uma alta taxa de edentulismo total
(Fig. 1-23).
FIGURA 1-21 O edentulismo total nos Estados Unidos é em
média de 9% no grupo abaixo da linha da pobreza de 20 a 64
anos de idade, e de 4,4% no grupo acima da linha da pobreza,
uma diferença de menos de 5% .
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos de 1999 a 2002 observou que o
edentulismo total nas duas arcadas dentárias ocorreu em 7,7% dos adultos
americanos, ou praticamente 20 milhões de pessoas.41 A atual população jovem é
beneficiada pela tecnologia avançada e pelas técnicas restauradoras atuais. O
edentulismo total foi observado em 5% dos adultos empregados com a idade de 40 a
44 anos de idade, aumentando gradualmente para 26% aos 65 anos e praticamente
para 44% nos idosos com mais de 75 anos9 (Fig. 1-24). Como é esperado, pessoas
mais velhas são mais propensas a perderem todos os seus dentes. Após ajustes feitos
de acordo com a idade, não foi encontrada relação entre o gênero e a retenção ou a
perda de dentes.
FIGURA 1-24 O índice de edentados totais na população dos
Estados Unidos varia entre 0,5% nos adultos de 40 anos de
idade e 44% para os maiores de 75 anos. Como resultado, 20
milhões de pessoas (10,5% da população) nos Estados Unidos
não possuem dente algum. Além disso, 12 milhões de pessoas
(7% da população adulta) não possuem dentes na arcada
superior, contra pelo menos alguns dentes na arcada inferior.
A lei de Wolff (1892) diz que o osso remodela de acordo com as forças aplicadas
sobre ele.62 Toda vez que a função do osso é modificada, há uma mudança definitiva
na arquitetura interna e na configuração externa do osso.63 Na odontologia as
consequências do edentulismo total e do volume ósseo remanescente foram
observadas por J. Misch em 1922, quando ele descreveu a estrutura esquelética de
uma mulher com 90 anos de idade, edentada durante muitas décadas64 (Fig. 1-27).
FIGURA 1-27 Após a extração inicial dos dentes, a média de
perda óssea no primeiro ano é de mais de 4 mm de altura e de
30% da largura da crista óssea. Embora a taxa de perda óssea
seja menor após o primeiro ano, ela continua durante toda a vida.
Essa imagem é de um livro escrito por Julius Misch em 1922,
demonstrando o edentulismo total a longo prazo e a perda
óssea.64
O osso precisa de estímulos para manter sua forma e sua densidade. No estudo de
Roberts et al. foi relatado que 4% de pressão sobre o sistema esquelético mantém o
osso e ajuda a balancear o processo de reabsorção e formação óssea.65 Os dentes
transmitem forças compressivas e de tensão ao osso adjacente. Essas forças foram
medidas como um efeito piezoelétrico nos cristais imperfeitos de durapatita que
compõem a porção inorgânica do osso.66 Quando um dente é perdido, a falta de
estímulo ao osso residual causa uma redução no trabeculado e na densidade óssea
daquela região, com a perda na largura externa, depois na altura do volume ósseo.67
Observa-se uma redução de 25% da cortical externa do osso durante o primeiro ano
após a perda dentária e redução total de 4 mm da altura durante o primeiro ano após as
exodontias para colocação de uma prótese imediata.68 Em um estudo longitudinal de
25 anos em pacientes edentados, a radiografia cefalométrica de perfil demonstrou
perda óssea contínua durante este intervalo de tempo, com uma perda quatro vezes
maior observada na mandíbula.69,70 Em 1963 Atwood introduziu os cinco estágios
diferentes de perda óssea na região anterior da mandíbula após as exodontias71
(Fig. 1-28). Entretanto, como inicialmente a altura do osso da mandíbula é duas vezes
maior que a da maxila, a perda óssea na maxila também é significativa nos paciente
edentados a longo prazo.
Consequências Estéticas
As mudanças faciais que acontecem naturalmente em relação ao processo de
envelhecimento podem ser aceleradas e aumentadas devido à perda dos dentes. Todo
dentista tem conhecimento de que a posição dentoesquelética irá afetar a estética
facial. Contudo, a face é mais sustentada pelo osso do que por dentes (Fig. 1-34).
Diversas consequências estéticas resultam da perda do processo alveolar. A diminuição
da altura facial, causada pelo colapso da dimensão vertical, resulta em várias
modificações faciais (Fig. 1-35). A perda do ângulo mentolabial e o aprofundamento das
linhas verticais na região criam uma aparência rude. Com a diminuição progressiva da
dimensão vertical, a oclusão se desenvolve para uma má oclusão pseudoclasse III.
Como resultado, o queixo desliza para a frente e cria uma aparência de prognatismo
facial (Fig. 1-36). Essas condições resultam em uma diminuição no ângulo horizontal do
lábio na comissura labial; o paciente parece triste quando a boca está em repouso
(Figs. 1-37 e 1-38). Pessoas com padrão facial curto possuem força de mordida maior,
maior perda óssea e sofrem alterações faciais mais dramáticas com o edentulismo, em
comparação com outros padrões faciais.
Efeitos Fonéticos
Foi realizado por Misch e Misch84 um estudo de 104 pacientes edentados totais que
procuravam tratamento. Desses pacientes, 88% relatavam dificuldade de fala, com um
quarto destes tendo grande dificuldade. A prótese dentária inferior repousa sobre o
músculo bucinador e o músculo milo-hioide, quando a região posterior da mandíbula
sofre reabsorção. Quando o paciente abre a boca, a contração desses músculos age
como um trampolim e impulsiona a prótese inferior para fora do rebordo. Como
resultado, os dentes frequentemente estalam quando o paciente fala, não pelo muito de
dimensão vertical restaurada, e sim pela falta de estabilidade e retenção da prótese.
Problemas fonéticos podem estar associados à preocupação com as atividades sociais.
A falta de consciência sobre os movimentos da prótese inferior foi citada por 62,5% dos
pacientes, embora a prótese superior tenha permanecido no lugar na maior parte do
tempo praticamente na mesma porcentagem.
Resumo
O objetivo da odontologia moderna é o de restaurar a saúde oral dos pacientes de uma
maneira previsível. Pacientes parcial ou totalmente edentados podem ser incapazes de
recuperar função, estética, conforto ou fonética normais com as próteses removíveis
tradicionais. A função do paciente que faz uso de uma prótese total pode ser reduzida
para um sexto do nível anteriormente experimentado com a dentição natural; entretanto,
as próteses sobre implantes podem levar a função para próximo dos limites normais. A
estética de pacientes edentados é afetada como resultado da atrofia muscular e óssea.
A reabsorção óssea contínua leva a mudanças faciais irreversíveis. A prótese sobre
implantes permite uma função muscular normal, e o implante estimula o osso a manter
sua dimensão de uma maneira similar aos dentes naturais saudáveis. Como resultado,
a estrutura facial não é comprometida pela falta de suporte que frequentemente é
necessária para as próteses removíveis. Além disso, as próteses implantossuportadas
são planejadas em relação à estética, à função e à fala, e não em uma zona neutra dos
tecidos moles de suporte. Os tecidos moles em pacientes edentados são mais fracos
devido ao afinamento da mucosa, à diminuição do fluxo salivar e à falta de estabilidade
ou retenção da prótese. A prótese sobre implantes não necessita de suporte dos
tecidos moles e melhora o conforto oral. A fala é geralmente comprometida pelas
próteses mucossuportadas, pois a língua e a musculatura perioral podem estar
comprometidas em limitar os movimentos da prótese inferior. A prótese sobre implantes
é estável e retentiva sem esforços da musculatura.
As próteses sobre implantes geralmente oferecem maior previsibilidade no curso do
tratamento do que as reabilitações tradicionais. Portanto, o profissional e a população
estão se tornando cada vez mais conscientes dessa disciplina dentária. As vendas dos
fabricantes aumentaram de poucos milhões de dólares para vários bilhões de dólares
por ano. Quase todos os periódicos odontológicos nos dias de hoje publicam relatos
sobre implantes dentais. Todas as faculdades de odontologia nos Estados Unidos hoje
em dia ensinam implantodontia para todas as especialidades. A implantodontia foi
finalmente aceita pelo conselho de odontologia americano. A tendência atual de
expandir o uso de implantes dentais irá continuar até que toda prática restauradora
utilize essa modalidade de apoio tanto para a prótese fixa quanto a para prótese
removível em uma base regular, como a primeira opção para todo caso de substituição
de dentes.133
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*Nota: Este capítulo foi escrito em termos para dentistas, staff e para população leiga.
CAPÍTULO 2
A fixação rígida é o resultado clínico da interface direta do osso, mas também foi
relatada uma interface do tecido fibroso.18 A fixação rígida é o termo clínico que implica
nenhum movimento observável do implante quando uma força de 1 a 500 g é aplicada.
Atualmente o termo osseointegração tem sido aplicado de forma usual na disciplina de
implantologia e descreve não somente uma condição microscópica mas também uma
condição clínica de fixação rígida.
O prefixo osteo (p. ex., osteoblasto, osteotomia) também é amplamente utilizado e
pode descrever essa condição como osteointegração.
Os conceitos de osseointegração de Brånemark foram disseminados mais do que
quaisquer outros autores na história recente. A documentação dos estudos de casos
clínicos anteriores, a pesquisa da cirurgia e da fisiologia óssea, a cicatrização dos
tecidos moles e duros e as aplicações restauradoras, originadas no laboratório de
Brånemark, não têm precedentes. Em 1981, Adell et al. publicaram um relato da série
de casos clínicos de 15 anos de Brånemark, referindo-se ao uso dos implantes em
maxilares totalmente edentados.17 Cerca de 90% dos implantes relatados na região
anterior da mandíbula, que estavam na boca dos pacientes depois do primeiro ano,
ainda funcionavam 5 a 12 anos mais tarde. No entanto, foram observados índices
inferiores de sobrevida na porção anterior da maxila. Nos relatos clínicos iniciais de
Brånemark, nenhum implante foi instalado nas regiões posteriores da cavidade oral e
todas as próteses relatadas foram próteses fixas com extensões distais (Fig. 2-5).
Ao longo dos anos, três diferentes abordagens cirúrgicas têm sido usadas para o
sistema de implantes de duas peças: um estágio, dois estágios e prótese imediata
(carga) (Fig. 2-7). O processo cirúrgico de dois estágios instala o corpo do implante
abaixo do tecido mole, até que a cicatrização óssea inicial ocorra. Durante a cirurgia do
segundo estágio, os tecidos moles são rebatidos para instalar um elemento
transmucoso ou pilar protético. Na abordagem cirúrgica de um estágio, o corpo do
implante e o transmucoso ficam sobre o tecido mole até que ocorra a maturação óssea
inicial. O pilar protético do implante, então, substitui o elemento transmucoso sem a
necessidade de uma segunda cirurgia do tecido mole. A abordagem da prótese
imediata instala o corpo do implante e o pilar protético na cirurgia inicial. A prótese
(muitas vezes de forma provisória) é, então, inserida ao pilar (fora dos contatos oclusais
nos pacientes parcialmente edentados) em 2 semanas após a cirurgia.
Corpo do Implante
O corpo do implante é especialmente confeccionado para facilitar tanto a cirurgia
quanto a carga protética na interface do implante com o osso. Anos atrás, o corpo do
implante era a característica principal do projeto. Um implante cilíndrico permite a
preparação do osso com broca cilíndrica. Um implante cilíndrico de paredes paralelas
suaves ou com desenho híbrido possibilita que ele seja pressionado ou introduzido com
leves pancadas em posição, da mesma forma que um prego em um pedaço de madeira.
Um cilindro escalonado encaixa-se no topo da osteotomia para facilitar a adaptação
posterior do restante do implante.
O sistema de implante com desenho cilíndrico ou de encaixe sob pressão oferece a
vantagem de ter uma fácil instalação, mesmo em locais com dificuldade de acesso. O
parafuso de cobertura do implante também pode ser colocado no implante mesmo
antes da sua instalação. Por exemplo, no caso do D4, um osso com muitos espaços
medulares, comum em regiões posteriores da maxila, o cirurgião deve rosquear o
implante no lugar. Já um osso muito macio pode desmantelar durante a instalação do
implante parafusado, resultando em perda da estabilidade inicial e, assim, o implante
não fica estável. Um implante com desenho escalonado pode ser pressionado
manualmente no osso muito poroso e obter estabilidade inicial com mais facilidade. A
velocidade de rosqueamento do implante durante a instalação e a quantidade de força
apical na instalação em um osso macio também serão menos relevantes para os
implantes híbridos colocados sob pressão. O sistema cilíndrico tem alguns benefícios
para a aplicação nos casos de dentes unitários, especialmente se os dentes vizinhos
apresentarem coroas longas. Nestas situações, os prolongadores de broca são
necessários para a instalação do implante parafusado, assim como um instrumental
adicional para inserir o parafuso de cobertura do implante. No osso denso, os sistemas
cilíndricos são mais fáceis e rápidos de instalar, porque não é necessário compactar o
tecido ósseo.
A maioria dos implantes cilíndricos apresenta essencialmente laterais lisas e tem a
forma de projéteis que requerem um revestimento bioativo ou que proporcionem uma
área de superfície maior para a retenção no osso. Quando esses materiais são
colocados no implante, a área de contato com a superfície óssea aumenta em mais de
30% . Quanto maior a área da superfície funcional do contato osso-implante, melhor
será o sistema de suporte para a prótese.
O implante em forma de parafuso sólido é o mais comumente relatado na literatura. O
corpo sólido do parafuso é definido como um implante de secção transversal circular,
sem nenhuma abertura ou orifícios. Vários fabricantes fornecem este projeto (p. ex.,
Nobel Biocare, Biomet, Zimmer, Straumann, BioHorizons). A rosca pode ter o projeto
com formato em V, trapezoidal, trapezoidal reversa ou quadrangular (rosca power). O
parafuso com rosca em “V” tem um longo histórico de uso clínico.16,17 O diâmetro
externo da rosca mais comum é de 3,75 mm, com 0,38 mm de profundidade e 0,6 mm
de espaçamento (distância) entre as roscas. Os vários comprimentos do corpo
geralmente variam de 7 a 16 mm, embora comprimentos de 5 a 56 mm também estejam
disponíveis. Projetos de corpo similares são oferecidos em uma variedade de diâmetros
(estreito, regular, largo) para responder às exigências mecânicas, estéticas e
anatômicas das diferentes áreas da boca.31
O corpo do implante rosqueável sólido permite a osteotomia e a instalação do
implante no osso cortical denso, bem como no osso trabecular fino. Entretanto, a
cirurgia pode ser modificada para se adaptar a qualquer densidade óssea. Por exemplo,
o formador de rosca pode ser necessário em situações nas quais a densidade óssea
for alta. O implante rosqueável possibilita a sua remoção no momento da cirurgia, caso
não esteja instalado na posição ideal. Ele também permite a remoção do implante na
cirurgia de segundo estágio, no caso de a angulação ou o contorno da crista óssea
não serem considerados adequados para o sucesso da prótese em longo prazo. O
corpo do implante rosqueável pode ser usinado ou rugoso a fim de aumentar a área de
superfície funcional ou tirar vantagens das propriedades bioquímicas relacionadas com
o revestimento da superfície (p. ex., adesão óssea ou fatores de crescimento ósseo).
O corpo do implante rosqueável é confeccionado principalmente para aumentar a
área da superfície osso-implante e para diminuir a tensão na interface durante a carga
oclusal, quando comparado aos implantes de corpo cilíndrico liso. A área da superfície
funcional de um implante rosqueável é maior que a de um cilíndrico no mínimo em 30% ,
podendo exceder em até 500% , dependendo da geometria da rosca.36 Este aumento
na área de superfície funcional do implante diminui a tensão imposta sobre a interface
implante-osso. O implante rosqueável aumenta a retenção mecânica inicial ao osso no
momento de sua instalação. Isso pode ser relevante em regiões que possuam uma
densidade óssea baixa ou quando o implante tiver menos de 10 mm de comprimento.
Ápice do Implante
A porção apical do implante é frequentemente escalonada para permitir a instalação
inicial na osteotomia. Uma característica antirrotacional pode ser incluída, com a
inclusão de lados planos ou ranhuras ao longo da região apical do corpo do implante
ou orifícios apicais. Quando o tecido ósseo se forma nessas regiões planas ou nas
regiões de ranhuras ou no interior dos orifícios, o osso é colocado sob compressão
quando submetido a cargas rotacionais. Por exemplo, quando um parafuso protético é
conectado no interior da plataforma para adaptar um componente protético, a força
rotacional de 30 Ncm pode ser aplicada e transmitida ao sistema de implantes. A força
rotacional cria uma carga de cisalhamento no osso, e este é mais frágil ao
cisalhamento. Como resultado, isso pode romper a interface osso-implante ao longo do
corpo do implante, resultando, assim, na perda de estabilidade do implante. Uma carga
compressiva ao longo do ápice do implante como resultado dos lados planos ou com
orifícios apicais resiste à carga rotacional.
O término apical de cada implante poderia ser mais plano em vez de pontiagudo.
Isso permite a entrada de todo comprimento do implante ao incorporar características
de projetos que maximizem perfis desejados de tensão. Adicionalmente, se uma cortical
óssea apical for perfurada, a ponta aguda, o ápice em forma de V pode irritar ou
inflamar os tecidos moles se algum movimento desse tecido mole ocorrer (p. ex., na
borda inferior da mandíbula).
Componentes do Implante
Cirurgia de Implante: Estágio I
No momento da instalação do corpo do implante de dois estágios (cirurgia do estágio
I), um parafuso de cobertura do primeiro estágio é colocado dentro do topo do implante
para prevenir que o osso, o tecido mole ou os detritos penetrem na área da conexão do
pilar durante a cicatrização (Figs. 2-10 a 2-12).
FIGURA 2-10 Os componentes do implante frequentemente
possuem nomenclaturas diferentes para cada fabricante, mas
existe uma linguagem genérica que se aplica a qualquer produto.
Essa linguagem permite melhor comunicação entre os
profissionais e os laboratórios, que devem estar familiarizados
com os diferentes sistemas. Esses termos genéricos estão
listados de baixo para cima em ordem de utilização.
FIGURA 2-11 A, No primeiro estágio, a tampa de cobertura do
parafuso é inserida no corpo do implante antes de realizar o
fechamento primário no tecido mole, na primeira etapa da
cirurgia. B, O tecido mole cobre a tampa de cobertura do
parafuso da primeira etapa durante a osseointegração do
implante.
FIGURA 2-12 A, Uma mandíbula posterior com três implantes e
as tampas de parafuso do primeiro estágio inseridas. B,
Fechamento primário do tecido mole na primeira etapa da cirurgia
de implante diminui o risco de infecção pós-operatória e
movimentação do implante durante a cicatrização inicial. C, Uma
secunda etapa da cirurgia expõe os implantes após a integração
inicial. D, Uma extensão transmucosa é inserida no corpo de
implante e são realizadas as suturas em sua volta.
Conexões Protéticas
O pilar protético é a parte do implante que sustenta ou retém uma prótese ou a
supraestrutura do implante.35 Uma supraestrutura é definida como uma estrutura
metálica que se encaixa no(s) pilar(es) do implante e promove a retenção da prótese
removível1 (p. ex., uma barra fundida que retém uma sobredentadura com os encaixes)
ou a estrutura metálica de uma prótese fixa. Eles possuem uma quantidade imensurável
de opções de acordo com o desenho do componente protético e material. A expansão
da Implantodontia, suas aplicações na Odontologia estética e a criatividade dos
fabricantes neste mercado muito competitivo são os responsáveis pela expansão de
estilos de componentes protéticos disponíveis atualmente.
Três categorias de componentes protéticos são descritas, de acordo com o método
pelo qual a prótese ou supraestrutura é retida no pilar: (1) o pilar para retenção com
parafuso utiliza um parafuso para reter a prótese ou a supraestrutura (Fig. 2-17, A); (2)
o pilar para retenção com cimento utiliza o cimento odontológico para reter a prótese ou
a supraestrutura (Fig. 2-17, B); e (3) o pilar de conexão utiliza um dispositivo de
conexão para reter uma prótese removível (como uma conexão O-ring) (Fig. 2-17, C). O
pilar para conexão cimentada, parafusada ou de encaixe pode ser parafusado ou
cimentado no corpo do implante, mas esse aspecto não é delineado dentro da
terminologia genérica (no entanto, é quase sempre retido por parafuso).
FIGURA 2-17 A, O pilar para retenção de prótese parafusada é
usado em próteses retidas por barra ou para prótese fixa (topo).
B, Os pilares para prótese cimentada podem ser de uma peça
(extremidade esquerda) ou duas peças, os quais são retidos por
um parafuso separado do pilar protético (centro). C, Os pilares
tipo conexão são usados para as próteses removíveis que são
retidas por implantes (abaixo). Estes podem ser usados para as
próteses totais ou parciais. (Cortesia de BioHorizons, Birmingham,
Ala.)
Cada um dos três tipos de pilar pode ser adicionalmente classificado como reto ou
angulado, descrevendo a relação axial entre o corpo do implante e o pilar. O pilar para
retenção com parafuso usa um parafuso de cobertura higiênico, colocado sobre o pilar,
para evitar que detritos ou depósitos de cálculo invadam a porção interna e rosqueada
do pilar durante o período de confecção da prótese, entre as consultas de prótese.
No pilar para conexão cimentada, o profissional pode escolher os pilares de uma e
duas peças; o tipo UCLA (modelos de plástico, modelos usinados/plásticos, modelos de
bainha de ouro); os estéticos de duas peças; os anatômicos de duas peças; o ombro
em duas peças; pré-angulado (diversas angulações); ou os modelos personalizados de
cerâmica, de zircônia ou manufaturados por computador (Fig. 2-18). O pilar para a
retenção com parafuso tem sido amplamente utilizado com uma ou duas peças como
pilar das sobredentaduras de diferentes contornos e alturas.
Muitos fabricantes classificam a prótese como fixa, sempre que o cimento a retém;
como fixa ou removível, quando os parafusos retêm uma prótese fixa; e como
removível, quando a prótese é removida pelo paciente. Essa descrição implica que
apenas as próteses retidas com parafuso podem ser removidas. Esta descrição não é
exata, porque uma prótese fixa retida com cimento também pode ser removida pelo
dentista (especialmente quando um cimento temporário é usado). A linguagem geral
deste capítulo separa as próteses em fixas ou removíveis, em um método similar às
próteses tradicionais.
Fabricação da Prótese
Opção Protética Direta
O componente protético do implante pode ser restaurado por meio de uma prótese
dentária natural. O componente protético (em geral pré-fabricado) é inserido no corpo
de implante (usualmente retido por parafuso em vez de cimento como pino de dentes
tratados endodonticamente). Após o preparo do componente protético na cavidade oral,
uma moldagem deste componente é realizada. O gesso-pedra então é vertido, e um
modelo individual do componente é obtido. A prótese é confeccionada de forma muito
similar ao dente natural. Esta abordagem protética pode ser definida como opção
protética direta (Figs. 2-19 e 2-20).
O pino de moldagem direta normalmente consiste em duas peças, em que uma das
partes inclui o componente de transferência oco (frequentemente quadrado) e um
parafuso central longo para prendê-lo no pino ou no corpo do implante. Uma moldagem
com moldeira aberta é usada para permitir acesso direto ao parafuso central longo
segurando o pino de moldagem indireta. Após o material de moldagem ter tomado
presa, o pino de moldagem direta é desparafusado para permitir a remoção do molde
da boca. O pilar de moldagem permanece na moldagem, recebendo a denominação de
transferência direta. O pino de moldagem direta tem vantagens com as propriedades
rígidas dos materiais de moldagem e elimina o erro da deformação permanente, porque
permanece dentro do molde até que o modelo definitivo seja vazado e separado (Fig. 2-
26). Ele tem menos chances de rodar ou mover durante a confecção do modelo quando
comparado à técnica indireta (Quadro 2-1).
Fabricação Laboratorial
Análogo é definido como algo similar ou idêntico a alguma coisa.35 Um análogo do
implante é utilizado na confecção do modelo definitivo para replicar a porção retentiva
do corpo do implante ou pilar (análogo ao corpo do implante, análogo do pilar do
implante). Depois da obtenção do molde final, o análogo correspondente (p. ex., corpo
do implante, pilar parafusado) é conectado ao pino de moldagem e o conjunto é vazado
em gesso-pedra para a confecção do modelo de trabalho (Fig. 2-25, D a I).
O minipilar protético é uma cobertura de pouca altura,35 geralmente projetado para
encaixar o pilar do implante no parafuso de retenção. Ele serve como conexão entre o
pilar e a prótese ou supraestrutura. Um pilar pré-fabricado normalmente é um
componente metálico usinado com precisão para encaixar no pilar protético. Um pilar
calcinável é, em geral, um padrão plástico de fundição, com o mesmo metal que a
supraestrutura ou a prótese. Uma prótese ou supraestrutura retida com parafuso é
presa ao corpo do implante ou pilar com um parafuso protético (Fig. 2-27).
FIGURA 2-27 A, Uma demonstração de um molde de paciente
com um corpo de implante de 5 mm na posição do primeiro molar
e um implante de 4 mm no canino. B, Um pino de moldagem
indireta é inserido no primeiro molar (duas peças com esfera na
parte superior do parafuso), e um transferente de impressão
direta é inserido no implante do canino. C, Uma moldeira
modificada para a impressão direta (moldeira aberta) no implante
do canino e uma moldagem indireta (moldeira fechada) para o
implante do molar. D, A moldagem é feita e, assim, tomada a
presa do material. O parafuso do pino de moldagem é removido
da moldagem do canino. E, O molde do paciente demonstra que a
transferência indireta permanece no molde, ao passo que a
transferência direta reside na impressão. F, O pino de moldagem
indireta é removido do paciente e anexado ao análogo do
implante. G, O pino de moldagem indireta com o análogo do
implante encaixado é reinserido na impressão, na região do
implante do molar. H, A moldagem com a cópia do molar de
transferência indireta e o corpo de implante análogo na posição.
I, O modelo de trabalho depois de ser removido da moldagem. O
transferente indireto na posição do molar permanece no modelo.
J, Um modelo de trabalho com a réplica do tecido mole e gesso-
pedra, com os análogos dos implantes em posição. K, Os pilares
protéticos são inseridos nos análogos dos implantes e
preparados para a confecção da prótese final. L, As próteses
finais são fabricadas. O molar é uma coroa parafusada, e o
canino é uma prótese cimentada.
Resumo
A terminologia genérica foi desenvolvida para facilitar a comunicação entre os membros
da equipe de implante. Independentemente do sistema de implantes utilizado, o termo
genérico é descritivo da função do componente, em vez do nome do proprietário. A fase
cirúrgica do tratamento normalmente usa o corpo do implante com o parafuso de
cobertura do primeiro estágio. O segundo estágio da cirurgia remove o parafuso de
cobertura do primeiro estágio e insere uma extensão transmucosa. O protesista remove
a extensão transmucosa e coloca o pilar ou faz uma moldagem do corpo do implante.
A moldagem do corpo do implante pode aplicar a técnica direta ou indireta. O
laboratório utiliza um análogo para fabricar a prótese. A prótese é, na maioria das
vezes, cimentada nos pacientes parcialmente edentados e usa o pilar protético para
prótese cimentada. Independentemente do sistema de implantes selecionado, a equipe
de profissionais e o laboratório devem estar familiarizados com a terminologia genérica
e descritiva.
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Revisão de Literatura
Muitos critérios de saúde dentária foram adaptados para implantes dentais.1–12 A
maioria dos relatos que apresentam critérios clínicos para avaliar um implante inclui
mobilidade, avaliação radiográfica da perda óssea e, ocasionalmente, índices gengival
e de placa. Critérios subjetivos de desconforto e satisfação do paciente também são
mencionados.
O critério clínico mais comumente relatado é a taxa de sobrevida, ou se o implante
está ainda fisicamente na boca ou foi removido.2 Proponentes deste método afirmam
que ele propicia a apresentação mais clara de dados; críticos argumentam que
implantes que devem ser removidos devido à dor, doença ou inabilidade para serem
restaurados ainda podem ser mantidos mesmo que erroneamente relatados como bem-
sucedidos. Deve ser destacado que relatos do sucesso de próteses tradicionais
suportadas por dentes naturais seguem um critério similar: se a restauração ainda está
na boca. Portanto, taxas de sobrevida, em vez de taxas de sucesso, são o método mais
comum para relatar o “sucesso” dos implantes dentais ou das próteses sobre implantes
dentais.
O Conselho de Materiais Dentários, Instrumentos e Equipamentos da Associação
Americana de Odontologia convenciona que a consideração de um implante endósseo
deve levar em conta a avaliação de (1) durabilidade; (2) perda óssea; (3) saúde
gengival; (4) profundidade da bolsa; (5) efeito nos dentes adjacentes; (6) função; (7)
estética; (8) presença de infecção, desconforto, parestesia ou anestesia; (9) intrusão no
canal mandibular; e (10) atitude emocional e psicológica do paciente e satisfação.3,4
Pode-se razoavelmente afirmar que os fatores controlados primariamente pelo dentista
e a atitude psicológica do paciente não são condições influenciadas pelo implante.
Como resultado, esses itens devem ser considerados separadamente, e não devem ser
considerados na avaliação do sucesso do implante.
Smith e Zarb sugeriram que o conforto do paciente, a profundidade do sulco, o
estado gengival, o dano aos dentes adjacentes e a violação ao seio maxilar, canal
mandibular ou assoalho da cavidade nasal não são atribuídos ao material ou à forma de
um implante.5 No entanto, a profundidade do sulco e o estado gengival próximo ao
implante de fato podem estar relacionados à forma do implante ou à condição de
superfície. Por exemplo, um colar liso e polido instalado abaixo do osso contribui para a
perda da crista óssea, o que afeta a profundidade do sulco. A condição da superfície do
implante pode permitir rápida expansão de bactérias sobre a superfície do corpo do
implante, seguida de perda de crista óssea, e pode afetar o estado gengival do
implante. Assim, profundidade do sulco e estado gengival são índices importantes para
avaliação dos implantes dentais. Conforto do paciente, dano aos dentes adjacentes e
violação das estruturas anatômicas são importantes de identificar, mas não são
relacionados com a forma ou o material de um implante.
Índices periodontais são muitas vezes usados para avaliação dos implantes
dentários. Uma comparação de dentes naturais e implantes para cada critério propicia
reflexão sobre suas diferenças no processo saúde–doença. Após um entendimento da
base para avaliação, esses critérios podem ser usados para estabelecer uma escala de
qualidade saúde–doença relacionada ao tratamento do paciente.
Este capítulo se dirige aos índices periodontais mais comuns para dentes naturais e
compara os índices periodontais que se seguem com os implantes dentais: (1)
longevidade, (2) mobilidade contra fixação rígida, (3) percussão, (4) dor, (5)
profundidade à sondagem, (6) índice de sangramento, (7) perda da crista óssea, (8)
avaliação radiográfica, (9) tecido queratinizado e (10) doença peri-implantar.
Longevidade
Critérios de sucesso para implantes endósseos foram propostos previamente por vários
autores, incluindo Schnitman e Shulman,6 Cranin et al.,7 McKinney et al.,8 Albrektsson
et al.9,11 e Albrektsson e Zarb.10 O critério de sucesso por Albrektsson et al.foi
específico para implantes com fixação rígida, e é amplamente usado hoje9 (Quadro 3-
1). Entretanto, o critério de sucesso de Albrektsson et al. deve ser primeiramente usado
para estudos ou relatos de implantes, não para implantes individuais. Atingir menos que
0,2 mm de perda óssea vertical anual é difícil para cada implante individual, e se
0,3 mm ocorre em um ano isso não qualifica como falha de implante, em si e por si.
Além disso, o volume de crista óssea perdida durante o primeiro ano não é considerada
neste critério de sucesso, e poderia afetar a profundidade do sulco e o ambiente para a
longevidade do implante.
Mobilidade
Dentes Naturais contra Sistemas Suportados por Implantes
Comparado com um implante, o sistema de suporte de um dente natural é mais bem
estruturado para reduzir as forças biomecâmicas distribuídas ao dente/restauração e
região de crista óssea. Membrana periodontal, estrutura biomecânica do dente e
material, complexo nervoso e de vasos sanguíneos, material oclusal (esmalte) e tipo
ósseo adjacente diminuem o risco de sobrecarga oclusal ao sistema dentário natural.15
Movimento Dentário
O dente exibe movimentos fisiológicos normais nas direções vertical, horizontal e
rotacional. A quantidade de movimento do dente natural está relacionada à sua área de
superfície e forma de raiz. Portanto, o número e o comprimento de raízes; seu diâmetro,
forma e posição; e a saúde do ligamento periodontal (LP) influenciam principalmente a
mobilidade do dente. Um dente saudável exibe mobilidade clínica zero na direção
vertical. O movimento dentário vertical tem cerca de 28 micrômetros e é o mesmo para
dentes anteriores e posteriores.16 O movimento vertical de um implante rígido foi
mensurado de 2 a 3 micrômetros sob uma força de 4 kg, e é devido especialmente às
propriedades viscoeláticas do osso subjacente.17
Muhlemann observou que o movimento dentário horizontal poderia ser dividido em
mobilidade inicial e movimento secundário.18 A mobilidade inicial é observada com uma
força leve, ocorre imediatamente e é uma consequência do LP. A mobilidade dentária
horizontal inicial é maior do que o movimento vertical inicial. Uma força muito suave
(500 g) move horizontalmente o dente. A mobilidade horizontal inicial de um dente
posterior saudável, “não móvel”, é inferior àquela de um dente anterior e varia de 56 a
75 micrômetros, que é duas a nove vezes o movimento vertical do dente. A mobilidade
horizontal inicial já é maior em dentes anteriores e varia de 70 a 108 micrômetros em
dentes saudáveis16,19 (Fig. 3-1).
FIGURA 3-1 O movimento fisiológico do dente em cicatrização é
medido como 28 micrômetros na direção apical até 108
micrômetros na direção horizontal.
Movimento do Implante
Fixação rígida indica a ausência de mobilidade clínica de um implante testado com
forças verticais ou horizontais inferiores a 500 g. Fixação rígida é um termo clínico.
Osseointegração é um termo histológico definido como osso em contato direto com a
superfície de um implante em magnificância de um microscópio de luz20 (Fig. 3-3). Ao
longo dos anos esses dois termos foram usados de forma trocada, e o apoio do pilar de
implante é mais previsível com fixação rígida. A falta de mobilidade do implante (MI) nem
sempre coincide com uma interface direta osso–implante.8 Porém, quando observada
clinicamente a fixação rígida em geral significa que ao menos uma porção do implante
está em contato direto com o osso, embora a porcentagem de contato com osso não
possa ser especificada.21 Um implante com mobilidade indica a presença de tecido
conjuntivo entre implante e osso.
FIGURA 3-3 Osseointegração é um termo histológico que
descreve um contato direto do osso com o implante ao nível de
magnificação de um microscópio de luz.
A mobilidade dentária aumentada pode ser causada por trauma oclusal ou perda
óssea. A mobilidade dentária aumentada por si só não é um critério de saúde ou
patologia periodontal. Diferentemente de um dente, para o qual a mobilidade não é um
fator primário para longevidade, a mobilidade é um fator primário determinante para a
saúde do implante.20 A fixação rígida é também um excelente indicador do estado de
saúde do implante, porque é um teste fácil e objetivo. Como tal, a fixação rígida é
comumente o primeiro critério clínico avaliado para um implante dental. As técnicas para
avaliar a fixação rígida são similares àquelas usadas para a mobilidade de dentes
naturais. Dois instrumentos rígidos aplicam uma força vestibulolingual de
aproximadamente 500 g, e a ausência de mobilidade indica fixação rígida25 (Fig. 3-5).
Escala Descrição
0 Ausência de mobilidade clínica com 500 g em qualquer direção
1 M ovimento horizontal leve detectável
2 M obilidade horizontal moderada visível até 0,5 mm
3 M ovimento horizontal severo maior que 0,5 mm
4 M ovimento horizontal moderado a severo visível e qualquer movimento vertical visível
De vez em quando um implante que era rígido pode girar no osso no estágio II de
reabertura, quando o pilar do implante é parafusado na posição.26 A fraca interface
osso–implante é rompida quando as forças de cisalhamento da adição de um pilar e
parafuso atuam no corpo do implante. Se isso ocorrer, o parafuso de cobertura do
implante deve ser reinserido e deve-se permitir a “reintegração” do implante com o
osso. As chances são maiores do que 75% , no sentido de que três meses adicionais
de reparo permitirão que o implante restabeleça uma interface osso–implante, se esta
estivesse presente antes de o pilar ser adicionado.27 Na reinserção do pilar um torque
bem menor é usado inicialmente, e um torquímetro é usado (por isso a força rotacional
no parafuso do pilar não é convertida para a interface osso–implante, então a interface
não se despe de novo). Após um tempo adicional de carga progressiva o parafuso do
pilar pode ser apertado como de costume, embora um método contador de torque no
pilar ainda seja sugerido.
O Periotest® (Gulden-Medizinteknik, Bensheiman der Bergstrasse, Alemanha) é um
dispositivo mecânico computadorizado, desenvolvido por Schulte, que mede o efeito de
amortecimento ou o grau de atenuação contra objetos pelo desenvolvimento de uma
força de 12 a 18 N contra um dispositivo semelhante a um pistão, que então mede a
distância dos recuos do pistão dentro da câmara após atingir um objeto.28 Uma
superfície macia ou um objeto móvel dá maiores registros do que um objeto duro ou
rígido. Os registros variam do número 8 negativo a 50 positivo.
Dentes com mobilidade clínica zero têm Periotest® típico variando de 5 a 9. O grau
ou a ausência de movimento clínico ao redor do implante corresponde a valores
variando de –8 a +9, ou uma variação de 17 unidades (Fig. 3-7). A densidade óssea ao
redor do implante pode ser relacionada com números do Periotest®. Considerando que
os tipos de osso mais macios resultam em números mais elevados, o osso mais duro ao
redor de implantes resulta em números mais baixos. Uma técnica de análise de
frequência por ressonância não destrutiva para medir a estabilidade do implante e a
osseointegração foi também introduzida na profissão, e fornece informação válida
similar tanto para o movimento clínico como para a densidade óssea ao redor dos
implantes.29,30 Esses dispositivos ajudam muito os sentidos táteis do dentista.
O dispositivo Periotest® tem sido usado como uma ferramenta clínica para avaliar
mudanças sutis na fixação rígida do implante ou identificar próteses que se tornam
parcialmente não retidas.31–33 Pelo fato de a prótese não necessitar ser removida
para avaliar o implante, este dispositivo pode ser mais facilmente usado para avaliar um
implante no longo prazo.
Percussão
Percussão muitas vezes é usada nos dentes para determinar qual dente está sensível à
função ou iniciando um abscesso. No passado, a percussão era usada para avaliar a
presença de fixação rígida para implantes osseointegrados.20 No entanto, a percussão
não é um indicador de saúde clínica nem de fixação rígida dos implantes
osseointegrados. O som ecoante que ocorre durante a percussão somente corresponde
à presença de algum volume de osso na interface, uma vez que 2 mm de osso e 16 mm
de interface osso–implante têm som quase idêntico. A percussão pode ser usada para
diagnosticar dor ou sensibilidade em implantes, mas é duvidosa se usada para
determinar o estado de fixação rígida.
Dor
Achados subjetivos como dor, desconforto e sensibilidade são condições dentárias
comuns que o dentista trata como parte de sua prática geral. Dor e desconforto são
critérios subjetivos e dependem da interpretação do paciente do grau de desconforto.
Dor é definida como uma sensação desagradável variando de suave desconforto à
agonia excruciante. Sensibilidade é mais uma sensação desagradável da região. Um
dente natural muitas vezes se torna hiperêmico e sensível ao frio como primeiro
indicador de um problema. Um dente com uma condição mais séria se torna sensível ao
calor e à dor na percussão, indicando pulpite. Emergências odontológicas comumente
estão associadas à dor, e o dentista está apto a seu diagnóstico e plano de tratamento.
Um implante raramente pode ser considerado um problema pelos critérios subjetivos
de dor ou sensibilidade após reparo inicial. O implante não se torna hiperêmico e não é
sensível à temperatura, e os sinais de alerta e sintomas precoces de um problema
oclusal traumático podem não estar presentes. Este critério pouco contribui para a
determinação da saúde do implante.
Após o implante ter alcançado a cicatrização primária, a ausência de dor sob forças
verticais e horizontais é o principal critério subjetivo. Normalmente (mas nem sempre) a
dor não ocorre a menos que o implante esteja móvel e circundado por tecido
inflamatório, ou tenha fixação rígida mas esteja pressionando um nervo. A condição
mais comum que leva ao desconforto com implantes é quando um pilar frouxo pressiona
tecido mole na conexão pilar–implante. Após a eliminação do tecido mole na região e o
apertamento do pilar, o desconforto retrocede. Quando a conexão pilar–implante é
devidamente apertada e a dor está presente, pode-se pensar que haja uma fratura do
corpo do implante.
Em raras ocasiões um implante pode causar desconforto durante a função, embora
um exame clínico seja incapaz de identificar uma causa. A presença persistente de dor
durante a percussão ou a função em implantes e componentes inseridos
apropriadamente indica muitas vezes a remoção do implante mesmo na ausência de
mobilidade. Pelo fato de a dor ser um critério subjetivo, o dentista pede ao paciente
para relacionar a dor do local do implante na escala de 1 a 10, com 1 sendo um
desconforto suave e 10 sendo a dor mais intensa que o paciente possa perceber.
Quando o paciente relata um nível de dor maior que 5 o dentista deve realmente
considerar a remoção do implante.
Considerando que a dor em implantes estáveis é rara e é observada como um
problema precoce, a dor de um implante com mobilidade pode ocorrer no início ou no
final no tratamento. Em ambos os casos a condição raramente melhora. A dor em
implantes estáveis submetidos a uma carga tem sido observada com maior frequência
em implantes com carga imediata, comparados com aqueles em cicatrização sem carga
por um longo período.
A sensibilidade ou o desconforto leve do implante, mais do que a dor em um implante
estável, é também mais incomum e sinaliza uma complicação mais significativa para um
implante do que para um dente. Sensibilidade durante função ou percussão comumente
implica cicatrização na proximidade de um nervo ou, em raras ocasiões, estresse ósseo
além dos limites fisiológicos.
Se ocorrer desconforto do implante imediatamente após a cirurgia e a carga (carga
imediata) quando o implante está em proximidade ao canal mandibular, o implante deve
ser desenroscado 1 mm e reavaliado em relação à diminuição dos sintomas após três
ou mais semanas. Caso o desconforto de um implante estável aconteça após o estágio
I de reparo e não se deva à invasão cirúrgica em uma referência anatômica, volta-se a
atenção primeiramente para o tecido mole e os componentes protéticos. Se esta não for
a causa, o tratamento então consiste na eliminação da tensão sobre o implante ou a
prótese o quanto possível por três ou mais semanas. O dentista especialmente deve
relacionar oclusão e hábitos parafuncionais com a sensibilidade do implante. Na maior
parte das vezes a prótese deve ser modificada para reduzir os contatos oclusais. Por
vezes, implantes adicionais podem ser instalados e a restauração refeita para dissipar
forças. O desconforto pode ser diminuído com esses procedimentos, mas raramente é
eliminado. Em vez disso, o dentista notifica o paciente sobre o diagnóstico ruim e
pergunta se o desconforto é significativo o bastante para justificar a remoção do
implante. Deve ser enfatizado que esta condição é rara e tem sido observada somente
algumas vezes pelo autor em mais de 30 anos.
Por vezes o corpo do implante pode se fraturar a partir de fadiga. Fadiga está
relacionada à quantidade de força, ao número de ciclos, à resistência do material, ao
diâmetro do componente e ao número de implantes unidos. Essa condição é similar a
uma raiz fraturada. Em qualquer caso, pode ser difícil constatar uma evidência
radiográfica da fratura. Percussão e forças até 500 g (1,2 psi) com um bastão de
mordida são usadas clinicamente para avaliar um dente ou implante para dor ou
desconforto. Percussão e mordida pesada em um bastão de madeira associadas à dor
são índices clínicos. Nesses casos, o implante é na maioria das vezes removido.
Profundidades de Sondagem
Profundidades de sondagem ao redor dos dentes são excelentes meios de prova para
avaliar a saúde passada e presente dos dentes naturais. A profundidade crescente do
sulco ao redor dos dentes naturais está relacionada à doença e à perda óssea.25 No
entanto, índices de profundidade de sondagem usados para avaliar implantes dentais
são mais controversos porque a profundidade do sulco em referência ao implante não
pode ser sempre diretamente relacionada com a saúde.
Para dentes naturais, o tecido mole circundante tem uma média de espaço biológico
de 2,04 mm entre a profundidade do sulco e a crista do osso alveolar.34 Deve-se notar
que o “espaço” biológico é de fato uma dimensão vertical com maior variação na região
posterior comparado com a anterior, e pode ser maior que 4 mm em altura.35 Em
dentes, ele é composto de tecido conjuntivo de inserção (média de 1,07 mm) acima do
osso e uma inserção de epitélio juncional (IEJ) (média de 0,97 mm) na base do sulco,
com o valor mais consistente entre indivíduos sendo o do tecido conjuntivo de inserção
(Fig. 3-8).
Índice de Sangramento
O sangramento gengival durante a sondagem ao redor dos dentes se correlaciona com
a inflamação sulcular e o índice de placa. O epitélio sulcular facilmente ulcerado
representa inflamação derivada de placa e sua causa primária de sangramento à
sondagem. Um índice de sangramento é um indicador de saúde do sulco. Sangramento
também pode ser provocado por pressão indevida na sonda.
A controvérsia ronda o uso do sangramento e da saúde gengival como um indicador
de saúde do implante.35 Diferentemente de um dente natural, o sucesso do implante
nos primeiros anos está relacionado muitas vezes mais ao equilíbrio biomecânico do
que à saúde gengival. Comparada com um dente natural, a inflamação no tecido mole a
partir de bactérias pode ser mais restrita acima da crista óssea, porque há falta de uma
membrana periodontal ou tecido fibroso entre o implante e a interface óssea. Como
resultado, o índice de sangramento pode não ser um fator importante ao se avaliar a
qualidade inicial de saúde do implante.
A correlação entre saúde gengival e sucesso de implante parece estar em parte
relacionada à condição da superfície cervical do implante. Adell et al. não encontraram
evidência de que a gengivite fosse uma precursora da perda óssea progressiva.53
Lekholm et al. também verificaram que gengivite e bolsas sulculares profundas não
foram acompanhadas por perda óssea acelerada.48 Ambos os relatos avaliaram uma
estrutura com parafuso em titânio de superfície usinada (p.ex., Nobel Biocare).
Em contraste com relatos prévios de implantes de superfície usinada, Kirsch e
Mentag encontraram uma correlação entre profundidade de sulco gengival e perda de
implante.54 O modelo de implante estudado neste relato teve um elemento intramóvel
com uma cervical de pilar de corpo de implante maior e um corpo rugoso, com
pulverização de plasma de titânio (IMZ, Alemanha). Uma correlação similar entre a
perda de implante e o estado de saúde gengival foi observada quando uma superfície
de microesferas de liga de titânio poroso foi exposta acima do osso (Endopore,
Canadá).55,56
Além da condição da superfície do implante, outros estudos mostram uma correlação
entre a saúde gengival e os dentes sobre implante. Jepsen et al. identificaram níveis
elevados de enzimas proteolíticas em um sulco de implante com inflamação e
sangramento à sondagem como preditores da doença implantar.57 Lekholm et al. e
Quirynen et al. verificaram que placa e gengivite ao redor de implantes estavam
relacionados.48,58 Steflik et al. verificaram que o índice de sangramento gengival teve
forte relação com o índice de placa e o índice de fluido crevicular.21
O profissional já é encorajado a sondar a região sulcular para avaliar a perda da
crista óssea ao redor do implante. A sondagem periodontal é menos exigente do que a
determinação de um índice de volume de fluido sulcular gengival. Pode-se observar o
índice de sangramento durante a sondagem para a profundidade do sulco e, portanto,
pode-se registrá-lo facilmente para ajudar a avaliar a saúde gengival (Fig. 3-15).
FIGURA 3-15 A, O sangramento à sondagem ao redor da coroa
deste implante indica inflamação sulcular e está relacionado à
placa dental. B, A radiografia periapical indica que o implante foi
instalado abaixo do osso e tem perda de crista óssea.
A perda da crista óssea após instalação da prótese para além da primeira rosca ou
condição de superfície rugosa de um implante é um indicador primário da necessidade
de uma terapia preventiva inicial. A perda precoce de crista óssea além de 1 mm a partir
do microgap do pilar, após instalação de prótese, comumente resulta de excesso de
tensão biomecânica no sítio transmucoso ou no desenho do módulo da crista do
implante.67–69
A maioria dos implantes não perde osso a cada ano. Muitos estudos relatam perda
óssea marginal após o primeiro ano em função na razão de 0 a 0,2 mm. Adell et al.
determinaram que implantes com sucesso após o primeiro ano de carga têm uma média
de 0,1 mm de perda óssea para cada ano subsequente.20 Cox eZarb observaram uma
quantidade similar de perda óssea média de 0,1 a 0,13 mm por ano após o primeiro ano
de função da prótese.65 Kline et al. relataram uma média inferior a 0,1 mm a cada ano
após o primeiro ano.70 No entanto, se um implante em um estudo de 10 perde 1 mm de
osso, a média de perda óssea para o estudo é de 0,1 mm. Assim, a média de perda
óssea de 0,1 mm significa que a maioria dos implantes não perde osso em uma base
anual.
Pequenas alterações de perda óssea interproximal podem ser determinadas por
radiografias. A distância entre as roscas de um implante é uma distância conhecida
para cada sistema (p.ex., 0,6 mm para o modelo Brånemark clássico) e pode ser usada
como um marcador radiográfico. O dentista deve suspeitar de sobrecarga oclusal,
incluindo hábitos parafuncionais, quando implantes apresentarem perda óssea após a
instalação de prótese.
A perda óssea ao redor de um implante em prazo intermediário é comumente uma
condição composta criada por bactérias e aumentada por tensões (um resultado de
parafunção ou aumento da altura da coroa a partir da perda da crista óssea e formação
de bactérias anaeróbias quando o sulco é maior que 5 a 6 mm)52 (Quadro 3-5).
Tempo Causa
Sob condições ideais, um dente ou implante deve apresentar uma perda óssea
mínima. No entanto, não é possível quantificar quanto de perda óssea indica sucesso
ou falha. Em geral, se mais da metade da altura do implante perdeu contato ósseo o
implante está em risco significativo e pode ser considerado perdido, independente da
quantidade original de contato implante–osso. Além da perda óssea radiográfica, a
profundidade da sondagem do tecido mole deveria ser considerada relacionada à perda
óssea. Se um implante perdeu 5 mm de osso e tem uma profundidade de sondagem de
10 mm, a situação é muito pior do que um implante com 6 mm de perda óssea e 3 mm
de profundidade à sondagem.
Avaliação Radiográfica
A avaliação radiográfica de dentes naturais ajuda na determinação da presença de
cáries, lesões de origem endodôntica e perda óssea periodontal. Radiografias podem
ser usadas para avaliar o resultado de doenças periodontais no osso de suporte, mas
não podem indicar a presença ou ausência do processo de doença. Avaliações da
perda óssea em dentes naturais podem incluir (1) a presença ou ausência de lâmina
dura intacta; (2) a largura do espaço do LP; (3) a morfologia da crista óssea (uniforme
ou angular); e (4) a distância da junção cemento-esmalte (JCE) e o nível coronal do LP
(largura normal ou anormal). Níveis radiográficos normais do osso adjacente a dentes
naturais estão tipicamente entre 1 e 3 a partir da JCE.
Implantes não cariam e não desenvolvem condições endodônticas relacionadas. No
entanto, a região de crista óssea é muitas vezes o maior fator de diagnóstico para as
variações das condições de saúde entre ótima, satisfatória e comprometida. A
interpretação radiográfica é uma das ferramentas clínicas mais fáceis de usar na
avaliação da perda de crista óssea do implante, mas há muitas limitações. Uma
radiografia apenas ilustra claramente os níveis mesial e distal da crista óssea. No
entanto, a perda óssea precoce muitas vezes ocorre no aspecto vestibular do implante.
Uma ausência de radiolucência ao redor de um implante não significa que osso
esteja presente na interface, especialmente na mandíbula anterior. A diminuição de até
40% em densidade é necessária para produzir uma diferença radiográfica tradicional
nessa região, devido ao osso cortical denso.71 Quando o osso é largo, um defeito em
forma de V ao redor de um implante pode ser cincundado por osso cortical e, como
resultado, a radiografia é menos contributiva ao diagnóstico.
Radiografias periapicais paralelas são mais difíceis de serem obtidas em implantes
do que em dentes. O implante está localizado muitas vezes apical ao ápice do dente
natural preexistente. Como resultado, o ápice do implante muitas vezes está localizado
além das inserções musculares ou em regiões quase impossíveis de se capturar com
um método radiográfico paralelo. Uma imagem encurtada para acomodar a porção
apical do implante frustra a proposta de interpretação radiográfica da crista óssea. A
perda da crista óssea é muitas vezes mais bem avaliada com filmes verticais bitewings
ou radiografias apicais que não incluem a porção apical do implante (Fig. 3-19).
FIGURA 3-19 Bitewings verticais são muitas vezes mais usadas
no diagnóstico para determinar perda óssea radiográfica quando
comparadas com radiografias, que tentam capturar o ápice do
implante.
Doença Peri-implantar
Gengivite é uma inflamação induzida por bactérias envolvendo a região da gengiva
marginal acima da crista óssea e próxima ao dente natural. Ela está sempre associada
à placa, e pode ser classificada como (1) necrotizante aguda, (2) ulcerativa, (3)
hormonal, (4) induzida por medicamentos ou (5) de ocorrência espontânea.25 Essas
categorias podem também ser relacionadas aos tecidos gengivais ao redor de um
implante, já que o modo de inserção da gengiva ao dente e ao implante tem sido
relatado como parcialmente similar.38
As bactérias na gengivite ao redor de um dente podem afetar a inserção epitelial sem
perda do tecido conjuntivo de inserção. Pelo fato de o tecido conjuntivo de inserção de
um dente se estender uma média de 1,07 mm acima da crista óssea, no mínimo 1 mm
de barreira protetora acima do osso é deixado. Em contraste, não existe nenhuma zona
de tecido conjuntivo de inserção ao redor de um implante, pois nenhuma fibra
conjuntiva se estende dentro da superfície do implante. Por consequência, não há
nenhuma barreira de tecido conjuntivo para proteger a crista óssea ao redor do
implante.92
A periodontite ao redor dos dentes é caracterizada por proliferação apical e
ulceração do epitélio juncional, perda progressiva de tecido conjuntivo de inserção e
perda de osso alveolar.25 Bactérias são primariamente responsáveis pela periodontite.
A doença tem sido classificada como periodontite do adulto, de progressão rápida,
juvenil localizada e pré-puberal.
Após instalação da prótese, a perda precoce de crista óssea ao redor de um
implante geralmente não é causada por bactérias. Na maioria das vezes a perda óssea
resulta de fatores de tensões muito grandes para a interface implante–osso imaturo e
não completamente mineralizado, ou uma extensão do espaço biológico dentro de um
módulo da crista de metal liso.68 Portanto, um implante pode exibir perda precoce de
crista óssea com um mecanismo e uma causa diferentes quando comparado com
dentes naturais. No entanto, por vezes bactérias podem ser o fator primário. Bactérias
anaeróbias têm sido observadas crescendo na desadaptação entre o implante e o pilar
ou no sulco de implantes, especialmente quando as profundidades de sulco são
maiores que 5 mm52 (Quadro 3-6).
Resumo
Um implante é muitas vezes tratado como um dente quando avaliado e restaurado pelo
dentista. No entanto, diferenças fundamentais estão presentes nesses dois sistemas de
suporte. Índices periodontais podem ser usados como um método para comparar as
similaridades e diferenças. Na maioria das vezes, índices para implantes devem ser
modificados quando comparados com dentes naturais. Em 2008, o Congresso
Internacional de Implantologistas Orais patrocinou uma Conferência de Consenso em
Pisa, Itália, para sucesso, sobrevida e perda de implante.93 Essas diretrizes usaram a
escala de qualidade de Misch e este capítulo como um patamar para discussão. Assim,
de acordo com essas diretrizes o material deste capítulo deve ser amplamente usado
para discutir as diferenças e controvérsias nos sistemas de suporte de dentes e
implantes.
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PA R T E I I
Ciências Básicas
ESBOÇO
Propriedades do Volume
História dos Materiais e Modelos
Ao longo das últimas décadas, as definições de biocompatibilidades de materiais
evoluíram e refletem uma opinião em constante mudança com relação a filosofias de
tratamento cirúrgico com implante. Em geral, a definição da biocompatibilidade é dada
como uma resposta adequada a um material (biomaterial) dentro de um dispositivo
(modelo) para uma aplicação clínica específica.1 Materiais implantáveis metálicos e não
metálicos têm sido estudados na área da ortopedia desde a virada do século XX.2-7
Na década de 1960, colocou-se ênfase na fabricação de biomateriais que fossem
mais inertes e quimicamente estáveis em ambientes biológicos. A cerâmica de alta
pureza de compostos de óxido de alumínio (Al2O3), de carbono e de carbono-silício e
ligas de grau intersticial muito baixo (ELI) são exemplos clássicos dessas tendências.
Na década de 1970, a biocompatibilidade foi definida em termos de dano mínimo para o
receptor ou para o biomaterial. A importância de uma interação estável tornou-se,
então, o foco central para as comunidades de pesquisas e clínicas. Na década de 1980,
o foco mudou para substratos bioativos destinados a influenciar de modo positivo as
respostas teciduais. Nas últimas duas décadas, foi dada ênfase aos substratos química
e mecanicamente anisotrópicos combinados com substâncias de crescimento
(mitogênicas) e indutoras (morfogênicas). Atualmente, muitos biomateriais são
constituídos, fabricados, e suas superfícies modificadas para influenciar diretamente
respostas teciduais de curto e longo prazo. Revestimentos bioativos na maioria das
classes de biomateriais continuaram a evoluir a partir de testes clínicos com humanos
para modalidades aceitáveis de preparação de superfície, e o foco das pesquisas
passou para combinações de implantes biológicos e sintéticos ativos.
Como informação relevante, os implantes dentais influenciaram significativamente
estas tendências. Na década de 1960, os dispositivos dentais eram reconhecidos como
estando em fase de pesquisa e desenvolvimento, e revisões longitudinais críticas das
aplicações clínicas foram muito recomendadas.8 Durante esse período, os estudos
sobre a longevidade de vários dispositivos demonstraram que a duração mais longa
para as aplicações clínicas era para próteses ortopédicas. Nos anos 1980, estudos
clínicos controlados demonstraram que implantes dentais apresentavam longevidades
funcionais que superavam a maioria dos outros tipos de modalidades de substituição de
tecido funcional.9,10 Claramente, esses estudos clínicos tiveram grande influência tanto
na pesquisa como no desenvolvimento, bem como nos processos de aplicação clínica.
Atualmente, o crescimento exponencial do uso de implantes e os relatórios científicos
relacionados dão suporte às opiniões expressas pelos primeiros visionários, há várias
décadas.
A evolução de qualquer modalidade de implante é uma história com várias partes, em
que papéis significativos foram desempenhados pelos biomateriais; pelas análises
biomecânicas de designs, tecidos e função; pela cicatrização de feridas ao longo de
interfaces; pelos métodos cirúrgicos para minimizar o trauma mecânico, químico e
térmico; pelas modalidades de tratamento para manutenção e reparação protética e
periodontal; e pelos protocolos para ensaios clínicos multidisciplinares controlados. A
interdependência de todas as fases de pesquisa básica e aplicada deve ser
reconhecida. Todas as fases se inter-relacionam e devem evoluir para fornecer um nível
de melhor compreensão dos fenômenos físicos e biológicos básicos associados aos
sistemas de implantes, antes que os resultados clínicos longitudinais sejam totalmente
descritos.
As avaliações de implantes dentais endósseos e subperiostais levantam questões
interessantes no que diz respeito às inter-relações entre a seleção de projeto e
material. Existem oportunidades para escolher um material a partir de uma variedade de
sistemas, tais como metais, cerâmicas, carbono, polímeros ou compósitos. Além disso,
apenas as dimensões anatômicas disponíveis e a exigência de fixação de algum tipo de
dispositivo restaurador intraoral limitam o contorno e a forma (modelo) do implante. Em
razão da grande variedade de propriedades dos biomateriais demonstradas pelas
classes de materiais disponíveis, não é aconselhável fabricar nenhum projeto de
implante novo sem uma análise biomecânica completa. Outra abordagem muito usada
atualmente é determinar um modelo específico com base em considerações clínicas e,
em seguida, selecionar o biomaterial a partir de análises computadorizadas. A
segurança dessas combinações pode, então, ser demonstrada por meio de
investigações laboratoriais e com animais. Ensaios clínicos controlados após protocolos
prospectivos, é claro, proporcionam a avaliação final tanto da segurança quanto da
eficácia. Assim, o sucesso a longo prazo é determinado clinicamente com estudos de
acompanhamento e é, claramente, uma área que deve ser enfatizada para muitos
sistemas de implantes dentais disponíveis.
Pesquisa e Desenvolvimento
Estudos básicos no âmbito das ciências físicas e biológicas têm apoiado o
desenvolvimento de sistemas cirúrgicos de implantes. Um exemplo é o progresso
contínuo de materiais que já estão disponíveis para aplicações industriais para as
novas classes de compósitos que evoluíram para aplicações biomédicas. Esta mesma
situação existe dentro de uma ampla área (p. ex., tecnologia e ciência de superfícies,
mecânica e biomecânica de estruturas tridimensionais, percursos e processos da
cicatrização de feridas ao longo de interfaces de biomateriais e a descrição dos
primeiros biofilmes que evoluem em contato com o sangue ou fluidos dos tecidos).11-14
A passagem progressiva de materiais para biomateriais quantitativamente
caracterizados tem sido muito importante para as aplicações biomédicas de implantes
cirúrgicos. Atualmente, as pesquisas a respeito de implantes dentais desempenham um
papel de liderança dentro de áreas selecionadas deste processo global, e todas as
etapas da medicina e da odontologia devem se beneficiar.
Corrosão e Biodegradação
A corrosão é uma preocupação especial para os materiais metálicos na implantologia
dental, visto que os implantes se projetam dentro da cavidade oral, em que os
eletrólitos e composições de oxigênio são diferentes daqueles dos fluidos dos tecidos.
Além disso, o pH pode variar significativamente em áreas sob o biofilme bacteriano
dental e no interior da cavidade oral. Isso aumenta a variação do pH ao qual os
implantes são expostos na cavidade oral, em comparação com locais específicos no
tecido.24-29 Plenk e Zitter15 afirmam que a corrosão galvânica (CG) pode ser maior
para implantes dentais do que para implantes ortopédicos. A galvanização depende da
passividade das camadas de óxido, que são caracterizadas por uma taxa de dissolução
mínima e de alto poder regenerativo para metais como o titânio. A camada passiva é de
apenas alguns nanômetros de espessura e é geralmente composta de óxidos ou
hidróxidos dos elementos metálicos que apresentam maior afinidade pelo oxigênio. No
grupo dos metais reativos, tais como titânio, nióbio, zircônio, tântalo e ligas
relacionadas, os materiais de base irão determinar as propriedades da camada passiva.
As zonas de estabilidade de óxidos de elementos passivos cobrem os potenciais redox
e os valores de pH típicos do ambiente oral. No entanto, os óxidos de titânio, de tântalo
e de nióbio cobrem uma zona marcadamente maior de estabilidade ambiental em
comparação com óxidos de crômio.
O risco de degradação mecânica, como arranhões ou desgaste dos materiais
implantados, combinado com a corrosão e a liberação em ossos e órgãos remotos, foi
previamente considerado. Por exemplo, pesquisadores como Laing,30 Willert et al.31 e
Lemons32,33 têm estudado extensivamente a corrosão de implantes metálicos.
Steinemann34 e Fontana e Greene35 apresentaram muitas das relações básicas que
são específicas da corrosão de implantes. Mears26 abordou as preocupações a
respeito da CG e estudou a resposta local do tecido para o aço inoxidável e cobalto-
crômio-molibdênio (Co-Cr-Mo) e mostrou a liberação de íons metálicos nos tecidos.
Williams36 sugeriu que três tipos de corrosão foram mais relevantes para os implantes
dentais: (1) corrosão sob tensão (CST), (2) CG e (3) corrosão por desgaste (CD).
Toxicidade e Considerações
A toxicidade está relacionada com produtos primários de biodegradação (cátions e
ânions simples e complexos), principalmente aqueles de metais de maior peso atômico.
Dentre os fatores a serem considerados, estão: (1) a quantidade dissolvida por
biodegradação por unidade de tempo, (2) a quantidade de material removido por
atividade metabólica na mesma unidade de tempo e (3) as quantidades de partículas
sólidas e de íons depositados no tecido e quaisquer transferências associadas ao
sistema sistêmico. A quantidade de elementos liberados dos metais durante o tempo de
corrosão (p. ex., gramas por dia) pode ser calculada por meio da seguinte fórmula:15
Metais e Ligas
Até o momento, a maioria dos sistemas de implantes dentais disponíveis nos Estados
Unidos é preparada a partir de metais ou ligas. Esses materiais são analisados neste
capítulo por meio da separação dos metais e ligas de acordo com suas composições
elementares, pois uma proporção crescente tem características de superfície
modificadas que são abordadas na segunda seção deste capítulo.
Várias organizações têm fornecido as diretrizes para a padronização de materiais
para implantes.44 O Comitê F4 da ASTM (ASTM F4) e a ISO (ISOTC 106, ISOTR 10541)
forneceram a base para tais normas.19,20 Até o momento, um levantamento
multinacional feito pela ISO indicou que o titânio e suas ligas são os mais utilizados. Os
implantes não metálicos mais utilizados são os materiais óxidos, de carbono ou os
semelhantes aos óxidos de grafite.45
Os principais grupos de materiais implantáveis para odontologia são o titânio e suas
ligas, as ligas de cromo-cobalto, os aços austeníticos Fe-Cr-Ni-Mo, as ligas de tântalo,
nióbio e zircônio, metais preciosos, cerâmicas e materiais poliméricos.
Tabela 4-1
Propriedades de Engenharia dos Metais e Ligas Utilizados nos Implantes
Cirúrgicos*
GN/m2, Giganewton por metro quadrado; ksi, mil libras por polegada quadrada; MN/m2,
meganewton por metro quadrado; psi, libras por polegada quadrada; w/o, porcentagem
de peso.
*São fornecidos valores mínimos dos documentos do Comité F4 da American Society for
Testing and Materials. Os produtos selecionados apresentam uma variedade de
propriedades.
A liga de titânio utilizada com mais frequência é a de titânio-alumínio-vanádio. A
condição da liga forjada é aproximadamente seis vezes mais forte que o osso,
oferecendo, assim, mais oportunidades para modelos com partes mais finas (p. ex.,
platôs, regiões finas de interconexão, suporte do parafuso da conexão pilar-corpo do
implante, concavidades irregulares, porosidades). O módulo de elasticidade da liga é
ligeiramente maior que o do titânio, sendo em torno de 5,6 vezes superior ao do osso
compacto. Tanto a liga quanto o elemento primário (i.e., o titânio) têm superfícies de
óxido de titânio (passivadas). Desenvolveu-se informação sobre a espessura, pureza e
estabilidade do óxido em relação à biocompatibilidade do implante.9,14,19 Em geral, o
titânio e suas respectivas ligas demonstraram interfaces descritas como
osseointegradas para implantes em humanos. Além disso, as condições da superfície,
na qual a espessura do óxido variou de centenas de angstroms de filmes de superfície
de óxido amorfos a 100% de titânia (cerâmica na forma de rutilo de dióxido de titânio
[TiO2]), demonstraram osseointegração.
As possíveis influências dos produtos da biodegradação do alumínio e do vanádio
em respostas locais e sistêmicas dos tecidos foram analisadas sob a perspectiva da
ciência básica e das aplicações clínicas.61 Foi publicada extensa literatura a respeito
da taxa de corrosão do titânio no interior dos fluidos dos tecidos locais62-64 e o
acúmulo perimplantar de “partículas negras.” 65 Houve relato de alguns efeitos
adversos.66 Foram encontradas concentrações aumentadas de titânio tanto nos
tecidos perimplantares como nos órgãos parenquimatosos,67,68 principalmente no
pulmão, e concentrações muito menores no fígado, rins e baço.25,66-70 No entanto, as
composições de ligas não foram bem definidas ou controladas. A corrosão e o desgaste
mecânico têm sido sugeridos como possíveis causas.48,67,68 Os autores que ainda
advertem sobre a aplicabilidade desses resultados para as ligas de titânio disponíveis
atualmente desenvolveram outros tipos de ligas utilizando ferro, molibdênio e outros
elementos como agentes primários de liga.17 Mais recentemente, várias novas ligas de
titânio de maior resistência foram introduzidas.33,71
Embora muitas questões de ciência básica permaneçam, têm sido muito positivas as
aplicações clínicas dessas ligas em sistemas cirúrgicos ortopédicos e dentais,
especialmente considerando uma resistência maior; e as ligas de titânio não
demonstraram números significativos de sequelas negativas identificáveis.19
Estudos eletroquímicos apoiam a seleção de condições nas quais as concentrações
elementares seriam relativamente baixas em magnitude11. Eletroquimicamente, o titânio
e as ligas de titânio são um pouco diferentes com relação aos potenciais eletromotivo e
galvânico em comparação com outros materiais odontológicos que são condutores de
eletricidade.
Os resultados desses potenciais eletroquímicos e o modo como eles se relacionam
com respostas in vivo foram publicados anteriormente.9,42,63 Em geral, os sistemas
com base em titânio e cobalto são eletroquimicamente similares; contudo, elementos
comparativos que imitam as condições em uma célula de aeração revelaram que o fluxo
de corrente no titânio e nas ligas de titânio é várias ordens de magnitude menor que em
aços Fe-Cr-Ni-Mo ou em ligas de Co-Cr.15
Relatórios recentes têm desafiado o pensamento tradicional em algumas formas no
que diz respeito à utilização de ligas à base de cobalto como superestruturas para
próteses de implantes. Como o preço dos metais nobres tem aumentado, os médicos
estão explorando alternativas para estruturas protéticas. Isso é particularmente
verdadeiro no caso dos implantes odontológicos, em que subestruturas metálicas
podem ter tamanho considerável, com um custo comparável. Metais diferentes, quando
conectados eletroquimicamente, podem sofrer fluxo de íons, e são notadas as
consequências clínicas nocivas disso.72,73 Devido à camada original e aderente de
óxido formada pelo titânio, o fluxo de íons é limitado. Se o titânio for unido a uma
superestrutura de ouro, por exemplo, o óxido de titânio formado na superfície do titânio
impede a troca iônica clinicamente significativa, levando a ligações intraorais
clinicamente aceitáveis. Nas ligações em que o titânio é o metal mais nobre, o menos
nobre continua a corroer, especialmente nas frestas. Em outras palavras, o metal mais
nobre corroerá o metal menos nobre (Tabela 4-2). A quantidade de corrosão e do fluxo
de corrente depende do ambiente receptor específico; a avaliação é ainda mais
complicada pelas variadas técnicas in vitro utilizadas.74 Pelo menos um estudo in vitro
apoia o uso de uma liga à base de cobalto juntamente com titânio.75 O uso de
superestruturas à base de cobalto tem ainda mais suporte devido a uma grande
variedade de experimentos clínicos e superestruturas comercialmente disponíveis feitas
de ligas de cobalto-cromo. Como um exemplo, muitos laboratórios comerciais grandes
fresam superestruturas de implantes a partir de ligas à base de cobalto. Outros médicos
publicaram relatos de casos usando superestruturas de implante à base de
cobalto.76,77
Tabela 4-2
Reatividade Eletroquímica
A Ligas de ouro
B Ligas de paládio
C Ligas de titânio
D Ligas de cobalto
E Ligas de níquel
Para eliminar a presença de metais diferentes, alguns clínicos optaram por fabricar
superestruturas de implantes usando técnicas de fresagem. Com esta tecnologia, uma
superestrutura de barra de implante, por exemplo, pode ser fresada a partir de uma
única barra de titânio (Fig. 4-3). Avanços na imagem óptica (para impressões, seja no
laboratório ou intraoralmente), bem como a tecnologia de fresagem, tornaram essa
abordagem possível. Como a superestrutura é fresada a partir do mesmo material que
os próprios implantes, os metais diferentes não estão presentes, e não há fluxo de
corrente. Por outro lado, a superestrutura pode ser fresada a partir de cerâmica
(Zirconzahn; Fig. 4-4). Essa abordagem pode utilizar conectores de metal maquinados
que são cimentados na estrutura (Fig. 4-5), ou a interface implante-pilar também pode
ser fresada na prótese.
FIGURA 4-3 Superestruturas fresadas de implante. Há uma
variedade de dispositivos fresados com precisão prontamente
disponível com suporte laboratorial. Quando os dispositivos são
fresados a partir do titânio, o potencial eletroquímico é zero, e o
fluxo de corrente é eliminado. Os pilares também podem ser
fabricados utilizando técnicas de CAD/CAM, tanto a partir de
materiais metálicos ou de cerâmica, ou combinações.
Mecanicamente, o titânio é muito mais dúctil (dobrável) que a liga de titânio. Essa
característica tem se mostrado um aspecto muito favorável relacionado com o uso do
titânio para dispositivos endósseos em forma de lâmina. A necessidade de ajustes ou
curvaturas para fornecer pilares paralelos para tratamentos protéticos levou os
fabricantes a otimizarem as microestruturas e as condições de tensão residual. A
cunhagem, a estampagem ou a forja, seguidas de tratamentos térmicos de recozimento
controlados, são rotineiramente utilizadas durante o processamento metalúrgico. No
entanto, se um pilar de um implante for curvado no momento da implantação, então o
metal é forçado localmente na região do pescoço (curvado), e a tensão local é
cumulativa e depende da quantidade total de deformação introduzida durante o
procedimento. Esta é uma das razões, exceto pela fadiga por carga cíclica prévia, pela
qual a reutilização de implantes não é recomendada. Além disso, processos mecânicos
podem, por vezes, alterar ou contaminar de forma significativa as superfícies dos
implantes. Quaisquer resíduos de alterações na superfície devem ser removidos antes
da implantação para garantir condições mecânica e quimicamente higiênicas.
As novas técnicas de fundição do titânio e das ligas de titânio permanecem limitadas
à aplicação em implantes dentais por causa do alto ponto de fusão dos elementos e da
tendência à absorção de oxigênio, nitrogênio e hidrogênio, o que pode causar
fragilização metálica. Uma atmosfera de alto vácuo ou de gás protetor ultrapuro torna
possível a produção de peças fundidas em titânio e suas ligas em diferentes níveis de
pureza,79,80 embora microestruturas e porosidade sejam relativamente desfavoráveis
em relação às resistências à fadiga e à fratura.9,32 As resistências características do
titânio grau 2 fundido comercialmente puro (CP) e de Ti-6Al-4V depois do tratamento
térmico e do recozimento podem estar na faixa daquelas feitas de ligas de titânio
forjadas, utilizadas para implantes dentais.81
Cerâmica e Carbono
As cerâmicas são materiais inorgânicos, não metálicos e não poliméricos fabricados
através da compactação e sinterização a temperaturas elevadas. Elas podem ser
divididas em óxidos metálicos e outros compostos. As cerâmicas de óxido foram
introduzidas para dispositivos de implantes cirúrgicos por causa de sua inércia à
biodegradação, alta resistência, características físicas, tais como a cor e a mínima
condutividade térmica e elétrica, e uma vasta gama de propriedades elásticas
específicas do material.88,89 Em muitos casos, no entanto, a baixa ductilidade ou a
fragilidade inerente resultou em limitações. As cerâmicas têm sido utilizadas em formas
brutas e, mais recentemente, como revestimento sobre metais e ligas.
GN/m2, Giganewton por metro quadrado; ksi, mil libras por polegada quadrada; MPa,
megapascal; psi, libras por polegada quadrada.
*Estas cerâmicas superiores apresentam um alongamento da fratura permanente de
0% .
Embora as cerâmicas sejam quimicamente inertes, deve-se tomar cuidado no
manuseio e colocação desses biomateriais. A exposição à esterilização a vapor resulta
em uma diminuição mensurável da resistência para algumas cerâmicas; arranhões ou
entalhes podem introduzir locais de início de fraturas; soluções químicas podem deixar
resíduos; e as superfícies duras e, às vezes, ásperas podem facilmente abradar outros
materiais, deixando um resíduo em contato. Recomenda-se a esterilização por calor
seco em um ambiente limpo e seco para a maioria das cerâmicas.
Uma série de dispositivos com forma radicular e com forma de lâmina utilizados
durante a década de 1970 resultou em fraturas intraorais após vários anos de uso.97
As fraturas foram iniciadas por um ciclo de fadiga em que as tensões biomecânicas
estavam ao longo das regiões de curvatura e cargas de tensão localizadas. Embora os
testes iniciais mostrassem resistências mecânicas adequadas para esses materiais de
alumina policristalina,98 os resultados clínicos de longo prazo demonstraram
claramente uma limitação funcional relacionada com o projeto e o material.
Isso ilustra a necessidade de pesquisas clínicas controladas para relacionar as
propriedades básicas com o desempenho in vivo. As biocompatibilidades químicas
estabelecidas, a resistência aumentada e as capacidades de dureza da safira e da
zircônia, e as propriedades básicas das cerâmicas superiores continuam fazendo delas
excelentes candidatas para implantes dentais.
Vantagens e Desvantagens
O Quadro 4-1 resume as vantagens e desvantagens da CFC. As vantagens
reconhecidas associadas aos biomateriais de CFC são as seguintes:111
A química imita os tecidos biológicos normais (C, P, O, H) Características químicas e estruturais variáveis (relacionadas
Excelente biocompatibilidade com tecnologia e química)
Ligação entre as cerâmicas de fosfato de cálcio e os tecidos duros Baixa resistência à tensão mecânica e ao cisalhamento sob
e moles carga de fadiga
M ínima condutividade térmica e elétrica Baixa ligação entre o revestimento e o substrato
M ódulos de elasticidade mais próximos aos do osso do que muitos Solubilidade variável
outros materiais implantáveis Estabilidade mecânica variável dos revestimentos sob
Cor semelhante à dos tecidos duros condições de suporte de carga
Pesquisa extensa Uso excessivo
Tabela 4-4
Propriedades das Cerâmicas Bioativas e Biodegradáveis*
GPa, Gigapascal; psi, libras por polegada quadrada; ksi, mil libras por polegada
quadrada; ELI, isotrópico de baixa temperatura; MPa, megapascal.
*Essas cerâmicas e carbonos têm um alongamento da fratura permanente de 0% .
Muitas vezes, as razões atômicas da apatita não são isométricas; isto é, 1 mol de
apatita pode conter menos de 10 mols de íons metálicos (M 2+) e menos de 2 mols de
ânions Z-1.112 O número de XO mantém uma razão de 6. Múltiplos metais e ânions
podem ser substituídos nessa formulação. O mais importante é que as propriedades
físicas, mecânicas e químicas relativas de cada material final de CaPO4, incluindo cada
uma das apatitas, são diferentes umas das outras.96,102 Além disso, a microestrutura
de qualquer produto final (forma estrutural sólida ou revestimento) é igualmente
importante para as propriedades básicas da substância isoladamente. A hidroxiapatita
(HA) monolítica cristalina (cerâmica Ca10[PO4]6[OH]2) de alta densidade e de pureza
(máximo de 50 ppm de impurezas) proporcionou um padrão para comparação
relacionado com aplicações de implantes. A proporção de cálcio para fósforo do
Ca10[PO4]6[OH]2 é de 1,67, e a cerâmica pode ser totalmente cristalina. Existem
diferenças consideráveis entre a cerâmica sintética HA (HAs) que é produzida pelo
processamento por temperatura elevada e as apatitas biológicas (HAs).112 As apatitas
biológicas contêm quantidades residuais de (CO3)2, sódio, magnésio, flúor e íons de
cloro. Estes existem em proporções e distribuições variáveis e, é claro, são apenas uma
fase dos tecidos calcificados.
A cerâmica cristalina de fosfato tricálcico (bCa3[PO4]2) (b-TCP) também apresentou
um biomaterial com elevado grau de pureza (máximo de impurezas < 50 ppm) para
comparação com outros produtos. As especificações de padrões nacionais
relacionados com as propriedades e características básicas tanto da HA quanto do TCP
já foram publicadas.19 Essas duas composições têm sido utilizadas de forma extensiva
como particulados, para o aumento e substituição de osso, carreadores para produtos
orgânicos, e revestimentos para implantes endósseos e subperiosteais.
Um dos aspectos mais importantes das CFC refere-se às possíveis reações com a
água. Por exemplo, a hidratação pode converter outras composições em HA; além
disso, as transições de fase entre as várias formas estruturais podem existir com
qualquer exposição à água. Isso tem causado certa confusão na literatura, visto que
algumas CFC foram autoclavadas a vapor para fins de esterilização antes da
implantação cirúrgica. A autoclave a vapor ou água pode alterar significativamente a
estrutura e propriedades básicas das CFC (ou qualquer superfície bioativa) e, assim,
proporcionar uma condição biomaterial desconhecida no momento da implantação. Isso
deve ser evitado por meio do uso de condições de esterilização ou higiene por calor
seco ou raios gama.
Diversas CFC são misturas de fase de HA e TCP, mas alguns compostos são
compósitos ou misturas mecânicas com outros materiais100 (Tabela 4-5). Essas
classes de cerâmica bioativa, incluindo vidros, vitrocerâmicas, misturas de cerâmica,
combinações de metais e cerâmicas e polímeros e cerâmicas, exibem uma vasta gama
de propriedades. Em geral, esses biomateriais mostraram perfis aceitáveis de
biocompatibilidade em pesquisas laboratoriais e clínicas. Os modelos de implante de
forma bruta, feitos a partir de CFC, que foram contraindicados para alguns modelos de
implantes por causa do desempenho mecânico ruim, encontraram uma ampla variedade
de indicações como revestimentos de materiais mais fortes para implantes.
Os revestimentos de CFC em biomateriais metálicos (à base de cobalto e titânio)
tornaram-se uma aplicação de rotina para implantes dentais. Em sua maioria, esses
revestimentos são aplicados por jateamento de plasma, têm uma espessura média
entre 50 e 70 mm, são misturas de fases cristalinas e amorfas e têm microestruturas
variáveis (fases e porosidades), em comparação com as partes sólidas das formas
particuladas de biomateriais de HA e de TCP.100,115 Atualmente, as características de
revestimento são relativamente consistentes, e o controle de qualidade e os programas
de qualidade de garantia mais rigorosos dos fabricantes melhoraram muito a
consistência dos sistemas de implantes revestidos (uma discussão mais detalhada das
opções de tratamento para superfície é apresentada na próxima seção).
Ainda existem preocupações a respeito das resistências à fadiga dos revestimentos
de CaPO4 e interfaces substrato-revestimento sob condições com carga de tensão e de
cisalhamento. Há alguns relatos de perda de revestimento como resultado de fratura
mecânica, embora os números relatados permaneçam pequenos.96 Isso levou alguns
clínicos e fabricantes a introduzirem modelos em que os revestimentos são aplicados a
formas (modelos geométricos) que minimizam as condições de carga de tensão ou de
cisalhamento na interface do implante (p. ex., porosidades, parafusos, espirais, platôs,
orifícios). A partir de considerações teóricas, o revestimento de áreas protegidas,
mecanicamente, parece mais desejável.
Polímeros e Compósitos
A utilização de polímeros sintéticos e compósitos continua a se expandir para
aplicações de biomateriais. Os polímeros reforçados com fibras oferecem vantagens na
medida em que podem ser concebidos para se igualar às propriedades do tecido; eles
podem ser anisotrópicos no que diz respeito às características mecânicas, revestidos
para fixação em tecidos, além de fabricados a um custo relativamente baixo. Estão
previstas ampliações nas aplicações futuras para sistemas de implantes dentais, além
de inserções de amortecimento das transferências de forças, tais como as utilizadas
nos sistemas IMZ® (Interpore, Inc.) e Flexiroot® (Interdent Corp.), uma vez que ainda há
interesse na combinação de compósitos sintéticos e biológicos.
GPa, Gigapascal; ksi, mil libras por polegada quadrada; Mpa, megapascal; psi, libras
por polegada quadrada; PTFE, politetrafluoretileno; PET, politereftalato de etileno;
PMMA, polimetilmetacrilato; PE, polietileno; PP, polipropileno; PSF, polissulfona; BS,
borracha de silicone; POM, polioximetileno (suplemento IME).
*As propriedades dos polímeros exibem uma ampla gama, dependendo do
processamento e da estrutura. Esses valores foram obtidos de tabelas gerais.
Os polímeros têm sido fabricados em formas sólidas e porosas para fixação,
substituição e aumento de tecido, e como revestimentos para a transferência de força
para as regiões dos tecidos duros e moles. As características de fluxo a frio e a
resistência à fadiga e à fluência são relativamente baixas para algumas classes de
polímeros (p. ex., BS e PMMA) e resultam em algumas limitações. Por outro lado, alguns
polímeros são extremamente duros e resistentes a ciclos de fadiga (p. ex., PP, UHMW-
PE, PTFE) e oferecem oportunidades para a transferência de força mecânica dentro de
modelos selecionados de implantes. A maioria dos usos tem sido para conectores de
distribuição de força interna para implantes osseointegrados, em que o conector se
destina a simular de maneira melhor as condições biomecânicas para as funções
normais do dente. As indicações para o PTFE têm crescido exponencialmente na última
década por causa do desenvolvimento de membranas para técnicas de regeneração
tecidual guiada. No entanto, o PTFE tem uma baixa resistência à abrasão de contato e
fenômenos de desgaste.
Compósitos
Combinações de polímeros e outras categorias de biomateriais sintéticos continuam a
ser apresentadas. Vários dos polímeros mais inertes foram combinados com
particulados ou fibras de carbono, Al2O3, HA e vitrocerâmicas. Alguns são porosos,
mas outros são constituídos como formas estruturais de compósitos sólidos.122,123
Em alguns casos, os polímeros biodegradáveis, tais como o álcool polivinílico (PVA),
o poliácido láctico ou glicolídeos, cianoacrilatos ou outras formas hidratáveis, foram
combinados com particulados ou fibras biodegradáveis de CaPO4.124 Essas
substâncias são concebidas como scaffolds estruturais, lâminas, parafusos ou outras
aplicações do tipo. A biodegradação de todo o sistema, depois que os tecidos foram
adequadamente reformados e remodelados, permitiu o desenvolvimento de
procedimentos muito vantajosos, tais como o aumento ósseo e reparos de defeitos
perimplantares.
Em geral, os polímeros e compósitos de polímeros são especialmente sensíveis às
técnicas de esterilização e manuseio. Caso sejam destinados para a utilização como
implantes, então a maioria não pode ser esterilizada por vapor ou óxido de etileno. A
maior parte dos biomateriais poliméricos tem propriedades de superfície eletrostática e
tende a atrair poeira ou outros particulados, caso haja exposição a ambientes em que o
ar não está totalmente limpo. Como muitos podem ser moldados por corte ou
autopolimerização in vivo (PMMA), é necessário tomar cuidado extremo para manter a
qualidade das condições da superfície dos implantes. Os polímeros porosos podem ser
desfigurados por deformação elástica, o que pode fechar regiões abertas destinadas ao
crescimento do tecido. Além disso, a limpeza de polímeros porosos contaminados não é
possível fora do ambiente laboratorial. Com relação a isso, deve-se evitar o talco ou
amido nas luvas cirúrgicas, o contato com uma toalha ou compressa de gaze e o toque
em qualquer área contaminada, para todos os biomateriais.
Experiência a longo prazo, excelentes perfis de biocompatibilidade, capacidade de
controlar propriedades por meio de estruturas compostas e propriedades que podem
ser alteradas para a adequação à aplicação clínica fazem dos polímeros e compósitos
excelentes candidatos para aplicações como biomaterial, tal como a constante
expansão das aplicações desta classe de biomateriais pode comprovar.
Interações Teciduais
Mostrou-se que a modificação do óxido durante a exposição in vivo resulta em um
aumento da espessura da camada de óxido de titânio em até 200 nm.157-159 Enquanto
a área de maior crescimento do óxido correspondeu a um local de medula óssea, o
menor crescimento estava associado ao titânio em contato com regiões corticais do
osso. Níveis aumentados de cálcio e fósforo foram encontrados nas camadas
superficiais do óxido e pareciam indicar uma troca ativa de íons na interface. Mostrou-
se que condições ambientais do peróxido de hidrogênio interagem com Ti e formam um
gel complexo.160-162 Atribuem-se às “condições do gel de titânio” certas propriedades
atraentes in vitro, tais como baixa toxicidade aparente, inflamação, modelação óssea e
características bactericidas. Os autores restringiram seus estudos exclusivamente ao
titânio CP, e não às ligas de titânio.
Outros elementos que interagem com a camada superficial de diversos materiais
implantados são o cálcio e o fósforo,163,164 os quais exibem uma estrutura CaPO4 um
tanto semelhante à apatita na superfície de titânio. No entanto, o baixo percentual
desses elementos ao longo da superfície do material indica que este era o resultado da
transferência e adsorção desses elementos a partir dos tecidos fluidos, e não um
processo de osseointegração propriamente dito.
Os processos superficiais de biointeração podem ser lentos ou ativados por reações
locais e causar a liberação de íons e alteração de óxido do substrato. Aumentos locais
e sistêmicos da concentração iônica têm sido relatados.165,166 Estudos in vitro
mostraram que tanto o titânio quanto a liga de titânio foram liberados em quantidades
mensuráveis dos elementos do substrato na superfície.23,167 Foram observadas taxas
especialmente altas de liberação de íons no ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA) e
em soluções de citrato de sódio, as quais variaram como uma função do meio
corrosivo.167 A libertação de íons corresponde a um crescimento da espessura da
camada de óxido com inclusões de cálcio, fósforo e, em especial, enxofre. Isso é uma
especial preocupação para implantes ortopédicos ou porosos maiores, nos quais essa
libertação de íons pode ser uma parte da origem do fracasso do implante e de reações
alérgicas, e até mesmo sugeriu-se ser uma razão local ou sistêmica para a formação de
tumores. Além disso, mostrou-se que os íons livres de titânio inibem o crescimento de
cristais de HA (i.e., a mineralização de tecidos calcificados na interface).168-170
Cerâmica
Cerâmicas de óxido de alumínio têm sido amplamente estudadas quanto às
propriedades da superfície e a forma como tais propriedades se relacionam com a
integração ao osso e tecidos moles.99,100,111-122 As cerâmicas de óxido de alumínio
são materiais totalmente óxidos (volume e superfície), proporcionando assim vantagens
associadas à investigação relacionada com a interface do tecido. Além disso, estudos
têm incluído as formas policristalina (alumina) e cristalina simples (safira) da estrutura
do óxido. Essas formas introduziram valores muito diferentes de irregularidade da
superfície para o mesmo substrato material acrescido de propriedades do volume em
que a transferência de íons e os fenômenos eletroquímicos são influências mínimas.
Demonstrou-se a integração ao osso e tecidos moles a longo prazo para este material
óxido em humanos e animais de laboratório. Relações diretas foram estabelecidas entre
os eventos interfaciais de integração do tecido para óxidos de titânio e cromo de
superfície metálica e os sistemas Al2O3. Como mencionado anteriormente, a qualidade
da superfície pode ser diretamente relacionada com a integração aos tecidos e a
longevidade clínica. Uma vez que as cerâmicas Al2O3 são cristalinas e se estendem
por todas as zonas da superfície e volume, instabilidades biomecânicas não alteram os
aspectos químicos das propriedades biomateriais (nenhuma carga eletroquímica é
introduzida se a superfície for removida). Mostrou-se que os revestimentos cerâmicos
(p. ex., Al2O3) aumentam a resistência à corrosão e biocompatibilidade de implantes
metálicos, particularmente do aço inoxidável cirúrgico e ligas de Ni-Cr e Co-Cr.186 No
entanto, a ligas de Ni-Cr e aço podem estar sujeitas a corrosão por fendas. Estudos em
ortopedia alertam que o revestimento de Al2O3 pode causar um fenômeno de
desmineralização induzido por uma elevada concentração local de íons do substrato na
presença de doença óssea metabólica.187 Isso ainda precisa ser determinado no
âmbito da utilização de implantes de Al2O3 para aplicações clínicas.
Hidroxiapatita
Além dos biomateriais Al2O3 brutos, revestimentos de cerâmica à base de CaPO4 ou
semelhantes à cerâmica foram adicionados aos substratos das ligas de cobalto e
titânio, a fim de melhorar a integração e a biocompatibilidade teciduais. Esses
revestimentos, em sua maioria, são aplicados pelo jateamento de plasma de pequenas
partículas de pós cerâmicos cristalinos de HA. O processo de revestimento, as
dimensões do revestimento e as características de propriedade são discutidos com
mais detalhes na próxima seção.
A topografia da superfície é característica do processo de preparo. As variações na
aspereza e na porosidade da superfície (< 100 mm) podem ser classificadas em função
do processo de alteração da superfície. Implantes usinados exibem uma superfície
irregular com sulcos, rebordos e depressões envolvendo uma escala de espessura de
nanômetros.188,189 Os defensores de tal superfície argumentam que ela é a mais
propícia à ligação celular127-129 (Fig. 4-9).
FIGURA 4-9 Superfícies usinadas exibem uma superfície
irregular com sulcos, rebordos e depressões, incluindo uma
espessura em escala de nanômetros (Implante Brånemark®,
Nobel Biocare®).
O polimento da superfície por meio de descarga de particulados pode ser obtido por
diferentes meios. A aplicação de jato de areia proporciona um polimento irregular da
superfície com escalas abaixo de 10 mm e uma possibilidade de inclusão de impurezas.
Pesquisadores utilizaram uma liga de titânio Ti-6Al-4V para melhorar as propriedades
mecânicas, e preferiram o eletropolimento da superfície para reduzir sua irregularidade
em uma escala de apenas 0,1 mm por meio da remoção controlada da camada
superficial por dissolução.188,190,191 Implantes de titânio podem ser tratados com
uma solução de ácidos nítrico e fluorídrico, a fim de alterar quimicamente a superfície e
eliminar alguns tipos de produtos contaminantes (Fig. 4-10). Os ácidos atacam com
rapidez metais, com exceção do titânio, e esses processos têm natureza eletroquímica.
Os defensores dessa técnica argumentam que os implantes tratados por jato de areia e
tratamento ácido oferecem densidades ósseas radiograficamente superiores ao longo
das interfaces dos implantes, em comparação com superfícies pulverizadas com spray
de titânio.192 Recentemente, expressaram-se preocupações com relação a meios
impregnados no jateamento com microesferas de vidro (acabamento acetinado) e
jateamento abrasivo (alumina Al2O3) e um possível risco de osteólise associada
causada por resíduos estranhos.193,194 Ricci et al.194 relataram implantes removidos
malsucedidos que exibiam inclusões extensas na superfície consistindo em produtos
relacionados com silício ou Al2O3, os quais também estavam presentes nos tecidos
próximos. Uma vez que a alumina é resistente à dissolução ácida, particulados podem
permanecer impregnados na superfície do implante mesmo depois de limpeza
ultrassônica, passivação ácida e esterilização.
FIGURA 4-10 Implantes de titânio podem ser tratados com uma
solução de ácidos nítrico e fluorídrico. (Implante Screw-Vent®,
Zimmer®.)
Revestimento de Hidroxiapatita
O revestimento de hidroxiapatita por jateamento de plasma foi introduzido na
odontologia por deGroot.99 Kay et al. utilizaram microscopia eletrônica de varredura
(MEV) e análises espectrográficas para mostrar que o revestimento de HA com
jateamento de plasma pode ser cristalino e oferecer propriedades químicas e
mecânicas compatíveis com as aplicações de implantes dentais.224 Block et al.225 e
Thomas et al.226 mostraram uma formação óssea e maturação aceleradas ao redor
dos implantes revestidos por HA em cães, em comparação com implantes sem
revestimento. O revestimento de HA também pode diminuir a taxa de corrosão das
mesmas ligas de substratos.227 Pesquisadores mediram a espessura do revestimento
de HA após a remoção de espécimes inseridos em animais por 32 semanas e
mostraram uma espessura consistente de 50 mm, o que está na faixa recomendada
para fabricação.19,96,228,1150 Relatou-se que o osso adjacente ao implante é mais
bem organizado do que com outros materiais de implante, e apresenta um grau de
mineralização mais alto.230 Além disso, vários estudos histológicos documentaram a
maior área de apósição óssea ao implante, em comparação com implantes sem
revestimento,225,231,232 o que pode aumentar a capacidade inicial de suporte de
carga e biomecânica do sistema. Credita-se ao revestimento de HA uma melhor ligação
osso-implante, em comparação com as superfícies usinadas. Essa observação diz
respeito a implantes de titânio ou liga de titânio revestidos com HA.
Os estudos também mostraram que a ligação HA-osso é superior à interface HA-
implante.226,228,233 Os defensores dessas superfícies, no entanto, relatam uma
excelente confiabilidade dos implantes revestidos por HA.234,235 O resultado mais
significativo é o aumento nas penetrações ósseas, o que melhora a fixação em áreas
de contato com o ósseo que inicialmente é limitada.37,40,41,1185 Contudo, ainda
existem controvérsias, e alguns autores alertam que os revestimentos de HA não
representam necessariamente uma vantagem para o prognóstico de longo prazo do
sistema.
Foi demonstrado que os implantes sólido de HA sinterizada são suscetíveis a
deterioração por fadiga.105,229,233 Essa situação pode ser alterada por meio do uso
de um revestimento de CFC ao longo dos substratos metálicos. Apesar de ser possível
a utilização de vários métodos na aplicação de revestimentos de CFC, a maioria dos
sistemas de implantes comercialmente disponíveis é revestida por uma técnica de
jateamento de plasma. Uma HA cristalina pulverizada é introduzida e fundida pela
região quente e de alta velocidade de uma pistola de plasma e impelida sobre o
implante metálico como uma cerâmica parcialmente fundida (Fig. 4-13).115,201 Uma
das preocupações relativas aos revestimentos de CFC é a força da ligação entre a CFC
e o substrato metálico. Técnicas investigativas de bombardeio iônico de revestimentos
para os revestimentos não reabsorvíveis de CFC ou similares em substratos variados
parecem produzir revestimentos densos, mais resistentes e mais finos (alguns
micrômetros), o que minimizaria o problema da baixa resistência ao cisalhamento e da
fadiga presentes na interface revestimento-substrato.115 Relatos recentes introduziram
um novo tipo de tratamento para revestimentos, cuja natureza é principalmente amorfa,
e há necessidade de mais estudos in vivo para determinar a resposta tecidual.237,238
Outras pesquisas incluem o desenvolvimento de novos revestimentos biocompatíveis
com base em TCP ou nitreto de titânio.239
Microcanais
Muitos esforços têm sido centrados na engenharia no pescoço do implante, com a
crença de que a melhoria da engenharia pode levar à manutenção óssea clínica na
crista do rebordo. Fabricantes diferentes têm usado macrogeometria nesta região e tais
esforços têm apresentado algum efeito in vivo sobre a estabilidade óssea.249,250 No
manuscrito de Bae et al., enquanto a perda óssea em torno de um implante
convencional em um modelo canino foi de 1,63 mm em 12 meses, a perda óssea em
torno de um implante com um pequeno fio usinado foi de 0,56 mm em 12 meses.250
Embora se reconheça há algum tempo que a geometria do fio e sua localização sobre o
implante podem afetar a retenção óssea, restam limitações na extensão da inserção do
fio no implante causadas pela sensibilidade ao entalhe e resistência à fadiga do titânio
e suas ligas. Depois que um implante é perfurado para receber uma conexão de
prótese interna, a profundidade de qualquer fio é limitada. Se for muito agressivo, um fio
removido na face externa do implante produzirá uma região fina de metal em que a
conexão interna começa, deixando o implante suscetível a fraturas. Por essa razão,
implantes de conexão interna não contêm fios profundos na região da crista. Um
microssulco raso (magnitude, 100-1.000 μm) ou um microcanal (magnitude, 5-50 μm)
não enfraquece desfavoravelmente o implante.
O microcanal produziu uma resposta biológica única que está começando a ser
entendida. Ao contrário da ligação hemidesmossomal relativamente fraca associada ao
titânio usinado, o microcanal promove uma interface com o tecido conjuntivo que é mais
robusta e pode ser capaz de resistir a tensões orais biológicas, tais como uma invasão
bacteriana. Nevins et al. observaram ligações do tecido conjuntivo à superfície do
microcanal em cortes histológicos de humanos; além disso, as fibras nessa região
pareceram ter uma orientação funcional.251 Essa observação foi repetida em um
estudo em animais.252,253 Este tecido conjuntivo apresenta uma ligação tenaz à
superfície do microcanal, frequentemente rompendo por dentro do próprio tecido em
recuperação e permanecendo ligado à superfície do implante, em vez de retirar o
implante. As evidências sugerem que esta ligação do tecido conjuntivo pode, de alguma
maneira, isolar ou proteger o osso subjacente, levando a níveis estáveis da crista óssea
a longo prazo. Pecora, usando um estudo de controle pareado de boca dividida em
humanos, concluiu que os implantes com um microcanal cortado a laser perderam
0,59 mm de osso em comparação com os implantes controles, que perderam 1,94 mm
de osso.254 Outros relatos documentam resultados semelhantes.255-258
Após o sucesso de alteração da superfície do implante com microcanais, pilares
foram tratados com a técnica de ablação a laser para criar microcanais em suas
superfícies. Os dados dessas análises mostram uma ligação do tecido conjuntivo à
superfície do pilar que se aproxima àquela vista em casos em que apenas o implante
tem sua superfície alterada. Em um estudo em humanos, Geurs et al. mostram
micrografias histológicas que exibem ligação do tecido conjuntivo à superfície do pilar
de uma maneira orientada.259 Nevins et al. apoiam essa observação em um teste
canino in vivo.260 Em uma micrografia, mostra-se o osso crescendo sobre a interface
pilar-implante e ligando-se ao microssulco no pilar. Comparado com estruturas implante-
pilar sem microcanais, os pilares tratados foram associados a maiores alturas ósseas,
menor migração do epitélio juncional, ligação do tecido conjuntivo e robusta atividade
de fibroblasto na interface pilar-tecido (Fig. 4-14).
Limpeza da Superfície
Uma superfície limpa é uma superfície atomicamente limpa sem nenhum outro elemento
além dos constituintes biomateriais. Os contaminantes podem ser particulados,
filamentos contínuos (p. ex., óleo, impressões digitais) e impurezas atômicas ou
camadas moleculares (inevitáveis) causadas pela instabilidade termodinâmica das
superfícies. Mesmo após reagirem com o ambiente, as superfícies apresentam uma
tendência a diminuir sua energia por meio da ligação de moléculas e elementos. A
composição típica de uma camada contaminada depende do ambiente e de
propriedades da superfície. Por exemplo, em geral, superfícies de alta energia (metais,
óxidos, cerâmicas) tendem a se ligar mais a esse tipo de monocamada do que
polímeros e carbono (amorfos).
Nos primórdios da implantodontia, nenhum protocolo específico para preparação,
limpeza, esterilização e manuseio da superfície dos implantes foi estabelecido.262
Pesquisadores têm, respectivamente, demonstrado respostas adversas do hospedeiro
causadas por preparação e esterilização inadequadas, omissão ao eliminar gases
absorvidos e detritos orgânicos e inorgânicos.127,128,142,1320 De acordo com
Albrektsson,145 os implantes que parecem funcionais podem deteriorar mesmo depois
de anos de uso, e a causa pode ser atribuída a manuseio, esterilização ou limpeza
ultrassônica inadequados durante a inserção cirúrgica.
Um estudo sistemático sobre camadas de contaminação não está disponível.
Lausmaa et al.129 mostraram que os implantes de titânio apresentavam grandes
variações em cargas de contaminação de carbono (20 a 60% ) na faixa de espessura
entre 0,3 e 1 nm, atribuídas à exposição ao ar e a resíduos de solventes de limpeza e
lubrificantes utilizados durante a fabricação. Vestígios de Ca, P, N, Si, S, Cl e Na foram
observados em outros estudos.137,138,263-265 Os resíduos de flúor poderiam ser
atribuídos a tratamentos de passivação e condicionamento; os resíduos de Ca, Na e Cl,
à autoclavagem; e os resíduos de Si, a processos de jateamento de vidro e areia.
Energia da Superfície
As medições de valores de propriedade superficial da capacidade de um implante de se
integrar dentro do osso incluem o ângulo de contato com líquidos, o pH local e a
topografia da superfície. Eles são muitas vezes utilizados para a determinação de
características da superfície. Numerosos estudos foram conduzidos para avaliar os
ângulos de contato com líquidos, sólidos e ar, propriedades de umidade e tensões
superficiais como critérios para análise do grau de limpeza da superfície, pois
demonstrou-se que esses parâmetros têm uma consequência direta na
osseointegração.12,266,267 Uma energia superficial intrinsecamente elevada é tida
como a mais desejável. Implantes de superfície de alta energia mostraram um aumento
de três vezes na adesão do fibroblasto, e superfícies com energia mais elevada (p. ex.,
metais, ligas e cerâmica) são as mais adequadas para alcançar a adesão celular.12 Os
valores de tensão superficial de 40 dinas/cm ou mais são característicos de superfícies
muito limpas e de excelentes condições de integração biológica.266 Uma mudança no
ângulo de contato (aumento) está relacionada com a contaminação da superfície por
contaminantes hidrofóbicos, e diminui os parâmetros de tensão superficial. Uma vez
que um filme de condicionamento espontaneamente depositado e dependente do
hospedeiro é um pré-requisito para a adesão de qualquer elemento biológico, sugere-
se que o umedecimento da superfície com sangue no momento da inserção pode ser
uma boa indicação da alta energia de superfície do implante.266
Esterilização
Manipulação com os dedos descobertos ou luvas pulverizadas, água de torneira e
detritos residuais transportados pelo vapor da autoclave podem contaminar as
superfícies dos implantes. Em um estudo de implantes dentais com MEV,
Bauhammers262 mostrou a contaminação da superfície com materiais acrílicos, pó para
luvas de látex e bactérias. Atualmente, na maioria dos casos, os fabricantes garantem
implantes previamente limpos e esterilizados com procedimentos de alta tecnologia e
prontos para serem inseridos. Se um implante precisa ser novamente esterilizado,
então as técnicas convencionais de esterilização não costumam ser satisfatórias.
Parece que, atualmente, nenhum meio de esterilização é totalmente satisfatório para
todos os biomateriais e projetos. Componentes de metal ou liga, partículas inorgânicas
e orgânicas, produtos de corrosão, polímeros e precipitações podem ser absorvidos na
superfície durante os processos de fabricação, polimento, limpeza, esterilização,
embalagem e armazenamento. Baier et al.12 correlacionaram o tipo usual de
contaminante encontrado com a técnica de esterilização utilizada. Baier et al.266
mostraram que a esterilização a vapor pode provocar depósitos de substâncias
orgânicas que resultam em uma fraca adesão ao tecido. Doundoulakis137 submeteu
amostras de titânio a diferentes técnicas de esterilização; deduziu um efeito adverso da
esterilização a vapor e um efeito deteriorante dos esterilizadores endodônticos com
microesferas de vidro; verificou que a esterilização térmica a seco deixa depósitos
orgânicos na superfície e sugeriu que a esterilização com luz ultravioleta (UV) pode se
tornar uma boa alternativa após uma avaliação adicional. Além disso, pode ocorrer
crescimento acelerado de óxido sobre o titânio, com a contaminação por impurezas
levando a uma descoloração da superfície.32,127,272 Em um estudo por Keller et
al.,273 foram identificados na superfície de implantes submetidos a esterilização
produtos de corrosão e filmes provenientes da autoclave, substâncias químicas e
resíduos citotóxicos de soluções. Eles sugeriram que uma alteração da superfície de
titânio causada por métodos de esterilização pode, por sua vez, afetar a resposta do
hospedeiro e as propriedades adesivas do implante. Por outro lado, Schneider et al.274
compararam a superfície de implantes com spray de plasma de titânio e com titânio
revestido por HA após a esterilização a vapor ou com dióxido de etileno utilizando
análise com radiografias de energia dispersiva e concluíram que essas técnicas não
modificam a composição básica da superfície. Keller et al.275 estudaram o crescimento
de fibroblastos em discos de titânio CP esterilizados por autoclave, óxido de etileno,
álcool etílico ou apenas passivados com ácido nítrico a 30% , e concluíram que a
esterilização parece inibir o crescimento das células, ao contrário da passivação.
Atualmente, os depósitos proteináceos e sua ação como filmes podem ser
eliminados de maneira mais eficaz por meio da técnica de descarga luminosa por
radiofrequência (TDLRF), que parece ser um adequado procedimento de limpeza final.
Os implantes são tratados dentro de uma descarga controlada de gás nobre sob uma
pressão muito baixa. Os íons do gás bombardeiam a superfície e removem os átomos e
as moléculas da superfície, os quais são absorvidos sobre ela ou são seus
componentes. A qualidade da superfície tratada, contudo, depende da pureza do gás.
Baier et al.276 mostraram que a TDLRF é boa para limpeza e, ao mesmo tempo, para
garantir um estado de alta energia ao implante, o que está relacionado com melhores
capacidades de adesão celular. Com a TDLRF, têm sido observados filmes de óxido
mais finos e estáveis e superfícies mais limpas, além de melhor umedecimento e
adesão ao tecido.276-278 O principal óxido na superfície não é alterado pelo processo
da TDLRF.279 Relatou-se uma diminuição na contaminação bacteriana nas superfícies
dos implantes revestidos por HA após a TDLRF,280 e alguns estudos sugerem que a
TDLRF pode aumentar a afinidade do fosfato ou do cálcio devido a um aumento em
zona elementar da superfície, resultando na formação de compostos amorfos de
CaPO4.278
Recentemente, mostrou-se que um protocolo modificado de esterilização por luz UV
aumentou a biorreatividade, o que também foi eficaz na eliminação de alguns
contaminantes biológicos. Singh e Schaaf281 avaliaram a qualidade da esterilização
por luz UV e seus efeitos sobre objetos de superfície irregular, estabelecendo sua
eficácia em esporos, bem como sua capacidade de limpar rápida e seguramente a
superfície e conceder uma alta energia de superfície. Hartman et al.282 submeteram
implantes a vários protocolos de pré--tratamento (esterilização a vapor, luz UV ou
TDLRF) e os inseriram em um suíno miniatura. Apesar de implantes esterilizados por UV
e TDLRF mostrarem crescimento ósseo interno e maturação rápidos, implantes
esterilizados a vapor pareciam favorecer fibras colágenas espessas na superfície. Por
outro lado, Carlsson et al.283 inseriram implantes em coelhos e compararam o
desempenho de implantes tratados com técnicas convencionais com implantes tratados
com TDLRF, observaram respostas de cicatrização semelhantes e ainda alertaram que
o processo da TDLRF produz uma camada de óxido muito mais fina na superfície do
implante e pode depositar óxido de silício a partir do invólucro vítreo.
A adequada esterilização dos implantes dentais limpos e pré--embalados, com seus
componentes cirúrgicos associados, resultou em um uso crescente dos procedimentos
de radiação gama. Como a esterilização de implantes cirúrgicos por radiação gama é
uma metodologia bem estabelecida na indústria, os recursos, os procedimentos e os
padrões são bem conhecidos. A maioria dos sistemas metálicos está exposta a doses
de radiação que excedem 2,5 Mrad, em que a embalagem e todas as peças internas da
montagem são esterilizadas. Isso é uma vantagem, no sentido de que os componentes
permanecem protegidos, limpos e estéreis até que os recipientes internos sejam
abertos dentro do campo estéril do procedimento cirúrgico. Parafusos de cicatrização,
elementos de transferência, chaves protéticas e implantes são expostos à esterilização
gama, o que reduz as oportunidades de contaminação.
A exposição à radiação gama pode causar o desbotamento de algumas cerâmicas e
a deterioração de alguns polímeros. Os limites das classes de biomateriais são
conhecidos e todos os tipos de biomateriais podem ser adequadamente esterilizados
dentro da indústria. O controle de sistemas, incluindo a pré-embalagem e a
esterilização, tem sido uma parte importante do sucesso da implantodontia.
Resumo
Na década de 1960, a implantodontia como disciplina clínica era tida por alguns como
bastante desorganizada, e os tratamentos proporcionados não costumavam ser
considerados tão bem-sucedidos quanto os procedimentos de cirurgia ortopédica e
cardiovascular realizados nos hospitais. Parte deste ponto de vista estava relacionada
com o uso de materiais odontológicos intrabucais convencionais como implantes, além
dos consultórios odontológicos comuns para as atividades cirúrgicas (p. ex., sem luvas,
brocas de alta rotação, água de torneira). A disciplina de biomateriais evoluiu
rapidamente na década de 1970. Os usos bem-sucedidos de biomateriais sintéticos
basearam-se em experiências dentro do campo da implantodontia. O fundamento para
muitas das mais novas e clinicamente bem-sucedidas reconstruções cirúrgicas evoluiu
dentro da odontologia, sendo algumas atualmente reconhecidas como os tipos mais
bem-sucedidos de cirurgia reconstrutiva musculoesquelética. A disciplina de
biomateriais, portanto, evoluiu significativamente durante as décadas passadas e os
biomateriais sintéticos são agora constituídos, fabricados e fornecidos aos profissionais
de saúde como dispositivos mecânica e quimicamente limpos que apresentam alta
previsibilidade de sucesso quando utilizados adequadamente nas disciplinas cirúrgicas.
Este capítulo sobre biomateriais foi separado em seções relacionadas com
propriedades das superfícies e volume dos biomateriais, e a ênfase foi colocada na
literatura pertinente a respeito de como as propriedades desses biomateriais
relacionam-se com as interações na interface tecidual.
A caracterização da superfície e o conhecimento operacional sobre como as
propriedades da superfície e do volume do biomaterial se relacionam com os perfis de
biocompatibilidade de implantes dentais representam uma área importante na cirurgia
reconstrutiva com base em implantes. Este capítulo forneceu informações concisas
sobre as propriedades da superfície e do volume dos biomateriais metálicos, cerâmicos
e de superfície modificada. Os autores recomendam com veemência o material de
referência listado, além de um desejo de que os pesquisadores sempre forneçam
informações sobre as propriedades da superfície e do volume dos biomateriais como
um componente de qualquer estudo sobre os perfis de resposta dos tecidos
(biocompatibilidade).
Agradecimento
Em 1970, Jack E. Lemons estava participando de sua primeira reunião da American and
International Associations for Dental Research (AADR/IADR) quando foi apresentado a
Ralph Phillips no meio de uma discussão em grupo sobre materiais dentários. Ele
rapidamente determinou que Lemons sabia pouco sobre o “dentário” e que tinha
alguma noção sobre “materiais”. Phillips incluiu Lemons nas interações com questões e
comentários cuidadosamente colocados e direcionados, de modo que ele não fosse
excluído. Isso aconteceu repetidamente ao longo dos anos, até que Lemons teve a
oportunidade de reverter a relação depois de fazer uma apresentação em nome do
Grupo de Materiais Dentários da AADR/IADR sobre testes básicos de
biocompatibilidade, com Phillips como participante geral. Essa oportunidade acabou por
coordenar e ajudar a orientar algumas das nascentes relações entre as pessoas mais
experientes nas ciências biológicas e de materiais. Em seguida, interações contínuas
com Phillips promoveram muitos maravilhosos momentos com colegas, estudantes e
amigos por todo o mundo.
O conteúdo deste capítulo representa um estágio posterior, no qual Lemons forneceu
comentários e opiniões por escrito sobre os biomateriais de implantes como uma
extensão dos biomateriais dentais. Este capítulo é dedicado, em parte, à sua memória e
especialmente à nossa longa amizade. O campo da implantodontia, na opinião do autor,
se beneficiará da continuação de uma abordagem multidisciplinar da ciência, tecnologia
e aplicações. Nós gostaríamos muito que Ralph pudesse ter continuado e certamente
sentiremos falta de seu aconselhamento.
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CAPÍTULO 5
Massa
1 kg = 2,205 lbm
1 lbm = 0,45 kg
Força
1 N = 1 kg (m/s2) = 0,225 lbf
1 lbf = 4,448 N
Área
1 m2 = 10,764 sq ft
1 sq ft = 0,093 m2
1 sq in = 6,452 x 10-4 m2
Pressão*
1 lbf/sq in (psi) = 144 lbf/sq ft = 6894,8 Pa = 6,89 KPa = 0,0069 MPa
1 Pa = 1 N/m2 = 1,450 x 10-4 psi = 0,021 Ibf/sq ft
Forças
As forças podem ser descritas pela magnitude, duração, direção, tipo e fatores de
magnificação. As forças que agem nos implantes dentais são chamadas de vetores e
apresentam magnitude e direção. Reafirmando, falar simplesmente que “existe uma
força de 34,02 kg em um pilar distal” não é suficiente. A afirmação mais correta é “uma
força de 34,02 kg existe no pilar distal direcionado axialmente ao longo eixo do corpo do
implante”. A dramática influência da direção de carga sobre a longevidade do implante
e manutenção do osso será discutida posteriormente neste capítulo e em outros. A
magnitude da força de mordida máxima habitual apresentada pelos adultos é
influenciada pelos seguintes fatores: idade, sexo, grau de edentulismo, localização da
mordida e especialmente pela parafunção5-9 (Tabela 5-1).
Tabela 5-1
Força de Mordida Máxima
Tabela 5-2
Resistências do Osso Cortical em Fêmures Humanos
Dados de Reilly DT; Burstein, AH: The elastic and ultimate properties of compact bone
tissue, Biomech 8:393, 1975
FIGURA 5-2 A força pode ser resolvida em uma combinação de
componentes de força normal e de cisalhamento em um dado
plano. Dependendo da direção da aplicação da carga, a mesma
magnitude de força tem efeitos diferentes.
Deformação e Pressão
Uma carga aplicada a um implante dental pode induzir deformação do implante e dos
tecidos circundantes. Os tecidos biológicos podem ser capazes de interpretar a
deformação ou sua manifestação e responder com o início da atividade remodeladora.
A deformação e as características de dureza dos materiais utilizados na
implantodontia, particularmente os materiais de implantes, podem influenciar os tecidos
interfaciais, a facilidade de manufatura do implante e a longevidade clínica. O
alongamento (deformação) dos biomateriais utilizados para a cirurgia dos implantes
dentais varia de 0 para cerâmicas de óxido de alumínio a 55 para o aço inoxidável 316–
L11 (Tabela 5-3). Associado à deformação está o conceito de pressão, um parâmetro
que se acredita ser um mediador-chave da atividade óssea.
Tabela 5-3
Propriedades Mecânicas dos Biomaterias de Implantes Cirúrgicos Selecionados
Relação Tensão/Pressão
Uma relação é necessária entre a força aplicada (e tensão) que é imposta ao implante e
tecidos adjacentes e a subsequente deformação (e pressão) experimentada pelo
sistema. Se qualquer corpo elástico for experimentalmente submetido a uma força
aplicada, então uma curva de carga versus deformação pode ser gerada (Fig. 5-4 A).
Ao dividir os valores da carga (força) pela área da superfície na qual ela age, e a
mudança no comprimento pelo comprimento original, produz uma curva clássica de
engenharia tensão- pressão (Fig. 5-4 B). Tal curva fornece a previsibilidade de quanto
de deformação será experimentada em um dado material sob a ação de uma carga
aplicada. O declive da porção linear (elástica) dessa curva é chamado de módulo de
elasticidade (E), e seu valor indica a rigidez do material em questão.
FIGURA 5-4 A, A curva de carga versus deformação pode ser
gerada para qualquer corpo elástico experimentalmente
submetido à carga. B, Dividindo os valores de carga pela área de
superfície e pela deformação do comprimento original do
espécime produzimos uma curva de tensão–pressão.
Lei de Hooke é o nome dado à relação entre pressão e tensão e, em sua forma mais
simples, é descrita matematicamente da seguinte maneira:
Cargas de Impacto
Quando dois corpos colidem em um pequeno intervalo de tempo (frações de segundo),
grandes forças de reação se desenvolvem. Tal colisão é descrita como impacto. Em
sistemas de implante dentais submetidos à carga oclusal, a deformação pode ocorrer
nas restaurações protéticas, no próprio implante e nos tecidos interfaciais contíguos. A
natureza da rigidez relativa desses componentes em todo o sistema de implantes
controla, em grande parte, a resposta do sistema à carga de impacto. Quanto maior a
carga de impacto, maior o risco de perda do implante ou ponte e fratura óssea.
Implantes estáveis geram uma força de impacto interfacial maior em oclusão quando
comparadas com os dentes naturais, que contêm ligamento periodontal. As próteses
mucossuportadas apresentam a menor força de impacto porque os tecidos gengivais
são resilientes. A fratura do material oclusal é uma complicação significante das
próteses fixas em dentes naturais. A incidência de fratura de material oclusal é maior
em implantes e pode se aproximar de taxas tão altas quanto 30% .
Vários métodos têm sido propostos para enfrentar o problema de reduzir as cargas
nos implantes. Skalak13 tem sugerido a necessidade da utilização de dentes acrílicos
em próteses parciais sobre implantes para aliviar as cargas de maior impacto que
possam danificar os tecidos ósseos adjacentes ao implante. Weiss14 tem proposto que
a interface tecido fibroso/implante fornece uma absorção fisiológica do impacto de uma
maneira similar ao exibido pelo ligamento periodontal funcional. Pelo menos um modelo
de implante tem se esforçado em incorporar a capacidade de absorção de impacto no
seu próprio projeto pelo uso de um “elemento móvel interno” de baixa rigidez quando
comparado com o resto do implante.15 Misch16 defende que uma prótese provisória
acrílica seja submetida à carga oclusal progressiva para melhorar a interface
osso/implante antes da prótese final, do padrão oclusal e de as cargas mastigatórias
serem distribuídas ao sistema. Existem apenas dados limitados no que diz respeito às
forças de impacto na dentição natural e pontes dentossuportadas17,18.
Momento de Carga
O momento de uma força sobre um ponto tende a produzir uma rotação ou flexão sobre
aquele ponto. Na Figura 5-6, o momento é definido como um vetor (M) (vetores são
descritos em termos de magnitude e direção), cuja magnitude é igual ao produto da
magnitude de força multiplicada pela distância perpendicular (também chamada de
braço de alavanca) do ponto de interesse até a linha de ação dessa força. Essa carga
de momento imposta também é chamada de torque ou carga de torção, e pode ser
destrutiva aos sistemas de implantes. Os torques ou os momentos de flexão impostos
aos implantes por causa de, por exemplo, pontes com cantiléver excessivamente longos
ou barras podem resultar na ruptura da interface, reabsorção óssea, afrouxamento do
parafuso da prótese ou fratura da ponte ou barra. O efeito negativo dos cantiléveres
tem sido relatado por mais de 30 anos.19-20 O planejamento protético ideal deve incluir
considerações sobre forças e cargas de momento causadas por essas forças.
FIGURA 5-6 O momento de uma força é definido como um vetor
(M), a magnitude deste é igual ao produto da magnitude de força
multiplicado pela distância perpendicular (braço de momento)
entre o ponto de interesse e a linha de ação da força.
Existem três braços de momento clínicos na implantodontia: (1) altura oclusal, (2)
extensão do cantiléver e (3) largura oclusal. A minimização de cada um desses braços
de momento é necessária para evitar próteses não retidas, fraturas dos componentes,
perda de crista óssea e perda do sistema de implante.
Altura Oclusal
A altura oclusal serve como o braço de momento para os componentes de força
direcionados ao longo do eixo vestibulolingual (Fig. 5-8, A) – contatos oclusais de
trabalho ou balanceio, impulsos da língua ou na carga passiva da bochecha e da
musculatura oral (Fig. 5-8, B), assim como nos componentes de força direcionados ao
longo do eixo mesiodistal (Fig. 5-8, C).
FIGURA 5-8 A, Os três braços de momento clínicos contribuem
para cargas de torção (momento) nos implantes dentais: altura
oclusal, largura oclusal e comprimento do cantiléver. B, A altura
oclusal serve como um braço de momento para os componentes
de força direcionados ao longo do eixo vestibulolingual e para os
componentes de força diretamente ao longo do eixo mesiodistal
(C). D, O componente de força lingual também pode induzir um
momento de rotação no pescoço do implante se aplicado através
de um braço de cantiléver. E, Um momento de força ao longo do
eixo vertical não é afetado pela altura oclusal, porque seu braço
de momento efetivo é zero se for posicionado centralmente.
Na divisão óssea A, a carga de momento inicial é menor que na divisão óssea C ou D
porque a altura da coroa é maior na divisão óssea C ou D. O plano de tratamento deve
levar em consideração esse ambiente biomecânico inicial comprometido (Tabela 5-4). A
contribuição de momento de um componente de força direcionado ao longo eixo vertical
não é afetada pela altura oclusal, porque, efetivamente, nenhum braço de momento
existe. Contatos oclusais distantes ou laterais, entretanto, introduzem braços de
momentos significantes (Fig. 5-8, E).
Tabela 5-4
Momento de Carga na Crista Submetida a Forças de Cantiléver em Relação à
Altura da Coroa
Extensão do Cantiléver
Momentos largos podem se desenvolver de componentes de força do eixo vertical em
ambientes protéticos planejados com extensões de cantiléver ou cargas a distância de
implantes estáveis. Um componente de força lingual também pode induzir a um
momento de torção no pescoço do implante se aplicado através de um cantiléver
(Fig. 5-8, D).
Um implante com uma extensão de cantiléver de 1, 2 ou 3 cm apresenta grande
variedade de cargas de momento. Uma força de 100-N aplicada diretamente sobre o
implante não induz a uma carga de momento ou torque, porque forças rotacionais não
são aplicadas através de carga a distância. Essa mesma força de 100-N aplicada a
1 cm do implante resulta em um momento de carga de 100 N-cm. Da mesma maneira,
se uma carga for aplicada a 2 cm do implante, então um torque de 200 N-cm é aplicado
à região osso/implante, e a 3 cm, resulta em uma carga de momento de 300 N-cm. Para
comparação, lembre-se que pilares de implante normalmente são apertados com um
torque de 30 N-cm.
Próteses com cantiléver instaladas em implantes unidos resultam em uma complexa
reação de carga. Na sua forma mais simples, uma ação de alavanca classe 1 será
expressa. Se dois implantes estão unidos a 10 mm de distância um do outro, e um
cantiléver distal de 20 mm é projetado com uma carga de 100-N, então resultam as
seguintes forças. A carga de 100-N é resistida com uma força de tensão de 200-N pelo
implante mesial, e o implante distal age como um fulcro com uma carga compressiva de
300-N (Fig. 5-9, A). Se a posição e a quantidade de carga distal permanecem as
mesmas, mas o implante distal é posicionado 5 mm mais anteriormente, então as
cargas resultantes nos implantes mudam (Fig. 5-9, B). O implante anterior deve resistir
a uma força de tensão de 500-N e o distal, o implante do ponto de apoio, recebe uma
força compressiva de 600-N. Portanto, enquanto a força de tensão é aumentada 2,5
vezes no implante anterior, a força compressiva é duplicada. Como osso e parafusos
são mais frágeis sob a ação de uma força de tensão, ambos os implantes tornam-se
mais expostos ao risco de complicações
FIGURA 5-9 A, Se dois implantes são instalados a 10 mm um do
outro e unidos com um cantiléver distal de 20 mm, então uma
carga de 100-N é suportada por uma força de 200-N pelo
implante mesial, e o implante distal age como um fulcro com uma
carga de 300-N. B, Se os implantes estão a 5 mm de distância um
do outro, então o implante anterior suportará uma carga de 500-N
e o implante do fulcro receberá uma força de 600-N.
Largura Oclusal
Mesas oclusais amplas aumentam o braço de momento para qualquer carga oclusal a
distância. A inclinação vestibulolingual (rotação) pode ser reduzida significativamente
estreitando as mesas oclusais ou ajustando a oclusão para promover contatos mais
cêntricos.
Em resumo, um ciclo vicioso e destrutivo pode se desenvolver com cargas de
momento e resultar em perda de crista óssea. À medida que a perda de crista óssea
progride, a altura oclusal automaticamente aumenta. Com um braço de momento de
altura oclusal aumentada, a microrrotação e o balanceio vestibulolingual aumentam e
causam muito mais tensão à crista óssea. A menos que o osso aumente em densidade
e resistência, o ciclo continua em uma espiral em direção à perda do implante se o
ambiente biomecânico não for corrigido.
Momento de Inércia
O momento de inércia é uma importante propriedade dos implantes cilíndricos por
causa da sua importância na análise da flexão e da torção. A tensão de flexão em um
cilindro é dada pela seguinte equação:
Resumo
As complicações mais comuns nas reconstruções com implantes estão relacionadas
com as condições biomecânicas. Falhas na cicatrização dos implantes podem ser
resultados de micromovimentações do implante por muita tensão. Perda óssea precoce
pode estar relacionada com as condições de sobrecarga oclusal. Próteses ou
parafusos de pilares podem afrouxar pela flexão ou forças de momento. A fratura do
implante ou do componente pode ocorrer por condições de fadiga. Falhas na prótese
podem ocorrer de todas as resistências precedentes ou por flexão. Além disso, a
manifestação das cargas biomecânicas nos implantes dentais (momentos, tensão e
pressão) controla a saúde da interface osso/implante a longo prazo. Portanto, o
conhecimento dos princípios básicos da biomecânica é essencial ao dentista.
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CAPÍTULO 6
Resposta Biológica
A interface implante/tecido é uma região de interação extremamente dinâmica. Ela muda
completamente a característica desde a sua gênese (colocação do implante no sítio
ósseo preparado) até sua maturidade (cicatrização). O ambiente biomecânico
desempenha um papel imediato na qualidade dos resultados de composição da nova
interface. Por exemplo, extensa pesquisa mostra que, se o implante for estável no osso
no momento da colocação, então é mais provável que ocorra osteointegração na
interface.15,20 Movimento relativo (ou micromovimento) entre o implante e o osso no
momento da colocação favorece o desenvolvimento de uma interface fibro-óssea.11,18
A fase de cicatrização da interface, no entanto, é apenas o início da interação
implante/tecido, de sua natureza dinâmica. Carga funcional no implante traz influências
biomecânicas adicionais que afetam grandemente a composição dessa junção.
Um tema de intensa investigação por muitos anos é a transdução de tensão induzida
pela carga na interface, para um sinal que pode direcionar os tecidos interfaciais para
responder ou remodelar. Provou-se que o osso responde tanto à regulação hormonal
como biomecânica (carga funcional). Esses dois mecanismos reguladores são muitas
vezes em oposição um ao outro. A pesquisa mostrou que, mesmo nos casos em que há
grande demanda por cálcio (o principal objetivo da regulação hormonal), a carga
funcional pode competir e manter a massa óssea.21 Pesquisadores teorizaram que a
tensão real (Cap. 22) percebida pelo tecido ósseo inicia uma cadeia de eventos que
induz uma resposta biológica. Para a tensão no tecido influenciar a adaptação do osso,
na interface osso/implante, esta deve provocar algum tipo de resposta química ou
biológica em população sensível à tensão. A hipótese atual é de que as células ósseas
em conjunto com elementos constituintes da matriz extracelular (MEC) compõem a
população sensível à tensão, e que cada um desses componentes desempenha um
papel vital na mediação das respostas biológicas na interface. Com base nesse
raciocínio, o objetivo de um bom desenho de implante seria estabelecer e manter um
ambiente de tensão no tecido ósseo do hospedeiro e na interface, o que favorece a
osteointegração do implante.
Mecanotransdução
Mecanotransdução é um processo de múltiplos passos, que inclui (1) acoplamento
mecânico (transdução de forças mecânicas em sinais detectados pelas células
sensoras); (2) acoplamento bioquímico (conversão de sinal mecânico em um sinal
bioquímico que provoca uma resposta celular, tal como a ativação de genes); (3)
transferência de um sinal a partir de células sensoras para as efetoras; e (4) resposta
da célula efetora.22 Estudos recentes levaram ao consenso atual de que os osteócitos
incorporados dentro de lacunas na matriz óssea atuam como sensores mecânicos e
ajudam a traduzir cargas mecânicas em sinais bioquímicos.23-25 Osteócitos são as
células mais abundantes e compõem uma extensa rede lacunocanalicular, o que
possibilita a comunicação com outros osteócitos, bem como com osteoblastos no
periósteo e no endósteo.24-26 Além disso, osteócitos apresentam maior sensibilidade à
estimulação mecânica que osteoblastos.27-29
As tensões testadas no nível dos tecidos in vivo durante atividades normais (0,04 a
0,3% ) são muito menores que os níveis de tensão necessários para provocar uma
resposta celular (1 a 10% ).30,31 Inicialmente, acreditava-se que a tensão de
cisalhamento causada pelo fluxo de fluido nos espaços canaliculares era o principal
motor de acoplamento bioquímico no osso, sendo a tensão o estímulo dominante.23,32
Mais tarde, You et al.33 propuseram um modelo para a amplificação das tensões
fisiologicamente induzidas para níveis que pudessem iniciar respostas bioquímicas
intracelulares. O modelo sugeriu que as forças de arrasto em fibras transversais de
ancoragem34,35 durante o fluxo de fluido através do espaço pericelular (prenchido de
matriz entre a membrana celular dos osteócitos e a parede canalicular) produziriam
uma tensão de tração que, por sua vez, criaria uma tensão no citoesqueleto intracelular
de actina, que seria duas ordens de grandeza maior que as tensões geradas no tecido
ósseo como um todo. Esse modelo foi adicionalmente modificado usando-se dados
ultraestruturais atualizados sobre o citoesqueleto, as fibras transversais de ancoragem
e sua rigidez estrutural.36 Cowin37 comparou e avaliou os dois modelos,
concentrando-se na relação entre a microestrutura óssea e o mecanismo pelo qual os
osteócitos sentem o fluido de fluxo como o resultado de aplicação de carga mecânica.
Mecanorreceptores possíveis, mecanismos pelos quais osteócitos sentem estímulos
mecânicos, e vias de sinalização intracelular são discutidos em vários grupos de
pesquisa.38-40 Tem sido proposto que a regulação da atividade dos osteoblastos por
osteócitos ocorre por meio de junções comunicantes,41-44 com a estimulação dessas
junções mediada pela prostaglandina E2 (PGE2).45-49
Enquanto a carga mecânica no osso diminui a apoptose de osteócitos, o desuso e as
tensões suprafisiológicas aumentam a apoptose, a qual é seguida por remodelamento
dos sistemas de Havers.50-52 O tecido ósseo em desuso, mesmo que por curto
período, pode induzir rapidamente um estado de hipóxia de estresse em osteócitos,
que, quando estendido, pode conduzir à apoptose. Essa hipóxia pode ser revertida pela
carga fisiológica de curto prazo, o que sugere que a carga mecânica de tal magnitude
desempenha um papel-chave na viabilidade do osteócito.53 Isso pode afetar
adversamente a resistência óssea independentemente da perda óssea.54 Osteócitos
hipóxicos podem também mediar a reabsorção óssea induzida por desuso, aumentando
a expressão de osteopontina.55
O osso pode reduzir as tensões por aposição ou redução óssea, por meio de
formação ou reabsorção de osso, e alterando o módulo de elasticidade ou rigidez pela
alteração do conteúdo mineral.61-63 Necrose das células ósseas parece determinar o
nível de equilíbrio superior. Enquanto a destruição das células pode ser observada
quando as tensões excedem 6,9 μ 10 N/mm2, uma tensão de 2,48 μ 10 N/mm2 irá
provocar aumento no crescimento ósseo.64
Turner et al.23 e Turner65 resumiram as regras que regem que a adaptação óssea
como (1) cargas dinâmicas (não estáticas) dirigem a adaptação do osso; (2) enquanto,
a curto prazo, a carga tem um efeito anabolizante, o aumento da duração degrada a
adaptação óssea; e (3) enquanto tensões anormais evocam adaptação óssea, o osso
torna-se adaptado a tensões de rotina e a remodelação cessa.
Cargas dinâmicas, em comparação com cargas estáticas, têm sido consistentemente
relacionadas com maior potencial osteogênico.66 Cargas axiais dinâmicas de curta
duração, que produzem tensões dentro da faixa fisiológica e que foram adicionadas à
atividade normal, levaram ao endireitamento adaptativo de ulna de rato em crescimento.
Formações ósseas periosteais reduzida e aumentada foram observadas em tensões
moderadas e em picos de tensão mais elevados, respectivamente.67 Estudos similares
observaram que a resposta osteogênica adaptativa é proporcional à taxa de tensão e à
tensão superficial local.68,69
Ao contrário das respostas anabólicas da ulna de ratos anteriormente citadas,
observou-se que tanto cargas dinâmicas como estáticas axiais causam redução no
crescimento ósseo longitudinal.70,71 Ratos machos em crescimento70 que receberam
surtos de carga estática de 17 N por 10 minutos, carga estática de 8,5 N ou cargas
dinâmicas de 17 N exibiram crescimento ósseo menor que o grupo controle. A
supressão foi visível principalmente na zona hipertrófica, e foi proporcional à magnitude
da carga. Um estudo posterior71 investigou a biologia da placa de crescimento após a
aplicação de três diferentes cargas de compressão (4 N; 8,5 N e 17 N) em ulnas de
ratos durante 10 minutos por dia, no período de 8 dias. A taxa de mineralização
longitudinal foi completamente suprimida e nunca se recuperou nos ratos 17-N, mas os
outros grupos apresentaram supressão significativa que se recuperou dentro de 1
semana após a aplicação da carga. A partir dos seus resultados, os autores sugeriram
que até mesmo cargas compressivas de baixa magnitude suprimem a taxa de
crescimento (Fig. 6-2), o que apoiou a proposta de Hert72 e desviou da curva de
resposta de crescimento condral em função da força de Frost.73
FIGURA 6-2 Comparação entre a curva de resposta da força de
crescimento condral de Frost (CGFR) e a curva de Hert. Região
sombreada mostra as forças experimentadas durante as
atividades normais. (Adaptado de Ohashi N, Robling AG, Burr DB,
et al.: The effects of dynamic axial loading on the rat growth plate,
J Bone Miner Res 17:284-292, 2002.)
Resposta Biomecânica
Um argumento convincente foi apresentado para a resposta biológica do osso à carga
mecânica. A questão permanece: O que controla a magnitude da tensão transmitida à
interface entre implante dental e osso?
Tensão tem sido genericamente definida em relação à deformação e à carga
aplicada. A discussão de tensão deve ser necessariamente estendida a estruturas
biológicas. As propriedades mecânicas do osso trabecular e cortical encontrado dentro
do ambiente oral exibem um alto grau de variação em função da direcção da carga,
frequência e duração. Além disso, a densidade estrutural do osso tem uma influência
significativa em sua rigidez (módulo de elasticidade) e resistência máxima. Como tal, a
tensão mecânica presente no osso é, em última análise, uma função da densidade do
osso.
Pacientes com implante dental exibem variação na integridade das placas corticais
vestibular e lingual. Em alguns casos, uma ou ambas as tábuas ósseas estão
completamente ausentes. O planejamento de tratamento para tais pacientes deve
incorporar a consideração da rigidez mecânica significativamente comprometida (e,
provavelmente, também a resistência) do osso trabecular em tais locais anatômicos.
Tabela 6-1
Relação entre Resistência à Compressão e Densidade Aparente do Osso
Trabecular na Mandíbula Humana
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CAPÍTULO 7
Imagenologia na Implantodontia
Randolph R. Resnik e Carl E. Misch
Fase 1
A primeira fase é denominada imagens pré-operatórias. Reúne todos os exames
solicitados anteriormente e novos exames radiológicos escolhidos para auxiliar a equipe
de implantodontia a determinar um plano de tratamento abrangente e definitivo para o
paciente. Os objetivos dessa fase incluem todas as informações cirúrgicas e protéticas
necessárias para determinar a quantidade e a qualidade de osso, identificação de
estruturas nobres, necessidades protéticas, sítios cirúrgicos propostos e a possibilidade
de lesões.
Fase 2
A segunda fase é denominada imagens cirúrgicas e intraoperatórias, sendo seu foco
auxiliar na intervenção cirúrgica e protética do paciente. Os objetivos dessa fase
imagenológica são avaliar os sítios cirúrgicos durante e imediatamente após a cirurgia;
auxiliar no posicionamento ideal e inclinação dos implantes dentais; avaliar a
cicatrização e a fase de integração dos tecidos à cirurgia do implante; e garantir que a
posição do pilar protético e a confecção das próteses estejam corretas.
Fase 3
A terceira fase é chamada de imagens pós-protéticas. Começa logo após a colocação
da prótese e continua de forma indefinida. Os objetivos dessa fase são avaliar a
manutenção a longo prazo, a integração e a função dos implantes, o que inclui a
análise de todo o conjunto do implante e os níveis das cristas ósseas adjacentes.
Modalidades de Imagem
A decisão para realização de um exame de imagem é baseada nas necessidades
clínicas do paciente. Para obter uma avaliação radiológica de uma área específica de
interesse, a seleção da modalidade da técnica de imagem deve ser de acordo com
aquela que proporciona a informação diagnóstica relacionada com as necessidades
cirúrgicas e protéticas. Um princípio fundamental em radiologia é maximizar a relação
custo-benefício dos exames de imagem. Os exames conhecidos por produzir esse
resultado não são necessariamente os exames mais baratos, acessíveis ao dentista ou
que produzam a menor exposição à radiação.1-3 No entanto, eles fornecem à equipe
as informações necessárias cruciais para o sucesso do implante dental.
Várias modalidades de imagem têm sido relatadas na literatura como sendo úteis na
implantodontia, incluindo aparelhos recém-desenvolvidos especificamente para tal
análise (Quadro 7-1).4,5 Tais modalidades de imagem podem ser classificadas em
analógicas e digitais ou, ainda, em bi ou tridimensionais. No passado, a radiografia era
limitada a uma imagem analógica bidimensional. Modalidades de imagem analógicas
são sistemas bidimensionais que usam um filme radiográfico ou écrans intensificadores
como receptores de imagem. Contudo, a qualidade de imagem desses sistemas é
cercada de vários defeitos: qualidade de resolução, campo de visão reduzido, tempo
consumido, exposição excessiva à radiação e alta dependência do operador.6-8
Radiografia Periapical
Técnica
As radiografias periapicais são imagens de alta resolução de uma região limitada ao
processo alveolar da mandíbula ou maxila.12 Existem duas técnicas de projeção
intraoral que podem ser utilizadas na radiografia periapical: a técnica do paralelismo e a
técnica da bissetriz. Embora os dois métodos sejam utilizados na odontologia
atualmente, na implantodontia a preferência é pela técnica do paralelismo, por causa da
menor distorção e maior precisão. Em tal técnica, o filme ou o sensor devem ser
posicionados ao longo do eixo do implante, dente ou estrutura óssea em questão. Além
disso, o raio central do cabeçote do aparelho de raios X deve estar perpendicular ao
filme ou sensor. Quando esta técnica é utilizada na implantodontia, ela reduz a
distorção geométrica e a ampliação. Se forem utilizados posicionamentos incorretos ou
a técnica da bissetriz, as imagens resultantes vão apresentar medidas verticais e
horizontais imprecisas.13 A técnica do paralelismo elimina a distorção e reduz a
ampliação para menos de 10% . Em algumas situações, a técnica da bissetriz é
necessária para se observar a região apical do osso ou do implante devido à anatomia
do tecido circundante.
Um dos avanços mais significativos na radiologia odontológica foi o advento da
tecnologia digital, a qual possibilitou a redução de várias limitações das radiografias
intraorais convencionais. As vantagens da radiografia digital e seu uso na
implantodontia estão bem documentadas14,15 (Tabela 7-1). Com o uso da radiografia
digital, os procedimentos cirúrgicos e protéticos da implantodontia se tornaram mais
simples e mais eficientes.
Tabela 7-1
Comparação do Filme versus Imagens Digitais
Filme Digital
De Park ET, Williamson GF: Digital radiography: an overview, J Contemp Dent Pract 3:1–
13, 2002.
A radiologia digital consiste em um processo de obtenção de imagem no qual o filme
é substituído por um sensor que armazena os dados. A informação analógica recebida
é então interpretada por um software especializado, e a imagem é formada no monitor
de um computador. A imagem resultante pode ser modificada de diversas maneiras
como, por exemplo, escala de cinza, brilho, contraste e inversão. Imagens coloridas
podem ser formadas para melhorar a avaliação da imagem digital. Programas de
softwares (p. ex., Dexis® Implant) estão atualmente disponíveis e possibilitam a
calibração de imagens ampliadas, garantindo, assim, mensurações adequadas (Fig. 7-
1).
Vantagens
A radiografia periapical consiste em uma excelente modalidade que apresenta muitas
vantagens em comparação com outras técnicas na implantodontia. Este tipo de
radiografia apresenta uma dose de radiação muito baixa, principalmente quando as
imagens são obtidas de forma digital. As imagens resultantes apresentam resolução
alta e podem ser modificadas de varias maneiras, como escala de cinza, brilho,
contraste e inversão. Imagens coloridas podem ser produzidas para melhorar a
avaliação das leituras de densidade. A maioria dos softwares de computador está
atualmente disponível para calibração das imagens aumentadas, fornecendo, portanto,
mensurações precisas.
Desvantagens
A radiografia periapical tem desvantagens inerentes à técnica. O fato de as tábuas
corticais mandibulares serem espessas dificulta a visualização do canal mandibular e
da densidade óssea. Distorção na forma da imagem e ampliação podem estar
presentes quando existem objetos de tamanhos diferentes. Tal fato ocorre quando a
área total em questão (p. ex., osso alveolar, implante) não tem a mesma distância ponto
focal–objeto. Quando o feixe de raios X for perpendicular ao filme radiográfico, mas o
objeto não estiver paralelo ao filme, a imagem ficará encurtada. Se o feixe de raios X
estiver orientado perpendicularmente ao objeto, mas não ao filme, a imagem ficará
alongada. Esses conceitos básicos e importantes ajudam a minimizar a distorção e a
ampliação em radiografias intraorais18 (Fig. 7-2).
Vantagens
• Baixa dose de radiação
• Mínimo de ampliação quando realizado o alinhamento e o posicionamento
adequados
• Alta resolução
• Baixo custo
Limitações
• Distorção e ampliação
• Avaliação reduzida do local
• Dificuldade no posicionamento da película radiográfica
• Sensível à técnica
• Ausência de imagens transaxiais
Indicações
• Avaliação de pequenos espaços edentados
• Alinhamento e inclinação durante a cirurgia
• Avaliação de rotina/manutenção
Fase 1 e Fase 2
As radiografias periapicais geralmente são utilizadas nas fases 1 e 2 de tratamento. As
maiores vantagens das radiografias periapicais consistem na avaliação de pequenos
espaços edentados, alinhamento e orientação do implante durante a cirurgia e a
confirmação de que o implante não está invadindo o canal mandibular ou uma raiz
dentária durante a cirurgia.
Idealmente, uma radiografia periapical digital deveria ser realizada imediatamente
após a cirurgia de implante, assim que possível. Essa imagem radiográfica pode ser
utilizada como base para a avaliação dos níveis ósseos e cicatrização.
Imagem de Manutenção
Para a avaliação do sucesso do implante, os dois parâmetros mais precisos são a
fixação do implante e a evidência radiográfica de osso adjacente ao implante.
Radiografias de controle devem ser feitas após um ano da carga funcional e
anualmente nos 3 primeiros anos.21 Vários estudos mostraram que, no primeiro ano, é
possível observar a perda óssea marginal e uma taxa mais alta de insucesso.
Radiograficamente, a perda ou a ausência de integração costuma ser indicada por
uma linha radiolúcida ao redor do implante. Entretanto, diagnósticos falso-negativos
podem ser feitos quando o tecido mole circundante ao implante não for suficientemente
espesso para produzir imagem radiográfica. Diagnósticos falso-positivos podem ser
feitos quando o efeito Mach Band surge a partir de uma área com menor densidade
radiográfica, adjacente a uma área com maior densidade (implante), resultando em uma
área mais radiolúcida do que realmente ela é.22 No entanto, estudos mostraram que o
efeito Mach Band é significativamente reduzido nas radiografias digitais. Além disso, a
radiografia digital tem mostrado uma vantagem em comparação com a analógica no que
concerne ao “aprimoramento da borda”, que consiste na habilidade de se detectar um
espaço entre o implante e o osso vizinho (Fig. 7-6).23 Devido à sensibilidade da técnica
ao operador, um protocolo rígido de qualidade deve ser utilizado objetivando-se a
manutenção da qualidade de imagem ideal o tempo todo. O posicionamento ideal,
assim como a documentação dos ajustes de kVp e miliamperagem, deve ser anotado
como referências futuras.
Radiografia Oclusal
As radiografias oclusais consistem em radiografias planas produzidas posicionando-se
o filme intraoral paralelamente ao plano oclusal, com o feixe central de raios X
perpendicular ao filme para a imagem mandibular e oblíqua (geralmente 45 graus) ao
filme para a imagem da maxila. As radiografias oclusais produzem imagens planas de
alta resolução do corpo da mandíbula ou da maxila.12 As radiografias oclusais
superiores são inerentemente oblíquas e tão distorcidas, que não podem ser utilizadas
na implantodontia para se determinar, quantitativamente, a geometria ou o grau de
mineralização do sítio do implante. Além disso, estruturas nobres como o seio maxilar, a
cavidade nasal e o canal nasopalatino são exibidos; no entanto, a relação espacial com
o sítio do implante é geralmente perdida com essa projeção (Quadro 7-4).
Vantagens
• Avaliação de lesões
Limitações
• Não revela a verdadeira largura da mandíbula no sentido vestibulolingual
• Dificuldade no posicionamento
Indicações
• Nenhuma
Devido ao fato de a radiografia oclusal inferior ser uma projeção ortogonal, ela
consiste em uma projeção menos distorcida que a superior. Contudo, o processo
alveolar da mandíbula geralmente se dilata anteriormente e apresenta uma inclinação
para a lingual posteriormente, produzindo uma imagem oblíqua e distorcida do processo
alveolar inferior, sendo de uso limitado na implantodontia. Além disso, a radiografia
oclusal inferior mostra a maior largura do osso (p. ex., sínfise) versus a largura na
crista, em que está localizada a informação mais necessária para o diagnóstico (Fig. 7-
9). O grau de mineralização do trabeculado ósseo não é determinado a partir dessa
projeção, além de ser perdida a relação especial entre as estruturas nobres, como o
canal mandibular e o forame mentual, e o sítio proposto para o implante.
Consequentemente, as radiografias oclusais raramente são indicadas para a fase de
diagnóstico pré-cirúrgico na implantodontia.
FIGURA 7-9 As radiografias oclusais têm sido utilizadas para
mostrar a largura do osso na região anterior. B, Entretanto, as
radiografias oclusais mostram, na realidade, a maior distância
vestibulolingual (setas vermelhas) não no mesmo plano. Largura
verdadeira do osso (seta verde).
Radiografia Cefalométrica
As radiografias cefalométricas consistem em radiografias do crânio de orientação plana.
O crânio é alinhado ao aparelho de raios X e ao receptor de imagem por meio de um
cefalostato, que fisicamente fixa a posição do crânio com projeções através do meato
acústico externo. O dispositivo cefalométrico resulta em uma imagem geométrica que
amplia a imagem em 10% a uma distância foco–objeto de 1,52 m e a uma distância
objeto–filme de aproximadamente 15,2 cm.12
Uma radiografia cefalométrica lateral é produzida com o plano mediossagital do
paciente posicionado paralelamente ao receptor de imagem. A radiografia mostra uma
imagem transversal do processo alveolar da mandíbula e da maxila no plano
mediossagital.19 Com uma suave rotação do cefalostato, uma imagem transversal da
mandíbula ou da maxila pode ser realizada na região de incisivos laterais ou caninos.
Diferentemente das imagens panorâmicas ou periapicais, a vista transversal do
processo alveolar demonstra a relação espacial entre oclusão e estética com
comprimento, largura e angulação, e a geometria do processo alveolar é mais precisa
para uma determinação quantitativa do osso. Frequentemente, os implantes devem ser
posicionados nas regiões anteriores adjacentes à tábua lingual.
A radiografia cefalométrica lateral é útil porque demonstra a geometria do processo
alveolar na região medioanterior e a relação da tábua lingual com a anatomia
esquelética do paciente (Figs. 7-10 e 7-11). A largura do osso na região sinfisária e a
relação entre a cortical vestibular e as raízes dos dentes anteriores também podem ser
determinadas antes da remoção deste osso para um enxerto de rebordo. Juntamente
com radiografias periapicais da região, informação especial quantitativa se torna
disponível para demonstrar a geometria do sítio do implante e a relação espacial entre o
sítio do implante e as estruturas nobres, como o assoalho da cavidade nasal, a porção
anterior do seio maxilar e o canal nasopalatino. A cefalometria lateral também pode
ajudar na avaliação da perda de dimensão vertical, inter-relação esquelética de arco,
relação coroa/implante na região anterior, perfil de tecido mole, posição dos dentes
anteriores na prótese e o momento resultante de forças. Consequentemente, as
radiografias cefalométricas são importantes ferramentas para o desenvolvimento do
plano de tratamento de um implante, principalmente se tratando de um paciente
edentado total. Contudo, tal técnica não é útil para demonstrar qualidade óssea e só
mostra uma imagem transversal do processo alveolar, no qual o raio central do
aparelho de raios X é tangente a este.
FIGURA 7-10 Uma projeção limitada da região da sínfise
mandibular é útil para uma avaliação pré-operatória da largura do
osso na linha média. Também pode ser um guia útil para a
determinação da dimensão vertical de oclusão.
FIGURA 7-11 A, Uma técnica alternativa à radiografia
cefalométrica padrão consiste no uso de um filme oclusal
(tamanho 2) segurado pelo paciente, utilizando um aparelho
intraoral padrão. B, Imagem resultante.
Vantagens
• Altura/largura na região anterior
• Pouca ampliação
• Relação esquelética
• Proporção coroa-implante (anterior)
• Posição dentária na prótese
• Avaliação da quantidade de osso na região anterior antes do enxerto da sínfise
Limitações
• Disponibilidade
• Informações da imagem limitadas à linha média
• Resolução e nitidez reduzidas
• Sensíveis à técnica
Indicações
• Utilização em combinação com outras técnicas radiográficas para implantes
anteriores
• Avaliação do enxerto ósseo sinfisário
Radiografia Panorâmica
A radiografia panorâmica consiste em uma técnica radiográfica tomográfica, utilizada
para retratar o corpo da mandíbula, a maxila e os seios maxilares. No passado, tal
técnica foi, provavelmente, a mais utilizada no diagnóstico da implantodontia.
Entretanto, para a obtenção de imagens quantitativas pré-cirúrgicas de implante, não é
a melhor opção de diagnóstico, pois produz uma imagem de um corte ósseo de
espessura e ampliações variáveis. O receptor de imagem tradicional tem sido o filme
radiográfico, porém pode ser uma placa de armazenamento digital de fósforo ou um
receptor digital com dispositivo CCD.20,31,32 Apesar disso, as imagens panorâmicas
oferecem inúmeras vantagens (Quadro 7-6).
Tabela 7-2
Problemas Comuns no Posicionamento em Panorâmicas e Correções
Tomografia Computadorizada
A tomografia computadorizada consiste em uma modalidade radiográfica digital que
revolucionou a imagem radiográfica. Os dados provenientes da TC possibilitam ao
clínico a verificação de vários cortes do tecido de interesse, sem borramento ou
sobreposição de imagens das estruturas adjacentes. Utiliza-se um feixe de raios X
finamente calibrado e os dados obtidos são reformulados por algoritmos matemáticos
para a confecção das imagens de interesse.
Histórico
A TC foi inventada por Sr Godfrey Hounsfield, engenheiro elétrico, em 1972.46 Os
primeiros aparelhos de TC apareceram nos departamentos de diagnóstico médico
durante os meados dos anos 1970; fizeram tanto sucesso, que rapidamente
substituíram as tomografias complexas no começo dos anos 1980.
Na Odontologia, os aparelhos de TC foram introduzidos nos anos 1990 e tornaram-
se tão populares que estão substituindo a maioria das modalidades radiográficas
bidimensionais, das quais a Odontologia dependeu tanto no passado.
Desenvolvimento da Imagem
As imagens da tomografia computadorizada são resultado da coleção de dados por
inúmeros detectores e câmaras ionizantes na unidade da TC. Os dados coletados pelos
detectores correspondem a um composto das características de absorção das imagens
das estruturas e dos tecidos. Essa informação é transformada em imagens (dados
brutos), as quais são reformuladas em um volume digital (voxel) para avaliação e
análise.
A integração dos sistemas de imagem digitais na implantodontia aumentou
significativamente a capacidade diagnóstica dos profissionais. Uma imagem
bidimensional digital é descrita por uma imagem matriz que apresenta elementos de
figura individuais chamados de pixels (p. ex., 512 × 512). Para imagens digitais maiores
(p. ex., 1,2 M × 1,2 M, em que M representa megapixels), a imagem é alternativamente
descrita como uma imagem de 1,5 M. Cada elemento de imagem individual, ou pixel,
apresenta um valor digital discreto que descreve a intensidade da imagem no ponto
particular. O valor do elemento do pixel é descrito por uma escala, que pode ser tão
baixa quanto 8 bits (valor 256) ou tão alta quanto 12 bits (valor 4.096), para sistemas de
imagem preto e branco, ou 36 bits (valor de 65 bilhões) para sistemas de imagens
coloridas.9-11 As imagens preto e branco digitais são adequadamente apresentadas
em um monitor preto e branco. Em geral, 8 bits ou 256 níveis podem ser apresentadas
de forma eficaz em um monitor. Uma imagem tridimensional digital é descrita por uma
imagem matriz que tem uma imagem individual ou elementos de imagem chamados
voxels. Uma imagem tridimensional digital é descrita não apenas pela largura e altura
dos pixels (i.e., 512 × 512), como também pela sua profundidade e espessura. Uma
imagem volumétrica ou tridimensional do paciente é produzida por imagens contíguas,
as quais produzem uma estrutura tridimensional do volume dos elementos (p. ex., TC,
IRM e tomografia computadorizada interativa [TCI]). Cada volume de elemento tem um
valor que descreve o nível de intensidade. Em geral, modalidades tridimensionais têm
uma escala de 12 bits ou valor de 4.096. As imagens bidimensionais digitais são
compostas de elementos de figuras de pixels (2-D) e voxels (3-D). Pixels e voxels
contêm atribuição de valor de tamanho, localização e escala de cinza. Cada voxel e
pixel lançado são caracterizados por um valor numérico que representa a densidade
dos tecidos. Isso é chamado de número da TC. Um valor específico de escala de cinza
ou densidade é designado a cada número de TC que compreende a imagem (Fig. 7-
14).
FIGURA 7-14 A imagem final da tomografia computadorizada
depende do tamanho do pixel (Bidimensional [2D]) e do voxel
(tridimensional [3D]).
D1 1.250
D2 850–1.250
D3 350–850
D4 150–350
D5 < 150
Ar 1.000
Água 0
M úsculo 35–70
Tecido fibroso 60–90
Cartilagem 80–130
Osso trabecular 150–900
Osso cortical 900–1.800
Dentina 1.600–2.400
Esmalte 2.500–3.000
Vantagens
• Ampliação insignificante
• Imagens com contraste relativamente alto
• Diversas imagens
• Protótipos tridimensionais
• Plano de tratamento interativo
• Referência cruzada
Limitações
• Custo
• Sensível à técnica
Indicações
• Plano de tratamento interativo
• Determinação da densidade óssea
• Localização de estruturas nobres
• Colocação de implantes subperiosteais
• Identificação de lesões
• Pré-planejamento de enxerto ósseo
FIGURA 7-15 A, O escaneamento da tomografia
computadorizada convencional (TC) utiliza um feixe muito estreito
fan beam que gira ao redor do paciente, obtendo um corte fino
(imagem) em cada giro. Devido à grande quantidade de giros
necessários, a dose de radiação é maior. B, A tomografia
volumétrica cone-beam captura todos os dados em um só giro, o
que reduz a dose de radiação e evita a distorção e erros na
reformatação.
Tabela 7-3
Comparação entre Escaneamento Espiral Médico e Cone-beam
Médico Cone-beam
Os aparelhos de TCCB usam uma fonte rotatória de raios X que gera um feixe cônico
que pode ser modificado para captar uma determinada área de interesse. Os dados do
feixe de raios X são captados por um único coletor. Tais dados são convertidos em
vários tons de cinza, que são visualizados em uma tela de computador. A reconstrução
dessas imagens pode ser em qualquer plano, simplesmente alinhando o dado da
imagem ou voxel. Isso possibilita a visualização dos dados nos sentidos axial, sagital,
coronal, panorâmico, tridimensional e imagens dos tecidos moles (Fig. 7-17).
FIGURA 7-17 Imagens do aparelho cone-beam (Prexion). A,
Tecido mole tridimensional. B, Cefalometria lateral. C, Imagem
tridimensional do osso. D, Coronal. E, Imagem lateral do osso. F,
Panorâmica.
Ponto focal
A claridade das imagens fornecidas pela TC não depende do tamanho do voxel. Na
verdade, uma unidade de TCCB pode ter um voxel de tamanho bem pequeno;
entretanto, a qualidade da imagem pode ser comprometida devido a um ponto focal
grande. O ponto focal é a área do tubo de raios X que emite a radiação. Em geral,
quanto menor o ponto focal, melhor a qualidade da imagem final. Logo, uma fonte ou
ponto focal grande resultará em projeções de sombras na área escaneada, o que irá
gerar um objeto fora de foco. Esta penumbra ou borramento das bordas cria uma
sombra que resulta em uma imagem de qualidade e claridade ruins. As unidades atuais
de TCCB têm pontos focais variando de 0,15 a 0,7 mm (Fig. 7-18).
FIGURA 7-18 Um ponto focal menor irá resultar em uma imagem
mais nítida.
Campo de Visão
O aparelho de tomografia computadorizada cone-beam varia de acordo com a área de
interesse ou como é comumente chamada, campo de visão (FOV) na radiologia. O FOV
descreve o volume escaneado, o qual depende de vários fatores, incluindo o detector
de tamanho e forma, a geometria de projeção do feixe e a colimação do feixe. Este
último é fundamental na redução da exposição à radiação e na garantia de que apenas
a área de interesse será exposta. Em geral, volumes menores escaneados produzem
imagens com maior resolução. Atualmente, as unidades de TCCB são classificadas em
FOV pequeno, médio ou grande (Fig. 7-19).
FIGURA 7-19 O FOV do aparelho de tomografia
computadorizada cone-beam: pequeno (A), médio (B) e grande
(C).
Formação da Imagem
Os dados coletados na TC são exportados para um formato universal chamado DICOM
(Digital Image and Communications in Medicine), que foi introduzido pela American
College of Radiology–National. A partir desses arquivos, as imagens reformatadas
utilizando-se uma parte ou todos os dados são geradas e visualizadas de diferentes
maneiras. A visualização padrão consiste em uma imagem plantar, a qual é
representada por uma sequência de cortes em diferentes planos, tais como axial,
coronal, sagital e transaxiais. Quando o dentista deseja ver uma imagem panorâmica,
ele deve selecionar uma sequência ininterrupta de voxels ao longo de um plano curvo
na maxila ou na mandíbula. Quando apenas os voxels superficiais são selecionados,
produz-se uma imagem tridimensional.
Vantagens
• Sem radiação
• Fácil visualização das estruturas nobres (canal alveolar inferior, seio maxilar)
Limitações
• Custo
• Sensível à técnica
• Não há software de reconstrução de imagem
• Disponibilidade
• Ausência de sinal para osso cortical
Indicações
• Avaliação de estruturas nobres quando a TC não é conclusiva
• Avaliação de infecção (osteomielite)
Sínfise Mandibular
A região da sínfise mandibular consiste em uma área anatômica muito crítica para a
implantodontia. Ela representa uma área comum para a colocação de implantes em
pacientes edentados e também pode ser utilizada como sítio doador para enxertos
autógenos. Quando imagens bidimensionais são utilizadas, erros inerentes à técnica
podem ocorrer devido às concavidades linguais. Não é incomum a estimativa maior da
altura de osso disponível na região anterior da mandíbula em radiografias panorâmicas.
Por essa razão, recomenda-se uma técnica de imagem que retrate a verdadeira
quantidade de osso no sentido vestibulolingual. Radiografias como as cefalométricas
laterais e a TC convencional podem ser utilizadas (Fig. 7-35).
FIGURA 7-35 Sínfise mandibular. A, Imagens de TC ilustram
diversas vistas da região anterior da mandíbula. B, A imagem
cefalométrica lateral fornece informações somente do osso
referente à linha média.
Seio Maxilar
Atualmente, nenhuma modalidade radiográfica fornece tantas informações com relação
aos seios paranasais quanto a TC, que é considerada o padrão-ouro para a
visualização de estruturas ósseas e para a avaliação de lesões nos seios. Este tipo de
modalidade radiográfica fornece informações muito detalhadas ao se tratar da
prevalência e posição de septos,95 anatomia do seio maxilar e detecção de lesões no
seio em comparação com imagens de filmes planos (Figs. 7-36 e 7-37).
FIGURA 7-36 Seio maxilar com anatomia normal.
Tomografia Computadorizada
As radiografias bidimensionais (periapicais, panorâmica) apresentam limitações, uma
vez que elas não fornecem informações vestibulolinguais sobre a condição do osso
alveolar presente. A TC permite a informação tridimensional sobre o estado do osso
circundante ao implante. A resolução e o espalhamento sempre foram problemas na
avaliação dos implantes; entretanto, com o advento da tecnologia cone-beam, houve
uma grande melhora.
A TC pode ser de grande benefício na avaliação do prognóstico do enxerto ósseo do
seio. Com a vantagem da avaliação da densidade óssea por meio das unidades de
Hounsfield, podem ser determinadas informações importantes sobre a maturação
óssea. Além disso, essa modalidade radiográfica é a imagem de escolha na avaliação
de infecções do seio ou sinusites pós-cirúrgicas (Fig. 7-38).
FIGURA 7-38 A, Imagem de TC após enxerto do seio, mostrando
diferenças nas densidades ósseas do material enxertado
(vermelho = 1.256 unidades de Hounsfield; amarelo = 273
unidades de Hounsfield) e ilustrando um cisto após enxerto do
seio, obliterando o óstio. B, Imagem de TC de implante fadado ao
insucesso apresentando ausência de osso na interface do
implante. C, Imagem de TC mostrando a migração do implante
para o seio maxilar.
Tomografia Computadorizada
A precisão da TC possibilita que seja utilizado um guia diagnóstico preciso e complexo.
Apesar de a TC ser capaz de identificar de forma precisa a altura e a largura ósseas
disponíveis para um implante no local proposto, a posição e a inclinação exatas do
implante, que muitas vezes determinam o comprimento e o diâmetro real do implante,
geralmente são estabelecidas pela prótese. Assim, um guia diagnóstico que seja
utilizado durante a confecção da imagem é significativamente benéfico. As superfícies
das restaurações propostas e a posição e a inclinação exatas de cada implante devem
ser incorporadas ao guia diagnóstico tomográfico. Os desenhos dos guias diagnósticos
tomográficos evoluíram de uma simples reprodução do enceramento por uma placa de
acetato feita a vácuo para o atual, que consiste em um tipo de reprodução de acrílico
processado a partir do enceramento diagnóstico e, até mesmo, para os tipos mais
sofisticados fabricados com dentes de estoque radiopacos.62,63 O guia acrílico
processado pode ser modificado pelo revestimento das restaurações propostas com
uma fina camada de sulfato de bário, e pelo preenchimento, com guta-percha, do
orifício que atravessa a superfície oclusal da restauração. As superfícies da restauração
proposta tornam-se então radiopacas no exame de TC, e a posição e inclinação do
implante proposto são identificadas pela massa radiopaca de guta-percha presente
dentro da restauração proposta.
O guia de acetato feito a vácuo tem inúmeras variações. Um dos desenhos envolve o
revestimento das restaurações propostas com uma fina camada de sulfato de bário.
Apesar de a restauração proposta ficar evidente no exame de TC, o posicionamento e a
inclinação ideais do implante proposto não são identificados por este modelo. Outro
desenho envolve o preenchimento dos locais das restaurações propostas no guia de
acetato a vácuo do enceramento diagnóstico, com uma mistura de 10% de sulfato de
bário com 90% de acrílico de polimerização a frio. Isso resulta em uma aparência
radiopaca dos dentes nas restaurações propostas durante o exame de TC, que se
equipara à densidade do esmalte e da dentina dos dentes naturais, mas não identifica a
posição e inclinação exatas dos locais dos implantes propostos. O último desenho
modifica o anterior com a abertura de um orifício de 2 mm através da superfície oclusal
da restauração proposta, na posição e inclinação ideais do local proposto para os
implantes, com uma broca helicoidal. Este processo resulta em uma aparência natural
na restauração proposta durante o exame de TC, em que todas as superfícies da
restauração estão evidentes, juntamente com canal radiolúcido de 2 mm que a
atravessa, a qual identifica precisamente a posição e a inclinação do implante
proposto.62
Recentemente, foram introduzidos no mercado dentes de estoque radiopacos para a
fabricação de guias diagnósticos para próteses fixas implantossuportadas. O material
radiopaco (sulfato de bário) é um dos componentes integrantes do dente para o
escaneamento por TC (66 a 67% ). As vantagens dos dentes pré-fabricados estão
relacionadas com economia de tempo, facilidade de posicionamento, alta radiopacidade
consistente, com o fato de apresentarem moldes correspondentes aos dentes da
prótese utilizados na restauração definitiva e com a facilidade de ligação com o material
base do guia diagnóstico. O guia diagnóstico pode ser, portanto, transformado em guia
cirúrgico. 74
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PA R T E I I I
Planejamento do Tratamento com Implantes
ESBOÇO
A odontologia é a única área da medicina que combina ciência e uma forma de arte.
Alguns aspectos do campo da odontologia enfatizam a forma de arte, como a estética
dental, que lida com a cor e o formato do dente para melhorar o sorriso do paciente e a
aparência como um todo. Em pacientes parcial ou completamente edentados, as
próteses dentárias são responsáveis pela estética dental (Figs. 8-1 a 8-3). Contudo, os
técnicos de laboratório dental são amplamente responsáveis pelo resultado estético
final, e eles não têm o título de doutor. A principal razão para aplicar o termo doutor à
profissão odontológica não é devido à forma de arte; e sim por causa das ciências
dentárias.
Desenho Biomecânico
Quando dois corpos colidem em um pequeno intervalo de tempo (frações de segundo),
desenvolvem-se grandes forças de reação. Tal colisão é descrita como impacto.
Quando a colisão ocorre entre um peso e uma plataforma suportada por uma mola, a
mola absorve alguma intensidade de força (por causa da deformação da mola), e a
força de impacto é reduzida. Isso é similar à colisão dos dentes, que são suportados
por um complexo periodontal. Quando uma força similar (massa e velocidade) colide
com uma plataforma rígida, a intensidade da força (força do implante) é maior. Isto é
semelhante à colisão com um sistema de implantes, que contém uma interface direta
implante/osso11 (Fig. 8-6).
FIGURA 8-6 Quando um peso é jogado sobre uma plataforma e
uma mola, a mola deforma e absorve alguma intensidade da
tensão e o impacto da força é reduzido (sequência da imagem
superior). Quando um peso similar é jogado em uma plataforma
rígida, a intensidade da força é maior (sequência inferior).
O sistema de implante recebe uma força de impacto muito maior que o dente natural,
porque ele não é circundado por um complexo periodontal. O fato de o implante ser
mais rígido, na verdade, significa que o sistema de implante recebe uma força muito
maior e está em maior risco biomecânico que um dente natural. O sistema de implante
inclui a porcelana oclusal da coroa (que pode fraturar), o cimento ou parafuso que
retém a prótese (que pode descolar ou afrouxar), o parafuso do pilar que contém os
componentes (que pode afrouxar), o osso marginal da crista (que pode ser perdido
devido à sobrecarga patológica), a interface completa implante/osso (que pode resultar
em mobilidade e insucesso) e os componentes do implante e da prótese (que podem
resultar em fratura) (Quadro 8-1).
Material Oclusal
O dente natural pode mostrar sinais clínicos de tensão aumentada, como facetas de
desgaste do esmalte, linhas de tensão, linhas de Luder (nos preenchimentos com
amálgama), abfração cervical e escavações nas cúspides dos dentes.20 Uma coroa
sobre implante raramente mostra sinais clínicos que não seja a fratura por fadiga. Como
resultado, poucos sinais de diagnóstico estão presentes para alertar o profissional a
reduzir a tensão no sistema de suporte. O esmalte dentário se desgastará quando
repetidas forças laterais ou contatos prematuros são introduzidos no sistema e pode
reduzir o ângulo de força do contato prematuro. Uma coroa de porcelana sobre
implante não se desgasta e nem reduz a força nociva quando um contato prematuro
lateral está presente.
Osso Circundante
O dente lentamente erupciona até oclusão e está presente na boca desde a infância. O
osso circundante desenvolveu-se em resposta às cargas biomecânicas. Observe que
não existe lâmina cribiforme organizada ao redor dos dentes decíduos ou permanentes
até que seja colocada carga. No processo de erupção, os dentes permanentes são
gradualmente colocados sob carga, enquanto outros, já erupcionados, mantêm os
aspectos oclusais. Logo, os tecidos periodontais organizam-se gradualmente para
sustentar cargas crescentes, incluindo aquelas exercidas por uma prótese fixa. A única
carga óssea progressiva ao redor do implante é realizada pelo protesista em um prazo
muito mais rápido e com intensa magnitude.
Quando implantes ou dentes são submetidos a cargas oclusais repetidas, podem
ocorrer fraturas microscópicas por tensão, encruamento ou fratura por fadiga. As
fraturas por fadiga estão relacionadas com a quantidade de tensão e com o número de
ciclos da carga.11 Ao contrário do que se observa em dentes naturais, os componentes
dos implantes, parafusos de transferência ou cimento, não se ajustam ou se reparam a
essas condições e, por fim, sofrem fratura. Com o tempo, o implante vai recebendo
cargas e aumentando os ciclos na curva de fadiga, elevando o risco de complicações a
longo prazo. Como resultado, as forças oclusais podem resultar em mudanças sutis,
mas podem também causar problemas a longo prazo mais sérios para sobrevida do
implante. As mais frequentes são complicações ósseas ou dos componentes do
implante (Tabela 8-2).
Tabela 8-2
Dente Natural versus Características do Implante sob Carga
Fracasso do Implante
Falha cirúrgica Falha de carga inicial
Cicatrização inicial M icromovimento
Complicações Protéticas
Desgaste da conexão
Fratura do dente da dentadura
Fratura da conexão
Fratura da prótese oposta
Fratura ou afrouxamento do parafuso
Fratura do componente
Fratura do corpo do implante
Fratura do acrílico ou porcelana
Fratura da base acrílica
Fratura da infraestrutura
Perda Óssea Marginal
Reflexão do periósteo Biomecânica celular
Autoimune (bactéria) M ecânica do osso
M icroespaço biológico Princípios de engenharia
Osteotomia
FIGURA 8-8 Uma prótese sobre implante pode ter taxas maiores
de sobrevida intermediárias e a longo prazo, pois elas não têm
cáries e não necessitam de procedimentos endodônticos. Note
que o osso está acima da conexão do pilar do implante.
FIGURA 8-9 O período de tempo mais comum do fracasso do
implante é após a carga protética.
Biomecânica Celular
A remodelação óssea em nível celular é controlada pelo ambiente mecânico da
deformação.28 A deformação é definida como a alteração do comprimento dividida pelo
comprimento original, e as unidades de deformação são dadas em porcentagem. A
quantidade de deformação do material está diretamente relacionada com a quantidade
de tensão aplicada.11 A tensão oclusal aplicada na prótese sobre implante e
componentes pode transmitir tensão na interface osso/implante.18 A quantidade de
deformação óssea na interface osso-implante está diretamente relacionada com a
quantidade de tensão aplicada na prótese sobre implante (quanto maior a tensão, maior
a deformação). Mecanossensores no osso respondem a quantidades mínimas de
deformação, e níveis de microdeformação 100 vezes menores que a resistência máxima
do osso podem ativar a remodelação óssea, podendo resultar em perda óssea29
(Fig. 8-11).
Uma das teorias mais recentes para uma relação direta entre a tensão e a magnitude
da remodelação óssea (incluindo perda) foi proposta por Kummer em 1972.30 Mais
recentemente, Frost descreveu a reação celular do osso a diferentes níveis de
microdeformação.19,31 Quando o osso não tem uma deformação suficiente, ele
reabsorve (janela de desuso agudo); quando tem uma deformação ideal, ele
permanece organizado, mineralizado, e o osso com a carga de suporte ideal (janela
adaptada). As fraturas ósseas ocorrem a 10.000 a 20.000 unidades de
microdeformação (1 a 2% de deformação). Contudo, em níveis de 20 a 40% desse
valor (4.000 unidades), as células ósseas podem produzir citocinas para iniciar a
resposta de reabsorção (janela de sobrecarga patológica) (Fig. 8-12). É interessante
notar que as citocinas no tecido da interface osso/implante obtido de dispositivos para
reposição do ilíaco que fracassaram, levando à perda óssea, foram relatadas em
humanos.32 É lógico que uma condição similar pode existir ao redor do implante dental.
Em outras palavras, a deformação excessiva do osso pode resultar não apenas em
fratura física, mas também causar reabsorção óssea celular.
FIGURA 8-12 Quando o osso não está sob carga, ele pode
reabsorver (janela de desuso agudo). Quando o osso está
idealmente sob carga e tensionado, ele está na janela adaptada.
O osso pode ter tanta tensão que ele pode fraturar. Condições de
tensão menores que 20 a 40% da zona de fratura podem causar
perda óssea e reabsorção (zona de sobrecarga patológica).
Princípios de Engenharia
A relação entre a tensão e a deformação determina o módulo de elasticidade (rigidez)
de um material.11 O módulo transfere a quantidade de alteração dimensional do
material para um dado nível de tensão. O módulo de elasticidade de um dente é similar
ao osso cortical. Os implantes dentais geralmente são fabricados com titânio ou suas
ligas. O módulo de elasticidade do titânio é 5 a 10 vezes maior que o do osso cortical e
pode ser 20 vezes maior que o do osso trabecular. Logo, quando 50 unidades de
tensão são aplicadas ao titânio, a deformação (alteração na forma) do material é menor
que quando aplicadas ao osso (Fig. 8-13). A diferença de deformação biomecânica
entre o titânio e o osso com uma interface direta osso/implante pode estar na zona de
sobrecarga patológica para o osso com maiores magnitudes de tensão. Quando a
magnitude da tensão é reduzida, a diferença biomecânica entre o titânio e o osso é
menor e mais provável na zona de janela adaptada para o osso (Fig. 8-14).
O fracasso de implantes com carga inicial é pior para o clínico do que quando ocorre
falha cirúrgica, porque o paciente pode responsabilizar o dentista restaurador. Embora
isso seja ruim o suficiente, o dentista restaurador ainda deve gastar duas a cinco
consultas restaurando o implante, além da despesa do laboratório. A cirurgia de
implante pode necessitar de enxerto ósseo como resultado do fracasso. O enxerto
ósseo é muito menos previsível que a integração de um implante no osso adequado.
Logo, o tratamento global é frequentemente mais difícil que a reconstrução original.
Esse não é um cenário ideal, pois ele ocorre em um paciente que já teve uma
experiência de fracasso.
A perda da cimentação da prótese é a terceira causa mais comum dos fracassos das
próteses fixas nos dentes naturais.4,5 Esta condição é mais comum nos pilares dos
implantes, pois eles são mais rígidos e forças maiores são transmitidas à interface do
cimento. A perda da cimentação das restaurações (ou pior, quando uma ou mais coroas
tornam-se não cimentadas e alguns pilares ainda estão retidos) ocorre com maior
frequência quando cargas crônicas são aplicadas na interface do cimento ou quando
forças de cisalhamento estão presentes (como no caso dos cantiléveres). As
resistências do cimento são mais fracas sob cargas de cisalhamento. O cimento de
fosfato de zinco pode resistir a uma força compressiva de 12.000 psi, mas consegue
resistir a uma força de cisalhamento de somente 500 psi. A carga de cisalhamento é
aplicada ao cimento quando um cantiléver está presente.
Afrouxamento do Parafuso
O afrouxamento do parafuso do pilar protético tem sido detectado com uma média geral
de 6% nas próteses sobre implantes.6 As coroas unitárias exibiram a taxa mais alta de
afrouxamento do parafuso do pilar protético e nos desenhos e conceitos iniciais dos
parafusos com uma média de 25% . Estudos recentes indicaram que essa razão foi
reduzida nas coroas unitárias para uma média geral de 8% , com a prótese fixa de
múltiplos elementos com uma média de 5% e das sobredentaduras de 3% . O
afrouxamento do parafuso pode causar complicações consideráveis; ele pode contribuir
para a perda óssea na crista, pois as bactérias são capazes de colonizar a superfície
aberta. Quando, com uma coroa cimentada, um parafuso do pilar fica solto, pode ser
necessário cortá-la para obter acesso ao parafuso (Fig. 8-23).
FIGURA 8-23 O afrouxamento do parafuso do pilar pode causar
uma complicação considerável. O parafuso frouxo diminui o
impacto da força no selamento de cimento. Como resultado, a
coroa não poderia ser removida do pilar protético. Para apertar o
parafuso do pilar protético, a coroa foi cortada. O parafuso frouxo
também contribuiu para a perda óssea marginal ao redor do
implante.
A perda de osso marginal pode influenciar a estética, pois a altura de tecido mole
(p. ex., gengiva marginal livre e papila interdental) está diretamente relacionada com
osso marginal. Se o tecido retrai em consequência da perda óssea, o perfil de
emergência da coroa alonga e a papila pode desaparecer próxima ao dente adjacente
ou implante (Fig. 8-26). Se o tecido mole não retrai, o aumento da profundidade de
bolsa pode estar relacionado com a presença de bactérias anaeróbicas ou peri-
implantite e causar perda óssea adicional e exsudato.51 O entendimento das causas da
perda óssea marginal ao redor dos implantes e falha inicial do implante é crítico para
evitar tais ocorrências, promovendo a saúde peri-implantar e melhorando o índice de
sucesso do implante e de sua prótese a longo prazo.
FIGURA 8-26 A perda óssea marginal ao redor do implante pode
causar retração tecidual. Isso resulta em um perfil de emergência
alongado da coroa e pode causar perda da papila interdental.
Com o passar dos anos, a causa de perda óssea marginal manteve a comunidade
científica ocupada com debates acadêmicos e estudos clínicos. As consequências
clínicas são tais, que todas as fases da implantodontia, desde o diagnóstico e plano de
tratamento até os estágios finais da oclusão e instalação da prótese, devem focar na
redução ou eliminação de aspectos multifatoriais que podem influenciar fatores
biológicos e biomecânicos.
Causas Biológicas
Hipótese da Reflexão do Periósteo
A reflexão do periósteo provoca uma alteração temporária do suprimento sanguíneo
do osso cortical marginal. Noventa por cento do suprimento de sangue arterial e 100%
do retorno venoso estão associados ao periósteo nos ossos longos do corpo.52
Quando o periósteo é rebatido da crista óssea, o suprimento sanguíneo do osso cortical
é dramaticamente afetado, provocando morte de osteoblastos na superfície em
decorrência do trauma e da falta de nutrição. Esses eventos têm promovido a teoria da
reflexão do periósteo como causa da perda de osso inicial ao redor de um implante
endosteal. Foi sugerido que a cirurgia de punção tecidual para remover o tecido da
crista no sítio do implante e permitir acesso direto ao osso para inserção do implante é
preferida, pois o periósteo não é refletido e, portanto, seria observada menos perda
óssea na crista.
Embora as células da crista óssea possam morrer devido ao trauma inicial da
reflexão do periósteo, o suprimento sanguíneo é restabelecido assim que o periósteo se
regenera. O desenvolvimento dos cones de corte a partir de monócitos do sangue
precede a formação de novos vasos sanguíneos dentro das regiões da crista óssea. Os
osteoblastos são então capazes de remodelar a anatomia da crista óssea.53 O osso
composto se forma rapidamente nas superfícies periosteais para restaurar a sua
condição original. Além disso, o osso trabecular subjacente também é uma fonte
vascular, porque o seu suprimento sanguíneo frequentemente é mantido mesmo com a
reflexão do periósteo. Quanto maior a quantidade de osso esponjoso sob o osso
cortical na crista, menos perda óssea é observada.54 Para instalar um implante em um
osso disponível em quantidade suficiente, a crista do rebordo para instalação do
implante deve ter geralmente 5 mm ou mais. Como resultado, o osso esponjoso está
prontamente disponível para ajudar o suprimento sanguíneo do osso cortical e a
remodelação ao redor dos implantes. O osso cortical é remodelado no seu contorno
original, sem perda significativa de altura.
A teoria de reflexão do periósteo levaria a uma perda de osso horizontal
generalizada em todo o rebordo residual refletido, e não localizada no padrão de cunha
ao redor do implante, como é geralmente observada. Além disso, a perda de osso
generalizada seria observada diretamente na reabertura do implante, 4 a 6 meses após
a cirurgia de estágio I para instalação do implante. Até o momento, a perda óssea
generalizada raramente é observada na cirurgia de segundo estágio para reabertura
(Fig. 8-27). Portanto, a hipótese de reflexão do periósteo não parece ser o principal
agente causal da perda de osso marginal ao redor do implante.
FIGURA 8-27 Na cirurgia de estágio II para reabertura, o nível de
osso marginal frequentemente é similar ao do dia da cirurgia
inicial, e pode crescer sobre a parte coronal do implante. Como o
periósteo é refletido e o osso é preparado para instalar os
implantes na cirurgia de estágio I, a causa da perda de osso
marginal inicial que frequentemente ocorre pode não estar
relacionada com a reflexão do periósteo ou com o preparo da
osteotomia.
O espaço biológico para implantes foi relatado por Cochran et al. como sendo de
3,3 mm; no entanto, ao contrário da dimensão do espaço biológico para os dentes, eles
também incluíram a profundidade do sulco.74 Portanto, de acordo com esta teoria, a
perda óssea na crista de aproximadamente 2 mm ocorreria quando uma conexão pilar-
implante for colocada na crista do osso. A teoria do espaço biológico parece atrativa
para explicar a ausência de perda óssea proveniente do primeiro estágio cirúrgico e a
perda de osso inicial vista nos primeiros meses após o segundo estágio para instalação
do pilar mesmo quando o implante não está com carga.
Em uma região gengival típica do implante, somente dois dos grupos de fibras
gengivais são encontrados (fibras circulares e periosteogengivais), e nenhuma fibra
periodontal está presente64 (Fig. 8-34). Essas fibras não se inserem no corpo do
implante abaixo da margem do pilar, pois elas fazem isso apenas no cemento dos
dentes naturais.75 Em vez disso, as fibras colágenas da inserção de TC ao redor do
implante correm paralelas à superfície deste, e não perpendicularmente, como nos
dentes naturais.64,65 Os grupos de fibras gengivais e periosteais são responsáveis
pelo componente de inserção de tecido conjuntivo no espaço biológico ao redor dos
dentes e não estão presentes ao redor da região transosteal de um implante. Portanto,
o “espaço biológico” ao redor da conexão pilar-implante não deve ser comparado com a
inserção de TC de um dente.
Um estudo similar com o desenho do implante de estágio único foi executado por
Gotfredsen et al.83 No entanto, nesse estudo, os dois desenhos dos implantes eram
levemente diferentes. Um deles tinha uma superfície rugosa colocada na crista do osso
(similar ao estudo de Hermann et al.). O outro implante tinha uma superfície usinada de
2 mm posicionada abaixo do osso (similar ao relato de Hermann et al.). No entanto,
nesse caso, a primeira rosca usinada (em vez da superfície rugosa) foi colocada na
profundidade de 2 mm (Fig. 8-41). A resposta inicial para os implantes de superfície
rugosa posicionados na crista óssea não apresentou perda óssea marginal (Fig. 8-42),
diferentemente do implante de estágio único com metal usinado posicionado abaixo da
crista óssea (Fig. 8-43).
Causas Biomecânicas
Hipótese do Trauma Oclusal
Existe uma controvérsia quanto ao papel da oclusão na perda de osso observada
após a instalação da prótese sobre implante.48 A perda óssea abordada a partir do
trauma oclusal é a porção além do módulo da crista e abaixo da primeira rosca ou
condição de superfície rugosa do corpo do implante (em outras palavras, perda de osso
ao redor da porção do corpo do implante destinada a distribuir a carga oclusal; Fig. 8-
48). Alguns artigos afirmam que a perda de osso peri-implantar em implantes
osseointegrados está principalmente associada à formação ou complicações do espaço
biológico.49,50,84 Outros autores sugerem uma correlação da perda de osso na crista
com a sobrecarga oclusal.85-87 A determinação da etiologia da perda óssea ao redor
de implantes é necessária para minimizar sua ocorrência e promover a saúde peri-
implantar a longo prazo, o que pode determinar a sobrevida da prótese sobre
implante.88
FIGURA 8-48 A perda de osso após carga é medida desde a
primeira rosca ou a porção além da superfície rugosa do corpo do
implante. O implante na esquerda tem perda óssea além da
superfície rugosa e até a quarta rosca, e o implante na direita tem
perda óssea além da superfície rugosa que foi colocada na crista
e até a segunda rosca (Straumann ITI).
O trauma oclusal pode ser definido como uma lesão ao aparelho de inserção devido
a uma força oclusal excessiva.89 A associação do trauma oclusal e perda óssea ao
redor dos dentes naturais tem sido debatida desde que Karolyi sugeriu uma relação em
1901.90 Diversos autores concluíram que o trauma proveniente da oclusão é um fator
associado à perda óssea ao redor dos dentes naturais, embora o biofilme bacteriano
seja um agente necessário.91-95
Por outro lado, Waerhaug e muitos outros afirmaram que não existe correlação entre
o trauma oclusal e o grau de destruição do tecido periodontal.96 De acordo com Lindhe
et al., o “trauma” proveniente da oclusão não consegue induzir destruição do tecido
periodontal.97 O trauma oclusal pode levar à mobilidade dentária a partir de um insulto
ao ligamento periodontal, que pode ser transitória ou permanente, mas não afeta os
níveis ósseos da crista marginal ao redor do dente. Com a extrapolação deste
raciocínio, diversos autores concluíram que o trauma oclusal não está relacionado com
a perda óssea marginal ao redor do implante dental.98 No entanto, muitos artigos
concordam que o trauma oclusal pode causar o fracasso do implante. Portanto, a
questão é: o trauma oclusal pode causar a perda óssea na crista sem causar a perda
da interface completa osso/implante?
O trauma oclusal é uma condição que está mais sob o controle do dentista que os
fatores biológicos. O plano de tratamento, a posição do implante, o número de
implantes e o desenho oclusal podem afetar a magnitude, a direção e a duração da
carga oclusal. Para estabelecer uma correlação entre a perda de osso marginal e a
sobrecarga oclusal, foram analisados artigos relacionados com os princípios de
engenharia, propriedades mecânicas do osso, fisiologia do osso, biomecânica do
desenho do implante, estudos animais e relatos clínicos.87
Princípios da Engenharia
A biomecânica celular e a relação da incompatibilidade do módulo de elasticidade entre
o titânio e o osso foram previamente apresentadas neste capítulo. Portanto, a tensão
pode causar a perda óssea a partir do excesso de microdeformação no osso, e a
interface completa pode romper-se e causar fracasso do implante.
A análise de feixe de compósitos é um princípio da engenharia que estabelece que
quando dois materiais de diferentes módulos de elasticidade são colocados juntos sem
nenhum material interferente e um é carregado, um aumento da concentração da
tensão será observado onde os dois materiais entram em contato primeiro.99 Na
interface osso/implante, o aumento do contorno da tensão de maior magnitude está na
região da crista óssea. Esse fenômeno foi observado em ambas as análises de
elemento finito fotoelástico e tridimensional (Figs. 8-49 e 8-50) Quando implantes foram
carregados dentro de um simulador de osso, observou-se que tensões maiores podem
levar à deformação acima da zona de sobrecarga patológica e causar perda óssea na
crista. A perda óssea marginal observada clínica e radiograficamente ao redor dos
implantes após carga oclusal segue um padrão similar aos perfis de tensão desses
estudos.100
FIGURA 8-49 Uma análise tridimensional de elemento finito de
um implante de titânio em um modelo de osso após carga axial. O
padrão em forma de V da deformação é maior na região da crista
e diminui em intensidade conforme a tensão é dissipada ao longo
do comprimento do implante.
FIGURA 8-50 Um estudo fotoelástico de um implante com carga
em um simulador de osso demonstra que o aumento nos perfis da
tensão ocorre principalmente na região da crista.
Um relato clínico de Appleton et al. demonstrou que implantes unitários com carga
progressiva na região de primeiro pré-molar em seres humanos exibiram maior aumento
de densidade óssea na metade coronal da interface do implante e menos perda óssea
marginal em comparação com implantes sem carga progressiva na mesma região do
maxilar e no mesmo paciente no lado contralateral101,102 (Fig. 8-53). O aumento da
densidade óssea está relacionado com o aumento na resistência do osso, o aumento
no módulo de elasticidade e a diminuição na perda óssea marginal. Logo, essas
entidades estão relacionadas entre si e suportam que a perda óssea marginal pode
estar relacionada com tensão oclusal (e a resistência do osso).
FIGURA 8-53 Menor perda óssea marginal e um aumento na
densidade óssea estavam presentes em um estudo humano ao
redor de implantes com carga progressiva na região de primeiro
pré-molar superior.
Estudos Animais
Diversos estudos experimentais demonstram a capacidade de o tecido ósseo responder
a um implante dental. Por exemplo, Hoshaw et al., usando fêmur de cães, inseriram
implantes dentais perpendicularmente ao longo do eixo do osso e perpendicular à
direção dos ósteons.103,104 Após aplicar uma carga de tensão nos implantes por
apenas 5 dias, as células ósseas reorganizaram-se para seguir o padrão das roscas do
implante e resistir à carga. Esse padrão ósseo único foi observado por 3 a 4 mm ao
redor dos implantes. A perda de osso na crista também foi notada ao redor desses
implantes carregados e não carregados e explicada como sobrecarga da tensão (Fig. 8-
54). Para rearranjar sua estrutura osteal, o osso deve remodelar-se. O processo de
remodelação nesse relato foi em resposta à carga biomecânica. Logo, a carga
biomecânica pode deformar o osso, o que pode resultar em remodelação óssea ao
redor do implante para modificar sua estrutura ou causar perda óssea na região da
crista (onde maiores deformações são evidentes).
Duyck et al. usaram um modelo em cães para avaliar a perda de osso marginal ao
redor de implantes dentais parafusados sem carga (controles), com carga estática e
carga dinâmica.108 Os implantes com carga dinâmica foram os únicos que
apresentaram perda de osso marginal. Como as únicas variáveis nesses dois estudos
foram a intensidade ou o tipo de carga oclusal aplicada nos implantes, esses estudos
experimentais sugerem que a carga oclusal dinâmica pode ser um fator importante na
perda de osso marginal ao redor de implantes dentais com fixação rígida. Esses
estudos também questionam a perda óssea “biológica”, pois os implantes com carga
estática não perderam osso, e a variação da perda óssea foi diretamente relacionada
com a quantidade de tensão.
Relatos Clínicos
Relatos clínicos têm mostrado um aumento na perda de osso marginal ao redor de
implantes próximo a um cantiléver usado para restaurar a dentição ausente109-111
(Fig. 8-56). O comprimento do cantiléver e o aumento da tensão oclusal na
proximidade do pilar protético estão diretamente relacionados e sugerem que o
aumento da perda óssea marginal pode estar associado a tensões oclusais112 (Fig. 8-
57). Quirynem et al. avaliaram 93 pacientes com restaurações sobre implantes e
concluíram que a quantidade de perda de osso na crista estava associada à carga
oclusal.85 Esses autores também relataram maior perda de osso na crista ao redor de
implantes em pacientes sem contato oclusal anterior e presença de hábitos
parafuncionais em próteses totais fixas em ambas as arcadas. Nenhum contato oclusal
anterior refere-se ao grupo da função oclusal que aumenta a força (tensão) durante as
excursões mandibulares. Os hábitos parafuncionais também aumentam a força e a
duração da carga. Em um estudo com 589 implantes consecutivos, Naert et al.
sugeriram que a sobrecarga a partir de hábitos parafuncionais pode ser a causa mais
provável de perda do implante e perda óssea marginal após carga113 (Fig. 8-58).
Rangert et al. notaram que as cargas oclusais nos implantes podem agir como um
momento de angulação, o qual aumenta a tensão no nível ósseo marginal e pode
causar fratura do corpo do implante.114 Antes da fratura do corpo do implante, a perda
óssea marginal foi notada nessa avaliação clínica retrospectiva (Fig. 8-59). A mesma
tensão oclusal que causou a fratura do implante é a causa lógica da perda de osso
peri-implantar antes do evento.
FIGURA 8-59 A, Um implante com perda óssea até a sétima
rosca após carga oclusal. B, Poucos meses depois, o implante
fraturou.
Fisiologia do Osso
O osso é menos denso e mais fraco no estágio 2 da cirurgia do implante do que nos 6 a
12 meses após a aplicação de carga protética.129 O osso é 60% mineralizado aos 4
meses e leva 52 semanas para completar sua mineralização.130 O osso parcialmente
mineralizado é mais fraco que o completamente mineralizado. Além disso, a
organização microscópica do osso progride durante o primeiro ano. O osso reticulado é
desorganizado e mais fraco que o osso lamelar, o qual é organizado e mais
mineralizado. O osso lamelar se desenvolve vários meses após o reparo com osso
reticulado ter substituído o osso desvitalizado devido ao trauma de inserção cirúrgica
ao redor do implante.129 Os níveis de tensão oclusal podem ser altos o suficiente para
causar microfratura ou sobrecarga no osso reticulado durante o primeiro ano, mas o
aumento na resistência do osso alcançada após a completa mineralização e
organização pode ser capaz de resistir aos mesmos níveis de tensão durante os anos
subsequentes.
Assim que os fatores de força funcionais são aplicados sobre o implante, o osso
circundante pode se adaptar às tensões e aumentar sua densidade, especialmente na
metade coronal do corpo do implante nos primeiros 6 meses a 1 ano de carga. Em um
estudo histológico e histomorfométrico em macacos, Piattelli et al. descreveram as
reações aos implantes não submersos com carga e sem carga.131 O osso modificou
seu padrão trabecular fino após a cicatrização inicial para um padrão trabecular mais
denso e grosso após a carga, especialmente na metade coronal da interface do
implante (Fig. 8-63). Hoshaw carregou implantes rosqueados em cães com carga de
tensão e notou que o padrão de osso trabecular fino se tornou trabecular grosso ao
redor do implante.103,104 Além disso, o osso se reorganizou para uma condição mais
favorável, para sustentar a direção e o tipo de carga oclusal.
O osso trabecular fino é menos denso que o osso trabecular grosso.38 Como a
densidade do osso está diretamente relacionada com sua resistência e com o módulo
de elasticidade, a resistência óssea marginal e a diferença biomecânica entre o titânio e
o osso podem diminuir gradativamente durante a fase de carga funcional.
Dependendo da intensidade, as tensões aplicadas ao osso peri-implantar podem
causar reabsorção óssea cervical durante o primeiro ano. Todavia, as tensões
aplicadas abaixo da crista óssea têm menor magnitude e podem corresponder à
deformação fisiológica que permite ao osso ganhar densidade e resistência (Figs. 8-48
e 8-64). Como resultado, a carga oclusal que causa inicialmente a perda de osso
(sobrecarga) não é grande o suficiente para causar perda óssea continuada, uma vez
que o osso matura e se torna mais denso.
Discussão
A perda óssea marginal tem sido observada por décadas ao redor da porção
transmucosa dos implantes dentais. Hipóteses para as causas de perda óssea na crista
têm incluído reflexão do periósteo durante a cirurgia, preparo da osteotomia do
implante, posição do microespaço entre o pilar e o corpo do implante, invasão
bacteriana, estabelecimento de um espaço biológico, desenho da condição da
superfície do módulo da crista do implante e sobrecarga oclusal.
A chave para a causa mais provável de perda óssea marginal ao redor do implante é
o período de tempo sob revisão. Os períodos de tempo de uma abordagem de implante
de dois estágios podem ser divididos em cinco fases: (1) fase cirúrgica (primeiro dia da
cirurgia até a fase de reabertura); (2) abertura do implante até a carga protética; (3)
período de carga inicial da prótese; (4) período intermediário (1 a 5 anos); e (5) período
prolongado (mais de 5 anos) (Quadro 8-5).
Os clínicos apresentam certas variáveis sob seu controle que podem influenciar a
quantidade de perda de osso peri-implantar. A posição do microespaço em relação à
crista óssea e o desenho do módulo da crista do implante estão, principalmente, sob
controle do cirurgião. O plano de tratamento, a carga oclusal e o desenho do corpo do
implante influenciam as fases 3 e 4 deste período de tempo. Por outro lado, a resposta
autoimune ou bacteriana do paciente e a resposta do paciente ao trauma cirúrgico da
instalação do implante são variáveis que podem escapar do controle do dentista.
Resumo
A literatura associada à biomecânica celular, princípios de engenharia, diferenças na
perda óssea relacionada com densidade óssea, estudos animais e relatos clínicos,
todos substanciam que a sobrecarga oclusal pode ser um fator etiológico da perda de
osso peri-implantar. A literatura sobre dispositivos para reposição de articulação
ortopédica claramente indica que a tensão e a sobrecarga biomecânica contribuem
para a perda óssea na interface do implante. O aumento da mineralização e a
organização óssea durante o primeiro ano, o aumento da densidade óssea na interface
do implante e a mudança do tipo de força na primeira rosca do corpo do implante são
fatores que podem parar o fenômeno de perda óssea após a perda marginal inicial.
Embora esse conceito de sobrecarga oclusal não anule os outros fatores relacionados
com a perda de osso marginal, ele é mais dependente do clínico que a maior parte dos
outros parâmetros. Os planos de tratamento que enfatizam a redução da tensão oclusal
sobre a prótese são, portanto, mandatórios.
Após a colocação da prótese final no paciente, muitos eventos responsáveis pela
perda óssea marginal já ocorreram, mas outros como sobrecarga oclusal e sua relação
com a qualidade do osso persistem. A sobrecarga oclusal é o fator mais dependente do
controle do dentista por meio de um plano de tratamento de redução da tensão (i.e.,
posições determinantes dos implantes e número de implantes), desenho do implante e
fisiologia oclusal. Como existe uma relação entre sobrecarga oclusal e perda óssea
marginal, abordagens para reduzir a tensão na interface do implante parecem
apropriadas.
Desenho da Prótese
Pacientes parcial ou completamente edentados desejam dentes, e não implantes. O
resultado final (a prótese) deveria ser visualizado antes da seleção da base (os
implantes). O desenho da prótese está associado a um número de fatores. Quase todos
os tratamentos para pacientes parcialmente edentados são planejados com
restauração fixa. A restauração fixa deve considerar o tecido mole e se ele necessita de
uma abordagem de reposição cirúrgica ou protética.
Pacientes edentados totais devem ser tratados com uma sobredentadura removível
ou prótese fixa. Em ambas as abordagens, a perda óssea oriunda da perda dentária e
métodos para reduzir o avanço da perda óssea são parte do plano de tratamento. A
maior parte dos pacientes deve eventualmente ter uma restauração totalmente
suportada por implante
Densidade Óssea
A densidade óssea está diretamente relacionada com a resistência do osso. Misch et al.
descreveram as propriedades biomecânicas de quatro densidades ósseas diferentes
nos maxilares.138 O osso cortical denso (D1) é 10 vezes mais forte que o osso
trabecular fino e macio (D4). O osso D2 é aproximadamente 50% mais forte que o osso
D3. Além disso, a rigidez do osso é afetada pela densidade óssea. O módulo de Young
para osso compacto é 10 vezes maior que para o osso trabecular. Quanto mais denso o
osso, mais rígido, e menos diferença biomecânica para o titânio durante a carga.
Quando o osso é macio, é necessário modificar o número, o tamanho e o desenho
do implante para aumentar a área. No osso macio, a carga óssea progressiva altera a
densidade do contato implante/osso. É permitido ao osso responder ao aumento
gradual da carga oclusal. Isso aumenta a qualidade do osso na interface do implante e
melhora todo o mecanismo do sistema de suporte.
Número de Implantes
Os planos de tratamento devem incorporar métodos para reduzir a tensão e minimizar
suas complicações iniciais e a longo prazo. Vários parâmetros são de controle do
dentista para melhorar o ambiente da região transmucosa a fim de direcionar a tensão
em relação aos implantes endosteais. A definição de tensão é força dividida pela área
funcional sobre a qual é aplicada. Uma abordagem biomecânica para diminuir a tensão
é para aumentar a área de superfície do sistema de suporte do implante.128
A tensão total no sistema do implante pode ser reduzida pelo aumento da área sobre
a qual a força é aplicada. O método mais efetivo para aumentar a área de superfície do
suporte do implante é aumentar o número de implantes usados para suportar a prótese
(Fig. 8-32). Por exemplo, Bidez e Misch demonstraram que a força distribuída sobre três
pilares resulta em menos tensão localizada no osso marginal que dois pilares.142 Esse
estudo se aplica somente a implantes que são esplintados. Portanto, o número de
pônticos deve ser reduzido e o número de pilares aumentado sempre que as forças
estão aumentadas, em comparação com um plano de tratamento para um paciente
ideal com mínimos fatores de força.
A retenção da prótese também é melhorada com um maior número de pilares
esplintados. Essa abordagem também diminui a incidência de restaurações sem
retenção. Implantes esplintados também diminuem a possibilidade de fratura da
porcelana. A quantidade total de tensão no sistema é reduzida, e as bordas marginais
da coroa sobre implante são suportadas por conectores de coroas esplintadas,
resultando em forças compressivas, em vez de cargas de cisalhamento na porcelana.
O senso clínico comum indica que é melhor errar com um implante extra do que errar
por menos. A instalação de poucos implantes pode levar ao fracasso de todo o
tratamento. Um implante a mais, e raramente um problema ocorre. Instalar um implante
para cada raiz vestibular raramente é indicado, apesar do número total de fatores de
risco. No entanto, um implante para cada dente ausente pode ser indicado nas regiões
posteriores da boca para um homem grande e jovem com parafunção grave.
Raramente, mais de 10 implantes são necessários no arco edentado total, e mais
raramente menos de cinco implantes são sugeridos.
Tamanho do Implante
Um implante de comprimento excessivo não é crítico para a interface do osso marginal
em osso de boa qualidade, mas sim para a estabilidade inicial e a quantidade total da
interface osso/implante.143 O maior comprimento também fornece resistência ao torque
ou forças de cisalhamento quando os pilares protéticos são parafusados em
posição.144 Contudo, o comprimento extra contribui pouco para diminuir a tensão que
ocorre na região transosteal ao redor do implante na crista do rebordo durante a carga
oclusal.145,146 O comprimento excessivo do implante não é um método efetivo para
diminuir a tensão proveniente dos fatores de força, com a exceção da carga imediata ou
pobre qualidade óssea.
Por outro lado, com o controle biomecânico apropriado, implantes curtos podem ter
maiores índices de falha após a carga.39 Portanto, o plano de tratamento inicial deve
usar implantes com pelo menos 10 mm de comprimento; 12 a 15 mm é mais ideal. Os
ossos do tipo mais macio requerem implantes mais longos que os ossos mais densos.
A área de superfície de cada implante está diretamente relacionada com a largura do
implante. Implantes mais largos em forma de raiz têm maior área de contato ósseo que
implantes estreitos (de desenho similar), como resultado da sua maior área de contato
ósseo circunferencial. A cada 0,25 mm de aumento no diâmetro do implante, a área de
superfície total pode aumentar cerca de 5 a 10% no corpo de um implante cilíndrico. O
aumento da largura do osso pode ser indicado para aumentar o diâmetro do implante
em 1 mm quando os fatores de força são maiores que o ideal. Além disso, tem sido
sugerido que, para reduzir a tensão, o aumento do diâmetro do implante pode ser mais
efetivo que o aumento do seu comprimento.147 O suporte adicional de implante obtido
com o aumento do seu diâmetro não apenas diminui a tensão, mas também diminui a
probabilidade de fratura do implante e reduz a força no parafuso do pilar, o que resulta
em menor perda do parafuso.
É interessante notar que os dentes naturais são mais estreitos nas regiões
anteriores da boca, em que a quantidade de força gerada é menor. Os dentes naturais
aumentam em diâmetro na região de pré-molar e novamente na região de molar, pois a
quantidade de força aumenta, totalizando 300% de aumento de área de superfície
desde os dentes anteriores inferiores até os molares superiores. O comprimento das
raízes dos dentes naturais não aumenta da região anterior para posterior no arco, mas
seu corte transversal aumenta.
Osso Disponível
Uma vez que os estágios anteriores da sequência do plano de tratamento tenham sido
determinados, o osso disponível nas regiões potenciais para implantes é avaliado. Se
osso adequado está presente para instalar os implantes pré-selecionados na posição,
número e tamanho, a sequência de tratamento prossegue para o próximo fator. Se o
osso disponível não está presente, o aumento ósseo ou sua modificação é necessário.
Se essas opções não são possíveis, a sequência de tratamento se inicia novamente,
começando pelo desenho da prótese.
No passado, o osso disponível foi a primeira condição avaliada, e o número e a
posição dos implantes eram determinados a partir desta condição, com pouca
consideração ao desenho da prótese ou tamanho do implante.17 Essa abordagem do
plano de tratamento frequentemente levou a altos índices de complicações
relacionados com condições de tensões aumentadas
Desenho do Implante
O macrodesenho do implante pode afetar a área de superfície mais que o aumento da
largura. Um implante cilíndrico (forma de bala) fornece 30% menos área de superfície
que um implante rosqueado convencional do mesmo tamanho. Strong et al.
identificaram 11 variáveis diferentes que afetam a área de superfície funcional total de
um implante.148 Um implante rosqueado com 10 roscas por 10 mm tem mais área de
superfície que um com cinco roscas. Uma rosca com profundidade de 0,2 mm tem
menor área de superfície que um implante com 0,4 mm. Portanto, o desenho do
implante pode ser o método mais fácil para aumentar a área de superfície de modo
significativo e diminuir o risco total na interface do implante.
Resumo
A compreensão da etiologia das complicações mais comuns tem levado ao
desenvolvimento do plano de tratamento com base no teorema da tensão. Após o
implantodontista ter identificado as fontes de força no sistema do implante, o plano de
tratamento pode ser desenhado para minimizar o seu impacto negativo no implante,
osso e restauração definitiva. Sob essas condições, uma solução consistente é um
aumento na área de superfície implante/osso. Implantes adicionais são a solução de
escolha para diminuir a tensão, junto ao aumento da largura ou altura do implante e o
uso de mais implantes para diminuir o número de pônticos e dissipar tensões mais
efetivamente para a estrutura óssea, especialmente na crista. A retenção da prótese
definitiva ou da superestrutura é adicionalmente melhorada com pilares adicionais. A
quantidade de osso em contato com o implante é aumentada conforme é multiplicado o
número de implantes.
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CAPÍTULO 9
Opções Protéticas
Em 1989, Misch propôs cinco opções protéticas para implantodontia12 (Tabela 9-1). As
três primeiras opções são PF, as quais podem substituir a dentição parcial (um dente ou
vários) ou total, e podem ser cimentadas ou aparafusadas. Essa classificação pode ser
utilizada para facilitar a comunicação entre os membros da equipe, incluindo o
laboratório e o paciente. Essas opções de próteses dependem da quantidade de
estruturas de tecido duro e mole a serem substituídas e os aspectos da prótese na
zona estética. É comum a todas as opções fixas a impossibilidade de o paciente
remover a prótese. Os outros dois tipos de próteses sobre implantes desta classificação
são PR; elas dependem da quantidade de suporte do implante, retenção e estabilidade,
e não da aparência da prótese.
Tabela 9-1
Classificação Protética
Tipo Definição
De Misch CE: Bone classification training keys, Dent Today 8:39-44, 1989.
Prótese Fixa
PF-1
Uma PF-1 é uma restauração fixa que substitui apenas as coroas anatômicas dos
dentes naturais ausentes. Para fabricar este tipo de restauração, deve haver uma perda
mínima de tecidos duros e moles (Fig. 9-2). O volume e a posição de osso residual
devem viabilizar a colocação ideal do implante em uma localização semelhante à raiz
de um dente natural (Fig. 9-3). A restauração final é muito parecida, em tamanho e
contorno, com a maioria das PF tradicionais usadas para restaurar ou substituir coroas
naturais de dentes.
FIGURA 9-2 Os dentes naturais saudáveis têm osso e tecido
mole ideal abundante. Os tecidos duro e mole devem ser ideais
para permitir melhor estética.
FIGURA 9-3 O osso e o tecido mole devem ter volume e posição
ideais para se obter uma aparência final para a restauração PF-1.
Quando vários dentes são repostos, geralmente é necessário um
aumento de osso e tecido para se obter uma prótese PF-1.
A mesa oclusal da coroa também deve ser modificada em regiões não estéticas
conforme o tamanho e a posição do implante e para dirigir as forças verticais para o
corpo do implante. Por exemplo, próteses implantossuportadas na região posterior da
mandíbula têm mesas oclusais estreitas em detrimento do contorno vestibular, porque o
implante contém menor diâmetro e é colocado na região de fossa central do dente.13
Dentes posteriores da maxila frequentemente têm suas mesas oclusais reduzidas pelo
aspecto palatino, visto que a cúspide vestibular está muitas vezes dentro da zona
estética (Fig. 9-5).
FIGURA 9-5 Este arco total de prótese tem o contorno de coroas
posteriores mais estreito que os dentes naturais, porque o
diâmetro dos implantes em relação aos dentes é reduzido. Como
regra geral, o arco maxilar tem contorno lingual reduzido e, na
mandíbula posterior, o contorno bucal também é reduzido.
A posição baixa do lábio é avaliada durante sons sibilantes da fala (p. ex.,
Mississippi). Não é incomum para os pacientes mostrar menos os dentes anteriores
mais baixos durante o sorriso, especialmente em pacientes mais jovens. Os pacientes
mais velhos são mais propensos a mostrar os dentes anteriores e a gengiva durante a
fala, com os homens mostrando mais que as mulheres (Fig. 9-8).
FIGURA 9-8 A estética de dentes mandibulares anteriores é
avaliada principalmente durante sons sibilantes na fala, e os
pacientes mais velhos mostram mais dentes que pacientes mais
jovens.
Durante a fala, a posição do lábio inferior não é tão afetada quanto a do lábio
superior durante a linha alta do sorriso. Raramente, os pacientes mais jovens ou de
meia-idade mostram a gengiva inferior durante a fala. Apenas 10% dos pacientes mais
velhos mostram tecidos moles da mandíbula durante a fala. Assim, restaurações PF-2
na mandíbula são comuns e, em geral, não têm comprometimento estético14,15 (Fig. 9-
11).
Uma restauração total PF-2 não necessita de uma posição específica do implante na
posição distal ou mesial, porque o contorno cervical não é exibido. A posição do
implante pode ser escolhida em relação à largura do osso, angulação ou considerações
de higiene, em vez de exigências puramente estéticas (quando comparada à prótese
PF-1). Na ocasião, o implante pode ser colocado em um espaço interdentário. Isso
geralmente ocorre na substituição dos dentes anteriores inferiores ou em restaurações
fixas de arco total. Se isso ocorrer, os dois terços incisais das duas coroas devem ser
ideais em largura, como se o implante não estivesse presente. Apenas a região cervical
fica comprometida. Embora o implante não seja posicionado na posição mesiodistal
favorável, ele deve ser colocado na face lingual correta para garantir que contorno,
higiene e direção de forças não sejam comprometidos (Fig. 9-12).
FIGURA 9-12 Quase todos os implantes estão em regiões
interproximais na restauração PF-2. O técnico confeccionou a
restauração sem considerar a posição mesiodistal do implante.
O material de escolha para uma prótese PF-2 é o metal precioso com porcelana. A
quantidade e o contorno do metal trabalhado são diferentes para uma prótese PF-1 e
mais relevantes na prótese FP-2, por causa da quantidade de volume adicional do
dente a ser reposto, aumentando o risco de falta de suporte da porcelana na prótese
final, quando o metal é subcontornado.
PF-3
A restauração fixa PF-3 substitui as coroas de dentes naturais e tem materiais
restauradores cor-de-rosa para substituir a porção de tecido mole, especialmente a
papila interdental. Como ocorre com a prótese PF-2, a altura óssea original disponível
foi reduzida pela reabsorção natural ou osteoplastia no momento da colocação do
implante. Para posicionar a borda incisal dos dentes corretamente com relação à
estética, função, suporte labial e fala, a dimensão vertical excessiva a ser restaurada
requer que os dentes tenham um comprimento que não parece natural. No entanto,
diferentemente das próteses PF-2, o paciente pode ter uma linha labial maxilar alta
durante o sorriso ou uma linha labial baixa durante a fala. Como consequência, a faixa
de tecido mole deve também ser substituída. Substituição protética da faixa de tecido
mole (prótese PF-3) é mais frequentemente desejável quando vários dentes adjacentes
estão ausentes (Fig. 9-13).
FIGURA 9-13 Restaurações fixas têm três categorias: PF-1, PF-2
e PF-3. O tipo de restauração está relacionado com o contorno
da restauração. (PF-1 é ideal, PF-2 é hipercontornada e FP-3
repõe a gengiva com cerâmica rosa ou acrílico.) A diferença entre
PF-2 e PF-3 é mais frequentemente relacionada com a posição
elevada do lábio durante o sorriso ou a posição do lábio inferior,
durante os sons sibilantes da fala. Restaurações PF-2 e PF-3
requerem mais suporte na área de superfície do implante, pelo
incremento de número ou tamanho do implante.
A linha alta do sorriso ideal ocorre em cerca de 70% da população e mostra a papila
interdental dos dentes anteriores da maxila, mas não no tecido mole acima das regiões
mediocervicais (Fig. 9-14). Aproximadamente 7% dos homens e 14% das mulheres têm
um sorriso alto ou “gengival” e exibem a papila interdental e ao menos alguns dos
tecidos gengivais acima da margem gengival livre dos dentes.14 Pacientes nas
categorias de linha alta do sorriso devem ter o tecido mole substituído em ambas as
próteses (Figs. 9-15 e 9-16).
FIGURA 9-14 Um sorriso que expõe as papilas interdentais, mas
não o tecido cervical, é ideal e encontrado em 70% dos
pacientes. A linha de sorriso baixa não mostra tecido mole
durante o sorriso e é visto em 20% dos pacientes (mais homens
que mulheres). Uma linha de sorriso alta expõe papilas
interdentais e as regiões cervicais acima dos dentes, e é
observada em 11% dos pacientes (mais em mulheres que nos
homens). (Adaptado de Tjan AH, Miller GD, The JG: Some
esthetic factors in a smile, J Prosthet Dent 51: 24-28, 1984.)
FIGURA 9-15 A, Uma vista intraoral de uma restauração PF-3
mostrando como repor a papila interdental com porcelana rosa.
B, A linha alta do lábio superior durante o sorriso mostra a região
de papila interdentária na parte anterior da maxila. Portanto, as
próteses fixas mostrando as regiões gengivais na zona estética
reposta pela cirurgia de tecido mole ou, como neste caso, com
uma restauração final (PF-3).
FIGURA 9-16 A, Uma prótese maxilar e mandibular PF-3 com
porcelana rosa em uma restauração metalocerâmica. B, Vista
intraoral de uma prótese maxilar PF-3. A porcelana rosa
possibilita que os dentes apareçam com tamanho normal.
O paciente pode ter maiores demandas estéticas mesmo quando os dentes estão
fora das zonas estéticas de sorriso e fala. Os pacientes se queixam de que dentes
maiores não parecem naturais, mesmo quando os lábios não precisam ser afastados
para que se possa enxergá-los. Como resultado da restauração gengival na PF-3, os
dentes têm uma aparência mais natural em tamanho e formato, e a cerâmica rosa
mimetiza a papila interdental e a emergência da região cervical (Fig. 9-17). A adição de
resina acrílica ou de porcelana rosa para dar um aspecto mais natural na PF é indicada
em implantes com múltiplos pilares, pois a perda óssea é comum nessas condições, e a
faixa de tecido mole raramente aparece (Fig. 9-18).
FIGURA 9-17 Uma prótese mandibular total fixa PF-3. Os dentes
parecem de tamanho normal, e o paciente pode escolher essa
opção mesmo que o recobrimento de tecido mole não esteja
exposto durante o discurso.
Existem basicamente duas abordagens para uma prótese PF-3: (1) uma restauração
híbrida com dentes em acrílico e infraestrutura metálica,16 ou (2) uma restauração de
porcelana com metal (Fig. 9-19). Uma prótese PF-3 de porcelana com metal é mais
difícil de ser fabricada pelo técnico de laboratório do que uma prótese PF-2. Com a
resina acrílica ou porcelana rosa, é mais difícil de expor o tecido mole e, em geral,
requer mais ciclos de cozimento. Isso aumenta o risco de porosidade ou fratura da
porcelana.
Próteses Removíveis
Existem dois tipos de PR com base em suporte, retenção e estabilidade da
prótese10,19 (Tabela 9-1) (Fig. 9-20). Os pacientes são capazes de remover a prótese,
mas não a supraestrutura implantossuportada. A diferença nas duas categorias de
próteses removíveis não está na aparência (como é nas categorias fixas). Em vez disso,
as duas categorias são determinadas principalmente pela quantidade de suporte de
implante.
FIGURA 9-20 Existem dois tipos de próteses removíveis com
relação à quantidade de suporte sobre os implantes. As próteses
PR-4 têm uma supraestrutura em ambas as regiões anterior e
posterior. Na mandíbula, a superestrutura da barra muitas vezes
está em cantiléver dos implantes posicionados entre os forames.
A prótese PR-4 na maxila geralmente tem mais implantes e um
pequeno ou nenhum cantiléver. A prótese PR-5 tem,
principalmente, apoio nos implantes anteriores e no suporte de
tecido mole posterior na maxila ou na mandíbula. Muitas vezes,
são necessários menos implantes, e enxerto ósseo é pouco
indicado.
PR-4
PR-4 é uma PR completamente suportada por implantes, dentes ou ambos.25 A prótese
é rígida quando inserida: as conexões da sobredentadura normalmente conectam a PR
a uma barra de baixo perfil ou a uma infraestrutura que une os pilares de implantes. Em
geral, são necessários cinco a sete implantes na mandíbula e seis a oito implantes na
maxila para confeccionar as próteses PR-4 completamente implantossuportadas nos
pacientes com critérios dentários favoráveis (Fig. 9-21).
FIGURA 9-21 A, Uma restauração PR-4 é uma prótese removível
(normalmente uma sobredentadura) que é completamente
implantossuportada. Neste paciente, a restauração mandibular
tem cinco implantes entre o forame mental e uma barra em
cantiléver nas regiões posteriores. A prótese é rígida durante a
função e, por isso, requer atenção à posição do implante, e um
número de implantes similar ao de uma restauração PF-3. B, A
sobredentadura mandibular para uma prótese PR-4 tem anexos
que possibilitam uma restauração rígida durante a função. C,
Vista intraoral de uma prótese PR-4 que se assemelha a uma
dentadura mandibular, mas é rígida durante a função.
PR-5
A PR-5 é uma prótese removível que combina o suporte do implante com o tecido mole.
A quantidade de suporte de implante é variável.10 As sobredentaduras mandibulares
podem ter: (1) dois dos três implantes anteriores independentes uns dos outros,
principalmente para retenção; (2) implantes unidos na região dos caninos para
aumentar a retenção e a estabilidade; (3) três implantes unidos na área dos pré-
molares e incisivos centrais, para proporcionar melhor retenção e estabilidade lateral;
ou (4) quatro ou cinco implantes unidos com uma barra em cantiléver para melhorar a
retenção, a estabilidade e o suporte e reduzir a quantidade de cobertura de tecido mole
necessário para o suporte da prótese. A principal vantagem de uma prótese PR-5 é o
custo reduzido, pois menos implantes podem ser inseridos em comparação com uma
prótese fixa; além disso, há menos demanda por enxerto ósseo, muitas vezes
necessário para instalar implantes. A prótese é muito semelhante a sobredentaduras
tradicionais suportadas por dentes naturais (Fig. 9-22).
FIGURA 9-22 Vista intraoral de três implantes mandibulares
inseridos na região interforame. Uma barra conecta os implantes
e pode dar suporte a uma sobredentadura mandibular PR-5. O
apoio dos tecidos moles da restauração é necessário nas regiões
posteriores, porque a posição e o número de implantes não
permitem uma prótese totalmente implantossuportada.
Uma prótese pré-implante pode ser fabricada de modo a avaliar a dimensão vertical
de oclusão ou garantir a estética e a satisfação do paciente.17 Essa técnica é
especialmente indicada para pacientes com necessidades e expectativas acentuadas
com relação a resultados estéticos finais ou com redução grave da dimensão vertical. O
implantodontista pode também utilizar essa prótese como um guia para a instalação de
implantes. O paciente pode também usar a prótese durante a fase de cicatrização. Após
os implantes serem expostos, a supraestrutura é confeccionada de acordo com o plano
de tratamento restaurador. Uma vez que esse processo tenha sido executado, a
prótese existente pode ser convertida para PR-4 ou PR-5.
O clínico e o paciente devem perceber que o osso continuará a reabsorver nas
regiões de tecidos moles da prótese. Reembasamentos e ajustes oclusais serão
comuns na manutenção de uma prótese PR-5.
A reabsorção óssea nas regiões posteriores com próteses PR-5 pode ocorrer de
modo duas a três vezes mais rápido que a reabsorção encontrada nas próteses totais.5
Esse fator é importante quando se considera esse tipo de tratamento em pacientes
jovens, apesar do menor custo e baixo índice de insucesso do tratamento.
Conclusão
Na odontologia tradicional, a restauração reflete a condição existente do paciente.
Pilares naturais existentes são avaliados primeiro, e uma prótese fixa ou removível é
confeccionada de acordo com a situação. A implantodontia é única porque bases
adicionais podem ser criadas para resultados protéticos desejados. Assim, é necessário
determinar as necessidades psicológicas, anatômicas e expectativas do paciente. A
prótese que satisfaça tais metas e elimine os problemas existentes pode então ser
desenhada. Considera-se que a prótese pode ser fixa ou removível para pacientes
totalmente edentados, e próteses fixas estão previstas para a maioria dos pacientes
parcialmente edentados.
Se apenas uma abordagem de próteses sobre implantes fosse usada para todos os
pacientes, as mesmas situações e erros cirúrgicos e protéticos seriam invariavelmente
repetidos. Por exemplo, a inserção de dois ou três implantes em todas as mandíbulas
edentadas, independentemente das condições intra e extraorais; a confecção de uma
prótese PR-5 também levaria a um resultado oposto às necessidades e desejos do
paciente.
Os benefícios da implantodontia podem ser alcançados somente quando a prótese é,
primeiramente, discutida e determinada. Uma abordagem organizada de tratamento
com base na prótese possibilita resultados previsíveis de tratamento. Existem cinco
opções protéticas na implantodontia: três são fixas e variam na quantidade de tecido
mole e duro substituído; duas são removíveis e baseiam-se na quantidade de suporte
necessário para a prótese.
O suporte necessário para a prótese de um implante deve ser, inicialmente,
desenhado de modo semelhante às restaurações tradicionais suportadas por dentes
naturais. Uma vez que a prótese tenha sido corretamente projetada, os implantes e o
tratamento com relação a esse resultado podem ser estabelecidos. Por exemplo, uma
prótese PF-1, quando desejada, pode ter um implante estreito inserido em vez de
osteoplastia e um implante de maior diâmetro (Fig. 9-23). Como regra geral, uma
prótese PF-3 exige mais apoio de implantes que uma restauração PF-1.
FIGURA 9-23 Uma restauração PF-1 (à esquerda) exige mais
altura óssea que uma prótese PF-3. Uma restauração PF-3 tem
maior altura da coroa e, muitas vezes, requer mais apoio do
implante quando um cantiléver ou uma carga lateral é aplicado à
prótese.
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CAPÍTULO 10
Quanto maior a força biomecânica, menor o número de ciclos até a fratura, por isso a
incidência aumenta enquanto a força aumenta. Diferentes condições dos pacientes
geram diferentes quantidades de força em magnitude, duração, tipo e direção. Além
disso, vários fatores podem multiplicar o número de ciclos de carga ou aumentar o
efeito dessas outras condições.
Depois que a opção de prótese e a posição do implante são determinadas, os níveis
potenciais de força que serão exercidas sobre a prótese devem ser avaliados e
contabilizados, a fim de modificar o plano de tratamento. Vários elementos observados
durante a avaliação dentária determinam forças adicionais nos pilares dos implantes. A
sobrevida inicial do implante, a sobrevida após a carga, a perda da crista óssea
marginal, a incidência de perda do parafuso do pilar protético, as restaurações não
retentivas, a fratura da porcelana e a fratura do componente são influenciadas pelos
fatores de força oclusal do paciente. Além disso, os fatores de força de um paciente são
uma influência muito grande no número e no tamanho ideal do implante. Há cinco
fatores principais de força do paciente que afetam o ambiente de tensão do implante e
da prótese: parafunção, espaço de altura da coroa, dinâmica mastigatória, posição do
arco e natureza do arco antagonista (Quadro 10-2).
Forças de mordida
Perpendicular ao plano oclusal
Curta duração
Período total (9 min/dia)
Força de cada dente: de 20 a 30 psi
Força máxima de mordida: 50 a 500 psi
Forças periorais
Mais constantes
Mais leves
Horizontais
Máxima ao deglutir (3 a 5 psi)
Período de tempo de deglutição (20 min/dia)
Tabela 10-1
A Força Máxima Média Registrada em Dentes Naturais ou Implantes*
Autores (ano) Dentes Naturais ou Implantes Dentais Média da Força Mastigatória Máxima
Parafunção
Forças parafuncionais nos dentes ou implantes são caracterizadas por oclusão repetida
ou intensa, e têm sido reconhecidas como prejudiciais ao sistema estomatognático.22
Essas forças também são prejudiciais quando aplicadas na prótese sobre
implante.23,24 A falta de fixação rígida durante a cicatrização do implante pode ser
resultado de uma parafunção na prótese mucossuportada, que recobre o implante
submerso. A causa mais comum da perda precoce e tardia do implante após uma
instalação cirúrgica bem-sucedida é resultado de parafunção. Tais complicações
ocorrem com maior frequência na maxila devido a uma diminuição na densidade óssea
e um aumento no momento de força.25 A presença dessas condições parafuncionais
deve ser cuidadosamente observada durante as fases iniciais do plano de tratamento.
Nadler classificou as causas da parafunção ou contato dentário não funcional em
seis categorias:26
1. Local
2. Sistêmica
3. Psicológica
4. Ocupacional
5. Involuntária
6. Voluntária
Os fatores locais incluem o formato do dente ou oclusão, bem como as alterações
dos tecidos moles, tais como ulcerações ou pericoronarites. Fatores sistêmicos incluem
paralisia cerebral, epilepsia e discinesia em associação aos fármacos. As causas
psicológicas ocorrem com maior frequência e incluem a liberação da tensão emocional
ou ansiedade.27 Os fatores ocupacionais envolvem profissionais como dentistas,
atletas e trabalhadores de precisão, bem como costureiras e músicos que desenvolvem
hábitos orais alterados. Os movimentos involuntários que provocam travamento da
mandíbula como ocorrem durante a suspensão de objetos pesados ou freadas bruscas
durante uma viagem contribuem para a parafunção. Causas voluntárias incluem a
mastigação de chiclete ou lápis, apoiar o telefone entre a cabeça e o ombro e fumar
cachimbo.
Os grupos parafuncionais apresentados neste capítulo são divididos em bruxismo,
apertamento e pressão ou tamanho da língua. A literatura odontológica geralmente não
identifica bruxismo e apertamento como entidades separadas. Embora vários aspectos
do tratamento sejam semelhantes, seu diagnóstico e tratamento são, de certo modo,
diferentes. Como tal, eles são apresentados como entidades diferentes nesta
discussão.
A magnitude da parafunção pode ser classificada como ausente, leve, moderada ou
grave.23 Bruxismo e apertamento são os fatores mais importantes a serem avaliados
em qualquer reabilitação com implantes. Nenhum sucesso a longo prazo será obtido
com parafunção grave de bruxismo ou apertamento. Por isso, o dentista deve sempre
tentar diagnosticar a presença dessas duas condições.
Isso não significa que os pacientes com parafunção moderada e grave não podem
ser tratados com implantes. Um médico trata um paciente com diabetes não controlada;
no entanto, o paciente pode perder a visão ou precisar ter seus pés amputados, apesar
do tratamento. O fracasso do tratamento da pessoa com diabetes nem sempre significa
falha do médico. O não reconhecimento do diabetes na presença de sinais e sintomas
óbvios, é claro, outra questão. Uma vez que os pacientes com parafunção moderada a
grave representam tantos riscos adicionais na implantodontia, é importante estar ciente
destas condições e dos métodos para reduzir seus efeitos nocivos sobre todo o sistema
relacionado com o implante. Infelizmente, a parafunção pode ser uma entidade difícil de
diagnosticar, especialmente se o paciente estiver completamente edentado usando uma
prótese recentemente confeccionada.
Bruxismo
Bruxismo diz respeito principalmente ao ranger horizontal e não funcional dos dentes.
As forças envolvidas estão em excesso significativo quando comparadas às cargas
mastigatórias fisiológicas normais. O bruxismo pode afetar os dentes, os músculos, as
articulações, os ossos, os implantes e as próteses.28 Essas forças podem ocorrer
enquanto o paciente está acordado ou dormindo e podem gerar maior força sobre o
sistema por várias horas ao dia. O bruxismo é o hábito oral mais comum. Estudos
clínicos do sono avaliaram o bruxismo noturno e demonstraram que aproximadamente
cerca de 10% das pessoas observadas apresentaram movimento óbvio da mandíbula
com contatos oclusais.29,30 Mais da metade desses pacientes relatam que o desgaste
dentário afeta a estética. Apenas 8% dos pacientes tinham conhecimento do seu
bruxismo noturno, e apenas 25% dos cônjuges dos pacientes estavam conscientes do
hábito noturno. Dor muscular pela manhã foi observada em menos de 10% das
vezes.31 Um estudo em pacientes com bruxismo e implantes mostrou que 80% de
bruxismo noturno ocorreu durante estágios de sono leve, mas não despertou o
paciente.32 Portanto, pacientes com bruxismo podem ou não ter o desgaste óbvio dos
dentes afetando a estética; podem ter bruxismo noturno, mas seus companheiros não
sabem a maior parte do tempo; raramente apresentam tensão muscular quando estão
acordados; e geralmente não têm consciência de seu hábito oral. Em outras palavras, o
bruxismo noturno é algumas vezes difícil de ser diagnosticado.33
A força máxima de mordida de pacientes com bruxismo é maior que a média. Da
mesma maneira que halterofilista pode levantar mais peso, o paciente que
constantemente está exercitando os músculos da mastigação desenvolve uma maior
força de mordida. Um homem que masca chiclete por uma hora por dia durante um mês,
pode aumentar a força da mordida de 118 para 140 psi dentro de uma semana.34 Os
hábitos de mascar chiclete, bruxismo e apertamento podem seguir o mesmo caminho.
Os esquimós, que têm uma dieta muito tenaz e que mastigam o couro para amaciá-lo
antes de fabricação da roupa, têm força máxima de mordida acima de 300 psi. Um
paciente de 37 anos de idade, com uma longa história de bruxismo, registrou uma força
máxima de mordida de mais de 990 psi (quatro a sete vezes maior que o normal).35
Felizmente, a força de mordida não continua a aumentar na maioria dos pacientes
bruxistas. Quando os músculos não variam seu regime de exercício, o seu tamanho e a
função são ajustados para a dinâmica da situação. Como resultado, as forças de
mordida e o tamanho muscular mais elevado geralmente não continuam a aumentar em
um espiral sem fim.
Diagnóstico
O bruxismo não representa necessariamente uma contraindicação absoluta para os
implantes, mas influencia drasticamente no plano de tratamento. O primeiro passo é
reconhecer a condição antes que o tratamento seja realizado. Os sintomas desta
doença podem ser verificados por uma história dental e podem incluir dores de cabeça
repetidas, uma história (ou presença) de dentes ou restaurações fraturados,
restaurações não cimentadas repetidas ou desconforto mandibular ao acordar.22-36
Por isso, quando o paciente está consciente da tensão muscular ou o cônjuge está
consciente do ruído de bruxismo durante o sono, o diagnóstico é facilmente obtido
(Quadro 10-4). No entanto, muitos pacientes não atribuem esses problemas às forças
excessivas sobre os dentes e relatam uma história negativa. A ausência de tais
sintomas não exclui a possibilidade de o bruxismo estar presente.
2. Determinar a DVO desejada. Isso não é uma dimensão exata e podem existir em
várias posições diferentes, sem consequência. No entanto, semelhante à maioria
dos fatores, há uma variação que é especifica do paciente e não segue protocolos.
Os métodos mais comuns para determinar esta dimensão estão relacionados com
medidas faciais, espaço de pronúncia, posição fisiológica de repouso, fala e estética
(Fig. 10-5, de B a D). Esse é um dos passos mais importantes. Se a dimensão
vertical está colapsada por causa do desgaste oclusal anterior e posterior, é
necessário um tempo de reabilitação ainda maior. Essa condição é observada com
mais frequência quando o bruxismo é grave, a guia incisal anterior é perdida e,
como consequência, o desgaste causado pelo bruxismo é maior devido a um
aumento nos fatores de força. O desgaste oclusal acelerado pode causar uma perda
na DVO. A DVO raramente está diminuída quando a guia incisal ainda está presente,
pois os dentes posteriores mantêm a dimensão e os dentes anteriores têm tempo
para sofrer extrusão, porque as forças são menores e a taxa de desgaste é mais
lenta.
3. Avaliar e restaurar a posição dos dentes anteriores inferiores quando necessárias.
No passado, foi afirmado que a reabilitação oral se inicia com os dentes anteriores
inferiores37. No entanto, o arco inferior não pode ser restaurado até que os dentes
anteriores superiores e a DVO sejam estabelecidos. Muitas diretrizes estéticas e de
linguagem estão disponíveis para ajudar o protesista a fazer a restauração com a
posição dos dentes anteriores superiores. Por exemplo, quando um dentista inicia a
reabilitação de um paciente completamente edentado, primeiramente determina-se a
posição do bordo inferior, por razões semelhantes.
Com os dentes naturais, a posição dos dentes anteriores inferiores devem tocar nas
superfícies palatinas dos dentes anteriores superiores na DVO estabelecida, e a
quantidade de trespasse vertical da borda incisal dos superiores e o ângulo do
contato incisal em movimentos de protrusão da mandíbula determina a altura e o
ângulo da guia anterior.37 Esta dimensão deve ser maior que o processo condilar (o
ângulo da eminência) de modo que os dentes posteriores possam se separar
durante as excursões mandibulares.
Nos pacientes com bruxismo de moderado a grave, a altura do trespasse vertical e o
ângulo da guia incisal não devem ser extremos, assim como a quantidade de força
nos pilares anteriores, cimento e porcelana está diretamente relacionada com essas
condições (Fig. 10-6). Em outras palavras, quanto maior for o trespasse incisal,
maior é distância entre os dentes posteriores nas excursões, e maior é a força
gerada sobre os dentes anteriores durante esses movimentos. Em pacientes com
bruxismo grave, a intensidade da força sobre os dentes anteriores deve ser
reduzida, pois a duração da força está aumentada.
FIGURA 10-6 A guia anterior para um paciente com bruxismo
moderado a grave deve ser pouco profunda (no entanto, mais
acentuada que o ângulo da eminência da articulação), para
reduzir a força sobre os dentes anteriores durante o movimento
excursivo da mandíbula.
Um paciente bruxista tem um risco maior de fraturas por duas razões. A magnitude
das forças aumenta ao longo do tempo conforme os músculos tornam-se mais fortes e o
número de ciclos aumenta nos componentes protéticos. Eventualmente, um dos
componentes (implante, parafuso, pilar protético, prótese) irá quebrar se a parafunção
não puder ser reduzida em intensidade ou duração (Fig. 10-9). Nenhum resultado
protético a longo prazo é esperado em pacientes bruxistas. Portanto, uma vez que o
implantodontista tenha identificado as fontes de força adicional no sistema de implante,
o plano de tratamento é alterado na tentativa de minimizar os efeitos negativos sobre a
longevidade do implante, o osso e a prótese final. Todos os elementos capazes de
reduzir a tensão ou modificar o fator de fatiga devem ser considerados.
FIGURA 10-9 A, O paciente tem uma prótese fixa híbrida com
cantiléver na mandíbula. Bruxismo grave é evidente, com
desgaste dos dentes anteriores e posteriores. Nesse ponto, o
paciente deve ser informado que a guia anterior da prótese deve
ser restaurada. B, O paciente optou por não restaurar a guia
anterior da prótese. Como consequência de forças maiores com
contato posterior durante as excursões, ocorreu falha por fadiga
da prótese.
Protetores Oclusais
A causa do bruxismo é multifatorial e pode incluir desarmonia oclusal.37 Quando uma
reabilitação com implantes é considerada em um paciente com bruxismo, a análise
oclusal é importante. Contatos posteriores prematuros durante as excursões
mandibulares aumentam as condições de tensão.45 A eliminação de contatos
prematuros pode permitir a recuperação da saúde do ligamento periodontal e da
atividade muscular dentro de 1 a 4 semanas. A harmonia oclusal não necessariamente
elimina o bruxismo, mas não há motivo para não realizar uma análise oclusal e eliminar
os contatos prematuros. Nenhum estudo demonstrou um aumento na parafunção após
ajuste oclusal. Portanto, a capacidade de diminuir o risco de sobrecarga oclusal em um
dente em particular, e o benefício adicional de talvez reduzir a parafunção é garantido
em quase todos os pacientes diagnosticados com o hábito parafuncional de bruxismo
ou apertamento.
O estabilizador noturno pode ser uma ferramenta de diagnóstico útil para avaliar a
influência de desarmonia oclusal no bruxismo noturno. O estabilizador noturno de
Michigan apresenta contatos oclusais iguais ao redor do arco em relação cêntrica de
oclusão e fornece desoclusão posterior com guia anterior em todas as excursões
mandibulares.46 Este dispositivo pode ser fabricado com 0,5 e em 1 mm de resina
acrílica colorida na superfície oclusal. Após 4 semanas de uso noturno, os músculos e o
ligamento periodontal são restaurados. Se o paciente usa este dispositivo por 1 mês ou
mais, a influência da oclusão no bruxismo pode ser observada diretamente, porque não
existem contatos prematuros enquanto o dispositivo é usado. Se o acrílico colorido
ainda está intacto, a parafunção noturna foi reduzida ou eliminada. Portanto, a
reabilitação ou a modificação oclusal podem ser realizadas. Se o acrílico colorido no
estabilizador noturno estiver desgastado de um lado ao outro, um ajuste oclusal terá
pouca influência na diminuição desse hábito parafuncional. O estabilizador noturno
ainda é indicado para aliviar as tensões durante a parafunção noturna, mas o plano de
tratamento deve levar em conta as forças maiores.
Forças do bruxismo de moderado a grave são mais difíceis de serem direcionadas a
longo prazo. A educação e o consentimento do paciente são úteis para que ele coopere
para eliminar ou reduzir os efeitos nocivos. Se o arco antagonista for uma prótese
removível mucossuportada, os efeitos do hábito noturno podem ser minimizados se o
paciente remover a prótese durante a noite. O uso de um estabilizador noturno é útil
para um paciente com uma prótese fixa, a fim de transferir a ligação mais frágil do
sistema para o dispositivo de acrílico removível. Contatos cêntricos na relação de
oclusão cêntrica e desoclusão de dentes posteriores pelo guia anterior nas excursões
são fortemente sugeridos no estabilizador noturno, o qual pode ser projetado para ser
instalado na maxila e na mandíbula.
Ao contrário dos dentes, os implantes não extruem na ausência de contatos oclusais.
Como resultado, em pacientes parcialmente edentados, o estabilizador noturno superior
pode ser aliviado ao redor das coroas do implante, de modo que os dentes naturais
adjacentes suportem toda a carga.23,39 Por exemplo, para implantes superiores, uma
cavidade pode ser realizada no estabilizador noturno de forma que nenhuma força de
oclusão seja transmitida para a coroa do implante (Fig. 10-11). Quando a restauração é
na mandíbula, a superfície oclusal do estabilizador noturno superior é aliviada sobre as
coroas dos implantes para que nenhuma força oclusal seja transmitida aos implantes
(Fig. 10-12).
FIGURA 10-11 Um estabilizador noturno para um paciente
parcialmente edentado restaurado com implantes pode ser
projetado para transferir a força para os dentes naturais. O
estabilizador é aliviado ao redor da coroa sobre implante superior
esquerdo.
Um cantiléver posteroinferior em uma prótese total fixa sobre implantes também pode
ser aliviado da oclusão com um estabilizador noturno superior. Quando um quadrante
posterossuperior de implantes suporta uma prótese fixa oposta aos dentes inferiores,
um material de reembasamento macio pode ser colocado ao redor das coroas dos
implantes para agir como um elemento de alívio de tensão e diminuir o impacto da força
na restauração (Fig. 10-13). Quando as próteses totais fixas sobre implantes são
antagonistas entre si, o estabilizador noturno fornece somente contatos anteriores
durante a oclusão cêntrica e excursões mandibulares (Fig. 10-14). Além disso, a força
parafuncional é reduzida nos dentes e implantes e eliminada nas regiões posteriores.
Plano de Tratamento
O plano de tratamento com implantes é modificado principalmente em duas maneiras,
quando os implantes são instalados na região posterior com bruxismo grave: (1) a
instalação de implantes adicionais com diâmetro mais largo é um método usado para
reduzir o risco de sobrecarga, ou (2) os dentes anteriores podem ser modificados para
recriar uma guia incisal adequada e evitar interferências posteriores durante as
excursões. A eliminação de contatos oclusais laterais posteriores durante os
movimentos excursivos é recomendada quando dentes naturais, um implante ou uma
prótese fixa sobre dentes são antagonistas. Isso é benéfico em dois aspectos: (1)
porque as forças de tensão laterais aumentam dramaticamente na interface
implante/osso, a eliminação de contatos posteriores diminui o efeito negativo das forças
anguladas durante bruxismo;46,47 e (2) a presença de contatos posteriores durante as
excursões, e quase todas as fibras dos músculos masseter, temporal, e o músculo
pterigóideo medial se contraem e colocam forças maiores sobre os dentes anteriores e
implantes. Por outro lado, durante as excursões, com ausência de contatos posteriores,
poucas fibras dos músculos temporal e masseter são estimuladas, e as forças
aplicadas sobre o sistema de dentes/implantes anteriores são reduzidas em até dois
terços.41
Apertamento
O apertamento é um hábito que gera uma força constante exercida a partir de uma
superfície oclusal para outro, sem qualquer movimento. A posição habitual do
apertamento não corresponde necessariamente à oclusão cêntrica. A mandíbula pode
ser posicionada em qualquer sentido antes da carga estática; portanto, uma
combinação de bruxismo e apertamento pode existir. A posição de apertamento mais
frequente está na mesma posição repetida, e raramente altera de um período para
outro. A direção da carga pode ser vertical ou horizontal. As forças envolvidas estão em
excesso significativo de cargas fisiológicas normais, e são similares às do bruxismo em
quantidade e duração; entretanto, várias condições clínicas são diferentes no
apertamento.48,49
Diagnóstico
Muitos sintomas e sinais clínicos alertam para o ranger excessivo. No entanto, os sinais
de apertamento são menos óbvios. As forças produzidas durante o apertamento são
geralmente direcionadas mais verticalmente ao plano oclusal, pelo menos nas regiões
posteriores da boca. O desgaste dos dentes geralmente não está evidente; portanto, o
apertamento muitas vezes escapa da observação durante o exame intraoral. Como
resultado, o dentista deve estar mais atento ao diagnóstico deste distúrbio.29
Muitos dos sinais clínicos do apertamento se assemelham aos do bruxismo. Quando
um paciente tem uma história dentária de sensibilidade ou apresenta dor muscular
(muitas vezes ao acordar) ou sensibilidade dentária ao frio, a parafunção é fortemente
suspeita. Na ausência de desgaste dentário, o apertamento é o primeiro a ser
suspeitado. Mobilidade dentária, hipertrofia e tensão dos músculos temporal ou
masseter, desvio da mandíbula durante a abertura oclusal, limitação de abertura, linhas
de tensão no esmalte, abfração cervical e fadiga do material (esmalte, sulco no
esmalte, porcelana e componentes do implante) são todos sinais clínicos de
apertamento.48 Todas essas condições podem também ser encontradas em pacientes
bruxistas.36 No entanto, o desgaste do esmalte tem uma forte correlação com o
bruxismo, sendo o principal e, frequentemente, o único fator necessário para avaliar a
presença do bruxismo. Um paciente com apertamento tem a “doença traiçoeira da
força.” Por isso, uma atenção particular deve ser dada ao diagnosticar este distúrbio a
partir de condições clínicas menos óbvias. Quando os sinais clínicos da força excessiva
aparecem nos dentes, músculos, articulações ou na ausência do desgaste incisivo,
apertamento é um forte suspeito.
A avaliação muscular do apertamento (e bruxismo) inclui o desvio durante a abertura
da mandíbula, abertura limitada, e contração da articulação temporomandibular (ATM).
O desvio para um lado durante a abertura indica um desequilíbrio do músculo do
mesmo lado.37 Abertura limitada é facilmente avaliada e pode indicar desequilíbrio
muscular ou doença articular degenerativa. A abertura normal deve ser de pelo menos
40 mm a partir da borda incisal superior até a borda incisal inferior em um paciente
classe I de Angle, levando em consideração um trespasse horizontal ou vertical. Se
existir qualquer trespasse horizontal ou vertical, o seu valor em milímetros é subtraído
de um mínimo de 40 mm a partir da medida de abertura.50 A variação de abertura, sem
considerar trespasse horizontal e vertical, foi medida com valores de 38 a 65 mm para
homens e 36 a 60 mm para mulheres de uma borda incisal à outra.51
Um achado clínico comum do apertamento é a borda festonada da língua. Este
achado raramente está presente no bruxismo (Fig. 10-15). A língua é muitas vezes
apoiada contra as superfícies linguais dos dentes superiores durante o apertamento,
exercendo pressões laterais e resultando em uma borda festonada. Essa posição da
língua pode também ser acompanhada por um vácuo intraoral, o que permite que o
apertamento se estenda por um tempo considerável, muitas vezes durante o sono.
Quando o dentista pede ao paciente para abrir a boca amplamente para avaliar a
abertura oclusal máxima (enquanto palpa a ATM), o contorno lateral da língua é
observado ao notar qualquer borda festonada. Quando presente, o apertamento
dentário é muito suspeito (Quadro 10-6).
O aumento da mobilidade dos dentes pode ser uma indicação de uma força além dos
limites fisiológicos, perda óssea, ou a combinação delas. Isso requer uma pesquisa
adicional em relação à parafunção e é muito importante avaliar se um implante pode ser
colocado na região dos dentes com mobilidade. O implante estável pode receber mais
que sua força oclusal quando circundado por dentes com mobilidade. Frêmito, um tipo
de vibração e mobilidade do dente, está muitas vezes presente no paciente com
apertamento. Para avaliar esta condição, o dedo do dentista toca somente a superfície
vestibular de um dente de cada vez, e sente as vibrações enquanto o paciente toca os
dentes. Frêmito é um sintoma de um excesso de cargas oclusais locais.
Erosão cervical é frequentemente um sinal de apertamento parafuncional ou
bruxismo (Fig. 10-16). No passado, Black analisou as oito teorias mais populares
considerando o contorno gengival dos dentes, sendo todas inconclusivas.10 Esta
observação tem sido frequentemente chamada de “abrasão pela escovação.” 46 McCoy
descreveu esta condição em qualquer outro dente, apenas um dente, e até mesmo
sobre os dentes de alguns animais.52 A parafunção foi a ligação comum entre os
pacientes com esta condição. A aparência marcada da região cervical do dente se
correlaciona diretamente com a concentração de forças mostrada na análise
tridimensional de elementos finitos e estudos fotoelásticos.53,54 A abfração dos dentes
foi também observada em gatos, ratos e micos sendo descrita na literatura no início dos
anos 1930.55 Um estudo de uma população humana idosa não hospitalizada revelou
que a abrasão cervical estava presente em 56% dos participantes56.
Nem todas as erosões gengivais são causadas por uma parafunção. No entanto,
quando presente, a oclusão deve ser cuidadosamente avaliada, juntamente com outros
sinais de força excessiva. Se as forças excessivas aparentam ser a causa, esta
condição é referida como abfração cervical57(Fig. 10-17). Outros sinais de fadiga no
esmalte ou material oclusal encontrados nos pacientes com bruxismo ou apertamento
incluem invaginações oclusais ou sulcos, linhas de tensão em esmalte, linhas de tensão
em restaurações metálicas ou acrílicas (linhas de Luder) e fratura de material (Figs. 10-
18 e 10-19). Frêmito também pode ser observado clinicamente em muitos dentes com
erosão e sem mobilidade.
FIGURA 10-17 Este paciente tem ausência do canino e
apresenta abfração cervical do pré-molar e molar (de função em
grupo e não canina). Por não haver nenhum desgaste oclusal dos
dentes anteriores, apertamento é sugerido.
Fraturas de Fadiga
O aumento da magnitude e duração da força é um problema significativo, seja por
bruxismo ou apertamento. A curva de fadiga apresentada anteriormente para o
bruxismo também se aplica ao apertamento. Além disso, os pacientes com apertamento
podem experimentar um fenômeno chamado de arrastamento, o que também resulta em
fratura de componentes. O arrastamento ocorre em um material quando o aumento da
deformação é expresso em função do tempo, quando submetido a uma carga
constante43 (Fig. 10-20). Embora os ciclos de carga possam não estar presentes para
afetar a deformação de um material, a força constante é ainda capaz de causar fratura.
Em outras palavras, algo irá quebrar se a força contínua não for interrompida ou, pelo
menos, reduzida em intensidade ou duração (Fig. 10-21). Esta condição pode ocorrer
também no osso, que pode resultar em mobilidade e perda do implante. Todos os
elementos para reduzir a força excessiva de apertamento e suas consequências devem
ser considerados.
FIGURA 10-20 A curva de deformação para os materiais foi
criada, colocando a deformação no eixo vertical e o tempo no
eixo horizontal, quando uma carga constante é aplicada. Esta é
uma curva de deformação para o osso com uma carga constante
de 60 Mpa. O osso altera a forma (i.e., deformação) na condição
de tensão inicial e, em seguida, a uma quantidade maior sobre o
tempo até a quebra do material (p. ex., osso).
Considerações Protéticas
Uma causa comum da perda de implantes durante a cicatrização é a parafunção em um
paciente usando uma prótese mucossuportada sobre um implante. O tecido que
recobre o implante é comprimido durante a parafunção. A carga prematura pode causar
micromovimentos do corpo do implante e no osso, e pode comprometer a
osseointegração. Quando uma prótese mucossuportada exerce uma pressão, como um
resultado da parafunção, a necrose por pressão causa deiscência do tecido mole sobre
o implante. Esta condição não é corrigida cobrindo o implante com tecido mole,
cirurgicamente, mas a região de suporte de tecido mole da prótese sobre o implante
deve ser generosamente aliviada durante o período de cicatrização, quando a
parafunção é notada. Uma prótese parcial removível sobre um implante em cicatrização
é especialmente preocupante. O acrílico entre a região do tecido mole e da
infraestrutura do metal deve ser normalmente inferior a 1 mm de espessura. Remover
uma porção fina do acrílico do implante é muitas vezes insuficiente; em vez disso, um
orifício de 6 mm de diâmetro através da infraestrutura de metal deve ser preparado
(Fig. 10-24).
FIGURA 10-24 Quando uma prótese parcial removível
implantossuportada é usada sobre os implantes em cicatrização,
um orifício de 6 mm sobre cada região do implante reduz o risco
de cargas parafuncionais transferidas através do tecido
sobreposto.
O impulso da língua também pode contribuir para a abertura da linha de incisão após
o enxerto ósseo ou cirurgia de implante, o que pode comprometer os tecidos duros e
moles. Isso é especialmente importante no processo de aumento ósseo. O hábito da
pressão lingual pode levar ao movimento ou mobilidade dentários, o que é
consequência quando os implantes estão presentes no mesmo quadrante. Se dentes
remanescentes exibem aumento da mobilidade, as próteses sobre implantes podem
estar sujeitas a maiores cargas oclusais.
A pressão lingual posterior pode ocorrer em pacientes com prótese total superior e
como antagonista a um arco inferior Classe I de Kennedy, sem prótese inferior para
repor os dentes posteriores. Sob essas condições, a prótese superior muitas vezes
perde o selamento, e cede na região posterior durante a oclusão cêntrica ou excursões,
porque somente os dentes anteriores se tocam. Para limitar esse problema, o paciente
estende a região lateral da língua para dentro da região edentada para evitar o
deslocamento da prótese total superior (Fig. 10-29).
Para avaliar a interposição lingual anterior, o dentista afasta o lábio inferior para
baixo, esguicha água na boca com a seringa, e pede ao paciente para engolir. Um
paciente normal forma um vácuo na boca ao posicionar a língua sobre o aspecto
anterior do palato, e é capaz de engolir, sem dificuldade. Um paciente com pressão
lingual anterior não é capaz de criar o vácuo necessário para deglutir quando o lábio
inferior é retraído, pois o selamento e o vácuo do paciente são alcançados entre a
língua e o lábio inferior. Como consequência, o paciente é incapaz de deglutir, enquanto
o lábio inferior estiver afastado.
A pressão posterior da língua é avaliada retraindo uma bochecha por vez, longe dos
dentes posteriores ou da região edentada, com um espelho clínico, injetando água com
a seringa tríplice e pedindo ao paciente para deglutir. Evidência visual da língua durante
a deglutição também pode ser acompanhada pela pressão contra o espelho e confirma
uma força lateral (Fig. 10-27).
Uma complicação protética potencial para um paciente com pressão lateral da língua
é a queixa de espaço inadequado para a da língua após a restauração de implantes
inferiores. Um erro de protético é reduzir a largura do contorno lingual dos dentes
inferiores para dar à língua mais espaço. A cúspide lingual dos dentes posteriores
inferiores restaurados devem seguir a curva de Wilson e ter um trespasse horizontal
adequado para proteger a língua durante a função. Uma redução na largura dos dentes
posteriores da mandíbula, muitas vezes aumenta a ocorrência de mordedura da língua
e pode não ser dissipada com o tempo. Quando a superfície lingual da restauração da
mandíbula é reduzida, a totalidade da prótese pode ter que ser refabricada. O
protesista deve identificar a posição da língua antes do tratamento e informar ao
paciente sobre a curva inicial de aprendizado da língua, uma vez que os implantes
tenham sido restaurados (Quadro 10-7).
O EAC ideal necessário para uma prótese fixa sobre implantes deve variar entre 8 e
12 mm. Esta medida leva em conta: ”espaço biológico“, altura do componente protético
para a retenção de cimento ou parafuso de fixação da prótese, resistência do material
oclusal, estética, higiene e considerações ao redor das coroas dos pilares. Próteses
removíveis muitas vezes necessitam de um EAC maior que 12 mm para os dentes da
prótese e resistência da base de resina acrílica, anexos, barras e considerações de
higiene bucal65,66 (Quadro 10-8).
Quando a direção de uma força está ao longo eixo do implante, as tensões para o
osso não estão ampliadas em relação ao EAC (Fig. 10-33). No entanto, quando as
forças sobre o implante estão em um cantiléver ou uma força lateral é aplicada à coroa,
as forças são ampliadas em relação direta com a altura da coroa. Bidez e Misch
avaliaram o efeito de um cantiléver sobre um implante e sua relação com a altura da
coroa.42,43 Quando cantiléver é colocado sobre um implante, existem seis pontos
potenciais de rotação (i.e., momentos) no corpo do implante (Fig. 10-34; Tabela 10-2).
Quando a altura da coroa está aumentada de 10 a 20 mm, dois dos seis desses
momentos estão aumentados em 200% .
Tabela 10-2
Cargas de Momento na Crista, quando Sujeito às Forças Mostradas na Figura 10-
34
Uma força em cantiléver pode ser em qualquer direção: vestibular, lingual, mesial ou
distal. Forças em cantiléver na direção vestibular e lingual são frequentemente
chamadas de cargas contralaterais. A diminuição da largura óssea ocorre
principalmente a partir da região vestibular do rebordo edentado. Como resultado, os
implantes são geralmente instalados mais para a face lingual que o centro da raiz do
dente natural. Esta condição resulta frequentemente em uma restauração com
cantiléver para vestibular. Quando a crista do rebordo está reabsorvida, a altura do
osso disponível também está reduzida, o EAC está aumentado. Portanto, o comprimento
potencial do implante é muitas vezes reduzido em condições de EAC excessivas, e a
posição do implante mais lingual resulta em cargas contralaterais.
A distância vertical do plano oclusal até o local de instalação do implante é
geralmente constante em um indivíduo (com a exceção da região posterior da maxila,
porque o seio maxilar expande mais rápido que a reabsorção da crista óssea em
altura). Portanto, assim que o osso reabsorve, a altura da coroa fica maior, mas a altura
do osso disponível diminui (Fig. 10-35). Uma relação indireta é encontrada entre a
coroa e o comprimento do implante. Perda óssea moderada antes da instalação do
implante pode resultar na razão da altura da coroa-altura do osso maior que 1, com
maiores forças laterais aplicadas à crista óssea marginal que no osso abundante (em
que a altura da coroa é menor). Existe uma relação linear entre a carga aplicada e as
tensões internas dentro do osso.67,68 Portanto, quanto maior a carga aplicada, maior a
resistência à tração e tensões de compressão transmitidas na interface osso e dos
componentes protéticos. Ainda, muitos planos de tratamento com implantes são
projetados com mais implantes em situações de osso abundantes e menos implantes
em volume ósseo atrófico. Uma situação oposta deveria existir. Quanto menor o volume
ósseo, maior a altura da coroa e maior o número de implantes indicados (Fig. 10-36).
Uma carga angulada sobre uma coroa também aumenta a força aplicada ao
implante. Uma força de 12 graus para o implante estará aumentada em 20% em
comparação com uma carga no seu longo eixo. Este aumento de força é ainda mais
ampliado pela altura da coroa. Por exemplo, um ângulo de 12 graus, com uma força de
100 N resultará em uma força de 315 N-mm sobre uma coroa com altura de 15 mm.60
Em outras palavras, o aumento da força do EAC é ainda maior que o aumento da carga
angulada.
Dentes anteriores superiores têm geralmente um ângulo de 12 graus ou mais no
plano oclusal. Até mesmo implantes instalados em uma posição ideal geralmente são
submetidos a cargas anguladas. Coroas anteriores superiores são muitas vezes
maiores que qualquer outro dente no arco, de modo que os efeitos da altura da coroa
causam maiores riscos. A força angulada sobre o implante pode ocorrer também
durante a protrusão ou lateralidade, pois a guia anterior deve estar em um ângulo de 20
graus ou mais.37 As coroas sobre implantes anteriores serão, portanto, carregadas a
um ângulo considerável durante as excursões em comparação com a posição do longo
eixo do implante. Como resultado, um aumento na força de implantes anteriores
superiores deve ser compensado no plano de tratamento.
Na maioria dos projetos de implantes e tipos de densidades ósseas, a maior parte
das forças aplicadas ao corpo do implante osseointegrado está concentrada nos 7 a
9 mm mais coronais do osso.3 Portanto, o comprimento do corpo do implante
geralmente não é um método eficaz para conter os efeitos da altura da coroa. Em
outras palavras, a razão coroa-raiz é um conceito protético que pode guiar o protesista
quando este avaliar o pilar de um dente natural. Quanto mais longa a raiz do dente
natural, mais curta a altura da coroa, que atua como uma alavanca para rotacionar o
dente ao longo de um eixo localizado nos dois terços apicais da raiz. No entanto, a
razão altura da coroa-implante não é uma comparação direta. Altura da coroa é um
cantiléver vertical que amplia qualquer força lateral em qualquer prótese sobre dente ou
implante. No entanto, esta condição não é melhorada pelo aumento do comprimento do
implante para dissipar as tensões. O implante não sofre rotação afastando-se da força
em relação ao comprimento. Em vez disso, ele capta a força na crista do rebordo.
Quanto maior o EAC, maior o número de implantes que geralmente são necessários
para a prótese, especialmente na presença de outros fatores de força. Este é um
paradigma que mudou os conceitos defendidos originalmente, com muitos implantes em
regiões de muito osso disponível e pequena altura da coroa e menos implantes com
maiores alturas da coroa no osso atrofiado. O cantiléver também deve ser reduzido em
condições de maior EAC e pode precisar ser eliminado completamente se outras
condições de força estiverem presentes.
Um EAC aumentado pode aumentar as forças na crista óssea ao redor dos implantes
e aumentar o risco de perda de óssea marginal. O EAC aumenta quando a perda da
crista óssea ocorre ao redor dos implantes. Isto, por sua vez, pode aumentar ainda
mais o EAC e os momentos de força sobre todo o sistema de suporte, resultando em
afrouxamento do parafuso, perda da crista óssea marginal, fratura do implante e perda
do implante.
No caso de EAC excessivo, o aumento do osso pode ser preferido para o tratamento
protético, especialmente no tipo de volumes ósseos C-h ou D. O aumento cirúrgico da
altura do rebordo residual reduz o EAC e melhora a biomecânica dos implantes em
posição e número. O aumento frequentemente permite a instalação de implantes mais
largos com o benefício associado do aumento da área de superfície (Fig. 10-38). A
prótese é a opção mais comumente usada para tratar o EAC excessivo; no entanto,
deveria ser a última escolha. O uso de materiais protéticos gengivais coloridos
(porcelana rosa ou resina acrílica) em restaurações fixas ou a mudança no arranjo
protético para uma prótese removível deve muitas vezes ser considerado quando a
prótese é usada para restaurar EAC excessivo (Fig. 10-39).
FIGURA 10-38 A, Radiografia panorâmica de uma maxila e
mandíbula gravemente reabsorvidas. B, Enxerto ósseo autólogo
pode ser usado para aumentar altura do osso disponível e reduzir
altura da coroa em uma divisão de volume do osso C ou D. C,
Radiografia panorâmica após enxerto ósseo de crista ilíaca da
maxila e mandíbula. D, Os implantes podem ser instalados no
enxerto ósseo depois de 6 meses. E, Os implantes estão
preparados para suportar uma prótese cimentada. F, A prótese
fixa PF-3 é fabricada. G, Prótese PF-3 maxilar e mandibular em
posição. H, A linha alta do sorriso do paciente. I, Radiografia
panorâmica da crista ilíaca, implantes e próteses.
FIGURA 10-39 Quando o espaço de altura da coroa é maior que
12 mm, a porcelana rosa (ou acrílico) é frequentemente usada
para substituir o contorno de tecido mole na prótese.
O EAC ideal para uma prótese fixa está entre 8 e 12 mm, correspondendo a um ideal
de 3 mm de tecido mole, 2 mm de espessura do material oclusal, e a 5 mm ou mais de
altura do pilar. Um EAC maior que 12 mm pode ser preocupante em próteses fixas. Os
dentes são alongados e, muitas vezes, requerem a adição de materiais de tonalidade
gengivais em regiões estéticas. A maior força de impacto sobre os implantes em
comparação com os dentes, combinada com maior altura da coroa, cria momentos de
forças aumentados sobre os implantes e os riscos de perda de cimentação e retenção
da prótese, e fratura do componente e do material. Esses problemas são especialmente
notados quando associados à biomecânica menos favorável em regiões de cantiléver
de próteses fixas.65
Um EAC maior que 15 mm significa que uma grande quantidade de metal deve ser
usada na infraestrutura de uma prótese fixa tradicional para manter a porcelana com a
espessura ideal de 2 mm. São necessárias técnicas de refinamento para próteses fixas
tradicionais nessas condições.66,71 O controle das porosidades das superfícies das
infraestruturas metálicas após a fundição, uma vez que suas diferentes partes resfriam-
se de modo diferente, passa a ser altamente difícil. Além disso, quando a peça fundida
é reinserida no forno para queima da porcelana, o calor é mantido dentro da peça
fundida em índices diferentes, de modo que a porcelana resfria em diferentes regiões
de modo diferentes.72 Se não forem controlados corretamente, ambos os fatores
aumentam o risco de fratura da porcelana após a carga.73 Para EAC excessivo, o peso
considerável da prótese (cerca de 85 g de liga metálica) pode afetar as consultas para
a prova da prótese superior, porque a prótese não permanece no lugar sem o uso de
um adesivo. Os metais nobres devem ser usados para controlar a expansão pelo calor
da liga ou corrosão; portanto, os custos de tais próteses sobre implantes têm
aumentado dramaticamente.74 Métodos propostos para produzir estruturas com
cavidades para aliviar esses problemas, incluindo o uso de moldeiras individuais
especiais para alcançar uma adaptação passiva, podem duplicar ou triplicar os custos
laboratoriais.
Um método alternativo de fabricação de prótese fixa em situações de EAC igual ou
superior a 15 mm é a prótese fixa total ou prótese híbrida, com uma infraestrutura
metálica menor, dentes artificiais e resinas acrílicas para unir esses elementos (Fig. 10-
42). A estrutura metálica reduzida em comparação com uma prótese fixa
metalocerâmica exibe menos alterações dimensionais e uma adaptação mais precisa
dos componentes protéticos, o que é especialmente importante para as próteses
parafusadas. Ela tem um custo menor de fabricação em comparação com a prótese fixa
metalocerâmica, é altamente estética (dentes pré-fabricados de acrílico), substitui
facilmente os dentes e tecidos moles na aparência, e é mais fácil de reparar em caso
de fratura. Uma vez que a resina age como um intermediário entre os dentes e a
infraestrutura metálica, o impacto da força durante carga oclusal dinâmica também pode
ser reduzido. Portanto, este tipo de prótese fixa é geralmente indicado para próteses
sobre implantes com um grande EAC.
FIGURA 10-42 A, A infraestrutura metálica de uma prótese
híbrida composta por metal, acrílico e dentes apresenta várias
vantagens para próteses fixas com um espaço de altura da coroa
maior que 15 mm. B, Os dentes estão conectados a uma
infraestrutura metálica com uma base de acrílico na prótese
superior. C, A radiografia panorâmica com uma infraestrutura
metálica e os dentes da prótese híbrida na maxila e uma
restauração PF-3 em metalocerâmica na mandíbula.
O aumento das forças biomecânicas está em relação direta com o aumento do EAC.
Portanto, o plano de tratamento da prótese sobre implante deve considerar opções de
redução da tensão, sempre que o EAC está aumentado. Métodos para reduzir a tensão
incluem64-66:
1. Comprimento reduzido do cantiléver.
2. Minimizar as cargas laterais na vestibular ou lingual.
3. Aumentar o número de implantes.
4. Aumentar os diâmetros dos implantes.
5. Projetos de implantes para maximizar a área da superfície dos implantes.
6. Fabricar próteses removíveis que sejam menos retentivas e incorporem suporte ao
tecido mole.
7. Remover as próteses removíveis durante as horas de sono para reduzir os efeitos
nocivos da parafunção noturna.
8. Esplintar os implantes, se estiverem suportando uma prótese fixa ou removível.
Como o EAC é um ampliador de força considerável, quanto maior for a altura da
coroa, menos o cantiléver protético deve ser estendido a partir do sistema de suporte
do implante. Quando o EAC é maior do que 15 mm, nenhum cantiléver deve ser
considerado, a menos que todos os outros fatores de força sejam mínimos. A
intensidade de contato oclusal deve ser reduzida em qualquer carga de compensação
do sistema de suporte do implante. Os contatos oclusais em relação de oclusão
cêntrica podem ser eliminados na região mais posterior (ou região de contrabalanço) de
um cantiléver. Deste modo, a carga da parafunção pode ser reduzida, assim como a
maior parte da região de cantiléver da prótese é carregada somente durante a atividade
funcional (p. ex., a mastigação).
Dinâmica Mastigatória
A dinâmica dos músculos mastigatórios é responsável pela quantidade de força
exercida sobre o sistema do implante. Vários critérios estão incluídos nesse raciocínio:
o tamanho do paciente, o gênero, a idade, a posição esquelética e o estado da
dentição. O tamanho do paciente pode influenciar a quantidade de força de mordida.
Grandes, homens atléticos podem gerar grandes forças; pacientes de condições físicas
menos fortes frequentemente desenvolvem menos força que os pacientes atléticos13
(Fig. 10-43). Forças de mordida mais altas podem estar relacionados com maior perda
de implantes após a sua instalação, maior risco de fratura de material oclusal, perda da
rosca do pilar e aumento na quantidade de perda de crista óssea.
Posição no Arco
A força de mordida máxima é maior na região de molar e diminui na região anterior. As
forças máximas de mordida na região do incisivo anterior correspondem a
aproximadamente 35 a 50 psi, na região de canino variam de 47 a 100 psi, e na área de
molares variam de 127 a 250 psi11 (Fig. 10-46). Mansour et al. avaliaram
matematicamente forças e momentos oclusais usando um braço de alavanca de classe
III, os côndilos na posição de fulcro e os músculos masseter e temporal gerando a
força.81 Figuras similares foram obtidas por cálculos matemáticos e por mensuração
direta. As forças no segundo molar foram 10% maiores que no primeiro molar,
mostrando uma variação de 140 a 275 psi.
Arco Antagonista
Dentes naturais transmitem maiores forças de impacto através de contatos oclusais que
próteses totais mucossuportadas. Além disso, a força de oclusão máxima de pacientes
com próteses totais está limitada e pode variar 5 a 26 psi.79 A força é geralmente maior
em portadores de próteses recentes e diminui com o tempo. Atrofia muscular,
estreitamento dos tecidos orais com a idade ou doença e atrofia óssea ocorrem
frequentemente em pacientes edentados em função do tempo85 (Fig. 10-47). Alguns
usuários de próteses totais podem apertar suas próteses constantemente, e assim
podem manter a massa muscular. No entanto, esta condição geralmente acelera a
perda óssea. As sobredentaduras implantossuportadas melhoram o desempenho
mastigatório. A sobredentadura PR-5 tem mais força que uma prótese total.
A força máxima gerada sobre uma prótese implantossuportada está relacionada com
o número de dentes ou implantes no arco antagonista.86-88 Assim, pacientes
parcialmente edentados têm menos força que pacientes com todos os dentes (Fig. 10-
48). Pacientes com próteses parciais podem ter forças intermediárias entre pacientes
com dentes naturais e pacientes com próteses totais, dependendo da localização e do
estado dos dentes remanescentes, músculos e articulações.80 Em pacientes
parcialmente edentados com próteses fixas implantossuportadas, variações de força
são mais semelhantes aos pacientes com dentição natural, mas a falta de
propriocepção pode ampliar a quantidade de carga durante a atividade parafuncional e
funcional.
FIGURA 10-48 O arco antagonista a uma prótese sobre
implantes consiste em dentes naturais nesta radiografia
panorâmica. O comprimento do cantiléver deve ser reduzido ou o
número de implantes aumentado comparado com um arco
antagonista edentado. Esta prótese mandibular foi perdida
porque o comprimento do cantiléver e o arco antagonista
aumentaram as forças.
Uma prótese fixa completa sobre implantes não se beneficia da propriocepção como
os dentes naturais, e pacientes mastigam com força quatro vezes maior que com os
dentes naturais.89 Assim, as forças mais elevadas são criadas com a prótese sobre
implantes no arco oposto. A sobredentadura PR-4 pode ter algum movimento em
comparação com uma prótese fixa e é mais provável que tenha dentes de acrílico ou de
resina. Desse modo, a força da mordida é ligeiramente menor que uma prótese fixa total
sobre implantes (Fig. 10-49). Além disso, contatos prematuros em padrões oclusais ou
durante a parafunção na prótese sobre implantes não alteram o trajeto de fechamento,
pois a percepção oclusal está reduzida na prótese sobre implantes em comparação
com os dentes naturais.18 Portanto, o aumento contínuo da tensão pode ser esperado
na prótese implantossuportada (Quadro 10-13).
O arco oposto não é um grande fator para alterar um plano de tratamento com
implantes como parafunção, dinâmica da mastigação ou EAC excessivo, mas é um fator
importante para o risco de fratura de porcelana. Em um estudo feito por Kinsel e Lin, a
dentição antagonista varia a incidência de fratura de porcelana a uma coroa sobre
implante.44 Quando o arco antagonista era uma prótese, observou-se 0% de fratura
das coroas implantossuportadas no arco antagonista. Quando a dentição oposta foi de
dentes naturais, foram encontradas 3,2% de fraturas de coroas sobre implantes. A
dentição oposta de uma coroa de um dente natural apresentou uma fratura de 5,7% da
coroa implantossuportada antagonista. Fratura de 16,2% foi observada quando uma
coroa sobre implante opôs-se a uma coroa implantossuportada. Quando o percentual
de pacientes com grandes fraturas de porcelana foi comparado com nenhuma fratura, a
incidência de pacientes com fraturas de porcelana de coroas sobre implantes foi de
19,4% para os dentes naturais e 69,5% dos pacientes com coroas sobre implantes no
arco antagonista. Assim, a dentição antagonista pode aumentar a força de impacto, e
quanto maior a força, maior o risco de fratura de porcelana (Quadro 10-14).
Resumo
Fatores de força do paciente são altamente variáveis de uma pessoa para outra. Um
implante deve ser projetado para suportar a carga e resistir às tensões enquanto a
prótese está em função. Um plano de tratamento ideal pode ser estabelecido em
relação ao número e à posição dos dentes ausentes. O plano de tratamento é, em
seguida, modificado dependendo dos fatores de força do paciente. É muito melhor
superestimar a quantidade de suporte necessário para uma prótese. Se apenas um
implante ou um implante muito pequeno for usado, pode ocorrer perda óssea peri-
implantar, fratura ou perda do implante. Como regra geral, a melhor forma de reduzir o
risco de sobrecarga biomecânica é adicionar um implante.
Os cinco fatores de força mais importantes relacionados com as condições do
paciente estão apresentados neste capítulo. Destes, a parafunção é o elemento mais
importante a ser considerado no plano de tratamento. Em uma escala de 1 a 10 de
significância, bruxismo grave é 10, bruxismo moderado é 7 e bruxismo leve é 4.
Apertamento grave nesta escala é 9, apertamento moderado é 5 e apertamento leve é
3. Um EAC excessivo pode dobrar uma força e, portanto, é 7 na escala de importância.
A dinâmica mastigatória grave também pode dobrar um componente de força e resultar
em 7 nesta escala, leves aumentos mastigatórios são mais de 3.
A posição do componente protético no arco determina a magnitude da força e é 1 na
região mandibular anterior, 3 na região maxilar anterior, 5 na região mandibular
posterior e 7 na posterior da maxila (pois a densidade óssea é melhor na região anterior
da mandíbula e menos favorável biomecanicamente na região posterior da maxila). O
arco antagonista sob condições de tratamento típicas é o modificador do componente
de força menos importante. Uma prótese total sobre implantes pode ser um fator 4,
dentes naturais 2, e uma prótese total mucossuportada 1 (Quadro 10-15).
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C A P Í T U L O 11
O osso na janela de desuso agudo perde densidade mineral, e a atrofia por desuso
ocorre porque a modelação do novo osso é inibida e a remodelação é estimulada, com
uma perda óssea em cadeia e gradual (Fig. 11-9). A microdeformação do osso para
uma carga trivial é relatada como sendo 0 a 50.41 Esse fenômeno pode ocorrer em
todo o sistema esquelético, como evidenciado por uma redução de 15% na lâmina
cortical e perda óssea trabecular extensa em consequência da imobilização dos
membros por três meses.45 A redução na densidade do osso cortical de 40% e do
osso trabecular de 12% também foi relatada com o desuso do osso.46,47 É
interessante notar que uma perda óssea similar à atrofia por desuso foi associada aos
ambientes de microgravidade no espaço sideral, porque a microdeformação no osso
resultante da gravidade da Terra não está presente no ambiente espacial, onde “não há
peso”.48 De fato, um astronauta a bordo da estação espacial russa Mir por 111 dias
perdeu aproximadamente 12% dos seus minerais ósseos.49,50
FIGURA 11-9 Quatro zonas de osso relacionadas com a
adaptação mecânica da deformação antes da fratura espontânea.
A janela de desuso agudo é a que apresenta a menor quantidade
de microdeformação. A janela adaptada é uma zona ideal de
carga fisiológica. A zona de sobrecarga branda causa
microfraturas e desencadeia aumento da remodelação óssea,
produzindo um osso mais trançado. A zona de sobrecarga
patológica leva ao aumento nas fraturas associadas à fadiga,
remodelação e reabsorção óssea.
Tabela 11-1
Esquema de Classificação da Densidade Óssea de Misch
FIGURA 11-12 Misch descreveu quatro densidades ósseas
encontradas nas regiões edentadas anterior e posterior da maxila
e mandíbula. O osso D1 é primariamente osso cortical denso; o
osso D2 tem um osso cortical denso, poroso e espesso na crista
e um osso trabecular grosso embaixo; o osso D3 contém uma
crista cortical porosa mais fina e um osso trabecular fino no seu
interior; e o osso D4 quase não apresenta osso cortical na crista.
O osso trabecular fino constitui quase todo o volume ósseo.
DENSIDADE ANÁLOGO
Quando a perfuração do implante é realizada a 2.000 a 2.500 rpm, pode ser difícil
para o cirurgião sentir a diferença entre o osso D3 e D4. No osso D4, a broca pode ser
inserida na profundidade total desejada sem rotação. Em outras palavras, a
compressão do osso, em vez do processo de exodontia, pode ser usada com a broca.
O osso D3 é muito fácil de ser preparado, mas requer que a broca rotacione enquanto é
pressionada na posição.3 Quando a sensação tátil é o método primário para determinar
a densidade óssea, o cirurgião deve saber como modificar o plano de tratamento se a
densidade óssea for diferente da inicialmente estimada no desenvolvimento do plano
de tratamento.
Plano de Tratamento com Base na Evidência Científica de
uma Densidade Óssea
Resistência e Densidade Ósseas
A densidade óssea está diretamente relacionada com a resistência do osso antes da
microfratura.73 Misch et al. relataram as propriedades mecânicas do osso trabecular na
mandíbula usando a classificação de densidade de Misch.75 Uma diferença de 10
vezes na resistência do osso pode ser observada entre o osso D1 e o D4 (Fig. 11-20).
O osso D2 exibiu uma resistência à compressão 47 a 68% maior, comparado com o D3
(Fig. 11-21). Em outras palavras, em uma escala de 1 a 10, o osso D1 está em 9 a 10
de resistência relativa, o osso D2 está em 7 a 8 nessa escala, o osso D3 é 50% mais
frágil que o osso D2 e está em 3 ou 4 na escala de resistência, e o osso D4 está em 1 a
2 e é 10 vezes mais frágil que o osso D1 (Quadro 11-7). Deve ser observado que os
estudos de resistência do osso foram executados nos tipos ósseos maduros. O osso
está 60% mineralizado após 4 meses da cirurgia de instalação do implante, e a
resistência do osso está relacionada com a quantidade de mineralização. Logo, é
racional esperar mais tempo antes de colocar carga no implante, quando a densidade
do osso for D3 ou D4. Um período de 3 a 4 meses é adequado para o osso D1 e D2. Um
período de cicatrização de 5 a 6 meses é benéfico para o osso D3 a D4. As densidades
ósseas que originalmente contaram com a impressão clínica são agora totalmente
correlacionadas com valores objetivos quantitativos obtidos da TC e medidas de
resistência óssea. Esses valores podem ajudar a evitar perdas em situações
específicas de baixa densidade.
D1 85%
D2 65 a 75%
D3 40 a 50%
D4 < 30%
FIGURA 11-24 O osso de densidade D1 apresenta a maior
quantidade de contato osso-implante. Como a tensão é igual à
força dividida pela área, o aumento da área de contato resulta na
diminuição da quantidade de tensão.
FIGURA 11-25 No osso de densidade D2, é encontrado
primariamente osso trabecular grosso próximo ao implante. O
contato osso-implante é maior que no osso D3, mas menor que
no osso D1.
FIGURA 11-26 O osso D4 tem o menor contato osso-implante.
Como resultado, a tensão é maior na interface osso-implante D4.
O osso trabecular é fino, a resistência é baixa, e a diferença no
módulo de elasticidade da microdeformação é maior. A diferença
de microdeformação para cada densidade óssea não é a mesma.
O osso D4 é o que apresenta maior risco, ao passo que o osso
D1, o menor risco após carga.
Tem sido relatado que o COI é relacionado com a densidade óssea e com o tempo
de cicatrização. Por exemplo, em um estudo realizado por Carr et al., o COI foi maior na
mandíbula que na maxila (a mandíbula é usualmente mais densa). Além disso, o COI foi
maior aos 6 meses que aos 3 meses em ambos os maxilares (Fig. 11-27). Portanto, o
tempo de cicatrização antes da colocação de carga sobre o implante pode estar
relacionado com a densidade do osso, pois a resistência do osso e o COI aumentam
com um período de tempo maior. Logo, 3 a 4 meses de cicatrização para o osso D1 e
D2 e 5 a 6 meses para o osso D3 e D4 apresentam menos risco que um mesmo período
curto de tempo para todos os tipos ósseos.
Plano de Tratamento
Quando um paciente é examinado pela primeira vez, a avaliação radiográfica mais
comum é a radiografia panorâmica. O plano de tratamento inicial apresentado ao
paciente usando a localização anatômica como um índice da densidade óssea: região
anterior da mandíbula e reposição de elemento unitário são D2, regiões anterior da
maxila e posterior da mandíbula são D3, e região posterior da maxila é D4. Após os
passos iniciais do tratamento serem levados em consideração (p. ex., tipo e projeto da
prótese, posição ideal do implante e fatores de força do paciente), um plano de
tratamento mais completo relacionado com a densidade óssea é obtido com TC ou
modificado durante o procedimento cirúrgico usando-se o método de sensibilidade tátil
para determinar a densidade óssea.
Quatro fatores sustentam a base para a modificação do plano de tratamento em
função da qualidade óssea: (1) cada densidade óssea apresenta uma resistência
diferente, (2) a densidade óssea afeta o módulo de elasticidade, (3) as diferenças nas
densidades ósseas resultam em diferentes quantidades de porcentagem de COI, e (4)
as diferenças nas densidades ósseas resultam em distribuição diferente da tensão-
deformação na interface osso/implante. A densidade do osso é um modificador
importante do plano de tratamento de diversas maneiras – fatores protéticos; número,
tamanho, projeto e condição da superfície do implante; e a necessidade ou método de
carga progressiva (Quadro 11-9).
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CAPÍTULO 12
Opções de Pilares
Várias opções de tratamento estão disponíveis para a reabilitação adequada de um
segmento edentado. Como regra geral, em um paciente parcialmente edentado,
próteses sobre implantes devem ser independentes dos dentes adjacentes naturais.
Existem fatores biológicos e biomecânicos que favorecem próteses unitárias sobre
implantes, e os maiores benefícios são os fatores biológicos de menos cáries e riscos
endodônticos. A incidência de dentes com fraturas radiculares quando são realizadas
pontes fixas PPF chega a 22% das complicações dentro de 10 anos (porque os
pônticos agem como nicho para placa), ao passo que as coroas unitárias têm um risco
de fraturas radiculares inferior a 1% no mesmo prazo.10-12 Quando o dente adjacente
ao sítio edentado é um dente natural e uma prótese independente sobre implante é
fabricada, há menos risco de cárie do dente, e os implantes não desenvolvem a lesão
de cárie. A segunda complicação comum das próteses fixas dentossuportadas está
relacionada a fatores endodônticos que ocorreram em aproximadamente 15% de casos
em 10 anos. Quando próteses unitárias são projetadas, os pilares sobre implantes não
necessitam de procedimentos endodônticos, e dentes naturais não esplintados têm
menos procedimentos endodônticos, especialmente se eles não estiverem preparados
para coroas. Por conseguinte, o dente não preparado tem menos riscos de falha
endodôntica ou fratura (Fig. 12-4).
Além disso, a distribuição das forças oclusais é otimizada quando próteses unitárias
sobre implantes são projetadas. Esta distribuição de forças, também diminui o risco de
afrouxamento do pilar, desadaptação da prótese e perda óssea marginal. Como
resultado, o plano de tratamento ideal para um paciente parcialmente edentado inclui
uma prótese unitária implantossuportada (Quadro 12-1).
Sem Cantiléveres
A primeira regra para posições estratégicas ideais para os implantes é que nenhum
cantiléver deve ser desenhado na prótese fixa de pacientes parcialmente edentados ou
edentados totais superiores. Cantiléveres são significativos magnificadores de força
para o cimento ou parafusos protéticos, prótese com superestrutura, pilares, interface
implante-osso e implantes.16,17
Cantiléveres em PPFs suportadas por dentes apresentam mais complicações do que
de próteses com pilares terminais.9,12,18 As principais causas de insucesso das
tradicionais PPFs de três unidades apoiadas em dentes naturais são cáries e
complicações endodônticas (muitas vezes relacionadas com o preparo ou fratura do
dente). A taxa de sobrevida em 5 anos de uma PPF tradicional é muitas vezes acima de
95% .11 No entanto, quando uma PPF de três unidades em cantiléver suportada por
dois dentes é utilizada para substituir um dente ausente, a taxa de perda é de mais de
25% nas primeiros 5 anos, e a taxa de complicações aumenta para 40% em 10 anos; a
principal causa do insucesso é biomecânica.12,18
Quando uma carga incide sobre a parte cantiléver de uma prótese, o pilar mais
distante do pôntico em cantiléver tem força de tração e de cisalhamento aplicadas à
vedação de cimento porque o dente adjacente aos pônticos age como um ponto de
apoio (Fig. 12-8). Cimentos são 20 vezes mais fracos para a força de cisalhamento do
que para as forças de compressão.19 Assim, com uma prótese em cantiléver, ocorrem
quebras do selamento do cimento no pilar mais distal e, em seguida, o pilar
frequentemente fratura. O pilar mais próximo do cantiléver balança ou fratura
especialmente quando a endodontia foi realizada porque é o único pilar retido para a
prótese. Estas complicações biomecânicas geralmente ocorrem durante um período de
tempo relativamente curto em comparação com as complicações biológicas, fratura ou
doença periodontal.
A força de mordida máxima na região anterior atinge 11,33 kg, é aumentada para
45,36 kg na região que vai de canino a pré-molar, e aumenta ainda mais para 113,40 kg
na região dos molares. Cantiléveres sobre a prótese são magnificadores de tensão
para o sistema do implante e podem dobrar a força de mordida.16 Quando cantiléveres
são utilizado nas regiões posteriores, a força de mordida (até cinco vezes maior do que
na região anterior) é ainda mais potencializada pelo cantiléver e pode aumentar a
pressão sobre o sistema de implante em várias vezes. Por exemplo, uma força de
mordida de 45,36 kg pode existir em um implante na região pré-molar sem cantiléver.
Quando um cantiléver é usado para substituir o molar, esta força pode ser
potencializada para uma força de 113,40 kg em um molar em cantiléver, o que resulta
numa força de 226,80 kg no pilar anterior em região de pré-molar. Em vez da força de
45,36 kg na região de pré-molar, a força pode ser cinco vezes maior (Fig. 12-9).
Um Dente Ausente
Quando um dente é substituído por um implante, o implante deve ser introduzido no
centro mesiodistal do sítio. Como regra geral, o implante deve estar de 1,5 mm a 2 mm
afastado do dente adjacente. Dessa forma, um implante de 4 mm precisa de 7 mm de
espaço. Quando um molar (10-12 mm) é substituído, o implante deve ser maior em
diâmetro para diminuir o cantiléver mesial e distal, e deve ser colocado no centro
mesiodistal do sítio edentado. Este diminui os riscos relacionados à biomecânica para o
sistema do implante (Figs. 12-12 e 12-13).
Opção de Cantiléver
Quando dois dentes adjacentes estão ausentes na região estética anterior aos caninos
e o espaço interdentário é inferior a 12 mm, um cantiléver pode ser uma opção
aceitável. O momento mais comum dessa condição clínica ocorre em casos com dois
incisivos adjacentes na região anteroinferior. Quando o cantiléver sobre a prótese é
representado por apenas um pôntico do incisivo lateral inferior, as posições ideais dos
implantes não podem incluir o sítio do incisivo lateral. Quando um pôntico substitui o
incisivo lateral, o contorno de tecido mole pode ser otimizado em comparação com um
implante com menos de 3 mm de espaço do implante adjacente. O incisivo lateral
inferior é o menor dente do arco, de modo que o cantiléver é limitado. Quando o espaço
mesiodistal for inferior a 12 mm, o incisivo lateral inferior em cantiléver deve ser de 5
mm ou menor. As forças de mordida anterior são mais baixas na região de incisivo
central e lateral. A força oclusal acontece no eixo longo de incisivo inferior. O contato
oclusal no pôntico do incisivo lateral deve ser eliminado para reduzir ainda mais o risco
de sobrecarga. Como resultado, a posição ideal de implante baseada em força e
estética pode ser alcançada com um implante de maior diâmetro na posição central (p.
ex., 4 mm de diâmetro × 3 mm) e um pôntico em cantiléver para substituir o incisivo
lateral inferior. Deve-se notar que a região cervical dos incisivos inferiores raramente
encontra-se na zona estética. Assim, a falta de papila interdental geralmente não é uma
consequência.
Quando um incisivo lateral e um incisivo central superiores estão ausentes, o espaço
interdentário é quase sempre superior a 12 mm porque um incisivo central geralmente é
de 8 mm ou mais largo. Assim, dois implantes quase sempre podem ser instalados.
Nota: Um cantiléver de duas unidades não deve ser utilizado a partir de um implante no
canino porque a magnitude e a direção da força na excursão também aumentam a força
para o implante no canino.
O fato de que, em certas ocasiões, um cantiléver pode ser aceitável quando os
fatores de força são baixos e a densidade óssea é favorável não nega o objetivo ideal
de que nenhum cantiléver deve ser projetado na prótese, especialmente nas regiões
posteriores. Portanto, sempre que o espaço interdentário é de 12 mm ou mais, os
pilares terminais em cada extremidade da prótese são os primeiros a serem concebidos
no plano de tratamento. Quando esta opção não está prontamente disponível, um
implante de maior diâmetro ou com maior área de superfície é planejado. Além disso, as
forças oclusais para a parte em cantiléver da prótese devem ser muitas vezes
reduzidas ou mesmo eliminadas.
Opções de Cantiléver
O plano de tratamento ideal deve eliminar cantiléveres em pacientes parcialmente
edentados e em edentados totais superiores. No entanto, em edentados totais
inferiores, um cantiléver é muitas vezes a opção de tratamento mais prudente. Por
exemplo, em um paciente edentado total inferior, o osso disponível na região posterior
pode ser insuficiente para a instalação do implante sem procedimentos complexos (p.
ex., reposicionamento de nervo, enxertos ósseos de crista ilíaca).
Além disso, a dinâmica de movimento do osso durante abertura e função é diferente
para mandíbula e maxila. Sobre a abertura, a mandíbula flexiona da distal do forame
mentoniano em direção à linha média. Durante mastigação pesada sobre o lado do
arco, a parte inferior da mandíbula gira para vestibular, e a crista gira ligeiramente para
lingual, novamente, distal ao forame mentoniano26,27 (Fig. 12-28). Como
consequência, unir um implante na região de molar a outro contralateral cruzando o
arco pode causar desconforto e forças laterais sobre os sítios de implantes. Com
próteses sobre implantes, perda de cimentação, perda óssea e ainda perda do implante
foram observados quando implantes na região de molares foram unidos cruzando o
arco.
Além das cargas maiores aplicadas aos pilares naturais, todo o intervalo de pônticos
entre os pilares se movimenta sob carga.31 Quanto maior o intervalo entre os pilares,
maior a flexibilidade do metal na prótese. Um intervalo de um pôntico exibe pouca
flexibilidade (8 mícrons ou menos com metais preciosos sob uma carga de 11,34 kg). A
flexibilidade do intervalo de dois pônticos é oito vezes maior do que a do intervalo de
um pôntico, sendo todas as outras variáveis iguais. Embora a flexibilidade do metal seja
maior para a prótese com dois pônticos, a taxa de falha de próteses de três ou quatro
unidades suportadas por dentes naturais é semelhante nos primeiros 5 anos porque a
causa da falha é, na maioria das vezes, biológica (p. ex., cárie) (Fig. 12-32).
FIGURA 12-32 A causa mais comum de insucesso de uma
prótese fixa parcial de quatro unidades em dentes naturais é a
cárie em um dos pilares. O segundo pré-molar é perdido como
consequência do reservatório de placa encontrado a partir de
pônticos da prótese.
O metal entre os pilares para um intervalo de três pônticos é 27 vezes mais flexível
do que para um intervalo de um pôntico, mesmo que todos os outros fatores sejam
iguais28 (Fig. 12-33). Além disso, quanto maior for a carga, maior será flexibilidade.
Assim, em pacientes com parafunção, a flexibilidade é ainda maior. A flexão do metal
impõe forças de cisalhamento e tração sobre os pilares.32 Quanto maior for a
flexibilidade, maiores os riscos de fratura da porcelana, de perda de cimentação e do
afrouxamento do parafuso do pilar. Como resultado, não é só a magnitude da força que
é aumentada para os pilares adjacentes quando a prótese tem três pônticos (porque
eles estão apoiando dois pilares e três pônticos), mas a flexão do metal também
aumenta a um ponto que a incidência de complicações torna o plano de tratamento
contraindicado, especialmente quando as forças são maiores (como na região
posterior) (Fig. 12-34). Consequentemente, uma prótese com três pônticos adjacentes
tem uma maior taxa de insucesso do que uma prótese fixa com um ou dois pônticos. O
aumento da taxa de insucesso de próteses fixas de longa extensão deve-se, em grande
parte, ao aumento das complicações biomecânicas (p. ex., restaurações não fixas e
fratura). Por causa disto, muitos autores têm afirmado que três pônticos nas regiões
posteriores são contraindicados para os dentes naturais18,26,28,0150 (Fig. 12-35).
FIGURA 12-33 A, Uma prótese parcial fixa (PPF) com um pôntico
tem mínima flexibilidade do metal. B, A PPF com dois pônticos é
oito vezes mais flexível do que com um intervalo de um pôntico.
C, Uma PPF com três pônticos tem 27 vezes mais flexibilidade
que um intervalo de um pôntico.
Regra do Canino
Em qualquer arco, certas posições são sítios mais importantes do que outros. No arco
dental, essas posições mais importantes são representadas pelo canino e pelo primeiro
molar33,34 (Fig. 12-38). A raiz do canino tem mais área de superfície em qualquer arco
em comparação com qualquer outro dente anterior, e o molar tem mais área de
superfície de raiz do que todos os dentes posteriores35 (Fig. 12-39). O canino é um
dente particularmente interessante. Quando uma força lateral é colocada no canino
natural e não há dentes posteriores em contato, dois terços dos músculos masseter e
temporal não contraem, e a força resultante sobre o dente anterior é menor.36 Além
disso, porque a mandíbula atua como uma alavanca de classe III, com a articulação
temporomandibular por trás dos músculos da mastigação, a força aplicada ao dente
anterior é menor quando os dentes posteriores não ocluem.37 Em outras palavras,
tanto fatores biológicos quanto fatores biomecânicos tornam a posição do canino um
importante sítio no arco dental.
FIGURA 12-38 Em um arco dental, as duas mais importantes
posições biomecânicas são representadas pelo canino e pelos
primeiros molares.
A prótese fixa para substituição de um canino tem um risco maior do que qualquer
outra prótese na boca. O incisivo superior ou inferior adjacente é um dos dentes mais
fracos da boca, e o primeiro pré-molar é muitas vezes um dos dentes posteriores mais
fracos também. Como consequência, quando um canino está ausente, um único
implante substituindo o canino é o tratamento de escolha (Fig. 12-40; Quadro 12-4).
A região do canino também é uma posição estratégica para implante em uma prótese
total. Em uma análise de elemento finito tridimensional, foi feita uma comparação entre
próteses totais fixas suportadas por quatro implantes sem a região do canino e seis
implantes incluindo a região do canino.40 Dependendo da direção e posição de carga
aplicada, o modelo de seis implantes reduziu sua tensão em 7 a 29% quando um
implante estava na região do canino (Fig. 12-46).
FIGURA 12-46 Uma radiografia panorâmica de uma prótese fixa
superior implantossuportada com apenas quatro implantes.
Existem quatro pônticos adjacentes, entre eles um canino. Isso é
contraindicado para dentes naturais (por causa da extensão do
intervalo e da falta do canino). Pelo menos dois implantes
adicionais são indicados (nas regiões de caninos) para diminuir a
tensão biomecânica sobre a prótese.
As condições para uma prótese parcial de classe IV são ainda piores quando
implantes apoiam a prótese parcial porque os implantes são mais rígidos. Uma
sobredentadura implantossuportada é semelhante a uma prótese parcial removível.
Quando a região anterior (incluindo os caninos) não tem o suporte de implantes, os
conectores da sobredentadura afrouxam e frequentemente quebram (Fig. 12-48). Como
resultado, o protesista tenta fazer um sistema de conectores rígidos para a prótese. No
entanto, quando a prótese não se move durante a função, torna-se uma prótese fixa. E,
portanto, precisa de tantos implantes e posições estratégicas quanto uma prótese fixa
não removível (Fig. 12-49).
FIGURA 12-48 A, Uma sobredentadura superior sobre implantes
posteriores; o paciente está com 10 dentes anteriores ausentes.
B, A sobredentadura está completamente instável. Os conectores
se soltam e frequentemente fraturam.
Como o enxerto ósseo do seio maxilar é muito previsível, algumas opções de planos
de tratamento para pacientes completamente edentados têm usado enxertos de seio
para a instalação de implante de molar superior e sobredentaduras sem implantes na
região anterior. As consequências deste tratamento, quando as posições do canino não
são usadas para o suporte, são complicações da sobredentadura, perda óssea
marginal ao redor dos implantes e perda do implante (Fig. 12-50). Um implante na
posição canina é uma posição estratégica, mesmo para uma sobredentadura maxilar.
Quatro a seis implantes anteriores com cantiléveres posteriores têm sido sugeridos
para a maxila totalmente edentada, (Fig. 12-59). As próteses totais para arcos
superiores edentados também devem ter um implante na região de primeiro molar. Em
geral, a densidade óssea da maxila é menor do que a mandíbula em ambos as regiões
anterior e posterior. O implante instalado na região anterior da maxila recebe uma carga
angulada (em comparação com a região anterior da mandíbula) em ambas as
excursões centrais e inferiores. A região anterior da maxila geralmente tem implantes
mais curtos do que a anterior da mandíbula porque a altura vertical do osso é menor em
comparação com a região anterior da mandíbula. Os implantes mais curtos têm menor
área de superfície e sofrem tensões mais elevadas, especialmente em osso macio. Na
maioria das vezes, próteses fixas superiores se opõem a uma prótese fixa sobre
implantes ou dentes naturais. Isto aumenta a força para a prótese superior. Portanto, os
riscos biomecânicos associados às próteses maxilares totais com um cantiléver em
região de molar são maiores do que para as próteses mandibulares. Uma revisão da
literatura sobre próteses totais relata ser três vezes maior a taxa de perda do implante
com próteses fixas totais sobre implantes na maxila em comparação com próteses totais
sobre implantes na mandibula.4 Por isso, o plano de tratamento deve ser diferente para
os dois arcos.
FIGURA 12-59 A, Quatro implantes em uma maxila edentada são
sugeridos na literatura para suportar uma prótese fixa. B, Na
maioria das vezes, uma prótese fixa suportada por quatro
implantes anteriores ampara os molares. Além disso, há também
um cantiléver para fora do arco facial em ambas as regiões
anterior e posterior. C, A taxa de perda dos implantes maxilares
geralmente provoca perda óssea adicional. A maxila pode ser
incapaz de ser restaurada sem enxertos ósseos avançados, mais
implantes, e uma nova prótese.
Número de Implantes
No passado, o número de implantes na maioria das vezes era determinado em relação
à quantidade de osso disponível. Este conceito tornou-se popular em meados dos anos
1980, quando as diretrizes de Brånemark para a osseointegração foram introduzidas
em edentados totais. Em um arco edentado, quatro a seis implantes anteriores foram
usados em situações de osso disponível entre os forames mentonianos, na mandíbula e
anterior aos seios maxilares, na maxila, para a confecção de uma prótese total fixa. As
próteses apresentavam cantiléveres na região de molares a partir das posições
anteriores dos implantes. Quatro implantes foram instalados em rebordos com atrofia
moderada a grave para a confecção de uma prótese total fixa.2 Esse conceito tem sido
expandido para incluir implantes zigomáticos nas regiões posteriores com fixação no
palato e a 4 mm apicais do processo zigomático (passando pelos seios maxilares) (Fig.
12-61). Esta opção de tratamento não considera os amplificadores de força do EAC ou
a distância AP (intervalo AP) do implante em relação ao cantiléver anterior substituindo
os dentes anteriores. Além disso, quando quatro implantes suportam uma prótese fixa
de 12 unidades, a posição dos implantes não pode seguir a regra das quatro posições
estratégicas para implantes e muitas vezes não há implantes nas regiões de caninos e
mais de três pônticos entre os implantes anteriores ou três pônticos em cantiléver a
partir dos implantes mais distais.
Em próteses totais, estudos comparando seis implantes com pilares sobre três ou
quatro implantes mostram uma melhor distribuição e redução da tensão sobre os
componentes do sistema de seis implantes (coroa, cimento, pilar, parafuso do pilar,
osso marginal, interface implante-osso e componentes do implante)42 (Fig. 12-62).
Silva et al.40 avaliaram com análise de elemento finito tridimensional a diferença de
quatro contra seis implantes para suportar uma prótese total com cantiléver. A extensão
do cantiléver e a altura da coroa foram semelhantes em ambos os modelos. O modelo
de suporte com seis implantes reduziu a tensão sobre as regiões implante-osso em 7 a
29% , dependendo da orientação e posição da carga aplicada.
Tabela 12-1
Sucesso dos Implantes versus Sucesso das Próteses: Quatro Implantes por
Próteses para 25 Pacientes (100 Implantes para 25 Próteses)
100% 25 100%
90% 15 60%
80% 5 20%
75% 0 0%
Se os 25 pacientes edentados neste exemplo tiverem oito implantes para apoiar uma
prótese fixa total de 12 unidades, os riscos de perda da prótese serão
significativamente reduzidos (Tabela 12-2). Se cada paciente perder um implante, o
mais provável é que todos os pacientes ainda seriam capazes de manter suas funções
com as suas próteses originais. Ainda que todos os 25 pacientes perdessem dois
implantes, as 25 próteses poderiam manter suas funções sem risco (dependendo da
localização do implante perdido). Os implantes adicionais também reduzem a extensão
do cantiléver e reduzem o número de pônticos na prótese, proporcionando mais pilares
para uma maior retenção da prótese com redução do risco de afrouxamento do
parafuso ou de perda de cimentação. Como regra geral, é melhor errar no lado da
segurança em números do que no lado de poucos implantes. Portanto, em caso de
dúvida, adicione um implante ao plano de tratamento.
Tabela 12-2
Sucesso dos Implantes versus Sucesso das Próteses: Oito Implantes por
Próteses para 25 Pacientes (200 Implantes para 25 Próteses)
100% 25 100%
87,5% 25 100%
75% 25 100%
Estudos anteriores demonstraram que três pilares para o espaço de cinco dentes
distribuem a tensão de forma mais favorável do que dois pilares para o mesmo
espaço.47 Um implante adicional pode diminuir a força de reação do implante em duas
vezes e reduzir a flexibilidade do metal em cinco vezes. Além disso, no cenário de três
pilares, o momento de força é reduzido. Avaliações comparativas entre número e
tamanho de implantes também foram feitas para distribuição de tensões para próteses
fixas de três unidades.48 Aumentar o número de implantes diminuiu a força na interface
osso-implante mais do que aumentar o tamanho do implante.
O custo da cirurgia de implante e da prótese não deve ser exclusivamente
relacionado com o número de implantes. Quando os riscos são reduzidos, os custos do
tratamento devem ser menores do que quando os riscos são maiores. Portanto, a
opção de quatro implantes para uma prótese total muitas vezes deve ter um custo maior
do que a opção de oito implantes.
Coroas Unidas
Há muitas vantagens em unir os implantes. Para benefício máximo do aumento do
número de implantes, estes devem ser unidos em conjunto. Implantes unidos (1)
aumentam a área de superfície funcional de suporte, (2) aumentam a distância AP
(extensão AP) para resistir a cargas laterais, (3) aumentam a retenção de cimento da
prótese, (4) facilitam a retirada da prótese em situações de afrouxamento do parafuso,
(5) diminuem o risco de perda óssea marginal,39 (6) diminuem o risco de fratura da
porcelana, (7) diminuem o risco de afrouxamento do parafuso do pilar, (8) diminuem o
risco de fratura do componente do implante, e (9) fazem as complicações decorrentes
da perda do implante mais fáceis de tratar. Em outras palavras, todo o sistema se
beneficia.10
1. Os implantes unidos aumentam a área da superfície funcional para o sistema de
suporte. Quando os implantes são independentes, eles não podem compartilhar a
carga oclusal de um implante para outro.54 Como consequência, com coroas unidas
sobre implantes, os riscos associados à sobrecarga biomecânica ao sistema de
implantes são reduzidos (porcelana oclusal, cimento ou parafuso que retêm as
próteses, o osso marginal, a interface osso-implante e os componentes do implante).
Se um implante no sítio do segundo molar superior está ligado a um primeiro molar
superior, ele pode compartilhar uma carga oclusal com o primeiro molar mesmo
quando o segundo molar não tem carga oclusal direta (Fig. 12-69). Como
consequência da união dos implantes, a sua sobrevida pode ser maior. Por exemplo,
Quiryman et al.55 relataram taxas de sucesso de 90% para implantes unitários,
97% para dois implantes ferulizados e 98% para três implantes unidos.
2. Uma distância AP entre dois ou mais implantes é benéfica para qualquer carga
angular ou cantiléver, especialmente quando os três ou mais implantes não estão
em linha reta56 (Fig. 12-70). A biomecânica de um arco é de maior benefício porque
há cinco planos diferentes conectados entre si (molares bilaterais, pré-molares
bilaterais, caninos bilaterais, e um implante anterior).57 Forças rotacionais, forças
anguladas e cantiléveres vestibulares ou linguais (cargas offset) são todos
reduzidos quando os implantes unidos não estão no mesmo plano e recebem carga
em comparação com elementos individuais.
FIGURA 12-70 Quando três ou mais implantes são unidos, uma
propagação anteroposterior é obtida, o que melhora a resistência
a cargas laterais.
9. Se um implante independente for perdido ao longo do tempo, ele pode ser removido,
o sítio do implante, enxertado e o implante, reinstalado. Isto pode exigir várias
cirurgias ao longo de um período de tempo de 1 ano. Além disso, uma coroa nova
deve ser fabricada. Quando em situação de múltiplos implantes unidos um implante
é perdido, este geralmente deve ser removido e a coroa, convertida para um pôntico
usando-se a mesma prótese (Fig. 12-78). Como resultado, em vez de várias
cirurgias e procedimentos protéticos durante um período prolongado quando
unidades independentes são restaurados, o problema pode ser resolvido em um
tempo relativamente curto. Como consequência, de todas as vantagens das coroas
unidas sobre implantes em relação a unidades individuais, a regra é, sempre que
possível, manter os dentes naturais como unidades independentes e, sempre que
possível, unir coroas sobre implantes.
Resumo
Um plano de tratamento baseado na biomecânica reduz as complicações após a
colocação de carga sobre a prótese implantossuportada. Para reduzir as condições de
tensão, existem posições estratégicas de implantes para uma prótese para substituição
de dentes ausentes em pacientes parcialmente edentados e para próteses totais fixas
maxilares: (1) nenhum cantiléver deve ser idealmente projetado sobre a restauração,
(2) três pônticos adjacentes devem ser eliminados, e (3) os sítios de caninos e (4) de
primeiro molar são posições importantes em um arco. Aumentar o número de implantes
é o método mais eficaz para aumentar a área de superfície e reduzir a tensão geral.
Portanto, depois que as posições estratégicas para implantes principais são
selecionadas, implantes adicionais são indicados para reduzir os riscos de fatores de
sobrecarga de força de pacientes ou sítios de implante com redução da densidade
óssea. Quando em dúvida sobre o número de implantes necessários, um implante
adicional deve ser acrescentado. Esses implantes, sempre que possível, devem ser
unidos para reduzir ainda mais as complicações biomecânicas.
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Ao longo dos anos, planos de tratamento com implantes dentais que incorporam
biomecânica têm sido propostos por Misch para reduzir as complicações mais
frequentes – aquelas relacionadas com a tensão biomecânica2 (Fig. 13-2). A prótese é
inicialmente planejada, incluindo a opção por uma prótese fixa ou removível, o número
de dentes que serão substituídos e necessidades estéticas. Os fatores de força do
paciente são, então, considerados para avaliar a magnitude e tipo de força aplicada à
prótese. A densidade óssea é avaliada nas regiões com potencial para instalação de
implante. As posições estratégicas para o implante são escolhidas, seguidas pela
quantidade de implantes adicionais, baseada nos fatores de força do paciente e na
densidade óssea nas áreas a serem implantadas. As posições determinantes são
importantes, independentemente dos fatores de força do paciente e da densidade do
osso. Por exemplo, mais implantes deveriam ser utilizados quando o paciente possui
parafunção ou quando o osso é menos denso porque a maior força exercida nos
implantes pilares transmitirá maiores tensões na interface osso-implante. De fato, o
número de implantes também deve ser um fator quando o tamanho ideal do implante é
inadequado para a carga biomecânica. A próxima consideração nessa sequência de
plano de tratamento ideal é o tamanho do implante (Quadro 13-1).
Uma abordagem compreensiva para uma visão geral sobre o tamanho de implante
ideal se inicia com a identificação de problemas clínicos a serem discutidos. Implantes
dentais atuam para transferir a carga para os tecidos biológicos circundantes.3,4 A
administração de cargas biomecânicas depende de dois fatores: a natureza da força
aplicada e a área da superfície funcional sobre a qual a carga é distribuída.5 O tamanho
do implante afeta diretamente a área da superfície funcional que distribui a carga
transferida através da prótese. Princípios científicos fundamentais relacionados com a
força e a área de superfície são, então, combinados com princípios de engenharia em
busca dos objetivos clínicos desejados. Quando relevantes, considerações estéticas
em relação ao tamanho do implante também serão discutidas. Este capítulo constrói e
aplica biomecânica básica e demonstra como esses princípios também se relacionam
com o tamanho ideal do implante dental para suportar uma carga protética. As
orientações estéticas associadas ao tamanho do implante também são identificadas.
Magnitude da Força
A fisiologia do sistema estomatológico determina uma variedade de amplitudes de
forças que podem ser aplicadas em um implante no ambiente oral. A magnitude da força
mastigatória varia em função da região anatômica e do estado da dentição.11 Mordidas
com força padrão podem alcançar 4,54 a 158,76 kg. A magnitude da força é maior na
região de molar (99,79 kg), menor na área do canino (49,90 kg) e ainda menor na
região dos incisivos (11,34 a 15,88 kg).12 Com a parafunção, essa média da força
máxima mastigatória aumenta em uma magnitude que pode alcançar 453,59 kg nas
regiões posteriores.13
Após grandes períodos de edentulismo, o rebordo ósseo se torna frequentemente
menos denso. Estudos em maxilares dentados e edentados demonstram maior
densidade óssea trabecular nas regiões anteriores, quando comparadas com as
regiões molares.14 A resistência máxima do osso é altamente dependente de sua
densidade.15 Dessa maneira, um osso menos denso pode não ser capaz de suportar
forças mastigatórias fisiológicas normais sobre um implante dental. Um planejamento
cuidadoso do tratamento, incluindo a seleção do tamanho adequado do implante, é
fundamental para diminuir a magnitude da carga imposta sobre a interface osso-
implante em condições menos ideais. Assim, as regiões posteriores com maiores forças
mastigatórias e menores densidades ósseas deveriam utilizar um parâmetro diferente
na seleção do tamanho do implante, em comparação com as regiões anteriores.
Quando o tamanho do implante não é maior nas regiões anteriores, considerações de
desenho ou número do implante (ou ambas) deveriam compensar pelos maiores fatores
de força ou densidade óssea deficiente.
Duração da Força
A duração da força mastigatória na dentição tem uma grande variação. Sob condições
ideais, os dentes se aproximam durante a deglutição e mastigação apenas em rápidos
contatos. O tempo total desses breves episódios representa menos de 30 minutos por
dia.13 Pacientes que exibem bruxismo, apertamento ou outros hábitos parafuncionais,
contudo, podem ter seus dentes em contato durante várias horas por dia. Fraturas por
fadiga aumentam em relação direta com o aumento de força e com o número de ciclos
da carga.5 Consequentemente, um aumento na duração da força influencia diretamente
um crescimento no risco de fadiga da carga transferida para o corpo do implante
quando a força é maior que o limite da resistência dos componentes.16 A largura do
corpo do implante está diretamente relacionada com a resistência de um implante, e
implantes com maiores diâmetros reduzem o risco de fratura por fadiga. Portanto, a
resistência a fraturas por torção deveria ser alterada em pacientes com mordidas de
maior força (p. ex., pacientes parafuncionais), por meio do aumento do diâmetro do
implante.
A duração de uma força também pode alterar a interface osso-implante. Danos ao
osso cortical por fadiga têm sido relatados sob taxas de força de alta frequência (p .ex.,
fraturas de tíbia em corredores).17 Embora dano por fadiga no osso alveolar ainda não
tenha sido bem relatado na literatura, é improvável que o osso alveolar reaja de
maneira diferente às cargas parafuncionais. Roberts et al. relataram que o osso ao
redor do implante pode ser remodelado a uma taxa de 500% ao ano após a carga, em
comparação com remodelação fisiológica do osso trabecular normal ao redor de um
dente, com taxa de 40% ao ano.18 O aumento dramático nas taxas de remodelação
pode, eventualmente, levar a dano por fadiga e consequente perda óssea.19 Essa
perda óssea pode ocorrer essencialmente nas regiões marginais da crista ou se
estender através da interface e levar à perda do implante.
Tipo de Força
Três tipos de forças podem ser utilizados sobre os implantes dentais no ambiente oral:
compressão, tensão e cisalhamento. O osso é mais forte sobre cargas de compressão,
30% mais fraco quando submetido a forças tensionais e 65% mais fraco sob cargas de
cisalhamento20 (Fig. 13-5). Por isso, deve-se tentar limitar as forças de cisalhamento
sobre o osso, uma vez que ele é menos resistente a fraturas sob essas condições. Isso
é mais importante em regiões nas quais o osso possui menor densidade, porque a
resistência do osso também está diretamente relacionada com a sua densidade.15 Um
aumento na largura de um implante pode diminuir as cargas contralaterais e aumentar a
quantidade de interface osso-implante formada sob cargas compressivas. Por isso,
quando forças apresentam maior tensão ou cisalhamento por natureza (como
cantiléveres ou cargas angulares), o diâmetro ou número do implante devem ser
aumentados, para compensar pelo estado enfraquecido do osso (Fig. 13-6).
Direção da Força
A direção da carga tem um efeito significativo na magnitude dos componentes de
cargas compressivas e laterais (forças tensionais e de cisalhamento). Cargas angulares
aumentam a quantidade de carga de cisalhamento transmitida do corpo do implante
para o osso, e o osso é o mais fraco para cargas de cisalhamento.21 Pelo aumento do
ângulo da carga em apenas 15 graus, o componente lateral dessa carga (forças de
cisalhamento e tensão) é aumentado em 25,9% . Todo grau de carga angulada aumenta
a carga de cisalhamento transferida aos implantes, que é o componente mais danoso
da carga, porque o osso é mais fraco para cisalhamento. As forças aplicadas sobre a
estrutura de um implante são geralmente maiores na interface da crista óssea.22
Cargas anguladas aplicadas na prótese implantossuportada produzem cargas
anguladas na plataforma do implante e, portanto, do osso marginal; Portanto, é
importante considerar a angulação do implante (Fig. 13-7).
FIGURA 13-7 Quanto maior for o ângulo da carga para a
prótese, maior o componente lateral de força. O componente
lateral de força é principalmente cargas de cisalhamento e
tensão.
Sob condições ideais, o corpo do implante deve ser direcionado para gerar cargas
compressivas no longo eixo do implante e para reduzir as cargas de cisalhamento na
região da crista marginal. Forças oclusais em relação cêntrica de oclusão ocorrem onde
as forças oclusais são maiores. Dessa maneira, o implante deveria ser instalado de
maneira perpendicular à curva de Wilson e à curva de Spee. Além disso, o alinhamento
axial gera menos tensão ao sistema do implante (p. ex., pilar protético e parafuso do
pilar protético) e reduz o risco de perda do parafuso e fraturas por fadiga do implante
ou seus componentes.
A anatomia da mandíbula e da maxila frequentemente apresenta restrições
significativas quanto à possibilidade de instalar cirurgicamente um implante para
suportar a carga no comprimento do seu longo eixo. Por exemplo, padrões de
reabsorção após edentulismo prolongado exacerbam a angulação da maxila e
mandíbula.23 Além disso, depressões inferiores no osso restringem a instalação do
implante em cada arco e, em consequência, afetam a direção da carga imposta sobre o
implante. Quase todas as depressões inferiores ocorrem na vestibular do osso, com
exceção da fossa submandibular na região posterior da mandíbula.24 O corpo do
implante frequentemente possui angulação para evitar a perfuração do corte do osso
vestibular/lingual durante a instalação. Essas angulações aumentam complicações
biomecânicas e podem ser reduzidas pelo aumento do diâmetro do implante (ou
aumentando o número de implantes).
A região anterior da maxila não permite uma posição ideal do implante, mesmo sob
condições ideais. Os dentes anteriores superiores naturais estão 12 a 15 graus fora do
longo eixo de carga, e o osso da pré-maxila fica em uma relação similar após a perda
dos dentes. Portanto, implantes nessa região são geralmente posicionados em um
ângulo maior em relação às cargas oclusais que em qualquer outra região.21 Para
diminuir o efeito de uma carga angulada sobre o implante, o corpo do implante deve ser
aumentado em diâmetro. É interessante notar que os dentes anteriores superiores
possuem diâmetro maior que os dentes mandibulares correspondentes. Ao passo que
os dentes anteriores inferiores são carregados em seus longos eixos, os dentes
maxilares não são. Portanto, o diâmetro dos dentes naturais anteriores segue essa
lógica biomecânica.
Amplitude da Força
A amplitude da força faz crescer a tensão sob condições usuais de carga (p. ex., uma
prótese com cantiléver, uma coroa com altura maior que o normal, uma carga angulada
ou parafunção).5 Múltiplos amplificadores de força, tais como pacientes com hábitos
parafuncionais e coroas com altura excessiva, podem exceder a capacidade de
qualquer implante dental de suportar as cargas oclusais. Um plano de tratamento
cuidadoso, com atenção especial à posição do implante, ao número do implante, à
carga oclusal e ao aumento no tamanho do implante para ampliar a área da superfície
funcional, é indicado quando um caso clínico apresenta o desafio dos amplificadores de
força.
Um amplificador de força ao redor de um implante individual também é afetado pela
densidade do osso. Quatro categorias distintas de densidade do osso na maxila e
mandíbula exibem uma grande variedade de resistências biomecânicas (p. ex.,
habilidade de suportar cargas fisiológicas).14 O aumento significativo das taxas de
perdas clínicas em ossos trabeculados e de baixa qualidade comparados com ossos
mais densos tem sido documentado ao redor do mundo por vários investigadores
clínicos independentes por mais de uma década, com taxas de perda da ordem de 35%
com implantes em ossos D4 (tipo IV).25-28 A densidade óssea está diretamente
relacionada com a resistência óssea, e ossos D4 podem ser até dez vezes mais fracos
que ossos D1 e 70% mais fracos que ossos D2.15 A maioria das perdas de implantes
em ossos frágeis decorre de sobrecarga oclusal, redução da resistência óssea, menor
porcentagem de contato osso-implante e do tipo de carga transferida para a interface
osso-implante na carga funcional.29 Portanto, o efeito da força resultante é aumentado
como resultado clínico, quando instalado em ossos de tipos mais frágeis.
Esforço considerável deve ser dado ao plano de tratamento para reduzir os efeitos
negativos da densidade óssea comprometida, incluindo número e tamanho do implante.
O fator mais importante para reduzir a tensão sobre a interface osso-implante é
normalmente um aumento no número de implantes, o que eleva drasticamente a área
de superficie efetiva sobre a qual as cargas oclusais são dissipadas, diminuindo, assim,
a tensão. O número de implantes também está associado à sua posição, que pode, de
fato, reduzir o comprimento dos cantiléveres e subsequentes cargas anguladas
prejudiciais e a tensão de cisalhamento. Após o acréscimo do número de implantes no
plano de tratamento, o próximo passo benéfico para reduzir o risco de sobrecarga é
aumentar o tamanho do implante, primeiramente em diâmetro.
Área de Superfície
A área de superfície sobre a qual as forças oclusais são aplicadas ao sistema do
implante é muito relevante e inversamente proporcional à tensão observada dentro do
sistema de implante (Tensão = Força/Área de superfície). Percebe-se claramente, a
partir desta equação básica de engenharia que, para reduzir a tensão, a força deve ser
reduzida ou a área de superfície deve ser aumentada. Assim, o aumento do tamanho do
implante é benéfico para reduzir a tensão aplicada ao sistema. O tamanho de um
implante pode ser modificado tanto em altura quanto em diâmetro.
Comprimento do Implante
Comprimento de Implantes Longos
Quase todos os fabricantes de implantes dentais fornecem implantes de vários
comprimentos. Os tamanhos mais comuns medem entre 7 e 16 mm (Fig. 13-8). O
comprimento do implante está diretamente relacionado com a área de superfície total do
implante, quando todas as demais variáveis permanecem constantes. Um implante
cilíndrico de 10 mm aumenta a área de superfície em aproximadamente 30% mais do
que um implante de 7 mm, e tem cerca de 20% menos área de superfície que um
implante de 13 mm30,31 (Fig. 13-9). Como resultado, um raciocínio comum tem sido
utilizar um implante mais longo possível. Contudo, o comprimento do implante utilizado
para suportar uma prótese na maioria das vezes corresponde à altura de osso
disponível no local com edentulismo. Portanto, implantes mais curtos têm sido utilizados
frequentemente nas regiões posteriores e implantes mais longos nas regiões anteriores
(Fig. 13-10).
FIGURA 13-8 Quase todos os fabricantes fornecem implantes
com diferentes comprimentos, geralmente variando de 7 a 16
milímetros.
Como resultado, um implante mais longo na região anterior da mandíbula com osso
abundante frequentemente ocupa a lâmina cortical lingual, não a borda inferior. Uma
vez que essa borda é mais superior, o dentista pode inadvertidamente perfurar a lâmina
lingual e aumentar o risco de sangramento, edema do assoalho de boca e
complicações pós-operatórias.
Ossos D3 e D4 estão presentes principalmente nas regiões posteriores dos
maxilares, onde se observa menor disponibilidade de altura óssea, em comparação com
as regiões anteriores. O reposicionamento do nervo alveolar inferior mandibular tem
sido citado como um tratamento clínico aceitável para facilitar a instalação de implantes
mais longos na região posterior da mandíbula (Fig. 13-14). Contudo, esse procedimento
cirúrgico avançado representa maior risco de parestesia e não é muito indicado,
especialmente quando outras opções de tratamentos estão disponíveis.36
FIGURA 13-14 Reposicionamento do nervo mandibular tem sido
sugerido para aumentar o comprimento do implante na região
posterior da mandíbula.
Tabela 13-1
Implantes Curtos (Revisão da Literatura abaixo de 90%)
Uma revisão de vários estudos multicêntricos sobre implantes curtos é digna de nota.
Minsk et al. relataram os resultados acerca de um centro de treinamento em 1996, com
80 diferentes trabalhadores utilizando seis sistemas distintos durante um período de 6
anos.28 Implantes de comprimento entre 7 e 9 mm tiveram um índice de perda de 16% .
A taxa de sobrevida total de todos os implantes longos foi de 95% . Winkler et al.
publicaram um estudo multicêntrico durante um período de 3 anos em 2000.38 A
sobrevida do implante estava diretamente relacionada com o comprimento do implante.
Enquanto os implantes de 7 mm tiveram um índice de perda de 26,4% , os implantes de
16 mm apresentaram apenas 2,8% de perda. Enquanto implantes de 8 mm tiveram
13% de perda, implantes de 10 mm, no estudo, fracassaram a um índice de 10,9% e
implantes de 13 mm fracassaram em 5,7% das vezes. (Fig. 13-15). Um estudo
multicêntrico de Weng et al., em 2003, mostrou que 60% de todos os implantes
perdidos possuíam o comprimento de 10 mm ou menos.39 O índice total de perda dos
implantes analisados no estudo foi de 9% ; ainda assim, os implantes de 7 mm foram
perdidos em 26% das vezes e os implantes de 8,5 mm tiveram um índice de perda de
19% (Fig. 13-16). Naert et al. relataram os resultados clínicos de implantes dentais
curtos6. Enquanto implantes mais curtos que 10 mm tiveram uma taxa de sobrevida
média de 81,5% , implantes mais longos apresentaram uma taxa de sobrevida superior
a 95% .
Implantes mais curtos podem oferecer diversas vantagens, quando comparados com
implantes mais longos.50 O enxerto ósseo antes e simultaneamente à instalação do
implante não é tão frequente quando implantes curtos são utilizados. O enxerto ósseo é
geralmente menos previsível que a cicatrização inicial da instalação de implantes na
quantidade existente de osso. O tempo de tratamento frequentemente é aumentado,
como resultado do enxerto ósseo antes da instalação do implante. O desconforto do
paciente é geralmente maior para o enxerto ósseo do que para a cirurgia de instalação
do implante. O custo do procedimento é aumentado quando enxerto ósseo é
necessário. Também há menos risco cirúrgico de lesão do canal mandibular e de
parestesia na região posterior inferior, comparado com o reposicionamento do nervo ou
a instalação dos implantes laterais ao canal.
Quando uma raiz de dentes adjacentes apresenta angulações de mais de 15 graus
ou possui dilacerações no ápice da raiz, o implante mais curto pode ser inserido acima
do ápice dos dentes sem comprometer a posição do implante. Em rebordos com
depressões ou fossas, ou quando o osso basal e o rebordo alveolar original não estão
no longo eixo do dente ausente, um implante mais curto pode ser instalado em uma
angulação melhor para a carga oclusal (Fig. 13-18).
FIGURA 13-18 Quando um dente é angulado ou tem uma
dilaceração apical, um implante curto pode ser instalado
adjacente ao dente com menos risco de lesão da raiz do dente
adjacente.
Tabela 13-2
Implantes Curtos (Revisão da Literatura acima de 90%)
Diâmetro do Implante
Implantes de Diâmetro Largo
Por várias décadas, implantes aumentaram gradualmente em largura. Os implantes
agulhados da Scialom, nas décadas de 1960 e 1970, tinham menos de 2 mm de
largura.54 Brånemark et al. introduziram um diâmetro de corpo do implante constante
de 3,75 mm.1 Um implante de 4 mm em diâmetro também estava disponível e foi usado
inicialmente como resgate ou “implante de segurança” quando o implante inicial
instalado não apresentava estabilidade durante a instalação cirúrgica. Qualquer corpo
de implante maior que 4 mm pode ser considerado um “implante de diâmetro largo.”
Na década de 1990, vários fabricantes de implante ofereceram implantes com
diâmetros superiores a 4 mm e alguns com diâmetros entre 8 e 10 mm (Fig. 13-21).
Esses implantes de diâmetro largo foram usados inicialmente para simular o diâmetro
do dente que estava sendo substituído e para melhorar o perfil de emergência da coroa
do implante. A lógica era de que se o implante fosse similar em diâmetro ao tamanho do
dente substituído, a coroa seria mais estética. O implante de diâmetro largo pode
apresentar vantagens cirúrgicas, de carga e protéticas. Além do mais, tendo em vista
que o custo do implante não está relacionado com o diâmetro, a instalação de um
implante largo custa menos que dois implantes de diâmetro menor.
Vantagens Cirúrgicas
As vantagens cirúrgicas relacionam-se com o uso de um grande implante como um
implante reserva quando o tamanho do corpo regular não trava adequadamente ao
osso adjacente. O implante regular pode ser removido e substituído pelo implante de
diâmetro largo. Quando um implante é perdido, em decorrência da falta de
osseointegração ou de fratura, ele pode ser removido e o implante de diâmetro largo é
imediatamente instalado.55 Isso elimina a necessidade de enxerto ósseo, o tempo de
cicatrização do aumento ósseo e uma cirurgia adicional para substituição do implante.
O mesmo conceito pode ser usado para a instalação imediata de um implante após a
exodontia.56 Uma vez que os diâmetros da maioria dos dentes são superiores a 4 mm,
um implante de diâmetro largo tem menos espaço entre as paredes do local de
exodontia e o corpo do implante. Ele também possui mais travamento nas paredes
apicais de suporte (Quadro 13-5).
Qu a d r o 1 3 - 5 Im plant es de Diâm et ro Largo: Vant agens
Cirúrgicas
Implante de Resgate na Cirurgia
1. Implante não fixado quando instalado
2. Perda do implante: instalação imediata
3. Exodontia: colocação imediata
Vantagens da Carga
Um método lógico para aumentar a área da superfície funcional do corpo de um
implante em condições de maior tensão (i.e., nas regiões posteriores) é aumentar o
diâmetro do implante, especialmente quando limites anatômicos influenciam seu
comprimento. Raízes em formatos mais largos exibem maior área de superfície de
contato com osso do que implantes mais curtos de desenho similar, parcialmente em
decorrência de um aumento no contato ósseo circunferencial. Para cada milímetro do
diâmetro do implante que aumenta, a área de superfície funcional também é acrescida
de 30% a 200% , dependendo do projeto do implante (i.e., cilíndrico versus
rosqueado)57 (Fig. 13-9) Um implante mais curto que 12 mm é usado mais
frequentemente nas regiões posteriores da boca. Sob tais condições, o implante de
diâmetro largo pode compensar pelo comprimento do implante menor que o ideal. Pelo
fato de as tensões oclusais impostas à estrutura do implante serem concentradas na
crista óssea de boa qualidade, a largura aparenta ser mais importante que altura depois
de uma altura mínima ter sido alcançada para fixação inicial e resistência ao torque e
cargas flexíveis. É interessante notar que essa tendência também é percebida em
dentes naturais, para compensar o aumento da força nas regiões posteriores; dentes
molares são maiores em diâmetro que incisivos, mas não necessariamente mais longos.
As vantagens de carga em um implante mais longo estão relacionadas com uma
maior área de superfície, especialmente na região da crista do implante. A maior área
de superfície é um benefício quando os fatores de força do paciente são maiores
(p. ex., parafunção, aumento da altura da coroa, dinâmica mastigatória aumentada e
regiões dos molares nas regiões posteriores da boca). A maior área de superfície é uma
vantagem quando um cantiléver (seja em uma direção mesiodistal ou vestibulolingual) é
necessário para restaurar a dentição. O implante mais distal com um cantiléver
posterior age como fulcro e recebe a maior força. O implante mais longo reduz o risco
de sobrecarga. Uma carga angulada no corpo do implante aumenta a magnitude da
força na crista óssea marginal e no parafuso do pilar protético do implante. Um implante
de diâmetro mais largo reduz a magnitude das forças aplicadas a todo o sistema de
implante. Em situações de menor densidade óssea, pode haver sobrecarga mesmo com
forças oclusais normais. Implantes de diâmetro mais largo, que distribuem forças sobre
uma área de superfície maior, podem reduzir o risco (Quadro 13-6).
Uma avaliação comparativa sobre deformação na crista óssea alveolar dos implantes
com diferentes diâmetros foi elaborada por Petrie e Williams.58 Nessa análise de
elemento finito tridimensional, houve uma redução maior que 3,5 em tensão quando
implantes de diâmetro mais largo (até 6 mm) eram comparados com diâmetros mais
curtos (3,5 mm). É necessário notar que o comprimento do implante reduziu a tensão
em 1,6 e um implante cônico aumentou a tensão em uma quantidade similar a 1,6. Em
2004, Himmlova et al. confirmaram os achados em um modelo computadorizado
tridimensional (usando osso de boa qualidade), avaliando o comprimento dos implantes
e diâmetros de 2,9 a 6,5 mm.59 As tensões estavam inicialmente nos níveis marginais
do osso, na crista do implante. A maior diminuição em tensão foi encontrada entre
implantes de 3,6 e 4,2 mm (31,5% ); o implante de 5 mm comparado com o implante de
4,2 mm reduziu menos a tensão (16,4% ). O comprimento do implante também reduziu a
quantidade de tensão, mas não tão significativamente quanto o diâmetro. Um estudo
realizado por Aparicio e Orozco, em 1998, usou valores do Periotest® para confirmar
clinicamente menos tensão transferida ao complexo implante-osso.60 Os valores do
Periotest® observados em implantes de 5 mm de diâmetro na maxila e mandíbula foram
1,1 e 0,6 unidades menores que para os implantes de diâmetros de 3,75 mm nos
mesmo pacientes. Portanto, neste estudo, ossos mais frágeis (i.e., maxila)
apresentaram mais benefícios para um implante de diâmetro largo que densidades
ósseas mais próximas à ideal.
Vários estudos clínicos na literatura relataram taxas de sobrevida do implante
similares ou melhores com implantes de diâmetros mais largos comparados com
diâmetros regulares. Graves et al., em 1994, relataram uma taxa de sobrevida de 96%
em um período de 2 anos com 268 implantes largos em 196 pacientes.61 Todas as
perdas ocorreram antes do estágio II da cirurgia, devido à ausência de osseointegração
do implante. Em 2000, Winkler et al. relataram sobre a influência do diâmetro e
comprimento do implante associada à sobrevida do implante.38 Enquanto a sobrevida
dos implantes de 3 a 3,9 mm de diâmetro foi de 90,7% , a taxa de sobrevida daqueles
com 4 a 4,9 mm foi de 94,6% por um período de 3 anos. Um implante largo de 5,5 mm
foi avaliado por Krennmair e Waldenberger, em 2004, com 121 implantes em 114
pacientes.62 O estudo rendeu uma taxa total de sobrevida de 98,3% , com 100% na
mandíbula e 97,3% na maxila. Griffin e Cheung relataram implantes curtos e largos nas
áreas posteriores com altura óssea reduzida de 167 pacientes para 168 implantes
revestidos com hidroxiapatita (HA), de 6 mm em diâmetro e 8 mm de comprimento.50 A
taxa de sobrevida cumulativa total para até 68 meses (ou seja, 34,9 meses) após a
carga foi de 100% .
Em 2005, Anner et al. relataram um taxa de sobrevida de 100% em 45 implantes com
um período de carga de 2 anos com um implante de 6 mm de largura, cônico, revestido
com HA.63 Misch et al. compararam implantes de 4 e 5 mm que possuíam 7 e 9 mm de
comprimento, respectivamente, na região posterior da maxila e mandíbula.48 O estudo
retrospectivo de 5 anos mostrou 100% de sucesso para os implantes de 5 mm e uma
taxa de sobrevida de 98% para os implantes de 4 mm. Em 2007, Albreksson et al.
relataram informações de 18 centros diferentes.64 O implante de 3,5 mm fracassou em
11,8% , e o implante de 4,3 mm de diâmetro fracassou 2,8% das vezes. Portanto, vários
relatos clínicos aparentemente indicando implantes de diâmetro largo podem obter
sobrevida similar (ou maior), comparados com a plataforma de implante padrão de
3,75 mm de diâmetro.
Vantagens Protéticas
As vantagens protéticas do implante de diâmetro largo incluem melhor perfil de
emergência para a coroa substituindo um dente de diâmetro mais largo. Quanto mais
largo o diâmetro do implante, mais próximo o perfil de emergência de um dente natural,
especialmente na região posterior da mandíbula. A maioria das raízes naturais é maior
que 4 mm em um corte transversal. Quanto mais próximo o diâmetro do implante do
diâmetro da raiz e o nível ósseo marginal 2 mm abaixo da junção cemento-esmalte
(JCE), mais parecido o perfil de emergência da coroa de um dente natural. Isso é
especialmente perceptível na região do primeiro molar superior porque o diâmetro da
raiz se aproxima de 8 mm, ou o dobro do tamanho de um implante de 4 mm (Fig. 13-22).
O contorno mais largo da coroa também pode reduzir o espaço interproximal da coroa e
diminuir a incidência de impactação da comida durante função (Fig. 13-23, A). O
implante de diâmetro largo também pode beneficiar a higiene oral diária do sulco por
meio da melhora da emergência da coroa, evitando, assim, a necessidade de uma
dobra no rebordo. O contorno melhorado também permite acesso ao sulco para
sondagem periodontal ou limpeza.
FIGURA 13-22 O diâmetro de um dente é muitas vezes maior do
que um implante para substituí-lo. Como tal, quanto maior o
implante, mais o perfil de emergência na região cervical se
assemelha a um dente.
Onde:
Fs = Carga no parafuso do pilar protético
P = Carga lateral no pilar prótetico
H = Altura do pilar protético
R2 = Força reativa no hexágono externo (ou interno)
h = Altura (ou profundidade) do hexágono externo (ou interno) do implante
D= Diâmetro da plataforma do implante
Ponto A = Ponto de rotação do pilar protético (Fig. 13-23)
Aumentando D (diâmetro da plataforma), a força sobre o parafuso é reduzida. Por
consequência, implantes de diâmetros mais largos têm menor força no parafuso do pilar
protético. Uma redução de força aplicada ao parafuso do pilar protético resulta em
menor afrouxamento do pilar de parafuso e menor risco de fratura do parafuso do pilar
protético (Fig. 13-24). Portanto, não apenas o risco de fratura é reduzido devido ao
diâmetro, mas a força sobre esse parafuso do pilar é também reduzida para diminuir
complicações decorrentes de perda de parafuso (Quadro 13-7). Quando um pilar de
diâmetro menor é colocado em um implante (mudança de plataforma), a força sobre o
parafuso irá aumentar, simultaneamente ao risco de perda de parafuso.
Em um artigo clínico preparado por Cho et al. implantes de diâmetro largo tiveram
5,8% de afrouxamento de parafuso, comparado com 14,5% para implantes de diâmetro
padrão.66 Quando uma força maior é aplicada ao sistema, dois implantes de diâmetro
regular, mais que um implante de largo diâmetro, são vantajosos para reduzir a perda
de parafuso. Por exemplo, Balshi et al. relataram uma perda de 40% do parafuso do
pilar protético durante um período de 3 anos ao substituir um molar com um implante.67
Essa complicação foi reduzida a 8% quando dois implantes substituíram um único
molar.
A inicial volta dos mini-implantes foi para uso em uma prótese provisória; o diâmetro
desses implantes variava de 1,8 a 2,4 mm. Depois que as posições e os números
definitivos dos implantes foram instalados em um processo de estágio II de cicatrização,
mini-implantes adicionais foram utilizados para restaurar imediatamente e suportar uma
prótese provisória. Essa abordagem ainda possui validade quando pacientes não
querem utilizar uma prótese removível durante o processo inicial de cicatrização ou
para proteger o local do enxerto ósseo durante o acréscimo. Embora os mini-implantes
provisórios possam fracassar em algumas situações clínicas, os implantes de tamanho
regular não são afetados e a restauração final não fica em risco.
Após alguns anos, os mini-implantes foram indicados para suporte da
sobredentadura implantossuportada. O conceito (como mostrado) apresenta múltiplos
mini-implantes com O-rings ou outros sistemas de conectores e imediatamente é
utilizado para reter e sustentar a prótese (Fig. 13-28). Ele também é apresentado como
“uma solução simples para o conforto da dentição em decorrência da instalação de
implantes desprovidos de bordas”.74 Esse conceito também estimula uma taxa
reduzida a possuir maior aceitação entre os pacientes.
Sob essa ótica, a região dos incisos inferiores e o inciso lateral superior podem ser
substituídos com implantes de 3 a 3,5 mm de diâmetro; os incisivos centrais superiores,
caninos e pré-molares em ambos os arcos podem utilizar implantes de 4 mm de
diâmetro. Os molares podem ser restaurados com implantes de 5 ou 6 mm de diâmetro
em ambos os arcos. Quando implantes de diâmetros mais largos não podem ser
utilizados na região molar, dois implantes de 4 mm de diâmetro para cada molar
deveriam ser considerados, especialmente na maxila (Quadro 13-10).
Estética
Substituição de um Elemento Unitário na Região Anterior da
Maxila
Quando uma coroa PF-1 é o tratamento de escolha, o osso disponível, o contorno de
tecido mole, a posição e o tamanho do implante deveriam ser ideais. Desses
parâmetros, o tamanho do implante é uma das variáveis sob maior controle do dentista,
o que pode afetar o resultado clínico. Geralmente é melhor errar pelo menor diâmetro
do que colocar um implante muito largo.
Há muitos critérios para selecionar um diâmetro de implante baseado em estética. A
primeira referência é o tamanho do dente natural que vai ser substituído. A dimensão
mesiodistal padrão para um inciso central é 8,6 mm para um homem e 8,1 mm para uma
mulher, um incisivo lateral é 6,6 para um homem e 6,1 mm para uma mulher, e um
canino é 7,6 mm para um homem e 7,2 mm para uma mulher. Contudo, o corpo do
implante não deve ser tão largo quanto o dente natural ou coroa clínica que ele
substitui. Caso contrário, o perfil de emergência e região da papila interdental não
poderá ser estabelecido apropriadamente. Os dentes ficam mais estreitos no sentido
apical. A dimensão mesiodistal do incisivo central superior na JCE mede 6,4 mm, a
dimensão do incisivo lateral é 4,7 mm, e os caninos naturais no cérvix são de
5,6 mm.75,76 Essa dimensão também é muito larga para um implante restaurar o tecido
mole e perfil de emergência de uma coroa associada ao implante.
O nível do osso em dentes naturais é 2 mm abaixo da JCE. As dimensões do dente
natural (raiz) nesse nível ósseo são reduzidas a 5,5 mm para incisivos centrais, 4,3 mm
para incisos laterais e 4,6 mm para caninos. Portanto, as últimas dimensões aproximam-
se de um diâmetro mais largo do implante para mimetizar o perfil de emergência de um
dente natural conforme ele emerge da crista óssea no tecido mole.
O segundo fator que determina o diâmetro mesiodistal ideal de um implante para
substituir um dente para estética é a distância até a raiz do dente ou implante
adjacente. A dimensão horizontal do defeito ósseo em formato triangular próximo a um
implante na crista do rebordo a partir do “espaço biológico do implante” ou desenho do
implante, ou sobrecarga oclusal, é de aproximadamente 1,4 mm de largura.77 Quando
o implante está mais próximo que 1,5 mm de uma raiz adjacente de um dente, um
defeito vertical em formato triangular pode tornar-se um defeito horizontal, criando
perda óssea ao redor de um implante durante o primeiro ano de carga funcional que
varia de 0,5 mm a mais de 3 mm. Esse efeito é importante de se considerar, pois a
altura do osso interproximal em parte determina a incidência de presença ou ausência
de papila interdental entre os dentes ou implantes.78 Como resultado, um implante
deveria estar a pelo menos 1,5 mm dos dentes adjacentes, sempre que possível.
É necessário notar que raízes de dentes naturais estão frequentemente mais
próximas do que 1,5 mm uma da outra. Como consequência do parâmetro de 1,5 mm ou
mais, o comprimento mesiodistal ideal do implante é normalmente menor que a
dimensão da raiz natural. Mais frequentemente, os diâmetros ideais dos implantes
usados para substituir os dentes anteriores de tamanho padrão correspondem a um
implante de 4 mm para um incisivo central, um implante de 3 a 3,5 mm para um incisivo
lateral e um implante de 4 mm para um canino (Fig. 13-33).
FIGURA 13-33 A, Um implante de 4 mm para substituir um
incisivo central superior é mais frequentemente o diâmetro de
escolha. B, O perfil de emergência da coroa do implante dá a
percepção de um dente natural. C, Radiografia de 1 ano de pós-
operatório de um implante de 4 mm de diâmetro.
Resumo
O tamanho ideal do implante deve ser indicado dentro do plano de tratamento, e não no
momento da cirurgia. O tamanho inicial de um implante é determinado tanto em
comprimento quanto em diâmetro. Em um protocolo de cicatrização em dois estágios
cirúrgicos, o comprimento ideal do implante deve possuir pelo menos 12 a 15 mm.
Quanto mais macio o osso, mais longo deve ser o implante. Quanto maior a força
mastigatória, maior o comprimento do implante. Portanto, implantes mais curtos podem
ser o tratamento planejado na região anterior da mandíbula, a região anterior da maxila
pode ter um implante ligeiramente mais longo, a região posterior da mandíbula pode ter
um implante mais longo, e a necessidade do implante mais longo para um plano de
tratamento ideal geralmente é encontrada na região posterior da maxila.
O diâmetro do implante também é parte importante de um plano de tratamento ideal.
O diâmetro de um implante engloba considerações cirúrgicas, de carga e protéticas. No
plano de tratamento inicial, os componentes de carga e protéticos são os mais
importantes. A largura do implante está diretamente relacionada com a área de
superfície funcional como um todo. Portanto, nos locais onde as forças são maiores ou
o osso é menos denso, o implante é mais largo, variando entre 3 e 6 mm. Como uma
regra, o implante mais estreito é encontrado na região anterior da mandíbula, seguido
pela região anterior da maxila e pela região posterior da mandíbula; os requisitos para
diâmetros mais largos são encontrados na região molares superiores.
Os aspectos protéticos da largura do implante estão principalmente associados à
estética do perfil de emergência, à força sobre um parafuso do pilar protético e à
resistência dos componentes do implante. Como resultado, os implantes de diâmetro
mais largo são selecionados para as regiões dos molares; diâmetros padrão para a
região de caninos, pré-molares e incisivos centrais superiores; e os implantes de menor
tamanho para os incisos laterais superiores e incisivos inferiores.
A dentição natural segue os padrões estabelecidos nas considerações do plano de
tratamento para o tamanho do implante. A correlação é encontrada provavelmente por
relação biomecânica da quantidade e tipo das forças nos maxilares e tipo de osso na
região. Portanto, na maxila, o osso trabecular fino é usado para dissipar forças e a
quantidade de força é a maior na região de molares. O ângulo da força da pré-maxila é
de 12 a 15 graus. A mandíbula é uma unidade de absorção de força e possui osso
trabecular grosso e osso cortical denso. A diferença no tamanho do dente é refletida no
diâmetro do dente, e não em seu comprimento total. Esses parâmetros são consistentes
tanto para dentes quanto para implantes, quando princípios de engenharia determinam
o tamanho do dente e do implante.
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CAPÍTULO 14
Revisão da Literatura
O processo da atrofia do volume ósseo depois da perda dentária e seu efeito sobre as
dentaduras foram relatados já em 1922 por J. Misch3 (Fig. 14-1). Desde aquela época,
muitos pesquisadores e clínicos estudaram seu processo e efeito na Odontologia.4-17
As alterações das características do volume do osso após a perda dentária foram
avaliadas na mandíbula anterior edentada por Atwood em 19634-6 (Fig. 14-2). Os seis
estágios de rebordos residuais ajudam a avaliar as formas e as variações das perdas
ósseas. Tallgreen reportou que a quantidade de perda óssea que ocorre no primeiro
ano após a perda dentária é quase 10 vezes maior que nos anos seguintes.7 Outros
estudos mais recentes em usuários de próteses totais confirmaram uma taxa maior de
reabsorção no primeiro ano de edentulismo.10,11 Karkazis et al. sugeriram que, na
sínfise mandibular, as mulheres apresentam maior redução total e perda óssea mais
rápida durante os primeiros 2 anos.9 A mandíbula posterior edentada reabsorve em
uma taxa aproximadamente quatro vezes maior que a mandíbula anterior edentada.8
A região posterior da maxila perde o volume ósseo mais rapidamente que qualquer
outra região. Não somente a doença periodontal causa a perda inicial do osso antes da
perda do dente, mas a perda da crista óssea também é substancial após a exodontia.
Além disso, o seio maxilar, depois da perda dentária, se expande em direção à crista do
rebordo edentado (Fig. 14-4). Como resultado, a região posterior da maxila é mais
frequentemente indicada para o enxerto ósseo quando comparada com qualquer outra
localização intraoral.
FIGURA 14-4 A região posterior da maxila perde altura óssea
mais rapidamente que qualquer outra região, pois o seio maxilar
expande-se após a perda dentária. Logo, a altura do osso é
perdida a partir de ambas as regiões da crista óssea e apicais.
Osso Disponível
Para desenvolver um plano de tratamento ideal com implantes, a categoria e o desenho
da prótese definitiva e as posições ideais dos implantes são primeiramente
determinados após uma consulta com o paciente e avaliação das condições clínicas e
dentárias existentes. Os fatores de força do paciente e a densidade óssea são de
especial importância para ajudar a determinar os implantes adicionais necessários para
suportar a prótese desejada. Os pilares necessários para apoiar a prótese são
estabelecidos em posição, número e tamanho dos implantes, inicialmente sem
considerar as condições do osso disponível. O osso disponível é, então, avaliado para
determinar a abordagem cirúrgica necessária (ou seja, enxerto ósseo, inserção do
implante ou ambos) para sustentar o plano de tratamento ideal.
O osso disponível descreve a quantidade de osso na área edentada considerada
para a instalação de implantes. Este é medido em largura, altura e angulação. Além
disso, o espaço da altura da coroa (EAC) é considerado em relação ao osso
remanescente (Fig. 14-7). Historicamente, o osso disponível não era modificado e
ditava a posição, o número e o tamanho dos implantes. Atualmente, se o osso for
inadequado para suportar um pilar ideal para a prótese planejada, um enxerto ósseo é
considerado no sítio(s) ideal(is) ou sítios alternativos podem ser considerados quando
são necessários implantes adicionais.
Como regra geral, a região anterior da mandíbula apresenta a maior altura de osso.
Existe mais osso apical à região dos dentes inferiores anteriores que em qualquer outra
região. Consequentemente, mesmo depois da reabsorção do rebordo residual após a
perda dentária, ainda há osso adequado para a inserção de implantes (Fig. 14-9).
Contudo, a altura da coroa da prótese pode ser grande. Portanto, essa região possui
com frequência o maior osso disponível, mas também com a maior EAC.
FIGURA 14-9 A região anterior da mandíbula apresenta a maior
altura óssea que qualquer outra região dos maxilares. A margem
incisal do dente é geralmente mais vestibularizada; logo, o
implante frequentemente trava na cortical lingual do osso.
Como resultado, nas áreas em que são geradas as maiores forças e a dentição
natural apresenta dentes mais largos com duas ou três raízes, os implantes mais
curtos, quando houver, são frequentemente usados e em quantidade insuficiente,
devido aos fatores anatômicos limitantes.36 Oikarinen et al. revelaram que mais de
6 mm de altura óssea é encontrada em menos de 50% das regiões posteriores
mandibulares e 40% das maxilares posteriores em pacientes parcialmente
edentados.36 O autor observou que mais de 6 mm de osso é encontrado em menos de
20% das regiões posteriores mandibulares e 10% das maxilares posteriores quando o
paciente é edentado total há mais de 5 anos.
A altura óssea mínima sugerida para o sucesso previsível a longo prazo de um
implante endosteal é em torno de 12 mm. Taxas de insucesso, relatadas na literatura,
para implantes mais curtos que 9 mm tendem a ser maiores independentemente do
desenho do fabricante, da característica de superfície e do tipo de aplicação.37-52 O
dentista inexperiente deve desejar ter 14 mm de altura óssea para instalar um implante
de 12 mm de comprimento antes de realizar a cirurgia. Essa precaução permite uma
margem de erro cirúrgico de 2 mm ou uma osteoplastia para ganhar largura adicional
de osso. A altura mínima de 12 mm se aplica à maioria dos formatos de corpo de
implantes endosteais do tipo parafusado em osso de boa densidade (D2, D3). Esta
exigência de altura mínima de implante pode ser reduzida no osso muito denso (D1) da
sínfise de uma mandíbula atrófica quando a prótese apresenta menos carga (como uma
sobredentadura) ou quando a menor dimensão pode ser compensada pela quantidade,
largura ou formato do implante.53-55
A altura do osso disponível em um sítio edentado é a dimensão mais importante ao
se considerar para a instalação de um implante, porque afeta tanto o comprimento do
implante quanto a altura da coroa clínica. A altura da coroa afeta os fatores de carga e
a estética. Além disso, o enxerto ósseo é mais viável em largura que em altura; então,
até mesmo quando a largura for inadequada para instalação de um implante, o enxerto
ósseo pode ser usado para criar os requisitos de sítio ideal para instalação do implante
e reabilitação protética.
Uma vez que a altura adequada esteja disponível, o próximo critério mais
significativo, que afeta a sobrevida a longo prazo dos implantes endosteais, é a largura
do osso disponível. Os implantes de formato radicular com 4 mm de diâmetro na região
cervical geralmente requerem uma largura óssea superior a 6 mm para garantir a
espessura suficiente do osso e o suprimento sanguíneo ao redor do implante para uma
sobrevida previsível. Essa dimensão fornece mais que 1 mm de osso na crista óssea
em cada lado do implante. Como o osso usualmente alarga-se apicalmente na
mandíbula, esta dimensão mínima rapidamente aumenta. Para implantes de formato
radicular, a espessura óssea mínima está localizada exclusivamente no contorno médio
vestibular e lingual da região da crista (Fig. 14-14).
FIGURA 14-14 A largura mínima de osso para um implante de
formato radicular de 4 mm de diâmetro é de 6 mm nas regiões
vestibular e lingual, porque o projeto arredondado do implante
resulta em mais osso em todas as outras direções ao redor do
implante.
Os alvéolos das extrações com maior largura de osso na crista ao redor do alvéolo
perdem menos osso durante a cicatrização inicial que aqueles com largura mínima das
lâminas corticais no aspecto vestibular ou lingual do sítio da exodontia. A largura inicial
do osso disponível também está relacionada com a quantidade de perda óssea na
crista após a colocação de carga sobre o implante. Os rebordos edentados maiores que
6 mm em largura demonstraram menor perda óssea da crista do que quando dimensões
mínimas de osso estão disponíveis.
Opções Protéticas
Toda a gama de opções protéticas pode ser utilizada para a divisão A. Uma restauração
PF-1 requer um rebordo da divisão A. Contudo, uma prótese PF-2 muitas vezes também
requer um rebordo da divisão A. Uma restauração PF-2 é a restauração posterior mais
comum suportada por implantes múltiplos adjacentes, em pacientes parcialmente
edentados, por causa da perda óssea ou osteoplastia antes da instalação do implante.
Uma prótese PF-3 é muitas vezes a opção selecionada na região anterior do osso da
divisão A quando múltiplos dentes adjacentes estão ausentes e a posição da linha de
sorriso é alta ou quando a linha do lábio inferior revela regiões além da posição da
coroa anatômica natural durante a fala.
Para sobredentaduras suportadas por implante no osso da divisão A, a posição final
dos dentes e a barra de suporte devem ser avaliadas antes da cirurgia. Um EAC
limitado é mais comum no osso da divisão A, e uma restauração PR-4 ou PR-5 pode
necessitar de osteoplastia antes da instalação do implante. O osso da divisão A pode
representar uma contraindicação para as conexões do tipo O-ring ou para as barras de
suporte posicionadas a vários milímetros acima do tecido por motivos de higiene,
devido ao risco de comprometimento do EAC para acomodar os componentes protéticos
(Fig. 14-17).
FIGURA 14-17 A, Radiografia cefalométrica lateral de um
paciente com divisão A no osso anterior mandibular. Quando se
planejam implantes na região anterior da mandíbula para uma
sobredentadura, os seguintes fatores devem ser considerados: o
espaço da altura da coroa (EAC) para os dentes da prótese,
resina acrílica, barra e conectores. No osso da divisão A, o osso
na crista pode necessitar de uma osteoplastia para aumentar a
altura da coroa. B, Uma osteoplastia é realizada para aumentar o
EAC, pois a restauração final é uma sobredentadura. C, Cinco
implantes anteriores são posicionados acima do forame. D, Vista
intraoral da barra de uma sobredentadura para uma restauração
PR-4. O projeto com perfil baixo é mais comum para as situações
ósseas da divisão A. E, Radiografia panorâmica de uma região
anterior da mandíbula da divisão A com cinco implantes e uma
barra de sobredentadura.
Um paciente com osso da divisão A deve ser informado que este é o momento mais
ideal para restaurar a condição edentada com implantes. Muito frequentemente, o
dentista fracassa em educar o paciente sobre a diminuição rápida na largura do volume
do osso e as consequências da demora do tratamento. Quando o volume de osso é da
divisão A, há uma redução nos custos do tratamento, devido à redução na quantidade e
na complexidade das cirurgias para a área edentada, com benefícios significativos para
o paciente. Infelizmente, esses pacientes podem não apresentar problemas
significativos com as próteses existentes e, portanto, podem não estar motivados para
resolver a situação. À medida que o osso reabsorve e os problemas começam a surgir,
é dada maior atenção para os benefícios das próteses implantossuportadas. Da mesma
maneira que o protesista explica a necessidade de substituição de um elemento unitário
antes da inclinação e extrusão dos dentes adjacentes e o risco de perda dentária
adicional, o paciente deve ser educado sobre o benefício do tratamento com implantes
enquanto a área edentada ainda apresenta osso abundante.
O paciente adiando tratamento com uma situação de osso da divisão B deve ser
informado sobre a reabsorção futura do volume ósseo. O aumento do osso em altura é
muito menos previsível e requer técnicas mais avançadas que somente o aumento de
largura (Fig. 14-22). Por exemplo, o paciente pode não estar vivenciando problemas
com o uso de uma prótese superior, mas o osso da divisão B irá reabsorver em altura e
diminuir a estabilidade e a retenção da prótese removível mucossuportada. Quando o
tratamento é adiado até que os problemas do paciente comecem, o resultado geral
pode ser mais difícil de ser alcançado e custar mais para o paciente.
Qu a d r o 1 4 - 5 Osso da Divisão C
• Largura (osso C-w): 0 a 2,5 mm
• Altura (osso C-h) < 12 mm
• Angulação da carga oclusal (osso C-a) > 30 graus
• Espaço da altura da coroa (EAC) > 15 mm
Algumas vezes, o rebordo C−w pode ser tratado por osteoplastia na região anterior
da mandíbula. Uma osteoplastia converte o rebordo C−h e, na região anterior da
mandíbula, em uma largura na maioria das vezes satisfatória para instalação de
implantes de formato radicular. A divisão do osso mais comum depois da osteoplastia
da C−w é o osso disponível C−h, e não a divisão A, porque o EAC é maior que 15 mm.
De vez em quando, a osteoplastia da C−w pode transformar o rebordo para a divisão D,
especialmente na região posterior da mandíbula ou maxila. Deve-se tomar cuidado para
não deixar isso acontecer, porque os procedimentos de enxerto ósseo serão mais
desafiadores depois que a altura for reduzida.
Outra opção de tratamento para alterar a divisão C−w é pelo enxerto ósseo. Depois
que o rebordo for aumentado, esse é tratado com as opções disponíveis para a divisão
de osso adquirida. O paciente que deseja uma prótese fixa, na maioria das vezes,
requer um enxerto autógeno antes da instalação do implante para adquirir suporte
adequado para os lábios e altura de coroa ideal.
O enxerto ósseo da divisão C−w é mais frequentemente usado quando o
planejamento protético indica a necessidade de uma prótese fixa ou quando fatores de
força excessivos requerem implantes de maior área de superfície e biomecânica
melhorada para a prótese. O enxerto ósseo da divisão C−w é mais difícil que para o
osso da divisão B, pois a necessidade de volume ósseo é maior, e o sítio receptor mais
deficiente. Portanto, enxertos ósseos em blocos são normalmente indicados.63-65
(Fig. 14-23). As complicações de tecido mole, como o não fechamento da incisão,
também são mais comuns em enxertos ósseos da divisão C−w, comparados com os da
divisão B.
FIGURA 14-23 A, Região anterior da mandíbula com um rebordo
parcialmente edentado da divisão C-w na região dos incisivos. B,
Enxerto autógeno em bloco está sendo retirado da sínfise
mandibular. C, Enxerto em bloco da sínfise é moldado e fixado ao
rebordo C-w com três parafusos ósseos. D, Rebordo da divisão
C-w é convertido para divisão A por meio de enxerto ósseo.
O dentista deve reconhecer que o osso da C−w reabsorverá até o ponto de rebordo
C−h tão rapidamente quanto a divisão A reabsorve para B e mais rapidamente ainda
que a B reabsorve para C−w. Além disso, sem implante ou intervenção de enxerto
ósseo, o osso disponível C−h irá eventualmente evoluir com o tempo para uma divisão
D (atrofia grave) (Fig. 14-22).
A altura vertical do osso para C−h é 7 a 9 mm, ou o espaço da altura da coroa é
maior que 15 mm. O processo de reabsorção continua, e o osso disponível é, então,
reduzido em altura (C−h). A atrofia moderada a avançada pode ser usada para
descrever as condições clínicas da divisão C. A região posterior da maxila e mandíbula
tem um volume ósseo da divisão C−h mais rapidamente que as regiões anteriores, pois
o seio maxilar ou o canal mandibular limitam a altura vertical mais brevemente que as
lâminas corticais opostas nas regiões anteriores.
Muitos pacientes completamente edentados são tratados com implantes na
mandíbula e próteses totais convencionais na maxila, principalmente porque o arco
mandibular C−h é mais frequentemente a causa de reclamação do paciente (Fig. 14-
24). Contudo, o paciente deveria ser informado sobre a perda óssea futura da maxila,
que fará com que o tratamento com implantes seja quase impossível de ser realizado
sem procedimentos avançados de enxerto ósseo previamente à instalação dos
implantes.
Mraiwa et al. concluíram que 28% das regiões mandibulares anteriores edentadas
apresentavam uma angulação de 67,6 ± 6,5 graus.66 Portanto, quase 10% dos
pacientes podem ter um ângulo superior a 30 graus em relação ao plano oclusal.
Quando presente, esta condição é mais frequentemente encontrada na região anterior
de mandíbula. Os implantes de formato radicular posicionados nesta categoria óssea
podem ser colocados no assoalho bucal e comprometer a reabilitação protética, a
fonação e o conforto (Fig. 14-26). Outras regiões menos comuns observadas com a
divisão C-a incluem a maxila com concavidades vestibulares graves ou a região do
segundo molar inferior com uma concavidade lingual grave.
Várias abordagens com implantes são utilizadas para o osso disponível da divisão C
−h. Os implantes endosteais mais curtos são as opções mais comuns.54,55 Um
implante de formato radicular da divisão C−h geralmente mede 4 mm ou mais em
largura do colar cervical e 10 mm ou menos em altura.37,67,68 Por exemplo, um amplo
estudo multicêntrico de 31 sítios diferentes e seis diferentes desenhos de implantes
observou uma taxa de 13% de insucesso com implantes de 10 mm, 18% de insucesso
com implantes de 8 mm e 25% de insucesso com implantes de 7 mm.37 O insucesso
do implante não ocorreu após a cirurgia, mas depois da reabilitação protética. Essa
perda é o resultado do suporte inadequado de implante combinado com uma ampliação
de força que é o resultado do EAC excessivo.
Quando implantes endosteais de formato radicular são usados no osso da divisão C-
h com maiores alturas de coroa, implantes adicionais devem ser instalados para
aumentar a área total de superfície osso-implante, e a prótese deve fornecer carga aos
implantes em uma direção axial. Devido ao fato de o EAC ser maior que 15 mm, o
desenho de uma prótese removível deve tentar reduzir ou eliminar o comprimento do
cantiléver e incorporar um mecanismo de alívio da tensão. Em geral, espera-se uma
previsibilidade reduzida a longo prazo se implantes adicionais ou próteses com menos
tensão não forem usados, pois um momento maior de força é transmitido aos implantes.
Regiões Posteriores
A região posterior da maxila C−h é uma condição de edentulismo comum e singular. O
rebordo residual reabsorve em largura e altura após a perda dentária, similar a outras
regiões. Contudo, por causa da largura inicial do rebordo, uma diminuição em 60% da
dimensão ainda é adequada para implantes de 4 mm de diâmetro. Além da reabsorção
do osso alveolar remanescente, o seio maxilar expande-se após a perda dental. Como
resultado, a altura do osso disponível é diminuída na crista óssea e no aspecto apical.
Os enxertos ósseos sinusais, que elevam a membrana do assoalho do seio maxilar e
então enxertam a região prévia do seio maxilar, foram desenvolvidos por Tatum em
meados dos anos 1970.61 Esta área é a região intraoral mais previsível para que um
aumento de mais de 10 mm de osso vertical seja conseguido. Até mesmo materiais
aloplásticos podem ser utilizados com esta técnica. Portanto, o levantamento do seio é
comumente indicado antes da instalação de implantes endosteais na região posterior
da maxila C−h (Fig. 14-27).
FIGURA 14-27 A, Radiografia panorâmica da região do primeiro
molar superior com osso da divisão C−h. B, Abordagem da
parede lateral de Tatum do assoalho do seio maxilar possibilita
uma enxertia para aumentar a altura apical. C, O implante é
inserido ao mesmo tempo do levantamento do seio. D,
Radiografia pós-operatória do implante e do enxerto ósseo no
seio. E, O pilar é inserido dentro do implante depois de 6 meses.
F, A coroa restaura o implante do primeiro molar superior. G,
Radiografia pós-operatória de 5 anos do implante e da coroa.
Opções Protéticas
As opções protéticas para os rebordos da divisão C frequentemente consistem em
próteses removíveis no arco maxilar completamente edentado. Uma sobredentadura
superior no rebordo da divisão C sustenta o lábio superior sem comprometer a higiene.
Na mandíbula da divisão C, o maior EAC geralmente permite um desenho de
sobredentadura mucossuportada (PR-5). Uma prótese fixa na mandíbula da divisão C
pode requerer um suporte com implantes tanto na região anterior quanto na posterior,
quando os fatores de força são maiores que os usuais. As próteses fixas
confeccionadas para um osso da divisão C com um EAC maior que 15 mm se
apresentam, na sua maioria, como dispositivos híbridos formados pelos dentes da
prótese sendo ligados por meio de resina acrílica a uma estrutura de suporte de metais
preciosos. Dessa maneira, é possível reduzir as complicações e os custos de uma
prótese fixa metalocerâmica.
Em geral, a divisão C−h apresenta fatores biomecânicos menos favoráveis ao
suporte por implantes. Portanto, é necessário, muitas vezes, que implantes ou dentes
adicionais, estabilização poligonal, suporte de tecido mole ou uma prótese removível no
arco oposto sejam considerados no planejamento protético para melhorar o prognóstico
a longo prazo. Tratar o rebordo da divisão C requer maior experiência, precaução e
treinamento que nas duas divisões de osso previamente apresentadas; contudo,
resultados excelentes podem ser alcançados.
O paciente completamente edentado que não tenha sido tratado com o uso de
implantes deve ser bem instruído sobre o processo de reabsorção do osso que
continuará ocorrendo, com aumento significativo dos riscos de uma prótese removível
convencional. Esperar para tratar o paciente até que os problemas irreparáveis se
desenvolvam é uma parca alternativa de tratamento que resulta na necessidade de
procedimentos mais avançados (como o enxerto da crista ilíaca) e riscos significativos
de complicações associadas.
Concluindo, como em todas as outras divisões de osso, a prótese final determina a
opção de tratamento. Para próteses inferiores PR-4, cinco implantes de formato
radicular podem ser usados na região anterior da mandíbula (se os outros critérios
dentais permitirem). No entanto, um maior EAC ou um arco de formato quadrado pode
comandar a necessidade de uma prótese PR-5 com implantes anteriores de formato
radicular. A combinação de implantes anteriores de formato radicular e implantes
posteriores subperiosteais (ou implantes em forma de disco) é uma opção de
tratamento para uma prótese PR-4 ou fixa no arco mandibular. O enxerto ósseo é muitas
vezes necessário para uma prótese fixa em qualquer um dos arcos completamente
edentados da divisão C, se os fatores de tensão forem elevados e não puderem ser
reduzidos.
Qu a d r o 1 4 - 7 Osso da Divisão D
• Atrofia grave
• Perda de osso basal
• Maxila plana
• Mandíbula extremamente delgada
• Altura de coroa > 20 mm
Regiões Posteriores
O paciente parcial ou completamente edentado com uma região posterior da maxila da
divisão D que tenha dentes anteriores ou implantes saudáveis pode ser submetido aos
procedimentos de levantamento de seio combinado ao enxerto ósseo autógeno local,
osso liofilizado e substitutos ósseos à base de fosfato de cálcio.61 O EAC pode ser
insuficiente para enxertos onlay na região posterior da maxila, apesar da falta de altura
de osso disponível, pois o seio se expande mais rapidamente que a reabsorção da
crista óssea do rebordo. Implantes endósseos de altura adequada raramente podem
ser posicionados na região posterior da maxila da divisão D sem um levantamento de
seio. Após 6 meses do levantamento de seio, a região posterior da maxila da divisão D
é restabelecida para a divisão A ou C–h, permitindo a instalação de implantes de
formato radicular para o suporte protético posterior (Fig. 14-35).
FIGURA 14-35 A, Radiografia panorâmica com uma região
posterior da maxila unilateral com ausência de um pré-molar e
dos molares. Na região do pré-molar, o osso é da divisão C–h; na
região dos molares, o osso é da divisão D. B, A abordagem da
parede lateral de Tatum é preparada com uma broca diamantada
esférica. A mucosa do seio será elevada e um enxerto sinusal
será realizado para aumentar a altura do osso. C, Radiografia
pós-operatória de 6 meses de A e B. A região posterior da maxila
foi modificada para a altura requerida da divisão A. D, Após a
maturação do enxerto sinusal, três implantes foram inseridos em
um segundo tempo cirúrgico na região posterior da maxila. E, A
prótese fixa definitiva (PF-1) com três elementos é cimentada na
posição sobre os três implantes.
Resumo
Na implantodontia, a prótese é projetada no início do tratamento para satisfazer as
necessidades e os desejos do paciente, e obter resultados ótimos. Isso pode variar de
uma prótese completamente fixa a uma prótese principalmente mucossuportada. Depois
que o tipo de prótese definitiva tiver sido estabelecido, as posições ideais dos
implantes, os fatores de força dos pacientes, a densidade óssea nos sítios dos
implantes e o número, o tamanho e o projeto dos implantes são determinados. O
principal critério para o suporte adequado do implante é a quantidade de osso
disponível. Foram apresentadas quatro divisões de osso disponível, com base na
largura, altura, comprimento, angulação e EAC no sítio edentado. É necessário seguir
os procedimentos consistentes ao plano de tratamento elaborado para os implantes em
cada categoria de osso.
O rebordo edentado da divisão A oferece osso abundante em todas as dimensões.
Os implantes de formato radicular da divisão A são otimamente usados e
frequentemente como suporte independente para a prótese. O osso da divisão B pode
fornecer largura adequada para implantes endosteais mais estreitos, de pequeno
diâmetro e formato radicular.
A largura reduzida e a área de superfície normalmente exigem que implantes
adicionais sejam incluídos no projeto da prótese definitiva. A divisão B pode ser
transformada em uma divisão A por meio de enxerto ou osteoplastia. As opções de
tratamento podem ser selecionadas levando-se em conta a área a ser tratada. Por
exemplo, na região anterior da maxila, o enxerto ósseo geralmente é selecionado por
causa da estética. Na região anterior da mandíbula, a osteoplastia é comum por causa
da altura do osso disponível e preocupação estética reduzida. Na região posterior da
mandíbula, múltiplos implantes da divisão B podem ser usados, porque a densidade do
osso é boa, a altura do osso disponível é limitada e a estética não é um fator principal.
Quando os fatores de tensão são maiores, o enxerto ósseo precede os implantes de
formato radicular da divisão A, independentemente da localização anatômica.
O rebordo edentado da divisão C exibe reabsorção moderada e apresenta mais
fatores limitantes para os implantes endósseos previsíveis. A decisão de utilizar tais
implantes ou melhorar a divisão do osso através de enxerto ósseo antes da instalação
dos implantes é influenciada pela prótese, pelos fatores de força dos pacientes e pelos
desejos destes.
O rebordo edentado da divisão D corresponde à perda do osso basal e atrofia grave,
resultando em canais mandibulares deiscentes ou em uma maxila completamente
plana. O paciente muitas vezes necessita de enxerto com osso autógeno antes da
reabilitação protética com implantes.
Se as condições existentes não são favoráveis para um resultado final previsível, o
pensamento ou a cavidade oral do paciente devem ser modificados. Por exemplo, as
expectativas do paciente devem ser reduzidas para que uma prótese possa ser
alterada de PF-1 para PR-4, ou o osso deve ser enxertado para melhorar a altura e a
largura e mudar a divisão, com o intuito de tornar compatíveis o suporte dos implantes e
o planejamento protético a longo prazo.
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CAPÍTULO 15
Tabela 15-1
Osso Disponível Inadequado para Plano de Tratamento Ideal
Aumento ósseo
Localizações de implante opcional
Implantes adicionais
Aumentar o tamanho do implante
Otimizar o modelo de implante
Aspectos Cirúrgicos
Durante a fase cirúrgica, o desenho do módulo da crista primeiramente beneficia a
interface da crista óssea com o implante. O módulo da crista do implante deve ser
suavemente maior que o diâmetro da rosca externa do corpo do mesmo. Dessa forma, o
módulo da crista sela completamente a osteotomia, promovendo uma barreira e
impedindo o ingresso de bactérias ou tecido fibroso durante o reparo inicial. O
selamento criado pelo maior módulo da crista também promove maior estabilidade
inicial de implante após instalação, especialmente em um osso mais delgado não
preparado, porque comprime a região de crista óssea.15
Tipo de Implante (Sobrevida Clínica) Número de Implantes Instalados <5 mm de Perda Óssea
Parafuso oco (95,4%) 112 101 (74%)
Cilindro oco (85,7%) 9 7 (63%)
Cilindro oco angulado (91,7%) 18 6 (61%)
Todos os implantes (92,4%) 179 154 (69,8%)
Dados de Karoussis IK, Bragger U, Salvi GE, et al: Eff ect of implant design on survival
and success rates of titanium oral implants: a 10-year prospective cohort study of the ITI
Dental Implant System, Clin Oral Implants Res 15:8–17, 2004.
Essa tem sido uma observação clínica comum de que osso é muitas vezes perdido
até a primeira rosca após colocação de cargas, não considerando o tipo ou o modelo
fabricado. Osso cresce acima das roscas durante o reparo inicial, mas após a
colocação de carga da prótese, usando esta referência, perda óssea é muitas vezes
observada. No entanto, a quantidade de perda de crista óssea é diferente para modelos
distintos de implante e relacionada com comprimento do módulo de crista óssea. Por
exemplo, a primeira rosca está 1,2 mm abaixo da plataforma do implante Nobel Biocare
Mark IV, 2 mm abaixo da plataforma no modelo Nobel Replace e 3,5 mm nos modelos de
implantes com hexágono interno Zimmer. A magnitude da perda de crista óssea está
muitas vezes diretamente relacionada com a distância entre o módulo de crista e a
distância da primeira rosca (sem considerar se a condição de superfície é lisa ou
rugosa acima da rosca) (Fig. 15-15). Portanto, a perda óssea não pode ser relacionada
com um “espaço biológico” específico, mas pode ser em parte causada pelo modelo do
módulo de crista. A perda óssea muitas vezes para na primeira rosca porque esta
transforma a carga de cisalhamento criada pelo módulo de crista do cilindro em um
componente de carga compressiva (e o osso é 65% mais resistente). Em vez de
planejar o módulo de crista para cisalhamento, um modelo melhorado que carrega o
osso em compressão pode reduzir o risco da perda de crista óssea após carga oclusal.
FIGURA 15-15 A, Os três implantes na radiografia periapical têm
um colar com ataque ácido de 4 mm acima da primeira rosca. A
perda óssea após carga para na primeira rosca. B, O tecido
recuado após perda óssea e os módulos de crista de implante
estão agora expostos.
Como regra geral, o pilar se insere no corpo do implante com uma extensão interna
(comumente um hexágono ou modelo com três lobos) ou uma dimensão externa (ou
seja, hexágono externo) (Fig. 15-17). Depois que o conector e o implante são unidos
através de um parafuso de pilar, todo o módulo de crista, pilar e conector são similares
sem considerar se eles possuem hexágono externo ou interno (Fig. 15-18). Portanto, os
resultados clínicos observados relativos à estética e retenção são similares. No entanto,
as consequências de um tipo de conexão afetam o modelo de módulo de crista do
implante.
FIGURA 15-17 O implante à esquerda tem uma conexão
protética com hexágono externo. O implante à direita tem uma
conexão protética com hexágono interno. As roscas no hexágono
externo são mais próximas à região de crista óssea.
FIGURA 15-18 Quando os pilares são conectados ao módulo de
crista, o hexágono antirrotacional (interno demonstrado à
esquerda e externo à direita) é coberto, e a localização da
margem do pilar é a mesma. Portanto, não existe diferença no
aspecto estético para a coroa do implante.
Campo da Rosca
Campo da rosca é a distância medida paralelamente entre roscas adjacentes que
formam as características de um implante.37 O comprimento da porção rosqueada do
corpo do implante dividido pelo campo iguala as roscas por unidade de comprimento.
Quanto menor (ou mais fino) o campo, mais roscas no corpo do implante para uma
dada unidade de comprimento e então maior área de superfície por unidade de
comprimento do corpo do implante se todos os outros fatores são iguais. Novamente,
uma diminuição da distância entre as roscas aumentará o número de roscas por
unidade de comprimento. Quanto maior o número de roscas, maior a área de superfície
se todos os outros fatores são os mesmos (Fig. 15-39). Pelo fato de a tensão estar
diretamente relacionada com a magnitude da força e indiretamente com a área sobre a
qual a força é aplicada, o campo do implante pode ser feito menor quando a magnitude
da força é maior que o normal, a fim de obter uma magnitude reduzida de tensão.37
Roberts et al. observaram em um modelo animal que o número de roscas pode afetar a
porcentagem de COI.71 Quando dois diferentes modelos de campo de roscas de
implante foram instalados no mesmo animal, um maior COI foi observado com os
implantes com um maior número de roscas (Fig. 15-40).
FIGURA 15-39 O campo da rosca descreve o número de roscas
por unidade de comprimento de um implante. Enquanto o
implante à direita tem um campo de rosca menor e área de
superfície maior, o implante à esquerda tem um campo de rosca
maior e menor área de superfície global.
FIGURA 15-40 Existe um maior contato osso–implante (COI) com
implantes de maior número de roscas comparados com
implantes com menos roscas. Uma combinação de resultado
típico demonstra um maior COI no lado direito se comparado com
o lado esquerdo do implante.
O número de roscas pode ser afetado pelo modelo do módulo de crista do implante.
Quando o corpo do implante tem um módulo de crista de cilindro extenso, o número de
roscas para suportar a carga oclusal é reduzido. Por exemplo, enquanto alguns
modelos de implantes têm um módulo de crista de cilindro de 3 mm ou mais, outros
modelos têm somente uma área de 0,7 mm acima da primeira rosca. Quando o campo
da rosca é 0,5 mm, existem menos de quatro roscas para cada 2 mm do módulo de
crista do cilindro. Portanto, um implante de 7 mm em comprimento pode ter 28% menos
roscas com um módulo de crista liso extenso (Fig. 15-43).
FIGURA 15-43 O modelo de implante com hexágono interno à
esquerda (Zimmer Screw-Vent) tem por característica um
hexágono interno. O implante à direita (Maestro da BioHorizons)
tem um módulo de crista com hexágono externo. O implante à
esquerda é 1 mm mais comprido mas tem menos roscas que o
implante à direita. O implante à esquerda é fabricado com
revestimento de rosca triplo; o implante à direita tem um
revestimento de rosca único. No entanto, a área de superfície
global não é afetada pelo revestimento de rosca.
Muitos fabricantes advertem para corpos de implante com roscas com recobrimento
duplo ou triplo (p. ex., Zimmer, Nobel Biocare). Esses termos se relacionam ao processo
de fabricação e não aumentam a área de superfície funcional. Em vez de usinar uma
rosca em um tempo com um instrumento de corte, uma rosca dupla usa duas lâminas
cortantes, e uma rosca tripla usa três lâminas para fabricar as roscas. Como resultado,
quando um implante de rosca revestida gira 1 rpm, o implante se insere à distância de
uma rosca. Um implante de rosca dupla em 1 rpm insere duas roscas dentro do osso.
Se as revoluções por minuto ocorrem em uma rosca de revestimento único e duplo
(p. ex., 30 rpm contra 15 rpm), ambos os implantes são rosqueados dentro do osso na
mesma taxa. Em qualquer caso, nenhuma mudança de área de superfície funcional é
encontrada entre uma rosca de revestimento único, duplo ou triplo.
A facilidade cirúrgica de instalação do implante está relacionada com o número de
roscas. Quanto menos roscas, mais fácil a inserção do implante. Se poucas roscas são
usadas em um osso mais denso, a facilidade de instalação é aumentada, porque o osso
duro é mais difícil de perfurar e inserir o implante.
Profundidade da Rosca
A profundidade da rosca é a distância entre o maior e menor diâmetro da rosca37
(Fig. 15-44). Implantes convencionais fornecem uma profundidade de rosca uniforme
através do comprimento do implante. Um diâmetro menor reto, que é usado em quase
todos os implantes dentais, tipo parafuso, resulta em área transeccional uniforme
através do comprimento do implante de paredes paralelas. Um implante cônico muitas
vezes tem um diâmetro menor similar, mas o diâmetro mais externo diminui em relação
ao cônico; por isso, a profundidade da rosca diminui em direção à região apical. Como
resultado, um modelo de implante tem menor área de superfície global, que é mais
crítico para implantes curtos. O implante cônico, rosqueado, pode ter menor habilidade
para se fixar ao osso na região apical no momento da inserção inicial, e tem também
menor área de superfície funcional. A conicidade do corpo do implante pode resultar em
maior tensão, especialmente em implantes mais curtos.46,81
*O campo de rosca mais fino (mais roscas) e a maior profundidade da rosca equivalem
a uma área de superfície mais funcional.
Tabela 15-4
Área de Superfície de Modelos de Implante (5 mm em Diâmetro)
Formato da Rosca
O formato de rosca é outra característica importante da geometria global.37 Como
previamente descrita, formatos de rosca em modelos de implantes dentais incluem
quadrangular, em forma de V, apoio e apoio reverso (Fig. 15-46). Em aplicações
convencionais de engenharia, o modelo de rosca em V é chamado de fixação e é
primeiramente usado para fixar partes metálicas juntas.82 O ângulo da rosca em forma
de V é de 30 graus, por isso pode aplicar cargas de tensão e de cisalhamento para o
metal e forçar os componentes para encaixar mais firmemente juntos. Esse formato de
rosca é mais comum na indústria (p. ex., Nobel BioCare, Biomet, Zimmer, Astra). É
interessante notar que o implante original Brånemark da Nobel BioCare foi chamado de
“fixação” em vez de ser referenciado como implante.
FIGURA 15-46 Os quatro tipos de rosca básicos para modelos
de implante incluem rosca em V (A), rosca de apoio reverso (B),
rosca de apoio (C) e rosca quadrangular (D).
A forma do apoio de rosca foi inicialmente desenhada para cargas retiradas por
Krupp.82 Esse modelo de apoio foi usado para segurar canhões em paióis de concreto
para que as forças de descarga durante o uso dos canhões não puxassem os
parafusos para fora da fundação. Assim, esse modelo de rosca é aumentado por
cargas retiradas. No entanto, a transferência de forças das cargas oclusais para o osso
é similar àquelas de modelo de rosca em V. Esse modelo de rosca para implantes
dentais é menos usado (Nobel BioCare).
Aplicações de implantes dentais ditam a necessidade por uma forma de rosca
otimizada para função a longo prazo (transmissão de carga) sob carga de direção
oclusal, intrusiva (o oposto da retirada). A rosca quadrangular (chamada de potência de
rosca em engenharia) fornece uma área de superfície otimizada para transmissão de
cargas intrusivas, compressivas.82 A maioria dos macacos de automóveis ou modelos
de engenharia construídos para suportar uma carga usa, de alguma maneira, o modelo
de rosca quadrangular. No entanto, poucos modelos de implantes têm incorporado um
modelo de rosca quadrangular (BioHorizons, Ankylos). A forma do apoio de rosca pode,
também, primeiramente transferir cargas compressivas ao osso (p. ex., BioHorizons,
BioLok, Straumann).
O formato de rosca tem, primeiramente, aplicações para transferência de cargas,
mas pode também contribuir para o estágio de reparo inicial permitindo uma interface
direta ao osso. Um estudo experimental realizado por Steigenga et al. comparou três
formas de roscas de implantes com largura, comprimento, número de roscas,
profundidade de roscas e condições de superfície idênticas83,84 (Fig. 15-47). As
formas de rosca em V e de apoio têm porcentual similar de COI. A rosca quadrangular
tem o porcentual mais alto de COI (Tabela 15-5). Enquanto o modelo de rosca
quadrangular tem um maior porcentual de COI e maior valor de teste de torque reverso,
o apoio de rosca e a rosca em forma de V têm valores similares (Tabela 15-6). Portanto,
parece que a forma de rosca pode também ser um parâmetro no modelo do implante
para a fase de reparo inicial da osseointegração.
Tabela 15-5
Porcentagem de Osso para Implante Comparando Modelos de Implantes
Rosqueados com Forma em V, Apoio Reverso e Quadrangular (N = 12, n = 69)
Tabela 15-6
Valores de Remoção de Torque Reverso (N-cm) Comparando Modelos de
Implantes Rosqueados com Forma em V, Apoio Reverso e Quadrangular (N = 12,
n = 36)
O conceito apresentado neste capítulo não significou sugerir que níveis adequados
de tensão podem somente ser obtidos com um modelo de implante, ou mesmo que os
níveis ideais de tensão são necessários para manutenção da osseointegração a longo
prazo. O ambiente de tensão ao redor de implantes endósseos é muito complexo, e
variáveis (como densidade, volume e forma óssea) são mais provavelmente
influenciáveis, mas não ainda completamente compreendidas. Modelos experimentais
futuros devem avaliar como a influência do modelo de implante, condição de superfície,
intensidade de carga, frequência de carga, direção de força, e densidade óssea se
inter-relacionam para o sucesso a longo prazo de implantes dentais. É sugerido que a
taxa de reposição óssea possa ser um método para avaliar essas condições.
A maioria dos implantes em forma de raiz são circulares em transecção. Isso permite
a uma broca esférica preparar uma cavidade esférica, precisamente correspondendo
ao corpo do implante. Transecções redondas, no entanto, não resistem às forças de
torção ou cisalhamento quando parafusos de pilares são apertados ou quando
permanecem livres, como implantes unitários recebendo força rotacional (torsional).
Como resultado, uma característica antirrotacional é incorporada ao corpo do implante,
geralmente na região apical. O modelo mais comum é um orifício ou uma abertura. Em
teoria, osso pode crescer através do orifício apical e resistir a cargas tensionais
aplicadas ao implante. A região do orifício apical pode também aumentar a área de
superfície disponível para transmitir cargas compressivas ao osso.
Uma desvantagem do orifício apical ocorre quando o implante é instalado através do
assoalho do seio ou se torna exposto através de uma lâmina cortical. O orifício apical
pode ser preenchido com muco e se tornar uma fonte de contaminação retrógrada, ou
provavelmente ser preenchido com tecido fibroso (Fig. 15-54). Se o orifício apical for
preenchido com tecido fibroso, diminui o contato ósseo na região apical do implante.
Esse padrão é maior com o modelo de corpo de cesta de basquete, menor com um
orifício vertical de 4 mm, e ainda menor com um orifício redondo de 1 mm de diâmetro.
O aspecto apical de um implante sólido (sem orifício apical) pode suavemente perfurar
qualquer lâmina cortical de oposição e agir como uma cunha para selar a abertura.
Portanto, um implante ou componente duas vezes tão largos são 16 vezes mais
resistentes à fratura. Como resultado, implantes com diâmetros mais largos podem ser
usados se houver cargas compensadas (equilíbrio) ou condições de tensões maiores
(i.e., parafunção, regiões de molares).
Considerando as mesmas equações, pode ser demonstrado que um parafuso de
pilar, que tem uma área transeccional menor que um implante (geralmente ≈ 2 mm), é
mais suscetível à fratura. Isso é particularmente verdade quando o parafuso do pilar se
torna frouxo e suporta um componente grande, desproporcional a uma carga
transversa.
Alguns pesquisadores têm sugerido que o fenômeno de quebra do parafuso seja
uma vantagem a longo prazo para o implante. Voltando a expor, é melhor para o
parafuso quebrar, em vez do implante, visto que o parafuso é facilmente removível, mas
o implante não. Embora esse conceito tenha algum valor, ele é também um fator de
segurança defeituoso. A maioria das próteses sobre implantes contém mais de um pilar
de implantes. Tão logo quanto um parafuso se perde ou se quebra, a tensão é
aumentada para os implantes remanescentes, componentes e interfaces com o osso.
As cargas adicionais, fora do eixo resultante, a partir da fratura do parafuso aumentam
a tensão no sistema global e podem contribuir para a perda óssea ou fratura do
componente do implante de unidades fixas remanescentes. Portanto, em vez de
depender de um fator de segurança como um parafuso quebrado quando a tensão é
muito grande, contatos de carga transversa devem ser identificados e corrigidos pela
estruturação de equilíbrio reduzido ou ajustes oclusais antes de a quebra do parafuso
ser iminente.
Enquanto t representa tensão, M é a carga do momento causada pela carga
excêntrica e em equilíbrio, y é um ponto no centro da parte, e I é o momento de inércia.
Portanto, isso pode ser demonstrado que, pelo aumento de I, que depende em parte da
geometria, tensão está diminuída. Voltando a expor, otimizando a geometria do corpo do
implante dentro da limitação dimensional anatômica, é possível reduzir a tensão global
no implante.
A relação do momento de inércia para a resistência global de fratura pode ser
demonstrada pela seguinte equação de engenharia mecânica:
Modelo de corpo de implante pode também aumentar o risco de fratura por fadiga a
longo prazo. O comprimento de parafuso do pilar é mais curto que o local receptor
dentro do implante. Isso permite que este local seja usinado e possibilita que o parafuso
do pilar para apertar o pilar sem o risco de “assentar para fora” antes do parafuso seja
completamente apertado. A transecção dessa porção do corpo do implante pode ser
modelada como um anel ou cilindro oco, similar à transecção de um tubo. A espessura
de parede do corpo do implante na região abaixo do parafuso do pilar controla a
resistência à fratura por fadiga. Portanto, o anel de um implante deve ser tão apical
quanto possível dentro do corpo do implante, que requer um parafuso de pilar maior
(Fig. 15-55).
FIGURA 15-55 O anel é o espaço dentro do corpo do implante
abaixo do parafuso do pilar. Neste modelo de implante, o anel
está somente a poucos milímetros abaixo do módulo da crista.
Quando perda óssea ocorre para o anel, o modelo de implante
cilíndrico oco está sujeito à fratura.
Morgan et al. relataram perdas por fadiga de implantes Brånemark sujeitos a cargas
de flexão.99 Eletromicrografias das superfícies de fratura, acopladas com a posição
conhecida de implantes dentro do ambiente oral, permitiram aos autores determinar a
direção de carga flexionando em vestibulolingual. Fratura de implante ocorreu, como
previsto, na região do implante que foi caracterizada pela transecção reduzida do anel.
Quando o parafuso do pilar tem somente 6 mm em comprimento e perda de crista óssea
de 6 mm ocorre, o anel (e a porção mais fraca do corpo do implante) é posicionado nas
locações de mais alta tensão a partir de momento aumentado de flexão naquela
localização. Como resultado, fratura do corpo do implante é iminente. Portanto, o
comprimento do parafuso do pilar é um assunto importante do modelo de implante e
deve ser tão longo quanto possível.
A fórmula para resistência à fratura em flexão em uma condição de anel está
relacionada com o raio do diâmetro externo à quarta potência menos o raio do diâmetro
interno à quarta potência. Por exemplo, se um implante de diâmetro de 3,75 mm tem
uma profundidade de rosca de 0,4 mm, o diâmetro externo relacionado com o corpo da
fratura é, na verdade, 2,95 mm (3,75–0,4 mm em cada lado ou 2,95 mm com um raio de
1,475 mm). Se esse implante tem um parafuso de pilar de 2,5 mm (raio interno do
orifício de 1,25 mm), seu momento de inércia ou resistência à fratura em flexão no
término do parafuso pode ser demonstrado como: ¼ × π (R do diâmetro externo4 − R do
diâmetro interno4)
Uma análise interessante compara um implante de uma peça sólido com um implante
em duas peças em forma de raiz tradicional. Um implante sólido com 1,23 mm em
diâmetro tem a mesma resistência à fratura em flexão quanto a região de anel de um
modelo tradicional de 3,75 mm na posição de anel. Além disso, um implante sólido de
3 mm tem aproximadamente 340% de aumento no momento de inércia sobre os
3,75 mm de um em forma de raiz de duas peças tradicional na posição de anel.
O módulo de crista de um corpo de implante pode ser estruturado para ter um
espaço ao redor do parafuso do pilar. Esse espaço aumenta o risco de fratura dessa
localização. Um implante com hexágono externo tem o espaço acima do corpo do
implante, mas um sistema de hexágono interno tem o espaço dentro do corpo do
implante. Portanto, o hexágono externo tem um risco levemente maior de fratura dentro
do pilar e um corpo de implante com hexágono interno tem um risco aumentado de
fratura do módulo de crista do implante. A resistência reduzida do corpo do implante
não é tão boa quanto o anel no término do parafuso do pilar. No entanto, há perda da
continuidade na crista do rebordo, em que as maiores forças ocorrem. Como resultado,
condições como uma diminuição do diâmetro do implante ou forças anguladas
aumentam o risco de fratura para o módulo da crista (Fig. 15-58).
Tabela 15-7
Propriedades Mecânicas de Diferentes Graus de Titânio
Resumo
O modelo do corpo do implante é responsável por transmitir a tensão oclusal da prótese
para o osso de suporte. O produto usado pela equipe do implante pode aumentar ou
diminuir o risco de afrouxamento do parafuso, perda de crista óssea, perda óssea do
corpo do implante, peri-implantite, estética do revestimento de tecido mole, perda do
implante e fratura do corpo do implante. Portanto, é prudente fazer uma seleção com
base em uma abordagem científica em vez de publicidade ou opinião mercadológica.
Essa decisão é ainda mais importante quando fatores de força são maiores que o
usual, densidade óssea é mais baixa que a comum ou o tamanho do corpo do implante
é reduzido.
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CAPÍTULO 16
Implantes servem como base para o suporte protético dos dentes ausentes. No
entanto, em um paciente parcialmente edentado, os dentes existentes podem
frequentemente exigir restaurações ou outros tipos de tratamento. Dentes
comprometidos devem ser extraídos e dentes com problemas periodontais avançados
ou indicação endodôntica devem ser tratados antes da determinação da prótese final
sobre implantes, da posição e do número de implantes (Fig. 16-1). Muitas vezes, um
plano de tratamento detalhado (com modelos de estudo e tomografia computadorizada
[TC]) é obtido antes da extração de dentes comprometidos. Após as exodontias, mais
(ou menos) enxerto ósseo e tratamento com implantes são uma consequência habitual.
Desta forma, tempo e esforço são desperdiçados. Além do mais, isto provoca confusão
para o paciente e, muitas vezes, resulta no atraso de decisões críticas para um
tratamento previsível.
FIGURA 16-1 Antes de desenvolver um plano de tratamento
definitivo, é indicada a exodontia dos dentes condenados e tratar
dentes com condições bucais avançadas dos tecidos duros e
moles.
Considerações Protéticas
A cárie em um dente natural é frequentemente possível de ser removida e o dente
restaurado. No entanto, em alguns casos, a restauração do dente é impossibilitada
depois que a cárie é removida. Um axioma protético é ter pelo menos 1,5 a 2 mm de
estrutura dentária para uma coroa com a cervical fina. Além disso, retenção e
resistência adequadas devem existir durante o preparo do dente.1-2 Como resultado
das cáries, tratamento adicional como terapia endodôntica, ou aumento da coroa, pode
ser requisitado (Fig. 16-2). Desta maneira, os procedimentos para salvar o dente são
caros e ocasionalmente menos previsíveis do que um implante. Além disso, o resultado
final pode não ser esteticamente agradável. Por exemplo, quando um incisivo central
requer considerável alongamento funcional da coroa, a margem gengival pode estar
comprometida e apresentar um resultado estético desfavorável.
Quando o arco dentado se opõe a uma região posterior edentada, extrui para além
do plano oclusal em alguns milímetros, o dente pode exigir vários procedimentos para
restaurar o plano oclusal correto. Endodontia e aumento de coroa para além da furca
das raízes podem ser necessários. Após estes procedimentos, a espessura da parede
lateral da raiz pode ser mínima para a colocação de um núcleo. Uma falha estrutural é
muito provável sob essas condições. Exodontia e implante podem ser apropriados,
especialmente nos casos de parafunção moderada a grave. Outra opção para os
dentes extruídos ou esfoliados pode ser a intrusão ortodôntica, muitas vezes com um
mini-implante como um dispositivo de ancoragem de transição (DAT). Este tratamento é
frequentemente escolhido quando a terapia ortodôntica é necessária para melhorar a
posição dos outros dentes em ambos os arcos.
Considerações Endodônticas
Condições endodônticas podem levar o dentista a considerar a exodontia em vez do
tratamento tradicional. Por exemplo, quando o canal radicular não pode ser acessado
devido à anatomia anormal da raiz ou a uma restauração anterior, exodontia e
instalação do implante devem ser consideradas mais do que uma apicectomia (Fig. 16-
4). Em algumas ocasiões, o tratamento endodôntico na região posterior da mandíbula
requer uma apicectomia e tem risco de parestesia de moderado a alto. Um implante
após exodontia pode ser menos invasivo e ter menor risco de parestesia.
Um dente com a síndrome da “raiz dividida” pode ter o canal radicular tratado, com
dor ainda presente durante a função, e pode ser tratado com exodontia e instalação do
implante. Se o procedimento endodôntico parece satisfatório, mas a dor persiste
durante a função, o retratamento do dente muitas vezes não é previsível. Em vez de
esperar por um sintoma observável, o achado subjetivo de dor durante a função pode
ser causa suficiente para exodontia. Exodontia e instalação do implante é geralmente
um tratamento definitivo que elimina a dor durante a função de forma mais previsível
que o retratamento endodôntico.
Um estudo de meta-análise do sucesso endodôntico conclui que a taxa de sucesso
do tratamento endodôntico é de 90% em 8 anos. No entanto, deve-se notar que as
taxas de sucesso para endodontia são diferentes das taxas de “sucesso” relatadas com
implantes3,4. As taxas de sucesso relatadas com implantes dentais são, na maioria das
vezes, as taxas de sobrevida5. Se o implante está na boca, ele é considerado um
“sucesso”, independentemente da qualidade da saúde. No entanto, o sucesso em
vários estudos endodônticos é muitas vezes relacionado com a resolução de toda
patologia periapical. Assim, quando a sobrevida do dente após a terapia endodôntica é
considerada, o tratamento endodôntico é similar à terapia com implantes. Como tal, a
endodontia tradicional é o tratamento de escolha para a maioria dos dentes que são
passíveis de serem restaurados.
Considerando que um dente vital tratado endodonticamente apresenta a taxa de
sucesso de 93% , um dente não vital tem uma taxa de 89% .6,7 Uma lesão periapical
grande (maior do que 5 mm) compromete a taxa de sucesso da endodontia tradicional.
Um dente não vital com grande patologia periapical tem uma taxa de sucesso de 78% .
Como resultado de uma menor taxa de “sucesso”, a terapia endodôntica ainda deve ser
realizada, mas o dente deve ser avaliado ao longo de vários meses antes do tratamento
com pino, núcleo e coroa (Fig. 16-5).
FIGURA 16-5 A, Radiografia periapical de um incisivo central
superior com uma lesão periapical maior do que 5 mm de
diâmetro. Um dente desvitalizado com uma lesão periapical maior
do que 5 mm possui menos de 88% de índice de sucesso no
tratamento. B, O acompanhamento pós-operatório do dente
indica sucesso endodôntico. A lesão endodôntica começou a
regredir. Ele pode agora ser restaurado com menor risco de
falhas. Se não for bem-sucedido, a exodontia deve ser
considerada em vez do retratamento, uma vez que o índice de
sucesso desse tratamento é de 65% .
A etiologia dos envolvimentos de furca inclui bactérias, bem como placa na furca com
extensão de inflamação na região, com perda de osso inter-radicular. Isto leva a uma
progressiva e localizada perda de inserção na maioria dos indivíduos. A entrada da
furca de um primeiro molar não pode ser acessada com instrumentos manuais
periodontais tradicionais em quase 60% dos casos.10 Além disso, patologias pulpares
com canais acessórios na furca podem causar uma combinação de problemas
endodônticos e periodontais. Fratura radicular vertical também pode ocorrer com maior
incidência após a terapia endodôntica. Assim, pacientes com doença periodontal
moderada que inclui os molares estão em maior risco de continuação da doença.
Tratamento de furca de molares pode incluir amputação de raiz. A menor taxa de
sucesso para ressecção radicular foi encontrada em secções radiculares distais
mandibulares (75% ).11,12 Mesmo quando bem-sucedido, é indicado para a raiz
remanescente, endodontia, núcleo e coroa, e a substituição da raiz distal com um
implante ou prótese parcial fixa (PPF) (Fig. 16-8). Exodontia, colocação de enxerto e
implante é o tratamento mais previsível para esta condição. Um implante também pode
substituir todo o dente, com um custo mais baixo. Como consequência, a ressecção da
raiz do molar inferior pode ser substituída por exodontia e terapia com implantes.
Uma furca distal em um molar superior é o envolvimento de furca mais comum, pois é
diretamente abaixo do contato interproximal e tem difícil acesso para a higiene.13,14
Um molar superior que perdeu o osso na região de furca, perdeu quase 30% da área
de suporte da raiz. No entanto, quando uma raiz vestibular distal é seccionada na
maxila, geralmente a coroa pode ser restaurada para preencher o espaço mesiodistal, e
um procedimento adicional não é necessário. Assim, uma furca distopalatina tratada
com ressecção radicular é geralmente indicada na maxila, em vez de exodontia e
implante.
Quando um molar superior tem mais de uma condição de furca ou raízes curtas,
ressecção da raiz, ou até mesmo um considerável aumento funcional da coroa, pode
comprometer o suporte restante ou resultar em outro envolvimento de furca. Os
tratamentos endodônticos com pino, núcleo e aumento funcional da coroa podem não
ser tão previsíveis como a exodontia e instalação do implante. Além disso, o custo
desse tratamento convencional pode ser duas vezes o custo de um implante.
Em algumas ocasiões, a terapia periodontal de sucesso é acompanhada por um
resultado estético precário. Pode ser mais prudente extrair os dentes não estéticos,
mesmo que a terapia periodontal tenha sido “bem-sucedida”. Nessas condições,
próteses sobre implantes podem restaurar a dentição de forma mais estética (Fig. 16-
9).
Regra de 0, 5 ou 10 Anos
O dentista avalia a qualidade de saúde dos dentes naturais por meio de índices
endodônticos, periodontais e protéticos, amplamente utilizados. Após isto ser feito, o
dentista pode obter uma estimativa da longevidade e decidir se deseja extrair ou tratar
e manter o dente seguindo uma regra 0, 5 ou 10 anos.16 O Quadro 16-1 resume o
protocolo de tomada de decisão envolvendo um dente natural. Se o dente natural tem
um prognóstico favorável por mais de 10 anos, ele deve ser incluído no plano de
tratamento. A decisão de usá-lo ou não como um pilar quando adjacente a um espaço
edentado requer informações adicionais, mas algumas razões sustentam a remoção do
dente para restauração do paciente parcialmente edentado.
Exemplos Clínicos
Se a higiene é deficiente em pacientes com envolvimento da furca graus II ou III em
molares, o dente na maioria das vezes está na categoria de 0 a 5 anos e é indicado
para exodontia. Isso é especialmente considerado quando outros dentes no mesmo
quadrante estão ausentes ou sem esperança ou se apenas de 8 a 10 mm de osso
permanece entre a crista óssea e a estrutura anatômica oposta. 12,13,18
Molares com envolvimento de furca grau I muitas vezes são colocados na categoria
de prognóstico entre 5 a 10 anos. No entanto, deve-se notar que molares superiores
estão em maior risco de complicações na furca, e mesmo quando classificados como
envolvimento da furca grau I, 33% são perdidos dentro do período de 5 anos sem
tratamento.14 Molares inferiores têm uma falha de 20% na mesma época de referência.
Portanto, mesmo quando um envolvimento de furca classe I é diagnosticado, um
tratamento agressivo e boa higiene oral são necessários, especialmente se o dente
precisar de uma restauração extensa.
Pacientes com uma potencial falha estrutural após a restauração (como resultado de
cárie ou trauma) e que necessitam de endodontia, aumento de coroa funcional, pinos e
núcleos são considerados na categoria de 0 a 5 anos. Quando o índice de cárie é alto,
especialmente associado à higiene deficiente, e várias restaurações falharam, pode ser
indicada a exodontia desses elementos.
Quando o paciente tem uma lesão endodôntica maior do que 5 mm num dente
previamente tratado endodonticamente (que parece ter sido dentro de uma técnica
aceitável), o dente é indicado para exodontia. Um dente que apresenta dor durante a
função, apesar da terapia endodôntica radiograficamente bem-sucedida, pode ter uma
raiz de divisão e é considerado na categoria de 0 a 5 anos.
O dentista deve avaliar os dentes, especialmente os que estão ao lado de uma
região edentada. Um dente natural distante do local do futuro sítio da prótese sobre
implante é menos suscetível a afetar a prótese sobre implante e alterar as sequências
do tratamento neste sítio. No entanto, a perda de um dente natural adjacente ao sítio do
implante pode causar perda do implante adjacente e quase sempre (se ocorrer uma
falha ou não) faz com que a prótese seja atrasada e comprometida. Portanto, se o
clínico não estiver certo se o dente está na categoria de 0 a 5 anos ou de 5 a 10 anos,
para o o dente adjacente ao sítio do futuro implante com mais frequência deve ser
considerado pior prognóstico.
Avaliação Geral
A avaliação dos dentes remanescentes deve preceder o plano de tratamento definitivo
para substituir dentes perdidos. As condições existentes do sistema estomatognático
fora da faixa de normalidade devem ser avaliadas e tratadas quando necessário. Este
tratamento pode ser realizado antes ou em conjunto com terapia de implantes. Desta
forma, as considerações protéticas pré-implante constituem fase essencial do
tratamento.
As relações existentes entre dentes e arcos não precisam ser perfeitas antes da
cirurgia de implantes. No entanto, como a implantodontia sempre diz respeito à
substituição de dentes, pelo menos, um diagnóstico e um plano de tratamento devem
ser feitos antes da instalação do implante. O objetivo é identificar e restaurar os
parâmetros protéticos dos dentes remanescentes dentro dos limites normais. As
posições dentárias corretas devem ser, em primeiro lugar, determinadas, então mesmo
que o tempo total de tratamento seja estendido ao longo de vários anos, pelo menos,
cada segmento terá um objetivo consistente. Muitas vezes o protesista presume que o
paciente deseja o tratamento mais barato ou mais rápido relacionado a cada sessão de
tratamento ou que permaneça dentro dos limites de reembolso do seguro dental. Como
consequência, a boca é restaurada de um ou dois dentes de cada vez, adaptando a
prótese de acordo com a condição oclusal presente do paciente, que geralmente piora
com o tempo e nunca melhora por conta própria. Como resultado, depois de o paciente
ter ido no mesmo profissional por várias décadas, a dentição geral encontra-se em pior
condição do que quando o paciente começou. Embora seja mais fácil restaurar uma
boca inteira para corrigir as relações oclusais em um só tempo, também é possível
obter um resultado semelhante quando se trata um dente de cada vez, desde que cada
etapa prossiga ao longo do percurso predeterminado de todo o tratamento.
A avaliação do estado protético geral pré-implante do paciente se assemelha à
odontologia tradicional. Quando o protesista avalia as necessidades de próteses de um
paciente, um processo ordenado é necessário, independentemente do estado atual da
dentição. Em outras palavras, independentemente de o paciente ter todos os seus
dentes ou a ausência destes, após o dentista aceitar a responsabilidade de orientação
profissional e tratamento a longo prazo conforme necessário, uma abordagem
consistente para cuidar é benéfica.
Há cinco elementos iniciais dos dentes existentes que devem ser avaliados em
sequência e tratados quando indicado. Esses elementos são posição dos dentes
anteriores da maxila, dimensão vertical de oclusão (DVO) existente, posição da borda
do incisivo inferior, plano oclusal da maxila e plano oclusal da mandíbula16 (Quadro 16-
2). Esses elementos são avaliados em um paciente parcialmente edentado durante o
exame clínico inicial e também podem ser avaliados em modelos de diagnósticos
montados (que podem também servir para os procedimentos de enceramento de
diagnóstico).
Síndrome Combinada
A avaliação da DVO no pré-tratamento também é muito importante para um paciente
que utiliza uma prótese total maxilar em oposição a uma mandíbula parcialmente
edentada, especialmente no caso de segmentos posteriores edentados que não são
compensados por uma prótese parcial removível (Classe I de Kennedy-Applegate). Sob
essas condições, uma síndrome combinada (Kelly) pode estar presente e é
especialmente notável se a DVO estiver dentro dos limites normais.45 Os sintomas
clínicos incluem (1) incisivos superiores da prótese posicionados para cima e
rotacionados para trás em relação ao ideal, (2) os dentes anteroinferiores naturais
extruídos e invadindo o plano oclusal, (3) plano oclusal horizontal maxilar inclinado
apicalmente na anterior e oclusalmente nas regiões posteriores, (4) tuberosidades
aumentadas invadindo o espaço interarcos, (5) hiperplasia palatina maxilar e (6) tecido
extremamente móvel na pré-maxila. Além disso, como os dentes posteriores
mandibulares foram perdidos há muitos anos para desenvolver essas condições
clínicas desta síndrome, há falta de osso posterior na mandíbula para instalar implantes
endósseos (Fig. 16-15).
FIGURA 16-15 A, A síndrome da combinação descreve as
condições clínicas que ocorrem quando uma prótese total maxilar
se opõe aos dentes anteriores mandibulares e nenhuma prótese
parcial. Os dentes inferiores extruem à medida que a prótese
maxilar sobe na região anterior e desce na região posterior. B, O
osso da pré-maxila é perdido e as tuberosidades ampliadas.
O guia incisal é definido como a influência das superfícies em contato dos dentes
anteriores mandibulares e maxilares durante os movimentos mandibulares.25 O ângulo
do guia incisal é formado pela intersecção do plano de oclusão e uma linha dentro do
plano sagital determinada pela borda incisal dos incisivos centrais maxilares e
mandibulares quando em máxima intercuspidação (MI). Ele é responsável pela
quantidade de separação dos dentes posteriores durante as excursões mandibulares;
e, para isso, deve ser mais íngreme do que a eminência articular que guia o conjunto
côndilo-disco (fenômeno de Christensen). Portanto, qualquer prótese planejada e suas
curvas de compensação associadas devem ser desenvolvidas dentro destes limites. Se
não, o posicionamento maxilomandibular dos arcos pode ser inadequado (p. ex., em
pacientes classe II esquelética, divisão I), e os dentes posteriores podem apresentar
contatos laterais durante as excursões mandibulares. Sob essas condições, os
músculos masseter e temporal não reduzem as forças de contração durante estes
movimentos mandibulares (como fazem quando apenas dentes anteriores ocluem
durante as excursões), e os potentes músculos da mastigação continuam a contrair e a
exercer uma força maior sobre todo o sistema estomatognático.
Um cantiléver anterior sobre implantes no arco mandibular edentado pode corrigir a
relação classe II esquelética, divisão I, entre os arcos maxilar e mandibular. Os dentes
anterossuperiores apoiam o lábio inferior em repouso em ambas as relações
esqueléticas de Angle classe I e classe II. Uma prótese total mandibular tradicional não
pode se estender além do suporte anatômico ou zona neutra dos lábios sem diminuir a
estabilidade da prótese. No entanto, com os implantes, os dentes da prótese podem ser
colocados em uma posição estética e funcional mais ideal.16
O cantiléver anterior na mandíbula classe II depende do número adequado de
implantes e da distância AP entre os implantes unidos. Para neutralizar o efeito
cantiléver anterior, o plano de tratamento deve fornecer um maior apoio de implantes,
aumentando a área de superfície através do número, tamanho, desenho, posição do
implante ou posição A-P do implante. Nestes casos, uma prótese PR-4, destinada a
impedir impacção de alimentos, pode facilitar os cuidados diários em comparação com
uma prótese PR-3.
O padrão de reabsorção palatina da maxila, combinado com a rotação anterior da
mandíbula e a diminuição da DVO encontrada no longo prazo, em pacientes que
utilizam próteses totais, pode simular a relação classe III esquelética de Angle em uma
radiografia cefalométrica lateral. No entanto, nesta condição, a mecânica de uma classe
III mandibular não se aplica (principalmente mastigadores verticais, com pouca ou
nenhuma excursão anterior durante a mastigação ou parafunção). Pelo contrário, os
pacientes apresentam uma gama completa de excursões mandibulares e podem gerar
significativas forças laterais sobre a prótese da maxila, que está em cantiléver fora da
base do implante, para se obter uma restauração estética de classe I esquelética.
Portanto, implantes adicionais unidos são sugeridos na maxila com a maior distância A-
P disponível. Isto geralmente requer enxertos de seio e implantes posteriores na
posição dos primeiros ou segundos molares unidos para o apoio do implante anterior.
O guia incisal é frequentemente avaliado nos modelos diagnósticos montados. Um
guia incisal íngreme ajuda a evitar interferências posteriores em movimento de
protrusão ou lateral. No entanto, quanto mais íngreme for o guia incisal, maior a força
aplicada às coroas dos dentes anteriores. Isto pode representar um problema
significativo para uma restauração unitária sobre implante. Às vezes, o dente é perdido
como resultado de uma parafunção severa sobre um dente com um guia incisal íngreme
(geralmente como consequência de uma fratura após o tratamento endodôntico).
Por outro lado, se o guia incisal existente é raso pode ser necessário planejar um
recontorno ou uma restauração protética dos dentes posteriores que apresentam
contatos durante as excursões. Por exemplo, um terceiro molar mandibular inclinado
mesialmente muitas vezes se encontra nesta situação, e pode comprometer em
grandes proporções um implante posicionado na região de um segundo molar superior.
Critérios Específicos
Após os cinco elementos dos dentes existentes (restaurações) serem avaliados e
modificados quando necessário, várias outras condições podem modificar e prejudicar
o curso do tratamento com implantes, se negligenciados. Essas condições devem ser
consideradas antes de o plano de tratamento final ser apresentado ao paciente e
incluem o seguinte:
1. Linhas labiais ativas.
2. Oclusão existente.
3. EAC.
4. Estado da articulação temporomandibular.
5. Próteses existentes.
6. Forma do arco (ovoide, afilado, quadrado).
7. Avaliação dos tecidos moles dos sítios edentados.
Um grande número destes itens pode ser avaliado nos modelos de estudo montados.
Outros requerem a observação direta do paciente. A lista de verificação é útil para
reunir metodicamente os dados, que podem influenciar diretamente o plano de
tratamento.
As posições labiais ativas na posição vertical são também altamente variáveis, mas,
em geral, estão relacionados com a idade do paciente e o sexo. Em geral, os pacientes
mais velhos mostram menos os dentes maxilares durante o sorriso, mas demonstram
mais dentes mandibulares durante sons sibilantes.49 As mulheres mostram mais dentes
superiores durante o sorriso, e os pacientes mais jovens mostram mais dentes do que
os pacientes mais velhos. Os homens mostram mais dentes mandibulares durante a
fala.50 Um homem mostra menos dentes do que uma mulher da mesma idade.
Aproximadamente 70% da população adulta tem uma linha de sorriso alta a poucos
milímetros da margem gengival livre, e aproximadamente 60% da população mostra
papila interdental, mas não a gengiva cervical49 (Fig. 16-26). Em próteses sobre
implantes, se qualquer um dos tecidos moles (p. ex., papila interdental ou gengiva da
região cervical) é exibido, a cirurgia de implantes, enxerto ósseo ou a prótese também
deve substituir o tecido mole. Na implantodontia as próteses tipo PF-1 objetivam
reproduzir um contorno normal da coroa. No entanto, com uma posição mais elevada do
lábio durante o sorriso, este objetivo deve incluir também o contorno do tecido mole em
volta da coroa. Como consequência, os requerimentos estéticos são muito mais
exigentes e muitas vezes exigem passos cirúrgicos adicionais para aumentar os tecidos
moles e duros antes da confecção da coroa. A seleção de uma prótese fixa PF-2 e PF-3
é quase sempre baseada somente na avaliação da linha labial alta. A prótese PF-2 é
mais fácil de ser confeccionada, pois não exige materiais restauradores para a cor da
gengiva, mas ela só pode ser usada quando nenhum dos tecidos moles é exposto
durante o sorriso ou a fala.
Cerca de 30% dos homens e 12% das mulheres com idade superior a 35 anos de
idade têm uma linha labial baixa e não mostram a papila interdental ao sorrir (média de
20% )49 (Fig. 16-26). Este percentual sobe para 40% atrás do canino superior e 70%
atrás do primeiro pré-molar. Nestes pacientes, o contorno do tecido mole não requer um
foco principal, e muitas vezes este pode ser ajustado com uma prótese PF-2, quando o
paciente for informado antes do tratamento. No entanto, uma posição labial alta durante
o sorriso contraindica este tipo de prótese devido à estética cervical precária.
Uma linha de sorriso gengival ou alta ocorre em 14% dos pacientes jovens do sexo
feminino e 7% dos pacientes jovens do sexo masculino e menos em pacientes
idosos48 (Fig. 16-26). A altura da coroa clínica normal é de 10 mm para o incisivo
central, 9 mm para o incisivo lateral e 10 mm para o canino. Se o paciente demonstra
uma banda de gengiva sobre as zonas cervicais dos dentes, a altura das coroas
clínicas é avaliada em relação à sua largura. A relação altura/largura é de 0,86 para o
incisivo central, 0,76-0,79 para o incisivo lateral e 0,77-0,81 para o canino.51 Um
aumento estético da coroa é muitas vezes uma boa opção quando a altura da coroa
clínica do incisivo central é inferior a 10 mm (e a largura é superior a 8 mm). Muitas
vezes, o efeito do aumento da coroa é uma melhora drástica e pode ser realizado
simultâneo à cirurgia de implantes.
Em pacientes com uma linha labial alta que tem ausência de todos os dentes
anteriores, os dentes artificiais podem ser feitos mais longos (até 12 mm), em vez da
altura média de 10 mm para reduzir a exposição gengival e resultar em uma
restauração mais estética. Portanto, a altura dos dentes anteriores da maxila é
determinada pelo estabelecimento do limite incisal do canino com o lábio em repouso.
Em seguida, a linha do sorriso alta determina a altura do dente (de 9 a 12 mm).16 Em
terceiro lugar, a largura dos dentes anteriores é determinada pelas proporções de
altura-largura.
O terço cervical dos pré-molares superiores também é observado com base em uma
linha do sorriso alta. Não é incomum revelar o terço cervical e gengiva da papila
interdental do pré-molar com uma linha labial alta (Fig. 16-27). Estes dentes não devem
aparecer muito curtos (ou longos) e artificiais em altura. A reabsorção também pode
fazer com que os implantes sejam instalados mais para palatina nesta área. A posição
dessas coroas pode então ser muito palatina e, desta forma, afetar o resultado estético.
Enxertos ósseos são os principais métodos para eliminar a necessidade de epíteses ou
a adição de porcelana rosa na gengiva, e também são indicados para reduzir a altura
da coroa.
Para a substituição de múltiplos dentes nas regiões posteriores, quando a linha labial
alta expõe a região da papila interdental, mas não a região gengival cervical, o espaço
inter-implantar pode utilizar materiais restauradores de cor rosa para substituir as
papilas. Quando a linha labial alta expõe as áreas cervicais, os aspectos interdentais e
cervicais da região devem ser tratados com cirurgia (p. ex., enxerto) ou próteses (p. ex.,
próteses PF-3).
A posição da linha labial alta da maxila edentada restaurada com uma prótese PF-3,
que exibe o tecido mole do paciente no sítio edentado é mais dificil para restaurar do
que quando a EAC é maior do que normalmente, mas não mostra tecidos moles nos
sítios edentados. Quando os tecidos moles do paciente são visíveis, a substituição
protética da gengiva deve coincidir com a cor e textura dos tecidos do paciente (Fig. 16-
28). Quando os tecidos moles do paciente não estiverem visíveis, os materiais
restauradores não precisam combinar com a cor existente, e a obtenção de um
resultado estético é mais fácil.
A prótese com porcelana rosa (PF-3) para substituir o tecido mole pode ser estética,
mas raramente é o tratamento de escolha para a substituição de um único dente. A falta
ou deficiência de papila interdental é difícil de combinar com o tecido mole existente.
Por outro lado, na ausência de dentes anteriores múltiplos adjacentes, a prótese com
porcelana rosa é muitas vezes o tratamento de escolha, porque o contorno de tecido
mole geralmente é incapaz de ser ideal, mesmo com enxertos ósseos e de tecidos
moles.
Oclusão Existente
A máxima intercuspidação (MI) é definida como a intercuspidação completa dos dentes
antagonistas, independente da posição condilar, algumas vezes descrita como o melhor
encaixe dos dentes, independentemente da posição condilar.25 Oclusão cêntrica é
definida como a oclusão dos dentes antagonistas quando a mandíbula está em relação
cêntrica.25 Esta pode ou não coincidir com a posição dos dentes de MI. Sua relação
com a RC – uma posição neuromuscular independente de contatos dentários com os
côndilos em uma posição anterossuperior – é importante para os protesistas.46 É
importante avaliar a eventual necessidade de ajustes oclusais para eliminar contatos
dentários deflectivos quando a mandíbula fecha em RC e a avaliação de seus
potenciais efeitos nocivos sobre a dentição existente e a prótese planejada.
Correção dos contatos deflectivos antes do tratamento apresenta muitas vantagens
e pode seguir uma variedade de abordagens, dependendo da gravidade do mau
posicionamento dentário: odontoplastia seletiva (uma técnica subtrativa) restauração
com coroa total (com ou sem tratamento endodôntico) ou exodontia dos dentes
prejudicados. A oclusão existente é mais bem avaliada com modelos de estudos
montados com arco facial e registro interoclusal em RC.
Existem controvérsias quanto à necessidade de haver uma harmonia entre a MI e a
oclusão em RC. A maioria dos pacientes em todo o mundo não tem esta relação, mas
eles não apresentam patologia clínica ou perda de dentes precocemente. Portanto, é
difícil afirmar que essas duas posições devem ser semelhantes. O importante é avaliar
a oclusão existente e as excursões mandibulares para decidir, de maneira consciente,
se a situação existente deve ser modificada ou mantida. Em outras palavras, os
dentistas devem determinar quando vão ignorar ou controlar a oclusão do paciente
(Fig. 16-31).
Como regra geral, quanto mais dentes substituídos ou restaurados, mais adequada é
que a restauração do paciente seja para oclusão em RC. Por exemplo, se uma
mandíbula totalmente edentada precisa ser restaurada com uma prótese fixa
implantossuportada, a oclusão em RC fornece consistência e reprodutibilidade entre o
articulador e a condição intraoral, e pequenas alterações na DVO para a instalação dos
implantes anteriores em uma posição mais favorável devem ser estudadas e
implementadas no articulador, sem a necessidade de registrar a nova posição vertical
de oclusão no paciente.
Por outro lado, quando um dente anterior está sendo substituído, a posição de MI
existente geralmente é satisfatória para reabilitar o paciente, mesmo que uma
interferência posterior e um deslize anterior para o encaixe completo estejam presentes.
A questão fundamental que ajuda a determinar a necessidade de correção oclusal
antes da restauração do paciente com implantes é a observação da ausência dos
sintomas relacionados com a condição existente. Isso pode incluir condições da ATM,
sensibilidade dentária, mobilidade, desgaste, fraturas de dentes ou abfração, ou fratura
de porcelana. Quanto menor a quantidade de achados e quanto menos significantes
estes são, menor a necessidade de uma modificação oclusal geral antes da reabilitação
do paciente. No entanto, para avaliar corretamente essas condições, o dentista não
deve ignorá-los antes do tratamento.
Uma força angulada sobre a coroa também amplia a força sobre o implante. Uma
força de 12 graus para o implante aumenta a força em 20% . Esse aumento de força é
mais amplificado pela altura da coroa. 47 Por exemplo, um ângulo de 12 graus, com
uma força de 100 N resultará numa força de 315 N-mm numa altura da coroa de 15 mm.
Dentes anterossuperiores estão geralmente em um ângulo de 12 graus ou mais em
relação ao plano oclusal. Portanto, mesmo os implantes instalados numa posição ideal
na pré-maxila são normalmente carregados com um ângulo em relação à carga oclusal.
Além disso, as coroas maxilares anteriores são muitas vezes maiores do que qualquer
outro dente no arco, e os efeitos de um aumento da altura da coroa causam maiores
riscos. A força angulada para o implante também pode ocorrer durante a protrusão ou
excursões laterais porque o ângulo do guia incisal geralmente é maior do que 20
graus.46 Coroas de implantes anteriores irão, portanto, ser colocadas em um ângulo
considerável durante as excursões em comparação com o eixo longitudinal do implante.
Como resultado, um aumento na força de implantes anterossuperiores deve ser
compensado no plano de tratamento.
A maioria das forças aplicadas ao corpo do implante osseointegrado está
concentrada na crista com 7 a 9 mm de osso, independentemente do projeto do
implante e da densidade óssea. Portanto, ao contrário de uma raiz do dente natural, a
altura do corpo do implante não é um método eficaz para combater o efeito da altura da
coroa. Perda óssea moderada antes da instalação do implante pode resultar numa
relação altura da coroa – altura óssea superior a 15 mm, com maiores forças laterais
aplicadas à crista óssea do que ao osso abundante (no qual a altura da coroa é
menor). Existe uma relação linear entre a carga aplicada e tensões internas.55 Por
conseguinte, quanto maior a carga aplicada, maior a tração e as tensões de
compressão transmitidas na interface óssea e aos componentes da prótese.
Quanto maior for o EAC, um maior número de implantes geralmente é requerido para
a prótese, especialmente na presença de outros fatores de força. Esta é uma mudança
completa de paradigma para os conceitos, defendida originalmente com muitos
implantes em maior osso disponível e pequenas alturas da coroa e menos implantes
com maiores alturas da coroa no osso atrofiado56 (Fig. 16-34). Como um aumento das
forças biomecânicas tem relação direta com o aumento do EAC, o plano de tratamento
de próteses sobre implantes deve considerar opções para reduzir a tensão sempre que
o EAC é aumentado (Quadro 16-3).
Discrepâncias esqueléticas (p. ex., mordida profunda), DVO reduzida por atrito ou
abrasão, atrofia óssea mínima após a perda do dente e extrusão de dentes sem
antagonistas podem resultar em um espaço menor do que o ideal para a reposição
protética da dentição. Tratamentos protéticos convencionais e procedimentos de
restauração são indicados para restaurar a DVO adequada e o plano de oclusão. No
entanto, em certas ocasiões, até mesmo quando o arco antagonista e a DVO são
corrigidos, o EAC pode ainda ser menor do que o ideal (<8 mm).
Quando a DVO estiver reduzida em pacientes parcialmente edentados poderá ser
restabelecida pela ortodontia, que é o método ideal. DAT pode ser necessário para a
extrusão dos dentes. Esta correção também pode exigir uma cirurgia ortognática, como
uma osteotomia LeFort I e reposicionamento superior. No entanto, o uso de próteses é
uma abordagem comum e pode envolver um arco inteiro.
Quando os dentes opostos se encontram na DVO correta e em posição de oclusão
cêntrica e o EAC é insuficiente, um espaço adicional pode ser obtido cirurgicamente
com osteoplastia e redução de tecidos moles de um arco, desde que uma altura óssea
adequada permaneça após o procedimento a fim de haver condições para a instalação
previsível dos implantes e suporte protético (Fig. 16-37). Se uma prótese removível
implantossuportada é planejada, uma alveoloplastia agressiva deve geralmente ser
realizada após a exodontia para proporcionar espaço protético adequado.
FIGURA 16-37 A, Um espaço de altura da coroa (EAC) reduzido
resulta em pilares curtos, menor retenção pelo cimento e
aumenta a flexibilidade do metal da prótese. B, Uma osteoplastia
aumenta o EAC antes da instalação dos implantes. C, Os
implantes podem ser posicionados com um aumento do EAC e
complicações protéticas menores.
Espaço protético adicional pode ser obtido em muitas situações clínicas através da
redução de tecido mole, especialmente na maxila. A redução de tecido mole pode ser
realizada juntamente ao segundo tempo cirúrgico caso os implantes tenham cicatrizado
em uma posição submersa. Isto permite que o tecido mais espesso proteja-os de uma
carga descontrolada por uma prótese mucossuportada durante a cicatrização. Se os
implantes cicatrizam através da mucosa (cirurgia de um passo), os procedimentos de
redução dos tecidos moles devem ser feitos durante a instalação do implante. Os
procedimentos de redução de tecidos moles podem incluir gengivectomia, remoção de
tecido conjuntivo ou reposicionamento apical do retalho. Esforços devem ser feitos para
manter tecido queratinizado adequado ao redor dos implantes. Redução de tecido mole
também tem a vantagem de gerar uma profundidade de sondagem menor ao redor dos
implantes. Entretanto, a definição do EAC é a partir do osso até o plano oclusal;
portanto, embora o espaço protético seja aumentado, o EAC permanece semelhante
quando apenas a redução dos tecidos moles é realizada.
Quando o EAC é inferior ao ideal, os seguintes parâmetros protéticos devem ser
identificados 53:
1. Espaço disponível.
2. Conicidade do pilar.
3. Área de superfície do pilar.
4. Tipo de cimento.
5. Acabamento superficial.
6. Topografia oclusal e material.
7. Carga na prótese final.
8. Adaptação da prótese ao pilar.
9. Retenção da prótese.
10. Fabricante do implante.
11. Plataforma do implante para a dimensão do plano oclusal.
As consequências de um EAC inadequado incluem uma diminuição da altura do pilar
(que pode levar à retenção inadequada da restauração), volume insuficiente de material
restaurador para resistência ou estética, e condições precárias para realização da
higiene comprometendo a manutenção a longo prazo. Além disso, a prótese final flete
inversamente ao cubo da espessura do material. A prótese fixa com metade da
espessura vai fletir oito vezes mais e ainda resultar em perda da retenção do cimento,
perda/fratura dos parafusos de fixação ou fratura da porcelana.60 Uma espessura
inadequada da porcelana ou acrílico na oclusal ou material oclusal sem suporte,
causado por um projeto inadequado da infraestrutura metálica também pode resultar
em complicações como fratura de um componente.
Os requerimentos restauradores mínimos variam em função do sistema de implante.
Um espaço mínimo para prótese deve ser determinado limitando o material oclusal a
1 mm (oclusais metálicas) e reduzindo a altura do pilar ao topo do parafuso de
retenção. O espaço mínimo para prótese corresponde a 4,21mm para o 3I Osseotite,
4,35 mm para o Replace Select (Nobel BioCare), 4,5 mm para o BioHorizons, e 4,56 mm
para Frialit 2. Os maiores espaços requeridos foram encontrados nos sistemas Astra
(6,6 mm), Lifecore (6,84 mm), e Straumann (7,0 mm).61
Para a confecção de uma prótese cimentada, a técnica de restauração (indireta
versus direta) pode ser influenciada pelo EAC. Uma vez que uma altura adicional do
pilar para a retenção pode ser alcançada com uma margem subgengival, a técnica
indireta (fazendo uma moldagem no nível do corpo do implante) pode ter uma vantagem
sobre a moldagem intraoral direta. Uma moldagem no nível do corpo do implante e um
análogo do implante usados para fabricar a prótese permitem que subgengivalmente
esta seja posicionada a mais do que 1 mm subgengival com maior precisão porque a
margem subgengival e a técnica de impressão são mais difíceis quando a margem se
estende pra mais de 1 mm abaixo do tecido. A técnica indireta também é utilizada para
pilares personalizados, que podem ser projetados com um diâmetro ampliado para
aumentar a área de superfície total para retenção. Um pilar personalizado pode também
ser fabricado para diminuir o ângulo de convergência oclusal total com o objetivo de
aumentar a retenção de próteses cimentadas. Portanto, a técnica de laboratório indireta
representa benefício em uma situação em que o EAC está reduzido, especialmente
quando o tecido mole apresenta vários milímetros de espessura.
A diferença de resistência e retenção entre um pilar de 3 mm de altura e um de 5 mm
de altura pode ser de até 40% , para um pilar de 4,5 mm de diâmetro. Um pilar com
menos de 3 mm de altura indica uma coroa parafusada; com 3 a 4 mm requer uma
prótese parafusada ou uma prótese cimentada com cimento resinoso; e um pilar maior
que 4 mm permite a escolha do profissional, embora a altura do pilar ideal seja de 6 mm
para um EAC ideal e maior para situações de EAC aumentado. Unir os implantes,
independentemente de as próteses serem parafusadas ou cimentadas, também pode
aumentar a retenção.
Condições tais como a dureza do cimento, a condição da superfície do implante e o
material oclusal (porcelana versus metal), também devem ser consideradas em
situações de EAC limitado. O material oclusal deve ser levado em consideração em
casos de EAC reduzido por duas razões prinicpais. Quando o metal é utilizado como
superfície oclusal, é possível fornecer uma maior retenção da prótese, como um
resultado de um aumento na altura do pilar. A altura do pilar pode ser maior, porque o
espaço oclusal necessário acima do pilar é de apenas 1 mm, enquanto a porcelana
requer 2 mm de espaço oclusal e a resina acrílica requer 3 mm ou mais. Outro fator é a
resistência do material. Superfícies metálicas oclusais fornecem maior resistência à
fratura e devem ser consideradas quando há EAC limitado. Quando um parafuso é
utilizado para reter a coroa, a resistência da porcelana oclusal é reduzida em até 40% ,
porque um furo de acesso penetra na superfície. Portanto, próteses cimentadas são
benéficas, a menos que o pilar tenha menos do que 4 mm de altura e o parafuso da
prótese seja necessário para reter a prótese. A resina acrílica requer maior dimensão
para obter resistência e a fratura é mais provável quando o EAC é limitado. Esta é uma
razão pela qual as sobrepróteses em resina acrílica requerem um maior EAC do que
uma prótese fixa em metalocerâmica.
EAC muito reduzido pode ser ainda mais complicado quando o profissional instala o
implante acima do osso. O profissional pode aumentar o problema protético de um EAC
limitado instalando o implante angulado em relação à posição ideal. Os pilares
angulados perdem área de superfície para retenção no orifício do parafuso
comprometendo ainda mais as condições de espaço limitado. Além disso, uma
angulação de 30 graus em um pilar para corrigir o paralelismo leva a uma perda de
mais do que 30% da área de superfície do pilar e a retenção do mesmo diminui
drasticamente.
As sobredentaduras também apresentam grandes complicações em situações de
EAC reduzido. Próteses removíveis requerem espaço para elementos tais como uma
barra de conexão, tipo e posição dos conectores e material restaurador (metal versus
resina). De acordo com English, o EAC mínimo para conectores individuais é de 10 mm
para os conectores tipo “Locator” e entre 12 e 15 mm para a barra e O-rings.62 O EAC
ideal para próteses removíveis é maior do que 14 mm, e a altura mínima é de
10,5 mm.53 O menor comprimento de conector possível deve ser utilizado em situações
de EAC reduzido para se adaptar aos contornos da prótese, fornecer maior volume de
resina acrílica para diminuir a possibilidade de fratura e permitir um posicionamento
adequado dos dentes artificiais sem a necessidade de enfraquecer a força de retenção
e a resistência da base de resina.63
Barras de sobredentaduras podem ser parafusadas ou cimentadas.64 O método
mais comum de retenção de uma prótese fixa é a cimentação. O método mais comum
para a retenção de uma barra é através de parafusos. No entanto, as vantagens de
retenção por cimento para uma prótese fixa também se aplicam a uma barra de
sobredentadura. Então, em situações de EAC mínimo, a barra parafusada tem uma
vantagem clara, mas em situações de EAC ideal ou excessivo, a barra cimentada deve
ser considerada. Uma combinação de retenção parafusada em alguns pilares e
retenção cimentada sobre os outros oferece uma vantagem para muitas próteses PR-4.
Articulação Temporomandibular
A articulação temporomandibular (ATM) pode apresentar sinais e sintomas de
disfunção. Sintomas incluem dor e sensibilidade muscular sentidas pelo paciente.
Ruídos ou cliques na articulação durante a abertura, desvio da mandíbula durante a
abertura da mesma e movimentos mandibulares limitados são sinais de disfunção
potencial observados durante o exame do paciente. Queixas ou sinais recolhidos
durante a avaliação inicial dos pacientes devem ser cuidadosamente avaliados antes
da realização de um tratamento restaurador.46
A palpação do temporal, do masseter e dos músculos pterigóideos lateral e medial
faz parte do exame da ATM. Os músculos não devem estar sensíveis durante este
processo. A parafunção pode contribuir para distúrbios da ATM e é uma fonte direta de
sensibilidade muscular. Sob essas condições, os músculos são geralmente
hipertrofiados como um resultado das forças oclusais em excesso. Os músculos
masseter e temporal são mais facilmente palpados. O músculo pterigóideo lateral é
muitas vezes sobreutilizado neste tipo de paciente, no entanto é difícil de ser palpado.
O músculo pterigóideo medial ipsilateral pode ser utilizado como base do diagnóstico e
é mais fácil de avaliar na região do processo hamular. Ele age como antagonista do
músculo pterigóideo lateral em parafunção e, quando apresenta sensibilidade, é um
bom indicador do uso excessivo de qualquer músculo. 46
O desvio para um lado durante a abertura indica desequilíbrio do músculo do mesmo
lado do desvio e possível doença degenerativa da articulação.46 O paciente deve
também ser capaz de realizar excursões mandibulares sem restrições. Abertura máxima
é observada durante este exame e é normalmente maior que 40 mm a partir da borda
incisal maxilar para a borda incisal mandibular em um paciente Classe I esquelética. Se
qualquer trespasse horizontal ou vertical estiver presente, é subtraído da medida de
abertura mínima de 40 mm.65 A variação de abertura em relação ao trespasse é de 38-
65 mm em homens e 36 a 60 mm nas mulheres, a partir de uma borda incisival para a
outra.
O profissional é encorajado a avaliar cuidadosamente a situação da ATM. Está além
dos objetivos deste texto abordar os métodos de tratamento para disfunção da ATM. No
entanto, muitos pacientes com próteses mucossuportadas e disfunção
temporomandibular se beneficiam da estabilidade e dos aspectos oclusais precisos que
a terapia com implantes proporciona. Como tal, esses pacientes podem se beneficiar do
apoio dado pelos implantes para melhorar a sua condição. No entanto, uma prótese
provisória é muitas vezes um benefício para avaliar a função e os sintomas da ATM
antes da fabricação da prótese final.
Próteses Existentes
Quando presentes, as próteses existentes são avaliadas quanto à função e ao projeto
adequados. Uma prótese parcial removível mucossuportada antagonista a uma prótese
implantossuportada proposta é de particular interesse. As forças oclusais variam
amplamente enquanto o osso subjacente remodela. O paciente nem mesmo deverá
usar a prótese parcial removível antagonista no futuro, o que irá modificar
drasticamente as condições oclusais. Portanto, são indicadas manutenção continuada e
avaliações de acompanhamento, incluindo reembasamentos e avaliações oclusais.
O paciente deve ser questionado se os desejos estéticos estão satisfeitos com as
próteses atuais. Não é incomum que a prótese seja completamente aceitável ainda que
o paciente deseje uma cor ou contorno diferentes para os dentes. Se insatisfatória para
o paciente, os motivos de insatisfação são anotados. Além disso, as próteses existentes
são avaliadas por toda a boca quanto à harmonia clínica. É melhor deixar uma prótese
esteticamente inadequada que está em harmonia oclusal, do que fornecer uma que é
estética, mas imprópria na posição porque este último pode influenciar todas as
próteses futuras. Regiões de pônticos das próteses existentes podem muitas vezes ser
otimizadas com a adição de enxertos de tecidos conjuntivos.
Uma prótese removível maxilar aceitável, que será substituída por uma prótese
implantossuportada, pode ser usada como um molde para a reabilitação durante a
confecção de uma prótese fixa ou removível implantossuportada.64 A espessura da
flange vestibular da prótese existente é avaliada e frequentemente removida para
avaliar a diferença no posicionamento e suporte do lábio. Se os implantes devem ser
instalados corretamente, ainda que um suporte de lábio adicional seja necessário
quando a flange vestibular é removida, enxerto de HA, de tecido conjutivo ou dérmico
acelular geralmente é indicado. Este enxerto não é destinado para a sustentação ou
instalação dos implantes, mas para aumentar o suporte da mucosa labial melhorando
assim o sustento do lábio superior.
Forma do Arco
Duas formas diferentes de arco devem ser consideradas para as próteses
implantossuportadas.16 A primeira forma de arco é do osso residual edentado e
determina a distância AP para suporte do implante. A segunda forma de arco é o da
substituição da posição dos dentes. As formas do arco edentado e a forma do arco
dentado no plano horizontal são descritas como ovoides, triangular ou quadrada. No
arco edentado, a forma de arco ovoide é a mais comum, seguida pela quadrada e, em
seguida, a forma triangular. A forma de arco quadrada pode resultar da formação inicial
do osso esquelético basal. No entanto, a presença de uma forma de arco quadrada é
mais comum em pacientes com implantes maxilares, como resultado da reabsorção
óssea vestibular na região da pré-maxila, quando os dentes anteriores são perdidos
antes do canino. A forma do arco triangular é frequentemente encontrada em pacientes
Classe II esquelética, como resultado de hábitos parafuncionais durante o crescimento
e desenvolvimento. Não é incomum encontrar formas diferentes de arcos na maxila e na
mandíbula.
As formas de arcos dentados e edentados não estão necessariamente relacionadas,
e a pior situação na maxila corresponde a uma forma de arco residual quadrada que
suporta uma reabilitação dentária triangular. O cantiléver para fora do osso disponível é
maior nesta combinação (Fig. 16-38).
FIGURA 16-38 A forma do arco dentário pode ser diferente da
forma do arco residual. Uma forma de arco triangular em uma
forma de osso residual quadrada é a pior combinação porque os
dentes anteriores ficarão em cantiléver em relação aos implantes.
Suporte Mucoso
A avaliação do suporte mucoso diz respeito, primariamente, ao plano de tratamento de
uma prótese PR-5 (sobredentaduras) que obtém sustentação dupla dos implantes e dos
rebordos edentados. Próteses PR-5 devem ter retenção pelo implante e alguma
estabilidade na região anterior. As regiões posteriores dos tecidos moles proporcionam
suporte de tecido mucoso. Os seguintes fatores devem ser avaliados: forma, tamanho,
paralelismo do rebordo e formato do palato.
Arcos maiores com pequena reabsorção fornecem um suporte melhor do que os
arcos pequenos com maior atrofia tanto na maxila ou mandíbula. O tamanho do tecido
mole não pode ser a única avaliação feita com base em radiografia, porque é
fortemente dependente da posição das inserções musculares. Inserções musculares
altas, em um osso moderado a abundante (divisão A ou B), podem ser rebaixadas por
meio de procedimentos de vestibuloplastia em conjunto com a cirurgia de implante.
O suporte protético depende da forma do rebordo residual e, na maxila, da abóbada
palatina. Uma forma de rebordo quadrada permite uma ótima resistência e estabilidade.
Um rebordo relativamente plano representa um fator que compromete a retenção e a
estabilidade embora o suporte permaneça adequado. Rebordos triangulares na
abóbada palatina geralmente equivalem a uma estabilidade ruim.56
O paralelismo do rebordo com a arcada oposta também é avaliado. O rebordo
edentado paralelo ao plano oclusal é mais favorável ao suporte mucoso. Se os
rebordos são divergentes, a estabilidade da prótese total vai ser grandemente afetada.
A forma da lateral throat (que é o espaço na extremidade distal do sulco alvéolo
lingual) em uma prótese total maxilar ou em uma prótese PR-5 é avaliada. Uma
inclinação do palato mole é favorável quando possui um declive longo e gradual a partir
da junção do palato duro com o palato mole, o que permite uma maior extensão do
selamento palatino e melhora a retenção.68 Por outro lado, uma palato mole Classe III,
que forma um ângulo agudo com o palato duro, pode levar à sensibilidade, perda do
vedamento e ânsia de vômito.69
Os elementos do tecido mole de suporte são de grande valor diagnóstico na
avaliação do paciente edentado total superior que pode cogitar uma sobredentadura
implantossuportada. Um maior número de estruturas anatômicas desfavoráveis pode
direcionar o plano de tratamento para uma prótese PR-4, com maior suporte de
implantes e nenhum suporte mucoso para atender a todas as necessidades do
paciente.70,71
Deve ser enfatizado ao paciente que uma prótese parcial ou total mucossuportada
não vai estabilizar a perda óssea. Como resultado, todos os dispositivos
mucossuportados devem ser considerados como próteses provisórias. Todos requerem
revestimentos, reembasamentos e uma nova confecção para substituir o osso ausente.
Uma prótese totalmente implantossuportada (fixa ou removível) não requer suporte
mucoso e pode ser considerada como uma prótese definitiva.
Muitas das próteses mucossuportadas são confeccionadas porque o paciente não
pode custear uma prótese totalmente implantossuportada, especialmente aquele
totalmente edentado. Entretanto, o dentista muitas vezes se esquece de que, se um
paciente não pode custear o tratamento ideal hoje, isso não significa que não poderá
custear qualquer tratamento posterior. Por exemplo, se o paciente precisa ter os quatro
primeiros molares substituídos, mas não pode pagar todas as próteses ao mesmo
tempo, o profissional pode restaurar um dos molares. Então, alguns anos mais tarde, o
próximo dente pode ser restaurado. Eventualmente, os quatro molares são tratados e a
forma do arco e a oclusão são restauradas. De modo similar, um paciente que pode
custear apenas dois implantes para reter uma prótese total mandibular poderia,
possivelmente, custear um tratamento adicional mais tarde. Consequentemente, uma
estratégia de saúde em longo prazo deve ser estabelecida, o que pode incluir a adição
de mais implantes no futuro para reduzir e, eventualmente, parar a contínua reabsorção
óssea e suas consequências sobre a estética e função.
Próteses de Tratamento
Próteses Fixas
As próteses pré-tratamento na odontologia restauradora quase sempre são
indicadas para se obter um diagnóstico, melhorar a saúde dos tecidos moles antes da
confecção de próteses mucossuportadas, restabelecer ou avaliar a DVO, avaliar as
considerações estéticas, ou tratar a disfunção da ATM (Fig. 16-39). A restauração de
pacientes com implantes também pode requerer próteses de tratamento por razões
semelhantes. Além disso, as próteses pré- -tratamento também podem ser utilizadas até
que seja selecionada uma opção protética, para colocar carga progressivamente no
osso e melhorar sua resistência, e como uma prótese de transição proteger o enxerto
ósseo ou implante em processo de cicatrização. A carga imediata do implante muitas
vezes utiliza uma prótese provisória fora de oclusão em uma situação de edentulismo
parcial. Na restauração de arco completo em carga imediata a prótese de transição não
apresenta cantiléveres em áreas não estéticas. A prótese de tratamento também pode
auxiliar na avaliação da atitude psicológica do paciente antes de procedimentos
irreversíveis como a instalação de implantes (Quadro 16-5).
Carga Progressiva
Uma prótese pré-tratamento para melhorar a qualidade do osso é quase sempre
utilizada em implantes com suporte ósseo D3 ou D4 antes da confecção da prótese
definitiva. Próteses acrílicas provisórias que carregam o osso progressivamente podem
ser consideradas próteses pré-tratamento. Uma redução na perda da crista óssea e na
perda de implantes, especialmente em tipos ósseos macios, são vantagens particulares
do tratamento protético para carga progressiva. Próteses pré-tratamento também
auxiliam na determinação da forma e função da prótese definitiva, especialmente nos
pacientes completamente edentados, para quem a prótese “pré-tratamento” pode ser a
primeira prótese fixa total que eles utilizam depois de vários anos de uso de uma
prótese total.
Barreiras Financeiras
Um benefício extra das próteses pré-tratamento é que a gestão financeira do paciente
pode ser facilitada e questões de consentimento podem ser resolvidas antes que fases
mais irreversíveis do tratamento sejam realizadas. No entanto, é interessante
estabelecer claramente os custos e enfatizar a necessidade de progresso do
tratamento de uma forma ordenada. Poucas próteses pré-tratamento ou próteses de
transição podem ser utilizadas por anos sem o risco de fraturas, perda de
descimentação ou comprometimento no enxerto ósseo ou nos implantes.
Próteses Removíveis
As próteses de tratamento podem ser utilizadas para melhorar os tecidos moles
atuantes como suporte, estabilidade ou retenção antes de procedimentos restauradores
de uma sobredentadura PR-5 ou de uma prótese total. A primeira evidência da
destruição do rebordo residual por causa de uma prótese total mal adaptada é a
deformação ou trauma do tecido mole de revestimento.69 O leito do tecido mole pode
apresentar diferentes graus de hiperplasia, épulis, hipertrofia ou abrasão.70 Um
condicionamento de tecido é normalmente indicado para restaurar a saúde dos tecidos
moles antes de ser realizada a moldagem final para a prótese mucossuportada.71 O
tratamento adicional como a remoção cirúrgica dos tecidos flácidos em excesso muitas
vezes é necessário antes de ocorrer o condicionamento do tecido mole. O
condicionador de tecido mole pode precisar ser substituído a cada 2 a 3 dias (embora
de 10 a 14 dias sejam normalmente suficientes) para voltar o tecido mole à condição
normal. A prótese existente pode muitas vezes ser utilizada como uma prótese de
tratamento. Modificação no tecido condicionado ou desgaste sobre implantes em
cicatrização é de costume.
Deve notar-se que os condicionadores de tecidos moles são diferentes de
reembasadores macios utilizados em áreas de suporte mucoso de próteses removíveis.
Os condicionadores de tecido sofrem alterações dimensionais durante as primeiras 18 a
24 horas. Desta forma, como o tecido retorna a uma condição mais normal, o material
altera suas dimensões para permitir e promover essas mudanças. No entanto, os
modificadores necessários para esta reação sofrem lixiviação do material, interrompem
o processo em um dia e resultam em um material rígido. Reembasadores macios, por
outro lado, permanecem macios por mais tempo do que os condicionadores de tecidos,
especialmente quando cobertos com um verniz. No entanto, o material não altera sua
dimensão durante o primeiro dia e, portanto, não acomodará uma condição de
alteração do tecido.
Na maioria das vezes, os condicionadores de tecidos são usados para melhorar
tecidos injuriados antes de uma moldagem final para uma prótese removível. Além
disso, estes materiais são utilizados após a cirurgia de implante em regiões sob uma
prótese removível, enquanto a interface implante/osso cicatriza. O condicionador de
tecido pode responder ao edema e às alterações teciduais que acontecem logo após o
rebatimento do retalho. Além disso, é aliviado sobre a área do implante. Na consulta de
remoção da sutura, o condicionador de tecido é removido e substituído por um material
macio de realinhamento. Este material permanece macio durante longo período de
tempo e é menos propenso a levar cargas ao implante através do tecido mole.
Avaliação Estética
Muitas vezes, o desejo do paciente por uma melhora estética pode ser muito exigente
ou não realista. No paciente completamente edentado, uma prótese de tratamento (total
ou parcial) pode ser utilizada para satisfazer essas questões estéticas antes da cirurgia
de instalação dos implantes. A forma do dente, a qualidade da superfície, tamanho e
posição, a cor dos dentes, o contorno dos lábios e dos tecidos moles, a cor da gengiva,
e o suporte da papila devem ser avaliados. 73 Se o paciente não puder ser satisfeito
com a prótese pré-tratamento, é muito melhor perceber isso antes da instalação do
implante. Embora pacientes exigentes possam não se satisfazer com as próteses pré-
tratamento, eles podem decidir por reduzir as expectativas e continuar o tratamento ou
recorrer a outro profissional. Se a última opção for escolhida, é prudente entrar em
contato com o próximo profissional e informá-lo que outra prótese pré-tratamento é
indicada antes da instalação do implante.
Uma linha labial alta na maxila ou linha labial baixa na mandíbula pode influenciar a
necessidade de um contorno e cor gengivais específicos na prótese, mas as
necessidades de manutenção podem comprometer o resultado estético final. Uma
prótese fixa pode ser desenhada para permitir o acesso a procedimentos de higiene
adequados em torno dos dentes e implantes. Uma prótese pré-tratamento pode ajudar
a determinar quando uma prótese removível implantossuportada, mais do que uma
prótese fixa, é necessária para satisfazer os objetivos e desejos estéticos do paciente
para a prótese, sendo, no entanto, removível para permitir uma manutenção diária
adequada.
O vermelhão do lábio geralmente é alterado pela perda do suporte dos dentes
maxilares anteriores. Depois que o osso também é perdido, o suporte natural de todo o
lábio em geral é deficiente e depende da flange vestibular da prótese. Uma prótese
parcial fixa pode requerer um cantiléver anterior, além do tecido mole em uma dimensão
horizontal e vertical para fornecer tal suporte. Uma prótese pré-tratamento pode
fornecer esta informação necessária para determinar se uma prótese fixa irá permitir a
estética, o suporte ou as condições adequadas de higiene nesta região abaixo dos
dentes.
Atitude Psicológica
O plano de tratamento finalizado e a avaliação física e mental do paciente devem ser
realizados antes da cirurgia de implante. Se o protesista não está seguro se a prótese
definitiva planejada é compatível com os desejos do paciente, ou se a atitude do
paciente e as exigências não parecem racionais, avaliações complementares são
necessárias. Uma prótese pré-tratamento fornece consultas e tempo adicionais para
tais avaliações.73,74
Resumo
Prótese pré-implante para pacientes parcialmente edentados incluem uma avaliação
geral dos cinco segmentos intraorais como: (1) borda incisal maxilar, (2) DVO, (3) borda
incisal mandibular, (4) plano oclusal maxilar e (5) plano oclusal mandibular. Além disso,
existem 10 critérios específicos que afetam um plano de tratamento: (1) linhas labiais,
(2) relações maxilomandibulares, (3) oclusão existente, (4) espaço de altura da coroa,
(5) estado da ATM, (6) exodontia de dentes condenados ou com prognóstico duvidoso,
(7) próteses existentes, (8) forma do arco, (9) dentes naturais adjacentes ao espaço
edentado e (10) avaliação dos tecidos moles. As próteses pré-tratamento também são
utilizadas em um processo de avaliação para próteses implantossuportadas
(Quadro 16-6).
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CAPÍTULO 17
Opções de Pilares
Há várias opções disponíveis para a restauração adequada de um segmento edentado.
Antes da década de 1990, quando os implantes eram usados em pacientes
parcialmente edentados, uma PPF de três a quatro elementos era fabricada com um
implante usado como um pilar terminal junto com um dente natural separados por um ou
dois pônticos3,4 (Fig. 17-1). Quando o conceito de implantes osseointegrados para
suportes de próteses fixas totais foi introduzido em meados da década de 1980, este
mesmo conceito foi modificado para arcos parcialmente edentados para tornar uma
prótese sobre implantes uma unidade independente. A principal razão para essa
abordagem era limitar o efeito cantiléver de um dente “móvel” unido a um implante
“rígido” 5,6 (Fig. 17-2). No entanto, a principal vantagem de duas unidade protéticas
separadas está mais relacionada à redução de complicações biológicas associadas ao
dente do que às implicações biomecânicas no implante.
FIGURA 17-1 Antes da década de 1990, os implantes eram
geralmente instalados nos maxilares de paciente parcialmente
edentados e unidos a dente natural na mesma prótese fixa.
FIGURA 17-2 Unir um implante estável a um dente natural tem
causado preocupações relativas às diferenças biomecânicas no
movimento entre o implante e o dente. Em função de o dente se
movimentar mais do que o implante, este pode receber uma força
momentânea proveniente do cantiléver da prótese.
Comparados aos dentes naturais não restaurados, os pilares naturais são mais
difíceis de higienizar; colecionam e retêm mais placa; são comumente mais sensíveis à
temperatura ou ao contato; e são mais propensos a futuros tratamentos protético,
periodontal ou endodôntico. A cárie, os problemas endodônticos ou ambos podem
causar não só a perda da prótese fixa, como também o insucesso e a exodontia de pelo
menos um dos pilares naturais, com frequência praticamente igual. Como resultado,
para um paciente parcialmente edentado, a prótese independente com uso de implante
é o tratamento de escolha para quase todos os sítios edentados com ausência de
vários dentes. Além da vantagem biológica de uma prótese independente por implante,
também existem vantagens biomecânicas. Os dentes naturais respondem às forças
oclusais de modo diferente dos implantes. Enquanto uma força leve produz a maioria
dos movimentos registrados para um dente, a amplitude dos movimentos do implante
está diretamente relacionada à força aplicada. 6-8,10,11 Em arcos com pilares naturais
e implantes, é mais fácil ajustar a oclusão quando ambos os elementos são unidades
independentes.
Em um planejamento de uma prótese independente por implante, em vez de usar um
dente natural como um dos pilares terminais, o dentista geralmente requer a instalação
de pelo menos mais um implante. Um aumento do número de pilares sobre implantes
aumenta a interface implante-tecido ósseo e reduz, portanto, a tensão para o sistema
de suporte, melhorando a habilidade da prótese fixa em suportar as forças adicionais,
quando necessário. Além disso, devido às unidades retentivas adicionais, próteses não
cimentadas ou não retentivas ocorrem com menos frequência. Prótese sem retenção é
a terceira complicação mais comum relatada com próteses fixas. 7,8
Uma complicação relatada em próteses sobre implantes especialmente durante o
primeiro ano é o afrouxamento dos parafusos dos pilares. 9,11,12 O aumento no
número de implantes também diminui o risco de afrouxamento dos pilares sobre
implantes. Como resultado, muitas razões justificam o uso de um número suficiente de
implantes para uma prótese independente. Desse modo, existem muitas vantagens em
uma prótese fixa independente implantossuportada, com múltiplas unidades, de modo
que este tratamento sempre é a primeira escolha, quando possível (Fig. 17-4).
Os cantiléveres sobre dois implantes não devem ser usados quando os fatores de
força forem de moderados a significativos ou quando outros fatores de força estiverem
presentes. Em vez disso, implantes adicionais, ou enxertos e implantes posicionados
sem cantiléveres, reduzem tipicamente as complicações. Quando as forças sobre o
cantiléver forem muito grandes, o dentista deverá considerar unir os implantes aos
dentes adjacentes para eliminar o efeito do cantiléver (Fig. 17-17). Frequentemente, há
menos risco biomecânico unindo um implante a um dente do que usando um cantiléver
para substituir o dente ou dentes ausentes.
FIGURA 17-17 A, Um implante posterior com uma coroa em
cantiléver na mesial. B, O implante fraturou em poucos anos. É
comumente mais previsível unir um implante a um dente natural
do que fazer um cantiléver sobre um implante.
Movimento da Prótese
A prótese fixa que une um dente a um implante também se movimenta. Sob uma força
vertical de 11 kg, a prótese com um conector de 2 mm fabricado em metal nobre resulta
em um movimento de 12 μm para um pôntico e um movimento de 97 μm para um
intervalo de dois pônticos29,30 (Fig. 17-20). Desse modo, o movimento da PPF ajuda a
compensar a existência de alguma diferença na mobilidade vertical de um dente
saudável e de um implante.
FIGURA 17-20 A flexão da ponte está relacionada ao cubo do
intervalo entre os pilares. Enquanto um pôntico pode fletir 12 μm,
uma prótese de dois pônticos flete até 97 μm.
Movimento Horizontal
Mobilidade do Dente
A mobilidade horizontal do dente é maior do que o movimento vertical. Uma força
muito leve (500 g) move o dente horizontalmente de 56 a 108 μm (Fig. 17-21). O
movimento horizontal inicial de um dente posterior saudável e sem mobilidade é menor
do que o de um dente anterior, e varia de 56 a 75 μm, o que corresponde a duas a nove
vezes o movimento vertical do dente.10 A mobilidade horizontal inicial é até maior nos
dentes anteriores e varia de 90 a 108 μm nos dentes saudáveis.27
FIGURA 17-21 Um dente natural saudável pode se mover
lateralmente de 56 a 108 μm, com os dentes anteriores se
movimentando mais do que os dentes posteriores.
Mobilidade do Implante
A interface implante/osso também exibe movimento lateral. Sekine et al. avaliaram o
movimento de implantes endósseos com fixação rígida e encontraram uma variação de
12 a 66 μm de movimentação na direção vestibulolingual.28 Komiyama identificou
movimentação do implante na direção mesiodistal de 40 a 115 μm s sob uma força de
2.000 g (≈4,5 psi), e uma variação vestibulolingual de 11 a 66 mm32 (Fig. 17-23). O
movimento cada vez maior do implante na dimensão mesiodistal corresponde à falta de
osso cortical em volta do implante nessa direção em comparação com as lâminas
corticais laterais mais espessas vistas na dimensão vestibulolingual. Desse modo, a
mobilidade dos implantes varia na proporção direta à carga aplicada e à densidade
óssea, e reflete a deformação elástica do tecido ósseo.
FIGURA 17-23 O movimento do implante é mais mesiodistal do
que vestibulolingual, alcançando valores entre 40 a 115 μm.32
Os implantes não devem ser unidos a dentes com mobilidade com conectores
rígidos, que basicamente adicionam um cantiléver ao implante (o dente fazendo papel
de pôntico viável). Caso os dentes naturais apresentem muita mobilidade em relação ao
implante na mesma prótese, várias complicações podem ocorrer em detrimento do
dente e do implante. Se a prótese for cimentada, a movimentação pode romper o
selamento cimento-pilar. O cimento não adere tão bem ao titânio quanto à dentina. Além
disso, o dente com mobilidade irá se movimentar (o que diminui a força de impacto) em
vez de romper o selamento de cimento no dente. No entanto, o implante com
estabilidade terá maior aplicação de tensão à coroa retida por cimento (ou parafuso).
Após o afrouxamento da prótese sobre implante, uma tensão maior será aplicada ao
dente natural com mobilidade. O dente poderá ter a sua mobilidade aumentada ou
acabar fraturando (especialmente quando procedimentos endodônticos tiverem sido
executados).
Um conector móvel entre o implante e o dente natural geralmente não é um
benefício. Um conector móvel se movimenta mais do que um implante ou um dente.
Portanto, não é um “conector”. O pôntico fica em cantiléver em um implante, com pouco
ou nenhum suporte proveniente do dente. É geralmente melhor ter um conector rígido
entre os implantes e os dentes do que ter um conector móvel.
Quando o pilar natural exibe mobilidade clínica horizontal ou as condições promovem
forças horizontais de encontro ao dente pilar, duas opções podem ser selecionadas
para a prótese final. A primeira, e a opção de escolha, é instalar implantes adicionais e
evitar a inclusão de pilares naturais na prótese final. Isso pode incluir a extração do
dente com mobilidade e a substituição com o implante. A outra opção é melhorar a
distribuição de tensão unindo pilares naturais adicionais até que nenhuma mobilidade
clínica dos elementos unidos seja observada.
A arcada dentária pode ser descrita como uma estrutura de cinco lados.1 Os dentes
posteriores de um lado se movimentam em uma direção similar a cada um; o canino se
move em uma direção diferente; os dentes anteriores se movem em uma terceira
direção; o canino contralateral se move, em comparação, em uma direção diferente; e o
outro componente posterior do arco se move em direção similar ao primeiro. Quanto
mais os segmentos dentários forem conectados, mais estável ficará a estrutura. Como
regra geral, três ou mais segmentos estáveis conectados de modo rígido criam uma
estrutura dentaria rígida no todo. Até mesmo elementos dentários individuais com
mobilidade de leve a moderada podem se tornar uma unidade não móvel.
A abordagem de unir implantes a dentes com mobilidade em posições diferentes nos
arcos é geralmente limitada quando os múltiplos segmentos do arco já necessitem de
restauração. Raramente seria considerado colocar coroas em oito ou mais dentes
somente para uni-los ao componente do implante. Em vez disso, o uso de um dente
natural como pilar intermediário pode ser indicado.
O último dente de uma prótese com segmentos unidos não pode ter uma forma de
retenção deficiente. Quando uma força é aplicada à região terminal de uma prótese
com múltiplos segmentos unidos, os pilares intermediários podem agir como fulcros. Em
consequência, as forças de tensão e de cisalhamento podem ser aplicadas ao
selamento do cimento. E, em função de os cimentos serem 20 vezes mais fracos em
forças de cisalhamento comparadas às forças compressivas, o selamento da
cimentação pode romper. Consequentemente, o pilar natural geralmente pode ser
acometido por cárie e ser perdido. Assim, o dente mais distal de uma prótese com
segmentos unidos deve ter altura e forma retentiva adequadas.
Os dentes adjacentes devem ser capazes de ter uma via de inserção, assim como as
unidades dentárias nas próteses (Fig. 17-29). Pode ser necessário realizar tratamento
endodôntico ou mesmo extrair um dente para alcançar o objetivo de união através de
todo o arco.
Os dentes adjacentes que são unidos não devem estar superpostos ou apinhados
(Fig. 17-30). Pode ser necessário realizar tratamento ortodôntico ou exodontias
seletivas para preparar os dentes para terem vias de inserção similares à prótese sobre
implantes. Quando os dentes adjacentes forem unidos, quantidade suficiente de tecido
dentário interproximal deve ser removido para permitir a colocação de coroas metálicas,
conectores, e para a aplicação de porcelana e manutenção da higiene interproximal
(Fig. 17-31).
FIGURA 17-30 Dentes que potencialmente serão unidos não
devem estar girados ou sobrepostos.
Uma possível explicação para a intrusão dentária pode ser a de que o dente é
empurrado verticalmente 28 μm mas o rebote é de apenas 8 μm. A prótese fixa tem
rebote imediato e puxa o dente. O selamento do cimento eventualmente se rompe
permitindo o desenvolvimento de um espaço, que é inicialmente ocupado por ar. A
prótese, então, atua como um aparelho ortodôntico e continuamente empurra o dente
na direção vertical. Eventualmente, o espaço é ocupado por saliva, e a hidráulica dá
continuidade às forças descendentes durante a mastigação. O dente eventualmente
submerge ou sofre intrusão em relação à prótese.
Este problema é aumentado caso haja um braço de alavanca mais longo, como um
pôntico situado entre o implante e o dente. Quando o dente ou dentes naturais exibem
mobilidade clínica, a força que ocorre é lateral à prótese, ou as forças são maiores que
as habituais. Um implante intermediário pode causar complicações mesmo quando da
união de dentes estáveis como pilares terminais.
Próteses não cimentadas são as complicações comuns nas PPFs mesmo quando
todos os aspectos do tratamento estiverem dentro dos limites aceitáveis. Qualquer
condição que possa aumentar esse problema, como a presentemente abordada, deve
ser cuidadosamente evitada. Quando enxerto ósseo não for uma opção e implantes
adicionais não puderem ser instalados, um conector móvel pode ser usado para auxiliar
na restauração do implante intermediário (Fig. 17-34). Um conector não rígido conecta o
implante e o dente com menor mobilidade para evitar que o implante intermediário atue
como um fulcro.
O conector não rígido é usado entre o implante e o dente com maior mobilidade. Nas
próteses fixas convencionais, a porção “macho” de um conector não rígido geralmente
está localizada no lado mesial do pôntico posterior, e a porção “fêmea” está no lado
distal do pilar intermediário natural. Isso previne o deslocamento mesial devido ao
desencaixe do conector.40 No entanto, um implante não sofre deslocamento mesial, e a
localização do conector não rígido é mais variável na sua localização.
Ocasionalmente, múltiplos implantes em uma prótese total são unidos para ter um
cantiléver de um ou dois pônticos, ainda que um dente natural saudável esteja
posicionado entre os implantes. O dente é essencialmente ignorado no
desenvolvimento do plano de tratamento, uma vez que o dentista tenha que fabricar
uma coroa em vez de um pôntico unido à prótese (Fig. 17-36). Uma vantagem em
manter o dente natural, mesmo que não contribua para suportar a prótese, é o aspecto
proprioceptivo do complexo periodontal.34 As próteses sobre implantes têm maiores
forças durante a mastigação em relação às restaurações de dentes naturais devido à
diminuição na consciência oclusal. Um pôntico viável pode diminuir a interação das
forças encontradas durante a função.
FIGURA 17-36 A, A prótese mandibular tem cinco implantes e
dois dentes naturais unidos de modo que um cantiléver pode ser
usado para substituir o dente posterior. Os cinco implantes
suportam a carga da prótese. Os pilares intermediários de dentes
naturais atuam como pônticos viáves. B, Uma visão intraoral da
prótese fixa. Os dentes naturais podem oferecer alguma
propriocepção à prótese, especialmente quando na posição do
canino. O suporte da prótese é primariamente proveniente dos
implantes, que estão situados ao redor dos dentes e unidos.
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CAPÍTULO 18
O sucesso a longo prazo do tratamento com implantes dentais começa com o plano
de tratamento abrangente e com uma excelente cirurgia de instalação. É amplamente
aceito que a posição ideal do implante dental seja direcionada pelas próteses finais de
acordo com sua estética, função e fatores biomecânicos. Caso os implantes dentais
não sejam instalados e posicionados corretamente, com base nesses fatores, podem
ocorrer complicações protéticas, aumentando a morbidade do caso. Desse modo, para
minimizar a possibilidade de um posicionamento inadequado dos implantes dentais, um
plano de tratamento abrangente deve ser realizado com o uso de radiografias e guias
cirúrgicos.
Este capítulo enfatiza componentes importantes da fase de diagnóstico do
planejamento do tratamento com implantes dentais. As diretrizes para o posicionamento
ideal do implante dental são discutidas e implementadas com base nos princípios
referentes ao plano de tratamento em consonância com a fabricação dos guias
cirúrgicos e radiográficos. Além disso, diversas técnicas associadas à provisionalização
de próteses pós-operatórias são descritas para auxiliar os clínicos na restauração das
áreas edentadas após os procedimentos cirúrgicos.
Modelos de Diagnóstico
O primeiro passo no processo de planejamento do tratamento com implantes dentais é
a confecção de modelos de diagnóstico precisos. O valor do modelo de diagnóstico e
sua análise é crucial em todas as fases da odontologia, especialmente na
implantodontia oral. Quando existe uma área edentada, a combinação de perda óssea
contínua e as alterações na dentição relacionadas com a perda dos dentes aumentam
significativamente o número de fatores que devem ser considerados na reabilitação
oral, em comparação ao tratamento protético tradicional. O implantodontista deve
determinar inicialmente o tipo de prótese final (p. ex., PF-1, PF-2, PF-3, PR-4, PR-5)1 e,
em seguida, número e localização ideal dos implantes e sítios de pilares opcionais e
esquema oclusal final.
Os modelos de diagnóstico devem ser reproduções precisas das arcadas maxilar e
mandibular com absoluta representação das áreas edentadas (Fig. 18-1). Modelos de
diagnóstico montados em um articulador semiajustável permitem uma avaliação inicial
para a seleção dos sítios do implante dental, requisitos de angulação, escolha da
prótese final, oclusão existente e confecção do guia cirúrgico. Além disso, esses
modelos de estudo possibilitam a avaliação pré-operatória das opções de tratamento,
que podem ser discutidas com outros profissionais, com os técnicos de laboratório e
com os pacientes.
Articuladores
Para examinar precisamente a relação maxilomandibular do paciente, a montagem
adequada dos modelos de estudo deve ser realizada usando um articulador. Um
articulador é definido como um “instrumento mecânico que representa as articulações
temporomandibulares (ATMs) e maxilares, para as quais modelos mandibulares e
maxilares podem ser unidos para simular alguns ou todos os movimentos
mandibulares”.2 Atualmente, o uso e as indicações para os diversos tipos de
articuladores aplicados em prótese dentária são muito controversos.
Estão disponíveis vários tipos de articuladores com uma gama de movimentos e
ajustes, o que torna a classificação e nomenclatura muito confusas. Na literatura,
existem diversas classificações; entretanto, a classificação mais simples e mais
utilizada na maioria das vezes assemelha-se à do “Glossário dos Termos Protéticos”.2
Os articuladores podem ser classificados em quatro grupos de acordo com seus
ajustes. A classificação baseia-se na capacidade do articulador em aceitar os cinco
registros mais comuns dos pacientes: (1) transferência do arco facial, (2) registro da
relação cêntrica, (3) registro protrusivo, (4) registros laterais (Bennett) e (5) distância
intercondilar3 (Tabela 18-1).
Tabela 18-1
Opções de Articuladores
Não Ajustáveis2
Arbitrário
Esse tipo de arco facial transfere o eixo horizontal – transverso aproximado – e baseia-
se em padrões anatômicos. Em geral, um ponto de referência anatômico, como o meato
auditivo externo, é usado para estabilizar a transferência do arco facial e auxiliar nas
montagens dos modelos de estudo. A transferência dos arcos faciais arbitrários é
suficientemente precisa para a maioria dos diagnósticos e procedimentos protéticos
com um articulador semiajustável (Fig. 18-3, A).
Cinemático
Esse tipo de arco facial é principalmente utilizado quando há a necessidade de uma
localização mais precisa do eixo horizontal, como ocorre em próteses parciais
complexas ou em uma reabilitação total, em que é utilizado o verdadeiro eixo de
articulação do paciente. Todos os movimentos bordejantes da mandíbula são
registrados a partir da posição mais retrusiva, posição lateral e a mais anterior. Esse
tipo de transferência de arco facial só é utilizado em conjunto com um articulador
totalmente ajustável (Fig. 18-3, B).
Indicações
Fase de diagnóstico: área unitária ou múltiplos espaços edentados com estabilidade
tripoidal; nenhuma alteração na relação oclusal será indicada.
Fase protética: espaços edentados unitários ou múltiplos, com estabilidade tripoidal;
nenhuma alteração na relação oclusal será indicada.
Semiajustáveis (Classe 3)
Nos casos de múltiplas regiões edentadas ou de total edentulismo, o articulador
semiajustável é recomendado. Como extensos segmentos de oclusão precisam ser
substituídos, um articulador semiajustável possibilita maior precisão da condição
laboratorial e atual situação do paciente. A utilização da transferência do arco facial
minimiza erros relacionados com o eixo dos dentes em articulação, juntamente à
verificação dos registros laterais e registros protrusivos. Além disso, se qualquer
mudança na dimensão vertical é justificada, ou ainda uma inclinação no plano oclusal
existir, um articulador semiajustável deve ser definitivamente utilizado. Quando
pacientes parcialmente edentados são avaliados, recomenda-se o registro de mordida
com o propósito de analisar a oclusão existente para contatos prematuros até o
fechamento dos modelos.
Indicações
Fase de diagnóstico: espaços edentados múltiplos e unitários sem estabilidade
tripoidal, alterações significativas na oclusão ou dimensão vertical e todos os pacientes
edentados.
Fase protética: espaços edentados múltiplos ou unitários, instabilidade oclusal na
oclusão ou dimensão vertical e todos os pacientes edentados.
Indicações
Fase do diagnóstico: geralmente não são indicados.
Fase protética: reabilitação oral completa requerendo modificação significativa nas
relações maxilomandibulares, experiência do profissional e técnico de laboratório.
Relações Maxilomandibulares
A montagem adequada dos modelos de diagnóstico com um registro de mordida e a
transferência do arco facial permite que existam relações estáticas e dinâmicas
(articuladores classes 3 e 4), relações dos dentes e cristas ósseas edentadas sem a
interferência da proteção dos reflexos neuromusculares. Além disso, anormalidades ou
interferências que não são facilmente detectadas por via intraoral podem ser
determinadas. A Tabela 18-1 detalha informações abrangentes que são fundamentais
no plano de tratamento de implantes dentais7-9 (Quadro 18-1).
Interferências Oclusais
O implantodontista deve avaliar a oclusão existente antes da instalação do implante
dental. Pacientes parcialmente edentados muitas vezes apresentam interferências
oclusais como resultado da migração dos dentes. O ideal é que todos os contatos
anormais sejam identificados e eliminados antes da fase protética. Esse procedimento é
apropriado quando há incidência de alguma desarmonia oclusal. Em prótese dental, há
quatro tipos de interferências oclusais: (1) interferências oclusais cêntricas, (2)
interferências oclusais nos movimentos de trabalho, (3) interferências oclusais nos
movimentos de balanceio e (4) interferências oclusais nos movimentos protrusivos. 6
Com as interferências oclusais cêntricas, o contato prematuro leva a mandíbula a se
flexionar para a frente ou lateralmente aos côndilos mandibulares, na posição superior
da fossa glenoide. Esses tipos de interferência podem causar hábitos parafuncionais
como apertamento ou bruxismo, associados à fadiga muscular e dor na ATM.10
As interferências oclusais no movimento de trabalho ocorrem entre os dentes da
maxila e da mandibula durante o movimento lateral no lado correspondente ao da
direção em que a mandíbula é movimentada. As interferências oclusais no movimento
de balanceio sucedem um movimento de contato deflectivo que ocorre no lado oposto
ao da direção do movimento mandibular. Essas forças são potencialmente prejudiciais
ao sistema mastigatório (especialmente com implantes dentais), já que elas aplicam
forças de cisalhamento fora do longo do eixo dos dentes (ou dos implantes dentais),
podendo causar perda óssea e rompimento da função normal do músculo. Além disso,
aumentam a quantidade de força na dentição, durante as excursões, porque há mais
massa muscular nos músculos masseter e temporal.
A interferência oclusal nos movimentos de protrusão geralmente inclui contato
deflectivo entre as faces mesiais dos dentes posteriores da mandíbula e faces distais
dos dentes posteriores da maxila, durante o movimento protrusivo da mandíbula. Esse
movimento não é um limítrofe, sendo, em geral, menos prejudicial ao sistema
estomatognático. Entretanto, esses tipos de interferências podem causar danos aos
dentes e aos implantes dentais, já que resultam em forças de cisalhamento para evitar
que os dentes posteriores sejam desocluídos pelos incisivos.
Os contatos prematuros podem ser determinados após uma apropriada montagem
dos modelos de estudo com o uso de um espaçador de cera ou registro da mordida.
Após a remoção dos registros oclusais, que separam os dentes, os contatos
prematuros ou irregulares podem ser determinados e verificados quando os modelos
forem ocluídos, e então, modificados intraoralmente.11
Existe uma considerável vantagem protética quando a relação de oclusão cêntrica é
harmônica com a posição de máxima intercuspidação. A ausência de mudanças na
dimensão vertical de oclusão permite o registro cêntrico durante a reconstrução
protética para a elaboração de próteses dentais, sem a necessidade de um registro
preciso do eixo condilar ou uso de articuladores totalmente ajustáveis. Quando a
posição da borda incisal da maxila é estabelecida, seu posicionamento normalmente
causa uma posição protrusiva ou excursiva mais íngreme do que a do conjunto do disco
condilar nos articuladores semiajustáveis. Por esse motivo, uma desoclusão pode ser
facilmente estabelecida. Essas condições permitem que a reconstrução protética seja
confeccionada em laboratório e transferida precisamente ao paciente.
A oclusão pode exigir uma reabilitação completa a fim de eliminar potenciais forças
desfavoráveis ao implante dental. Ambos os arcos podem requerer tratamento protético
para estabelecer esquemas oclusais apropriados. O bruxismo associado à perda da
guia incisal por atrito ou a uma prótese unitária antagonista consiste nas condições
mais comuns que necessitam de uma modificação abrangente na dentição antagonista.
Entretanto, a primeira condição sempre indica a necessidade de aumentar a guia
anterior para uma desoclusão posterior em excursões e a segunda garante uma
oclusão bilateral balanceada (Quadro 18-2).
Parcialmente Edentados
Enceramento Diagnóstico
Os modelos de diagnóstico são duplicados, montados em um articulador, e o
enceramento diagnóstico é realizado para a elaboração da prótese final com contorno,
esquema oclusal e aspectos estéticos desejados. Atenção deve ser dada a morfologia
individual do dente, eixos de inclinação, contornos gengivais e contatos intradentais.
Essa técnica é principalmente recomendada em uma reabilitação oral, principalmente
se a alteração na dimensão vertical for desejada (Fig. 18-4 e Quadro 18-3).
Totalmente Edentados
Não Requerem Alteração em Próteses Existentes
Em casos de totalmente edentados, a duplicação das próteses existentes dos pacientes
(se forem estética e funcionalmente ideais) pode ser usada para a montagem dos
modelos diagnósticos. A técnica mais simples é a utilização de um duplicador de
prótese (Fig. 18-5)
Distância Implante-Implante
A distância entre dois implantes dentais tem sido determinada como sendo significativa
no que diz respeito à perda óssea, à presença do papila perimplantar e à saúde do
tecido gengival. Após a instalação, 3 mm ou mais de espaço devem estar presentes
entre os implantes dentais. Esse processo permite espaço adequado para a papila
perimplantar e a saúde dos tecidos gengivais, assim como minimiza a perda óssea
horizontal. Além disso, o espaço apropriado permite que o paciente consiga higienizar
as ameias e propicia espaço adequado para pinos de moldagem durante a moldagem
protética12 (Fig. 18-9).
FIGURA 18-9 A, Distâncias ideais do dente (2 mm) e entre
implantes (3 mm). B, Planejamento virtual dos implantes na
imagem axial da tomografia computadorizada. C e D, Perda óssea
atribuída à proximidade dos implantes.
PF-1 e PF-2
Se uma prótese PF-1 é indicada, a instalação exata de um implante será necessária. Na
região anterior, a posição do implante permite a instalação de um pilar reto diretamente
sob a borda incisal da coroa definitiva para uma prótese cimentada. Dessa maneira, as
forças resultantes estão associadas ao eixo do implante, minimizando os danos das
forças de cisalhamento. Se o implante for posicionado muito próximo à porção
vestibular, haverá incidência de diversas complicações, incluindo perda da parede
óssea vestibular, recessão de tecido mole, além da necessidade de um pilar angulado e
complicações estéticas na prótese final. Já a instalação de um implante muito próximo à
porção lingual pode induzir sobrecontorno lingual da prótese final (aumento de volume
do rebordo), necessidade de um pilar angulado, restauração não estética e invasão do
espaço da língua.
PF-2 e PF-3
Após uma avaliação do esquema oclusal, da forma do arco dental, do osso disponível e
dos fatores de força, devemos determinar se as próteses PF-2 e PF-3 serão
parafusadas ou cimentadas. Para próteses parafusadas, o posicionamento ideal deve
ser ligeiramente lingual aos dentes para a prótese de porcelana. Implantes
posicionados muito próximos à porção vestibular irão colidir com a estética e complicar
a inserção do parafuso protetico. Implantes instalados muito lingualizados resultarão em
uma prótese com sobrecontorno, levando a possíveis problemas de fala na maxila e
aglomeração da língua na mandíbula.
Para restaurações cimentadas, o posicionamento do implante deve ser junto ao da
borda incisal, na região anterior e na área da fossa central, na região posterior. Se os
vetores de força forem uma preocupação, a instalação correta do implante é crucial
para minimizar a sobrecarga biomecânica. Entretanto, se os vetores de força forem
baixos, a incorreta instalação do implante torna-se o menor problema quando a
angulação do pilar puder ser modificada (Fig. 18-14).
PR-4 e PR-5
Os implantes instalados para suporte de próteses removíveis devem ser posicionados
para emergir dentro da base do corpo da prótese. Esse procedimento é importante para
que os componentes conectados ao implante não colidam com a posição ideal dos
dentes da prótese. Os implantes que se encontram bem distantes lingualmente podem
interferir na fonética e resultar em superfície lingual com sobrecontorno, levando ao
apertamento da língua. Implantes dentais que estão bem distantes vestibularmente
afetarão o posicionamento ideal da prótese dental, induzindo possível projeção dos
dentes. Além disso, implantes posicionados vestibularmente geralmente resultam na
ausência de tecido aderido adequado e potenciais preocupações periodontais
decorrentes da maior probabilidade de ocorrência de recessão gengival.
PF-1
Na zona estética, a avaliação das dimensões ideais do dente, no lado oposto, deve ser
determinada. Isso será primordial em instalar o implante na posição ideal e na estética
futura. É de extrema importância que a posição do implante não esteja tão perto ou tão
distante da existência do dente adjacente. A média mesiodistal da largura do dente
permanente pode ser utilizada como um guia (Tabela 18-2).
Tabela 18-2
Largura Mesiodistal Média dos Dentes Permanentes 33
Variações
Em muitas situações, o estudo da localização ideal do implante se tornará problemática
em razão do posicionamento das raízes dentárias. Por isso, para verificar o
posicionamento dos implantes, o ideal é realizar uma avaliação tridimensional (3D) por
tomografia computadorizada (TC) ou tomografia computadorizada cone-beam (TCCB).
Uma das áreas problemáticas mais comuns é a substituição dos incisivos laterais
ausentes. Geralmente, após o tratamento ortodôntico existe distância mesiodistal
normal entre as coroas clínicas; entretanto, haverá ausência de espaço entre as raízes.
Tal condição é especialmente comum na região apical. A instalação de implantes pode
ser contraindicada pela falta de espaço ou requerer tratamento ortodôntico para o
reposicionamento das raízes dentárias (Fig. 18-16).
FIGURA 18-16 Uma área de posicionamento constantemente
problemática envolve a substituição do inciso lateral maxilar. Essa
situação costuma ocorrer posteriormente ao tratamento
ortodôntico. A, Proximidade das raízes. A avaliação ideal da
tomografia computadorizada deve incluir a análise das imagens
axiais da crista (B), terço médio (C) e ápice radicular (D).
Outra área comum para problemas de proximidade das raízes dentárias é a região
edentada do primeiro pré-molar maxilar. Logo, ressalta-se a necessidade de uma
atenção especial na análise da angulação do canino natural. A inclinação média de 11
graus e a curvatura distal da raiz dentária do canino colocam o ápice da raiz dentária
na área do futuro implante do primeiro pré-molar maxilar. Como consequência, o
implante deve ser angulado de modo a seguir a inclinação da raiz dentária do canino e
prevenir o contato ou perfuração da raiz natural. Neste caso, um implante mais curto é
indicado, sobretudo quando um segundo pré-molar também está presente.14
Na avaliação das distâncias entre as raízes, deve-se ter cuidado com o uso exclusivo
de radiografias bidimensionais ou análises dos modelos de estudo como únicos
determinantes do posicionamento do implante. O ideal para verificar a distância entre
as raízes é realizar uma avaliação tridimensional por TC ou TCCB. Medições precisas
podem ser feitas nas imagens axias em três locais: na JCE, no meio da raiz e no ápice
radicular.
PF-1
Para próteses PF-1, o posicionamento apicocoronal é crucial na obtenção do espaço
adequado para os componentes protéticos, bem como na retenção adequada da
prótese e espaço ideal para o perfil de emergência. Na zona estética, o implante deve
estar a 2 mm de distância apical em relação à JCE dos dentes adjacente (Fig. 18-17,
A).
PR-4 e PR-5
Deve-se ter cuidado a fim de que exista espaço interoclusal adequado para a
sobredentadura, especialmente se a barra de conexão for utilizada. Para uma barra e
sobredentadura com conectores, sugere-se no mínimo 15 mm de distância do rebordo à
margem incisal. Menos de 15 mm de espaço pode resultar em ausência de espaço para
a barra ou conectores, o que resultará em contínuas complicações protéticas. Um
mínimo de 2 mm de acrílico é necessário para a retenção adequada dos dentes da
prótese dental.
Guias Radiográficos
Terminologia
Atualmente, há bastante divergência quanto ao uso da terminologia e nomenclatura ao
descrever guias radiográficos e cirúrgicos. Os termos stent, guia, aparelho e modelo
são usados na descrição dessas próteses. Às vezes, os termos adicionais utilizados na
identificação dessas próteses incluem dispositivos de scan, scan stent ou dispositivos
radiográficos ou cirúrgicos, além de dispositivos radiopacos. Entretanto, de acordo com
o Journal of Prosthetic Dentistry, no “Glossário dos Termos Protéticos”, a definição de
guia melhor descreve o propósito dessa prótese2 (Quadro 18-4).
Escaneamento Único
O sulfato de bário é usado para identificar o dente no enceramento diagnóstico em uma
solução de BaSO4 a 20% . Se um guia de tecido mole (cirurgia sem retalho) for
realizado, os dentes serão idealmente identificados pelo uso de BaSO4 a 20% , com a
base (tecido mole) utilizando uma mistura a 10 % . Isso permite uma diferenciação entre
o dente e o tecido mole. Uma mistura ineficiente resultará em uma mistura não
homogênea, que exibe áreas de elevada radiolucência.20
Escaneamento Duplo
Alguns softwares de planejamento exigem o uso de um escaneamento duplo, que exibe
menor dispersão do que a técnica de escaneamento único. Nessa técnica, os
marcadores de referência (material radiopaco) são incorporados ao guia radiopaco. O
paciente é, então, escaneado enquanto utiliza o guia. Em seguida, o guia é removido
da boca do paciente e escaneado separadamente. O programa de software utiliza os
marcadores para correlacionar as imagens. Por meio da técnica de escaneamento
duplo, tanto a base de resina da prótese quanto os dentes artificiais podem ser
reconstruídos para fins de planejamento. O tecido mole pode ser determinado pela
diferença entre o guia e o osso. O número e a localização dos marcadores dependem
do programa de software que está sendo utilizado (Quadro 18-6).
Sim Plant ®
1. Selecione “Criar Dentes Virtuais” na janela correspondente à vista dimensional
axial
2. Selecione o(s) dente(s) que você gostaria de criar, (b) gênero do paciente e (c)
curva panorâmica.
3. Os dentes são criados, e suas posições podem ser modificadas pelo botão
esquerdo do mouse.
4. Tamanho, forma e cor podem ser modificados, posicionando o cursor do mouse
sobre o canto do ícone e arrastando o mouse à esquerda.
Guias Cirúrgicos
Requisitos de um Guia Cirúrgico
Um guia cirúrgico apresenta diversos requisitos:
1. O guia deve permitir ao clínico a instalação de implantes nas dimensões
vestibulolingual, mesiodistal e apicocoronal ideais.
2. O guia deve ser estável, rígido e acessível quando colocado na posição correta. O
guia não deve apresentar mobilidade ou assentamento incompleto.
3. Se a arcada que está sendo tratada possui dentes remanescentes, o guia deve
envolver os dentes para manter estabilidade. Quando não há dentes
remanescentes, o guia deve estender-se em direção às regiões de tecido mole não
rebatido (p. ex., palato, tuberosidades maxilares e triângulo retromolar na mandíbula)
para guias suportados por tecido mole.
4. Acesso adequado deve ser proporcionado durante os procedimentos cirúrgicos,
especialmente nas regiões posteriores. O guia deve ser transparente, mas não
volumoso, com a intenção de que o ponto de referência não fique oculto.
5. Deve ser possibilitado o acesso à irrigação. A osteotomia sem irrigação resultará no
superaquecimento do osso.
6. O guia deve ser esterilizável para garantir a assepsia cirúrgica, a transparência e a
habilidade de rever o modelo se necesário. A maioria dos guias deve ser capaz de
ser desinfectada com gluteraldeído a 3,2% e imersa em clorexidina a 2% durante a
cirurgia.
7. O guia deve ser reutilizável em um certo número de procedimentos.
Material22,23
1. Placa acrílica prensada a vácuo: as vantagens da placa acrílica prensada a vácuo
são diversas, incluindo relação custo-benefício, facilidade na fabricação,
translucidez e variabilidade. Vários materiais diferentes têm sido adotados em
adição à placa acrílica prensada a vácuo, como resina acrílica autopolimerizável,
guta-percha e tubos de metal. Esses tipos de guias podem ser subclasificados como
rígidos, flexíveis ou uma combinação de ambos (Fig. 18-26, A).
FIGURA 18-26 Classificação dos guias cirúrgicos de acordo com
o material utilizado. A, Material claro e termoplástico. B, Acrílico
autopolimerizável. C, Acrílico fotopolimerizável. D, Desenho e
fabricação auxiliados por computador.
Restrição Cirúrgica
Três diferentes formas de guias cirúrgicos têm sido descritos na literatura: não
restritivos, parcialmente restritivos e totalmente restritivos.27
Guias Cirúrgicos não Restritivos
Os guias cirúrgicos não restritivos permitem ao dentista a variabilidade dimensional no
sítio do implante, já que o guia indica o espaço ideal para a prótese final, e não a atual
angulação mesiodistal. Eles vêm tornando-se populares em virtude da facilidade na
fabricação e do baixo custo (Fig. 18-27).
Fresagem
A fresagem é uma técnica precisa, na qual uma máquina de fresa é utilizada para
posicionar os tubos ou orifícios-guia. Essa técnica requer um equipamento especial,
que é principalmente encontrado nos laboratórios dentários, sendo sua precisão, neste
procedimento, altamente dependente do técnico do laboratório.28
Três guias cirúrgicos distintos podem ser utilizados: suportados por dentes,
suportados por tecido ósseo e suportados por tecidos moles.34
Os guias cirúrgicos suportados por dentes são os mais precisos e fáceis de
serem manuseados. Esses guias são utilizados, em sua maioria, em pacientes
parcialmente edentados, sendo altamente dependentes da precisão da moldagem e do
modelo de estudo. Esses guias são tipicamente translúcidos, permitindo, assim, a
completa visualização do assentamento do guia. Nenhuma desadaptação deve estar
presente entre o guia e os dentes no modelo de estudo ou na boca. Além disso, o guia
deve estar estável e não apresentar movimento algum ao ser ligeiramente manipulado
(Fig. 18-36).
FIGURA 18-36 Guias cirúrgicos suportados por dentes. A,
Diagrama de um guia cirúrgico suportado por dente. B,
Planejamento virtual do guia. C, Guia suportado por dente gerado
pela tomografia computadorizada.
Indicações
1. Pacientes parcialmente edentados
2. Número suficiente de dentes para o suporte do guia
Os guias cirúrgicos suportados por tecido ósseo podem ser utilizados em
paciente parcial ou completamente edentados. Esses guias requerem rebatimento de
espessura total para expor o rebordo ósseo, com o intuito de permitir assentamento
apropriado do guia. Se modificação óssea for indicada, o assentamento apropriado do
guia pode ser dificultado, resultando em erros na instalação do implante. Em alguns
casos, um guia de redução óssea pode ser usado antes do assentamento do guia
suportado por tecido ósseo. Deve-se observar que pequenas protuberâncias ósseas
podem existir e estar abaixo da resolução do escaneamento. Portanto, uma meticulosa
análise do contorno do osso deve ser realizada antes da osteotomia (Fig. 18-37).
FIGURA 18-37 Guias cirúrgicos suportados por tecido ósseo. A,
Diagrama de um guia suportado por tecido ósseo. B,
Planejamento virtual do guia. C, Guia suportado por tecido ósseo
gerado pela tomografia computadorizada.
Indicações
1. Pacientes edentados.
2. Pacientes parcialmente edentados (mínimo de três dentes perdidos).
Os guias cirúrgicos suportados por tecidos moles são indicados em pacientes
totalmente edentados, visto que o guia ficará unicamente no tecido mole. Esses tipos
de guia são, às vezes, difíceis de serem colocados corretamente, em especial se
houver uma extensão demasiada além do vestíbulo ou do fundo da boca. Os registros
de mordida geralmente são usados para garantir ideal colocação e posicionamento. Às
vezes, é necessário o uso de pinos estabilizadores ou parafusos para melhorar a
estabilidade durante a osteotomia e a instalação do implante. Nota: Para um guia
suportado por tecido mole, a prótese radiográfica deve ser feita com diferentes
proporções de material radiopaco na base comparada aos dentes para mostrar a
delineação (Fig. 18-38).
FIGURA 18-38 Guia cirúrgicos suportados pela mucosa. A,
Diagrama de um guia suportado pela mucosa. B, Planejamento
virtual do guia. C, Guia suportado pela mucosa gerado pela
tomografia computadorizada.
Indicações
1. Apenas pacientes edentados.
2. Deve haver suporte suficiente.
a. Maxila (palato).
b. Mandíbula: suficiente suporte vestibular ou lingual.
Próteses Provisórias
Um dos maiores obstáculos na aceitação do tratamento de implante é a percepção pelo
paciente da provisionalização das áreas edentadas após a instalação do implante ou
do enxerto ósseo. Em muitos casos, a pressão direta ou indireta sobre o sítio cirúrgico,
implante ou enxerto ósseo pode levar a perda óssea ou aumento na morbidade. Dessa
maneira, diversos tipos de técnicas de provisionalização são efetuados, todos com
vantagens e desvantagens. Os requisitos de uma prótese provisória aceitável são:
1. Confortável.
2. Funcional.
3. Estética.
4. Não invada ou pressione o implante ou o enxerto ósseo.
5. Longevidade.
Próteses Removíveis
As próteses removíveis podem ser elaboradas de diversas maneiras, dependendo do
quadro clínico do paciente.
Vantagens
1. Resiste à pressão na área cirúrgica.
2. Estética.
3. A superfície do tecido pode ser aliviada para minimizar a pressão na área cirúrgica.
4. Removível.
Desvantagens
1. Taxa adicional de laboratório.
2. Possível comprometimento da fala.
Aparelho Essix®
1. Após a fabricação do modelo de estudo, encaixe um dente provisório de
tamanho e cor adequados para a área edentada. Apare a base do pôntico para
aproximar ao rebordo, permitindo um espaço entre o tecido (Fig. 18-49, A e B).
2. Reduza a distância mesiodistal na superfície lingual do dente provisório com
uma broca esférica de # 4 ou uma broca de cone invertido # 34. Essa retenção
mecânica irá segurar o dente provisório no aparelho Essix® (Fig. 18-49, C e
D).
3. Ao empregar a máquina Ministar (Great Lakes Orthodontics), uma placa
termoplástica (0,10 mm) é prensada a vácuo sobre o modelo. Tal processo
servirá como um separador e um isolante.
4. Fixe o dente provisório na área edentada com o Triad Gel fotopolimerizável.
Não utilize cera, porque ela irá derreter durante o processo termoformação
(Fig. 18-49, D).
5. Com o dente provisório instalado no local, recoloque o modelo de estudo na
máquina Ministar (Great Lakes Orthodontics).
6. Máquina a vácuo a 0,75 preserva o material de retenção transparente (Fig. 18-
49, E).
7. Remova o modelo de estudo da máquina e, usando um aparador quente, corte
o aparelho logo abaixo da junção mucogengival, na vestibular, e estenda
vários milímetros para além da margem gengival por lingual. Separe
cuidadosamente o aparelho do modelo. Caso necessário, apare o excesso de
material com tesouras tornando as bordas lisas (Fig. 18-49, F).
Nota: Alerte os pacientes sobre uma possível desmineralização. Quando os
alimentos ácidos são retidos no interior do aparelho por um longo período, o esmalte
torna-se suscetível à desmineralização. Logo, deve-se salientar especial atenção na
higiene, a fim de previnir esse processo. Comercialmente disponíveis, os
enxáguatorios diários à base de flúor para remineralização dental são recomendados
para evitar o processo de descalcificação.
FIGURA 18-48 A a C, Aparelho Essix® fabricado em laboratório.
D, Aparelho Essix® inserido após a instalação do implante.
FIGURA 18-49 A a G, Etapas laboratoriais na fabricação do
aparelho Essix®.
Vantagens
1. Facilmente confeccionada; entrega rápida.
2. Os dentes adjacentes tiram a pressão da oclusão.
3. Econômica.
4. Previne a movimentação do dente durante a fase de cicatrização.
5. Removível.
Desvantagens
1. Possíveis problemas estéticos.
2. Tendência a desgaste ou fratura em pacientes com parafunção.
3. Possível comprometimento na fala.
Vantagens
1. Estética.
2. Excelente retenção.
3. Ausência de pressão na área cirúrgica.
4. Os dentes adjacentes absorvem a pressão oclusal.
5. Removível.
Desvantagens
1. Possíveis problemas estéticos em pacientes que apresentam linha do sorriso alta.
2. Possibilidade de fratura em pacientes com parafunção.
3. Taxa laboratorial alta.
4. Possível desmineralização do esmalte.
Vantagens
1. Facilmente confeccionada ou propícia à alteração de próteses existentes.
2. Removível.
Desvantagens
1. Difícil de ser usada após o procedimento cirúrgico.
2. Possível problema de retenção.
3. Deve ser reembasada de maneira contínua.
Reembasadores de Próteses
A maioria dos pacientes é relutante em ficar sem suas próteses após a cirurgia e
durante a fase de cicatrização. Atualmente, os pacientes apresentam uma vida
profissional e social mais ativa do que há anos. Eles devem estar mais acessíveis a
terem uma série de consultas para utilização de um material de condicionamento
tecidual do que cumprirem suas atividades diárias sem o uso das próteses removíveis
(p. ex., próteses totais maxilares e mandibulares).
Os implantodontistas se deparam com diversos tipos de reembasadores de próteses
provisórias. Existe uma vasta gama de produtos disponíveis no mercado, mas os
implantodontistas devem entender as diferenças entre os materiais para selecionar e
escolher o mais adequado para determinada situação clínica.
Material Ideal
• Resiliência.
• Estabilidade dimensional.
• Resistência a desgates.
• Baixa solubilidade e absorção na saliva.
• Facilidade de limpeza.
Classificação2
Material Rígido de Reembasamento
Genericamente, os reembasadores rígidos são feitos de poli(metilmetacrilato) acrílico
(PMMA), que, em virtude da sua inerente rigidez, nunca deve ser administrado para o
reembasamento pós-cirúrgico.36
Condicionadores de Tecidos
Os condicionadores de tecidos são elastômeros macios, classificados como acrílicos
polimerizados, que são compostos por uma mistura de poli(etilmetacrilato) plastificante
e finalizados com 25% de etanol. O plastificante fechado diminui a temperatura de
transição vítrea, de modo que a resina acrílica se torna rígida e resiliente, semelhante à
borracha.
O material condicionador de tecido, quando corretamente misturado, resulta em um
gel de polímero e monômero com uma consistência resiliente. O gel resiliente atua
como um amortecedor para o tecido adjacente traumatizado, na superfície do material
duro da base da prótese. Quando o revestimento do tecido em tratamento é
frequentemente substituído, os tecidos intraorais danificados podem voltar a um estado
de saúde. O uso efetivo de qualquer material de tratamento tecidual pode necessitar de
uma substituição a cada 3 dias por aproximadamente 30 dias, dependendo do material.
Eventualmente, esse material ficará duro, áspero e propício à proliferação de bactérias
e fungos.
Antes da aplicação de um condicionador de tecido, os tecidos intraorais devem estar
limpos e secos. Embora a maior parte dos materiais dentários seja misturada conforme
as instruções do fabricante, às vezes as instruções de mistura de alguns materiais de
tratamento tecidual podem ser alteradas de acordo com a viscosidade desejada e a
necessidade clínica de escoamento. Após o material ser colocado na superfície da
prótese e assentado intraoralmente, deve-se permitir seu escoamento enquanto o
paciente morde em máxima intercuspidação ou em uma relação interoclusal apropriada.
Em seguida, a quantidade excessiva é retirada com uma faca afiada ou bisturi
aquecido.
A aplicação de um condicionador de tecido em uma prótese para a substituição
frequente do reembasador é um procedimento relativamente simples, porém um
material de reembasamento macio que não é frequentemente trocado segundo as
recomendações do fabricante pode causar excesso de pressão e dano ao tecido na
região cirúrgica. O plastificador pode extravasar do material, ocasionando, assim, seu
enrijecimento. Dessa maneira, a seleção do material de condicionamento do tecido é
essencial para minimizar a carga do implante ou do local do enxerto ósseo (Fig. 18-51).
FIGURA 18-51 A, Sítio pós-cirúrgico. B, Viscosidade ideal (sem
escoamento). C, Aplicação em uma prótese provisória. D, Após a
aplicação inicial, o tecido pode ser manipulado e estabilizado
para não haver invasão na região cirúrgica. E, Prótese final sem
protrusão na área cirúrgica.
Resumo
Próteses sobre implantes dentais revolucionaram a odontologia ao permitirem uma
gama de opções no tratamento odontológico para seus respectivos pacientes. Visto que
mais pacientes estão indagando e recebendo tratamento por meio de planejamentos
complexos com implantes, os implantodontistas encaram desafios consideráveis na
fase de planejamento do tratamento. Tendo em vista o padrão de reabsorção da maxila
e da mandíbula após a perda dentária, ocorrem alterações como mudança da dimensão
vertical, mudança do volume ósseo e desarmonias oclusais. Essas alterações na
anatomia do paciente devem ser levadas em consideração antes do início do
tratamento.
A fase de diagnóstico da implantodontia é muito importante para o sucesso a longo
prazo do tratamento. A montagem e a avaliação apropriadas dos modelos de estudo
são extremamentes importantes na confecção dos guias radiográficos e cirúrgicos. A
análise das áreas edentadas e das relações maxilomandibulares é uma ferramenta de
diagnóstico essencial na determinação da posição ideal do implante. Os implantes
devem ser perfeitamente instalados por meio de diretrizes relacionadas com os dentes,
implantes e estruturas vitais adjacentes e com base nos diversos planos em relação às
áreas edentadas. Com o uso dos guias cirúrgicos e radiográficos, essa precisão tem
melhorado e a incerteza e o tempo cirúrgico vêm reduzindo-se, levando ao tratamento
mais confiante das reabilitações complexas. Além disso, o posicionamento previsível
permite um melhor resultado protético ao simplificar a seleção do pilar e evitar a
confecção complexa em laboratório quando o desalinhamento precisa ser corrigido.
Futuros aperfeiçoamentos técnicos provavelmente permitirão aos dentistas acessar
essas tecnologias enquanto controlam custos, reduzem o tempo cirúrgico e minimizam
as etapas restauradoras.
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CAPÍTULO 19
Histórico
Cummer,3 Kennedy4 e Bailyn5 originalmente propuseram as classificações de arcos
parcialmente edentados que são as mais familiares à profissão. Essas classificações
foram desenvolvidas para organizar os desenhos e conceitos de prótese parcial
removível (PPR). Outras classificações também foram propostas6-16 (incluindo uma
pelo American College of Prosthodontists), mas nenhuma tem sido universalmente
aceita. A classificação Kennedy, no entanto, tem sido ensinada na maioria das
faculdades de odontologia americanas.
A classificação Kennedy divide os arcos parcialmente edentados em quatro classes.4
A classe I possui um espaço edentado posterior bilateral, a classe II tem um espaço
edentado posterior unilateral, a classe III tem uma área edentada entre dentes e a
classe IV apresenta uma área edentada anterior que cruza a linha média.
É difícil usar a classificação Kennedy em muitas situações sem certas regras de
qualificação. As oito regras Applegate são utilizadas para ajudar a esclarecer e
organizar o sistema.13 Elas podem ser resumidas em três princípios gerais. O primeiro
princípio é que a classificação deve incluir apenas os dentes naturais envolvidos na
prótese final e suceder em vez de preceder quaisquer extrações de dentes que
poderiam alterar a classificação original. Este conceito considera, por exemplo, se o
segundo ou terceiro molares têm de ser substituídos na restauração final. A segunda
regra é que a área edentada mais posterior sempre determina a classificação. O
terceiro princípio é que as áreas edentadas, com exceção das que determinam a
classificação, são referidas como modificações e designadas apenas pelo seu número.
A extensão da modificação não é considerada.
Os pacientes classe I são mais propensos a usar uma PPR do que pacientes classe II
ou III, pois a mastigação e o apoio de uma prótese removível oposta são mais difíceis
caso não se use a prótese mandibular bilateral. As próteses parciais posteriores de
classe I suportadas por tecido mole são desenhadas para exercer carga
essencialmente para as regiões edentadas ou os dentes naturais anteriores. O
desenho do conector, que aplica menos força sobre os dentes (p. ex., grampos a barra,
incluindo t, y rpi), coloca mais força sobre o osso. As PPRs, que colocam mais força
sobre os dentes de apoio (p. ex., próteses parciais de precisão), aplicam menos força
sobre o osso. Em ambos os casos, as próteses removíveis frequentemente aceleram a
perda de osso posterior. Além disso, uma prótese parcial que não é bem projetada ou
mantida distribui as cargas adicionais aos dentes pilares e pode até contribuir para a
má saúde periodontal. As combinações destas condições induzem a perda óssea nas
regiões edentadas e pilares naturais adjacentes mais pobres.18-20 Como resultado, é
observação deste autor que, a longo prazo, pacientes classe I que têm usado uma PPR
apresentam frequentemente rebordos de divisão C e dentes pilares móveis.
Pacientes classe I muitas vezes possuem dentes anteriores móveis porque a falta de
apoio bilateral posterior a longo prazo causada pelo uso de uma PPR mal ajustada, ou
mesmo nenhuma, resulta em sobrecarga para a dentição remanescente. Esses
pacientes, portanto, frequentemente necessitam que a prótese posterior sobre um
implante seja independente dos dentes naturais móveis. Além disso, o esquema oclusal
deve acomodar as condições específicas dos dentes anteriores móveis. Isso requer
maior apoio de implantes nos segmentos posteriores em comparação com a maioria
dos pacientes classe II ou III, bem como maior atenção e frequência de visitas para
ajustes oclusais.
O plano de tratamento deve considerar os fatores de força anteriormente
identificados e relacioná-los com a condição edentada bilateral existente. A osteoplastia
para aumentar a largura óssea não pode ser tão agressiva em um paciente classe I, em
comparação com um paciente classe IV ou totalmente edentado com implantes
principalmente nas regiões anteriores devido aos pontos de referência anatômicos
opostos (seio maxilar ou canal mandibular). Procedimentos de aumento são muitas
vezes necessários para melhorar o volume de osso posterior, aumentar a área
superficial do implante e permitir a fabricação de uma restauração independente do
implante.
Preocupações financeiras podem exigir o fracionamento do tratamento ao longo de
anos. A região posterior com o maior volume de osso é geralmente restaurada primeiro
se enxerto ósseo não for necessário. Dessa maneira, os implantes de maior tamanho e
área superficial podem resistir a forças posteriores unilaterais, enquanto o paciente
aguarda o tratamento posterior. Se muitos anos se passarem antes que os implantes
sejam inseridos no osso menos disponível, a reabsorção continuada pode exigir um
aumento ósseo antes da reconstrução.
Se ambos os segmentos posteriores precisarem de enxertos ósseos, o paciente é
incentivado a ter os dois segmentos posteriores aumentados ao mesmo tempo. Desse
modo, a porção autóloga do enxerto pode ser coletada e distribuída para ambas as
regiões posteriores, diminuindo o número de episódios cirúrgicos para o paciente.
Uma vez que é menos provável que o paciente use a PPR, os dentes naturais
opostos frequentemente extruem. O plano oclusal e dentes inclinados ou extruídos
devem ser cuidadosamente avaliados e restaurados como indicado para fornecer um
ambiente favorável em termos oclusais e de distribuição de forças. Não é incomum que
exija extração do segundo molar, endodontia e uma coroa do primeiro molar, e
ameloplastia do segundo pré-molar.
Uma revisão da literatura demonstra que unir dentes posteriores na mesma prótese
sobre implantes é considerado terapia previsível sob condições específicas. Em
contrapartida, um dente pilar anterior apresenta maior mobilidade e sustenta maiores
forças laterais durante as excursões e não deve ser associado a um implante a menos
que seja um “pôntico vivo” (implantes em cada um dos lados do dente) ou uma parte de
uma restauração usando um conceito de arco unido para distribuir as forças laterais.
Um implante unitário é o tratamento de escolha quando osso e tecidos moles estão
dentro da faixa normal, antes ou durante o tratamento. Próteses fixas sobre dentes
naturais aumentam o risco de cárie, envolvimento pulpar e doença periodontal.25 Como
consequência, tanto a prótese tradicional quanto os dentes pilares têm uma taxa de
sobrevida pior em comparação com próteses sobre implantes. Como resultado, os
pilares de implantes e próteses independentes são muitas vezes o tratamento de
escolha para a maioria dos pacientes classe III.26,27
Como uma regra, a prótese final deve ser completamente implantossuportada, e dois
implantes devem apoiar cada secção de três raízes de dentes ausentes (e não três
coroas ausentes). Dentes naturais móveis adjacentes ao espaço edentado causam
maiores cargas sobre os implantes; portanto, pode ser indicado um implante para cada
raiz ausente. Se os dentes adjacentes forem móveis, então o implante deve apoiar
tanto os dentes ausentes quanto os dentes móveis durante a oclusão.
O longo intervalo edentado da divisão B entre dentes posteriores pode também ser
tratado com um implante em forma de placa. Esses implantes estreitos são geralmente
unidos a um dente adjacente não móvel sem forças laterais aplicadas à prótese.
O aumento ósseo em largura é um plano de tratamento comum para um paciente
classe III divisão B. Para o volume ósseo de divisão B, enxertos ósseos e técnicas de
regeneração óssea são muito previsíveis entre os dentes existentes. As posições dos
implantes-chave podem, então, ser aplicadas juntamente à largura e ao comprimento
ideais dos implantes (Fig. 19-16).
Na mandíbula, volume ósseo divisão C para pacientes classe III pode muitas vezes
indicar a realização de uma prótese fixa tradicional porque enxerto ósseo para ganho
de altura é menos previsível do que na maxila. Quando o intervalo posterior de dentes
ausentes é de três ou mais elementos, uma prótese fixa não é indicada. Portanto, um
implante de disco pode ser considerado na mandíbula. Esses implantes são
frequentemente unidos a um dente natural não móvel. Quando o osso disponível possui
9 mm e o comprimento do implante é de 7 mm na região posterior da mandíbula, a
altura da coroa é geralmente superior a 12 mm. Uma correta guia incisal nos dentes
anteriores é necessária nestas condições para eliminar quaisquer cargas laterais sobre
a prótese (Fig. 19-18).
FIGURA 19-18 Um paciente classe III, divisão C–h, pode receber
implantes em forma de raiz de 7 a 9 mm para apoiar uma prótese
fixa. Um guia incisal nos dentes anteriores durante todas as
excursões mandibulares é indicado para eliminar maiores forças
sobre as coroas estendidas.
Em uma mandíbula classe IV, divisão B, implantes de diâmetro estreito (3 a 3,5 mm)
podem muitas vezes ser utilizados para próteses independentes sem comprometimento
da estética ou da função (Fig. 19-23). A densidade óssea é geralmente boa, e a direção
da força em oclusão cêntrica está no longo eixo do implante.
FIGURA 19-23 Em paciente com mandíbula classe IV, divisão B,
pode-se usar um implante de diâmetro mais estreito (3-3,5 mm) e
de comprimento ideal (12 mm ou mais). As posições-chave dos
implantes devem ser selecionadas, incluindo um implante entre
os caninos.
Tipo 1
Em um arco edentado tipo 1, a divisão de osso é similar em todos os três segmentos
anatômicos. Portanto, quatro categorias diferentes dos arcos edentados tipo 1 estão
presentes. Em um rebordo tipo 1, divisão A, com osso abundante em todas as três
secções, vários implantes em forma de raiz podem ser instalados (e os locais dos
implantes não são limitados) para apoiar a prótese final. Como regra, cinco a nove
implantes podem ser usados na mandíbula e sete a 10 na maxila para uma prótese fixa.
O rebordo edentado tipo 1, divisão B, apresenta osso adequado em todas as três
secções para instalar implantes de diâmetro estreito em forma de raiz. É prática comum
modificar a secção anterior do osso da mandíbula por meio de osteoplastia para uma
divisão A e colocar implantes em forma de raiz de tamanho total nesta região.
É mais raro possuir altura suficiente na maxila posterior ou mandíbula para permitir
osteoplastia para melhorar a divisão. Portanto, vários implantes mais estreitos são
frequentemente indicados na mandíbula se implantes posteriores forem inseridos sem
enxerto. Um implante é usado para cada raiz do dente, compensando a diminuição da
superfície de apoio dos implantes.
O aumento por expansão óssea pode ser indicado na maxila se o paciente deseja
uma prótese fixa, especialmente quando antagônico e de dentes naturais. Se fatores de
estresse forem grandes, então enxerto ósseo lateral pode também ser necessário nas
regiões posteriores para aumentar o diâmetro dos implantes.
Arcos edentados tipo 1, divisão C−w, apresentam alturas adequadas de osso
disponível, mas possuem larguras inadequadas. Se o paciente deseja uma prótese
removível implantossuportada, então uma osteoplastia pode ser usada para converter o
rebordo mandibular para C−h. O plano de tratamento segue uma fórmula tipo 1, divisão
C−h. Quando uma prótese fixa é desejada, é geralmente garantido que um enxerto
autógeno onlay no arco C−w restaure o rebordo para a divisão A, antes da instalação
dos implantes. Na maxila, a osteoplastia é menos eficaz para aumentar a largura e o
aumento é mais comum para converter o rebordo para divisão A ou B.
Arcos edentados tipo 1, divisão C−h, muitas vezes não apresentam todos os
requisitos essenciais para um apoio previsível a longo prazo com implantes para
próteses fixas. Uma prótese removível RP-4 ou RP-5 implantossuportada é
frequentemente indicada para reduzir as cargas oclusais. O arco mandibular pode ser
tratado com um implante subperiósteo completo ou com implantes em forma de raízes
na secção anterior. A prótese deve ser completamente implantosssuportada (RP-4) para
parar a perda óssea continuada nas regiões posteriores da boca. Quando se trabalha
em um arco edentado divisão C, apenas implantes em forma de raízes são inseridos na
região anterior e o apoio posterior nos tecidos moles (RP-5) pode ser necessário.
A maxila edentada é muitas vezes tratada com uma prótese removível convencional
até que a mandíbula seja completamente restaurada. Se esta prótese total precisar de
retenção ou estabilidade adicional, então HA pode ser usado para aumentar a pré-
maxila. Isso modifica a forma do rebordo e oferece estabilidade durante excursões
oclusais. A maxila C−h deve muitas vezes considerar o aumento subnasal combinado
com implantes em forma de raiz na região de iminência do canino e enxerto sinusal com
implantes em forma de raiz com uma prótese RP-4.32,33 Treinamento cirúrgico
adicional é necessário para estas duas últimas alternativas, pois apresentam maior
incidência de complicações.
Para a realização de próteses fixas em qualquer arco, pode ser necessário o uso de
enxertos autógenos de crista ilíaca. Essa metodologia pode alterar a divisão anterior do
osso e melhorar a taxa de sucesso e a resposta estética a longo prazo. Para a maxila,
enxertos sinusais também são indicados nestas situações (Fig. 19-28).
FIGURA 19-28 A, Mandíbula e maxila de tipo I, divisão C−h,
devem ser restauradas para a divisão A, com enxerto autógeno
quando uma prótese fixa é desejada. B, Planos de tratamento
assistido por computador, com cinco a nove implantes colocados
nos volumes ósseos enxertados, podem ser planejados antes do
tratamento (XCPT, Naples, FL). C, Radiografia panorâmica de um
paciente com maxila e mandíbula de divisão C−h restauradas
para arcos de divisão A, com enxertos de crista ilíaca, implantes
endósseos e próteses totais fixas.
Tipo 2
Em um arco totalmente edentado tipo 2, as secções ósseas posteriores são
semelhantes, mas diferem do segmento anterior. Os arcos mais comuns nesta categoria
apresentam menos osso em regiões posteriores, sob o seio maxilar ou sobre o canal
mandibular, do que no segmento anterior. Esses rebordos edentados são descritos na
classificação de totalmente edentados com duas letras da divisão após tipo 2, com o
segmento anterior sendo listado primeiro porque frequentemente determina o plano de
tratamento global. Portanto, uma mandíbula com divisão A entre os forames
mentonianos e divisão C distal ao forame é um arco tipo 2, divisão A, C. Esta condição
é comum na mandíbula porque as regiões posteriores reabsorvem quatro vezes mais
rápido do que as anteriores. Uma vez que enxertos onlay na região posterior de
mandíbula são mais difíceis de serem realizados previsivelmente, a região anterior é
muitas vezes o único segmento usado para instalação de implantes.
Em um tipo 2, divisão A, arco B, os segmentos posteriores podem ser tratados com
implantes de diâmetro estreito, mas a secção anterior é adequada para implantes de
maior diâmetro em forma de raiz com a finalidade de apoiar a prótese (Fig. 19-29).
Quando possível, a secção da divisão B posterior é transformada em divisão A. Enxerto
onlay com material sintético não é tão previsível ou oportuno quanto implantes
endósseos da divisão B, que podem ser utilizados quando os fatores de estresse são
baixos. Enxertos autógenos são mais debilitantes e requerem extensos períodos de
cicatrização, porém podem ser indicados para beneficiar a largura do osso posterior,
quando os fatores de estresse e o desejo do paciente são elevados. Enxertos em bloco
coletados intraoralmente podem ser empregados para segmentos menores. Na região
posterior da maxila, divisão A, devem ser consideradas a expansão óssea e a
instalação de implantes em forma de raiz. Quanto mais macio o osso, mais fácil é a
expansão para obtenção de um volume ósseo de divisão A.
Existem dois módulos principais para restaurar o rebordo edentado tipo 2, divisão A,
C. Na mandíbula, a opção mais comum é o uso da região anterior para implantes em
forma de raiz e uma prótese implantossuportada (Fig. 19-30). O arco superior pode ser
tratado com uma combinação de enxerto sinusal e implantes endósseos se um apoio
adicional posterior for necessário para a prótese. Como a densidade óssea da
mandíbula geralmente é superior à da maxila e os momentos de forças permanecem
dirigidos dentro da forma do arco, raramente a mandíbula exige enxerto para apoio
adicional posterior. No entanto, para um paciente com uma forma de arco quadrada ou
elevada dinâmica de mastigação, apresentando dentes naturais como antagonista, o
suporte posterior pode ser necessário para uma RP-4 ou para uma prótese fixa. Um
implante em disco ou em forma de raiz com 7 mm de comprimento pode ser usado para
este suporte adicionado na mandíbula.
FIGURA 19-30 A, Uma opção de tratamento para o tipo 2,
divisão A, C. B, Um plano de tratamento gerado por computador
com biomecânica favorável coloca os implantes na secção
anterior da mandíbula e restaura o arco com secções posteriores
com cantiléver (XCPT, Nápoles, FL). C, Em uma situação com
dinâmica de mastigação mais elevada ou parafunção noturna,
este tipo de arco pode exigir a fabricação de uma prótese RP-4
em vez da fixa.
Um rebordo edentado com grave perda óssea posterior e osso abundante na região
anterior é incomum e ocorre com mais frequência na maxila. Um paciente tipo 2, divisão
A, D, é tratado de maneira similar ao paciente com um arco tipo 2, divisão A, C.
Enxertos sinusais e implantes endósseos na maxila ou somente implantes anteriores,
com ou sem um enxerto autógeno na mandíbula, são geralmente os tratamentos de
escolha.
Um arco edentado tipo 2, divisão B, C, pode ser tratado com duas principais opções.
A região anterior pode ser alterada à divisão A por osteoplastia se as condições
anatômicas permitirem. Esses pacientes são, então, tratados exatamente como tipo 2,
divisão A, C, o que foi anteriormente descrito. Quando o rebordo não apresenta altura
suficiente depois da osteoplastia para melhorar a divisão, os segmentos posteriores
podem ser melhorados por enxertos sinusais, e o arco inteiro tratado da mesma
maneira que tipo 1, divisão B ou tipo 2, divisão B, A. Enxertos onlay são menos
previsíveis que enxertos sinusais; por conseguinte, a mandíbula anterior pode ser
alterada para uma divisão C por osteoplastia, e uma prótese RP-4 com implantes em
forma de raiz na região anterior. Prótese RP-5 pode ser selecionada para pacientes
mandibulares do tipo 1, divisão C.
Os pacientes que possuem avançada atrofia nos segmentos posteriores e largura e
altura do rebordo adequadas no segmento anterior podem ser descritos como tipo 2,
divisão B, D. Esta condição quase nunca ocorre na mandíbula, mas pode ser
encontrada em certas ocasiões na maxila. Esses pacientes são tratados de modo
semelhante aos pacientes tipo 2, divisão B, C, como descrito anteriormente. A diferença
principal é que o enxerto posterior é mais extenso e requer meses adicionais para a
cicatrização antes da instalação dos implantes e a reconstrução com a prótese. Na
mandíbula, pacientes tipo 2, divisão C, D, podem ser tratados similarmente aos com
uma mandíbula tipo 1, divisão D, realizando enxerto ósseo autógeno antes da
instalação dos implantes (Fig. 19-31).
FIGURA 19-31 A, Pacientes com mandíbulas de tipo 2, divisão
C, D podem ser tratados de maneira semelhante àqueles com
arcos de tipo I, divisão D. Enxerto de crista ilíaca é necessário
para restaurar o volume ósseo adequado para a divisão A. B,
Antes da instalação do implante (C) e fabricação da prótese final
(D).
Tipo 3
Nos arcos edentados tipo 3, as secções posteriores da maxila ou da mandíbula são
diferentes. Esta condição é menos comum do que os outros dois tipos e é encontrada
com mais frequência na maxila do que na mandíbula. O volume de osso anterior é
listado primeiro e, em seguida, o posterior direito seguido do segmento posterior
esquerdo. Portanto, maxilar edentado com osso abundante na secção anterior, nenhum
osso disponível para implantes na secção posterior esquerda e osso adequado no
segmento posterior direito correspondem a um arco edentado tipo 3, divisão A, B, D
(Fig. 19-32).
FIGURA 19-32 Este arco de tipo 3, divisão A, B, D, possui osso
anterior abundante (A), atrofia moderada do osso posterior à
direita (B) e atrofia grave no segmento posterior esquerdo (D).
Enxerto sinusal é um tratamento comum se implantes posteriores
forem necessários na maxila. No entanto, o aumento do osso na
região posterior da mandíbula para a divisão D é mais incomum e
implantes anteriores adicionais na divisão A com um cantiléver
são mais típicos. Uma outra opção é a utilização de implantes
mais estreitos no segmento posterior direito, unindo-se aos
implantes anteriores.
Um paciente com uma mandíbula que tem osso adequado no segmento posterior
direito e osso inadequado no outro lado, mas osso abundante no segmento anterior tem
um rebordo edentado tipo 3, divisão A, B, C. Um implante de diâmetro estreito pode ser
colocado no segmento posterior direito, bem como implantes em forma de raiz na
secção anterior, tal como indicado pela prótese. Se apoio prostético adicional for
necessário na região mandibular esquerda, então implantes em forma de raiz adicionais
são colocados e unidos aos implantes posteriores e aos dentes ou barra com cantiléver
sem o apoio do implante na região posterior esquerda. Um paciente tipo 3, divisão A, C,
B, é tratado como uma imagem espelhada de um paciente tipo 3, divisão A, B, C.
Um paciente tipo 3, divisão A, D, C (ou tipo 3, divisão A, C, D), recebe um plano de
tratamento semelhante aos planos discutidos para o tipo 2, divisão A, C. Implantes
endósseos em forma de raiz são colocados na secção anterior; se a prótese precisar
de um suporte posterior adicional, então os enxertos são considerados, especialmente
na maxila posterior. Os pacientes com arcos tipo 3 com divisão anterior B ou C são
tratados semelhantemente aos pacientes correspondentes tipo 2 com divisão anterior B
ou C.
Na maxila, não é incomum que a pré-maxila apresente volume ósseo insuficiente e
um quadrante posterior necessite de um enxerto sinusal (tipo 3, divisão C, A, D). Neste
caso, e se o volume ósseo estiver presente nas regiões de caninos com fatores de
força favoráveis e uma forma de arco quadrada, deve-se realizar levantamento de seio
maxilar. Após o enxerto sinusal e instalação dos implantes nas áreas de caninos e de
elementos posteriores, uma prótese fixa de arco inteiro pode ser fabricada usando
como pônticos incisivos laterais e centrais (Fig. 19-33).
O arco é de tipo 3, mesmo quando a região anterior for semelhante a uma das
secções posteriores. Por exemplo, o rebordo tipo 3, divisão C, D, C, tem divisão C na
região anterior, atrofia grave na secção direita e atrofia moderada na secção esquerda.
Em um arco mandibular deste tipo, a instalação dos implantes na secção anterior
apenas pode ser suficiente para a realização da prótese fixa do paciente, embora um
implante de disco ou de forma de raiz de 7 mm de comprimento possa ser indicado na
secção posterior divisão C. A maxila normalmente requer enxertos sinusais e elevação
subnasal, em razão da má biomecânica e qualidade óssea. A secção anterior
geralmente determina o plano de tratamento.
Raramente os implantes posteriores são inseridos sem qualquer suporte anterior
com implantes. Em protése tradicional, pacientes classe I de Kennedy-Applegate,
modificação I, com dentes anteriores ausentes são muitas vezes restaurados com um
PPF anterior e PPR posterior. Isso limita o equilíbrio da prótese e diminui as forças
transmitidas aos pilares. Os conceitos de protése convencional também ditam que a
PPF não é indicada quando o canino e os dois dentes adjacentes estão ausentes. Isso
também se aplica quando os seis dentes anteriores estão ausentes e implantes não
podem ser inseridos. Estes axiomas do conhecimento de próteses convencionais
testados pelo tempo indicam que implantes posteriores, isoladamente, não devem ser
instalados sem qualquer implante ou dente natural anterior como suporte. No entanto,
este conceito é frequentemente ignorado na maxila, onde muitas vezes o resultado
clínico depende exclusivamente dos enxertos sinusais e de implantes nos segmentos
posteriores. Se nenhum implante na região de caninos for inserido, então a falta de
apoio anterior pode causar rotação da prótese e acelerar a perda do implante posterior.
As duas secções posteriores não estão conectadas porque o intervalo entre os
primeiros pré-molares é muito grande, e os implantes posteriores são colocados quase
em linha reta com pouca vantagem biomecânica. Balanço anterior e forças laterais
posteriores sobre esses implantes em linha reta aumentam a falha dos implantes. A
condição do paciente é, então, muitas vezes pior do que antes de qualquer terapia com
implantes. Em geral, é muito mais prudente convencer o paciente a ser tratado com um
enxerto anterior onlay e implantes anteriores de modo que uma prótese de arco
completo (RP-4 ou fixa) possa ser fabricada.
Resumo
Foi delineada uma classificação que permite a visualização de dentes e ossos em arcos
parcialmente edentados para o emprego de implantes como terapia. A fundação desta
classificação é o sistema Kennedy-Applegate, que é a classificação mais utilizada em
prótese dental. Uma classificação para o arco totalmente edentado baseada no osso
disponível também foi desenvolvida. Como resultado desta fusão de classificações,
planos de tratamento generalizados podem ser estabelecidos para a organização de
restaurações de pacientes parcial ou totalmente edentados.
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PA R T E I V
Opções Alternativas de Tratamento
ESBOÇO
Setenta por cento da população dentada nos Estados Unidos tem pelo menos um
dente ausente. O número médio de dentes perdidos, em uma pesquisa nos Estados
Unidos, foi de 2,96 dentes para indivíduos acima do nível de pobreza e 4,15 dentes
para indivíduos abaixo do nível de pobreza. Assim, a renda não é um fator importante
para a perda média de dentes na população adulta (Fig. 20-1). A substituição de um
elemento unitário provavelmente será composta por uma porcentagem maior de
próteses dentárias no futuro, quando comparada com as gerações anteriores. Em 1960,
a média dos americanos com idade superior a 55 anos possuía apenas sete dentes não
restaurados. Hoje, a média de adultos de 65 anos de idade possui 18 dentes não
restaurados, e os baby boomers (aqueles nascidos no período pós-segunda guerra
mundial, entre 1946 e 1964) terão pelo menos 24 dentes não restaurados quando
alcançarem 65 anos de idade (Fig. 20-2).
Prótese Removível
Uma opção para substituir um único dente posterior perdido é uma prótese parcial
removível (PPR) (Fig. 20-4). Um procedimento comum em odontologia restauradora é a
utilização de uma prótese fixa, sempre que possível.8 As próteses são geralmente
indicadas para substituir um espaço posterior de três ou mais dentes, ou um canino
perdido e dois ou mais dentes adjacentes. Raramente um paciente considera uma PPR
como um substituto definitivo aceitável para um elemento unitário posterior.
As taxas de insucesso relatadas na literatura são muito díspares, mas a maioria dos
relatos indica uma taxa de insucesso de pelo menos 30% em 10 anos e até de 54% no
prazo de 11 meses.6,15-17 Também existem indícios de que os desenhos perfurados
precocemente usados apresentaram menores taxas de sobrevida (Quadro 20-5).
A maioria das perdas de próteses parciais fixas adesivas inicialmente ocorre por
falha na cimentação (que muitas vezes resulta em lesões de cárie, quando
parcialmente retida), com diferentes regiões da boca exibindo diferentes taxas de
retenção. As maiores taxas de sobrevida ocorrem nos dentes anteriores da maxila,
seguida dos dentes anteriores da mandíbula, dos posteriores da maxila e dos
posteriores da mandíbula, respectivamente.18 Portanto, a substituição de dentes
posteriores não é tão bem sucedida se comparada com uma prótese adesiva anterior.
Na maioria das vezes o descolamento ocorre durante a função. Como comer é
muitas vezes uma experiência social, tal fato pode trazer constrangimento e
insegurança ao paciente. A prótese pode também estar parcialmente descolada e
resultar em decomposição sob o retentor. A seleção desta opção normalmente é
impulsionada por aspectos econômicos e pelo desejo do paciente de manter a
estrutura, tanto quanto possível, dos dentes pilares. Esta opção geralmente é mais
aceita pelo paciente do que a opção com uma PPR, mas deve ser considerada como
prótese provisória por causa de sua alta taxa de descolamento e decomposição.
Uma indicação para não substituir um único dente posterior que está ausente é um
espaço interdentário pequeno. Quando o espaço entre os dentes é menor do que
6 mm, os dentes adjacentes estão frequentemente impedidos de migração ou de
extrusão a partir da oclusão existente. A oclusão existente muitas vezes tem cada um
dos dentes adjacentes com contato oclusal com dois dentes opostos e, como tal,
impede o depósito dos dentes adjacentes e a extrusão dos dentes opostos. Esta
condição é mais frequentemente observada com um segundo pré-molar inferior
ausente, quando um terceiro molar está presente, ou após ortodontia quando o primeiro
pré-molar foi extraído. Quando a reduzida quantidade de espaço interdentário tiver que
ser fechada, ortodontia ou coroa (s) sobrecontorno nos dentes adjacentes pode corrigir
a situação.
A localização de um dente posterior ausente pode influenciar o plano de tratamento
protético. Em geral, quando os terceiros molares estão ausentes o autor sugere não
substituir um segundo molar inferior19 (Fig. 20-6). O segundo molar inferior não está na
zona estética do paciente. Noventa por cento da eficiência mastigatória é gerada
anteriormente à metade mesial do primeiro molar mandibular, de forma que a função
raramente é uma razão primária para substituir o segundo molar. Uma força oclusal
10% maior é medida no segundo molar, em comparação com o primeiro molar. Como
resultado, as complicações relacionadas à tensão biomecânica são mais um risco,
incluindo o afrouxamento do parafuso do pilar. Este dente tem mais chances de
apresentar interferência em trabalho ou equilíbrio durante as excursões mandibulares.
Como resultado das forças elevadas e interferências oclusais, uma maior incidência de
fratura da porcelana pode ocorrer. A altura da coroa diminui à medida que se
movimenta posteriormente e representa um acesso limitado para a instalação do
implante, do parafuso de pilar e do próprio pilar, especialmente quando se opõe à
dentição natural. Uma redução no espaço da altura da coroa resulta em redução da
altura do pilar, de modo que a retenção da coroa pode ser comprometida. Morder a
bochecha é mais comum nesta região devido à proximidade do músculo bucinador
(Quadro 20-6).
Os dentes pilares de uma PPF podem ser perdidos por lesões de cárie,
complicações endodônticas ou fratura radicular em taxas de até 30% em um período de
8 a 14 anos.3,13,14 Relatos recentes indicam que 8 a 18% dos dentes pilares que
sustentam uma PPF são perdidos em 10 anos (Fig. 20-14). Isso é o mais preocupante,
porque 80% dos pilares não têm histórico de lesão de cárie ou estão minimamente
restaurados antes da fabricação da PPF.6,32
FIGURA 20-14 Diversas consequências de complicações de
próteses parciais fixas resultam em perda do dente ou dentes
pilares.
Implantes Unitários
A quinta opção de tratamento para substituir um elemento unitário posterior ausente é
um implante unitário (Fig. 20-15). Durante anos os pacientes foram aconselhados a
deixar os seus desejos de lado e aceitar as limitações de uma PPF. Os principais
motivos para sugerir uma PPF eram sua facilidade clínica e a redução do tempo de
tratamento. No entanto, uma PPR é mais rápida, mais fácil e menos dispendiosa. Se
este conceito de mais rápido, mais fácil e mais barato fosse expandido, então as
exodontias iriam substituir endodontias, e próteses até poderiam substituir a ortodontia
(os dentes estão retos e brancos). O principal motivo para sugerir ou realizar um
tratamento não deve estar apenas relacionado com o tempo de tratamento, o custo ou
as dificuldades para realizar o procedimento, mas também deve refletir a melhor
solução possível a longo prazo para cada indivíduo.
FIGURA 20-15 Um implante unitário é geralmente a melhor
opção de tratamento para substituir um dente posterior.
Antes de 1990 foram publicados poucos estudos de longo prazo sobre a substituição
de um elemento unitário com implantes osseointegrados em qualquer região da boca.
Os primeiros relatos indicaram que os resultados do implante unitário eram menos
previsíveis do que nos últimos dez anos. Por exemplo, em 1990 Jemt et al.33 relataram
9% de perda dos 23 implantes (21 na maxila, dois na mandíbula) após três anos de
conclusão da prótese. Em 1992, Andersson et al.34 publicaram um relatório preliminar
de um estudo prospectivo com 37 implantes restaurados com coroas unitárias
cimentadas em 34 pacientes. Um acompanhamento de três anos incluiu este “grupo de
desenvolvimento” e um adicional de 23 pacientes com 28 coroas. A taxa de sucesso
cumulativo dos implantes foi de 93,7% , com 89% do grupo de desenvolvimento em
função de três a quatro anos.24
A partir de 1993 até os dias atuais, os implantes unitários tornaram-se o método mais
previsível de substituição de dentes. Quase todos os estudos de cinco a dez anos
demonstram uma taxa de sobrevida maior do que para qualquer outro método de
substituição de dentes. Por exemplo, em 1993 Schmitt e Zarb35 relataram que não
houve perdas em 40 implantes colocados em 32 pacientes (28 na maxila, 12 na
mandíbula, com 27 na região anterior e 13 na posterior). Após um período de até 6,6
anos, todos os implantes estavam em função. Em 1994, Ekfeldt et al.36apresentaram
um estudo retrospectivo de quatro a sete anos com 77 pacientes que receberam
93 implantes. Dois implantes foram perdidos, ambos no primeiro ano de função. Em
1995, Haas et al.37 relataram que de 76 implantes unitários acompanhados por seis
anos, apenas um foi perdido (2,6% ). Simon,38 em um acompanhamento de seis meses
a dez anos de 70 implantes, apresentou uma taxa de sucesso de 97,1% . Levin et al.39
relataram, em um período de dez anos, uma taxa de sucesso de 93,6% para implantes
unitários na região de molares.
Um estudo clínico prospectivo multicêntrico* foi iniciado em 1996.40 Trinta e oito
implantes foram instalados nas regiões posteriores dos maxilares: 15 na maxila e 23 na
mandíbula. A taxa de sobrevida foi de 100% em cinco anos de acompanhamento. A
perda óssea média a partir da instalação do implante até a abertura foi de 0,4 mm do
topo da crista original, a perda óssea média extra durante o primeiro ano de função foi,
em média, inferior a 0,3 mm e não houve perda óssea ao longo do ano seguinte. Neste
estudo não houve incidência de afrouxamento do parafuso do pilar protético ou fratura
de quaisquer componentes. Em 2000, Misch et al. informaram uma taxa de sobrevida
de 100% para 30 implantes unitários na maxila posterior em um período de cinco anos.
Em 2006, Misch et al., em um estudo multicêntrico de dez anos com 1.377 implantes
unitários, observaram uma taxa de sobrevida de 98,9% para implantes
unitários.40,41Relatos de dez anos por Priest indicaram que as taxas de sucesso de
implantes unitários posteriores foram maiores que 97% .6
Talvez de maior significância tenham sido os relatos de Misch et al. e Priest, que
avaliaram os dentes ao lado das coroas de implantes durante 10 anos.6,32 Em ambos
os estudos não foram relatadas perdas de dentes adjacentes por insucesso
endodôntico ou lesões de cárie. Apenas um dente precisou de endodontia após a
instalação do implante, e menos de 10% dos dentes necessitaram de uma restauração.
Esses estudos identificam claramente que os dentes adjacentes estão em menor risco
quando o dente perdido é substituído por um implante.
Apesar de a substituição de um elemento unitário posterior com um implante ser uma
alternativa de tratamento relativamente nova, mais artigos foram publicados sobre esta
opção do que sobre qualquer outra alternativa de tratamento. Se os relatos iniciais
forem excluídos, então as taxas de sobrevida registradas variam da menor, 94,6% , para
a mais alta, 100% em um período de 10 anos. Uma revisão da literatura realizada por
Goodacre et al.42entre 1981e 2003 verificou que a substituição de um elemento
unitário por um implante teve uma média de sobrevida de 97% . Dentre as complicações
relatadas, as mais comuns foram o afrouxamento do parafuso do pilar ou a fratura da
porcelana, que não causou a perda do implante ou da prótese.
Estudos comparativos de custos concluíram que a restauração do implante
demonstra uma relação custo-efetividade mais favorável.6,42,43 Mesmo quando os
dentes adjacentes não são perdidos, a PPF convencional muitas vezes precisa ser
substituída a cada 10 a 20 anos por causa de cárie, complicações endodônticas, fratura
da porcelana ou perda da restauração (que pode inclusive indicar a terapia
endodôntica do elemento dentário). Os implantes não se deterioram ou necessitam de
endodontia. Por isso, as restaurações têm uma vida útil prolongada. Ao contrário de
uma PPF ou uma prótese adesiva, um implante pode substituir um dente posterior sem
um pilar distal. Por isso, um segundo molar na maxila pode ser substituído e prevenir a
extrusão do segundo molar antagônico.
Apesar de algumas limitações e desafios clínicos óbvios, o implante unitário posterior
representa uma opção de tratamento altamente desejável e justificável. Quando os
dentes adjacentes ao implante não estão preparados para coroas, a técnica apresenta
muitas vantagens. Essas vantagens incluem a diminuição do risco de lesões de cárie e
o tratamento endodôntico nos dentes pilares, a melhoria da capacidade de limpar as
superfícies proximais dos dentes adjacentes (o que diminui o risco de lesões de cárie e
de doença periodontal), uma diminuição do risco de sensibilidade ao frio ou ao contato
de uma escova dental ou interproximal na raiz dos dentes pilares, uma estética melhor
(os dentes adjacentes não restaurados parecem mais naturais do que uma coroa),
vantagens psicológicas (especialmente com dentes congenitamente ausentes ou a
perda de um dente após endodontia e confecção de uma coroa), e a diminuição do
risco de perda do dente pilar por insucesso endodôntico ou lesão de cárie (Quadro 20-
10). Essas vantagens são tão significantes para a saúde e a condição periodontal dos
dentes adjacentes e a manutenção da forma do arco que o implante unitário se tornou o
tratamento de escolha na maioria das situações.
A ausência múltipla mais comum (com exceção dos terceiros molares) é a dos
incisivos laterais superiores, seguida pela dos segundos pré-molares inferiores e
segundos pré-molares superiores. Dentes ausentes congenitamente são, portanto, um
cenário comum em uma prática geral. Felizmente, menos de 1% das pessoas que
possuem agenesia têm mais de dois dentes ausentes, e menos de 0,5% desse grupo
apresenta falta de mais de cinco dentes permanentes. Normalmente a maioria das
crianças com mais de cinco dentes ausentes está relacionada à displasia ectodérmica.
Existe um aspecto emocional para a substituição de um dente cuja ausência é
congênita. Como a causa é genética, muitas vezes o pai com o defeito genético
experimenta uma cura psicológica quando o implante devolve a estética do seu filho ou
filha para o patamar de “normalidade”. Um implante parece ser menos traumático
porque os dentes saudáveis adjacentes não requerem preparação. Essas condições
tornam o pai ansioso pela instalação de um implante, independentemente do tempo ou
custo do procedimento. No entanto, se o enxerto ósseo, o implante ou ambos falharem,
então surgem consequências emocionais. Nessas condições é especialmente perigoso
colocar um dente adjacente sob risco. Se um paciente jovem perde um dente adjacente
devido à instalação inadequada do implante ou em consequência de um enxerto ósseo
a relação dentista-paciente é esticada até o limite. Como tal, o dentista deve usar
procedimentos altamente previsíveis com cuidado, assegurando que a disponibilidade
óssea e o espaço adequado estão presentes antes da instalação do implante.
O dentista deve primeiro determinar se a abertura de espaço (manutenção) ou o
fechamento de espaço (ortodontia) é o tratamento de escolha para o dente ausente. As
opções de tratamento são geralmente diferentes para um segundo pré-molar inferior,
em comparação com um incisivo lateral superior.
Um segundo pré-molar inferior com ausência congênita na maioria das vezes tem um
segundo molar decíduo. Quando o paciente está com cinco ou seis anos o segundo
molar decíduo pode ser extraído. O primeiro molar permanente pode, então, entrar em
erupção em uma posição mais mesial. Quando o primeiro molar decíduo é perdido
naturalmente (em torno de nove a onze anos de idade), o primeiro pré-molar
permanente e o primeiro molar podem ser ortodonticamente posicionados adjacentes
um ao outro. Esta abordagem elimina a necessidade de substituição de um segundo
pré-molar. Como o espaço do segundo pré-molar é eliminado com a ortodontia, não há
necessidade de enxerto ósseo, cirurgia de implante ou coroa (ou a combinação desses
tratamentos) para substituir o dente. Existem poucas desvantagens na utilização da
ortodontia para eliminar esse espaço de um dente posterior ausente.
Um cenário comum é o de manter o segundo molar decíduo por tanto tempo quanto
possível. Muitas vezes o dente finalmente irrompe e precisa ser extraído por volta dos
35, 40 anos. Quando o segundo molar decíduo é mantido pode estar anquilosado em
aproximadamente 10% dos casos. Como resultado, o segundo pré-molar e os dentes
adjacentes muitas vezes se inclinam (Fig. 20-18). Além disso, como o molar decíduo é
1,9 mm maior do que um pré-molar, o espaço mesiodistal é maior do que o espaço de
pré-molares habitual. Um implante é geralmente o tratamento de escolha para substituir
segundos pré-molares. No entanto, o dente decíduo não tem uma largura óssea
vestibulolingual adequada para um implante de maior diâmetro. A coroa para esta maior
dimensão de dente é apoiada em um implante de tamanho regular, o que aumenta as
forças sobre o parafuso do pilar protético e também o risco de complicações de
afrouxamento dos parafusos. No entanto, este é o tratamento de escolha mais
frequente para pacientes adultos, em vez de preparar os dentes adjacentes para
a realização de uma PPF tradicional (Fig. 20-19). Uma alternativa em um paciente
adulto é aumentar a largura do sítio para colocar um implante de maior diâmetro (5 mm).
Isso melhora o perfil de emergência e diminui o risco de afrouxamento do parafuso do
pilar.
Limitações de Idade
Uma condição de anquilose de dentes decíduos ocorre em 8 a 14% das crianças e
afeta principalmente os molares decíduos. O dente não completa a erupção e aparece
abaixo do plano oclusal dos dentes adjacentes. Parece que a raiz desse dente tem um
contato direto com o osso, o que impede o padrão de erupção. A mesma condição
existe com um implante instalado em uma criança em desenvolvimento. O contato direto
osso-implante impede que o corpo do implante se desloque em conjunto com o
crescimento e o desenvolvimento facial. Em vez disso, o implante estabiliza o osso no
espaço tridimensional e impede que o local se adapte ao ambiente em mudança.
Um estudo com implantes em suínos em desenvolvimento demonstrou que os dentes
vizinhos continuaram a acompanhar o desenvolvimento da mandíbula e os dentes
adjacentes estavam em posição facial e oclusal em relação aos implantes mandibulares
e oclusal no arco maxilar.47 Germes dentários em crescimento, adjacentes aos
implantes, também foram deslocados em seu caminho de erupção. Vários relatos
clínicos têm encontrado uma situação semelhante em pacientes jovens que receberam
implantes. Portanto, os relatos clínicos e os estudos em animais confirmam que os
implantes não acomodam o crescimento e o desenvolvimento dos maxilares e, em vez
disso, permanecem em uma posição semelhante à de quando inicialmente inseridos.
O crescimento dos maxilares pode ser descrito em três planos diferentes: transversal
(largura), anteroposterior (comprimento) e vertical48. A ordem de crescimento em
ambos os maxilares é concluída primeiramente em largura, seguida por comprimento e
crescimento vertical. O crescimento em largura é concluído na região anterior antes do
surto de crescimento. Ambas as regiões posteriores da mandíbula e da maxila
continuam a se expandir até que os segundos e terceiros molares estejam totalmente
irrompidos. A maxila posterior tem mais crescimento em largura do que a maxila
anterior48 (Fig. 20-21).
Restaurações Provisórias
Não substituir provisoriamente um dente posterior é uma situação mais frequente
durante a cicatrização do enxerto ósseo e do implante em uma região não estética,
como na região posterior da mandíbula. Embora a oclusão e os dentes adjacentes
possam mudar durante o período de cicatrização de quatro meses, raramente esse é o
motivo para uma restauração provisória em regiões não estéticas (Fig. 20-24).
FIGURA 20-24 Raramente há mudança nos dentes adjacentes
durante o período de quatro meses de cicatrização de um
implante. No entanto, o espaço deve ser monitorado, e se as
mudanças começam a ocorrer um mantenedor de espaço pode
ser indicado.
Uma prótese removível não é muito indicada como um tratamento definitivo para a
substituição de um elemento unitário posterior. No entanto, a prótese removível muitas
vezes é utilizada como uma restauração provisória em regiões estéticas durante a fase
de cicatrização do implante. O profissional deve estar ciente de que uma prótese
removível provisória pode transmitir cargas aos tecidos moles que cobrem o enxerto
ósseo e comprometer o resultado final. Apesar de raramente ocorrer, a PPR também
pode causar perda óssea ou talvez até mesmo a perda do implante pela colocação
precoce de carga no implante durante a fase I de cicatrização. A PPR provisória também
pode comprimir as papilas interdentais dos dentes adjacentes, resultando em um
comprometimento estético. Como resultado, pode-se fabricar uma PPR com nichos e
grampos, um aparelho Essix® suportado pelos dentes ou uma prótese fixa adesiva para
substituir dentes na zona estética, o que proporciona uma melhor prótese provisória
funcional e protege a região. Uma prótese adesiva é mais frequentemente a opção
primária quando é necessário um enxerto ósseo antes ou em conjunto com a instalação
do implante, devido ao longo período de cicatrização requerido e à extrema
vulnerabilidade do enxerto ósseo aos movimentos mandibulares.
Tanto uma prótese removível quanto uma prótese fixa adesiva podem ser fabricadas
como restaurações provisórias suportadas pelos dentes. A prótese removível (p.ex.,
aparelho Essix®) é usada imediatamente após a cirurgia para proteger a região de
sutura durante a cicatrização incial.53 Depois que as suturas são removidas, a prótese
adesiva (sem preparação do dente) pode ser entregue. Como ambas as restaurações
adesivas e removíveis necessitam de tempo para a fabricação, o paciente pode usar
uma prótese removível se a prótese adesiva descolar. Isso elimina o constrangimento
estético até que a prótese seja recolada. No entanto, essa abordagem aumenta o custo
total do tratamento. A prótese adesiva posterior não pode ser indicada no caso de
coroas clínicas curtas ou relações oclusais desfavoráveis.
Uma segunda opção para substituir provisoriamente um elemento unitário posterior é
um acrílico com cantiléver ou uma restauração provisória de três elementos. Isso é feito
quando o dente ou dentes adjacentes requerem uma coroa. A coroa do dente ou dos
dentes adjacentes é preparada e serve como pilar de transição para a prótese
provisória de acrílico. Após o implante se integrar, as coroas e a coroa do implante
podem ser fabricadas ao mesmo tempo como unidades independentes.
Tabela 20-1
Opções de Substituição de um Único Molar
7–8 mm 4 mm
8–12 mm 5–6 mm
12–14 mm Ganhar espaço adicional; em seguida, colocar dois
Implantes de 4 mm
14–20 mm Dois implantes, um sob a crista marginal mesial
e um sob a crista marginal distal e esplintá-los
Resumo
A ausência de um único dente é um cenário comum na odontologia restauradora. As
opções para a reposição de um único dente ausente geralmente são uma PF ou um
implante unitário. A PF raramente é a primeira opção de tratamento nas regiões
posteriores da boca. O índice de cárie e os procedimentos endodônticos colocam esses
dentes em maior risco de perda. Em algumas ocasiões, o dente posterior pode não ser
implantado (p. ex., um segundo molar mandibular ou um pequeno espaço no qual os
dentes adjacentes estão interligados para evitar extrusão ou inclinações).
O principal método para substituir um único dente deve ser um implante unitário de
tamanho, forma e material adequados. Quando há um espaço interdental adequado, há
quantidade óssea suficiente presente ou esta pode ser criada, o implante é o
tratamento restaurador de escolha. O implante unitário nas regiões posteriores da boca
é o tratamento de escolha na maioria dos pacientes.
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*Nota da Revisão Científica: Esse estudo teve a participação do Dr. Kline et al.
CAPÍTULO 21
Desafiando a Estética
A estética de uma coroa unitária anterior maxilar sobre um dente natural costuma ser
um dos grandes desafios da odontologia restauradora. A prótese sobre um implante
anterior é um desafio ainda maior. O implante geralmente é igual ou inferior a 5 mm de
diâmetro e redondo na sua secção transversal. A região cervical da coroa, em um dente
natural da maxila, varia entre 4,5 e 7 mm na secção transversal mesiodistal, e nunca é
totalmente redonda (Fig. 21-6). De fato, normalmente a dimensão dos incisivos e
caninos é maior no sentido vestibulopalatino na altura da junção cemento-esmalte
(JCE) do que na dimensão mesiodistal.11,12
FIGURA 21-6 O implante anterior maxilar é circular e de menor
diâmetro do que a raiz do dente a ser substituído.
Posição Vestibulopalatina
A posição vestibulopalatina do implante em um rebordo com largura óssea adequada é
central, ligeiramente para palatina do espaço edentado. Esta abordagem permite a
utilização de um implante com maior diâmetro. A crista óssea deve apresentar pelo
menos 1,5 mm de largura na face vestibular do implante e 0,5 mm ou mais no aspecto
palatino. Neste cenário, se ocorrer perda óssea no implante, a tábua óssea vestibular
permanecerá intacta e não provocará recessão no aspecto vestibular da coroa do
implante. Portanto, para um implante de 4 mm de diâmetro necessita-se de no mínimo
6 mm de largura óssea vestibulopalatina para a instalação do central ou do canino, e de
5,5 mm de largura óssea para um implante de 3,5 mm. A expansão do osso em conjunto
com a instalação do implante ou enxerto ósseo na face vestibular do espaço edentado
pode ser utilizada quando o arco não é tão largo quanto desejável.
A espessura do osso na face vestibular de uma raiz natural é de normalmente
0,5 mm. O implante é instalado 1 mm mais palatino do que a emergência vestibular das
coroas adjacentes na crista óssea. A prótese final deverá compensar para que a
emergência da margem gengival livre (MGL) seja semelhante à do dente adjacente.
A maioria dos pilares angulados de duas peças tem um desenho achatado que
compromete a estética cervical vestibular. O orifício de acesso ao parafuso do pilar está
virado para a vestibular. A flange vestibular metálica para pilar parafusado é mais fina
do que a de um pilar reto, e pode resultar em fratura (principalmente porque as cargas
anguladas ficam colocadas no implante posicionado para vestibular). Os fabricantes de
implantes aumentam o perfil do pilar no aspecto vestibular e reduzem o risco de fratura.
Contudo, essa imperfeição no desenho deixa a margem vestibular cervical mais
vestibular e larga do que o corpo do implante, que já é tão vestibular quanto o dente
adjacente (Figs. 21-13 e 21-14). Consequentemente, a margem da coroa do implante
apresenta sobrecontorno vestibular. O protesista então tem que preparar o aspecto
vestibular do pilar por causa da estética e, quando necessário, eliminar o metal do
orifício do parafuso do pilar, e o pilar angulado deve então ser substituído. Mesmo
quando o aspecto vestibular do pilar angulado é reduzido sem comprometer a
integridade, o contorno reduzido enfraquece o pilar e o torna mais propenso a fraturas
(Fig. 21-15). Já que o profissional modificou o pilar, a empresa de implante é
considerada isenta de responsabilidade, mas, apesar de tudo, o paciente e o
profissional estão em risco aumentado.
FIGURA 21-13 Um pilar angulado tem um orifício de acesso para
a fixação do parafuso, que sai do vestíbulo do pilar.
Consequentemente, há menos metal no vestíbulo. O fabricante
geralmente aumenta a espessura do metal para melhorar a
resistência (esquerda). Por causa da borda de metal no pilar
angulado, este fica mais vestibular do que o corpo do implante
(direita).
FIGURA 21-14 O pilar angulado costuma ser mais largo no
vestíbulo.
FIGURA 21-15 Um pilar inclinado é usado para restaurar o
implante porque o corpo do implante está posicionado de modo
semelhante ao dente adjacente. O pilar é reduzido no lado
vestibular do parafuso para abrir espaço para o material
restaurador da coroa.
O corpo do implante deve ser posicionado de modo mais palatino do que a raiz
natural, para que exista 1,5 mm de osso no vestibular. Lembre-se de que há apenas
0,5 mm de osso na vestibular da raiz do dente natural. Quando o cirurgião tenta alinhar
o corpo do implante com a face vestibular dos dentes adjacentes, o implante pode
inadvertidamente ser instalado em demasia para vestibular. Não existe nenhum método
previsível para restaurar a estética quando o pilar do implante está vestibularizado e
acima da MGL dos dentes adjacentes. Na melhor das hipóteses, a coroa final parecerá
muito longa. Esse problema é agravado quando o implante também está instalado muito
superficialmente. Os enxertos de tecido mole e o aumento ósseo raramente melhoram
essa condição após o implante já ter sido assim posicionado (Fig. 21-16).
FIGURA 21-16 Um implante com posicionamento muito
vestibularizado e raso. O pilar angulado deve ser preparado para
abrir espaço para o material restaurador e permitir uma posição
mais apical da margem da coroa.
A coroa em sela modificada tornou-se uma solução comum para corrigir a estética da
prótese quando o implante é instalado em osso estreito ou segue uma posição de
angulação palatina.16,17 Contudo, o controle do biofilme bacteriano na vestibular do
implante é quase impossível. Ao contrário de um pôntico para a PPF, a coroa em sela
tem um sulco gengival que requer higiene. Mesmo que a escova de dentes (ou a
sonda) pudessem atingir a sela vestibular do sulco gengival, nenhum dispositivo de
higiene ou medição poderia ser manipulado no ângulo correto para estar inserido no
sulco gengival vestibular. Consequentemente, mesmo que uma prótese estética
aceitável seja desenvolvida, principalmente com a adição de uma porcelana cervical, os
requisitos de higiene tornam essa abordagem menos aceitável (Fig. 21-20).
FIGURA 21-20 Uma coroa implantada com uma “sela
modificada”. O tecido fica inflamado periodicamente porque os
instrumentos de higiene (ou a sonda) não conseguem entrar nos
sulcos do implante, apenas deslizam ao longo da sela vestibular
da margem gengival livre.
O primeiro ano muitas vezes corresponde a uma perda óssea média entre 0,5 e
3,0 mm, dependendo em parte do modelo do implante. A perda óssea ocorre pelo
menos 0,5 mm abaixo da conexão do pilar com o corpo do implante e se estende a
qualquer superfície lisa ou usinada para além da plataforma.18 Por exemplo, Malevez et
al. observaram perdas ósseas mais acentuadas em implantes cônicos que tinham
plataformas longas, lisas e estreitas.19 Isso pode levar a uma profundidade de
sondagem sulcular vestibular de 7 a 8 mm ou mais. Grunder avaliou implantes unitários
em função por um ano e observou que os níveis ósseos estavam 2 mm apicais à junção
pilar-implante, e a profundidade de sondagem sulcular ficou entre 9,0 e 10,5 mm,
utilizando um modelo de implante Brånemark.20 Consequentemente, dispositivos de
cuidados diários não podem manter a saúde do sulco, e bactérias anaeróbias são mais
propensas a se desenvolverem. As regiões interproximais da coroa sobre implante, que
correspondem à incidência ou ausência de papilas interdentais, geralmente exibem
profundidades de sondagem até maiores (Fig. 21-26, C). Consequentemente, a
contração do tecido gengival é mais propensa de ocorrer quando o implante é instalado
a mais de 4 mm abaixo da posição vestibular da JCE do dente adjacente.
O mecanismo de adesão do tecido mole por cima do osso é menos tenaz se
comparado a um dente, e o mecanismo de defesa dos tecidos de peri-implantes pode
ser mais fraco do que o do dente.21 O dentista, para se manter na margem de
segurança para as melhores condições de saúde sulcular, deve limitar a profundidade
sulcular adjacente aos implantes em menos de 5 mm.22 Isso pode ser ainda mais
relevante para implantes unitários por causa das consequências devastadoras da
retração gengival para a estética a longo prazo. Adicionalmente, as regiões
interproximais da coroa sobre um implante unitário são compartilhadas com os dentes
adjacentes, e as bactérias anaeróbias que se formam na região próxima ao implante
podem afetar o dente natural adjacente, resultando em defeito horizontal
(principalmente quando o implante está a menos de 1,5 mm do dente).
Quando o implante é escareado abaixo do osso cortical da crista (como acontece
com a técnica de profundidade), o osso esponjoso em torno da plataforma do implante
é mais fraco sob cargas oclusais. Além disso, quando o implante é instalado abaixo da
crista óssea, a altura resultante inicial da coroa é aumentada, assim como os momentos
de forças. O aumento do risco de perda óssea adicional também provém do aumento
dos momentos de força aplicados ao osso esponjoso mais fraco, que pode também
resultar em contração do tecido mole no longo prazo. Como resultado final tem-se
coroas clínicas mais longas, que também diminuem gradualmente em largura (conforme
as dimensões do estreitamento do corpo do implante). A região interproximal pode
resultar em espaços triangulares escuros em vez de papilas interdentais. O aumento da
altura da coroa também aumenta as forças sobre o pilar e aumenta o risco de
afrouxamento do parafuso.
Técnica Subtrativa
O objetivo ideal do contorno de tecidos moles em uma abordagem cirúrgica de dois
estágios após a instalação do implante é que o tecido mole fique na altura da papila
interdental desejada (Fig. 21-29, A). Quando o tecido mole ao longo da crista edentada
está no nível da papila interdental desejada e é de qualidade e volume suficientes, uma
técnica de subtração (p. ex., gengivoplastia com broca de diamante) esculpe os tecidos
gengivais da crista para reproduzir o contorno de emergência cervical da coroa,
completado com papila interdental e contorno labiogengival adequado (Fig. 21-29, B).
FIGURA 21-29 A, A meta ideal para o tecido mole no local do
implante está na altura desejada da papila interdental. B, Uma
broca diamantada grossa esculpe o tecido mole da coroa do
implante. C, A coroa provisória mantém e ajuda a melhorar o
caimento dos tecidos moles. D, O tecido mole após dois meses.
Vantagens
Os benefícios da instalação do implante imediatamente após a exodontia estão
relacionados à melhor preservação do tecido mole e da arquitetura óssea em
comparação ao colapso que ocorre após a exodontia. Assim, o aumento do osso e o
enxerto de tecidos após a cicatrização e antes da instalação do implante podem ser
evitados. Como há menos cirurgias, há redução no tempo de tratamento e no
desconforto e no custo para o paciente. O procedimento tem sido descrito como uma
técnica de preservação que objetiva a manutenção harmoniosa da arquitetura
gengival.34
A forma do dente é uma das cinco chaves do diagnóstico de Kois, e é um dos
principais fatores relacionados a risco quando se considera a técnica de instalação
imediata do implante. Os dentes podem ser classificados quanto à forma em cônico,
ovóide ou quadrado. Os dentes com uma forma de coroa cônica têm maior risco de
comprometimento da gengiva após a exodontia porque a papila interdental pode ter
mais de 6 mm de altura nesta situação. A coroa cônica também tem mais osso
interproximal entre os dentes e mais osso vestibular sobre a raiz cônica. Isso melhora
as condições para a instalação de um implante imediato. Como tal, sob condições
ideais o dente de forma cônica pode ser o que melhor apresenta resultados positivos
para a técnica de exodontia e instalação imediata do implante porque as alterações de
tecido mole são maiores do que o habitual, há mais osso para a fixação do implante e
menos espaço vazio entre o implante e o alvéolo de exodontia. Portanto, sob condições
que incluem ausência de patologias, tecidos gengivais espessos, contorno ideal do
osso alveolar, contorno ideal dos tecidos moles e o dente de formato cônico, a
instalação imediata de implante após a exodontia pode ser considerada (Fig. 21-32).
FIGURA 21-32 A, Um dente de formato cônico é extraído. B, A
broca de osteotomia é colocada sob a borda incisal. C, Um
autoenxerto é colocado no vestíbulo da osteotomia do implante.
D, O implante é aparafusado na posição de 3 mm abaixo da
margem gengival livre vestibular. E, A extensão permucosa
sustenta o tecido mole. F, Um Essex® temporário é usado durante
a cicatrização. G, Após quatro meses, o tecido mole e o implante
estão prontos para a restauração.
Desvantagens
Ao colocar um implante em um local de extração imediata, o cirurgião deve considerar a
dimensão do encaixe e o defeito entre a tábua óssea vestibular e o implante. A
dimensão vestibulopalatina de um dente anterior pode ser maior do que sua dimensão
mesiodistal. O implante frequentemente mede entre 4 e 5 mm de diâmetro, para um
incisivo central, e o alvéolo da extração é muitas vezes maior do que 6 mm
(especialmente na dimensão vestibulopalatina), assim um defeito cirúrgico de até 2 mm
permanece em torno do implante. Relata-se que espaços mais ou menos amplos, ovais
ou em forma de rim têm sido utilizados corono apicalmente ao longo de toda a
superfície do alvéolo ao lado do implante.33 Consequentemente, o implante terá menos
fixação e um risco maior de mobilidade sob carga precoce.
Um dente de formato quadrado tem a menor altura da papila interdental, que pode
ser de apenas 2 mm de altura. Consequentemente, ocorre menos retração gengival
após a extração porque há menos recorte no osso interproximal e vestibular próximo à
raiz do dente em questão. Por conseguinte, existe um risco menor de complicações
relacionadas ao tecido mole no protocolo tardio de inserção do implante. Há também
menos osso entre as raízes dos dentes de formato quadrado e um espaço maior entre o
alvéolo da extração e o implante em potencial. Portanto, pode ser mais difícil que o
implante obtenha estabilidade, e o defeito entre a parede óssea e o implante pode
necessitar de um enxerto ósseo para ser preenchido. Consequentemente, uma inserção
imediata de implante após a extração oferece menos benefício para o tecido mole e um
risco para a interface osso/implante.
É necessário que as desvantagens da técnica de extração de dentes e inserção
imediata do implante sejam consideradas ao decidir-se pelo seu uso. Para um resultado
previsível o implante deverá obter estabilidade inicial. No entanto, o objetivo do implante
unitário anterior não se limita apenas à estabilidade. A incapacidade de atingir os
parâmetros adequados de estética e saúde constitui-se como resultado comprometido e
aumenta o risco estético ou de perda do implante.35 O dentista (e o paciente) deve
estar ciente de que pode ocorrer perda do implante durante o período inicial de
cicatrização. Um risco crescente de perda está presente quando o implante é inserido
imediatamente após a extração do dente, mesmo sob condições ideais.
Se ocorrer perda do implante, o tecido mole pode ser significativamente alterado, e a
correção pode ser difícil mesmo depois de várias cirurgias adicionais. Portanto, a
extração dentária e a inserção imediata são uma espada de dois gumes. É um dos
melhores métodos disponíveis para se obter um resultado estético ideal. Mas se ocorre
perda do implante, o resultado estético pode ficar para sempre comprometido. Deve-se
notar que quando o tecido mole é ideal, a técnica de extração e instalação imediata do
implante em uma etapa permite uma manutenção mais fácil da posição do tecido mole.
No entanto, se houver perda do implante, perda óssea ou posicionamento incorreto do
implante torna-se difícil manter ou corrigir o tecido mole.
Quando um dente anterior é indicado para extração, durante o procedimento a tábua
óssea vestibular, que é fina, geralmente fica comprometida ou é perdida.
Frequentemente sugere-se o enxerto ósseo ou a colocação de membrana em conjunto
com a inserção do implante. Os enxertos sintéticos colocados ao redor do implante de
titânio produzem osso de qualidade menos densa, o que também é limitado no contato
com o implante. A capacidade desse osso menos denso, ao redor dos implantes, de
suportar cargas parece ser limitada, e estudos em animais indicam que praticamente
85% podem se perder depois da colocação de cargas sobre o implante.36 Uma
explicação pode ser que não existem vasos sanguíneos que provenham do implante. Ao
contrário, isso reduz o número de paredes ósseas do defeito e limita o suprimento
sanguíneo para o enxerto de osso. Consequentemente, o osso é menos propenso a se
formar, e quando se forma é menos denso, apresentando, portanto, maior risco de
reabsorção quando o implante é carregado.
As técnicas para a instalação imediata do implante após a extração incluem o
aumento do comprimento do implante em 2 mm ou mais abaixo da tábua vestibular (que
já está mais apical do que a tábua palatina) e a colocação de fosfato de cálcio (CaPO4),
HA reabsorvível ou osso autólogo para preencher o defeito labial com ou sem a adição
de enxertos de tecidos conjuntivos ou membrana. 33 Quando o implante é aumentado
abaixo da parte óssea vestibular, a plataforma do implante pode ser de 4 mm ou mais
apical para o JCE do dente adjacente, o que não é ideal e aumenta a altura anatômica
da coroa e a profundidade da bolsa, especialmente após a perda de crista óssea
durante o primeiro ano.
A instalação de um implante imediato na região anterior usando um implante redondo
geralmente requer que a osteotomia e a inserção do implante envolvam a parede
lingual do alvéolo e penetrem entre metade e dois terços do local de extração no osso
apical e lingual remanescentes, para obter a estabilidade inicial do implante. Como
resultado da osteotomia e do encaixe do implante no osso apenas no aspecto palatino,
o implante frequentemente fica muito vestibular. Essa abordagem cirúrgica é mais
desafiadora do que preparar a osteotomia em uma densidade óssea homogênea.
Com a técnica de extração do dente e instalação imediata do implante pode haver
um risco aumentado de infecção pós-operatória como consequência das bactérias
associadas à causa da perda do dente, quando não foi feita uma escolha criteriosa do
caso clínico. A presença de exsudato bacteriano diminui o pH, o que provoca
reabsorção do osso enxertado e contaminação do corpo do implante com uma camada
bacteriana, o que, por sua vez, reduz o contato implante/osso.
A reabsorção natural da tábua óssea vestibular não pode ser interrompida pela
inserção do implante, e o contato osso/implante é reduzido quando ocorre o processo
de reabsorção da tábua óssea vestibular.36 Em outras palavras, o processo inicial de
reabsorção óssea após a extração do dente não é reduzido apenas porque um implante
é inserido. Como consequência, um dos principais fatores que inicialmente promoveram
essa técnica não se faz presente. No entanto, o contorno dos tecidos moles pode ser
mantido com a opção de tratamento em que um PME ou coroa provisória dão suporte à
papila interdental e ao contorno de emergência após a extração do dente. Por isso, esta
é uma opção viável de tratamento quando os cinco principais fatores de diagnóstico
de Kois estiverem presentes (Quadro 21-3). Sempre que a técnica de extração e
instalação imediata do implante for considerada, a técnica da extrusão ortodôntica e
inserção do implante oferece muitos benefícios.23
Vantagens
1. Manter o tecido mole ideal
2. Reduzir o número de cirurgias
a. Diminui os custos
b. Diminui o desconforto
3. Diminuir o tempo de tratamento
Desvantagens
1. A perda do implante pode afetar severamente a estética
2. Necessidade de enxerto ósseo
a. Menos contato com o osso implantado
3. Risco de perda óssea
4. Alteração na posição do implante
a. Muito profundo
b. Muito superficial
Fase Protética
Seleção do Pilar
O implante unitário requer um pilar com dispositivo antirrotacional. O recurso de
travamento interno para estabilizar a conexão do pilar da prótese implantada foi
desenvolvido para uma melhor compreensão e aplicação dos parâmetros
biomecânicos, tais como torque, pré-carga, fixação, mecânica de rosca,
micromovimentos e acomodação.40 A busca por uma conexão ideal implante/pilar
parece continuar (Fig. 21-33). Atualmente, um hexágono com uma conexão interna
continua a ser o mais utilizado. Como resultado das específicas limitações anatômicas
do implante unitário, o pilar protético não deve apenas ser projetado com características
antirrotacionais (o que requer um sistema de duas peças), mas também precisa ser
angulado para compensar as inserções do corpo do implante que não estão dentro dos
contornos da restauração final. Isso também requer pelo menos duas peças: o pilar que
engata o hexágono ou o dispositivo antirrotacional e um parafuso de pilar que conecte
o pilar ao corpo do implante.45
Qu a d r o 2 1 - 4 Seleção de Pilares
1. Pré-fabricado
a. De diâmetro igual ou menor do que o implante
b. Borda 1 mm mais larga do que o implante
c. Borda 2 mm mais larga do que o implante
d. Pilar anatômico
e. Pilares angulados (15-30 graus)
2. Customizado
a. Ucla calcinável
b. Casquete usinado/cilindro de plástico
c. CAD-CAM (titânio [liga metálica], cerâmica)
Pilares Pré-fabricados
Pilares de Diâmetro Estreito
Um pilar com o mesmo diâmetro (ou mais estreito) do que o módulo da parte superior
do implante tem várias vantagens:
1. O mesmo tamanho de pilar pode ser utilizado para quase todos os pacientes.
2. O pilar é assentado na plataforma do implante e encaixa o hexágono sem
interferência circunferencial no tecido duro ou mole, o que é benéfico, porque a
ligação pilar-implante pode ficar vários milímetros abaixo dos tecidos.
3. Um preparo mínimo é necessário se o implante não estiver em uma posição ideal (ou
seja, muito perto de um dente ou em posição vestibular).
4. A emergência da coroa é usada para criar o contorno gengival e pode ser
personalizada para a necessidade específica da condição de cada paciente.
5. A margem da coroa pode ser como um gume de faca e ser colocada em qualquer
lugar no pilar.
6. O pilar pode ser utilizado direta e indiretamente nas técnicas de fabricação da coroa.
7. Na técnica indireta (assistida pelo laboratório), uma margem afiada pode ser
aumentada ou reduzida em laboratório após o modelo tecidual ter sido fabricado.
8. O tecido mole abaixo da margem da coroa é mais espesso e menos propenso a
retroceder.
9. O tecido mole é mais espesso, de modo que a linha acinzentada abaixo da coroa fica
menos notável.
O pilar que é semelhante em diâmetro ao corpo do implante (ou mais estreito, como
na troca da plataforma) também tem desvantagens: (1) modificar o contorno de tecido
mole é uma considerável desvantagem. O contorno subgengival só é desenvolvido pela
coroa, que fica cerca de 1,5 mm ou menos abaixo do MGL. Essa dimensão pode ser
inadequada para modificar totalmente o tecido mole. Assim, esse modelo de pilar é
limitado a situações em que os tecidos moles são mais ideais ou quando um espaço
mínimo é uma variável entre o implante e o dente adjacente. (2) O pilar é menos
afunilado porque ele é mais estreito na base. Por isso, é mais difícil modificar a maneira
de inserção da coroa. (3) Existe uma fina parede exterior do pilar, de modo que menos
material é necessário para preparar o afunilamento ou a margem quando um chanfro ou
ombro for preferível. (4) Não há uma regra específica para o laboratório determinar a
localização desejada da margem da coroa, a menos que haja um pequeno chanfro ou
este seja preparado no pilar selecionado.
Pilares de Cerâmica
Os pilares pré-fabricados de cerâmica são geralmente de cor branca (Fig. 21-37). Os
pilares pré-fabricados de cerâmica tornaram-se populares, pois impedem que o metal
que ficaria abaixo da margem da coroa cause uma tonalidade acinzentada da borda da
prótese que pode ser vista através do tecido cervical, quando se trata de um paciente
com biótipo fino (Fig. 21-38). O pilar de cerâmica branca abaixo do tecido mole faz com
que os tecidos aparentem uma cor mais rosada (Fig. 21-39).
FIGURA 21-37 Um pilar pré-fabricado de cerâmica.
Pilares Angulados
O pilar angular pré-fabricado pode ser feito de titânio, de ligas metálicas ou de
cerâmica. Os pontos fracos dos desenhos de pilares angulados pré-fabricados já foram
discutidos anteriormente, e seu uso deve ser limitado a situações em que um implante
vestibular ou angulado impede a restauração sem correção da angulação. Quando o
corpo do implante não tem uma posição favorável, este pilar pode ser a única solução
racional para a restauração do paciente (Fig. 21-40). O pilar angulado é mais eficaz
quando a superfície antirrotacional dentro do corpo do implante é mediovestibularmente
posicionada. Caso contrário, o ângulo do pilar rodará para o centro, tornando mais
difícil o preparo e a restauração ideal.
FIGURA 21-40 O pilar angulado pré-fabricado é fornecido em
várias angulações diferentes, geralmente variando de 15 a 30
graus para fora do eixo.
Pilares Customizados
Os pilares anatômicos ou estéticos personalizados em laboratório viraram tendência.
No passado, um pilar feito por encomenda geralmente era fabricado a partir de uma
moldagem com ucla calcinável, ou com cilindro usinado e casquete de ucla calcinável.
Esse tipo de pilar foi desenvolvido originalmente pela Universidade da Califórnia, Los
Angeles (daí a nomenclatura: pilar UCLA).47 O laboratório faz o enceramento e a
fundição de metal para o desenho do pilar personalizado usando luva de plástico ou
metal.
A principal vantagem do pilar personalizado é que ele é fabricado para a condição
específica de cada paciente. A posição da margem da coroa subgengival e os
contornos podem ser estendidos onde necessário. Outra grande vantagem do pilar
personalizado é que pode ser fabricado, como coroas e pontes, com metal precioso,
para que a região vestibular possa ser coberta com porcelana (da cor do dente, da raiz
ou da gengiva), podendo ser prolongada até a conexão implante-pilar para alcançar
uma melhor estética vestibular15 (Fig. 21-41). A margem vestibular da coroa é fabricada
e desenvolvida no laboratório sobre esse pilar, geralmente sendo adaptada cerca de
1 mm abaixo do nível do tecido. Dessa forma, se a retração tecidual ocorrer a longo
prazo, a margem de metal do pilar não fica visível. Essa é a parte mais benéfica ao se
colocar uma coroa unitária em um paciente jovem, que representa um grande potencial
para a remodelação gengival ao longo do tempo.
FIGURA 21-41 A, Um pilar personalizado anatômico pode ter
contornos para encaixar o implante existente e a gengiva. A
porção da mordida do pilar pode ser em porcelana rosa ou da cor
do dente. B, O pilar personalizado com porcelana subgengival
rosa é colocado na posição. Quando o tecido ficar de uma cor
pálida, os tecidos gengivais serão moldados em uma posição
diferente. Para evitar o encolhimento vestibular, o contorno
vestibular do pilar personalizado deverá ser reduzido quando o
branqueamento não retornar ao normal dentro de 10 minutos. C,
A coroa do implante geralmente tem uma junta de topo de
porcelana para melhorar a estética. D, Um implante de pilar e
coroa in situ.
Pilares CAD-CAM
Os pilares CAD-CAM podem ser customizados e fabricados em praticamente qualquer
material e angulação. Uma técnica laboratorial indireta se faz necessária. O dentista faz
a moldagem do implante (usando uma técnica de moldeira fechada ou aberta) que usa
um transferente de moldagem que emprega a característica antirrotacional do implante.
Depois que o pilar é desenhado pelo computador no laboratório, ele é fabricado com
tecnologia digital e acabado. À medida que a aplicação da tecnologia digital aumentar
na fabricação de próteses sobre implantes, essa abordagem restauradora se tornará
cada vez mais popular.
Em resumo, o dentista possui muitas opções de pilares para restaurar um dente
anterior. Mais frequentemente, quando o corpo do implante foi posicionado de maneira
correta, aplica-se a abordagem direta com um pilar pré-fabricado ligeiramente mais
largo que o corpo do implante. Esse pilar pode ser facilmente modificado quando estiver
largo demais na face vestíbular ou perto demais de um dente adjacente. Quando o
implante é posicionado corretamente, a profundidade vertical de 2 a 3 mm de tecido na
vestíbular quase sempre esconde a cor do pilar metálico abaixo da coroa. Quando o
pilar pré-fabricado de liga de titânio possui a cobertura dourada do nitreto de titânio,
obtém-se um benefício estético subgengival.
Quando o implante fica posicionado de maneira muito coronal e a profundidade do
tecido é mínima ou se há biótipo tecidual fino, o pilar de cerâmica ou o customizado
com cervical cerâmica é beneficial. Esses pilares tornam as áreas subgengivais
favoráveis à estética cervical das restaurações. Quando a papila interdental é achatada
e se deseja aplicar um método protético para elevar a altura da papila, o pilar
customizado também oferece muitos benefícios.
Fase Laboratorial
Técnica Laboratorial
Gengiva Artificial
O método para construir um modelo com gengiva artificial é mais fácil para a técnica
laboratorial indireta. O análogo do implante é adaptado ao pino de moldagem e, se
necessário, será substituído na moldagem (Fig. 21-43, E). Um material macio e flexível
que imita o tecido mole é injetado em torno do conjunto pilar análogo. O gesso é então
vertido no restante da moldagem. Quando separados, o análogo do implante é mantido
firmemente no gesso, com um material macio, flexível que representa o tecido mole em
torno dele. Esse material resiliente pode ser retirado e colocado no modelo de trabalho,
o que pode servir para construir a coroa definitiva e avaliar o perfil de emergência da
mesma (Fig. 21-43, F).
O técnico do laboratório dental pode selecionar um pilar pré-fabricado ou preparar
um pilar semelhante ao realizado pelo dentista na opção 1. No laboratório pode-se
construir um pilar personalizado, normalmente com um componente que é uma
combinação de uma cinta metálica com uma manga de plástico calcinável. O pilar
personalizado também pode ser desenvolvido com a tecnologia CAD-CAM (Fig. 21-43,
G).
Após a personalização do pilar podem ser utilizados dois métodos. No primeiro
constrói-se no laboratório uma restauração provisória, devolvendo-a ao clínico. O
clínico insere o pilar personalizado (ou prepara o pilar) e confirma as margens do
preparo e a adaptação adequada com uma radiografia. O dentista faz a moldagem final
e uma moldagem do contorno subgengival da coroa temporária, que é cimentada
provisoriamente sobre o pilar final. O laboratório, então, faz a coroa definitiva sobre um
modelo de gesso, e uma outra consulta é necessária para a entrega do trabalho.
No segundo método, no laboratório a restauração definitiva sobre o pilar é
terminada. Assim, o clínico pode inserir o pilar e entregar a restauração final em uma
única sessão. Esta opção de tratamento é a mais comum para a técnica laboratorial
indireta (Fig. 21-43, H-J; Quadro 21-6).
O primeiro método é o mais seguro para garantir uma coroa ideal, porque o dentista
pode confirmar o preparo laboratorial e o contorno da prótese provisória antes da
construção da coroa definitiva. O clínico também pode optar por instalar o pilar e a
coroa provisória, esperando por algumas semanas para o condicionamento dos tecidos
moles, antes de fazer a moldagem final. Isso permite que o profissional e o paciente
possam avaliar a aparência do dente e do tecido gengival e, caso necessário, realizar
as modificações necessárias antes da construção da coroa final. Esse método também
permite o carregamento progressivo para implantes em ossos de baixa densidade.
Prótese Final
As próteses sobre implantes são frequentemente metalocerâmicas, fabricadas com
ligas nobres, que são menos propensas à corrosão do metal, especialmente as que
possuem margens subgengivais sobre um implante de metal. Quando a porcelana é
escolhida como material restaurador é preferível que o preparo da margem seja em
ombro. Quando a coroa é construída toda em porcelana uma maior força de impacto
sobre o implante a torna mais suscetível à fratura. Além disso, quando o implante tem
um pilar de metal, uma coroa totalmente cerâmica não apresenta grandes vantagens.
Os contornos da coroa definitiva são ditados pelas características que envolvem os
tecidos duros e moles. O ideal é que no momento em que a coroa definitiva é
construída todos os parâmetros para um desenvolvimento harmonioso de coroa bem
adaptada sejam postos em prática. A coroa deve seguir os critérios normais para um
dente anterior, independentemente do sistema de suporte no osso, implante ou dente
natural. No entanto, na maioria das vezes os contornos subgengivais devem ser
personalizados para melhorar o perfil dos tecidos moles. A espessura do osso no
aspecto vestibular de uma raiz natural é geralmente de 0,5 mm. O implante está a 1 mm
mais para a palatina, na crista do osso alveolar, do que a emergência vestibular das
coroas adjacentes. A restauração definitiva irá compensar o perfil de emergência da
MGL para ser semelhante aos dentes adjacentes (Fig. 21-43, K).
Complicações
As complicações dos implantes unitários anterossuperiores incluem, principalmente,
deficiência das papilas interproximais, afrouxamento do parafuso do pilar e perda da
crista óssea alveolar (com ou sem retração gengival após a entrega da coroa). A
complicação do afrouxamento do parafuso do pilar e a perda da crista óssea foram
abordadas em capítulos anteriores. A complicação abordada neste capítulo está
relacionada com os métodos protéticos para tratar os tecidos moles.
Uma resina composta pode ser utilizada na região interproximal de um dente ao lado
de um implante para modificar sua forma e diminuir o contato interproximal na altura do
tecido. Esse procedimento é mais frequentemente realizado em incisivos laterais e
primeiros pré-molares quando a região cervical é especialmente estreita, em
comparação com a coroa do dente.
O problema da cobertura de tecido mole é primordial na região central vestibular da
coroa. Esta condição pode ser melhorada tornando a coroa do implante côncava abaixo
da margem gengival livre. Quando o paciente tem uma linha alta de sorriso e expõe
parte da margem gengival livre, o dentista pode optar por tornar mais alongada a parte
estética da coroa dos dentes naturais anteriores. É mais fácil elevar a margem gengival
livre para o alongamento estético da coroa sobre os dentes adjacentes do que o
aumento da cobertura por tecido mole sobre a coroa do implante.
A última opção de tratamento para restabelecer o perfil do tecido mole deficiente é
com porcelana rosa. Embora este método seja muitas vezes o tratamento de escolha
quando vários dentes adjacentes são restaurados e o arcabouço gengival está
comprometido, não é a melhor opção de tratamento para uma coroa unitária. É mais
difícil fazer com que a porcelana rosa se assemelhe ao tecido mole circundante
existente dos dentes adjacentes. Quando um sorriso alto mostra a porcelana rosa da
coroa do implante e os olhos podem compará-la diretamente com o tecido natural
circundante, uma discrepância na cor geralmente é vista. A linha entre a gengiva
natural e a porcelana rosa é facilmente observada. O conceito funciona melhor quando
o comprometimento do arcabouço da gengiva não inclui a região interproximal (Fig. 21-
52).
Uma opção para restaurar o tecido mole com porcelana rosa é construir um pilar
personalizado de porcelana rosa e um término marginal para adaptar a coroa. Este
método é mais eficaz quando o aspecto cervical da gengiva está deficiente, em vez da
região da papila interdental (Fig. 21-53).
FIGURA 21-53 A, Um pilar individualizado com porcelana rosa
abaixo da margem da coroa é usado para substituir a ausência
de tecido mole. B, A restauração de compósito no incisivo central
adjacente e a falta de osso interproximal comprometeram a
cobertura de tecido mole na região. Um pilar personalizado com
porcelana rosa tenta melhorar o resultado estético.
Confecção da Prótese
O paciente, na maioria das vezes, vai ao dentista para a primeira consulta protética com
um cicatrizador de perfil baixo adaptado sobre o implante. Nesse encontro preliminar, o
protesista deve verificar se a instalação do implante está dentro dos padrões
aceitáveis, rígido (sem mobilidade) e se está rodeado por tecido mole maduro e
queratinizado (Fig. 21-58). A profundidade de sondagem ao redor do implante deve ser
inferior a 4 mm, e a crista óssea, no exame radiográfico, deve estar no intervalo de
1,5 mm da união pilar-implante.
Procedimentos de Laboratório
O técnico de laboratório insere um análogo do implante no pino de moldagem e reinsere
esse conjunto na moldagem (Fig. 21-65, C e D). Um modelo com gengiva artificial pode
ser feito para indicar o contorno gengival existente (Fig. 21-65, E). Depois de o gesso
ter tomado presa, o técnico de laboratório remove o transferente de moldagem do
análogo do implante e coloca sobre esse análogo um pilar de duas peças (Fig. 21-66).
O registro de mordida ajuda a montar o modelo do arco antagonista.
FIGURA 21-66 O pilar é aparafusado no análogo do implante e
pode ser preparado para receber a coroa.
Direta Indireta
Tempo de cadeira M ais M enos
Custo do laboratório M enos M ais
Componentes M enos M aior número
Passos M enos M ais
Finalização Intraoral Laboratório
M oldagem Tradicional Transferente
Provisório Opcional Nenhum
Carga progressiva Uso provisório Não
Radiografias Sim Sim
Pilar personalizado Não Sim
FIGURA 21-70 A, O local do implante do primeiro molar com um
cicatrizador (PME) para a entrega da coroa definitiva. B, O
cicatrizador é removido e o pilar preparado no laboratório é
adaptado. C, A coroa definitiva é entregue usando a técnica
indireta (laboratório-assistida).
O contato oclusal ao longo de apenas uma das cúspides angulares resulta em uma
carga angular no sistema do implante (Fig. 21-74). A magnitude da força é minimizada
quando o contato angular oclusal não é um contato prematuro, mas sim uma carga
uniforme ao longo de vários dentes ou implantes. No entanto, a carga-limite angular faz
aumentar a força de cisalhamento e tração sem qualquer benefício notável. Por isso,
nenhuma vantagem é adquirida, mas o risco biomecânico é maior (p. ex., aumenta-se o
risco de perda do parafuso do pilar, fratura da porcelana e não permanência da
restauração).
O contato oclusal sobre uma coroa implantada, portanto, idealmente deveria ser
sobre uma superfície reta perpendicular ao corpo do implante. Esta posição de contato
oclusal geralmente é realizada para aumentar a largura da fossa central em 2-3 mm da
coroa de um implante posterior. A cúspide oposta é recontornada para ocluir com a
fossa central da coroa implantada diretamente sobre o corpo do implante (Fig. 21-75).
Em outras palavras, o técnico de laboratório deve identificar o meio do corpo do
implante e, em seguida, fazer uma fossa central de 2 a 3 mm de largura sobre a
posição paralela às curvas de Wilson e Spee (Fig. 21-76). Os contornos bucal e lingual
da coroa podem então ser estabelecidos (redução bucal para a mandíbula e lingual
para a maxila posterior). O dente oposto pode exigir recontorno da cúspide oposta para
ajudar no direcionamento da força oclusal que deve estar ao longo do eixo do corpo do
implante.
O técnico de laboratório muitas vezes tenta fabricar uma coroa sobre implante com
contornos faciais e linguais oclusais semelhantes aos dos dentes naturais. A coroa de
implante posterior deve ter uma largura oclusal reduzida, se comparada com a de um
dente natural, quando fora da zona estética. Uma tábua oclusal favorece os contatos
compensatórios durante a mastigação ou a parafunção. Quanto mais estreito for o
contorno oclusal de uma coroa implantada, mais se reduz o risco de fratura da
porcelana.
Um perfil vestibular a um dente natural sobre um implante de pequeno diâmetro
(p. ex., um implante de 10 mm versus um implante de 4 a 6 mm) resulta em próteses
com cantiléver. Esse contorno da coroa em cantiléver é muitas vezes concebido como
um pôntico em sela de um PPF (Fig. 21-78). A porcelana vestibular na maioria das
vezes não é sustentada por uma subestrutura de metal porque a região gengival da
coroa é também de porcelana. Como resultado, em cúspides bucais na coroa
mandibular ou em cúspides linguais na coroa maxilar as forças de cisalhamento
provocam um maior risco da fratura da porcelana. Esse risco é agravado ainda mais
pela maior força de impacto desenvolvida nos pilares de implantes, se comparados com
as aplicadas aos dentes naturais.
FIGURA 21-78 Um contorno da coroa do implante semelhante
ao dente natural costuma resultar em selas vestibulares na região
cervical.
Conclusão
O corpo do implante deve receber carga na direção axial. Na divisão A do arcoma xilar,
o implante pode ser colocado entre a região da fossa central e a cúspide bucal da
posição dos dentes naturais. A cúspide bucal do dente natural no arco mandibular é a
de oclusão dominante. O contorno palatino da coroa posterior maxilar implantada é
reduzido para eliminar as cargas de compensação. A posição da cúspide bucal maxilar
deve permanecer semelhante à do dente original, para que se observe uma estética
adequada, e deve permanecer fora da oclusão cêntrica e em todos os movimentos
madibulares. Quando ainda ocorre a reabsorção e o arco evolui na parte óssea da
divisão B para C, a cúspide palatina de um dente maxilar pode se tornar a área de
contato primário, direcionada sobre o corpo do implante. A angulação da cúspide
palatina é reduzida, e uma área de contato é criada direcionada ao pilar do implante.
Assim, os contatos oclusais diferem dos de um dente natural.
Enquanto na divisão óssea mandibular A o implante fica localizado sob a fossa
central, na divisão B o implante fica localizado mais perto da cúspide lingual de um
dente natural preexistente. Em outras palavras, os implantes endósseos mandibulares
sempre se posicionam de maneira mais medial do que as cúspides bucais originais dos
dentes naturais. Todos os contatos oclusais estão na fossa central mais larga e
costumam ser mais mediais do que aqueles nos dentes mandibulares naturais.
Resumo
As opções de tratamento para a perda de um único dente incluem a prótese removível,
a restauração com resina, a prótese fixa de três elementos, a prótese em cantiléver, a
não substituição do dente e o implante unitário. No passado, a escolha mais comum
para substituir o dente perdido era a prótese fixa de três elementos. A restauração de
resina foi inicialmente criada para diminuir as dificuldades econômicas dos pacientes,
mas esse método costuma demonstrar maior taxa de complicações e menor taxa de
sobrevida. Esse tipo de prótese é sugerido na área estética, de forma temporária,
quando um enxerto ósseo cicatriza antes da fixação do implante. A prótese dentária
removível tem os níveis mais baixos de durabilidade e o maior risco de perda do dente
pilar. No entanto, a prótese removível ainda representa a modalidade de tratamento
mais fácil em regiões estéticas quando o implante se encontra submerso, na gengiva,
pelo período de cicatrização. A não substituição do dente é a opção que ocorre com
mais frequência para os segundos molares mandibulares, mas essa opção também
pode ser selecionada quando o espaço interno do dente é pequeno e a oclusão
existente previne a movimentação. Hoje, com os avanços dos materiais, do design, da
abordagem cirúrgica e das diretrizes protéticas dos implantes e com a divulgação de
uma taxa de sucesso superior a 97% , a utilização de implantes para substituir um único
dente é muitas vezes o tratamento escolhido. A melhoria da higiene, o menor risco de
cárie nos dentes adjacentes, o menor risco endodôntico, o menor risco de perda do
dente adjacente, a manutenção óssea e a longevidade das próteses favorecem a
realização da restauração através de implante em comparação à prótese fixa de três
elementos.
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CAPÍTULO 22
O edentulismo maxilar posterior parcial ou total é uma das ocorrências mais comuns
na odontologia. Sete por cento da população adulta dos Estados Unidos (12 milhões de
pessoas) possui ausência de todos os dentes superiores e apresenta pelo menos
alguns dentes inferiores — uma condição que ocorre com frequência 35 vezes maior do
que o edentulismo mandibular completo em oposição a uma maxila com dentes.1,2 A
taxa de edentulismo total da população adulta é de 10,5% . Portanto, 30 milhões de
pessoas nos Estados Unidos, 17,5% da população adulta, apresentam ausência de
todos os dentes superiores. Além disso, 20 a 30% da população adulta parcialmente
edentada acima de 45 anos de idade apresenta ausência de dentes superiores
posteriores em um quadrante, e 15% desse grupo etário apresenta ausência da
dentição superior em ambas as regiões posteriores.2 Em outras palavras,
aproximadamente 40% dos pacientes adultos apresentam ausência de pelo menos
alguns dentes superiores posteriores. Portanto, a região posterior da maxila é uma das
áreas mais comumente envolvidas em um plano de tratamento com implantes para
suportar uma prótese fixa ou removível.
A região maxilar posterior edentada apresenta diversas condições únicas e
desafiadoras na implantodontia. Contudo, as modalidades de tratamento existentes
tornam os procedimentos nessa região tão previsíveis quanto em qualquer outra região
intraoral. Os métodos cirúrgicos mais notáveis incluem enxertos sinusais para aumentar
a altura óssea disponível, enxertos onlay para aumentar a espessura óssea, e
abordagens cirúrgicas modificadas para instalação de implantes em regiões de baixa
densidade óssea.3 Este capítulo aborda os conceitos específicos do plano de
tratamento para as regiões maxilares posteriores parcial ou completamente edentadas.
Espessura Óssea
A maxila dentada posterior apresenta uma lâmina cortical mais estreita no lado
vestibular comparada à mandíbula. Além disso, o osso trabecular na região posterior da
maxila é mais fino do que em outras regiões dentadas (Fig. 22-1). A perda dos dentes
superiores posteriores resulta em uma diminuição inicial na espessura óssea às custas
da cortical óssea vestibular. A espessura da maxila posterior diminui mais rapidamente
do que em qualquer outra região dos maxilares.4 O fenômeno de reabsorção é
acelerado pela perda de vascularização do osso alveolar e o tipo de osso trabecular
fino existente. Entretanto, como o rebordo residual inicial é muito espesso na região
posterior da maxila, mesmo com uma diminuição de 60% na largura do rebordo,
geralmente podem ser instalados implantes de forma radicular de diâmetro adequado.
FIGURA 22-1 A maxila posterior dentada possui uma lâmina
cortical fina e osso trabecular mais delgado comparada à
mandíbula.
Altura Óssea
As condições anatômicas locais dos rebordos alveolares edentados na região posterior
da maxila podem ser desfavoráveis à instalação de implantes. A altura óssea alveolar
disponível é perdida na maxila posterior como resultado de doença periodontal antes da
perda dentária. As regiões dos molares superiores frequentemente apresentam
envolvimento de furca distal porque a furca encontra-se diretamente sob o contato
distal e não apresenta acesso vestibular ou palatino para higienização. A furca também
é mais estreita do que muitas curetas odontológicas, tornando difícil a eliminação de
cálculos após sua formação. Como resultado, a doença periodontal é comum e está
associada à perda de altura óssea antes da perda dentária.
Embora o seio maxilar mantenha seu tamanho enquanto os dentes estão presentes,
o fenômeno da expansão do seio maxilar ocorre com a perda dos dentes posteriores9
(Fig. 22-7). O antro se expande em ambas as dimensões inferior e lateral. Essa
expansão pode até invadir a região da eminência canina e atingir a abertura piriforme
do nariz. Ele também se expande em direção à crista do rebordo edentado,
frequentemente até que somente uma fina lâmina de osso cortical separe o antro da
crista do rebordo residual (Fig. 22-8). A expansão do seio é mais rápida do que as
alterações na altura da crista óssea. A dimensão da altura óssea disponível da região
posterior da maxila é bastante reduzida como resultado da reabsorção da crista do
rebordo e da pneumatização do seio após a perda dos dentes. Como resultado da
expansão inferior do seio, a quantidade de osso disponível na maxila posterior diminui
acentuadamente em altura. Como consequência, é necessário o conhecimento do seio
maxilar e do enxerto ósseo do assoalho sinusal para desenvolver um plano de
tratamento ideal.
Tamanho do Implante
Os planos de tratamento com implantes devem tentar simular as condições encontradas
com os dentes naturais na região posterior da maxila. Como as tensões ocorrem
principalmente na região da crista em osso de boa qualidade, devem ser
implementados desenhos biomecânicos dos implantes para minimizar seus efeitos
nocivos.15 O diâmetro do implante é um método eficaz de aumentar a área de
superfície na região da crista.16 Idealmente, os implantes da divisão B (mais estreitos)
não são usados na maxila posterior. Em vez disso, são sugeridos implantes de pelo
menos 4 mm de diâmetro e os implantes de 5 a 6 mm são desejáveis na região de
molar.
O comprimento do implante está diretamente relacionado a largura e desenho do
implante, quantidade de forças e densidade óssea. Como o sucesso do implante após
função é reduzido em implantes de 10 mm ou mais curtos, é lógico planejar implantes
mais longos nessa região. Em geral, implantes rosqueados de forma radicular de 4 mm
de diâmetro devem ter no mínimo 12 mm de comprimento quando a densidade óssea é
precária (D3). Isso usualmente fornece um contato osso-implante adequado para
dissipar as cargas aplicadas sobre a prótese. Quando a densidade óssea é muito
precária (D4), são sugeridos implantes de 5 mm de diâmetro (ou dois implantes por
dente) e também com pelo menos 12 mm de comprimento.
Número de Implantes
Número-chave de Implantes
As posições-chave dos implantes para a região posterior da maxila estão
principalmente relacionadas à (1) ausência de cantiléver, (2) à ausência de três
pônticos adjacentes e (3) à regra do primeiro molar. As posições-chave dos implantes
são determinadas antes da avaliação do osso disponível. Logo, quando o segundo pré-
molar, o primeiro e o segundo molares estão ausentes, três posições-chave dos
implantes são necessárias: o primeiro pré-molar e o segundo molar (regra 1), e o
primeiro molar (regra 3). Quando o primeiro e o segundo pré-molares e o primeiro molar
estão ausentes, as posições-chave dos implantes são o primeiro pré-molar e o primeiro
molar (regras 1 e 3).
Um plano comum de tratamento é instalar um primeiro molar em cantiléver a partir de
dois ou mais implantes instalados na região dos pré-molares. Como afirmado
previamente, a região do primeiro molar possui duas vezes a força de mordida da
região do pré-molar. Como resultado, um molar com uma área de superfície 2,4 vezes
maior é instalado naquela região. Quando um cantiléver substitui um molar, a força
oclusal maior é então multiplicada aos implantes anteriores. Os riscos de próteses não
cimentadas, o afrouxamento do parafuso, a perda óssea na crista e o insucesso do
implante são aumentados (Fig. 22-13). A regra “sem cantiléver” para próteses fixas
deve ser aplicada especialmente às regiões dos molares.
FIGURA 22-13 Um plano de tratamento comum para evitar o
seio maxilar é instalar dois implantes na região de pré-molares e
um cantiléver no primeiro molar. A perda óssea nesses dois
implantes é um dos grandes riscos desta opção de tratamento.
Implantes Adicionais
Implantes adicionais são usados quando a densidade óssea é precária ou quando os
fatores de força do paciente são grandes. Por exemplo, quando a densidade do osso é
D4 ou o paciente é um homem que tem bruxismo, um implante adicional é necessário. O
número de implantes é um excelente método de diminuir a tensão na crista. Como regra
geral nessa área, é geralmente usado um implante para cada dente ausente (Fig. 22-
14). Se os fatores de tensão são amplificados ou o diâmetro ideal do implante é
reduzido, são sugeridos dois implantes para cada molar ausente. Os implantes devem
ser sempre unidos para reduzir a tensão sobre o osso, reduzir o afrouxamento do
parafuso do pilar e aumentar a retenção da prótese. Em geral, mais implantes são
indicados na maxila em comparação à mandíbula (Fig. 22-15).
FIGURA 22-14 Quando a densidade óssea é baixa ou os fatores
de força do paciente são moderados a altos, geralmente é
indicado um implante para cada dente perdido.
FIGURA 22-15 A, Próteses fixais totais superior e inferior. B,
Uma radiografia panorâmica das próteses fixas superiores e
inferiores. Mais implantes são frequentemente indicados na
maxila em comparação à mandíbula.
Desenho do Implante
O desenho do implante pode aumentar a área de superfície de suporte. Um implante
rosqueado apresenta uma área de superfície 30 a 200% maior quando comparado a
um implante cilíndrico de mesmo tamanho. Embora seja de instalação mais difícil, o
implante rosqueado em osso de menor densidade é altamente recomendado. Os
aspectos biomecânicos dos desenhos das roscas também afetam o aumento total da
área de superfície (ou seja, inclinação, forma e profundidade das roscas).17
Foi mostrado que as condições de rugosidade de superfície ou a cobertura de
hidroxiapatita no implante aumentam a taxa de adaptação óssea dos implantes e
fornecem maior estabilidade inicial. Além disso, aumentam a superfície de contato
ósseo e a quantidade de osso lamelar, e fornecem uma força relativamente maior do
osso coronal ao redor dos implantes de superfície rugosa quando comparados a
implantes de titânio usinados ou de superfície lisa.18,19 Portanto, são sugeridos
jateamentos ou rugosidades das superfícies em densidades ósseas comprometidas do
tipo D3 ou D4 (Fig. 22-16).
Histórico do Tratamento
Revisão da Literatura
Ao longo dos anos, várias estratégias têm sido preconizadas para restaurar a região
posterior da maxila e são endereçadas à deficiência de volume e à baixa qualidade
óssea. As diversas abordagens podem ser divididas da seguinte forma:
• Evitar o seio e posicionar os implantes anterior, posterior ou medialmente.20-22
• Instalar os implantes e perfurar o assoalho sinusal.23,24
• Utilizar implantes subperiosteais.25,26
• Realizar osteotomia horizontal, enxerto ósseo interposicional e implantes
endósseos.27,28
• Levantar o assoalho sinusal durante a instalação do implante.29,30
• Realizar enxerto por meio de abordagem pela parede lateral do seio com instalação
simultânea ou tardia do implante.29,30
No passado, os implantes eram instalados na maxila posterior sem modificação da
topografia do seio maxilar. Implantes curtos eram frequentemente instalados abaixo do
antro. A área de superfície diminuída, juntamente com a baixa qualidade óssea,
resultava em baixa estabilidade do implante. As tentativas de se instalar implantes
endósseos maiores posteriormente ao antro e dentro da tuberosidade e lâminas
pterigoides também resultaram em situações comprometidas. Além disso, embora viável
sob o ponto de vista cirúrgico, raramente são indicados pilares para os terceiros ou
quartos molares para suporte protético apropriado. A abordagem do implante pterigoide
frequentemente requer três ou mais pônticos entre os implantes anteriores e
posteriores. O espaço longo entre os pônticos resulta em flexibilidade excessiva da
prótese, risco aumentado de próteses sem retenção, tensão excessiva dos pilares e
risco aumentado de insucesso do implante.
O osso fino, poroso e compacto frequentemente presente na crista do rebordo e na
face lateral da maxila serve como uma fundação fraca para implantes subperiosteais. A
ausência de altura óssea adequada geralmente resulta no deslocamento lateral do
implante subperiosteal, para fora do rebordo ósseo, devido às forças oclusais e
parafuncionais.
No final dos anos 1960, Linkow relatou que o implante laminado poderia ser rombo e
a membrana do seio maxilar poderia ser levemente elevada para permitir a colocação
do implante “dentro” do seio na maxila posterior.31 Essa técnica requisitava a
existência de pelo menos 7 mm de altura óssea vertical abaixo do antro. Geiger e Pesch
relataram que os implantes cerâmicos colocados através do assoalho do seio maxilar
poderiam cicatrizar e estabilizar sem complicação.23 Brånemark et al. demonstraram
que implantes podem ser colocados dentro do seio maxilar sem consequências se a
integração ocorrer entre os implantes e o osso abaixo do seio. Ele também relatou um
maior índice de perda (70% de sucesso em 5 a 10 anos) com essa técnica.24 Para
resultados previsíveis a longo prazo, foi clinicamente determinada a necessidade de
uma altura óssea de pelo menos 10 mm para osso D3 na maxila posterior quando o
diâmetro do implante for de 4 mm ou mais. Como a maxila posterior frequentemente
apresenta osso D3 ou D4, os implantes de formato tradicional deveriam apresentar uma
altura ainda maior.
Ashkinazy e outros relataram o uso de tomografias computadorizadas para
determinar se existe osso adequado na face palatina do seio maxilar para implantes
agulhados.22 Contudo, Stoler afirmou que, após 25 exames consecutivos de
tomografias computadorizadas da maxila, não foi encontrado osso adequado para
suporte de implante na face medial do seio.32 Dessa forma, parece que, se houver
osso suficiente medialmente ao seio, trata-se de uma rara exceção.
No início dos anos 1970, Tatum introduziu o levantamento da maxila posterior com
osso autógeno de costela em bloco para produzir osso vertical adequado para suporte
de implante.29,30 Ele observou que enxertos onlay abaixo da crista alveolar existente
diminuiriam de maneira significativa a altura intradental posterior, ainda que muito
pouco osso para implantes endósseos pudesse ser obtido. Portanto, em 1974, Tatum
desenvolveu um procedimento de Caldwell-Luc modificado para levantamento da
membrana sinusal e elevação subantral (SA).29,30 A crista do rebordo da maxila foi
fraturada para dentro e utilizada para elevar a membrana do assoalho do seio maxilar.
O osso autógeno foi então adicionado na área previamente ocupada pelo terço inferior
do seio. Os implantes endósseos foram instalados nesse osso enxertado após
aproximadamente 6 meses. Então, foi colocada carga sobre a prótese final sobre os
implantes após mais 6 meses.
Em 1975, Tatum desenvolveu uma técnica cirúrgica de abordagem lateral que
permitia o levantamento da membrana sinusal e a instalação de implante no mesmo
tempo cirúrgico.29,30 O sistema utilizado foi um implante cerâmico de uma peça, e foi
necessário um pilar transmucoso durante o período de cicatrização. Os primeiros
implantes cerâmicos não tinham o formato adequado para esse procedimento e os
resultados com essa técnica eram imprevisíveis. Em 1981, Tatum desenvolveu um
implante de titânio submerso para uso na região posterior da maxila.33,34 As
vantagens da cicatrização submersa, o uso do titânio em vez de óxido de alumínio
como biomaterial, uma melhor biomecânica e uma melhor técnica cirúrgica tornaram
essa modalidade de implante previsível.
De 1974 a 1979, o principal material de enxerto para o procedimento de enxerto
sinusal era o osso autógeno. Em 1980, a aplicação das técnicas de levantamento de
seio com abordagem lateral foi expandida por Tatum com o uso de osso sintético. No
mesmo ano, Boyne e James relataram o uso de osso autógeno para enxertos
subantrais.35 A maioria dos dados publicados nos anos 1980 era empírica ou baseada
em amostras muito pequenas.
Em 1987, o autor realizou uma abordagem de tratamento para a região posterior da
maxila baseada na quantidade de osso abaixo do antro; e, em 1989, ele expandiu este
procedimento para incluir a espessura óssea disponível do seio maxilar relacionada à
abordagem cirúrgica e à forma do implante.36 Desde então, também têm sido propostas
pequenas modificações nos materiais de enxerto ou na abordagem cirúrgica.
Nos anos 1990, desenvolveu-se um interesse muito maior pela técnica de enxerto
sinusal.37 Diversos relatos surgiram na literatura descrevendo as pequenas alterações
na técnica, os diferentes materiais utilizados nos enxertos, as diferentes origens para a
porção autógena do enxerto, os dados histomorfométricos relativos à cicatrização do
enxerto, assim como os outros estudos retrospectivos relacionados aos índices de
sobrevida de implantes instalados em seios enxertados com a abordagem simultânea
ou tardia.38-62
Os resultados em longo prazo foram relatados por Tatum como sendo acima de
95% , tendo sido realizados mais de 1.500 levantamentos de seio.63 Logo, o
procedimento de enxerto sinusal tem sido o método mais previsível de se criar altura
óssea de 5 a 20 mm quando comparado com qualquer outra técnica intraoral de enxerto
ósseo, com um índice de sucesso do enxerto e um índice de sobrevida do implante
acima de 95% . Após a altura óssea vertical ser melhorada, número, tamanho e
localização ideais dos implantes podem ser usados para restaurar previsivelmente a
região posterior da maxila.
Em 1995, Misch modificou sua classificação de 1987 para incluir a dimensão lateral
da cavidade sinusal, e essa dimensão foi usada para modificar o protocolo do período
de cicatrização, visto que os seios de largura menor (0 a 10 mm) formam osso mais
rapidamente do que os mais largos (>15 mm).65 Outras classificações do procedimento
de enxerto sinusal foram propostas por Jensen em 199166 e Chiapasco em 2003.67,68
Os pacientes com volume ósseo mais estreito (divisão B) podem ser tratados com
osteoplastia ou enxerto para aumentar a espessura do osso. A instalação de implantes
com menor área de superfície não é sugerida porque as forças são maiores nas regiões
posteriores da boca e a densidade óssea é menor do que a da maioria das regiões.
Além disso, o rebordo estreito frequentemente é mais medial do que a fossa central dos
dentes inferiores e resulta em um deslocamento da carga sobre a restauração,
aumentando a tensão sobre o osso.
A osteoplastia na maxila posterior do tipo SA-1 pode alterar a categoria SA se a altura
do osso remanescente for menor do que 12 mm depois de concluída a modificação
óssea. Aumentos de espessura podem ser conseguidos por meio de expansão óssea e
enxertos autógenos onlay ou aposicional. Os implantes de diâmetros maiores são
frequentemente necessários na região dos molares, e a expansão óssea para a
instalação de implantes mais largos é a abordagem mais comum quando a densidade
óssea é baixa. Se houver menos do que 2,5 mm de espessura disponível na região
posterior edentada (divisão C−w), a opção de tratamento mais previsível é aumentar a
largura com enxertos ósseos autógenos onlay.69 Após a maturação do enxerto, a área
é então reavaliada para se determinar a classificação apropriada do plano de
tratamento.
Embora na implantodontia exista o conceito básico de se permanecer 2 mm ou mais
a partir da referência oposta, isso não é indicado na região subantral. Contanto que o
antro esteja saudável e os instrumentos não perfurem a fina mucosa que reveste o
assoalho sinusal, não existem contraindicações para a preparação ou instalação de
implantes no nível ou até mesmo através da lâmina cortical do assoalho do seio.
Os implantes endósseos na categoria SA-1 devem ter um período de cicatrização em
ambiente não funcional por aproximadamente 4 a 8 meses (dependendo da densidade
óssea) antes da colocação dos pilares para reconstrução protética. Deve-se ter o
cuidado de se assegurar que os implantes não estejam sendo traumatizados durante o
período inicial de cicatrização. Sugere-se carga progressiva durante as fases protéticas
do tratamento no osso D3 ou D4.
1. A taxa de cicatrização do enxerto sinusal pode ser avaliada após a cicatrização inicial
durante a osteotomia e instalação do implante. O período de cicatrização do seio e
do implante já não é mais arbitrário, e sim específico de cada paciente.
2. A infecção sinusal pós-operatória do enxerto ocorre em aproximadamente 3 a 20%
dos pacientes, o que é maior do que a porcentagem da cirurgia de instalação do
implante. Se o enxerto sinusal tornar-se infectado com um implante em posição, uma
camada de esfregaço bacteriano pode se desenvolver no implante e tornar o futuro
contato do osso com o implante menos previsível. A infecção também é mais difícil
de tratar quando os implantes estão em posição e pode resultar em uma maior
reabsorção do enxerto. Se a infecção não puder ser adequadamente tratada, o
enxerto e o implante devem ser removidos. Há também uma diminuição do risco de
perda do enxerto e do implante se uma infecção pós-operatória ocorrer no caso de
instalação tardia do implante. Os relatos na literatura de fato indicam um índice de
insucesso levemente maior dos implantes instalados simultaneamente quando
comparados com a abordagem tardia.37
3. São necessários vasos sanguíneos para formar e remodelar o osso. Um implante no
meio do enxerto sinusal não fornece uma fonte de vasos sanguíneos. Ele pode até
tornar o suprimento sanguíneo mais problemático.
4. O aumento da espessura óssea pode ser indicado em conjunto com enxertos
sinusais para restaurar as relações maxilomandibulares do rebordo ou aumentar o
diâmetro do implante na região molar. Esse aumento pode ser realizado
simultaneamente com o enxerto sinusal. Como resultado, implantes de maior
diâmetro podem ser instalados com a técnica tardia.
5. O osso no enxerto sinusal é mais denso com a instalação tardia do implante. Dessa
forma, a angulação e a posição do implante podem ser melhoradas porque não são
determinadas pelas limitações anatômicas existentes no momento do enxerto
sinusal.
6. O dentista pode avaliar o enxerto sinusal antes da instalação do implante. Nesse
caso, a insuficiência do enxerto sinusal ou o desconhecimento da condição durante
a instalação simultânea do implante resultam no posicionamento do implante dentro
do seio em vez de no sítio do enxerto (Fig. 22-29).
FIGURA 22-29 As imagens de tomografia computadorizada (TC)
podem ser usadas após o enxerto sinusal (SA-4) antes da
instalação do implante para verificar a localização apropriada do
enxerto. (A parede medial foi elevada para permitir a colocação
apropriada do material de enxerto ósseo.) Essa imagem de TC
ilustra a diferença na altura óssea entre o sítio SA-4 antes e
depois do enxerto. (Cortesia de S. Caldwell, El Paso, Texas.)
Resumo
No passado, a região posterior da maxila era relatada como sendo a área menos
previsível para a sobrevida do implante. As causas citadas incluíam altura óssea
inadequada, pouca densidade óssea e grandes forças oclusais. As modalidades
prévias tentavam evitar essa região com abordagens tais como cantiléveres excessivos,
quando implantes posteriores não eram instalados, ou número excessivo de pônticos,
quando os implantes eram instalados posteriormente ao seio.
O seio maxilar pode ser elevado e o osso subantral, regenerado para melhorar a
altura do implante. Tatum começou a desenvolver essas técnicas em meados dos anos
1970. Misch desenvolveu quatro opções de tratamento da maxila posterior em 1987
baseado na altura do osso entre o assoalho do antro e a crista do osso residual
(Tabela 22-1). Essas opções foram posteriormente modificadas para considerar a
espessura de osso disponível após obtenção da altura adequada. Os implantes de
forma radicular são indicados nestas condições. Quando a anatomia do rebordo é muito
estreita para essa forma de implante, esses rebordos podem ser tratados por meio de
osteoplastia ou com enxertos autógenos. As forças maiores e o osso menos denso
frequentemente requerem implantes de largo diâmetro.
Tabela 22-1
Períodos de Cicatrização para as Categorias de Tratamento
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CAPÍTULO 23
Embora o custo inicial do tratamento possa ser menor para uma sobredentadura
implantossuportada, os pacientes muitas vezes apresentam maiores despesas a longo
prazo do que aqueles com restaurações fixas. Componentes (como O-rings ou clipes)
gastam-se regularmente e devem ser substituídos. Substituições aparecem mais
frequentemente durante o primeiro ano, mas continuam a ser uma etapa de
manutenção necessária.18,21,35,69-76 Em um estudo realizado por Bilhan et al. em 59
pacientes, dois terços daqueles com sobredentaduras tiveram complicações protéticas
no primeiro ano.77 Por exemplo, consertos foram necessários em 16% , perda de
retenção em 10,2% , fratura da sobredentadura em 8,5% , pontos de pressão em 8,5% ,
deslocamento do componente em 6,8% e afrouxamento de parafusos em 3,4% .
Dentes artificiais se desgastam mais rapidamente em uma sobredentadura do que
com uma prótese tradicional, porque a força de mordida e a dinâmica da mastigação
são melhoradas. Quando uma nova prótese total é realizada, muitas vezes incrementos
no período de 5 a 7 anos são necessários em razão de desgaste dos dentes da prótese
e alterações no suporte de tecido mole. Portanto, a educação do paciente sobre a
necessidade de manutenção a longo prazo deve ser definida no início da terapia com
implantes.57
Um efeito colateral de uma sobredentadura mandibular é a impacção alimentar. As
flanges da prótese não se estendem até o assoalho da boca na posição de repouso
(para eliminar mazelas causadas pela elevação do assoalho da boca durante a
deglutição). No entanto, durante a alimentação, as partículas de alimentos migram sob
a prótese durante a deglutição. Uma condição semelhante é encontrada com uma
prótese total convencional. No entanto, por causa da menor estabilidade, a prótese fica
“flutuando” durante a função e a comida passa mais facilmente por baixo. Em uma
sobredentadura implantossuportada, ocorre a retenção de restos de alimentos contra
implantes, barras e componentes (Quadro 23-3).
Revisão da Literatura
O conceito de sobredentaduras implantossuportadas mandibulares tem sido usado por
muitos anos. Relatos de sucesso foram publicados originalmente com implantes
subperiosteais mandibulares ou com implantes imediatamente carregados e
estabilizados na mandíbula anterior há mais de 4 décadas.1,2
Em 1986, um estudo multicêntrico relatou 1.739 implantes instalados na sínfise
mandibular de 484 pacientes.2 Esses implantes foram carregados imediatamente e
restaurados com sobredentaduras usando barras e clipes como retenção. A taxa final
de sucesso do implante foi de 94% . Engquist et al.3 relataram perda de 6 a 7% de
implantes para sobredentaduras implantossuportadas mandibulares. et al. Em um
estudo prospectivo e multicêntrico de 5 anos, Jemt et al.4 apresentaram os resultados
de 30 maxilas (117 implantes Brånemark) e 103 mandíbulas com 393 implantes. As
taxas de sobrevivência na mandíbula foram de 94,5% para os implantes e 100% para
as próteses.4 Attard e Zarb acompanharam usuários de sobredentaduras
implantossuportadas por 20 anos com uma taxa de sucesso de 84% e 87% para
próteses e implantes, respectivamente.35
Uma revisão da literatura dos implantes realizada por Goodacre et al. em 2003
relatou sobredentaduras implantossuportadas mandibulares com taxas de
sobrevivência de implantes mais altas em comparação a qualquer outro tipo de prótese
sobre implantes.78 Em uma avaliação de 6,5 anos envolvendo 64 pacientes e 218
implantes de titânio com superfícies de plasma pulverizado, Wismeijer et al.5
observaram uma sobrevida de 97% dos implantes que estavam apoiando
sobredentaduras. Naert et al.15 relataram 100% de sucesso dos implantes em 5 anos
para sobredentaduras mandibulares com diferentes sistemas de ancoragem. Na
Bélgica, Naert et al. apresentaram 207 pacientes tratados consecutivamente com 449
implantes Brånemark e Dolder-bar em sobredentaduras mandibulares. Neste estudo, a
taxa de perda acumulada de implantes foi apenas de 3% referente a 10 anos.9,10 Da
mesma forma, Hutton et al.12 relataram taxas de sobrevivência de 97% para implantes
em sobredentaduras mandibulares.
Misch13 descreveu menos de 1% de perda de implantes e nenhuma falha de
prótese ao longo de um período de 7 anos de 147 sobredentaduras mandibulares
implantossuportadas ao usar as opções de tratamento organizadas e as diretrizes
protéticas apresentadas neste capítulo. Em um estudo com 266 sobredentaduras
implantossuportadas mandibulares de 51 pacientes, Kline et al. relataram taxa de
sobrevida de 99,6% dos implantes e 100% das próteses.79 Em um estudo com
sobredentaduras implantossuportadas na mandíbula apoiadas em dois implantes,
Mericke-Stern et al. relataram taxa de 95% de sobrevida. Em um estudo de 10 anos de
sobredentaduras implantossuportadas em Israel, com 285 implantes e 69
sobredentaduras, Schwartz-Arad et al. descreveram 96,1% , de sobrevida dos implantes
com maiores taxas de sucesso na mandíbula.42
Em suma, foram publicados ao longo das últimas duas décadas muitos estudos
concluindo que sobredentaduras implantossuportadas mandibulares representam uma
opção previsível para usuários de prótese total.
Movimento da Sobredentadura
Para desenvolver um plano de tratamento para uma sobredentadura
implantossuportada mandibular, a prótese final deve ser determinada com a necessária
retenção, o suporte e a estabilidade. A retenção da prótese está relacionada com a
força vertical necessária para o seu deslocamento. O suporte está relacionado com a
quantidade de movimento vertical da prótese sobre o tecido. A estabilidade de uma
prótese é avaliada com forças aplicadas horizontalmente ou no cantiléver da prótese. A
quantidade de retenção está associada ao número e tipo de componentes de
sobredentadura. A estabilidade de uma sobredentadura implantossuportada está mais
relacionada à posição dos implantes (a barra), e o suporte associa-se essencialmente
ao número de implantes e ao desenho da barra com extensão posterior. Reclamações
de pacientes, necessidades anatômicas, desejos e compromisso financeiro determinam
a quantidade de implantes, retenção e estabilidade necessárias para enfrentar essas
condições de maneira previsível. Como diferentes condições anatômicas dos pacientes
e fatores de força influenciam o resultado de uma sobredentadura, nem todas as
próteses devem ser tratadas da mesma maneira. Em outras palavras, uma prótese total
apoiada em dois implantes não deve ser o único plano de tratamento oferecido a um
paciente. Deve-se ressaltar que as sobredentaduras mandibulares devem ser
planejadas para, eventualmente, resultar em uma prótese PR-4, como anteriormente
discutido.
As complicações mais comuns encontradas com sobredentaduras
implantossuportadas mandibulares estão relacionadas a próteses e uma compreensão
dos fatores de retenção, suporte e estabilidade das mesmas. Por exemplo, quando uma
prótese fixa é fabricada sobre implantes, é rígida e cantiléveres ou deslocamento de
cargas são claramente identificados. Raramente o profissional realiza no arco inteiro
uma prótese fixa apoiada em três implantes, especialmente com cantiléveres
excessivos por causa do posicionamento dos implantes. No entanto, três implantes
anteriores com uma barra de ligação podem apoiar completamente uma
sobredentadura, unicamente por causa do desenho ou localização dos componentes. O
profissional acredita que a sobredentadura apoiada em três implantes tem menos
apoio, mas muitas vezes não percebe se a sobredentadura que não se move durante a
função é realmente uma prótese fixa. Portanto, uma sobredentadura sem movimento
deve ser apoiada pelo mesmo número, posição e desenho de implantes como em uma
prótese fixa.
Muitos componentes de precisão com diferentes amplitudes de movimento são
usados em sobredentaduras implantossuportadas. O movimento pode ocorrer em zero
(rígida) a até seis direções ou planos: oclusal, gengival, facial, lingual, mesial e distal.
Um componente de fixação do tipo 2 move-se em dois planos e um componente do tipo
4, em quatro planos. Uma sobredentadura implantossuportada também pode ter uma
gama de movimentos durante a função. Deve entender-se que o movimento resultante
durante a função pode ser completamente diferente do oferecido por componentes
independentes e pode variar de zero a seis direções, dependendo da posição e do
número de dispositivos, mesmo quando se utiliza o mesmo tipo de componente. Por
exemplo, um O-ring adicional pode permitir seis direções do movimento. No entanto,
quando quatro O-rings são colocados em uma barra, o movimento da prótese durante a
função ou parafunção pode ser considerado zero (Fig. 23-12). Portanto, o componente
de acoplamento e de movimento são independentes um do outro e devem ser avaliados
como tal. Um item importante para o plano de tratamento de sobredentadura é
considerar o quanto de movimento da prótese o paciente pode tolerar.
FIGURA 23-12 O movimento das sobredentaduras é muitas
vezes diferente do dos componentes. Nesta barra da
sobredentadura PR-4, O-rings (movimento do componente classe
6) e clipe de Hader (movimento do componente classe 2)
suportam uma prótese total rígida. O movimento da prótese é PM-
0.
Movimento da Prótese
O dentista determina a quantidade de MP que o paciente deseja ou que a anatomia
pode tolerar. Se a prótese é rígida, quando no lugar, mas pode ser removida, o MP é
chamado de MP-0, independentemente dos componentes colocados. Por exemplo, O-
rings podem fornecer movimento em seis direções diferentes. Mas se quatro O-rings
são colocados ao longo de uma barra de um arco completo e a prótese repousa sobre
a barra, a situação pode resultar em MP-0. Uma dobradiça permite o movimento da
prótese em dois planos (MP-2) e, na maioria das vezes, se faz de uma dobradiça como
componente. Por exemplo, a barra Dolder, sem um espaçador, ou o sistema de barra
Hader e clipe são os componentes do tipo dobradiça mais comumente usados. Uma
barra Dolder tem formato oval, em seção transversal, e uma barra Hader é
arredondada. Um clipe de fixação pode rodar diretamente na barra Dolder. Uma barra
Hader é mais flexível porque barras arredondadas flexionam à quarta potência, em
relação a distância e outras formas de barras que flexionam à terceira potência (ao
cubo). Assim, muitas vezes, é colocada uma porção vertical no lado da barra Hader
para limitar a flexão do metal; esta situação pode contribuir para que os clipes fiquem
sem retenção ou ocorra uma fratura da barra. A secção transversal da barra Hader, que
confere a resistência do sistema em comparação com os ganhos de um desenho em
barra arredondada, também limita a amplitude de rotação do grampo (e da prótese) em
torno do fulcro de 20 graus, transformando a prótese e a barra em um conjunto mais
rígido (Fig. 23-13). Portanto, o sistema de barra Hader e clipe pode ser utilizado para
um MP-2 quando os formatos do rebordo posterior são favoráveis e tecidos moles são
firmes o suficiente para limitar a rotação da prótese.
FIGURA 23-13 Uma sobredentadura implantossuportada com
um clipe de Hader pode rodar 20 graus em torno da barra quando
esta é posicionada perpendicularmente à linha média da
mandíbula.
Para que esses sistemas funcionem, a dobradiça deve estar perpendicular ao eixo
de rotação da prótese, de modo que o MP também será em dois planos (i.e., MP-2). Se
as barras Hader ou Dolder estiverem em ângulo ou paralelas ao sentido de rotação
pretendido, a prótese fica mais rígida e pode assemelhar-se a um sistema de MP-0
(Fig. 23-14). Como consequência, o sistema pode ficar sobrecarregado e causar
complicações como afrouxamento dos parafusos, perda de crista óssea e, inclusive,
perda de um ou mais implantes. O sistema de barra Hader e clipe é uma inserção ideal
de perfil baixo para uma prótese PR-4, com PM-0. Normalmente, esses clipes são
colocados na barra em planos diferentes ao longo do arco.
FIGURA 23-14 Barra Hader e clipe é um sistema de fixação de
classe 2. No entanto, quando os grampos são colocados
paralelos ou com um ângulo para o movimento da prótese
desejado (PM), a prótese se torna rígida. Neste caso, dois
implantes não são suficientes para suportar um trabalho PM-0.
Afrouxamento dos parafusos, perda óssea e perda de implantes
sao os resultados.
O Cantiléver Oculto
O cantiléver oculto é a porção da prótese que se estende além do último implante ou na
barra. Se a prótese não rodar na extremidade da barra para apoiar-se no tecido mole,
existe um cantiléver oculto. Por exemplo, se uma barra é estendida em cantiléver até o
primeiro molar mas as forças sobre o segundo molar da prótese não resultarem em
movimento desta prótese para baixo na parte posterior e para cima na anterior, o braço
de suporte é realmente estendido para a posição do segundo molar. Portanto, o
comprimento do cantiléver é medido para o ponto de MP, não para a extremidade do
sistema de barra e clipe. Os dentes na sobredentadura geralmente não se estendem
para além do primeiro molar. Isso ajuda a evitar um cantiléver oculto, que pode
estender-se para além desta posição.
1. O paciente tem sempre a opção de receber um implante adicional para maior suporte
e estabilidade da prótese no futuro, desde que todos os cinco sítios não tenham sido
inicialmente utilizados. Por exemplo, um paciente pode apresentar estabilidade e
suporte adequados, para a manutenção de uma sobredentadura com quatro
implantes. No entanto, no futuro, se o paciente desejar uma prótese fixa, esses
quatro implantes podem estar aquém das novas exigências protéticas. Se o
implantodontista não planejar um sítio de implante adicional na cirurgia inicial e
posicionar os quatro implantes separados de forma equidistante, o espaço que
sobrar poderá ser insuficiente para outro implante, sendo necessário remover um
dos implantes preexistentes.
2. Um paciente pode desejar uma prótese completamente implantossuportada (p. ex.,
PR-4 ou prótese fixa), mas não pode pagar o tratamento de uma só vez. De início,
podem ser colocados três implantes nas regiões A, C e E e uma sobredentadura
realizada. No futuro, podem ser fornecidos dois outros implantes agora nas regiões
B e D, e uma sobredentadura ou prótese fixa completamente implantossuportada
pode ser realizada (Fig. 23-16).
FIGURA 23-16 A, A paciente usava uma sobredentadura sobre
três implantes por vários anos. Ela decidiu então, melhorar o
suporte, a estabilidade e a retenção da prótese. Os locais de
implantes B e D podem ser adicionados mais tarde, porque, no
planejamento, todos os cinco locais de implantes foram
inicialmente identificados e respeitados. B, Uma prótese fixa
híbrida foi fabricada depois que os dois implantes adicionais
foram colocados (mesma paciente como em A).
4. A quarta razão para que os cinco locais de implante sejam repetidos para cada
opção de tratamento é para a experiência do reabilitador. Em sobredentaduras
suportadas por dentes naturais, o dentista é forçado a escolher os melhores dentes
remanescentes para apoiar a prótese. Esses dentes restantes têm uma ampla gama
de condições clínicas e locais. Como consequência, cada dente que suporta a
sobredentadura é ligeiramente diferente em relação a retenção, estabilidade e
suporte. Em Implantodontia, pilares previsíveis saudáveis em locais pré-
selecionados e em número adequado permitem a obtenção de resultados clínicos
mais semelhantes para cada opção de tratamento selecionado. Assim, um
tratamento mais previsível pode ser planejado para cada paciente, dependendo da
necessidade psicológica, das condições anatômicas e das restrições financeiras.
Sobredentaduras: Opção 1
A primeira opção de tratamento para sobredentaduras mandibulares (SB-1) é indicada
principalmente quando o custo é o fator mais significativo para o paciente. No entanto,
é importante notar que os desejos do paciente também devem ser mínimos e o volume
do osso em ambas as regiões, anterior e posterior, deve ser abundante (divisão A ou
B). A forma do rebordo posterior deve ser em “U” invertido, com paredes paralelas altas
e condições anatômicas boas a excelentes para suporte e estabilidade de uma prótese
convencional (Quadro 23-4). O problema associado à prótese preexistente refere-se
principalmente à retenção. Além disso, o arco oposto deve ser restaurado com uma
prótese total convencional.
Sob essas condições intraorais mais ideais, dois implantes podem ser inseridos nas
posições B e D (Fig. 23-18). Os implantes permanecem independentes e não são
unidos. Os componentes da sobredentadura melhoram a retenção da prótese. O tipos
mais comumente usados em SB-1 são O-ring ou Locator. Com eles, a estabilidade da
prótese é melhorada na região anterior, onde estão os implantes e, nas regiões
posteriores, fica sob a responsabilidade da forma do rebordo. O suporte da prótese é
fornecido principalmente a partir da plataforma bucal, no rebordo posterior e na crista
anterior, semelhante à de uma prótese total convencional. A sobredentadura
implantossuportada deve ser do tipo PR-5, o que significa que tem de ser capaz de
rodar e, com isso, carregar as regiões posteriores dos tecidos moles da mandíbula
(Fig. 23-19). O mecanismo de suporte do implante é inferior porque o alívio da tensão
do componente é permitida em qualquer região. Em outras palavras, a estabilidade e o
suporte da prótese são obtidos principalmente a partir da anatomia da mandíbula e da
prótese, semelhante a uma prótese total convencional.
Em SB-1, uma opção protética muito melhor do que colocar os implantes nas regiões
A e E é a sua instalação nas regiões B e D (Fig. 23-20). Pacientes classe 1 de Kennedy-
Applegate (com extensões distais bilaterais) e falta de dentes anteriores muitas vezes
são restaurados com uma prótese fixa anterior e uma prótese parcial removível classe
1. Isso elimina as alavancas de balanço desfavoráveis que existem quando a
substituição dos dentes da prótese total for anterior à linha de fulcro.85 Implantes
independentes nas regiões A e E estão localizados na região do primeiro pré-molar, que
é mais posterior à linha de fulcro dos dentes anteriores, permitindo maior amplitude do
movimento da restauração (Fig. 23-21). Quando são utilizados implantes nas posições
B e D (semelhante às posições dos caninos naturais), o movimento anterior da prótese
é reduzido.
FIGURA 23-20 Implantes independentes nas posições A e E
permitem maior báscula da prótese e fornecem maior força de
alavanca contra os implantes.
A SB-1 é usada como uma opção de tratamento quando os pacientes entendem que
é benéfico um suporte adicional dado pelos implantes, mas que as restrições finaceiras
exigem um período de transição de alguns anos antes de colocar os implantes
adicionais. O objetivo final no plano de tratamento é converter uma situação SB-1 para
uma PR-4 ou prótese fixa com maior suporte e estabilidade, antes que ocorra a perda
óssea posterior na mandíbula. Assim que o paciente puder pagar mais de dois
implantes, os implantes podem ser colocados nas posições A e E e todos os quatro
implantes ABDE devem ser unidos através de uma barra que pode receber um
cantiléver para auxiliar a reduzir a perda óssea posterior. Se um implante adicional
puder ser inserido (após os dois iniciais), este pode ser posicionado na posição C ou,
se a altura do osso distal e a distância para o forame mentoniano forem adequadas, o
implante adicional pode ser posicionado na região de primeiro molar. Com implantes
nas posições A, B, C, D, E ou A, B, D, E, e do molar, os implantes conectados a uma
barra resultarão em uma prótese RP-4 fixa e ajudarão a manter o nivel ósseo da região
posterior. A barra pode ter cantiléver para proporcionar suporte posterior, pelo fato de a
distância anteroposterior (distância AP) ter sido aumentada e, também, pelo maior
número de implantes (Fig. 23-26).
FIGURA 23-26 A, Radiografia panorâmica do paciente com uma
sobredentadura apoiada em dois implantes e tendo como
antagonista uma prótese fixa. Um implante falhou. B, Implantes
adicionais foram instalados e uma nova prótese fixa fabricada.
Sobredentaduras: Opção 2
A segunda opção de tratamento com uma sobredentadura mandibular (SB-2) é usada
mais frequentemente do que a opção SB-1. As necessidades anatômicas e os desejos
dos pacientes são semelhantes aos de uma SB-1 (Quadro 23-5). Os implantes também
são posicionados em sítios B e D, mas nesta opção são imobilizados por uma barra sem
qualquer cantiléver distal (Fig. 23-27). Cargas de forças reduzidas são exercidas sobre
dois implantes anteriores quando unidos com uma barra, em comparação a implantes
individuais.82-85 A barra é confeccionada para posicionar os dispositivos a uma
distância igual da linha mediana em paralelo um ao outro na mesma altura oclusal e em
uma angulação semelhante, o que proporcionará uma retenção adicional.28 (Figs. 23-
28 e 23-29). A distância ideal entre os implantes é na escala de 14 a 16 mm ou nas
posições B e D. No entanto, deve-se notar que os implantes colocados mais perto de B
do que de D resultarão em redução da estabilidade da prótese durante a função. A
barra não deve possuir cantiléver distal nos dois implantes (Figs. 23-30 e 23-31).
Os dois implantes que serão esplintados não devem ser inseridos nas posições A e E
(Fig. 23-32). Há muitas razões para não esplintar os implantes colocados nas posições
A e E. Os implantes nesta posição são colocados anteriormente aos forames
mentonianos e, portanto, na maioria das vezes, na posição de primeiros pré-molares.
Isso resulta em uma forma de arco curva anterior aos implantes. A sobre-estrutura que
segue a curva anterior do arco resulta em melhor contorno lingual da prótese. No
entanto, a curva representa um aumento do comprimento e maior flexibilidade desta
sobre-estrutura. Como a barra está anterior aos implantes, um maior momento de força
também é criado.
As barras que correm em direção tangencial não permitem rotação sem atrito da
prótese em torno do fulcro. O excesso de carga de torção é exercido sobre os implantes
e a barra, resultando em afrouxamento do parafuso ou reabsorção da crista óssea. A
distância entre implantes A e E representa aproximadamente um espaço de seis dentes.
A flexibilidade da sobre-estrutura está relacionada ao seu comprimento. Como
resultado, é observada uma flexão cinco vezes maior que se os implantes estivessem
nas posições B e D.85 O aumento do movimento da sobre-estrutura pode resultar em
afrouxamento dos parafusos de fixação da barra. Se um parafuso torna-se frouxo, o
outro implante suporta um braço de alavanca de sete dentes. Consequentemente, o
outro implante recebe um aumento drástico de momento de forças devido ao longo
braço de alavanca da sobre-estrutura. Como consequência, perda óssea e risco de
perda do implante são aumentados. Esta elevação de força pode resultar em perda de
massa óssea, mobilidade do implante e possível fratura de um ou dos dois
componentes dos implantes85 (Fig. 23-33).
FIGURA 23-33 Implantes nas regiões A e E estavam esplintados
por uma barra. O parafuso da prótese tornou-se solto sobre o
implante A, o que resultou em um longo cantiléver sobre o
implante E, que, em seguida, foi perdido.
Desvantagens
Sobredentaduras com dois implantes não são indicadas em C-h ou osso D. Também
não são indicadas quando existem dentes naturais, anteriores ou posteriores, como
antagonistas. O aumento da altura da coroa e o formato do rebordo posterior
insuficiente geram maiores forças de mordida e tensões adicionais no sistema rígido de
implantes e aumentam as complicações. Implantes adicionais devem ser utilizados para
diminuir os riscos de insucesso.
Algumas desvantagens adicionais de tratamentos SB-2 comparados a SB-1 incluem
possível hiperplasia dos tecidos moles sob a barra, higienização mais difícil sob a barra
(em comparação com a opção 1) e uma opção de tratamento inicial mais cara em
relação à opção 1 (porque uma barra e elementos de retenção estão incluídos).
Sobredentaduras: Opção 3
A terceira opção de tratamento pode ser utilizada quando o arco antagônico é uma
prótese total e o paciente tem necessidades anatômicas de moderadas a baixas. Três
implantes em forma de raiz são colocados nas posições A, C, E para a terceira opção
de tratamento com uma sobredentadura (SB-3) (Quadro 23-7). Uma sobre-estrutura faz
a união dos implantes, mas sem cantiléver (Fig. 23-35). Além disso, o arco oposto deve
ser uma prótese total para limitar a força de mastigação. Deve-se notar que, quando o
formato do rebordo posterior é insignificante (C-h ou D), a SB-3 é a opção mais
deficiente de tratamento. A posição dos implantes em A, C e E é muito mais estável para
a prótese do que as posições B e D. Há muitas vantagens em esplintar os implantes
posicionados em A, C e E quando se compara ao observado com os implantes nas
posições B e D (Quadro 23-8).
Para determinar o benefício de uma maior distância AP, as distais dos implantes mais
posteriores de cada lado são conectadas por uma linha reta. A distância desta linha até
a face mesial do implante mais anterior é chamada de distância AP.85-87 Quanto maior
for esta dimensão, melhor a estabilidade biomecânica da prótese quando os implantes
são esplintados. Quanto maior for a distância AP dos implantes A, C e E, maior a
vantagem biomecânica da barra para reduzir a tensão sobre os implantes.
Além disso, as tensões encontram-se reduzidas e a estabilidade lateral da
sobredentadura também é melhorada porque os implantes estão nas posições A e E, as
quais são mais distais do que SB-2. Com isso, a rotação da prótese é mais limitada em
comparação a resoluções SB-1 e SB-2. Por conseguinte, o terceiro implante para SB-3
é uma vantagem considerável no paciente edentado mandibular. A opção SB 3 não
costuma usar apenas um clipe de Hader. Com dois clipes, a prótese é geralmente
rígida, pois eles não giram no mesmo plano (Fig. 23-37).
FIGURA 23-37 A, Uma sobredentadura implantossuportada de
opção 3 raramente usa clipes de Hader como sistema de
retenção. B, Os clipes de Hader rotacionam em diferentes planos
e, portanto, permitem que a prótese se torne rígida com três
implantes.
Sobredentaduras: Opção 4
Na quarta opção de sobredentaduras mandibulares (SB-4), quatro implantes são
colocados nas posições A, B, D e E. Este é muitas vezes o número mínimo de implantes
quando o paciente tem, em oposição, dentes superiores ou C-h anterior volume de osso
com CHS maiores que 15 mm. Esses implantes geralmente oferecem suporte suficiente
para incluir um cantiléver distal de até 10 mm em cada lado, se os fatores de tensão
forem baixos (ou seja, parafunção, CHS, dinâmica da mastigação e dentição oposta)
(Fig. 23-38).
FIGURA 23-38 A, Em uma sobredentadura de opção 4, quatro
implantes são colocados nas posições A, B, D e E. Os implantes
são suficientes para suportar um cantiléver distal de 10 mm. B,
Radiografia panorâmica de uma sobredentadura inferior de opção
4. Nessa opção, implantes nas posições A, B, D e E são unidos
por uma barra com cantiléver de 10 mm. Os componentes são
desenvolvidos para permitir algum movimento durante a função
da prótese.
Pode ser ressaltado que a distância AP é apenas um dos fatores que determinam o
comprimento do cantiléver. Quando os fatores de tensão (p. ex.,forças oclusão) são
maiores, o cantiléver deve ser menor. Parafunção, arcos opostos, dinâmica da
mastigação e CHS afetam a quantidade de força sobre o cantiléver. Por exemplo,
quando a altura da coroa é duplicada, os momentos de forças são dobrados. Portanto,
sob condições ideais de força reduzida (altura da coroa inferior a 15 mm, sem
parafunção, paciente do sexo feminino com mais idade, opondo-se uma prótese total
maxilar), o cantiléver pode ser até 1,5 vez a distância AP para SB-4. Quando os fatores
de força são moderados, o cantiléver deve ser reduzido. O comprimento distal do
cantiléver está associado principalmente a fatores de força, ao formato do arco e à
distância AP.
Indicações para o tratamento com a opção SB-4 como requisito mínimo incluem
moderada a má anatomia posterior que provoca uma falta de retenção e estabilidade da
SBD, história de escoriações recorrentes de tecidos moles ou dificuldade na fonação.
Vale lembrar que a região posterior da mandíbula edentada reabsorve quatro vezes
mais rápido do que a região anterior. No C-h posterior da mandíbula, as linhas oblíqua
externa e milo-hióidea são altas (em relação ao rebordo residual) e muitas vezes
correspondem à crista do rebordo residual. As inserções musculares, portanto, estão
perto da crista do rebordo posterior. Outras condições que indicam SB-4 como uma
opção de tratamento é quando os pacientes são mais exigentes do que para as opções
anteriores de tratamento (Quadro 23-9).
A prótese SB-4 é indicada para obter maior estabilidade e uma gama menor de
movimentos da prótese. Os componentes colocados na distal da sobredentadura
frequentemente são os O-ring. A prótese ainda é PR-5, mas com o menor suporte nos
tecidos moles de todos os modelos de PR-5. A fixação anterior deve permitir o
movimento distal da prótese que rotaciona. Clipes, que permitem a rotação, são difíceis
de serem usados nas sobre-estruturas. Para permitir o movimento, o clipe deve ser
colocado perpendicularmente e não ao longo da barra, onde a sua única função é,
então, a de retenção (e limitar a rotação).
Os beneficios para o paciente a partir da opção de quatro implantes incluem maior
suporte oclusal, estabilidade lateral da prótese e melhor retenção. A prótese também se
apoia no tecido mole da região retromolar e da região dos primeiros e segundos
molares. Portanto, a força de oclusão no sistema de implantes é reduzida (em
comparação a uma limitação fixa ou PR-4) porque a barra não se estende para a região
de molares, onde as forças são maiores.
A opção de tratamento SB-4 é o tratamento que rende menos quando o paciente tem
dentes superiores. As forças verticais e horizontais maiores para a SBD mandibular
exigem desoclusão anterior em excursões para diminuir a força da mordida. Como tal,
mais implantes anteriores são necessários,.
A próxima opção de plano de tratamento para o paciente com uma moderada
disponibilidade financeira é adicionar um implante no futuro, em uma das posições dos
primeiros molares (preferencial) ou na posição C. Ambas as opções aumentam a
distância AP para uma prótese PR-4 com um sistema de suporte sobre implantes
melhorado. O objetivo é converter todos os pacientes, eventualmente, a uma PR-4 ou a
uma prótese fixa, prevenindo a perda óssea posterior e as desvantagens associadas
(incluindo estética facial da região posterior).
Sobredentaduras: Opção 5
Na opção de tratamento SB-5, cinco implantes são inseridos nas posições A, B, C, D e
E. A sobre-estrutura é geralmente com um cantiléver distal até duas vezes a distância
AP (se quase todos os fatores de tensão forem baixos) e médias de 15 mm, chegando
até a área dos primeiros molares (Figs. 23-41 e 23-42). O comprimento do cantiléver
distal da barra está relacionado (em parte) com a distância AP. Um formato de rebordo
quadrado geralmente tem uma distância AP inferior a 5 mm e deve ter um braço de
suporte mínimo mesmo com cinco implantes unidos. Um arco ovoide tem uma distância
AP de 5 a 8 mm, e uma forma de arco triangular tem uma distância AP de mais de 8 mm.
Nestas situações, um cantiléver com duas vezes esse comprimento é indicado quando
os fatores de força não são excessivos (Fig. 23-43). Se qualquer um dos principais
fatores de tensão (p. ex., parafunção) não for favorável, o cantiléver deve ser reduzido.
Tensões são aumentadas com uma proporcão direta ao comprimento do cantiléver, que
deve ser planejado com cuidado e com base nos fatores de força do paciente e da
anatomia existente.87-94
FIGURA 23-41 Em uma sobredentadura de opção 5, implantes
são colocados nas posições A, B, C, D e E. Os implantes são
esplintados pela barra que possui um cantiléver distal. O
comprimento do cantiléver depende da distância anteroposterior
e dos fatores de força.
Discussão
O profissional e a equipe podem explicar ao paciente o suporte que cada opção de
tratamento pode proporcionar, comparando com o sistema de apoios de uma cadeira. A
opção de tratamento SB-1 é semelhante a uma cadeira de uma perna só. A cadeira de
uma perna só pode apoiar o peso, mas fornece pouca estabilidade. As opções de
tratamento SB-2 ou SB-3 são semelhantes a uma cadeira de duas pernas. A prótese
fornece algum suporte vertical, mas ainda pode balançar para trás e para frente e
proporciona estabilidade limitada nas regiões posteriores. A opção SB-4 com quatro
implantes é comparada a uma cadeira de três pernas. Este sistema proporciona melhor
suporte e tem estabilidade melhorada. No entanto, ele pode balançar de uma maneira
ou de outra por efeito de forças laterais. Uma cadeira de quatro pernas fornece o maior
suporte e estabilidade e é semelhante a SB-5, o qual é máximo para suporte da prótese
e da estabilidade, porque é um desenho em PR-4.
Resumo
Sobredentaduras implantossuportadas utilizam-se de vários princípios de
sobredentaduras dentossuportadas. As vantagens das sobredentaduras
implantossuportadas referem-se à capacidade de colocar os pilares rígidos saudáveis
nas posições de escolha. Número, localização, desenho da sobre-estrutura e
movimento da prótese podem ser predeterminados com base nas necessidades e
desejos dos pacientes e em suas condições anatômicas. O mesmo tratamento SBD não
deve ser fornecido a todos os pacientes edentados. Apenas dois implantes colocados
anteriormente ao forames mentonianos raramente devem ser usados. Esta opção de
tratamento tem mais complicações protéticas. A sobredentadura deve ser projetada
para satisfazer de maneira previsivel os desejos e sobrepujar as limitações anatômicas
do paciente.
A opção de tratamento com sobredentaduras comumente usada é a que apresenta
dois implantes, com componentes O-rings individuais. No entanto, os únicos benefícios
desta abordagem são retenção melhorada e custo inicial reduzido. A perda óssea é
acelerada nas regiões posteriores, e a manutenção do osso anterior é limitada ao redor
de cada implante. Além disso, as complicações protéticas representam um resultado
negativo, tanto para o paciente quanto para o profissional.
Uma abordagem ideal para a saúde global a longo prazo na mandíbula é uma
prótese total implantossuportada (PR-4 ou prótese fixa). O volume de osso é mantido na
região anterior e a perda óssea posterior significamente reduzida, melhorando o
suporte de carga oclusal sobre os implantes, e não sobre os tecidos moles. A
estabilidade da prótese é máxima, porque ela não se move durante a função
(mastigação, fonação). A retenção é melhorada pelo fato de que pode haver quatro a
seis componentes de sobredentadura.
De início, o paciente pode não ser capaz de arcar financeiramente com uma SB-5
(com uma PR-4 ou prótese fixa). No entanto, uma SB-3 pode ser convertida para uma
SB-4 depois de vários anos e, eventualmente, para uma SB-5 depois de vários anos. Se
a transição de uma opção para outra ocorrer em um curto espaço de tempo (1 a 2
anos), os implantes podem ser independentes e usar um sistema de O-ring a curto
prazo. Isso reduz os valores para a prótese de transição, porque nenhuma barra é
fabricada, e uma alteração de base pode ser usada para modificar a prótese.
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CAPÍTULO 24
Uma prótese fixa oferece a vantagem psicológica de ação e sensação similares aos
dentes naturais. Uma sobredentadura, mesmo que totalmente implantossuportada,
ainda é uma prótese removível. De fato, uma constatação comum ouvida de pacientes
com próteses fixas sobre implantes é de que “os dentes implantados são melhores que
os meus próprios”. Os comentários relacionados com as sobredentaduras
implantossuportadas são: “essas sobredentaduras são melhores que minha prótese”.
Sobredentaduras implantossuportadas precisam de muita manutenção e apresentam
complicações protéticas mais frequentes que as restaurações fixas. Por exemplo,
Walton e McEntee observaram que há a necessidade do triplo de manutenção e ajustes
para as próteses removíveis, em comparação com as fixas.2 Sobredentaduras
normalmente precisam que seus retentores sejam trocados ou modificados em
intervalos de 6 meses a 2 anos, e os dentes artificiais geralmente sofrem desgaste,
levando à necessidade de uma nova prótese a cada 5 ou 7 anos.2-7 Em uma revisão
de literatura realizada por Goodacre et al., sobredentaduras implantossuportadas
apresentaram problemas de retenção e ajustes em 30% dos casos, de reembasamento
em 19% dos casos, fraturas dos clipes e retentores em 17% dos casos e fratura da
prótese em 12% dos casos.6 As próteses fixas necessitam de menos reparo e
manutenção, e normalmente prolongam a vida do implante de suporte. Embora as
fraturas de porcelanas possam ocorrer e sejam caras para serem reparadas, a longo
prazo, a prótese removível implantossuportada pode ser mais cara.
Diferentemente da flange vestibular da prótese superior, a flange vestibular de uma
sobredentadura inferior raramente é necessária por questões estéticas. Uma
sobredentadura inferior costuma acumular resíduo alimentar entre suas flanges, como
uma prótese. As próteses e as sobredentaduras têm o selamento periférico no nível da
inserção muscular para possibilitar que o assoalho da boca se eleve durante a
deglutição. Consequentemente, o alimento se acumula por baixo da flange da prótese
enquanto os músculos estão em repouso, sendo então comprimidos sob a prótese
durante a deglutição. O contorno de uma prótese é menos propenso ao acúmulo
alimentar. O cuidado diário com uma sobredentadura implantossuportada com barra
(PR-4) é similar ao de uma prótese fixa inferior, pois os pônticos sobrepostos à crista
não são necessários para a estética ou fonética, como no caso de algumas próteses
fixas.
Um recente estudo clínico realizado por Wrigth et al. avaliou a perda óssea
mandibular em pacientes com sobredentaduras implantossuportadas (prótese removível
tipo 5 [PR-5]) em comparação com pacientes com próteses fixas sobre implantes
anteriores com cantiléveres posteriores.8 O índice de perda óssea anual observado em
sobredentaduras PR-5 variou de +0,02 a –0,05 com 14 de 20 pacientes perdendo osso
na região posterior. Por outro lado, o grupo com prótese fixa teve uma variação de
+0,07 a –0,015 com 18 de 22 pacientes apresentando ganho ósseo na região posterior
da mandíbula (Fig. 24-3). Reddy et al. também relataram uma observação clinica similar
em 60 casos consecutivos tratados com próteses fixas suportadas por cinco a seis
implantes e cantiléveres posteriores.9 A altura do corpo mandibular foi mensurada 5,
10, 15 e 20 mm distalmente ao último implante. As medidas iniciais em até 4 anos após
a função aumentaram de 7,25 ± 0,25 mm para 8,18 ± 0,18 mm. Praticamente todo
crescimento ósseo ocorreu durante o primeiro ano de função. Assim, um importante
papel para as próteses completamente implantossuportadas é a manutenção e até a
regeneração do osso posterior da mandíbula. Isso é especialmente importante porque a
contínua perda óssea nessa região poder levar à parestesia e até fraturas da
mandíbula (Fig. 24-5; Quadro 24-1).
Fatores de Força
A quantidade de força transmitida para uma prótese fixa sobre implantes é a mesma
transmitida para uma sobredentadura totalmente implantossuportada (PR-4). Assim, de
certa maneira, o número de implantes para sustentar qualquer um desses tipos de
prótese deve ser similar. As sobredentaduras inferiores podem ser removidas à noite
para diminuir o risco de sobrecarga parafuncional noturna. Entretanto, a maioria dos
pacientes edentados da arcada inferior também apresenta arcada superior edentada.
Assim, se o paciente desejar remover a prótese superior à noite, o risco de parafunção
noturna também pode ser eliminado para pacientes com próteses fixas mandibulares.
Como consequência, o número de implantes necessários para restaurar essa prótese
fixa pode ser similar ao de uma sobredentadura totalmente implantossuportada.
Se o paciente tiver dentes naturais ou implantes na arcada superior, entretanto,
costumam ser indicados mais implantes para reduzir o risco de sobrecarga oclusal, ou é
necessária redução no comprimento do cantiléver. Fatores de força como parafunção,
altura de coroa, dinâmica mastigatória e a densidade óssea das regiões implantadas
também devem modificar posição, número, tamanho e desenho dos implante para uma
prótese fixa. Fatores de força aumentados também contribuem para próteses sem
retenção, afrouxamento do parafuso, fratura de componente, perda de crista óssea e
até mesmo perda do implante. Como resultado, a prótese fixa geralmente pode
necessitar de uma melhor posição biomecânica ou maior número de implantes,
comparada com um sistema de suporte de sobredentadura implantossuportada.
Dinâmica Mandibular
Movimento Medial
Muitos relatos foram direcionados às alterações dimensionais da mandíbula durante
a atividade mandibular, como resultado de ação dos músculos da mastigação.11-19
Cinco movimentos diferentes foram postulados.18 A convergência medial é o mais
comumente avaliado.19 A mandíbula, entre os forames mentonianos, é estável quanto à
flexão e torsão. Contudo, distamente aos forames, a mandíbula apresenta considerável
movimento em direção à linha mediana durante a abertura.15,16 Esse movimento é
provocado principalmente pela inserção dos músculos pterigoides internos na parte
média do ramo mandibular.
A deformação da mandíbula ocorre precocemente no ciclo de abertura e as
alterações máximas ocorrem com até mesmo 28% de abertura (ou por volta de
12 mm).11 Essa flexão também tem sido observada durante movimentos mandibulares
protrusivos.20,21 Quanto maior a abertura ativa e os movimentos protrusivos, maior a
amplitude da flexão. A quantidade de movimento varia de pessoa para pessoa e
depende da densidade e do volume ósseos e do sítio em questão. Geralmente, quanto
mais distal os sítios, mais medial a mandíbula. A amplitude da flexão do corpo
mandibular foi medida em 800 μm da região do primeiro molar ao primeiro molar, até
1.500 μm nos sítios de um ramo a outro (Fig. 24-6). Em um estudo de Hobkirk e
Havthoulas sobre a deformação da mandíbula em pacientes com próteses fixas sobre
implantes, uma convergência medial de até 41 mm foi observada.22
Torsão
A torsão do corpo mandibular distal aos forames também tem sido documentada em
estudos animais e humanos.23-26 Hylander avaliou grandes membros de uma família
de macacos rhesus e encontrou a mandíbula girada sobre o lado de trabalho e
inclinada no plano parassagital sobre o lado de balanceio durante a mastigação forte e
mordida unilateral26 (Fig. 24-7). A inclinação parassagital da arcada humana durante a
mordida unilateral foi confirmada por Marx,27 que mediu a distorção mandibular
localizada in vivo em humanos através de medidores de tensão conectados aos
parafusos inseridos no osso cortical das regiões de sínfise e gônio. Abdel-Latif et al.
confirmaram que mandíbulas de pacientes com próteses sobre implantes poderiam
sofrer até 19 graus de torsão dorsoventral.23 A torsão durante a parafunção ocorre
principalmente devido à contração forçada das inserções do músculo masseter (Fig. 24-
8). Assim, o bruxismo e o apertamento parafuncionais podem provocar problemas
relacionados com torsão no sistema implantossuportado e próteses, quando os dentes
inferiores são esplintados de molar a molar.
Nos implantes inferiores subperiosteais totais, foi observada dor durante a abertura
em 25% dos pacientes na consulta de remoção de sutura, quando uma barra rígida
unia as regiões de molar a molar. Quando a barra conectora foi dividida em duas
secções entre os forames, a dor durante a abertura foi eliminada imediatamente. Essa
observação clínica não significa que os outros 75% dos pacientes não apresentaram
flexão da mandíbula durante a abertura. A observação demonstra, entretanto, que a
flexão pode ser relevante para complicações pós-operatórias. As consequências de um
plano de tratamento com conexão total dos implantes posteriores inferiores podem
incluir perda óssea ao redor dos implantes, perda do implante, fratura de material
(implante ou componente de prótese), restauração sem retenção e desconforto durante
a abertura. Assim, até que estudos clínicos estejam disponíveis e afirmem o contrário,
as próteses esplintadas por todo arco, unindo implantes na região de molares
bilateralmente, não devem ser uma opção de tratamento.
Implantes instalados na frente dos forames e esplintados ou implantes em um
quadrante posterior, unidos aos implantes anteriores, não apresentaram essas
complicações relacionadas com flexão e torsão da mandíbula. Próteses fixas
implantossuportadas podem estagnar a perda óssea posterior associada ao
edentulismo, melhorar a saúde psicológica e produzir menos complicações que as
próteses removíveis. Deste modo, para todos os pacientes edentados, deve ser dada a
opção de receber uma prótese fixa. Entretanto, o aumento nas forças mastigatórias, o
aumento da força em pacientes com fatores de força aumentados (p. ex., parafunção,
espaço de altura da coroa, tipo de arco antagonista) ou densidade óssea reduzida no
sítio de implante justifica um aumento no número de implantes ou no posicionamento de
implantes em regiões anteriores e posteriores.
Cinco opções de tratamento podem ser usadas para reabilitar uma arcada inferior
totalmente edentada com uma prótese fixa. Essas opções de posição de implante
também podem ser consideradas para sobredentaduras implantossuportadas. Quando
uma sobredentadura mandibular é completamente suportada e retida por implantes e
estabilizada por uma barra com cantiléver, ela atua de modo similar a uma prótese fixa
em função e na manutenção óssea. Desse modo, as cinco opções de tratamento
incluídas nesse capítulo podem ser usadas tanto para uma sobredentadura tipo PR-4
quanto para próteses fixas sobre implantes.
A distância do centro do implante mais anterior à linha que une a face distal dos dois
implantes mais distais, de cada lado, é chamada distância anteroposterior (A-P) ou
distribuição A-P37 (Fig. 24-12). Quanto maior a distância A-P, maior a probabilidade de
o cantiléver distal estender-se para substituir os dentes posteriores ausentes. Como
regra geral, quando cinco a seis implantes são instalados na região anterior da
mandíbula, entre os forames, o cantiléver não deve passar de duas vezes a distância A-
P, com todos os outros fatores de tensão baixos.
FIGURA 24-12 A distância anteroposterior (A-P) é determinada
traçando uma linha a partir da área distal dos implantes mais
posteriores de cada lado do arco e uma linha paralela desenhada
pelo centro do implante mais anterior do cantiléver.
Opção de Tratamento 2
Bidez e Misch avaliaram mandíbulas dentadas e edentadas e desenvolveram um
modelo tridimensional de flexão e torsão10 (Fig. 24-18). Estudos foram realizados para
avaliar diferentes opções de restaurações esplintadas que não comprometeriam a
estrutura protética. Como consequência, mais sítios para a instalação de implantes se
tornaram disponíveis.
FIGURA 24-18 Estudos na escola de engenharia da
Universidade do Alabama em Birmingham usaram modelos
dentados e edentados, para avaliar as condições de deformação
no osso durante flexão e torsão. Consequentemente, inúmeras
opções de sítios de implantes tornaram-se disponíveis. (Cortesia
de M.W. Bidez.)
Opção de Tratamento 3
O modelo de tensão Bidez e Misch de uma mandíbula edentada indicou que os
implantes em uma secção posterior podem ser unidos a implantes anteriores sem
comprometimentos funcionais. O autor avaliou, durante a última década, próteses totais
fixas sobre implantes com o segmento posterior unido à região anterior e não encontrou
complicações adicionais durante esse período, em comparação com os resultados de
segmentos independentes. Portanto, uma melhor opção de plano de tratamento para
suportar uma prótese fixa inferior consiste em implantes adicionais na região de
primeiro molar ou segundos pré-molares (ou ambos) (Fig. 24-23) unidos a quatro ou
cinco implantes entre os forames mentonianos. Assim, são instalados cinco a sete
implantes nessa opção de tratamento.
FIGURA 24-23 Opção de tratamento 3 tem implantes instalados
nas posições-chave de primeiro molar, primeiros pré-molares
bilaterais e dois caninos. Implantes secundários (laranja) podem
ser usados em regiões de segundos pré-molares bilateralmente e
em posições de linha média. Note o aumento dos fatores de força
a os implantes secundários na região de segundo pré-molar e
sítio C.
A opção de tratamento 3 é, por várias razões, uma opção melhor que implantes
anteriores com cantiléver bilateral. Quando são instalados um ou dois implantes distais
ao forame, em um dos lados, e unidos aos implantes anteriores entre os forames,
obtém-se considerável vantagem biomecânica. Embora o número de implantes possa
ser igual ao da opção 1 ou 2, a distância A-P é de 1,5 a 2 vezes maior, porque, em um
dos lados, a área distal do último implante corresponde agora à porção distal do
primeiro molar (Fig. 24-25). Além disso, somente um cantiléver está presente, em vez
de cantiléveres bilaterais. Quando os fatores de força são maiores, podem ser
instalados de seis a sete implantes para essa opção. A disposição mais frequente
consiste em cinco implantes, entre os forames, e um ou dois na distal de um dos lados
(Fig. 24-26).
FIGURA 24-25 Cinco de sete implantes mandibulares são
posicionados entre os forames mentonianos, dois são instalados
do lado esquerdo do paciente. A distância anteroposterior (A-P) é
mensurada a partir dos implantes mais distais para o implante
mais anterior. Essa disposição aumenta a distância A-P e elimina
o cantiléver do lado esquerdo. PPF, prótese parcial fixa.
FIGURA 24-26 A, Cinco implantes são instalados entre os
forames mentonianos e dois do lado posterior direito. B, Prótese
fixa inferior in situ. C, Visão intraoral final das próteses fixas
inferior e superior implantossuportadas.
Nos últimos 10 anos, o autor confeccionou mais de 55 próteses com cinco a sete
implantes nas posições da opção 3. Até esta data, nenhuma prótese foi refeita ou
nenhum implante foi perdido. Além disso, não houve necessidade de recimentação de
próteses ou afrouxamento de parafusos. Essa abordagem é superior às opções de
tratamento 1 e 2, com cantiléveres bilaterais, porque (1) a distância A-P aumentou
dramaticamente, (2) podem ser usados mais implantes se necessário, e (3) somente um
dos lados tem um cantiléver. Entretanto, essa opção requer osso disponível em pelo
menos uma das regiões posteriores da mandíbula (Fig. 24-27).
Opção de Tratamento 4
As opções de plano de tratamento com próteses totais fixas também podem incluir
implantes posteriores bilaterais, desde que eles não estejam esplintados a uma
prótese. Essa opção é selecionada quando os fatores de força são altos ou a
densidade óssea é baixa. A baixa qualidade óssea geralmente é observada na região
posterior da maxila, mas, às vezes, também é encontrada na mandíbula. Essa opção
também é usada quando o corpo da mandíbula for divisão C-h e implantes
subperiosteais, ou implantes com desenho de disco forem utilizados para suporte de
implante posterior. Várias opções para restaurações fixas estão disponíveis quando os
implantes posteriores bilaterais são incluídos.
Na opção de tratamento 4, implantes são instalados em todos os três segmentos da
mandíbula. As posições-chave para implantes nessa opção de tratamento incluem os
dois primeiros molares, os dois primeiros pré-molares e os dois caninos. Implantes
secundários podem ser adicionados nas posições de segundo pré-molar ou incisivos
(linha média) (ou os dois) (Fig. 24-28). Todos os implantes, no lado anterior e um lado
posterior, são esplintados com uma prótese fixa com nove elementos. O outro segmento
posterior é restaurado de forma independente com uma prótese fixa com três
elementos, sustentada por implantes na região de primeiro pré-molar e primeiro molar,
como posições-chave (Fig. 24-29). São utilizados três implantes (primeiro pré-molar,
segundo pré-molar e molar) com maior frequência para o menor segmento, a fim de
compensar os fatores de força e o alinhamento dos implantes (porque eles estão quase
em uma linha reta). Pelo menos seis implantes costumam ser usados nessa opção, mas
sete implantes são mais frequentemente utilizados, de forma que o menor segmento
tenha três implantes (Fig. 24-30). Implantes adicionais podem ser instalados (até nove)
quando os fatores de força são grandes ou quando protocolos de próteses imediatas
são selecionados.
FIGURA 24-28 Opção de tratamento 4 tem implantes em regiões
de molares bilateralmente. Outras posições-chave incluem os
dois primeiros pré-molares e os dois caninos. Implantes
secundários podem ser instalados em região de segundos pré-
molares e na linha média (laranja). Note os fatores de força
adicionais e os implantes secundários nos segundos pré-molares
e sítios C.
Opção de Tratamento 5
Outra modificação para mandíbulas totalmente edentadas é confeccionar três próteses
independentes, em vez de uma ou duas. A região anterior da mandíbula pode ter de
quatro a cinco implantes. Os implantes-chave estão na região dos primeiros molares,
dos primeiros pré-molares e dos caninos. As posições secundárias são as regiões de
segundos pré-molares e de incisivos centrais (linha média) (Fig. 24-31). Com essa
configuração, as próteses posteriores se estendem do primeiro molar ao primeiro pré-
molar, e a prótese anterior substitui os seis dentes anteriores. Entretanto, esses seis
sítios de implantes são mais bem utilizados na opção 4, uma vez que segmentos
maiores melhoram a disposição biomecânica. Portanto, quando a opção 5 é indicada,
normalmente são implantes bilaterais em regiões de primeiros molares, segundos pré-
molares, primeiros pré-molares e caninos. Esses oito implantes podem também ter um
implante secundário na linha média. A prótese fixa anterior geralmente se estende do
primeiro pré-molar ao primeiro pré-molar (menos usualmente de canino a canino). As
próteses posteriores são duas próteses implantossuportadas independentes,
geralmente com duas unidades (Fig. 24-32).
Resumo
Muitos pacientes totalmente edentados desejam uma prótese fixa em vez de uma
removível. Os custos de uma prótese fixa sobre implantes geralmente são fatores
restritivos, embora devessem ser mais similares a uma sobredentatura totalmente
implantossuportada. O número e a posição dos implantes devem ser relacionados com
a quantidade de tensão transmitida ao osso durante oclusão e parafunção, e com a
densidade óssea. Outras considerações incluem a flexão e a torsão mandibulares.
Cinco opções de tratamento geralmente estão disponíveis para uma prótese fixa inferior
totalmente implantossuportada. A principal vantagem da opção de tratamento 1 com
cinco implantes anteriores é o custo. As desvantagens incluem situações de sobrecarga
resultante de cantiléveres bilaterais. A opção de tratamento 2 é um sistema de suporte
aperfeiçoado, mas os cantiléveres bilaterais (que são mais curtos que na opção de
tratamento 1) ainda causam preocupação. A opção de tratamento 3 é superior às
opções anteriores, mas requer osso posterior em um quadrante para a instalação de
implantes endósseos, subperiosteais ou com desenho de disco. As opções de
tratamento mais ideais são as 4 e 5, pois não necessitam de cantiléveres, e o dentista
confecciona duas ou três próteses separadas. Essas opções de tratamento também
possibilitam uma dinâmica óssea mandibular mais forte, sem afetar a prótese.
Entretanto, osso posterior bilateral deve estar presente ou ser obtido através de enxerto
para os implantes endósseos, ou ser usado um implante subperiosteal circunferencial
ou com desenho de disco para suporte em ambos os quadrantes posteriores.
As opções de tratamento 4 e 5 aumentam os custos, visto que mais implantes são
utilizados para o suporte da prótese fixa. Contudo, os valores passados aos pacientes
podem ser similares para todas as opções, pois o tempo de trabalho e os custos
laboratoriais são semelhantes. As centenas de dólares de custos adicionais em
implantes para o dentista nas opções de tratamento 3 a 5 geralmente não garantem
aumento de alguns milhares de dólares por causa do pequeno aumento no tempo
cirúrgico necessário para a instalação de implantes adicionais.
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CAPÍTULO 25
Limitações Anatômicas
Vários fatores afetam a condição da maxila edentada e podem resultar numa diminuição
na sobrevida do implante ou em um aumento de complicações protéticas. A tábua
cortical vestibular da maxila sobre as raízes dos dentes é muito fina e pode ser
reabsorvida devido à doença periodontal ou é frequentemente fraturada durante a
exodontia desses elementos (Fig. 25-3). Além disso, a cortical vestibular reabsorve
rapidamente durante a remodelação óssea inicial, e o rebordo anterior perde mais de
25% da sua largura dentro do primeiro ano depois da perda de dentes, e de 40 a 50%
ao longo de um ano, principalmente à custa da parede óssea vestibular. Como
resultado, o osso disponível residual migra para uma posição mais palatina.4-7
Para alcançar uma estética previsível para uma prótese fixa maxilar anterior ou total,
volume e características dos tecidos moles devem ser adequados na maioria dos
aspectos. O osso disponível deve ser intimamente avaliado para a instalação de
implantes em regiões estéticas, devido à sua influência sobre a arquitetura do tecido
mole, o tamanho do implante, a instalação do implante (angulação e profundidade) e o
resultado protético final. A perda óssea após a perda do dente anterior da maxila é
rápida e tem consequências consideráveis. Portanto, a maioria dos sítios edentados na
região anterior da maxila exige pelo menos, antes ou durante a instalação do implante,
a colocação de enxerto ósseo e o aumento de tecido mole e/ou a reabertura do
implante.
À medida que o osso é reabsorvido da divisão B a C-w na mandíbula edentada
anterior, a secção transversal do rebordo é triangular (com uma base larga). Como
consequência, uma osteoplastia remove a crista óssea estreita e o rebordo residual se
torna mais amplo, geralmente convertido para uma divisão A de volume ósseo. Na
maxila, porém, o rebordo divisão B ou C-w permanece muitas vezes estreito quase até
a parede anterior da fossa nasal. Uma osteoplastia para ganhar largura óssea resulta
em um rebordo divisão C-h a D (Fig. 25-5). O implantodontista muitas vezes tem
dificuldades de instalar implantes na posição correta quando o aumento ósseo não
restaura a região antes da instalação do implante (Fig. 25-6). Portanto, o aumento
ósseo é mais frequentemente requisitado para aumentar a largura óssea na região
anterior da maxila em comparação com a região anterior da mandíbula.
FIGURA 25-5 A anatomia da pré-maxila edentada muitas vezes
não é propícia para procedimentos de osteoplastia para ganhar
largura do rebordo porque as tábuas ósseas opostas muitas
vezes são paralelas entre si.
Limitações Biomecânicas
Do ponto de vista biomecânico, a região anterior da maxila restaurada com implantes é
muitas vezes a região mais frágil em comparação com outras partes da boca.
Condições biomecânicas comprometidas e suas consequências incluem o seguinte
(Quadro 25-1):
5. Um arco inferior recebe uma carga a partir do lado de fora do arco na direção do
centro. Um arco é construído para essa direção de força. Um arco superior recebe
uma força de dentro do arco para o lado de fora da estrutura, especialmente em
excursões mandibulares. Um arco não é tão eficaz para resistir a esse tipo de força
(Fig. 25-10).
6. Na maioria dos pacientes com osso disponível, o osso é menos denso na região
anterior da maxila do que na região anterior da mandíbula, onde uma camada
cortical densa rodeia o trabeculado espesso de resistência óssea adequada para
oferecer suporte ao implante. Em contraste, a maxila apresenta tecido ósseo fino e
poroso sobre a face vestibular, osso cortical poroso muito fino sobre o assoalho da
fossa nasal e na região dos seios e osso cortical mais denso no aspecto palatino.8,9
O osso trabecular da maxila é geralmente fino e menos denso do que a região
anterior da mandíbula. O osso trabecular D3, muitas vezes encontrado na maxila, é
45 a 65% mais fraco do que o osso trabecular D2, geralmente encontrado na região
anterior da mandíbula.10 A redução da densidade óssea trabecular da maxila resulta
em uma resistência óssea comprometida e uma interface osso/implante mais fraca.
7. A ausência de uma lâmina cortical espessa na crista da pré-maxila resulta em perda
da alta resistência de apoio do implante e menor resistência às cargas angulares.
8. O espaço de altura da coroa (EAC) é muitas vezes maior do que o ideal, e é um
potencializador para qualquer força angular ou em cantiléver. Um aumento em altura
da coroa potencializa o efeito de um cantiléver anterior.
9. Enquanto o arco superior restaurado com implantes quase sempre se opõe à
dentição fixa ou a uma prótese sobre implantes, muitas próteses sobre implantes
mandibulares se opõem a uma prótese total superior. Dessa forma, as forças de
mordida e parafunção contribuem mais frequentemente para complicações com as
próteses superiores implantossuportadas e implantes.
Como consequência desses fatores biomecânicos, não somente a perda de
implantes é mais comum, mas complicações protéticas também são encontradas com
mais frequência em próteses superiores.
Opções de Tratamento
As opções de tratamento para a restauração de um paciente parcialmente edentado
com vários dentes anterossuperiores ausentes incluem uma prótese removível parcial
ou total, uma sobredentadura implantossuportada ou uma prótese fixa
implantossuportada. A maioria das próteses tradicionais superiores tem retenção,
estabilidade e função adequadas, e os tecidos moles raramente apresentam problemas.
Portanto, menor benefício é percebido com uma sobredentadura implantossuportada
(SBI) em comparação com a situação de uma mandíbula edentada.
A principal desvantagem de uma prótese total superior é o aspecto psicológico de
dentes removíveis, especialmente quando o inferior arco é composto por dentes
naturais ou uma prótese fixa. Em contraste, uma prótese fixa apresenta significativos
benefícios para os pacientes usuários de prótese total superior. Na verdade, depois de
três anos de função a maioria dos pacientes sente como se a prótese fixa fosse tão boa
ou melhor do que os dentes naturais. Por outro lado, uma sobredentadura é sempre
considerada por parte dos pacientes como uma prótese removível.
A prótese implantossuportada fixa independente tornou-se o tratamento de escolha
para a maioria dos pacientes com edentulismo total ou parcial. A prótese fixa apresenta
várias vantagens sobre uma prótese parcial removível ou uma sobredentadura para um
paciente edentado total superior. No entanto, quando um ou dois dentes caninos ou
implantes estão ausentes, além de dois ou mais dentes adjacentes, uma prótese fixa é
contraindicada, independentemente do número de dentes (ou implantes) que são
unidos, a menos que dois ou mais implantes sejam utilizados para substituir os
dentes11,12 (Fig. 25-11). Contraindicações adicionais para a PPF incluem longos
espaços edentados, pobre apoio de pilar e osso edentado inadequado para o contorno
correto da prótese.
A posição do lábio superior também pode ser determinada pela posição do lábio
inferior e do queixo com a face numa dimensão vertical adequada. Uma linha horizontal,
representada pelo plano de Frankfurt, pode ser feita a partir do ponto mais alto do
conduto auditivo (parte superior do trago) ao ponto mais baixo na margem da órbita,
com a cabeça do paciente em posição vertical. Idealmente, uma linha perpendicular
vertical entre o plano de Frankfurt e o lábio inferior deve ter o lábio superior anterior 1 a
2 mm desse ponto de referência e o queixo 2 mm posterior a essa linha15 (Fig. 25-13).
FIGURA 25-13 Uma linha perpendicular ao plano de Frankfurt na
posição do lábio inferior deve estar 1 a 2 mm atrás do lábio
superior e 2 mm à frente do queixo.
Quando todos os seis dentes anteriores estão ausentes, pelo menos um implante
deve geralmente ser posicionado entre os caninos no arco maxilar. No entanto, a regra
de “não colocação de três pônticos” pode ser modificada na região anterior da boca
porque a força é menor nessa região, em comparação com a região posterior. Além
disso, um incisivo lateral é o menor dente da maxila, de modo que o comprimento do
intervalo é reduzido (em comparação com as regiões posteriores).
A prótese sobre dentes está sob menor risco biomecânico do que uma prótese sobre
implantes quando o canino e dois dentes adjacentes estiverem ausentes. Os dentes
apresentam mais mobilidade do que os implantes; portanto, o mecanismo de alívio da
tensão do ligamento periodontal reduz a flexão, a força e o efeito de uma força angular.
Apesar disso, é contraindicado para pacientes com dentes naturais usar três pônticos
em uma prótese fixa sempre que o canino natural e dois dentes adjacentes estiverem
ausentes. Portanto, nessas condições, em planos de tratamento com implantes pelo
menos dois implantes são indicados para suportar uma prótese fixa independente
(geralmente nas posições terminais da extensão para eliminar as forças de cantiléver)
(Fig. 25-19).
Usando a diretriz do canino ausente e dois dentes naturais adjacentes, uma prótese
fixa é obviamente contraindicada quando um (ou ambos) canino(s) anterior(es) e os
quatro incisivos estiverem faltando. Por exemplo, quando um canino direito, incisivo
lateral direito, incisivo central direito, incisivo central esquerdo, incisivo lateral esquerdo
e canino esquerdo estiverem ausentes, a situação é contraindicada para uma prótese
fixa. No entanto, em alguns planos de tratamento, implantes são instalados em cada
quadrante maxilar posterior, e uma prótese fixa com cinco ou seis pônticos é fabricada
para substituir os dentes anteriores (Fig. 25-20). O cantiléver anterior à região dos
primeiros pré-molares desta opção de tratamento é mais deletério do que um cantiléver
posterior por causa de todas as questões biomecânicas da pré-maxila. Aparentemente,
as justificativas para violar as diretrizes protéticas estabelecidas na literatura para os
dentes são as seguintes:
2. A impressão é que os implantes são mais rígidos e, portanto, mais fortes do que as
raízes naturais. No entanto, esta é uma falsa segurança. O fato de que os implantes
são mais rígidos do que os dentes faz com que os três ou mais pônticos adjacentes
e a diretriz da regra canina sejam mais importantes a ser em seguidos quando os
pilares são implantes. Os pilares rígidos aumentam o problema de flexibilidade do
metal e direção da força aplicada à prótese. Portanto, o canino é um sítio de
implante especialmente importante quando os seis dentes anteriores estão
ausentes. Quando não houver osso disponível, um enxerto ósseo na região do
canino é indicado antes da instalação do implante, ou então é preciso instalar um
implante na região de incisivos laterais e primeiros pré-molares para compensar a
falta do canino.
Na maxila, na maioria das vezes, pelo menos um implante deve ser instalado em
cada uma das cinco secções de dentes ausentes e, em seguida, eles devem ser unidos
ao substituir vários dentes adjacentes. Isto significa que pelo menos três implantes
geralmente são necessários para substituir os seis dentes anteriores da pré--maxila: um
em cada região de canino e um em qualquer posição dos quatro incisivos16,17
(Fig. 25-24). Estudos anteriores realizados por Bidez e Misch demonstraram que a força
distribuída sobre os três pilares resulta em menos tensão localizada para a crista óssea
do que dois pilares.17,18 Quando esses três implantes são imobilizados em torno de
um arco, que liga pelo menos três segmentos, cria um efeito de tripé e fornece uma
distância AP com propriedades mecânicas superiores a uma linha reta e com maior
resistência às forças laterais.
FIGURA 25-24 Radiografia panorâmica, com ausência de seis
dentes anterossuperiores. A instalação de três implantes é
indicada, um em cada secção dos cinco lados de dentes
ausentes no pentágono.
Tabela 25-1
Plano de Tratamento para Pré-maxila Edentada
Em uma forma de arco dental quadrado, incisivos lateral e central não estão em
cantiléver muito vestibular a partir da posição do canino. Portanto, excursões
mandibulares e forças oclusais exercem menos tensão sobre os implantes na região
dos caninos. Como resultado, os implantes instalados na região dos caninos para
substituir os seis dentes anteriores podem ser suficientes quando os fatores de força
forem baixos (parafunção, dinâmica da mastigação, EAC) e se eles estiverem unidos a
implantes posteriores adicionais (Fig. 25-29). Os quatro pônticos entre os caninos
podem contrariar a regra 2 das posições estratégicas dos implantes (sem três pônticos
adjacentes) porque (1) as forças são mais baixas na região dos incisivos e (2) em uma
forma de arco dentado quadrado na maxila cantiléveres mínimos são colocados sobre
os caninos.
Se a posição final dos dentes é um arco de forma ovoide, pelo menos três implantes
devem ser instalados na pré-maxila: um em cada canino e um entre os caninos (de
preferência um na posição de um incisivo central) (Fig. 25-30). A posição do incisivo
central aumenta a distância AP do canino para os centrais e oferece melhor suporte
biomecânico para a prótese. Na maxila edentada a longo prazo isso provavelmente
exigirá aumento ósseo antes da instalação do implante. Quando os fatores de força do
paciente são de baixo a moderado o implante anterior pode ser instalado na região de
incisivo lateral, mas quando os implantes anteriores são conectados ao implante na
região de molar a distância AP é aumentada. Estas três posições dos implantes
anteriores resistem às forças adicionais criadas nessa forma de arco, melhoram a
retenção da prótese e reduzem o risco de afrouxamento do parafuso do pilar.
FIGURA 25-30 Em uma forma de arco dentado ovoide, três
implantes devem ser instalados no pré-maxilar, um em cada
posição canina e um implante anterior adicional. Além disso, pelo
menos quatro implantes posteriores devem ser unidos de modo a
formar um arco em uma maxila edentada. A-P, distância
anteroposterior.
Quando uma região de canino não pode ser utilizada para instalar um implante na
pré-maxila edentada, sugere-se um implante em cada lado do canino ausente para
compensar esta posição fundamental (implantes em região de primeiro pré-molar e
incisivo lateral). Um implante na região de incisivo central e outro na posição de canino
na secção contralateral podem ser unidos a esses outros dois implantes para atuar
como pilares para próteses fixas ou sobredentaduras.
Quando os fatores de força são maiores do que o normal, quatro implantes são
sugeridos para substituir seis dentes anteriores. Os quatro implantes na pré-maxila
devem ser imobilizados em conjunto e compartilhar quaisquer forças laterais durante as
excursões. Na presença dessas forças maiores (p. ex., bruxismo moderado a severo),
implantes de maior diâmetro também devem ser usados nas posições de caninos (que
aumentaram a carga de angulação em excursões e forças de mordida maiores). Em
outras palavras, na maioria dos casos a maxila completamente edentada é restaurada
com três ou quatro implantes unidos, para juntos substituírem os seis dentes anteriores.
Idealmente, cantiléveres posteriores não devem ser colocados sobre os implantes
maxilares anteriores (regra 1 em posições estratégicas de implantes). Se os dentes
posteriores também estão sendo substituídos na prótese, implantes adicionais são
necessários. Sete a 10 implantes muitas vezes são instalados para restaurar uma
maxila completamente edentada com uma prótese fixa ou uma sobredentadura (PR-4),
especialmente quando se opõem a uma dentição natural ou a uma prótese fixa.
Deve-se notar que a maioria das próteses totais superiores é fixa (PF-3) ou
sobredentaduras (PR-4). Em qualquer um dos cenários a posição do implante
mesiodistal não tem de se correlacionar estritamente com a posição dos dentes. Em
outras palavras, a posição vestibulopalatina é geralmente mais importante do que o
sítio mesiodistal do dente porque o aspecto gengival da prótese separa a coroa clínica
do sítio do implante. Como tal, o sítio do implante é determinado mais pela biomecânica,
pelo espaçamento entre implantes ou pela disponibilidade óssea do que pela posição
rigorosa do dente (como em uma prótese PF-1). Portanto, quando os implantes estão
posicionados em região de canino e incisivo lateral podem estar a 3 mm (ou mais) de
distância e não comprometer a estética cervical ou a higiene da prótese.
Quando os implantes são instalados adjacentes uns aos outros e um contorno ideal
do tecido mole é desejado, uma distância mínima de 3 mm é sugerida para acomodar a
eventual perda de crista óssea e manter os níveis de osso interseptal.21 Tarnow et al.
observaram que a dimensão horizontal de um defeito de crista ao lado de um implante
mede quase 1,5 mm.19 Dessa forma, se dois implantes estão mais próximos do que
3,0 mm, um defeito angular vertical sobre cada implante pode resultar na perda de osso
horizontal entre os dois implantes. Essa perda de massa óssea, por sua vez, pode
favorecer a proliferação de bactérias anaeróbicas no ambiente sulcular, ou os tecidos
podem encolher e comprometer contornos dos tecidos moles entre dentes e implantes
em uma área altamente estética (Fig. 25-33). Degidi e Misch observaram que a largura
do defeito vertical ao lado de um implante pode ser de até 0,5 mm em vez de 1,3 mm,
dependendo do projeto do implante, e permite a instalação de implantes mais
próximos.21 Entretanto, a diretriz de 3 mm é um fator de segurança ideal para uma
distância entre implantes. Também é mais previsível formar a papila entre implantes
quando a distância de 3 mm ou mais está presente entre os implantes. Embora a
distância do implante possa ser reduzida e a manutenção do osso seja possível, a faixa
de tecido mole é mais difícil de formar, especialmente na região da papila entre
implantes. Ao instalar dois implantes adjacentes na zona estética, seus diâmetros
devem ser reduzidos em comparação com as dimensões ideais de um implante unitário.
FIGURA 25-33 A, Os implantes adjacentes estão mais próximos
do que 3 mm um do outro. Como consequência, a perda óssea
em cada implante cria um defeito horizontal. B, O contorno de
tecido mole retraiu como resultado da perda óssea horizontal
entre os implantes.
O diâmetro ideal de um implante para uma prótese do tipo PF-1 também deve
considerar a dimensão vestibulopalatina do osso. Um defeito de 1,4 mm, que pode se
formar junto ao implante após ser submetido à carga, forma 360 graus em torno da
plataforma do implante. Como tal, se menos do que aproximadamente 1,5 mm de osso
está presente no aspecto vestibular de um implante, o defeito vertical pode se tornar
um defeito horizontal, e o tecido pode apresentar recessão quando é fino ou formar
uma bolsa de tecido mole quando é espesso. A primeira condição diminui a estética
porque a plataforma do implante pode tornar-se visível, mas a segunda condição
aumenta o risco de peri-implantite e futura perda óssea. Portanto, a posição ideal e o
diâmetro do implante devem ter 1,5 mm ou mais de osso na vestibular do implante.
A dimensão do implante em questão é o tamanho da plataforma do implante, e não a
dimensão do corpo do implante. Por exemplo, um a plataforma de 4,1 mm (sobre um
corpo de implante de 3,75 mm) precisa de 7,1 mm de crista óssea mesiodistal, um a
plataforma de 3,5 mm (sobre um corpo de implante de 3,25 mm) é indicada para o osso
de 6,5 mm e um a plataforma de 5,2 mm requer um osso de 8,2 mm.
A média de altura da papila entre dois dentes adjacentes é de 3,4 mm, variando de 1
a 7 mm (dependendo da forma do dente: quadrada, ovóide ou triangular). A altura mais
comum da papila entre implantes é reduzida em comparação com dentes, e é de 2 a
4 mm. Portanto, quando uma prótese PF-1 é desejada, o desenho da prótese (formas
de dentes quadrados) e as posições dos implantes podem necessitar de alteração de
forma a aperfeiçoar o resultado estético (Fig. 25-34).
FIGURA 25-34 A, Quando múltiplos implantes adjacentes são
usados para uma prótese PF-1, o diâmetro deve ser reduzido de
modo que restem 3 mm de osso entre os implantes. B, A prótese
final tem muitas vezes uma forma de dente quadrado e uma
altura reduzida da papila entre implantes.
Tabela 25-2
Dimensões dos Dentes Superiores (Média)
Número de Implantes
A revisão da literatura indica que as próteses maxilares totais fixas implantossuportadas
podem ser fabricadas sobre quatro a seis implantes de diâmetro padrão com
cantiléveres em molares. Uma média de quatro a seis implantes também são usados
para apoiar sobredentaduras com barras. No entanto, o maxilar edentado apresenta a
menor sobrevida do implante tanto para próteses fixas quanto para removíveis, em
comparação com as próteses mandibulares com esses tipos de tratamento.3,22-31
Relatos concordam que o osso maxilar tende a ser de pior qualidade e volume e
apresenta várias desvantagens biomecânicas, que foram listadas anteriormente neste
capítulo. Para compensar as condições locais precárias, deve ser utilizado um maior
número de implantes no arco superior para apoiar a prótese, juntamente com uma
maior distância AP. Os locais de instalação dos implantes na região de molares em uma
maxila completamente edentada quase sempre foram invadidos pelo seio maxilar, e as
regiões mais anteriores dos maxilares edentados são inadequadas em largura.
Portanto, para instalar mais implantes em posições ideais a maioria dos arcos vai
necessitar de enxertos de seio, e muitos também demandam a reconstrução da pré-
maxila para restaurar o arco superior edentado de forma ideal.
Com essas preocupações em mente, de preferência o número mínimo de implantes
na pré-maxila edentada para uma prótese fixa ou uma prótese PR-4 é sete em um arco
de forma oval (Fig. 25-30). Os locais sugeridos para essa forma de arco dentado são
pelo menos um em posição de incisivo central (ou lateral), posições bilaterais de
caninos, posições bilaterais de segundo pré-molar e metade distal em região de
molares bilateralmente (Fig. 25-45). Esses sete implantes devem ser imobilizados em
conjunto para funcionar como um arco biomecânico. Essas posições de implantes criam
espaço suficiente entre cada implante para permitir maiores diâmetros de implantes nas
regiões molares (quando necessários por conta da força ou da densidade óssea), sem
preocupação com o implante adjacente. Deve-se ter em mente que a posição exata do
implante não é necessária para uma prótese do tipo PF-3. Assim, o espaçamento entre
os implantes é menos específico (Fig. 25-46).
FIGURA 25-45 Idealmente, uma maxila completamente edentada
deve receber sete implantes para uma reabilitação fixa total (ou
uma sobredentadura completamente implantossuportada).
FIGURA 25-46 A, Uma forma de arco ovoide em um paciente
com três implantes instalados na pré-maxila e um total de sete
implantes para uma prótese de PF-3. B, Prótese PF-3 que tem
uma forma de arco anterior ovoide suportada por implantes. C, O
paciente foi restaurado com uma prótese implantossuportada em
arco superior como antagonista de uma dentição natural. D, A
radiografia panorâmica do paciente com uma forma de arco
ovoide. A posição do implante é menos específica quando a
prótese é do tipo PF-3.
O EAC ideal necessário para uma prótese fixa sobre implantes deve variar entre 8 e
12 mm. Esta medida conta para o “espaço biológico”, a altura do pilar para prótese
cimentada ou aparafusada, a resistência do material oclusal, a estética e as
considerações higiênicas em torno das coroas.
Além disso, quando a peça fundida é reinserida no forno para a queima da cerâmica,
o calor é mantido no interior da peça em proporções diferentes, de modo que a
porcelana resfria em diferentes regiões a diferentes taxas.43 Se não forem controlados
corretamente, esses fatores aumentam o risco de fratura da porcelana depois da
carga44 (Fig. 25-54, B a D). Para EAC excessivo, o peso considerável da prótese
(chegando a 3 oz de liga) pode afetar as consultas de instalação porque a prótese não
permanece no local sem o uso de adesivos. Os metais nobres devem ser usados para
controlar a expansão ao calor ou a corrosão da liga; portanto, os custos de tais
próteses sobre implantes têm aumentado substancialmente.45 Métodos propostos para
produzir estruturas ocas para aliviar esses problemas, incluindo o uso de moldeiras
customizadas especiais para obter uma moldagem passiva, podem duplicar ou triplicar
os custos laboratoriais.
Um método alternativo de fabricação de próteses fixas em situações de EAC igual ou
superior a 15 mm é a prótese total fixa ou a prótese híbrida, com uma menor estrutura
metálica, dentes de estoque e resina acrílica para juntar todos esses elementos
(Fig. 25-55). As estruturas metálicas reduzidas em comparação com a prótese fixa em
metalocerâmica exibem menos alterações dimensionais e podem encaixar os pilares
mais precisamente, o que é especialmente importante para próteses aparafusadas. A
fabricação é menos onerosa do que a prótese fixa em metalocerâmica, é altamente
estética (dentes de estoque), fácil substituição dos dentes e aparência de tecidos
moles, e é mais fácil de consertar, se a fratura ocorrer. Os dentes artificiais nessas
próteses não devem ser de acrílico ou compósito, devido a uma elevada taxa de fratura.
Em vez disso, os dentes de cerâmica para próteses removíveis são sugeridos. Como os
de resina acrílica agem como intermediários entre os dentes de porcelana e a estrutura
de metal, a força de impacto durante a carga oclusal dinâmica pode ser reduzida em
comparação com uma prótese fixa em metalocerâmica. Como regra geral, as próteses
fixas híbridas (PF-3) são usadas em situações com EAC de 15 mm ou mais. No entanto,
quando o EAC é inferior a 15 mm, a diminuição no volume de acrílico aumenta o risco
de fratura e de complicações. Nesse caso, uma prótese em metalocerâmica é indicada.
FIGURA 25-55 A, um grande espaço de altura da coroa pode
ser restaurado com uma prótese híbrida com uma estrutura
metálica, dentes de cerâmica e acrílico. B, Radiografia
panorâmica de uma prótese híbrida superior PF-3, com uma
estrutura de metal, dentes de cerâmica e acrílico. C, A prótese
híbrida fixa superior in situ. Pode ser feita com estética, com
custos de laboratório reduzidos, é leve e pode ser reparada mais
facilmente do que uma prótese tradicional de metalocerâmica.
Na maxila, a perda óssea horizontal e vertical resulta em uma posição mais palatina
do rebordo. Como consequência, os implantes são geralmente instalados mais
palatinamente do que a posição do dente natural. Próteses removíveis apresentam
várias vantagens sob circunstâncias clínicas. A prótese removível não necessita de
embrasuras para a higiene. O cantiléver vestibular de uma prótese fixa pode tornar
impossível a realização da higiene sulcular. A prótese removível pode ser removida
durante o sono para diminuir os efeitos de um aumento do EAC em parafunção noturna.
A prótese removível pode melhorar o apoio labial e facial, que é deficiente devido à
perda óssea avançada. A sobredentadura deve ter volume deficiente de resina acrílica
para diminuir o risco de fratura da prótese. O aumento do EAC permite a instalação de
prótese dentária sem violação da subestrutura implante-prótese.
Uma sobredentadura rígida (PR-4) tem requisitos idênticos em relação à posição e
ao número dos implantes de suporte como uma prótese fixa, porque é rígida durante a
função. Os suportes dos tecidos moles, além das próteses removíveis
implantossuportadas com um EAC excessivo são recomendados quando não for
possível projetar adequadamente o sistema de suporte de implante. Misch descreve o
“cantiléver escondido” para além da barra em cantiléver com uma SBI rígida.46 Quando
a sobredentadura não tem movimento durante a função, o cantiléver não para no final
da subestrutura em cantiléver, mas termina na última posição de contato oclusal na
prótese, muitas vezes na distal do segundo molar (Fig. 25-58).
O EAC excessivo em uma prótese PR-5 muitas vezes torna a prótese mais instável, e
muitas vezes requer mais suporte de tecidos moles. Em sobredentaduras PR-5 existem
dois componentes diferentes do EAC: (1) a distância da crista do rebordo até a altura
do conector da sobredentadura e (2) a distância do conector da sobredentadura ao
plano oclusal. Quanto maior for a distância do conector ao plano oclusal, maior será a
força sobre a prótese de se mover ou girar sobre o conector, e maior será a mobilidade
da prótese (e menor a estabilidade). Por isso é necessário mais suporte tecidual
durante a função, o que pode causar manchas e feridas sob a prótese e acelerar a
perda óssea posterior.
Menos artigos foram publicados sobre SBI maxilares em comparação com
sobredentaduras mandibulares. A maioria dos relatos clínicos aborda as próteses do
tipo PR-5 com suporte de tecido mole posterior e retenção sobre implante anterior. De
acordo com Goodacre et al., sobredentaduras mandibulares têm uma das taxas de
sucesso mais altas de implantes, e a prótese com a maior taxa de perda de implantes é
uma sobredentadura superior (19% taxa de perda).3 Por exemplo, em 1994 Palmqvist
et al. relataram resultados precários semelhantes em um estudo prospectivo,
multicêntrico de 5 anos, com 30 maxilas e 103 mandíbulas.24 Jemt e Lekholm
informaram que a taxa de sobrevida de implantes mandibulares foi de 94,5% e de
100% para próteses mandibulares.26 Na maxila, a taxa de sobrevida do implante foi de
72,4% , e a taxa de sobrevida da prótese foi de 77,9% . Os autores sugeriram que o
resultado do tratamento pode ser previsto através do volume e da quantidade óssea.
Um estudo prospectivo realizado por Johns et al. analisaram SBIs maxilares em 1 ano, 3
anos e 5 anos.27 Dezesseis pacientes foram acompanhados ao longo de todo o
estudo, com uma taxa de sucesso cumulativa de 78% para as próteses e 72% para os
implantes. A taxa de sobrevida do implante cumulativa de SBIs maxilares foi relatada em
76,6% em 5 anos.28-31
Alternativamente, Misch acompanhou 75 SBIs maxilares (PR-4) e 615 implantes por
10 anos, com 97% de sobrevida do implante e 100% nas taxas de sobrevida da
prótese. As principais diferenças nessas modalidades de tratamento têm sido uma SBI
maxilar completamente implantossuportada, retida e estabilizada (PR-4); um número
maior de implantes; e posições estratégicas dos implantes seguindo as diretrizes de
planejamento de tratamento com base em conceitos biomecânicos básicos para reduzir
perdas e diminuir os riscos.
2. Os implantes posteriores neste tipo de prótese estão em uma linha reta e não
resistem às forças laterais tão bem. Muitas vezes, os conectores precisam
repetidamente de substituição, e todos os implantes de um lado do arco podem ser
perdidos (Fig. 25-64). Próteses fixas e sobredentaduras totais superiores têm uma
maior incidência de perda de implante e complicações protéticas que as
sobredentaduras inferiores, mesmo quando as posições dos implantes são
similares.3,22,24 Essas observações reforçam ainda mais a necessidade de mais
implantes e menos pônticos na restauração de uma maxila em comparação com a
mandíbula.
FIGURA 25-64 Implantes posteriores com barras individuais. O
parafuso do componente se tornou repetidamente solto e o
implante foi perdido.
A quantidade mais adequada de implantes para uma prótese do tipo PR-5 é de cinco
implantes. Os implantes principais estão posicionados nas regiões de caninos
bilateralmente (diretriz 3 do plano do tratamento), e pelo menos um, na região do
incisivo central (diretriz 2 do plano do tratamento). Outros implantes secundários podem
ser instalados na região de primeiro ou segundo pré-molares (plano do tratamento do
arco de cinco lados) (Fig. 25-66).
FIGURA 25-66 Para otimizar uma sobredentadura PR-5 são
necessários cinco implantes. Os implantes ficam em cada uma
das cinco posições de rotação de um arco.
Quando um implante não pode ser instalado em pelo menos uma região de incisivo
central, o forame incisivo pode ser considerado para a instalação do implante. Outra
alternativa é a utilização de um implante na região de incisivo lateral. Em tais casos,
devido à redução da distância AP dos incisivos laterais no local de implante mais
anterior, a região de segundos pré-molares também deve ser utilizada no lado
contralateral (juntamente com o canino) para melhorar a distância AP. Seis implantes
geralmente são indicados para uma prótese PR-5 quando os fatores de força são
maiores (Fig. 25-67).
FIGURA 25-67 Um projeto alternativo com seis implantes inclui
implantes estratégicos nas regiões de caninos, implantes nas
regiões dos incisivos laterais e implantes secundários nas
regiões de segundo pré-molar para melhorar a distância
anteroposterior. Clipes Dolder ou O-rings podem ser usados de
maneira a permitir duas direções de movimento da prótese.
Os implantes são sempre unidos com uma barra rígida. Não há cantiléver distal, e o
desenho da barra deve seguir a forma do arco dental, mas ligeiramente lingual aos
dentes anterossuperiores. A prótese deve ter pelo menos duas direções de movimento;
no entanto, são preferidas três ou mais. Assim, um clipe Dolder ou um O-ring pode ser
usado se for colocado no centro do arco e perpendicular à linha média. Um clipe Dolder
tem um espaçador sobre o grampo para permitir algum movimento vertical antes da
rotação. Quando O-rings são usados para reter a prótese, podem ser posicionados
mais distais do que um clipe Dolder central, muitas vezes imediatamente distal para a
posição de canino. O-rings também podem ser usados imediatamente distais ao último
pilar de cada lado, ou entre os implantes. Quando O-rings intermediários são utilizados,
o alívio é distal à barra para permitir o movimento da prótese em direção ao tecido sob
forças oclusais posteriores.
Uma SBI superior PR-5 é projetada exatamente como uma prótese total, com palato
totalmente estendido e flanges. Deve ser permitido que a prótese se desloque
ligeiramente na região incisal durante a função para que ela possa girar em direção ao
tecido mole posterior em torno de um ponto de apoio localizado na posição de canino
ou pré-molar.
Os benefícios de uma sobredentadura superior PR-5 são retenção e estabilidade dos
implantes. O suporte posterior é obtido a partir do tecido mole. Naturalmente, outro
benefício principal é a manutenção do osso da pré-maxila devido ao estímulo do
implante. Há também um gasto reduzido, quando comparada com uma prótese do tipo
PR-4 porque os enxertos bilaterais de seio maxilar não são necessários para os
implantes na região de molares, e o número de implantes pode ser de até quatro.
Opção 2: Sobredentaduras Maxilares Implantossuportadas PR-4
A segunda opção para uma SBI superior é uma prótese PR-4, com seis a 10 implantes,
que é rígida durante a função (Fig. 25-68). Essa opção é o desenho preferido de SBI
porque mantém maior volume ósseo e proporciona maior segurança e confiança para o
paciente em comparação com uma prótese total ou uma PR-5. A perda de osso em
largura na pré-maxila não requer enxerto de osso ou de hidroxiapatita para suporte
labial, como em uma prótese fixa. No entanto, o custo do tratamento é mais semelhante
ao de uma prótese fixa híbrida. Uma PR-4 na maioria das vezes ainda requer enxertos
de seio e implantes posteriores. O enxerto ósseo para toda a pré-maxila para uma
prótese fixa pode exigir a crista ilíaca como área doadora, porque grandes volumes de
osso são necessários. Assim, a prótese PR-4 pode ser necessária para a estética
facial, se os procedimentos de aumento não forem realizados (Fig. 25-69).
Os seis a 10 implantes são unidos em torno do arco com uma barra rígida (cinco
lados do arco no planejamento do tratamento). Quatro ou mais conectores geralmente
são posicionados ao redor do arco. Isso proporciona uma sobredentadura retentiva e
estável. Normalmente, a cobertura do palato é mantida. Isso ajuda a evitar problemas
de fala e de impactação alimentar.
O esquema oclusal para esta prótese PR-4 é semelhante ao de uma prótese fixa:
oclusão central em torno do arco e único contato anterior durante as excursões
mandibulares (a menos que se oponha a uma prótese total mandibular). A
sobredentadura superior deve ser removida durante o sono para evitar parafunção
noturna. Se o paciente usar sobredentaduras superior e inferior, apenas a prótese
inferior precisa ser removida.
Tabela 25-3
Comparação de Próteses da Maxila
Psicológico +++ +
M aterial M etalocerâmica Barra, metal e sobredentadura
Suporte labial + +++
Estético Cerâmica rosa (=) Resina (=)
Fonético (vias respiratórias, passagem de ar) + +++
Função (retenção de alimentos) +++ +
M anutenção +++ M ais alterações na prótese (–)
Reparo _ +
Fatores de força _ Remover à noite (+)
Número de implantes = =
Conclusão
SBIs superiores podem ser tão previsíveis quanto sobredentaduras mandibulares
quando considerações biomecânicas específicas à maxila são incorporadas ao plano
de tratamento. Em geral, isso requer implantes em maior número e um maior
conhecimento dos princípios protéticos.
Apenas duas opções de tratamento de SBI maxilar estão disponíveis. O menor
número de implantes para essa prótese é de quatro a seis implantes para suportar uma
PR-5. Uma SBI rígida (PR-4) geralmente requer a instalação de sete ou mais implantes.
Uma sobredentadura completamente implantossuportada requer o mesmo número e
posição de implantes como uma prótese fixa. Assim, enxertos de seio e implantes
anteriores geralmente são indicados, se a prótese for fixa ou removível. Em outras
palavras, SBIs superiores são completamente diferentes de sua antagonista mandibular.
Na maxila completamente edentada, uma SBI é muitas vezes o tratamento de escolha.
Ao contrário do que ocorre na mandíbula, o lábio superior muitas vezes requer um
apoio adicional como consequência da perda de estrutura óssea. Uma linha alta do
lábio expõe as papilas interdentais entre os dentes anteriores. Usar sobredentaduras
para substituir tecido duro e mole é mais fácil do que a tentativa para fazer isso com
osso e tecido mole ou próteses metalocerâmicas.
Arcos edentados parciais e totais superiores são uma ocorrência comum em
odontologia. Próteses sobre implantes são geralmente o tratamento de escolha em
comparação com próteses fixas tradicionais ou próteses parciais ou próteses totais.
O plano de tratamento para uma maxila edentada ou pré-maxila parcialmente
edentada com vários dentes adjacentes ausentes é diferente de uma prótese
mandibular. Como consequência, os aspectos originais do arco incluem o uso de
enxertia com mais frequência, mais implantes para substituir os dentes perdidos e uma
maior especificação do tamanho do implante.
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PA R T E V
Aspectos Protéticos da Implantodontia
ESBOÇO
Proteção da Prótese
Um protocolo cirúrgico previsível para implantes endósseos foi desenvolvido e relatado
por Brånemark e Adell et al. há mais de 30 anos.1,2 No entanto, em algumas ocasiões,
o implante pode ser perdido durante o processo de cicatrização inicial devido a cirurgia
traumática, cicatrização comprometida, precária seleção de casos, ou por razões
desconhecidas. Os pacientes compreendem que a medicina não é uma ciência exata e
que seus corpos podem responder de maneira diferente a um procedimento-padrão.
Como resultado, os pacientes são mais suscetíveis a aceitar a perda cirúrgica do
implante. No entanto, uma vez que é feita a reabertura do implante e dito ao paciente
que este foi um sucesso, qualquer pequena complicação pode levar a perda ou
comprometimento do implante, o que muitas vezes pode se tornar inaceitável para o
paciente.
O paciente raramente pode avaliar as causas da perda cirúrgica do implante; mas,
ao contrário, pode avaliar diversos aspectos do resultado protético, tais como estética,
oclusão, função, fala e manutenção. O tempo adicional, consultas, etapas de
laboratório e custos de uma prótese mal adaptada sobre implantes mal posicionados
não são apreciados. Os pacientes podem acreditar que a perda óssea ou a perda de
implante ocorreu por causa dos parafusos, que foram muito apertados ou que estavam
frouxos, que o elemento não foi fixado adequadamente ou que a oclusão estava
incorreta em vez de entender a causa original de baixa qualidade óssea ou implantes
com uma angulação desfavorável na fase cirúrgica. Todos esses fatores complicam a
condução do paciente pelo protesista.3
O tempo necessário para remover um implante perdido após a cicatrização e instalar
um implante adicional geralmente é mínimo e muitas vezes pode ser realizado na
consulta da segunda etapa cirúrgica. O tempo necessário para confeccionar a prótese
é de geralmente cinco ou mais consultas protéticas. A perda do implante após a entrega
final da prótese também pode resultar em cinco consultas protéticas adicionais e em
taxas adicionais de laboratório. Além disso, a perda do implante pode levar à perda de
tecido ósseo e tecido mole. Como resultado, substituir o implante pode exigir enxerto
ósseo e de tecido mole mais tempo adicional antes da reinstalação. O paciente pode
culpar o protesista pela perda óssea associada à perda do implante.
O protesista usualmente orienta o paciente sobre as limitações da restauração de um
dente mal posicionado. Tratamento ortodôntico ou exodontia são muitas vezes
sugeridos para dentes naturais em vez de para um resultado final comprometido da
prótese. Ainda assim, muitas vezes, os dentistas consideram o implante um sucesso
somente com o critério de rigidez. Eles muitas vezes negligenciam a estrutura com
poucos implantes, a instalação inadequada do implante nas direções mesiodistal e
vestibulolingual, a excessiva profundidade do sulco, a área de superfície de contato do
corpo do implante para suporte de carga insuficiente, a má angulação, a má qualidade
óssea, a qualidade e a quantidade de tecidos moles inaceitáveis, e a relação entre
estes requisitos estéticos e sua influência sobre as complicações. Devem ser
estabelecidos critérios aceitáveis em longo prazo e os fatores limitantes identificados
antes da reconstrução protética para minimizar a ocorrência de complicações
relacionadas com a restauração, a manutenção ou os cuidados do paciente.
O sistema de retenção da prótese deve ser planejado antes da cirurgia. Em uma
prótese fixa parafusada, os implantes devem ser posicionados mais lingual do que com
as próteses cimentadas porque a abertura de acesso para o parafuso protético é
colocado no cíngulo. A correção dos implantes vestibularizados para próteses
parafusadas pode ser mais difícil e pode levar a comprometimentos estéticos.
Próteses cimentadas devem ter 8 mm ou mais espaço da altura da coroa (EAC). Esta
dimensão permite pelo menos 1 mm de material oclusal sobre a coroa, 5 mm de altura
do pilar como forma de retenção e resistência (com uma margem subgengival), 1 mm de
margem subgengival e 2 mm para uma inserção do epitelial juncional acima do osso
(Fig. 26-1).
FIGURA 26-1 Uma coroa de implante cimentada ideal deve ter
8 mm ou mais de altura da coroa. Esta dimensão permite um pilar
com altura de 5 mm (com uma margem subgengival de 1 mm).
TC, tecido conjuntivo; EJ, epitélio juncional.
Prótese Recuperável
Próteses sobre implantes têm mais complicações (afrouxamento do parafuso do pilar,
fratura da porcelana, perda da crista óssea e perda do implante) durante o 1° ano de
carga. No entanto, seria vantajoso se as próteses fossem capazes de serem removidas.
Alguns fabricantes de implantes e dentistas recomendam próteses parafusadas como
regra geral, sugerindo que apenas uma prótese parafusada seja recuperável (Fig. 26-
3). Além disso, se o afrouxamento do parafuso ocorrer e a coroa já não estiver ligada
ao corpo do implante, o implante é protegido contra sobrecarga. No entanto, estas duas
razões para próteses parafusadas ignoram vários fatores.
FIGURA 26-3 A principal vantagem de uma prótese parafusada
(direita) é a sua recuperabilidade. No entanto, isto implica que a
prótese cimentada sobre implantes (esquerda) não pode ser
removida facilmente.
Embora vários trabalhos tenham sido publicados, pode-se estimar que as próteses
parciais fixas (PPF) sobre dentes naturais têm vida útil média de 10 a 15 anos4-8. Em
contrapartida, as próteses fixas implantossuportadas rotineiramente demonstraram uma
taxa de sobrevida do implante maior que 90% .9-16 As complicações mais
frequentementes observadas nas próteses fixas dentossuportadas naturais para as
quais uma nova prótese é necessária são a recorrência de cárie.4,7 A segunda
complicação que frequentemente ocorre está relacionada com a endodontia. Pilares de
implantes não ficam cariados nem precisam de terapia endodôntica. Como resultado,
esta é principal razão pela qual próteses fixas em dentes naturais muitas vezes têm
uma vida mais curta do que próteses fixas sobre implantes. Por isso, as próteses sobre
implantes têm complicações a curto prazo e as sobre dentes naturais têm mais
complicações a longo prazo.
Se um protesista desejar fabricar uma prótese parafusada para permitir a remoção e
facilitar o manejo de possíveis complicações, um pensamento coerente seria usar este
tipo de retenção para próteses sobre dentes naturais por causa de sua maior incidência
de complicações tardias. Uma prótese parafusada pode ser fabricada para dentes
naturais em poucas consultas e com um menor custo do que para os implantes. Um
coping pode ser cimentado ao dente com um sítio receptor para o parafuso, e o
parafuso pode reter a prótese (usando-se a mesma técnica de moldagem e modelo de
gesso) (Fig. 26-4). Contudo, a maioria dos protesistas escolhe fazer próteses
dentossuportadas cimentadas. Muitos desses mesmos dentistas ainda se sentem
obrigados a reter próteses implantossuportadas com parafusos devido à possibilidade
de reparação, ainda que continuem a usar o cimento permanente nos pilares naturais.
Esta é uma filosofia inconsistente para retenção de próteses fixas.
FIGURA 26-4 Um coping pode ser cimentado em um dente
natural, e um parafuso lingual ou palatino pode ser usado para
retenção da prótese.
Proteção do Implante
Um parafuso protético frouxo pode proteger o implante sob a coroa frouxa porque a
mobilidade da coroa reduz a tensão para o corpo do implante. Mas, para próteses
implantossuportadas com mais de um implante unidos, é preciso lembrar que toda vez
que um parafuso afrouxa, os pilares restantes suportam uma força adicional. As forças
incluem aumento na força de momento, forças de compensação e forças adicionais
sobre os pilares restantes. As cargas aumentadas nos outros implantes podem levar a
perda do implante, fratura do componente e perda óssea.21,22 É mais fácil unir coroas
cimentadas do que conectar próteses parafusadas.
Fundição Passiva
Idealmente, quando uma prótese é retida por meio de parafusos, a prótese, assenta-se
passivamente sobre o topo dos pilares, e os parafusos fixam os dois componentes
juntos. Os parafusos colocam forças compressivas ou de tração sobre os pilares, mas
nenhuma força é transmitida para os corpos do implante (Fig. 26-7). Se, no entanto, a
fundição da prótese não se assentar passivamente nos pilares sobre os parafusos, a
força dos parafusos protéticos é transmitida para os corpos de implante (Fig. 26-8).
FIGURA 26-7 Uma prótese parafusada se assenta passivamente
de modo ideal sobre os pilares e os parafusos são mantidos no
lugar por compressão, tensão e forças de cisalhamento.
FIGURA 26-8 Se a prótese não estiver passiva, a força de
torque colocada no parafuso protético é transferida para o corpo
do implante.
Em um estudo realizado por Strong e Misch, uma barrra parafusada foi fabricada
sobre cinco implantes Nobelpharma instalados em uma mandíbula anterior simulada
feita de polimetilmetacrilato com um fator de dureza de densidade óssea D1. Três
diferentes materiais de moldagem e dois tipos de gesso foram usados (ambos com o
mesmo procedimento de moldagem direta e indireta). As fundições usaram metais
preciosos. Após a fabricação de 100 peças fundidas, a barra mais passiva (mantida
com 10 N-cm) moveu todos os implantes em 3 a 8 mícrons (Fig. 26-13). Isso propicia
uma comprovação visual de que as próteses parafusadas com carga imediata são
suficientes para distorcer a interface osso/implante, o que faz com que a peça pareça
clinicamente passiva.
FIGURA 26-13 Em um estudo realizado por Strong e Misch com
100 peças fundidas, a fundição mais passiva fabricada para unir
cinco implantes moveu todos os implantes em um simulador de
osso D1 em 3 a 8 mícrons.
Carga Progressiva
O osso ao redor de um implante leva 1 ano ou mais para obter a sua total resistência.
Como consequência da cirurgia, o osso se remodela com bone woven (o osso de
reparo), que é 60% mineralizado e é menos organizado que osso lamelar (suporte de
cargas). Além disso, a resistência do osso é geralmente aumentada após a carga em
resposta às condições de microdeformações que mudam dentro da célula óssea. Um
processo gradual de carga pode aumentar a resistência óssea e atrasar toda a carga
oclusal até que o osso fique mais forte.43 Um estudo comparativo bilateral demonstrou
que implantes unitários sofreram a maior perda de crista óssea e exibiram osso menos
denso quando não receberam carga gradualmente comparados com os que receberam
carga progressiva.44
A prótese provisória parafusada é mais difícil de ser confeccionada. Portanto, os
dentistas geralmente não confeccionam uma prótese provisória em regiões não
estéticas ou mantêm a mesma prótese removível durante a confecção da prótese final
como foi usada durante a cicatrização do implante. E mesmo quando uma prótese
provisória parafusada é fabricada, esta não fica completamente passiva. Como
resultado, a interface implante/osso não recebe carga gradual para melhorar a sua
densidade. Em vez disso, a interface implante/osso recebe inicialmente carga quando a
prótese parafusada não passiva é inserida. Uma prótese parafusada apresenta
dificuldade de carga progressiva do osso devido aos fatores de desadaptação para um
sistema de tolerância zero, como previamente discutido.
Uma prótese provisória cimentada pode ser utilizada antes da entrega da prótese
final cimentada e gradualmente submete carga à interface implante/osso com oclusais
de acrílico e aumenta gradualmente os contatos oclusais durante um período de tempo
prolongado. Este protocolo não afeta as propriedades de retenção da prótese final e
leva a um aumento na resistência e na densidade óssea.
Carga Axial
A prótese cimentada e o corpo do implante podem receber cargas axiais, diminuindo,
assim, a carga sobre a crista óssea. A diminuição na tensão de crista óssea pode
reduzir a incidência de perda óssea.45,46 Além disso, a literatura forneceu evidências
de que cargas de compensação podem causar aumento da incidência de perda do
componente ou afrouxamento do parafuso.47,48
Em contraste, as cargas axial e oclusal em uma prótese parafusada devem colocar
carga na região de parafuso oclusal. As aberturas costumam ser de 3 mm de diâmetro,
o que representa 30% ou mais da superfície oclusal total de dentes posteriores e 50%
de sua área funcional porque apenas dois terços da mesa oclusal estão nas regiões de
cargas funcionais.20 Parafusos oclusais estão geralmente no local ideal (ao longo do
eixo longitudinal) para o contato oclusal primário45 (Fig. 26-16). A maioria dos
fabricantes sugere a colocação de uma resina composta na oclusal sobre o orifício de
acesso do parafuso ou o deslocamento da carga da coroa lateral para a região do
parafuso oclusal. Para direcionar as cargas ao longo do eixo longitudinal do implante
com uma coroa parafusada, ajustes oclusais são feitos sobre a prótese composta
oclusal colocada por cima do parafuso. Estas restaurações exigem desgaste e tempo
de cadeira adicional, mas são mais práticas do que a porcelana ou o metal, que é o
material de contato oclusal de escolha para uma prótese cimentada. Próteses
anteriores que são fixadas por parafusos não podem receber cargas de forma ideal
como nas próteses cimentadas. Os parafuso de fixação de prótese são muitas vezes
colocados na área do cíngulo.
FIGURA 26-16 O local ideal para um contato oclusal situa-se
diretamente sobre o corpo do implante. O orifício de acesso
raramente recebe carga mesmo quando preenchido com resina
composta. Assim, a maioria das coroas parafusadas está fora do
eixo que recebeu carga.
Estética
Um pilar levemente angulado para prótese cimentada pode ser preparado como para
um dente natural. O corpo do implante pode também ser preparado para este efeito. A
prótese parafusada colocada sobre um implante levemente vestibularizado pode não
ser capaz de ser modificada. Portanto, pode comprometer o aspecto estético da
prótese.52 Os parafusos de cobertura oclusais em próteses parafusadas posteriores
exigem próteses oclusais para evitar um resultado antiestético. Mesmo quando a resina
é colocada para o acesso das aberturas, a prótese é menos estética. O aspecto oclusal
da prótese cimentada é todo em porcelana e é mais estético.
Após a fratura do material, o sítio regenerado fica mais fraco do que a sua
resistência original e fraturas recorrentes tornam-se mais comuns. As preocupações do
paciente e o conforto psicológico com a prótese muitas vezes são afetados. Uma
prótese cimentada não tem um ponto fraco através da superfície do material oclusal.
Acesso
O acesso é mais difícil nas regiões posteriores da boca para inserção de próteses
parafusadas, especialmente em pacientes com abertura limitada da mandíbula. As
chaves protéticas para colocar e apertar os parafusos protéticos têm geralmente mais
que 15 mm de altura. A manipulação de pequenos parafusos e chaves protéticas é
muito mais demorada e desafiadora do que a preparação do pilar e a cimentação da
prótese.
Quando um parafuso ou chave protética cair na região posterior da boca, o paciente
pode engolir ou aspirar o dispositivo.54-56 É um risco maior quando se trabalha na
região posterior; os pequenos componentes não são magnéticos porque metais
preciosos ou titânio são usados para os parafusos, portanto um ajuste funcional é
necessário para levá-los ao local receptor, e podem não ser encontrados.
Fratura do Componente
Uma complicação a longo prazo das próteses parafusadas é o insucesso por fadiga no
parafuso23,57. O diâmetro estreito do parafuso da prótese reduz sua força no longo
prazo. A resistência da fratura de um objeto sólido é de π/4 (R4).58 Em outras palavras,
um parafuso com o dobro de diâmetro é 16 vezes mais resistente. Uma vez que o
diâmetro do parafuso oclusal é o menor que todo o componente do implante, o parafuso
tem mais risco de fratura (Fig. 26-20).
A fratura por fadiga está relacionada com o número de ciclos de carga. O limite de
fadiga ou de resistência é de cerca da metade da força máxima. Os parafusos de
prótese recebem aumentos cíclicos de cargas sob parafunção. Como resultado, os
parafusos do pilar apresentam risco de fratura ou afrouxamento a longo prazo. Essas
complicações são encontradas nas próteses parafusadas, com afrouxamento do
parafuso relatado em até 38% nas próteses unitárias posteriores.59,60 O afrouxamento
do parafuso aumenta a força em outra parte do implante e pode levar a complicações
adicionais, afrouxamento do parafuso do pilar ou fratura, e até mesmo fratura do corpo
do implante por um componente que permaneça conectado.
O desgaste das roscas do parafuso pode ocorrer quando a prótese é removida e
reinstalada várias vezes ao longo dos anos ou quando novo torque é dado depois de
soltar. Como resultado, a fratura do parafuso e o afrouxamento do componente podem
aumentar em próteses de longo prazo. Próteses cimentadas não têm componentes de
pequeno diâmetro e nenhum desgaste metal-metal; portanto, complicações
semelhantes não são observadas.
Tempo e Custo
Os custos de laboratório para uma prótese parafusada são maiores do que os custos
para uma prótese cimentada17,60. Próteses parafusadas requerem componentes
adicionais de laboratório, tais como pinos de moldagem, análogos, pilares e parafusos
(Fig. 26-21). Como consequência de próteses implantossuportadas, os fabricantes de
implantes podem auferir quatro vezes mais lucro com as restaurações parafusadas
comparadas com as restaurações cimentadas. Além disso, tempo e componentes
laboratoriais são maiores para fabricar a prótese. Consequentemente, os custos de
laboratório são uma vez e meia a duas a vezes maiores que no caso de uma prótese
cimentada.
Há várias razões para que as próteses sobre implantes tenham mais complicações
de cimento residual do que os dentes naturais. Elas são, principalmente, a posição da
margem protética em relação à margem gengival livre e uma diferença na adesão do
sulco ao implante ou ao dente.
Uma interface implante-tecido mole não tem uma região de fixação do tecido
conjuntivo. Uma sonda periodontal introduzida no sulco pode prosseguir para o nível do
osso. Assim, não há nenhuma barreira para impedir o excesso de cimento de se
estender mais profundamente na região de tecido mole (Fig. 26-28).
FIGURA 26-28 Uma sonda periodontal inserida ao lado de um
implante pode avançar para o nível do osso porque não há
nenhuma barreira física sobre o implante acima do osso. TC,
tecido conjuntivo; GML, margem gengival livre; EJ, epitélio
juncional.
*Implantes e dentes.
Prótese sobre implante não se deteriora nem tem defeitos cervicais ou fraturas
dentárias. Assim, em próteses cimentadas, a margem da coroa deve ser igual ou
superior à gengiva marginal livre fora da região estética quando a altura do pilar
aumentada não for necessária para aumentar a retenção.18 Isto permitiria acesso fácil
à margem da coroa para remover qualquer excesso de cimento.
Quando uma margem subgengival é indicada em uma prótese, ela não deve
proceder mais de 1 mm ± 0,5 mm dentro do sulco.69,70,71 Infelizmente, muitos
profissionas (e laboratórios) tentam colocar a margem de coroa no pilar largo de um
implante com pilar cimentado. Uma vez que o pilar é normalmente mais largo que o
implante e se afunila para a porção incisal, muitos dentistas utilizam o pilar cônico como
uma margem de coroa (Fig. 26-30).
O pilar cônico de implante é muitas vezes colocado perto da crista óssea residual,
especialmente quando o implante está abaixo da crista óssea residual (Fig. 26-31).
Como consequência, o dentista tem dificuldade em indentificar a “margem” do pilar
cônico em uma moldagem porque ele pode residir mais de 2 mm abaixo da margem
gengival livre, especialmente na região interproximal.
FIGURA 26-31 O pilar cônico é geralmente colocado perto da
crista óssea residual, especialmente quando o implante está
posicionado abaixo da crista (lado direito).
Para capturar o pilar cônico (“margem”) vários milímetros abaixo do tecido, o dentista
muitas vezes faz uma moldagem de transferência do implante para capturar a posição
do pilar cônico. Se o laboratório estiver utilizando uma moldagem da “margem” ou um
pilar de estoque para retenção cimentada com uma moldagem do implante, ele
posiciona a margem de coroa no pilar vários milímetros abaixo da margem gengival.
Quando o dentista tenta assentar a coroa de implante alguns milímetros abaixo do
tecido, o contorno subgengival empurra o tecido para longe do pilar, que muitas vezes
impede o assentamento passivo da coroa, e o tecido empurra a coroa e eleva sua
posição em relação à “margem”. Como resultado, o dentista muitas vezes cimenta a
prótese antes da avaliação oclusal ou estética. Assim, um ajuste oclusal ou estético não
é realizado antes da cimentação.
Quando o excesso de cimento sai da “margem” da coroa subgengival, ele então se
estende para além do pilar cônico para baixo do pilar subgengival (Fig. 26-32). Como a
margem está vários milímetros abaixo da margem gengival livre e abaixo do pilar cônico,
o dentista tem dificuldade de remover o excesso de cimento.
FIGURA 26-32 Quando a margem da coroa está no pilar cônico,
a resistência do tecido muitas vezes aperta a coroa mais
coronalmente e o cimento é empurrado para baixo do pilar cônico
dentro de uma região rebaixada.
Uma alternativa para este problema realizada por muitos dentistas e laboratórios é a
transferência de corpo do implante e do análogo utilizando uma técnica de laboratório
indireta seguida da fabricação de um pilar personalizado. A customização do pilar é
projetada com a margem de coroa 1 mm abaixo da margem gengival livre (Fig. 26-33).
Portanto, a coroa pode ser assentada passivamente, a estética e a oclusão,
modificadas conforme necessário e com o excesso de cimento capaz de ser facilmente
removido. Essa opção é muitas vezes incentivada pelos laboratórios dentais e pelos
fabricantes de implantes porque esta técnica está associada a um maior preço, e a
compra de um pino de moldagem e um análogo é necessária.
FIGURA 26-33 O pilar cônico pré-fabricado da maioria dos
projetos de implantes coloca o pilar cônico próximo da plataforma
do implante, que pode estar vários milímetros abaixo do tecido
(esquerda). Um pilar personalizado pode ser fabricado
posicionando-se a margem 1 mm abaixo do tecido (direita).
O Pilar Cônico
Quanto maior a base de um pilar, mais conicidade pode ser aplicada a ele. Como o
corpo do implante tem um diâmetro menor que o dente que ele substitui, o volume de
conicidade é reduzido. Um fator limitante da conicidade é a parede exterior do pilar no
aspecto incisal. O pilar para retenção cimentada tem o orifício para parafuso de fixação
com 2,5 mm de diâmetro de modo que o parafuso do pilar possa ser introduzido e fixar
o pilar ao implante (Fig. 26-34). Como consequência, um pilar de 3,5 mm de diâmetro
na base pode ter uma conicidade de apenas 5 graus. Um pilar de 6 mm de largura na
base pode ter uma conicidade de 25 graus. Quanto maior a conicidade, mais fácil é
para o dentista unir os implantes ou obter uma melhor inserção da prótese. Quando o
aspecto cervical do pilar é de 3 a 4 mm de diâmetro (e é semelhante à dimensão do
corpo do implante), a conicidade do pilar é limitada a 5 a 10 graus. Isto torna quase
impossível unir coroas sobre implantes e torna necessário que as posições dos
implantes sejam semelhantes ao trajeto de inserção da coroa. Portanto, o pilar cônico
destina-se a ser mais largo do que o corpo do implante para que sua conicidade possa
ser maior.
Quanto mais largo é o pilar, maior a área de superfície para cimentação e maior a
retenção de uma coroa cimentada. Assim, quando o pilar é mais largo que o corpo do
implante, a retenção do cimento é aumentada. Quanto maior for a retenção, menor a
dureza requisitada para o cimento em cisalhamento e a tensão usada para reter a
prótese. Portanto, a prótese pode ser facilmente removida para corrigir uma
complicação protética.
Quanto maior a dimensão do metal que acompanha o orifício de fixação do parafuso,
maior a resistência do pilar para evitar fratura. Quando o aspecto cervical do pilar para
retenção cimentada for mais largo que o corpo do implante, a resistência do pilar para
evitar fratura é dramaticamente aumentada. Um pilar para retenção cimentada pode ser
comparado a um cilindro aberto em mecânica. A resistência de um cilindro aberto é de
π4 (R4 - RI4), onde R é o raio externo e RI é o raio interno.52 Em outras palavras,
qualquer pequena alteração no diâmetro do pilar aumenta a resistência do pilar à
potência de quatro vezes.
O pilar mais largo na base permite o aumento do contorno subgengival e melhora o
perfil de emergência da coroa para ser mais semelhante a um dente natural. Como o
corpo do implante é menor do que o dente que substitui, um pilar mais largo permite
que a coroa tenha um perfil de emergência melhor.
Como consequência das vantagens biomecânicas de uma porção cervical mais larga
e uma melhora no perfil de emergência, há um rebaixamento do pilar cônico para o
corpo do implante. Esta característica aumenta a dificuldade para remover o cimento
residual que vai além da margem da coroa quando essa margem está posicionada no
pilar cônico.
Em vez de posicionar a margem de coroa no pilar cônico do implante, a margem da
coroa deve ser posicionada no sulco gengival (ou superior) quando estiver fora da área
estética, ou não mais de 1,5 mm abaixo do sulco da gengiva marginal livre (para maior
estética ou para mais retenção). O preparo da margem da coroa pode ser uma linha
zero porque o pilar é mais estreito do que o dente a ser substituído (Fig. 26-35). Logo, a
margem de coroa pode ser mais facilmente capturada na moldagem, um pilar provisório
pode ser usado, o modelo de gesso pode ser utilizado para confeccionar a coroa, a
coroa pode ser mais facilmente assentada passivamente para verificar ou modificar a
oclusão ou a estética, e o cimento residual pode ser mais facilmente removido da
margem da coroa (Fig. 26-36).
FIGURA 26-35 A margem da coroa é posicionada a 1,5 mm da
gengiva marginal livre e acima do pilar cônico.
FIGURA 26-36 A margem de coroa é posicionada a
1 mm ± 0,5 mm abaixo da margem gengival livre em áreas
estéticas. O excesso de cimento pode ser facilmente removido,
semelhantemente a uma coroa sobre um dente natural.
Retenção de Pilar
Próteses não cimentadas em dentes naturais são uma das complicações mais comuns
da prótese fixa.4,5 Após a coroa sobre o pilar natural tornar-se não cimentada, uma
preocupação importante é a cárie. A cárie pode avançar rapidamente e resultar na
perda do pilar, criando a necessidade de tratamento endodôntico, pino e núcleo, uma
prótese nova ou um pilar de retenção ainda menos resistente. Essas mesmas
condições existem se o retentor natural perder a cimentação em uma prótese implante-
dente.
O pilar do implante apresenta um risco maior de perda de cimentação que um dente
natural (Fig. 26-38). O pilar é feito de metal, de modo que os cimentos dentais não
aderem na interface como na dentina de um dente natural. A porosidade de um pilar é
geralmente menor que a de um dente. O pilar é geralmente menor em diâmetro e
fequentemente tem menos área de superfície do que um dente natural. O dentista
muitas vezes deseja tornar a prótese recuperável para lidar mais facilmente com
complicações futuras. Dessa forma, um cimento provisório é muitas vezes usado nas
coroas sobre implantes. Além disso, há maior força de impacto para uma interface
cimento-pilar nas próteses implantossuportadas em comparação com os pilares de
dentes naturais. A prótese sobre implante parcialmente retida funciona como um
cantiléver, com um aumento dramático na força de momento sobre os implantes que
ainda mantêm a prótese. Perda da crista óssea, fratura de parafuso da prótese ou do
pilar, fratura do implante, ou mobilidade e perda do implante são possíveis
complicações.
Conicidade do Pilar
A retenção de uma coroa diminui rapidamente à medida que a conicidade é aumentada
de 6 para 25 graus71 (Fig. 26-39). O grau de conicidade é a soma de ambos os lados
do preparo. Uma broca cônica diamantada típica mostra uma conicidade de cerca de 3
graus de cada lado ou um total de 6 graus. O paralelismo das paredes axiais foi
reconhecido como sendo o fator mais eficaz para retenção.73 A conicidade ideal
originalmente recomendada foi de 2 a 5 graus de paralelismo do trajeto de inserção,
que também estava colocando concentrações mínimas de tensão sobre os pilares
preparados.69 No entanto, os preparos clinicamente aceitáveis apresentam uma
conicidade na faixa dos 20 graus.73-75
FIGURA 26-39 Como a conicidade de um pilar
implantossuportado é aumentada de 6 para 25 graus, a retenção
da coroa é reduzida rapidamente.
O diâmetro de um pilar para retenção cimentada é muitas vezes inferior a 5 mm, que
é comparado ao preparo de um incisivo lateral. Portanto, a diminuição da área de
superfície resulta em retenção mais precária do que os pilares naturais. Além disso, o
cimento não adere tão bem como na dentina preparada. Como resultado, muitas vezes
devem ser incorporados ao pilar fatores de retenção adicionais.
Pilares mais largos têm mais retenção que os pilares de tamanho padrão. O pilar
mais largo normalmente é obtido por dois métodos. Primeiro, um implante mais largo
tem um pilar mais largo para cimentação do que um implante de menor diâmetro. Em
segundo lugar, o pilar pode ter um design de emergência mais largo do que o corpo do
implante (ou pilar cônico). O pilar de maior diâmetro tem a vantagem de proporcionar
uma maior conicidade, uma parede exterior mais espessa e maior área de superfície
para retenção.
Altura do Pilar
Um preparo mais alto proporciona maior retenção do que um pilar curto.76,81 Um
adicional de 2 mm de altura pode aumentar a retenção em até 40% , especialmente
quando o pilar tem apenas 4 mm de diâmetro. O aumento da altura e da proporção
altura-largura são determinantes para a retenção. Um aumento na altura de 4 a 7 mm
resulta em um aumento de 67% de retenção.18 Quando a altura do pilar é inferior a
5 mm, o diâmetro do pilar de implante torna-se mais importante para melhorar a
retenção ou a resistência do cimento. Um pilar personalizado, de maior diâmetro que o
pilar de estoque, pode ser necessário para reter a prótese.
Uma adicional altura do pilar aumenta não somente a área de superfície, que
aumenta a retenção, mas também aumenta a resistência porque coloca mais paredes
axiais sob forças compressivas e de tração em vez de forças de cisalhamento. Portanto,
a retenção e a resistência são aumentadas, o que diminui o risco de perda de
cimentação.
Uma limitada altura da coroa do dente natural (por causa do espaço interarcos
limitado ou coroa clínica curta) também diminui a retenção. A união de dentes naturais
com altura de coroa limitada para melhorar a retenção muitas vezes compromete o
acesso para higiene nas áreas interproximais. Em vez disso, o alongamento da coroa é
muitas vezes indicado em caso de espaço interarco limitado para melhorar a retenção
da prótese e o resultado estético sem comprometer os cuidados caseiros. As coroas de
tamanho reduzido necessitarão de conicidade mínima e elementos adicionais de
retenção tais como sulcos ou caixas para limitar o trajeto de inserção e a direção do
deslocamento.69,81
Geometria do Pilar
A resistência da interface do cimento é mais fraca sob o componente de cisalhamento
de uma força. A área da superfície de um pilar submetido a forças de cisalhamento é
mais importante do que a área de superfície total sob força de tensão.69,81 Os pilares
fabricados para retenção cimentada são geralmente circulares em secção transversal,
oferecendo pouca resistência às forças de cisalhamento, especialmente nas coroas
individuais isoladas. Um lado plano sobre o preparo do pilar de implante diminui as
forças de cisalhamento na interface de cimento. Sempre que possível, o preparo com
um ou dois lados planos deve ser feito em pilares circulares para próteses cimentadas.
Um pino do pilar cônico pode fornecer vários trajetos de inserção ou remoção. A
adição de um ou mais sulcos paralelos a um pilar limita o trajeto de retirada da coroa
para uma direção69,82 (Fig. 26-41). Portanto, sempre que possível, elementos de
retenção tais como sulcos paralelos ao trajeto de inserção devem ser adicionados a um
pilar curto ou excessivamente cônico para uma retenção cimentada. Sulcos adicionais
paralelos ao trajeto de inserção resistem mecanicamente às forças rotacionais, colocam
forças compressivas sobre o cimento nestas regiões e melhoram drasticamente a
cimentação83 (Fig. 26-42). A parede externa de alguns pilares de duas peças pode ser
fina. Dessa forma, um sulco pode perfurar ou enfraquecer o componente.
FIGURA 26-41 Um pilar cônico (esquerda) tem vários trajetos de
inserção ou remoção. As ranhuras nas paredes axiais do pilar
limitam o trajeto de remoção e diminuem as próteses não
cimentadas.
Um pilar de implante de maior diâmetro fornece maior retenção, mas pode também
oferecer menos resistência às forças mastigatórias do que um pilar estreito com altura e
conicidade similares. O maior pilar para cimentação tem um longo eixo de rotação e
fornece uma área reduzida de resistência no lado oposto da prótese. A pior resistência
acontece com um pilar curto e largo em uma região de molar, por exemplo (Fig. 26-46,
parte superior).
FIGURA 26-46 Quando uma coroa recebe uma força lateral,
tende a girar para cima em um dos lados do implante. O arco de
rotação está relacionado com o diâmetro do implante. Quanto
maior a largura e a altura, maior o arco de rotação. O pilar deve
ser maior que o arco de rotação. Portanto, um implante maior
exige um pilar mais alto do que um implante de diâmetro menor
(topo). O arco de rotação é diminuído quando sulcos direcionais
são preparados no pilar (parte inferior). Portanto, quando a altura
do pilar é questionável, sulcos direcionais diminuem o risco de
não cimentação (canto inferior direito).
Muitas vezes os implantes são instalados mais mediais do que os contatos oclusais
ou incisais das próteses sobrejacentes. Ambas as condições criam cargas de
deslocamento sobre os pilares e maiores forças de tração e de cisalhamento sobre o
cimento ou dispositivos de fixação. Cargas de deslocamento vestibulolingual colocam o
cimento sob tensão, o que pode aumentar a perda de cimentação. Quando a coroa
sobre implante tem uma carga de deslocamento para vestibular ou lingual, o raio de
rotação para deslocamento de forças é aumentado. Por isso, as características de
resistência adicional estão indicadas na mesial ou na distal do pilar (Fig. 26-50). Essas
cargas podem ser reduzidas em uma prótese cimentada colocando-se sulcos verticais
nas mesiais e distais do preparo (Fig. 26-51). As mesmas características são benéficas
quando forças horizontais são introduzidas a partir de uma oclusão mutuamente
protegida ou bruxismo.
FIGURA 26-50 A, Uma carga de deslocamento é muitas vezes
colocada sobre uma coroa implantossuportada. B, Essa carga
age como uma força de cantiléver e aumenta o raio do arco de
rotação para as forças de deslocamento.
FIGURA 26-51 Sulcos verticais mesiais e distais diminuem a
tensão e a força de cisalhamento sobre uma prótese submetida a
cargas de deslocamento linguais ou bucais.
O dentista deve fazer uma seleção cuidadosa do projeto do pilar mais adaptado ao
caso em questão. Pilares personalizados requerem conhecimentos de laboratório mais
do que o pilar de titânio de duas peças pré-fabricado. No entanto, em casos como um
implante unitário anterior com altas exigências estéticas, a utilização do perfil de
emergência reforçado com porcelana branca ou rosa no pilar pode significar a diferença
entre uma prótese ruim e uma coroa aceitável.
Mesmo se for utilizado um pilar de estoque ou um personalizado, pilares exigem
implantes bem posicionados porque muitos erros na instalação do corpo do implante
não podem ser corrigidos simplesmente adicionando um pilar angulado ou
personalizado. Por exemplo, a região anterior do implante pode ser posicionada
angulada ou vestibularizada. O pilar de estoque angulado ou anatômico sob estas
condições cria um sobrecontorno vestibular que pode afetar negativamente os aspectos
cervicais da coroa.
Dentes Naturais e Pilares sobre Implantes: Uma Comparação
dos Índices Protéticos
A sobrevida a longo prazo das próteses fixas sobre dentes naturais está bem
documentada. As quatro causas mais comuns de insucesso de próteses fixas sobre
dentes naturais são cárie nos dentes (22 38% ), complicações
endodônticas (insucesso e fratura), restaurações não cimentadas (17% ) e fratura da
porcelana (16% ).4,7,8 As próteses fixas sobre implantes em pacientes parcialmente
edentados apresentaram taxas de sobrevida igual ou superior. As causas mais comuns
para o insucesso das próteses cimentadas implantossuportadas são falha no início da
colocação de carga, próteses não cimentadas, fratura de materiais oclusais ou
afrouxamento dos componentes do implante.
Estudos retrospectivos que identificam as causas para o fracasso de prótese fixa
permitem o ajuste fino dos princípios fundamentais de próteses fixas e destacam as
áreas onde é necessária mais atenção aos detalhes. Por exemplo, fatores de tensão
representam as complicações mais comuns de próteses sobre implantes e quase dois
terços das complicações de próteses fixas sobre dentes naturais. Após o diagnóstico e
o plano de tratamento serem estabelecidos corretamente, as causas mais comuns de
tensões excessivas em próteses cimentadas podem ser sobrecarga, esquemas oclusais
defeituosos e próteses parcialmente retidas não diagnosticadas (que causam forças de
cantiléver).58
Os pilares de implantes são uma indicação comum para redução mínima das
margens dos pilares porque eles geralmente são menores em diâmetro que um dente
natural preparado para a coroa e têm 5 mm ou menos de diâmetro. A redução do
diâmetro do pilar para conseguir espaço para a porcelana ou uma margem chanfrada
diminui mais ainda a área de superfície para retenção. Espaço adicional para metal e
porcelana na região das margens normalmente não é necessário porque o implante já
está menor em diâmetro que o aspecto cervical do dente e volume suficiente está
disponível para os materiais restauradores (Figs. 26-59 a 26-61). Portanto, uma
margem em linha zero é o preparo de pilar de implante mais comum. Na verdade,
muitas vezes uma moldagem pode ser feita sem nenhum preparo do pilar de implante, e
o técnico do laboratório apara o gesso ao nível de tecido do pilar.
FIGURA 26-59 Uma coroa sobre implante muitas vezes tem uma
margem em linha zero porque a redução ou o preparo do pilar
não é necessário.
FIGURA 26-60 Margens em linha zero estão dentro de
1 mm ± 0,5 mm da margem gengival livre.
Uma margem em linha zero também pode ser indicada para dentes anteriores
inferiores, que podem ser unidos para diminuir a mobilidade ou corrigir a posição da
borda incisal. Os cornos pulpares laterais se projetam em direção às áreas
interproximais e as margens em linha zero nessas áreas reduzem o risco de exposição
da polpa (Fig. 26-64). A margem em linha zero mais frequentemente é necessária
quando a borda incisal é larga e a região cervical é estreita, como acontece em dentes
periodontalmente tratados. Por razões semelhantes, a margem em linha zero também é
aceitável em dentes com superfícies axiais muito convexas. Portanto, para um implante
ou dente natural, o dentista prepara uma margem em linha zero sempre que a
necessidade de uma redução mínima do pilar é uma preocupação primordial.
FIGURA 26-64 Na região interproximal dos dentes
anteroinferiores, uma preparação em linha zero pode ser
indicada, especialmente quando a borda incisal é ampla e a
região cervical é estreita em diâmetro.
Coroas Esplintadas
Dentes Naturais versus Implantes
A complicação mais comum na união das coroas em dentes naturais é a cárie. O
pôntico entre pilares atua como um reservatório de placa bacteriana e um dos quatro
dentes adjacentes desenvolve cárie dentro de 10 a 15 anos. Quando dentes adjacentes
estão unidos, a higienização na região interproximal é restrita. Como resultado, sempre
que possível, os dentes naturais não devem ser unidos.
A principal desvantagem de implantes unidos é a higiene interproximal. No entanto, a
maioria dos implantes está a 3 mm ou mais de distância, o que é melhor do que os
dentes adjacentes, que podem estar apenas 0,5 mm afastados. Quando coroas
adjacentes sobre dentes naturais são unidas, a higiene interproximal e os cuidados
caseiros costumam ser insuficientes. No entanto, quase todos os dispositivos para a
higiene interproximal podem ser facilmente utilizados para a higiene diária com
implantes adjacentes.
Pilares sobre implantes não têm cárie (ou exigem terapia endodôntica). As
complicações mais comuns estão relacionadas com a tensão biomecânica. Como
consequência, os métodos para diminuir a causa da maioria das complicações estão
em plena vigência.
Para reduzir a tensão biomecânica e maximizar os benefícios de implantes
adjacentes para substituir vários dentes perdidos, os implantes devem ser unidos. Há
muitas vantagens na união de implantes. Implantes unidos (1) aumentam a área de
superfície funcional de suporte, (2) aumentam a distância A-P (extensão A-P) para
resistir a cargas laterais ou em cantiléver, (3) aumentam a retenção de cimento da
prótese, (4) oferecem mais facilidade para remoção da prótese para tratamento ou
reparo de complicações, (5) diminuem o risco de perda óssea marginal, (6) diminuem o
risco de fratura da porcelana, (7) diminuem o risco de afrouxamento do parafuso do
pilar, (8) diminuem o risco de fratura do componente de implante e (9) tornam as
complicações e perdas do implante mais fáceis de tratar. Em outras palavras, todo o
sistema de implante é beneficiado18 (Quadro 26-7).
2. Uma distância A-P entre dois ou mais implantes é um benefício para qualquer carga
angular ou um cantiléver, especialmente quando três ou mais implantes não estão
em linha reta58 (Fig. 26-66). A biomecânica de um arco é de máximo benefício
porque há cinco planos diferentes conectados (molar bilateral e pré-molar, caninos
bilaterais e um implante anterior).17 Forças rotacionais, forças anguladas e
cantiléveres para vestibular ou para lingual (cargas de deslocamento) são todos
reduzidos quando os implantes unidos não estão no mesmo plano e recebem uma
carga em comparação com unidades individuais.
FIGURA 26-66 Um arco dental tem cinco diferentes direções de
movimento: incisivos centrais e laterais, caninos bilaterais e
dentes posteriores bilaterais. Unir dois ou mais componentes
resulta em uma distância anteroposterior (A-P) para resistir às
cargas horizontais.
5. Implantes unidos transmitem menos tensão para a crista óssea marginal. A tensão
pode estar relacionada com a perda de osso marginal ao redor de um implante.
Como consequência, há menos risco de perda óssea marginal (Fig. 26-70).
FIGURA 26-70 Coroas individuais transmitem cargas oclusais
maiores para o osso e aumentam o risco de perda óssea
marginal.
Trajeto de Inserção
Paralelismo para Dentes Naturais
Os dentes anteriores naturais muitas vezes estão apinhados ou rotacionados. Como
consequência, quando há união desses dentes para diminuir a mobilidade, vários
pilares naturais podem precisar de terapia endodôntica para alcançar um objetivo
restaurador. Se isto não for explicado ao paciente antes do início do tratamento e
terapia endodôntica for necessária, o paciente muitas vezes sente que um tratamento
inadequado foi realizado. Terapia endodôntica ou pinos e coroas para sobreposição
para dentes anteriores podem ainda oferecer ameias inadequadas para a higiene. Esta
condição compromete não apenas a estética, mas também pode resultar na perda de
mais de um dente por causa da doença periodontal. Exodontia seletiva dos incisivos até
pode ser indicada se rotações ou a sobreposição de dentes que estão unidos criam um
ambiente desfavorável para a manutenção diária.
Uma das indicações para os conectores de uma prótese parcial fixa ou removível é a
adesão de dentes não paralelos ou a união de dentes anteriores e posteriores na
mesma prótese. Geralmente, o conector deve ser rígido em desenho, tamanho e
fabricação. Todos esses fatores limitam o trajeto de inserção da prótese final.
Quando dentes adjacentes foram perdidos há muito tempo, o pilar natural
remanescente muitas vezes se afastou de sua posição ideal e frequentemente
apresenta tombamento, inclinação, rotação ou extrusão. O dentista deve considerar a
correção da posição do pilar natural no plano original de tratamento para o paciente
parcialmente edentado, ou não unir o pilar natural ao implante. Se o dente inclinado
adjacente à prótese do implante não for modificado, um grande espaço triangular estará
presente na região interproximal, que será um retentor de alimentos (Fig. 26-74).
FIGURA 26-74 Um implante posicionado entre dentes
adjacentes inclinados resulta em um grande espaço triangular
entre as coroas. Portanto, as regiões interproximais devem ser
modificadas por desgaste ou ortodontia.
Um bom hábito clínico é avaliar e corrigir qualquer elemento dental que entrará em
contato com a nova prótese. Não é incomum um ajuste oclusal para melhorar a oclusão
ou alterar a forma de contato e a posição ao lado da prótese sobre implante. O trajeto
de inserção da prótese sobre implantes e o tamanho e a forma do espaço interproximal
geralmente exigem modificações. O tratamento também pode consistir em uma coroa
individual para alterar o contorno quando além da capacidade meramente para
remodelar o dente.
Movimento ortodôntico para correção interarco ou correção oclusal bruta pode ser
indicado especialmente quando padrões esqueléticos necessitam de melhoria. Pode-se
planejar o tratamento ortodôntico na fase de cicatrização dos implantes
osseointegrados. O tratamento ortodôntico também pode desenvolver osso disponível
para um sítio de implante ao lado de um dente natural. Mover o dente lentamente
através do osso para uma posição mais remota gera crescimento ósseo e um sítio
melhorado para um implante adjacente ao dente ortodonticamente removido.
Pilares de Implantes
O ideal é que semelhantes trajeto de inserção e orientação da carga oclusal permitam a
utilização de pilares de implante retos e auxiliem o laboratório a projetar uma prótese
que direciona as forças ao longo do eixo axial dos corpos de implante, o que é mais
desejável para manutenção da crista óssea e redução do risco de afrouxamento do
parafuso do pilar. No entanto, sempre que o trajeto de inserção de uma PPF é idêntico
à direção das forças oclusais, maiores forças de tração são colocadas sobre o cimento
durante a mastigação de alimentos pegajosos. Portanto, em condições ideais, o trajeto
de inserção da prótese deve ser ligeiramente diferente do que o sentido da carga
durante a mastigação.
Uma boa sugestão é que o trajeto da inserção da prótese deva ser cerca de 10
graus divergentes da carga axial do implante durante a oclusão para melhorar a
resistência à perda de cimentação da ponte. Um pilar reto ainda pode ser utilizado; no
entanto, o preparo e o trajeto de inserção da prótese, os lados planos e os sulcos no
pilar divergem 10 graus do eixo do corpo do implante enquanto ainda permitirem carga
oclusal axial para o corpo do implante (Fig. 26-75).
2. Uma segunda opção para um pilar não paralelo para uma prótese cimentada é
colocar um pilar angulado (Fig. 26-78). Vários projetos estão disponíveis,
dependendo do fabricante, com diferentes graus de ângulo (15–30 graus). Um pilar
de duas peças angulado que envolve o hexágono ou o dispositivo antirrotacional do
corpo do implante oferece mais vantagens. Essa opção geralmente é selecionada
para implantes anteriores.
FIGURA 26-78 Quando o corpo do implante está entre 15 e 35
graus do ideal, um pilar angulado de duas peças pré-fabricado
pode ser usado para melhorar o trajeto de inserção.
A maioria dos pilares angulados é mais fraca que o corpo do implante, especialmente
no lado cervical do ângulo. A resistência à fratura do pilar diminui conforme o ângulo
aumenta devido ao aumento de carga angular e à diminuição da espessura do metal
lateral para o parafuso de fixação do pilar (Fig. 26-79). Os fabricantes muitas vezes
colocam mais conicidade do lado do ângulo. Essa caracteristica permite mais metal
ao redor do parafuso do pilar (Fig. 26-80). O maior diâmetro da região cervical de
um pilar angulado é inferior à margem de coroa. Portanto, a cor metálica do pilar
pode aparecer através de tecido fino ou se tornar exposta se recessão gengival
ocorrer.
FIGURA 26-79 Pilares angulados têm menos metal em um dos
lados do parafuso do pilar.
3. Uma terceira opção para melhorar o trajeto de inserção de um pilar posterior é usar
um coping (Fig. 26-81). O pilar do implante permanece não paralelo em relação aos
outros pilares. O pilar reto pode ser rugoso e pode incorporar sulcos em suas
paredes paralelas ao seu próprio trajeto de inserção, mas diferente do trajeto de
inserção da prótese. Um coping então é fabricado com paredes paralelas ao trajeto
da prótese fixa. O dentista cimenta o coping com um cimento permanente (p. ex.,
fosfato de zinco) no pilar para retenção cimentada com um caminho diferente de
inserção do que aquele da prótese final (Fig. 26-82). Acesso macio ou cimento
temporário (ou seja, policarboxilato) podem ser usados sobre a prótese fixa para
recuperabilidade. O coping permanece no lugar durante a remoção da prótese por
causa de seu trajeto divergente de inserção e cimento mais duro (Fig. 26-83).
Esta técnica tem várias vantagens. O diâmetro do coping é mais largo do que o pilar
original, então a retenção é maior. Além da maior área de superfície, o laboratório
pode preparar o coping com uma conicidade ideal simultaneamente para melhorar
as formas de retenção e resistência. Sulcos paralelos também podem ser
adicionados pelo laboratório para o coping. Este procedimento é indicado com
menos frequência para um implante anterior vesibularizado, e com mais frequência
para um implante posterior distalmente inclinado.
O procedimento de coping pode ser usado quando uma moldagem final é feita, mas
os pilares não estão paralelos entre si. Desta forma, em vez de refazer os pilares e
realizar outra moldagem final, o caso pode prosseguir na consulta de prova do metal
(e prova do coping).
4. Uma quarta opção é projetar um pilar personalizado. O pilar pode ser fabricado em
qualquer comprimento ou angulação. Metal precioso deve ser usado para limitar a
corrosão porque o pilar será cimentado ou parafusado dentro do corpo do implante.
As vantagens incluem uma angulação, forma e volume adequados, melhor perfil de
emergência e uso facilitado da coroa, possibilidade de fácil preparo das margens
subgengivais, superando condições de espaço interarcos, ajuste e fabricação
precisos. As desvantagens incluem a sensibilidade do procedimento laboratorial, o
custo adicional e a precisão quando o hexágono do implante deve ser envolvido.
Fabricação de Próteses
Opção Protética Direta
O pilar do implante pode ser restaurado como uma prótese sobre dente natural. O
pilar de duas peças para cimentação (reto ou angulado, geralmente pré-fabricado) é
inserido no corpo do implante. O parafuso do pilar é apertado, solto e apertado
novamente a 30 N-cm ou mais (para a maioria dos sistemas). Um torquímetro é usado
durante este processo no pilar (Fig. 26-84).
Próteses Provisórias
A necessidade de uma restauração provisória para próteses cimentadas varia de
acordo com a opção de confecção da prótese final (direta ou indireta), a densidade
óssea, os contornos de tecidos moles e a localização em zona estética.
Após a moldagem final para a técnica direta ser obtida, quando o implante não
estiver na zona estética, não é necessária prótese provisória no caso de a densidade
óssea ser do tipo D1 ou D2. Ao contrário de um dente natural, o implante não é sensível
à temperatura ou à função.
Quando os implantes são instalados em osso de má qualidade (D3 ou D4), um
protocolo de carga progressiva é altamente recomendado. Uma prótese provisória é
usada como uma prótese de tratamento sob estas condições. A primeira prótese
provisória fica completamente fora de oclusão, e a dieta do paciente é restrita a
alimentos macios (Fig. 26-90). Após 3 ou 4 semanas (ou mais), a prótese provisória é
colocada em oclusão sem cantiléveres (se presente). Esta consulta é feita junto com o
procedimento de prova de metal. Após mais 3 a 4 semanas, a prótese final é entregue
ao paciente.
FIGURA 26-90 Para tipos ósseos mais suaves, é fabricada uma
prótese temporária sem contato oclusal.
Para uma prótese sobre implantes PF-1 na zona estética, uma prótese provisória é
usada para avaliar e auxiliar no contorno de tecido mole ao redor da coroa do implante.
Essa prótese pode permanecer no lugar por 2 meses ou mais enquanto os tecidos
moles maduros e as regiões da papila interdental evoluem em seu contorno final.
Modelos Mestres
Próteses cimentadas sobre implantes muitas vezes são fabricadas em modelos de
gesso semelhantes aos dentes naturais. O modelo de gesso é vazado e o pilar
individual é cortado. No entanto, o diâmetro do pino do pilar é pequeno (3,5 a 5 mm) e
pode quebrar o molde principal quando a moldagem for removida após a fixação do
gesso. Várias estratégias podem reduzir esta complicação.
A fixação em gesso é usada para dentes naturais ou pilares de implantes. A maior
resistência à compressão da matriz de gesso deve ser usada. Como regra geral, quanto
maior for a força, mais o gesso se expande. A expansão do gesso compensa alguns
encolhimentos do material de moldagem. A resistência à compressão do modelo de
gesso seco após 48 horas de tempo de fixação pode variar de 10.000 a 17.000 psi.
Esta força aumenta quando deixado em repouso por até 1 semana. Em vez de vazar a
moldagem no primeiro dia e separar a moldagem/fundição no mesmo dia, a moldagem
deve repousar por vários dias (até 1 semana).95 A força de fixação do gesso pode
aumentar em mais de 30% por este atraso.
A moldeira pode ser cortada e destruída para remover a moldagem. Isto pode reduzir
a quebra do gesso, mas é arriscado caso a moldagem precise ser refeita por causa da
presença de bolhas. Destruindo-se a moldeira, também pode ocorrer um segundo
vazamento, se o primeiro quebrar o modelo mestre.
Uma resina epóxi pode ser despejada nas regiões de retenção de cimento do
modelo. No entanto, a resina epóxi encolhe ao invés de se expandir quando endurece.
Os materiais de moldagem encolhem para que o molde principal se expanda para
compensar a contração. Quando são usadas resinas epóxi, várias condições devem ser
cumpridas para compensar seu encolhimento inerente.96,98 Silicone de adição
(siloxano polivinilo) exibe a menor contração entre os materiais de moldagem e é o
material da escolha quando epóxi é usada.99 A contração dimensional do material está
relacionada com o seu volume. Portanto, em vez de vazar todo o molde em resina,
apenas os pilares de suporte são despejados em resina, o que é especialmente
importante em próteses totais sobre implantes. Resina metilmetacrilato ou etilmetacrilato
encolhe muito (até 17% ) para ser usada como molde para próteses cimentadas. Em
vez disso, uma epóxi projetada para molde dental é indicada.
Um alívio no molde (40 mícrons) é utilizado no molde mestre para permitir um espaço
para o cimento e melhorar o ajuste da fundição passiva.97 Para os dentes naturais, o
alívio é geralmente de 25 a 40 mícrons; no entanto, como os implantes não têm cárie e
fundições passivas são desejáveis para reduzir a perda de crista óssea e o insucesso
precoce no implante, um espaço de 40 mícrons é preferido (Fig. 26-91). Uma espessura
adicional de alívio no molde deve ser usada com materiais de resina epóxi porque estes
exibem retração, ao invés de expansão, como o gesso dental.
O dentista faz uma moldagem do arco antagonista e obtém uma relação oclusal
cêntrica ou ajuste da boca de mordida fechada.
Confecção no Laboratório
O laboratório então vaza um modelo de trabalho com os análogos. Um análogo é
definido como algo que é semelhante a outra coisa. Um análogo do implante é usado
na moldagem para duplicar a porção de retenção para o corpo do implante (análogo do
corpo do implante). Após a moldagem ser obtida, o análogo correspondente é anexado
ao pino de moldagem e o conjunto é vazado com gesso para fabricar o modelo mestre
(Fig. 26-94, B).
Em qualquer opção de método de moldagem, direta ou indireta, o laboratório vaza e
monta a moldagem final com um análogo do implante. Um pilar de duas peças é
inserido aos corpos dos implantes e os pilares são preparados em laboratório por
paralelismo (Fig. 26-94, C). Se pilares personalizados forem necessários, eles podem
ser fabricados neste momento. O laboratório também encera e funde a estrutura para a
prótese final em metais preciosos (Fig. 26-94, D). Um gabarito de transferência também
pode ser feito para permitir o dentista posicionar os pilares preparados corretamente na
boca (Fig. 26-94, E).
Em casos protéticos com implantes mais largos, uma prova da estrutura metálica é
sugerida juntamente com um novo registro de mordida em relação cêntrica (Fig. 26-94,
F e G). Na prótese com um ou dois dentes, o laboratório frequentemente termina a
prótese, e na consulta seguinte o dentista insere os pilares e entrega a prótese final
(Fig. 26-94, H e I). Em osso com boa qualidade, fora da zona de estética, utilizando o
processo de fabricação laboratorial indireta, não é necessária uma prótese provisória.
Usar técnicas laboratoriais indiretas tem várias vantagens:
1. A principal vantagem da opção indireta é que o laboratório pode preparar vários
pilares por paralelismo e podemos fabricar coroas unitárias para próteses de arco
total.
2. Os requisitos de moldagem são menos exigentes porque pequenas bolhas ou vazios
não afetam a transferência do pilar e não é tão importante capturar ou registrar as
margens.
3. Se um pilar angulado é necessário, o laboratório pode escolher o componente certo.
Pode ser fabricado um pilar personalizado (p. ex., para uma altura de coroa curta
quando um diâmetro maior ajudaria na retenção). Como resultado, menos tempo é
necessário no consultório.
4. Uma estrutura pode ser fabricada diretamente sobre os pilares, permitindo uma
margem de ajuste mais precisa.
5. O tempo de cadeira é diminuído por causa do preparo, e provisórios são fabricados
no laboratório.
As vantagens adicionais do pilar preparado em laboratório podem ser resumidas em
(1) modelos mais precisos para fabricar a prótese, (2) margens e perfil de emergência
da prótese provisória ou definitiva melhoradas, (3) e preparos de margem subgengival
sem risco de trauma de tecido ou recessão.
As desvantagens do método assistido por laboratório são as seguintes:
1. Os pinos de moldagem podem não ser registrados ou transferidos com precisão.
Quando a moldagem é feita e os pilares são os primeiros a serem removidos e
inseridos em um modelo de laboratório, a rotação do análogo do implante pode estar
diferente em vários graus do que no corpo do implante na boca. Como
consequência, a prótese implantossuportada unida pode não se assentar
passivamente.
2. Nenhuma prótese provisória fixa é usada para colocar carga gradualmente no osso
durante a confecção da estrutura metálica. Isto aumenta o risco de perda precoce
do osso ou perda precoce do implante em tipos de osso mais suaves. Este risco
pode ser aliviado por meio da entrega da prótese sobre um pilar provisório com a
desvantagem adicional de tempo de cadeira e maior custo de laboratório.
3. O laboratório decide sobre a localização da margem e o estilo do preparo.
4. O custo de laboratório é aumentado.
5. A fundição é feita diretamente sobre o pilar do implante e pode encaixar o pilar com
tanta precisão quanto produzir uma fundição não passiva. A expansão de gesso e
um alívio de 40 mícrons ajudam a garantir fundições passivas.
A técnica de moldagem indireta pode começar no dia da instalação do implante.
Desta forma, o laboratório pode realizar seus procedimentos enquanto a interface
osso/implante está sendo desenvolvida. Como resultado, a primeira consulta protética é
realizada junto com a consulta de cirurgia de instalação do implante. Outra opção é
fazer a moldagem do implante no estágio de reabertura. Esta é uma opção mais segura
porque os implantes estão osseointegrados e seu deslocamento ou movimento é
menos provável quando a moldagem é removida da boca. Além disso, o material de
moldagem tem menor probabilidade de ficar preso entre o osso e o implante porque a
crista óssea remodelou-se ao lado do módulo de crista do implante.
Materiais Oclusais
Os materiais oclusais da superfície afetam a transmissão das forças oclusais e a
manutenção dos contatos oclusais. Além disso, a fratura do material oclusal é uma das
complicações mais comuns em próteses sobre dentes naturais ou implantes. Portanto,
é sugerido que o dentista considere um material oclusal para cada prótese
individualmente. Materiais oclusais podem ser avaliados em termos de estética, força
de impacto, carga estática, eficiência mastigatória, fratura, desgaste, espaço interarcos
e precisão das peças fundidas (Tabela 26-1). Os três grupos mais comuns de materiais
oclusais são porcelana, acrílico e metal. Esses materiais para próteses fixas
implantossuportadas são avaliados segundo sua relevância para oito critérios
preliminares.
Tabela 26-1
Características do Material Oclusal
+, Favorável; −, desfavorável.
Estética
A estética é uma preocupação primária para os pacientes. O material mais estético
disponível hoje é a porcelana (Fig. 26-95). O acrílico é aceitável para a estética, e o
metal é uma má escolha quando a estética é o principal critério. No entanto, em muitas
situações, a estética não é um aspecto importante da prótese. Por exemplo, quando o
segundo molar maxilar ou mandibular é restaurado, a maioria dos pacientes não expõe
esta área ao sorrir. No entanto, na maioria das vezes, o dentista restaura a coroa do
segundo molar com porcelana sobre as superfícies vestibular e oclusal, aumentando o
risco de fratura da porcelana.
FIGURA 26-95 Metal na oclusal de coroas implantossuportadas
tem uma estética mais insatisfatória (direita). A porcelana é o
material oclusal mais estético (esquerda).
Forças de Impacto
Os materiais na superfície oclusal afetam a transmissão de força para o sistema de
implante. Cargas de impacto dão origem a breves episódios de força maior, estes
relacionados principalmente com a velocidade de fechamento e o efeito de
amortecimento do material oclusal. A dureza do material está relacionada com a sua
capacidade de absorver a tensão das cargas de impacto. Uma superfície oclusal de
porcelana exibe uma dureza duas vezes e meia maior que os dentes naturais. Por outro
lado, a resina acrílica tem uma dureza de 17 kg/mm2 e o esmalte tem 350 kg/mm2 de
dureza.81 Uma resina composta pode apresentar uma dureza equivalente a 85% da
dureza do esmalte. Portanto, cargas de impacto são menores com acrílico, aumentam
com compósitos e metais occlusais, são maiores com esmalte, e aumentam ainda mais
com a porcelana. Como resultado, o uso de superfícies oclusais de resina em próteses
sobre implante foi originalmente sugerido por causa de suas características de
amortecimento.1,2
Próteses provisórias acrílicas fornecem carga progressiva ao osso. O acrílico pode
reduzir a força de impacto precoce na interface osso/implante. Na medida em que o
osso amadurece e sua densidade aumenta, diminui a necessidade de redução de força.
Chibirka et al. não encontraram diferença estatística na mandíbula em termos de
tensão na interface implante/osso usando extensômetros com uma força
correspondente ao esmagamento de um amendoim entre superfícies oclusais de ouro,
porcelana ou resina.100 Também na experiência dos autores e em estudos clínicos,
menos efeitos adversos ocorreram no sistema de implantes com o uso de porcelana
oclusal em relação ao acrílico.101
Para um paciente sem parafunção, o dentista pode selecionar qualquer material
oclusal com risco mínimo. Pacientes sem parafunção ocluem menos de 30 minutos por
dia com uma força menor que 30 psi. No entanto, o bruxismo pode aumentar a duração,
a velocidade e a quantidade da força por 10 vezes ou mais. Portanto, o tipo de material
oclusal selecionado pode afetar o sistema de implante sob tais condições de carga
anormais. Para o paciente com problemas de bruxismo, o dentista pode reduzir a força
de impacto com metal ou acrílico em vez de materiais oclusais de porcelana. No
entanto, a força de impacto não é a única questão. O risco de fratura do material é
maior no acrílico, seguido de porcelana, sendo o metal o menos provável a ter essa
complicação.
Uma restauração híbrida pode usar os dentes da dentadura de porcelana rodeados
por acrílico sobre uma subestrutura de metal. O efeito de amortecimento do acrílico para
diminuir a força de impacto ainda está presente, embora seja reduzido o risco de fratura
da porcelana oclusal. Esta estrutura também é de mais fácil reparo se a fratura ocorrer
a longo prazo.
Eficiência Mastigatória
A eficiência mastigatória relacionada com o tipo de superfície oclusal dos dentes das
próteses é controversa. Próteses fixas apresentam uma melhor eficiência comparada
com próteses removíveis mucossuportadas independentemente do material oclusal.
Shultz comparou a diferença entre acrílico, ouro e porcelana em próteses totais
idênticas em dois pacientes.102 O acrílico foi 30% menos eficiente do que a porcelana
ou o metal, e nenhuma diferença foi encontrada entre ouro e porcelana.
Desgaste
A manutenção de um esquema oclusal está relacionada, em parte, com o desgaste do
material. Mudanças drásticas em contatos oclusais em relação cêntrica e excursões,
dimensão vertical de oclusão e estética podem ocorrer devido a desgaste oclusal
significativo.
A definição de desgaste é a deterioração, alteração ou perda de uma superfície
causada pelo uso.103 Os fatores que afetam a quantidade de desgaste são magnitude,
ângulo, duração, velocidade da força, e a dureza e o acabamento da superfície oposta,
junto com o lubrificante, a temperatura e a natureza química do ambiente ao redor.104 A
maior parte do desgaste oclusal ocorre como resultado do bruxismo.105
Um sentimento intuitivo é que, quanto mais duro o material oclusal, menor o
desgaste. No entanto, a dureza da superfície tem se mostrado como um bom indicador
da taxa de desgaste.106,107 O volume total de desgaste é mais significativo do que a
taxa de desgaste de um determinado material. Em outras palavras, quando duas
superfícies de oclusão ocluem, a soma de ambas as superfícies é mais relevante para
manter contatos oclusais estáveis do que para compreender que determinada
superfície desgasta mais. Por exemplo, a resina acrílica desgasta sete a 30 vezes mais
rápido quando se oclui com ouro, esmalte, resina ou porcelana polida em comparação
com ouro quando oclui ouro, esmalte ou porcelana. Superfícies oclusais de ouro
apresentam menor perda de volume (a soma da perda de superfícies oclusais opostas)
do que qualquer outra combinação de material. Porcelana ocluindo com porcelana
desgasta mais do que porcelana ocluindo com ouro ou metal.
O ideal é que a taxa de desgaste dos materiais oclusais, especialmente em
pacientes parcialmente edentados com dentes não restaurados, deve ser semelhante à
do esmalte. Desta forma, as alterações oclusais não mudarão drasticamente o esquema
oclusal. Um trabalho in vivo relatou desgaste vertical do esmalte dos pré-molares e
molares em 20 a 40 mícrons por ano quando ocluindo com o esmalte dos dentes
naturais, mas o desgaste pode ser quatro vezes maior que isso, de acordo com Ramp
et al.108
A perda de volume total de superfícies oclusais antagonistas é mais significativa em
relação à manutenção oclusal, em vez de se avaliar onde o material desgasta mais ou
menos.109 A média total de perda de volume é determinada por esmalte, acrílico, ouro
e porcelana ocluindo entre si104 (Fig. 26-97). A cerâmica é suscetível a desgaste por
fadiga em vez de desgaste abrasivo, que normalmente ocorre mais com um material
mais duro do que com um material mais macio. Desgaste por fadiga provoca
microfrissuras, que levam à fratura, deixando grandes espaços irregulares na
superfície.110 Como resultado, as superfícies oclusais dos antagonistas à porcelana
podem sofrer maior desgaste.
FIGURA 26-97 Quando as superfícies oclusais metálicas ocluem
com qualquer outro material, a perda de volume total é inferior a
qualquer outra combinação de materiais antagonistas. Esmalte
ocluindo com esmalte tem uma das maiores quantidades de
desgaste de volume total. Considerando que o dente natural
pode erupcionar com o esmalte desgatado, a coroa de implante
fica em uma posição mais constante com o desgaste do material
oclusal.
Desgaste adesivo ocorre quando uma superfície dura desliza sobre uma superfície
de dureza menor. Como resultado, os desgastes e os fragmentos de um material
aderem a outros materiais, tais como as partículas de ouro das superfícies oclusais de
ouro se aderem ao esmalte.111 O desgaste de ouro, independentemente da
combinação oposta, proporciona sempre uma mínima perda em relação ao volume total.
O desgaste adesivo pode ser responsável por uma menor perda de volume total
quando o metal oclui com outros materiais. É interessante notar neste estudo que os
materiais antagonistas com uma maior perda de volume total é o esmalte ocluindo com
esmalte.104 Como resultado, o bruxismo nos dentes naturais pode ser facilmente
identificado.
Em princípio, para os pacientes parcialmente edentados terem maior desgaste
oclusal sobre os implantes ao invés de menor, seria preferível que forças adicionais
colocadas sobre os dentes fossem mais bem toleradas do que nas próteses sobre
implantes. Como resultado, o desgaste de volume total pode favorecer a porcelana
ocluindo com esmalte em próteses sobre implantes e ocluindo com os dentes do
paciente parcialmente edentado, como também pode favorecer o metal ocluindo com o
esmalte em outras regiões da boca que requerem a restauração de dentes naturais.
A superfície mais áspera da porcelana tem uma maior taxa de desgaste que os
dentes. Polimento da porcelana pode ocorrer ocluindo com dentes ao longo do tempo,
mas ocorre lentamente ou não ocorre em todos quando a porcelana áspera oclui com o
ouro.109
Para próteses totais implantossuportadas, o dentista pode considerar o metal em
áreas oclusais não estéticas para minimizar o desgaste e prolongar a precisão dos
esquemas oclusais a longo prazo. Porcelana em regiões estéticas ocluindo com ouro
em áreas não estéticas ou metal oclusal em ambos os arcos quando parafunção ou
EAC marginal estão presentes são os materiais mais frequentemente selecionados para
próteses sobre implante. Materiais de resina composta melhorada estão disponíveis
com menos desgaste do que acrílico e próximos do esmalte. No entanto, o desempenho
a longo prazo desses materiais sobre implantes ainda não foi estabelecido.
Fratura do acrílico é uma complicação muito mais comum em próteses fixas do que
em próteses removíveis. Dentes artificiais de acrílico sobre dentaduras tradicionais não
sustentam as forças desenvolvidas sobre próteses implantossuportadas. Além disso, ao
contrário da porcelana, o acrílico obtém sua força em massa. Retenção mecânica deve
ser incorporada à superestrutura metálica com resistência adequada às forças oclusais.
Acrílico posterior ou revestimentos compostos fraturam muitas vezes por causa de
volume insuficiente e inadequado, pontos fortes de rendimento e fadiga em comparação
com a força de mordida desenvolvida sob parafunção ou em cantiléveres de próteses
fixas.
Porcelana ocluindo com porcelana não é sugerido em situações de parafunção
grave, pois pode fraturar mais facilmente do que a porcelana ocluindo com metal.
Oclusais metálicas não fraturam facilmente, fornecem boa resistência ao desgaste e
sofrem menos carga de impacto em comparação com a porcelana (Fig. 26-99). Quando
o paciente está preocupado com a estética, é sugerido oclusais metálicas na mandíbula
e porcelana na maxila (Fig. 26-100).
FIGURA 26-99 Oclusais metálicas são sugeridas para pacientes
com parafunção grave.
Precisão
O encolhimento do metal durante o resfriamento da fundição é 10 vezes menor que o
encolhimento da porcelana ou do acrílico; portanto, permite a fabricação de uma
fundição mais passiva. Quando a precisão da fundição é fundamental, como é o caso
das próteses parafusadas, o material oclusal pode fazer uma diferença significativa. Se
a porcelana é selecionada como o material para uma prótese particular, várias camadas
de incremento de cozimento resultarão em menos alteração dimensional em
comparação com apenas um ciclo de cozimento para a porcelana. A precisão é mais
importante nas regiões de extensões longas ou com um grande volume de material (ou
próteses parafusadas).
Espaço Interarcos
Metais oclusais requerem um mínimo de espaço interarcos; dessa forma, a altura do
pilar pode ser maior do que no caso de oclusais metálicas serem utilizadas. Quando for
necessário o aumento de retenção de uma prótese cimentada, uma altura maior do pilar
e uma maior retenção podem ser alcançados com uma prótese com oclusal metálica
porque a quantidade de acesso oclusal sobre o pilar é de 1 mm em vez de 2 mm para
porcelana (Fig. 26-102). A porcelana é intermediária no espaço interarcos onde é
exigida a altura do pilar. Próteses acrílicas recebem sua força em massa; portanto,
requerem maior espaço interarcos.
Cimentação Provisória
Na entrega da prótese final, a prótese fixa sobre implante muitas vezes é cimentada
com um “acesso macio” ou cimento temporário. O implante difere de um dente natural
que não fornece os primeiros sintomas de desarmonia oclusal, tais como hiperemia.
Portanto, uma segunda avaliação da oclusão em uma consulta de acompanhamento
propicia segurança adicional. Além disso, a higiene e a saúde dos tecidos moles devem
ser avaliadas na consulta de acompanhamento e podem determinar modificação de
ameias ou pônticos para melhorar o acesso.
A desvantagem dos cimentos provisórios em dentes naturais é o risco da perda de
cimentação e, como consequência, a cárie. Como os implantes não têm cárie, uma
cimentação temporária muitas vezes pode ser utilizada como o cimento definitivo e
permitir uma fácil recuperação do intermediário da prótese ou das complicações
desenvolvidas a longo prazo.
O cimento de acesso provisório mais utilizado para a prótese definitiva com vários
pilares unidos e sem cantiléver é o óxido de zinco e eugenol com EBA (ácido 2-
etoxibenzoico) (Fig. 26-103). Esse cimento combina as propriedades de sua força de
compressão e de tração para ser semelhante a um policarbonilato ainda como uma
resistência ao cisalhamento semelhante ao óxido de zinco eugenol. Assim, as próteses
podem ser removidas, mas não se tornam não cimentadas durante a função normal.
Esse cimento é inadequado quando cantiléveres ou cargas de deslocamento
significativas estão presentes. Seu uso na cimentação é limitado a pilares sobre
implantes com a prótese final como um cimento temporário usado com restaurações de
acrílico; o eugenol predomina nas alterações com acrílico em procedimentos como
reembasamento ou reparo que não vão aderir.
Cimentação Definitiva
A cimentação final para uma prótese sobre implante deve ser feita em um ambiente
seco. Se o paciente tem uma profusão de saliva na consulta protética inicial, um
anticolinérgico como o glicopirrolato (Rubinol) é sugerido 1 hora antes da consulta de
entrega final. As contraindicações médicas são menores em relação a medicamentos
que não atravessam a barreira hematoencefálica, mas existem algumas poucas
contraindicações, e o dentista deve prestar atenção a elas para evitar a prescrição
desses medicamentos para pacientes com risco médico.
A escolha de um cimento final em implantodontia é mais ampla e variada do que para
dentes naturais. Cimentos tradicionais podem ser usados para próteses fundidas. A
propriedade de cimentação de cimentos tradicionalmente usados em odontologia foi
reavaliada para a implantodontia quando a adesão ocorre entre dois componentes
metálicos115 (Fig. 26-104). No entanto, cimentos provisórios ou agentes de cimentação
definitiva podem ser usados para aumentar ou diminuir a retenção da coroa ou dos
componentes de implante. Portanto, um dos primeiros requisitos na seleção de uma
classe de agentes de cimentação é o tipo de cimentação desejada.
Os cimentos usados com mais frequência em implantodontia para a prótese final são
o óxido de zinco e eugenol com EBA, o policarboxilato, o fosfato de zinco e, raramente,
cimentos resinosos compostos. O óxido de zinco eugenol fornece uma excelente
vedação, mas apresenta a menor resistência à compressão e uma alta solubilidade. O
cimento é usado frequentemente como um cimento provisório no início da entrega da
prótese final.116-119 A gama de resistência à tração foi medida com base em diferentes
fabricantes. A adição de modificador de EBA aumenta a resistência à compressão,
levando quase ao valor do cimento do policarboxilato. EBA muitas vezes é usado para a
prótese final quando a prótese provisória foi mantida adequadamente com um cimento
temporário sem eugenol; no entanto, um cimento ligeiramente mais duro e menos
solúvel é desejado a longo prazo para uma prótese ainda recuperável.
O cimento de policarboxilato de zinco pode aderir aos dentes uma vez que se une
aos íons de cálcio. No entanto, o policarboxilato de zinco não adere a uma fundição de
ouro, ou serve para um pilar de titânio. O tempo de trabalho é 50% menor do que para
o cimento de fosfato de zinco (2½ minutos em comparação com 5 minutos).69 Este é
um problema na cimentação de vários pilares. Se o cimento for removido antes do
endurecimento final, pode puxar o material debaixo da margem e causar aberturas
marginais para a retenção de placa bacteriana. Depois que ele estiver definido, o
cimento residual é mais difícil de ser removido do que a maioria das outras opções, e
pode ocorrer risco no pilar ao longo da margem. A resistência à compressão do
policarboxilato de zinco é inferior à do cimento de fosfato de zinco, e sua resistência à
tração é superior e a retenção total é inferior aos cimentos de fosfato de zinco. Como
resultado, o policarboxilato de zinco não é usado frequentemente em pilares sobre
implantes como um cimento definitivo.
O uso mais comum do cimento policarboxilato se dá quando vários pilares unidos
estão presentes, não há nenhum cantiléver ou significativos deslocamento de cargas, e
uma cimentação provisória é desejada mas o óxido de zinco com o EBA não era
suficientemente retentivo para esta aplicação (Fig. 26-105). Ele também é usado para
coroas sobre implantes unitários quando a coroa provisória acrílica foi suficientemente
retentiva com cimento de óxido de zinco e eugenol. O policarboxilato de zinco também
pode ser utilizado como um cimento provisório mais forte para a prótese provisória
quando o óxido de zinco e eugenol se mostrarem insuficientes.
Radiopacidade
O agente de cimentação de uma coroa sobre implante deve ser radiopaco, pois assim
ele pode ser visto em uma radiografia. Muitos cimentos projetados para implantes são
radiopacos (ou seja, cimentos de resina composta). Como agente de cimentação, o
zinco processa o material radiopaco. Assim, o óxido de zinco (com ou sem EBA), o
policarboxilato de zinco e os cimentos de fosfato de zinco oferecem uma vantagem,
especialmente quando existem margens subgengivais nas próteses. Estudo
retrospectivo de 25 anos na Universidade do Alabama em Birmingham não mostrou
nenhuma corrosão ou complicação relacionada com o zinco em cimentos dentais em
contato com titânio ou liga de titânio.
Cimentação
Quase todos os cimentos são solúveis em fluidos orais. A precisão da margem da coroa
não só minimiza a retenção de placa bacteriana e melhora a saúde do tecido mole, mas
também minimiza os efeitos da solubilidade do cimento. Fendas marginais superiores a
75 mícrons levam ao insucesso no esmaecimento e na retenção de cimento acelerado.
Para reduzir a espessura de margem de cimento, várias abordagens têm sido
sugeridas.97,100-114,121,122 Um sulco pode ser colocado no preparo ou na fundição
para atuar como um espaçador adicional ou respiradouro para o cimento. Nas próteses
sobre implantes, a fundição é muitas vezes mais espessa do que em dentes naturais.
Como resultado disso, um sulco pode ser colocado no interior da oclusal (incisal) da
fundição alguns milímetros acima da margem. A vedação do cimento pode ser reduzida
a quase metade de sua espessura com esta técnica.
Outro método para reduzir a espessura da película é o timing da inserção da prótese.
A espessura do filme pode aumentar em 10 mícrons ou mais a cada 30 segundos a
mais depois que o cimento é misturado corretamente. Como resultado, embora a
maioria dos cimentos definitivos apresente uma espessura entre 10 e 25 mícrons, a
espessura pode aumentar drasticamente por conta do muito tempo decorrido antes da
cimentação.
A quantidade de cimento e a sua localização são processos importantes para
diminuir o risco de excesso de cimento residual após o processo de cimentação de uma
prótese. Quando há um espaço de cimento de 40 mícrons em torno do pilar do implante,
a quantidade de cimento para preencher completamente o espaço e a margem é
mínima em comparação com o volume de cimento que pode segurar uma coroa. Em
outras palavras, se o volume de espaço que uma coroa pode conter quando cheio é
100% , apenas 3% desse volume são necessários para encher o espaço de cimento e
a margem depois que a coroa esteja completamente encaixada. Wadhwani et al.
observaram, em um relatório de 401 dentistas, que 36% deles preenchiam a coroa com
cimento em um a dois terços do volume antes da cimentação.123 Como resultado, o
excesso de cimento é considerável e aumenta o risco de extravasar para além da
margem e para debaixo do pilar cônico, especialmente quando é subgengival.
À medida que a coroa preechida com cimento está assentada, flui em direção ao
topo do pilar e então começa a expulsar cimento em excesso a partir da margem
quando ocupa o espaço entre o pilar e a coroa (Fig. 26-107). Portanto, é lógica a
aplicação do cimento na região da marginal da coroa e na borda da margem da coroa
cerca de um quarto da dimensão da parede axial. Wadhwani et al. relataram que menos
de 20% dos dentistas utilizaram o método marginal de aplicação.123 O aspecto mais
importante da margem da coroa para vedar um pilar de implante é a região da margem
porque as bactérias podem se acumular na fenda se esta não for selada. Assim, a
técnica de aplicação de margem parece prudente.
FIGURA 26-107 A, Um copo tranparente com um terço cervical
revestido por um cimento. B, O cimento prossegue até os lados
enquanto ele está assentado no pilar, e em seguida o excesso é
expulso para fora da margem do copo.
Resumo
Próteses fixas são as restaurações mais comuns exigidas pelos implantodontistas. Mais
de 60 milhões de pacientes parcialmente edentados nos Estados Unidos apresentam
ausência de dentes posteriores em pelo menos um quadrante, ou têm longos espaços
entre os dentes naturais. Um axioma comum usado em odontologia é a realização de
uma prótese fixa para pacientes parcialmente edentados sempre que possível. A
implantodontia permite a colocação de pilares adicionais, de modo que este axioma
pode ser expandido para incluir a maioria dos pacientes. Uma prótese cimentada
apresenta várias vantagens para próteses fixas sobre implantes. Os conceitos de
retenção, resistência e fundamentos do preparo do pilar incluem conicidade, área de
superfície, altura, rugosidade, forças de cisalhamento, trajeto de inserção dos pilares
não paralelos e margens em linha zero. Com algumas variações, estes mesmos
parâmetros ditam os princípios da prótese fixa cimentada. É dada uma atenção especial
para as limitações de diâmetro e angulação do pilar do implante.
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CAPÍTULO 27
O Laboratório Digital
À medida que a odontologia restauradora expande-se para o mundo digital de captura
de imagem, projeto de computador e criação de restaurações dentárias através da
robótica, os laboratórios de prótese dentária também devem evoluir (Fig. 27-1). Para
entender completamente este conceito, um laboratório deve ser definido. À primeira
vista, pode parecer que um laboratório é o lugar no qual o dentista envia as impressões
do paciente que serão transformadas em restaurações, sendo então reenviadas ao
dentista para ajustes e posterior entrega. Esta definição enquadra-se bem ao conceito
tradicional de um fluxo de trabalho entre o laboratório e o dentista. No entanto, assim
como a internet modificou para sempre o panorama da comunicação através da
tecnologia de computadores interligados, a possibilidade de usar arquivos de
restauração de CAD/CAM eletronicamente forneceu o catalisador para uma mudança
significativa na forma como vemos e estruturamos a relação dentista-laboratório.
Imagine que o laboratório não é um lugar físico, mas existe apenas no talento
daqueles na execução do processo restaurador: o dentista e o técnico. O equipamento
utilizado para criar a restauração pode estar localizado centralmente, remotamente ou
ambos. O laboratório apresenta essencialmente um fluxo de trabalho, que é tão flexível
quanto as habilidades do dentista, o técnico e o equipamento permitirem. A principal
decisão torna-se onde a entrega de um parceiro para outro deve ocorrer. O dentista
que tem a capacidade de opticamente digitalizar os dentes para fazer impressão e
escolhe restaurações CAD/CAM como opção de tratamento para seus pacientes
melhorou a liberdade onde a entrega para o técnico deve ocorrer. Como resultado, o
laboratório não é um lugar; em vez disso, é em grande medida, virtual.
O Processo Digital
O novo milênio trouxe muitas mudanças em odontologia digital, pois mais de 20
sistemas de CAD/CAM diferentes foram introduzidos como soluções para a odontologia
restauradora. A introdução da tecnologia de escaneamento a laser junto aos softwares
permitiu que o laboratório de prótese dentária criasse um ambiente odontológico digital
que representasse com precisão um modelo real e tridimensional (3D) que
automaticamente leva em consideração o efeito dos dentes adjacentes e da oclusão da
dentição oposta. Este processo inclui também a capacidade de projetar 16 dentes
anatomicamente corretos e com contorno completo ao mesmo tempo (Fig. 27-2). Este
processo abrange essencialmente um complexo esquema oclusal e seus parâmetros,
condensando a informação e exibindo-a em um formato intuitivo que permite a
profissionais dentários com o conhecimento básico da anatomia dental e de oclusão
fazerem modificações no projeto e, então, encaminharem para uma unidade fresadora
automatizada. Para o laboratório de prótese dentária, a introdução de tecnologia digital
pode efetivamente automatizar ou mesmo eliminar alguns dos procedimentos mais
mecânicos, e que requerem mais trabalho intensivo (enceramento, revestimento,
queima, fundição e prensagem), envolvidos na fabricação convencional de uma
restauração dental, dando ao dentista e ao técnico a capacidade de criar restaurações
dentárias funcionais com um método preciso e consistente.
O Processo Digital
O papel principal do técnico de laboratório em odontologia restauradora é copiar
perfeitamente todos os parâmetros funcionais e estéticos que foram definidos pelo
dentista em uma solução reparadora. É como a relação de um arquiteto e um
construtor. Durante todo o processo da restauração, desde a primeira consulta,
planejamento do tratamento, provisionalização e colocação final, as rotas de
comunicação entre o dentista e o técnico exigem uma transferência completa de
situações existentes, desejadas, situações realistas e expectativas existentes para o
ambiente clínico. Componentes funcionais, parâmetros oclusais, fonética e informações
estéticas (cor e contorno) são apenas alguns dos dados essenciais exigidos pelo
técnico para completar a preparação de restaurações bem-sucedidas, funcionais e
estéticas.
Comunicação da Oclusão
Historicamente, a transferência de informação oclusal e funcional a partir do ambiente
clínico para o laboratório sempre foi um pouco limitada. Houve pouca ou nenhuma
comunicação direta dos requisitos funcionais para um caso clínico, além de um modelo
oposto e uma impressão fornecida pelo dentista, e por vezes um registro interoclusal
com as preferências de cor. Com uma orientação limitada, o técnico iria montar e
articular os modelos (na maioria das vezes em um articulador de charneira) e restaurar
o caso, preenchendo os espaços, tentando imitar a dentição existente usando sua
própria experiência e interpretação. O resultado era bem aproximado, e o técnico
esperava que atendesse ou excedesse as expectativas do dentista e do paciente. Em
situações como essa, já era esperado que o dentista despendesse um tempo
considerável na cadeira ajustando a oclusão e recontornando as restaurações. Os
resultados eram, com frequência, a total remoção da anatomia, da forma oclusal e, às
vezes, um comprometimento estético e funcional da restauração final.
Havia, é claro, dentistas e técnicos que desejavam resultados mais previsíveis e
procuravam uma solução por meio de cursos avançados de educação continuada que
incentivavam a aproximação do dentista e da equipe técnica e a combinação de
requisitos funcionais e restauradores. Este grupo foi introduzido ao conceito de
odontologia abrangente, que levou em conta uma ótima saúde oral, harmonia
anatômica e funcional e estabilidade oclusal em vez de focar somente na restauração
no aspecto do dente.1 Para realizar isso, a parceria dentista-técnico tornou-se uma
“equipe de diagnóstico” com ambos, o dentista e o técnico, participando da completa
compreensão da relação de causa e efeito dos problemas antes de iniciar o tratamento.
Impressões Dentárias
Como em qualquer processo de restauração convencional em laboratório, esse
procedimento se inicia da mesma forma: o clínico prepara o caso de acordo com as
diretrizes adequadas, impressões do caso são realizadas e, então, todos os aspectos
críticos de comunicação com o laboratório são enviados. Quando o laboratório recebe
todo o material, as impressões são vertidas, os modelos montados e os troquéis
cortados. Um registro da mordida é, então,,usado para que os modelos sejam montados
e utilizados no passo subsequente.
Em odontologia, a excelência e adaptação marginal de qualquer restauração
definitiva fixa dependem da precisão da impressão dental. A introdução do conceito
CAD/CAM em odontologia pelo sistema de impressão digital tem aberto o caminho para
um processo de fabricação completamente digitalizado, o que simplifica a fabricacão de
restaurações e as torna mais confiáveis.7
Impressões dentais digitais eliminaram potencialmente a necessidade de tirar moldes
convencionais de coroas e outras próteses fixas.2 Em implantodontia, o objetivo na fase
protética do tratamento é fabricar o pilar com o perfil de emergência apropriado e uma
restauração precisa de alta qualidade com oclusão e apelo estético. Na abordagem
para fabricar coroas e pontes com o ajuste ideal, o material usado para a impressão
deve capturar os detalhes da margem do pilar, a anatomia gengival e a dentição
adjacente e oposta.3 A precisão de coroas e pontes é determinada pela exatidão de
todos os passos do processo, incluindo tomada de impressão, vazamento do molde
seguindo as corretas propriedades do gesso dental, cortes e acabamento dos troquéis.
Cada um destes passos diminui a exatidão do trabalho do clínico, o que leva a um
dispendioso aumento do tempo de cadeira, repetições de laboratório caras e pacientes
insatisfeitos.
Para fazer uma boa impressão, o material usado deve atender a todos os requisitos
e propriedades ideais (Tabela 27-1). Tais requisitos incluem tempo de configuração e
trabalho suficiente, hidrofilicidade, molhabilidade, resistência ao rompimento e
recuperação elástica.4 Semelhantes ao usados em prótese fixa convencional, materiais
de moldagem utilizados para fabricar uma restauração e pilar para o implante devem
cumprir todos os requisitos de captura de uma boa impressão. No entanto, materiais de
moldagem em odontologia foram projetados para capturar a margem dos dentes e
podem não ser tão precisos quando usados com metal ou materiais do pilar
cerâmico.8,9 Um estudo sobre técnicas de laboratório indicou que 90% de moldagens
dentais convencionais possuem registros incompletos de linhas de acabamento.10 Sem
uma duplicação exata de linhas de acabamento, a prótese torna-se pouco mais do que
uma aproximação de uma prótese adequadamente ajustada.
Tabela 27-1
Propriedades dos Materiais de Moldagem
Precisão Dimensional
A precisão dimensional do PVS é excelente se as margens do preparo são isoladas, o
material de impressão cobre o preparo de forma adequada e uniforme e o material é
completamente endurecido antes da remoção da moldagem. Caso contrário, a precisão
diminui porque há risco de distorção do material de impressão. Em comparação, uma
técnica de impressão digital terá igual ou melhor precisão dimensional, porque não há
material de moldagem e, portanto, qualquer risco de distorção do mesmo. Embora o
controle de umidade e a gestão dos tecidos sejam necessários para ambas, as
impressões digitais requerem este controle apenas por uma imagem de cada vez.
Captura de Detalhes
A captura de detalhes em uma impressão convencional é boa quando não há
movimentação da moldeira, nenhum ar aprisionado e quando se permite que o material
endureça completamente. No caso da técnica de impressão digital, as imagens
capturam detalhes e são ampliadas, o que permite que todos os problemas com os
preparos sejam visualizados imediatamente. Além disso, espaços livres oclusais
também são verificados (Fig. 27-3).
FIGURA 27-3 Feedback no consultório em tempo real durante o
qual margens, oclusão e contatos podem ser imediatamente
verificados.
Tempo
Materiais de moldagem odontológicos disponíveis no mercado exigem, em média, 5 a 8
minutos de tempo de presa. A técnica de impressão digital tem uma curva de
aprendizagem inicial de aproximadamente 5 a 10 escaneamentos, sendo que um
escaneamento de quadrante leva em torno de 3 a 5 minutos. Pode parecer que é
apenas uma pequena economia de tempo; no entanto, a tarefa na qual a técnica de
impressão digital mostra sua superioridade está em uma situação em que se tenha que
refazer a moldagem. Refazer uma moldagem convencional dobra o tempo de trabalho,
pois requer outros 5 a 8 minutos para a repeticão. Além disso, toda a moldagem tem
que ser refeita. Uma pesquisa realizada pela Consilium Associates em Irvine, Califórnia,
afirma que 36% dos dentistas têm que refazer suas moldagens, pelo menos, três vezes
ou mais por mês. Com a técnica de impressão digital, a única área que precisa ser
escaneada novamente é a que não foi copiada.
Acesso Intraoral
Acesso intraoral utilizando técnicas convencionais de moldagem pode ser um desafio
para aqueles com reflexo faríngeo ativo, excesso de saliva, cavidades orais pequenas
ou com língua e bochecha grande. Com a técnica convencional, toda a moldagem (a
moldeira e o material) precisa estar dentro da boca e estável até que o material de
moldagem tome presa completamente. Com a técnica de impressão digital, a vantagem
significativa é que o processo de captura de imagem pode ser interrompido e
continuado várias vezes, garantindo, assim, o conforto do paciente. Uma desvantagem
neste momento é o tamanho da câmera, que pode criar dificuldades na captura de
elementos posteriores como os segundos ou terceiros molares em cavidades orais
menores (Fig. 27-4). À medida que a tecnologia avança, a dimensão da câmera pode
diminuir.
Custo
O custo inicial do equipamento de escaneamento digital é elevado comparado com a
estocagem e o armazenamento de PVS na clínica. No entanto, depois que esse custo
de instalação da unidade é resolvido, as futuras impressões digitais são feitas em uma
taxa nominal, simplesmente a do custo dos materiais descartáveis. A técnica de
impressão digital tem uma vantagem sobre a técnica de moldagem convencional em
situações nas quais se precisa refazer o procedimento. O custo do PVS é dobrado. Com
a técnica de impressão digital, o custo não aumenta quando imagens adicionais são
tomadas na mesma consulta.
Margens
A necessidade de visualização da margem subgengival é um desafio para ambas as
técnicas (Fig. 27-5). Com a técnica de moldagem convencional, um coping de
impressão e um análogo do implante podem ser usados para criar um modelo de gesso
no nível do corpo do implante. Isso elimina a necessidade de capturar quaisquer
margens, pois o laboratório pode selecionar e preparar o pilar do implante e sua
margem para receber a restauração final. A técnica de impressão digital tem evoluído
para incluir pilares de digitalização de implantes, que permitem a criação de um modelo
virtual no nível do implante, mais uma vez eliminando a necessidade de capturar
quaisquer margens (Fig. 27-6).
Para captura 3D, o streaming de vídeo captura e grava todas as superfícies dos
dentes preparados e adjacentes do quadrante. Uma característica do software ICE (IC
Everything) é tirar imagens fotográficas dos dentes e tecidos gengivais. Conforme
imagens sucessivas são registradas, elas são envolvidas em torno do modelo 3D em
desenvolvimento para criar a visão ICE. Isso proporciona ao usuário imagens sem
restrições e atuais dos tecidos mole e duro e auxilia com a identificação de margens.27
O software Planmeca Romexis guarda modelos dos implantes, pilares e modelos de
coroa na biblioteca Planmeca Romexis. O dentista pode, então, importar projetos de
coroa com dados CBCT (cone-beam) e sobrepor a um escaneamento. Isso permite a
realização de um planejamento fácil e a confirmação da posicão do implante.
CEREC AC da Sirona tem uma câmera de LED azul em vez de câmera de laser
vermelho dos sistemas CEREC anteriores (Figs. 27-15 e 27-16). O curto comprimento
de onda projetada pelo LED permite maior precisão da imagem óptica resultante28
(Fig. 27-17). A câmera usa a técnica de triangulação ativa para gravar imagens. Um
padrão de luz azul é projetado sobre o objeto e, em seguida, ocorre a leitura de um
ângulo ligeiramente diferente. Ele usa um feixe telecêntrico, que permite a captura de
informação essencial de todas as superfícies do dente preparado em uma única
visualização. A câmera fica posicionada diretamente sobre o dente preparado para
iniciar um escaneamento. Quando a câmara estiver estabilizada dentro da distância
focal de 14 mm e permanecer imóvel por contato com os dentes adjacentes, a imagem
é gravada automaticamente.29 Isso impede a gravação de imagens imprecisas em
decorrência da movimentação da câmera. Depois que a imagem é gravada, a câmera é
movida sobre dentes adjacentes para gravar imagens adicionais. O software junta os
dados sobrepostos das sucessivas imagens para calcular um único modelo 3D.
FIGURA 27-15 CEREC AC Bluecam. (Cortesia de Ceramics
Dental Laboratory, North Miami Beach, FL.)
FIGURA 27-16 Ponteira de escaneamento CEREC Bluecam.
(Cortesia de Ceramics Dental Laboratory, North Miami Beach,
FL.)
FIGURA 27-17 Fonte de luz azul de comprimento de onda curto
CEREC AC Bluecam. (Cortesia de de Ceramics Dental Laboratory,
North Miami Beach, FL.)
Sirona também oferece o portal CEREC Connect, por meio do qual o dentista pode
tirar uma impressão digital e transmitir os dados para um laboratório de prótese dentária
na rede Sirona. Por sua vez, o laboratório pode fabricar a restauração dentária e
devolvê-la ao dentista para inserção em uma segunda visita do paciente. Ela também
oferece aos laboratórios de prótese dentária o inLab System, uma série de
equipamentos e softwares CAD/CAM que possibilita que o técnico fabrique
restaurações com base em um banco de dados. Sirona introduziu o escâner digital azul,
o inEos, como parte da família de produtos inLab, possibilitando ao laboratório
escanear modelos vazados e/ou fabricar restaurações in-house ou fazer o upload dos
arquivos de dados para a base central de produção Sirona infiniDent.
O escâner Lava C.O.S intraoral da 3M ESPE tem 13,2 mm de largura na extremidade
de trabalho e contém 192 LED e 22 sistemas de lentes (Fig. 27-18). O escâner Lava
C.O.S. intraoral é baseado no princípio de amostragem de wave-front ativo (óptico).30
Três sensores capturam a visão clínica de diferentes perspectivas e geram superfícies
3D em tempo real por meio de algoritmos próprios de processamento de imagem.30
Esta tecnologia “3D em movimento” grava imagens de vídeo 3D contínuas para criar um
modelo do quadrante ou da arcada em tempo real no monitor do computador.
FIGURA 27-18 Lava C.O.S.
Conclusão
Os avanços tecnológicos sempre consistiram em um projeto inicial que é melhorado em
várias interações até que um formato ideal seja atingido. No passado, os tradicionais
métodos de comunicação resultaram em transferência de dados insuficientes e
aumento da insatisfação do paciente com a necessidade de refazer uma restauração
mal ajustada ou indesejada. Enquanto as tecnologias CAD/CAM foram evoluindo,
profissionais de odontologia continuaram a usar métodos testados e comprovados para
transferência de dados, incorporando a odontologia digital para preencher algumas das
lacunas causadas por métodos familiares. Como o campo da odontologia digital vem
expadindo-se ainda mais, sistemas CAD/CAM serão cada vez mais aplicados para
procedimentos de planejamento de tratamento, implementados desde o início e ao
longo de todo o processo restaurador. Ao incorporar sistemas avançados na fase de
diagnóstico, os profissionais de odontologia continuarão a reduzir a margem de erros
dos métodos tradicionais e ainda permitirão que se replique a estética natural,
mantendo o foco na função adequada e harmonia oclusal com a tecnologia CAD/CAM.
O fator mais empolgante a respeito dessas tecnologias não consiste somente nas
suas potenciais aplicações que estão sendo hipotetizadas por profissionais de
odontologia. O entusiasmo reside verdadeiramente no fato de que essas “hipotéticas”
aplicações vêm desenvolvendo-se de maneira progressiva e algumas já se encontram
estágios finais.
Estes avanços não são, portanto, algo que “eventualmente” emergirá no mercado, e
sim realidades que serão lançadas dentro de um período relativamente curto para
revolucionar ainda mais a qualidade do atendimento odontológico que está sendo
entregue na prática moderna.
A odontologia atualmente considera a tecnologia CAD/CAM como apenas máquinas
que fabricam restaurações de cerâmica ou estruturas. Odontologia digital e equipe
odontológica digital representam uma modalidade totalmente nova de diagnosticar,
planejar o tratamento e criar restaurações estéticas funcionais para nossos pacientes
de forma mais produtiva e eficiente. Odontologia CAD/CAM reforçará ainda mais o
relacionamento técnico-dentista- assistente à medida que avançamos juntos para esta
nova era do atendimento ao paciente.
Automação tem sido lenta para alcançar a odontologia e, apesar de novos
equipamentos serem introduzidos para tornar o nosso trabalho mais fácil, ainda criamos
próteses dentárias complexas usando técnicas milenares. E mesmo que a técnica de
“cera perdida” ainda seja um método testado e comprovado de fabricação, virá um dia,
no futuro próximo, em que todas as estruturas e coroas completamente anatômicas
serão projetadas em computadores. Só então vamos realmente perceber a admiração e
reverência da tecnologia CAD/CAM para a Odontologia que inicialmente foi introduzida
há muito tempo.
Resumo
A incorporação bem-sucedida da informatização e novas tecnologias para o laboratório
de prótese dentária continuará fornecendo métodos mais eficientes de comunicação e
fabricação, mantendo, ao mesmo tempo, a criatividade individual e artística do técnico
dentário qualificado. A utilização da nova tecnologia será reforçada por uma estreita
cooperação e melhores relações de trabalho entre o dentista e a equipe técnica.
A filosofia, a técnica e os procedimentos que foram descritos neste livro são
princípios fundamentais da odontologia restauradora. Novas tecnologias só serão bem-
sucedidas se forem combinadas com uma compreensão completa da odontologia
abrangente básica. Apesar das novas tecnologias e da informatização poderem tornar
os procedimentos mais eficientes, menos trabalhosos e mais consistentes, não
substituirão a educação, a experiência prática e o julgamento clínico e técnico.
Agradecimento
Todo o trabalho técnico foi realizado por Jack Marrano, CDT, Micro Dental DTI, 5601
Arnold Road, Dublin, CA 94568.
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CAPÍTULO 28
Retenção Parafusada
Parafusos dos Pilares
A principal finalidade de parafusos em próteses sobre implantes é fixar os
componentes protéticos juntos. Em quase todos os sistemas de implantes, um parafuso
é utilizado para fixar o componente do pilar (ou seja, pilar para a retenção cimentada,
pilar para retenção parafusada e pilar para a fixação) ao corpo do implante (Fig. 28-2,
A). Muitos anos atrás, a retenção com cimento era frequentemente utilizada para esta
finalidade, mas atualmente tal prática não é comum, pelas seguintes razões:
Após o pilar final ser selecionado e posicionado, o protesista não deseja que o pilar
afrouxe, ainda que o afrouxamento do parafuso do pilar para próteses fixas seja uma
das complicações mais comuns especialmente em implantes unitários. O pilar para
próteses cimentadas é parafusado no corpo do implante (Fig. 28-2, B). O afrouxamento
do pilar parafusado é menos provável em próteses esplintadas, mas também tem sido
frequentemente relatado. Inicialmente, na década de 1980, a ocorrência de
afrouxamento do parafuso do pilar foi relatada como sendo tão elevada quanto 65%
das vezes dentro de um período de 3 anos.9,14 Quando o parafuso afrouxa, a remoção
da prótese cimentada é diferente em relação ao acesso ao parafuso do pilar. Como
consequência, muitos dentistas recomendam uma prótese parafusada. Desde aquela
época, os fabricantes têm abordado a questão usando a mecânica dos parafusos de
metal.
Pré-carga
Pré-carga de um pilar ou de prótese é a carga inicial criada através da aplicação de um
torque e causa o alongamento do parafuso. A pré-carga coloca o parafuso em tensão e
leva a uma força de sobretravamento entre as partes do sistema de implante.26 O
objetivo de apertar um parafuso usando tensão de pré-carga é maximizar a vida de
fadiga do parafuso ainda oferecendo resistência satisfatória ao afrouxamento. A pré-
carga é afetada por sete fatores: (1) magnitude do torque, (2) desenho da cabeça do
parafuso, (3) desenho e número de rosca, (4) composição do metal, (5) encaixe do
componente, (6) a condição da superfície e (7) diâmetro do parafuso (Quadro 28-5).
Para utilizar esta técnica de contratorque, o pilar deve envolver o desenho sextavado
ou antirrotational do implante. Para assegurar que o pilar assentou completamente no
corpo do implante e se encaixou totalmente no hexágono ou dispositivo antirrotational
do corpo do implante, uma radiografia muitas vezes é necessária antes de usar a chave
de torque quando a plataforma do implante é colocada abaixo do tecido mole. A técnica
de contratorque para reduzir carga de cisalhamento para a crista óssea só é eficaz
quando os componentes não apresentam desencaixe rotacional.
Coping ou parafusos protéticos que não engatem um dispositivo antirrotational no
pilar não podem usar a técnica de contratorque para prevenir o torque aplicado ao
sistema de implante (Fig. 28-7). Esta questão é um fator menor quando o torque
aplicado ao parafuso protético é menor do que ao parafuso do pilar (isto é, 10-20 N-cm)
e os implantes são unidos em conjunto. Quando possível, coroas de implantes
individuais com próteses estruturadas devem acoplar o pilar sextavado. Como
resultado, o torque aplicado aos parafusos protéticos pode ser resistido por uma
técnica de contratorque.
FIGURA 28-7 Uma técnica de contratorque não pode ser
aplicada a parafusos protéticos se não envolverem um dispositivo
antirrotacional no componente. No entanto, porque os implantes
são imobilizados em conjunto quando o componente é utilizado, o
risco de sobrecarga para a interface implante/osso é reduzido.
Composição do Metal
A composição do material é um fator que modifica o desempenho do parafuso. A
composição do metal pode influenciar a quantidade de tensão no parafuso a partir da
pré-carga e do ponto de fratura e, portanto, afeta diretamente a quantidade de pré-
carga que pode ser usada com segurança. Material do parafuso e força do produto
variam muito, quando todos os outros fatores são semelhantes (de 12,4 N para um
parafuso de ouro a 83,8 N para a fixação do parafuso de liga de titânio).35,26 Uma
prótese parafusada pode apresentar uma fratura dúctil torsional em 16,5 N-cm versus
40 N-cm, dependendo do material do qual é fabricado.34
A deformação plástica ou deformação permanente do parafuso é o ponto final do
módulo de elasticidade. Liga de titânio tem quatro vezes a resistência à flexão de
fratura que o grau 1 de titânio. Portanto, parafusos de pilar feitos de titânio grau 1
deformam e fraturam mais facilmente do que os de liga. Liga de titânio é 2,4 vezes mais
forte que o grau 4 de titânio. Como tal, uma magnitude superior de torque pode ser
usada nos parafusos de pilar de liga de titânio e nos componentes fêmea (que se
encontram dentro do corpo do implante), menor no titânio grau 4, menor no titânio grau
1, e por último em parafusos de ouro.
O alongamento do metal está relacionado com o módulo de elasticidade, o que
depende do tipo de material, a sua largura, o seu desenho e a quantidade de tensão
aplicada. O material de que é feito o parafuso (p. ex., liga de titânio, titânio ou ouro) tem
um módulo específico de elasticidade. Um parafuso protético de ouro apresenta maior
alongamento do que uma rosca feita de liga de titânio (mas uma resistência mais baixa).
Embora as dosagens de diferentes graus de titânio sejam dramaticamente diferentes,
o módulo de elasticidade é semelhante para os graus 1 a 4 de titânio. Assim, a tensão
do parafuso do pilar é semelhante com cada grau de titânio, mas a carga de segurança
em relação à fratura é diferente. Liga de titânio (grau 5) tem um módulo de elasticidade
ligeiramente superior. Apesar de não ser clinicamente relevante para a osseointegração
metal-osso, o parafuso de liga de titânio deve usar um valor de pré-carga um pouco
maior. Esta não é uma consequência relativa à deformação permanente ou fratura,
porque é mais de duas vezes tão forte como os outros graus de titânio.
Também é importante considerar o metal da chave de parafusos utilizado na chave
de torque. A deformação da cabeça do parafuso impede o profissional de apertar ou de
retirar o parafuso. Alguns fabricantes fazem a chave de torque de liga de titânio, e o
parafuso é feito de ouro ou titânio. O conceito é que a chave de torque não vai
deformar o hexágono e não desgasta, de modo que o dispositivo dure mais tempo. No
entanto, este não é o ideal. É mais fácil substituir a chave de torque do que o pilar ou
parafuso protético. Assim, a chave de torque deve ser feita de titânio e o parafuso de
liga de titânio.
Do ponto de vista clínico, o sítio receptor para a chave de torque é também uma
característica da cabeça do parafuso para se considerar. A cabeça do parafuso tem um
recurso de rotação, normalmente um slot reto ou um desenho de hexágono. Quanto
mais lados para o recurso de rotação, mais frequentemente a cabeça irá sair. Assim, um
slot ou recurso triangular irá sair menos do que um hexágono.
Condição da Superfície
A condição da superfície do parafuso é uma questão controversa na mecânica do
parafuso. Uma escola de pensamento acredita que a condição de superfície mais
áspera aumenta a resistência (atrito) na articulação do parafuso e minimiza o risco de
afrouxamento. No entanto, aqueles que defendem o uso de revestimentos redutores de
atrito afirmam que o ganho na pré-carga de tensão é uma forma eficaz de aumentar a
fixação. Testes em parafusos ásperos e lisos indicam que pode não haver qualquer
diferença estatística para as dimensões de um parafuso protético ou do pilar.39,46
Diâmetro do Parafuso
O diâmetro do parafuso pode afetar a quantidade de pré-carga aplicada ao sistema
antes da deformação. Quanto maior o diâmetro, maior a pré-carga que pode ser
aplicada e maior é a força de apertamento sobre o conjunto de parafuso.39 A maioria
dos parafusos de pilar de diferentes fabricantes de implantes é de tamanho similar. No
entanto, os copings e parafusos protéticos de muitas empresas são menores em
diâmetro (e pode ser um material diferente). A resistência do material está relacionada
com o raio, vezes a quarta potência. Em outras palavras, um parafuso com a metade do
diâmetro é 16 vezes mais fraco. Como resultado, os parafusos do pilar soltam com
menos frequência, porque eles podem tomar uma pré-carga maior em comparação com
os coping e parafusos protéticos. Algumas empresas oferecem diâmetros semelhantes
para parafusos protéticos e de pilares. Como resultado, uma força de apertamento
semelhante pode ser usada para cada um dos componentes.
Encaixe do Componente
Nem todos os fabricantes de implantes têm a mesma gama de desajuste do
componente. Na ciência da usinagem de componentes de metal, há uma variedade de
dimensões fabricadas. Em outras palavras, um implante com 4 mm de diâmetro é
realmente uma variação entre 3,99 mm e 4,01 mm. Da mesma forma, o pilar e as
conexões do pilar protético também têm uma variação. Como resultado, se um corpo de
implante sextavado com menores dimensões é acoplado em uma conexão de pilar
maior, os componentes podem não se encaixar adequadamente. A maioria das
empresas de implantes permite uma variação de desajuste, o que resulta no pilar ou
coping ser capaz de rotacionar ± 10 graus sobre o corpo do implante. Desajuste dos
componentes do pilar entre o pilar e o corpo do implante pode ter um desajuste de 10
graus em uma dimensão rotacional, e discrepâncias rotacionais têm sido relatadas
como sendo maiores que 99 μm.47-50 Estas variações são diferentes em cada sistema
de implante. A tolerância de usinagem de alguns sistemas pode ser tão pequena como
5 μm e menos de 1 grau em rotação. Quanto mais preciso o encaixe entre os
componentes, menor a força aplicada ao parafuso do pilar ou ao parafuso protético
(Fig. 28-13).
FIGURA 28-13 O encaixe rotacional do pilar ao corpo do
implante é variável de um fabricante para outro. Quanto maior for
o desajuste de rotação (linha vermelha e linha tracejada), mais
força é aplicada ao parafuso do pilar.
Características Antirrotacionais
Como regra geral, a maioria dos corpos de implante tem uma característica
antirrotacional para a conexão com o pilar. Os desenhos mais comuns são hexágono
externo, hexágono interno, cone Morse, e cone Morse com roscas.
Muitos fabricantes têm afirmado que as conexões internas são mais estéticas para a
coroa do implante. Isso não é verdade. Os dispositivos antirrotacionais internos e
externos têm a mesma consequência estética. Todos os corpos de implante com
hexágono interno têm um pilar que possui um hexágono interno correspondente.
Quando os dois componentes são conectados, eles formam uma linha de união entre
eles. A margem da coroa é colocada acima da linha de união do pilar ao corpo do
implante. Todos os corpos dos implantes com hexágonos internos têm um pilar que tem
um hexágono externo correspondente. Quando os dois componentes são fixados em
conjunto, eles formam uma linha de união entre eles. Assim, depois de o componente
do pilar ser conectado, não há nenhuma diferença estética para a coroa que está unida
ao pilar (Fig. 28-16).
FIGURA 28-16 Um implante com hexágono interno (esquerda)
tem um pilar com uma conexão de hexágono externo. Um
implante com hexágono externo (direita) tem um pilar com uma
conexão de hexágono interno. Quando os pilares (ouro) estão
conectados ao implante, a margem pilar-implante é semelhante
em relação à estética.
Diâmetro da Plataforma
O diâmetro da plataforma permite que o pilar assente no hexágono antirrotacional
(externo ou interno). As forças inclinadas quando aplicadas ao pilar formam um arco
com um raio a partir da margem externa do pilar oposto à força para a dimensão do
hexágono no mesmo lado da força. A largura da plataforma resiste ao arco de rotação
do lado oposto à força de inclinação. A plataforma mais estreita tem um ponto de fulcro
e largura da plataforma curtos, tornando-se mais vulnerável às forças de inclinação.
Quanto maior é o diâmetro da plataforma, maior a resistência às forças de inclinação.
Portanto, quanto maior o diâmetro da plataforma, menor a força aplicada ao parafuso
do pilar.
No estudo de Boggan et al. a força sobre o parafuso do pilar foi reduzida por 12
unidades quando a altura do hexágono de 0,7 mm foi aumentada para 1,0 mm. Quando
a força sobre o parafuso foi avaliada em um implante com 4 mm de diâmetro em
comparação com um implante de 5 mm de diâmetro (com a mesma altura do hexágono),
uma redução da força em 40 unidades foi observada54 (Fig. 28-18). Em outras
palavras, o diâmetro do implante (e dimensão da plataforma correspondente) foi mais
importante para reduzir o risco do afrouxamento do parafuso do que a altura (ou
profundidade) do hexágono antirrotacional. Em um estudo clínico realizado por Cho et
al., o afrouxamento do pilar parafusado foi observado durante um período de 3 a 7 anos
em 14,5% dos implantes de 4 mm de diâmetro. Quando um implante de 5 mm de
diâmetro apoiou a prótese, o afrouxamento do parafuso reduziu para 5,8% .58
FIGURA 28-18 Para reduzir as forças sobre o parafuso do pilar,
o diâmetro da plataforma do implante é mais importante do que a
altura do hexágono. Quanto maior for o diâmetro (eixo x), menor a
força aplicada ao parafuso (eixo y).
Implantes de maior diâmetro com uma plataforma mais ampla devem ser usados para
diminuir a força aplicada ao parafuso do pilar quando os fatores da força externa são
maiores do que o normal. Assim, um implante mais amplo no canino ou no incisivo
central maxilar, uma restauração de um único dente é sugerida para pacientes
bruxistas.
Os parâmetros que afetam a incidência de afrouxamento do parafuso do pilar e dos
parafusos protéticos variam de um paciente para outro, porque os fatores de força
externa são diferentes. Os dentistas devem considerar fatores como pré-carga, posição
do implante, número de implantes e diâmetro do implante para reduzir esta
complicação. Outros fatores estão relacionados com o produto específico do implante
selecionado para suportar e reter a prótese. Estes incluem desenho da cabeça do
parafuso, desenho da rosca, composição do metal, componente do encaixe e diâmetro
do parafuso.
Para resolver este problema, nas regiões posteriores da boca, o dentista pode
realizar um orifício de acesso através da face oclusal da coroa para ter acesso ao
parafuso do pilar (Fig. 28-21). Este procedimento, no entanto, também pode danificar a
porcelana ou a borda incisal da coroa e pode levar à substituição da coroa.59
FIGURA 28-21 Uma coroa cimentada em um pilar parafusado é
difícil de remover, quando o parafuso do pilar afrouxa. Em coroas
posteriores, um orifício de acesso ao parafuso do pilar é
preparado na superfície oclusal.
Próteses Parafusadas
Proteção das Próteses
Um protocolo cirúrgico previsível para fixação rígida endóssea foi desenvolvido e
relatado por Brånemark e Adell et al. mais de 30 anos atrás.55,56 No entanto,
ocasionalmente, um implante pode ser perdido durante o processo de cicatrização
inicial devido ao trauma cirúrgico, à cicatrização comprometida, à pobre seleção do
caso, ou por razões desconhecidas. Pacientes entendem que a medicina não é uma
ciência exata e que seus corpos podem responder com variação individual, mesmo em
um procedimento padronizado. Como resultado, os pacientes estão mais inclinados a
aceitar o insucesso cirúrgico do implante. Ao contrário, após a reabertura do implante, o
paciente é informado do sucesso de implantes, e todas as complicações de curto prazo
que levam a perda ou comprometimento do implante muitas vezes se tornam
inaceitáveis para o paciente.
O paciente raramente pode avaliar as causas da perda cirúrgica do implante, mas ao
contrário pode avaliar vários aspectos do resultado protético, como estética, oclusão,
função, fonética e manutenção. Tempo, consultas, passos laboratoriais e os custos
adicionais associados a próteses inventivas necessárias em implantes precariamente
instalados não são totalmente apreciados. Pacientes podem acreditar que a perda
óssea ou perda do implante ocorreu porque os parafusos estavam muito apertados ou
muito frouxos, os modelos não se encaixaram adequadamente, ou a oclusão estava
incorreta em vez de entender a causa original de má qualidade óssea ou angulação
inadequada dos implantes na fase cirúrgica. Todos esses fatores complicam a
transferência do paciente para o protesista.60
O tempo necessário para remover um implante perdido após cicatrização inicial e
instalar um implante adicional é muitas vezes mínimo e, muitas vezes, pode ser
realizado na segunda fase cirúrgica. O tempo necessário para confecção da prótese é
normalmente de cinco ou mais consultas protéticas. Uma perda de implante após a
entrega final da prótese também pode resultar em outras cinco consultas protéticas,
assim como taxas de laboratório adicionais. Além disso, a perda de implante após a
colocação de cargas pode levar à significativa perda de osso e de tecidos moles. Como
resultado, a substituição do implante pode exigir enxerto de tecido ósseo e de tecido
mole, além de tempo adicional necessário antes de reinstalação. O paciente pode
culpar o protesista pela perda óssea associada após a perda do implante.
O protesista normalmente explica ao paciente a respeito das limitações da prótese
sobre um dente mal posicionado. Tratamento ortodôntico ou exodontia são sugeridos
muitas vezes para dentes naturais, em vez do risco de um resultado protético final
comprometido. No entanto, ainda muitas vezes, os dentistas consideram os implantes
como bem-sucedidos segundo o critério único de rigidez. Eles muitas vezes ignoram a
precariedade de uma estrutura com poucos implantes, implantes instalados em
direções mesiodistal e vestibulolingual impróprias, uma profundidade excessiva do
sulco, área insuficiente de suporte de carga da superfície do corpo do implante, má
angulação, má qualidade óssea, contorno e quantidade inaceitáveis dos tecidos moles,
e a relação destes com os requisitos estéticos e sua influência sobre as complicações.
Critérios de longo prazo aceitáveis devem ser estabelecidos, e os fatores limitantes
devem ser identificados antes da reconstrução protética para minimizar a ocorrência de
complicações relacionadas com a reabilitação, manutenção ou gestão de pacientes.
O sistema de retenção da prótese deve ser designado antes da cirurgia. Em uma
prótese fixa parafusada, implantes anteriores são instalados mais lingualizados do que
para uma prótese cimentada, porque o orifício de acesso da prótese parafusada é
localizado no cíngulo. A correção de próteses parafusadas com implantes instalados
vestibularmente pode ser mais difícil e pode levar ao comprometimento estético
incontrolável.
A prótese cimentada deve, idealmente, ter 8 mm ou mais de espaço da altura da
coroa (EAC). Esta dimensão permite pelo menos 1 mm de material oclusal na coroa, 5
mm de altura do pilar como forma de retenção e resistência (com uma margem
subgengival), uma margem subgengival de 1 mm e 2 mm para adesão do epitélio
juncional acima do osso. Se o espaço for inadequado uma osteoplastia é indicada
antes da instalação do implante. Em outras palavras o protesista deve indicar o tipo e o
contorno da prótese incluindo o tipo de retenção (p. ex., cimentada ou parafusada), no
plano de tratamento inicial e transmitir essas informações para o cirurgião antes da
instalação do implante. A fase cirúrgica deve assegurar a melhor base possível para
garantir o desempenho da prótese a longo prazo.61
Portanto, quanto mais baixo o perfil, maior a retenção, a redução dos momentos de
força em sobredentaduras PR-5, maior espaço para os dentes da prótese ou para
materiais oclusais, e ausência de resíduos de cimento são vantagens das estruturas
parafusadas. A maioria destas condições são mais características de sobredentaduras
implantossuportadas que de próteses fixas.
Uma nota interessante é que em meados dos anos 1980 e nos anos 1990, os
profissionais que desafiaram o conceito de próteses implantossuportadas e cimentadas
foram considerados como minoria. Nas últimas décadas, a odontologia reavaliou sua
posição, e hoje observam-se mais próteses fixas implantossuportadas cimentadas do
que próteses parafusadas.62,63
Estruturas Passivas
Idealmente, quando uma prótese é retida por parafuso protético (coping), a prótese
encaixa passivamente no topo dos pilares, e os parafusos da prótese fixam os dois
componentes em conjunto. Os parafusos aplicam forças de compressão, de tração e de
cisalhamento nos pilares, mas nenhuma força é transmitida aos implantes propriamente
ditos. Se a estrutura da prótese não assentar passivamente no pilar, a força do
parafuso protético é então transmitida aos corpos dos implantes (Fig. 28-27).
FIGURA 28-27 Quando a prótese não é passiva (amarela), as
forças de tração e de cisalhamento são diretamente aplicadas ao
sistema de implantes (p. ex., pilar, corpo do implante, parafuso do
pilar, osso marginal, interface implante/osso).
Em um estudo realizado por Strong e Misch, uma barra parafusada foi fabricada
sobre cinco implantes Nobelpharma instalados na parte anterior de uma mandíbula
simulada feita de polimetilmetacrilato com um fator de dureza de densidade óssea
D1.73 Três materiais de impressão diferentes e dois gessos dentários diferentes foram
utilizados (com procedimentos de impressão, direta e indireta). As estruturas foram
fundidas com metais preciosos. Depois de 100 peças fundidas fabricadas, a barra mais
passiva (retida com 10 N-cm) moveu cada implante em 3 a 8 μm (Fig. 28-32). Isto
fornece um relato visual de que próteses parafusadas imediatamente colocam cargas
sobre os implantes, que são suficientes para distorcer a interface osso/implante, que
faz a estrutura parecer como clinicamente passiva.
FIGURA 28-32 Em um estudo realizado por Strong e Misch, 100
barras parafusadas foram feitas usando várias técnicas, materiais
de moldagem, materiais de revestimentos, gessos dentais e
metais.22 Os cinco implantes foram retidos em um simulador de
osso D1. Com uma força de 10 N-cm sobre os parafusos
protéticos, cada implante moveu 3 a 8 μm com a fundição mais
passiva.
Materiais de Moldagem
As quatro categorias de materiais de moldagem elásticos são polissulfetos, silicona de
condensação, silicona de adição (siloxano de polivinilo) e poliéter. Até o momento,
nenhum material de moldagem é completamente preciso.100-105 O volume de
deformação permanente e alteração dimensional dos materiais de moldagem são
fatores críticos na geração de estruturas passivas.
Alterações Dimensionais
A alteração dimensional do material de moldagem a partir de 2 minutos após ser
retirada da boca até 24 horas depois é uma propriedade importante. A quantidade de
modificação pode ser usada como referência para avaliar outras propriedades do
material. Todos os materiais de moldagem elásticos contraem depois que eles são
removidos da boca. A taxa de contração não é uniforme. Em geral, cerca de metade da
contração ocorre durante a primeira hora após a remoção da boca. Portanto, a maior
precisão ocorre se as impressões são vazadas logo depois que elas são feitas.
Poliéteres absorvem água, o que aumenta a variação dimensional e, portanto, não deve
ser mantido neste meio. Além disso, a maioria dos materiais de moldagem continua a
mudar após o período de 24 horas. A exceção a esta regra são as siliconas de adição,
que são estáveis e não alteram por vários dias.106,107
A maior alteração dimensional ocorre com siliconas de condensação (Tabela 28-2),
que exibem uma alteração dimensional maior que 0,5% . Esta mudança é clinicamente
relevante. Superestruturas fabricadas a partir destes modelos serão menos precisas.
Portanto, o uso de silicona de condensação deve ser evitado. Polissulfetos têm cerca
de metade do volume de contração que as siliconas de condensação (0,2% ). Isto
também pode ser clinicamente relevante. Polissulfetos continuam contraindo
dramaticamente após 24 horas. Portanto, vazar a moldagem o mais cedo possível é
altamente recomendável.
Tabela 28-2
Definindo Propriedades dos Materiais de Moldagem Elásticos
Deformação Permanente
A deformação permanente é medida pelo fabricante com uma compressão de 10% de
uma moldagem por 30 segundos após tomar presa completamente. A deformação
permanente dos materiais de moldagem em implantodontia pode ser uma preocupação
quando a moldagem distorce a região rebaixada da moldagem indireta do pino de
moldagem, durante a remoção da moldagem da boca. Sessenta por cento da
deformação encontrada no material pode ocorrer quando uma moldagem com
elastômero é removida de estruturas tendo 1 mm de rebaixamentos em altura e
profundidade.113 O material deforma para fora do rebaixamento, e não pode retornar à
sua posição original ao lado do pino de moldagem.
Como consequência da deformação permanente, o orifício receptor para o pino de
moldagem pode ser permanentemente maior do que a dimensão inicial. A deformação
permanente foi medida em quase 3% para os materiais de moldagem de polissulfetos e
de 0,07% para as siliconas de adição96-116 (Tabela 28-2). Distorção da moldagem foi
um resultado consistente em um estudo de transferências de pinos de moldagem direta
e indireta, como resultado das manipulações da moldagem.97
Os pinos de moldagem indireta permanecem na boca quando o molde é removido e
são substituídos na moldagem antes de vazar o trabalho ou o molde mestre (Fig. 28-
33). Quanto maior é a deformação permanente, menos retentivo o pino de moldagem e
mais variável a sua posição no sítio receptor distorcido.117 O gesso é vibrado ao redor
do pino de moldagem indireta, o análogo conectado pode se mover, e a posição final
não é precisa em relação à posição intraoral do pilar.
Outra fonte de erro da moldagem pode ocorrer quando esta é feita. Uma bolha de ar
pode se apresentar inadvertidamente no topo do pino de moldagem; como resultado, o
pino de moldagem pode ser reinserido neste vácuo para além da sua posição inicial.
Alguns fabricantes têm incorporado um orifício para o parafuso ou ranhura na parte
superior do pino de moldagem, que deve ser bloqueado antes da realização da
moldagem. Caso contrário, a réplica positiva na moldagem pode impedir o pino de
moldagem indireta de assentar completamente na moldagem antes de vazar o modelo
mestre.
O efeito da deformação permanente ou colocação imprecisa do pino de transferência
indireta na moldagem pode ser eliminado usando um pino de moldagem direta para a
moldagem final (Fig. 28-34). O pino de moldagem direta não é removido da moldagem
final antes do modelo principal ser fabricado, mas é projetado para ser mantido de
forma rígida, enquanto o gesso é vertido na moldagem. Portanto, o uso do pino de
moldagem direto elimina duas fontes de erro e é fortemente recomendado para
próteses parafusadas.91-93,98,118 Uma técnica comum é conectar os pinos de
moldagem direta com acrílico antes de realizar a moldagem. No entanto, a prática de
unir pinos de moldagem com resina não foi comprovada como uma vantagem
definitiva.97 Na verdade, a contração da resina pode fazer com que os implantes ou
componentes se aproximem uns dos outros antes da finalização do processo de
moldagem.
Moldeira Personalizada
Uma moldeira personalizada proporciona a vantagem de uma espessura uniforme do
material de moldagem. Como resultado, o uso de uma moldeira personalizada minimiza
o erro na distância entre pilares e a distorção cruzada do arco em comparação com
moldeiras de estoque.119-121 Em um estudo realizado por Gordon et al., a mensuração
da mudança no arco cruzado da posição da estrutura de metal foi de 0,6% para uma
moldeira de estoque em comparação com 0,1% para uma moldeira individualizada119
(Fig. 28-35). Isto é clinicamente significativo para uma prótese total parafusada.
FIGURA 28-35 Em um estudo realizado por Gordon et al.,124
alterações nas medidas de um arco cruzado para as posições da
matriz de metal ou para as posições antero-posteriores foram
maiores para uma moldeira de estoque.
A técnica para um paciente edentado total com implantes captura tanto os tecidos
moles quanto as posições dos implantes. O modelo de trabalho é primeiramente
fabricado a partir de uma moldagem preliminar feita com uma moldeira fechada e pinos
de moldagem indireta na segunda fase cirúrgica, na remoção da sutura ou na primeira
consulta protética. Quando silicona de adição é utilizada para a primeira impressão em
vez de hidrocoloide irreversível, o laboratório de prótese dentária pode vazar a
moldagem posteriormente. O laboratório conecta os análogos aos pinos de moldagem
indireta e reinsere os componentes na moldagem antes de vazar o modelo. O modelo
de trabalho é vazado com o gesso dentário.
Os pinos de moldagem indireta são substituídos por pinos de moldagem direta
(Fig. 28-36). Cera ou cimento é colocado junto com os pinos de moldagem direta para
criar um espaço de aproximadamente 3 mm e espaço de 1 mm com um stop nos tecidos
moles em regiões edentadas. O espaço de 3 mm permite que o pino de moldagem seja
posicionado na boca em qualquer posição de rotação, antes da realização da
moldagem final.
FIGURA 28-36 Uma moldeira personalizada é feita a partir da
moldagem de transferência indireta. A moldagem de transferência
indireta (Fig. 28-33) é substituída por moldagens de transferência
direta no modelo antes da fabricação de moldeiras customizadas
abertas.
Variação do Análogo
O pilar para retenção parafusada é normalmente fabricado em titânio ou liga de titânio.
O pino de moldagem e o análogo do implante geralmente são feitos de titânio, aço
inoxidável, alumínio ou latão. Como afirmado anteriormente, os fabricantes muitas vezes
não usinam os pinos de moldagem e os análogos do implante com mais ou menos a
mesma variação que o pilar real para a retenção parafusada. Como resultado, os
análogos podem não ser uma representação precisa do pilar para retenção parafusada
na boca42,47,49 (Fig. 28-15). Roscas inseridas em análogos de latão ou alumínio
também podem distorcer, e o pino de transferência pode não ser completamente
encaixado. O dentista deve tomar cuidado para garantir que o análogo fique nivelado e
encaixado corretamente no pino de moldagem direta antes de vazar o gesso. Tem sido
relatada uma variação de 20 μm na posição final do pino de moldagem.93
Se a prótese final deve ser conectada ao pilar, o análogo utilizado deve representar
o pilar para retenção parafusada, e não o corpo do implante. Alguns fabricantes de
implantes sugerem que os pinos de moldagem devem ser sempre do corpo do implante.
Um análogo do implante é transferido para o modelo mestre, e o pilar para prótese
parafusada é selecionado e colocado na fundição pelo laboratório. A vantagem desta
abordagem é que o laboratório seleciona o pilar, o que leva a uma redução de estoque
de pilares para prótese parafusada pelo dentista. Como esses pilares podem variar de
3 a 6 mm de altura, isto pode representar uma sobrecarga significativa de custo. No
entanto, este procedimento pode introduzir outro fator de erro porque as duas
transferências são feitas no laboratório de prótese dentária.
Ocasionalmente, em caso de EAC limitado, a prótese pode ser desenhada para se
conectar diretamente ao corpo do implante. Uma moldagem do implante é então
indicada sob estas condições. Nenhum pilar para retenção parafusada é usado no
sistema de prótese sobre implantes. Em vez disso, a prótese está conectada ao corpo
do implante. Deve notar-se que, quando este é o efeito desejado, o implante deve ter
um hexágono externo como componente antirrotacional. A prótese não engata no
hexágono, mas a dimensão da plataforma é maior sobre o hexágono externo e mais
facilmente permite uma fixação direta.
Expansão do Gesso
O modelo mestre para uma prótese parafusada apresenta exigências diferentes em
comparação com uma prótese cimentada. Em uma prótese cimentada, um espaço é
desejado entre o pilar e a prótese para a retenção de cimento. O espaço é ocupado por
cimento e permite o assentamento completo da prótese, quando o cimento é colocado
dentro do coping. O espaço é de cerca de 40 μm, mas pode ser maior, especialmente
nas regiões sobre as margens. Portanto, a expansão do gesso é um benefício para a
prótese cimentada. Além disso, um espaçador é adicionado à superfície do molde antes
da fabricação do coping.
A prótese cimentada é geralmente fabricada em matriz composta de gesso especial.
Isto requer um material rígido capaz de resistir à abrasão e fratura. Como regra geral,
quanto mais forte o gesso dental, maior é a sua configuração de expansão. Gesso
especial é mais duro do que o gesso dental e menos propenso à fratura ou alteração
durante o processo laboratorial. O material de gesso Gypsum® (American Dental
Association [ADA] classificação do produto IV) tem sua expansão, geralmente, variando
entre 0,01 e 0,1% , dependendo do fabricante.123 A adição de endurecedores, tais
como sílica coloidal e cianoacrilato aumentam ainda mais a expansão de presa (p. ex.,
Die-Keen® [Heraeus-Kulzer, Hanau, Germany] é de 0,2% ).124-127
No modelo mestre para a prótese parafusada, componentes análogos de metal
representam o pilar para retenção parafusada. Como resultado, a dureza da superfície
do gesso especial não é crítica, mas a percentagem de expansão é, pois pode alterar a
distância entre os pilares128,129 (Fig. 28-39). Por todos os materiais de moldagem
sofrerem contração, o gesso dental deve expandir-se para compensar a alteração
dimensional.130 Uma vez que as siliconas de adição ou o poliéter contraem de 0,1 a
0,06% , a expansão do gesso especial deve estar numa faixa semelhante. A expansão
do gesso pedra (classificação ADA do produto III) varia conforme o produto, mas como
regra geral, apresenta menor expansão do que o gesso especial (classificação ADA do
produto IV).123
Contração do Acrílico
Metilmetacrilato processado contrai cerca de 7% em volume e em até 18% quando
polimerizado a frio, especialmente com excesso de monômero, e alguns estudos
sugerem que a contração pode continuar até 180 dias.123,133,134 A alteração real na
dimensão final está relacionada com a quantidade de material polimerizado de uma só
vez. Portanto, a técnica de polvilhar sal e pimenta geralmente é indicada para placas
base de modo que volumes menores polimerizem a cada vez, minimizando as
alterações dimensionais.135
No laboratório, os pinos de moldagem direta são ligados aos análogos depois do
vazamento da moldagem e antes de fazer a placa de base (Fig. 28-40). A placa de base
é então fabricada de modo que a ligação entre o pino de moldagem e de pilar seja
visível. Desta forma, a placa de base pode ser utilizada com o rolete de cera e como um
jig de verificação para confirmar a precisão da moldagem (Fig. 28-41). O acrílico
conectando estas unidades análogas de metal não pode alterar a posição do pilar no
gesso (ao contrário do osso), porque eles estão incorporados em gesso, mesmo que
alguma contração do acrílico ocorra ao seu redor. Como resultado, as placas de base e
a verificação dos jigs podem ser fabricadas a partir de acrílico fabricado sobre os
modelos de gesso.
Distorção da Cera
A técnica de cera perdida é a técnica preferida para restaurações fundidas.123
Especificações de cera da ADA permitem um escoamento de no máximo de 1% a 30°C
a um máximo de 90% a 45°C.138 Além disso, a expansão linear pode atingir 0,7% com
um aumento na temperatura de 20°C, e 0,35% de contração pode ocorrer quando o
arrefecimento de 37° a 25°C.139 A contração de fundição é inversamente proporcional
ao escoamento da cera. Depois da matriz de cera ser fabricada pelo técnico, várias
condições adicionais podem levar à distorção da cera. Como a cera é aquecida e
esfriada, tensão residual pode ser formada dentro do material. Quando a matriz de cera
é removida do pilar antes de fundição, a tensão pode ser liberada e distorcer a matriz
(Fig. 28-30). A manipulação da matriz de cera também pode distorcer a sua precisão,
especialmente em próteses totais. Fundições parafusadas podem ser mais precisas e
passivas quando fabricadas em secções menores para reduzir esta distorção.
A precisão de encaixe da fundição final é afetada não apenas pela temperatura de
amolecimento da cera, mas também pelas propriedades de revestimento. Um material
de revestimento com expansão térmica ou higroscópica é indispensável para
compensar a contração relacionada à fabricação da superestrutura.140,141 A
expansão do material de revestimento é altamente sensível à técnica.
O tamanho, a forma, a temperatura e o fabricante do anel de fundição e a posição do
material no interior do anel afetam as dimensões finais da fundição metálica.123 Como
resultado, a fundição final pode ser maior ou menor do que a matriz de cera original
(que também pode distorcer). Um estudo realizado por Carr e Brantley sobre a precisão
das estruturas totais sobre implantes mostrou que o material de revestimento, a
concentração de líquido, o completo preenchimento do molde e a forma de revestimento
do molde são fatores essenciais para a precisão da fundição.53 Um anel de fundição
maior é sugerido para modelos de padrões espessos (p. ex., grandes estruturas
metálicas de implantes) ou cera com alta resistência, alta temperatura de amolecimento
e baixa porcentagem de escoamento141 (Fig. 28-42).
FIGURA 28-42 O tamanho do anel de fundição e a expansão do
revestimento podem ser outras fontes de variação dimensional,
resultando em uma fundição não passiva.
Soldagem
Fundições de metal geralmente parecem clinicamente passivas. A fundição é
clinicamente aceitável, se a adaptação marginal está dentro de uma faixa de abertura
horizontal ou vertical de menos de 75 μm, semelhante a uma coroa sobre dente natural.
Quando pilares unidos são usados, a fundição é posicionada sobre os implantes, e o
dentista tenta balancear a fundição.151 O balanço lateral de um lado para o outro
indica que um dos pilares mais distais não está passivo. O balanço para a frente e para
trás indica que o pilar central não está passivo (Fig. 28-44). De acordo com Dedmon,
discrepância ou peças fundidas aceitáveis sobre próteses parafusadas por
profissionais experientes podem apresentar uma faixa de abertura de 32 a 250 μm no
plano horizontal e de 43 a 196 μm na dimensão vertical.153
FIGURA 28-44 Quando uma fundição balança, ela não é
passiva. Balanço de um lado ao outro significa que os pilares
mais distal não estão passivos. Balanço para a frente e para trás
significa que o pilar central não está passivo.
Após a fundição não passiva ser separada a distância ideal, a fundição pode ser
aparafusada na posição com longos parafusos de fixação, tais como os usados para os
pinos de moldagem direta (Fig. 28-46). Uma moldeira, então é modificada para permitir
que os parafusos de fixação saiam no topo. Silicona de adição pode ser injetada em
torno da superestrutura para indexar e cercar as peças e a moldeira (Fig. 28-47).
Depois do material tomar presa, os parafusos longos e a moldeira assentada são
removidos com a fundição incorporada e são enviados para o laboratório dental
(Fig. 28-48). Esta técnica resgata a barra no interior da moldagem e permite a
transferência para o laboratório sem o risco de separação da superestrutura durante o
transporte. O laboratório insere o análogo para prótese parafusada na fundição e
pulveriza uma base para preparar a superestrutura para soldar. A superestrutura é
soldada, polida e checada quanto a sua colocação passiva.
FIGURA 28-46 Parafusos longos das moldagens de
transferência são utilizados para fixar a barra seccionada.
A solda de duas seções termina com uma fundição mais passiva em comparação
com uma fundição de arco total em peça única. Embora melhor em um estudo
comparativo de Mendes et al., até mesmo o procedimento de soldagem de fundições de
arco total resulta numa fundição não passiva que leva à deformação do pilar quando
parafusada no lugar.161
Fixação do Parafuso
A ordem em que os parafusos de fixação são fixados pode afetar a precisão do encaixe
da prótese e sua taxa de passividade. Quando os parafusos protéticos são totalmente
apertados em posição, em ordem de uma extremidade da prótese a outra, a
desadaptação da prótese é maior.162 Neste exemplo, o primeiro parafuso protético é
mais passivo. A próxima conexão é menos passiva. O último pilar e parafuso protético
tem a pior condição em unidades esplintadas. Todas as imprecisões são agravadas na
última conexão.
Em vez disso, o pilar no centro da prótese é primeiro inserido levemente com
pressão digital. A fundição é então balançada para mesial e distal e, em seguida,
vestibular e lingual. Um movimento de balanço da fundição indica uma fundição não
passiva. Quando estável, os pilares adjacentes são encaixados com parafusos
protéticos. Em seguida, os próximos dois parafusos adjacentes são conectados. Após
isto ser completado, o processo recomeça no centro. Os parafusos são apertados com
uma firme pressão digital na mesma ordem. Finalmente, a chave de torque é usada nos
parafusos na mesma ordem.
Odontologia Digital
Odontologia digital tem melhorado dramaticamente a capacidade de ter próteses
parafusadas passivas. As moldagens intraorais podem ser realizadas através do
escaneamento da boca, o que elimina problemas de contração dos materiais de
moldagem. As moldagens escaneadas podem utilizar um modelo virtual. Isto elimina os
efeitos de erro de transferência do laboratório e de expansão do gesso. Se a moldagem
de transferência for feita com a técnica tradicional de moldeira aberta, os modelos
tradicionais podem ser escaneados por computadores, o que elimina os erros de
fabricação. A estrutura pode ser digitalmente usinada, o que elimina as preocupações
com a distorção da cera e contração do metal. Como consequência, os futuros avanços
da odontologia digital são mais vantajosos para próteses implantossuportadas
parafusadas.
Complicações
As complicações mais comuns de parafusos utilizados em implantologia oral são o
afrouxamento do parafuso do pilar protético. A causa é muitas vezes relacionada a
fundições não passivas. Ambas as entidades foram abordadas em detalhes neste
capítulo. Além disso, pode ocorrer a fratura do parafuso. Fratura dos componentes do
implante é uma complicação de médio a longo prazo. Uma revisão da literatura de
dispositivos médicos para implantes dentais e componentes relacionados revelou que a
fratura dos componentes continua apresentando problemas para os sistemas de
implantes dentais. As fraturas ocorrem em implantes, parafusos protéticos e pilares
para todos os seis líderes fabricantes dentais e representam de 1 a 3% dos
dispositivos.23
Fratura do Parafuso
As causas mais comuns de fratura do parafuso são uma prótese parcial não retida ou
fadiga relacionada com a quantidade de força ou o número de ciclos. Fratura do
parafuso protético ocorre em aproximadamente 4% das vezes e fratura do parafuso
dos pilares em 2% das vezes. A diferença está relacionada com o diâmetro do
componente.
Existem cinco opções para remover um parafuso fraturado, e o método prossegue
em uma ordem particular. O primeiro método sempre é bem-sucedido e leva apenas
alguns minutos. Uma broca muito pequena, redonda é utilizada numa peça de mão de
velocidade lenta, de preferência abaixo de 50 rpm. A broca esférica é colocada no limite
do parafuso fraturado e do pilar (implante). À medida que a broca gira no sentido
horário, o atrito com o parafuso faz com que rode no sentido contrário, e o parafuso
desenrosque (Fig. 28-49).
Se esta técnica não é bem-sucedida, o complexo de parafuso pode ter passado por
deformação plástica e distorcido os componentes antes da fratura. As tentativas de
desenroscar o componente com um dispositivo de ultrassom ou Cavitron raramente são
eficazes, uma vez que isso ocorre.
O segundo método para remover um parafuso fraturado funciona somente com
parafusos protéticos de ouro. Uma broca de cone invertido e a peça de mão de baixa
rotação são utilizadas para perfurar no centro do parafuso. A peça de mão é
interrompida imediatamente após penetrar de 1 a 2 mm o parafuso. A broca prende no
parafuso de ouro. A broca é solta da peça de mão, e a broca e o parafuso fraturado são
desenroscados. Dispositivos comerciais estão disponíveis para seguir este mesmo
esquema.
O terceiro método (e, geralmente, o segundo tentado) é fazer uma ranhura de 1 mm
de profundidade através do centro do parafuso com uma peça de mão de alta
velocidade e uma broca de fenda muito estreita. Uma pequena chave de fenda é então
utilizada para desenroscar o parafuso (Fig. 28-50).
Resumo
Afrouxamento do parafuso é uma complicação comum em implantodontia e pode afetar
o pilar aparafusado ou o parafuso da prótese. A mecânica do parafuso pode ser
utilizada para reduzir drasticamente esta incidência. Muitos destes fatores são
controlados pelo produto selecionado, e fabricantes diferentes têm diferentes taxas de
complicação. Muitas destas condições estão relacionadas a fatores de força externa e
são mais influenciadas pelo plano de tratamento. Outras condições que mais causam
isto estão principalmente no controle do protesista. Cada uma dessas entidades tem
sido abordada neste capítulo.
Uma prótese parafusada prende-se ao pilar do implante com forças de compressão
significativas (10-30 N-cm de torque). O parafuso do pilar não deve colocar tensão,
forças de compressão ou de cisalhamento sobre a superestrutura. Para alcançar o
objetivo de uma superestrutura passiva, todos os aspectos da reconstrução protética
são analisados em uma tentativa de compensar os erros e variações durante o
processo. As variáveis de fabricação mais importantes para o dentista incluem
contração do material de moldagem, deformação permanente, moldeiras
individualizadas versus moldeiras de estoque, variação entre os fabricantes de peças
análogas, expansão do gesso e do revestimento, contração do metal, contração do
acrílico e da porcelana, solda, e quantidade de força de torque aplicada ao parafuso do
pilar. O protocolo clínico passo a passo para próteses parafusadas é apresentado para
produzir fundições o mais passiva possível tecnicamente e, portanto, minimizar a perda
da crista óssea e afrouxamento do parafuso.
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CAPÍTULO 29
Carl E. Misch
Perda Óssea
A lei de Wolff (1892) declara que o remodelamento ósseo está relacionado com forças
aplicadas.44 Toda vez que a função óssea é modificada, uma alteração definitiva
ocorre na sua arquitetura interna e na configuração externa.45 Em odontologia, as
consequências do edentulismo total e volume ósseo restante foram observados por J.
Misch em 1922, quando foi descrita a arquitetura esquelética de uma mulher de 90
anos sem dentes por diversas décadas46 (Fig. 29-2).
Osso precisa de estimulação para manter a sua forma e densidade. Roberts et al.
relatam que 4% do sistema esquelético mantém o osso por meio de fenômenos de
formação e reabsorção óssea.47 Dentes transmitem forças de tensão e compressão ao
osso. Essas forças têm sido mensuradas com piezoeletricidade nos cristais imperfeitos
de hidroxiapatita que compõe a porção inorgânica do osso.48
Quando um dente é perdido, a falta de estimulação no osso residual causa uma
diminuição no trabeculado e na densidade osséa da área, com perda externa da largura
e da altura do osso.49 Existe uma perda de 25% da largura de osso durante o primeiro
ano da perda dentária e um total de 4 mm de perda de altura após o primeiro ano pós-
extrações com prótese imediata.50
Em um estudo longitudinal de 25 anos com pacientes edêntulos, a cefalometria
lateral demonstrou uma contínua perda óssea durante este tempo, com uma perda
quatro vezes maior observada na mandíbula.51Em 1963, cinco diferentes estágios de
perda óssea anterior da mandíbula após perda dentária foram identificados52(Fig. 29-
3).
Apesar de a perda óssea ter sido notada por centenas de anos, os profissionais da
odontologia têm olhado mais frequentemente para a perda óssea que ocorre após a
perda dentária. Os pacientes não são educados para as mudanças anatômicas e o seu
potencial de contínua perda óssea. A perda óssea aumenta quando o paciente utiliza
uma prótese mal adaptada sobre os tecidos moles. Pacientes não entendem que o osso
está sendo perdido abaixo de próteses mal adaptadas. Pacientes não retornam às
consultas regulares para avaliação da sua condição; em vez disso, retornam anos
depois quando as próteses já estão com os dentes desgastados ou não conseguem
mais ser toleradas.Na verdade, a média de pacientes que usam próteses visitarem seus
dentistas é de 14,8 anos após a colocação da primeira prótese.
Assim, o tradicional método de reposição da perda dentária (próteses)
frequentemente afeta a perda óssea de forma que nem sempre são observadas pelos
pacientes e dentistas. O dentista deveria informar ao seu paciente que a prótese
dentária substitui mais osso e tecido mole do que dentes, e a cada 5 anos um
realinhamento ou nova prótese deverá ser sugerida para repor a adicional perda óssea
provocada pela atrofia que irá ocorrer (Fig. 29-4).
Função Mastigatória
A diferença de forças oclusais máximas registradas em uma pessoa com os dentes
naturais e uma que está completamente edentada é dramática. Na região de primeiro
molar de uma pessoa dentada, a força média tem sido de 150 a 250 psi.59 Um paciente
que aperta ou range os dentes pode exercer uma força que se aproxima 1.000 psi. A
força máxima oclusal dos pacientes edentados é reduzida para menos de 50 psi. Os
pacientes edentados há mais tempo são capazes de gerar menor força. Pacientes que
usam dentaduras completas por mais de 15 anos têm uma força máxima oclusal inferior
a 6 psi.60
Como resultado da diminuição da força oclusal e da instabilidade da prótese, a
eficiência mastigatória também diminui com a perda de dente. Noventa por cento do
alimento mastigado com os dentes naturais se encaixam nos furos de uma peneira de
tamanho 12; esta porcentagem é reduzida para 58% em pacientes usando próteses
totais.61 Um estudo de 367 pacientes (158 homens e 209 mulheres) verificou que 47%
apresentaram baixo desempenho mastigatório.62 A diminuição de 10 vezes no vigor e a
redução de 40% na eficácia afetam a capacidade mastigatória do paciente.
Menor ingestão de frutas, verduras e vitamina A por mulheres são anotadas neste
grupo. Pacientes com próteses também tomam significativamente mais medicamentos
(37% ) em comparação com aqueles com capacidade mastigatória superior (20% ), e
28% tomam medicamentos para distúrbios gastrointestinais.63 A redução do consumo
de alimentos ricos em fibras pode provocar problemas gastrointestinais em pacientes
edentados com performance mastigatória deficiente. Além disso, o bolo alimentar mais
grosseiro pode prejudicar a digestão e as funções de extração dos nutrientes.
Desconforto mandibular foi listado em um estudo realizado por Misch e Misch com
igual frequência em movimento (63,5% ) e, surpreendentemente, 16,5% dos pacientes
afirmaram nunca terem usado a prótese mandibular.64 Em comparação, pacientes com
dentadura maxilar relataram desconforto com frequência (32,6% ), e apenas 0,9%
raramente usavam a prótese. Função foi o quarto problema mais comum relatado por
estes 104 usuários de próteses totais. Em pessoas com próteses, 29% eram capazes
de comer apenas alimentos macios ou amassados; 50% evitavam muitos alimentos; e
17% afirmaram que comem de forma mais eficiente, sem a prótese.64 Os efeitos
psicológicos da impossibilidade de comer em público podem ser relacionados com
estes achados. Outros relatos concordam que os principais fatores de motivação para
os pacientes submetidos a tratamento estavam relacionados a dificuldades com
alimentação, forma da prótese e desconforto63 (Quadro 29-4).
A posição dos implantes é menos específica para uma prótese total do que para uma
PF. Os contornos cervicais da prótese fixa são controlados pela posição do implante. Os
implantes têm uma maior demanda de paralelismo para a realização de uma PF,
especialmente quando uma prótese cimentada é desejada. A avaliação pós-operatória
e de higiene em um tratamento com uma SBD é mais fácil de ser realizada do que de
um tratamento com uma PF, especialmente quando colos cervicais são utilizados na
prótese.
A sobredentadura implantossuportada é mais fácil de reparar, porque já é facilmente
removível. A PF quando é cimentada ou mesmo quando é aparafusada pode ser difícil
de remover, levando tempo e um esforço considerável. A prótese de transição, durante
a fabricação da prótese final, é tipicamente a prótese total que o paciente usava antes
do tratamento. A restauração fixa, muitas vezes requer uma restauração provisória
adicional a ser fabricada, durante o processo de tratamento.
A SBD pode ser removida durante a noite para reduzir os efeitos nocivos da
parafunção noturna. Estas forças cíclicas aumentam o risco de problemas não só na
biomecânica dos implantes, mas também de todo o sistema de implantes, incluindo o
material oclusal da prótese, os parafusos e os cimentos que a retêm, os parafusos dos
pilares, o osso da crista marginal, a completa interface osso/implante, e a fratura de
qualquer um dos componentes protéticos ou mesmo os próprios implantes.
Uma sobredentadura implantossuportada pode ser mais estética do que uma PF,
especialmente no arco superior quando os tecidos moles da face necessitam de
suporte adicional, por consequência da perda de massa óssea. Procedimentos de
higiene também não são comprometidos quando o apoio facial adicional é adquirido
com a flange vestibular da sobredentadura comparada com a situação de uma PF.
Quando o custo é um factor determinante, sobredentaduras retidas por dois
implantes podem melhorar esta condição para o paciente, a um custo total mais baixo
do que o tratamento com uma prótese fixa implantossuportada. Uma pesquisa realizada
por Carlsson et al. em 10 países indicou uma ampla gama de opções de tratamento.19
A proporção de seleção de SBD contra próteses totais fixas sobre implantes foi maior
nos Países Baixos (93% ) e menor na Suécia e na Grécia (12% ). O custo foi citado
como um fator determinante na escolha.
Concluindo, as indicações preliminares para uma SBD inferior referem-se a
problemas encontrados em próteses totais inferiores, tais como falta de retenção ou de
estabilidade, a diminuição da função, dificuldades na fala, a sensibilidade dos tecidos e
as abrasões dos tecidos moles. Se um paciente edentado deseja uma PF, uma SBD é
muitas vezes o tratamento de escolha se o custo for um problema para um paciente que
deseja uma restauração fixa. Podendo, portanto, a sobredentadura servir como um
dispositivo de transição até que os implantes adicionais possam ser inseridos e
restaurados.
Um espaço maior do que a altura das coroas (CHS) é necessário para uma
sobredentadura. Assim, quando temos osso em abundância e implantes já estão
inseridos, uma PF terá menos problemas de fraturas de dentes ou de posicionamento
ao longo da barra.
Mais manutenção é necessária para uma sobredentadura. Acessórios se desgastam
e precisam ser substituídos regularmente, para restaurações PR-5, e os dentes da
sobredentadura desgastam mais rapidamente do que de uma prótese tradicional. Como
resultado, uma nova SBD pode precisar de ser produzida a cada 7 anos.
Um efeito colateral de uma SBD é impactação alimentar sob a prótese. A prótese tem
a borda moldada, de modo que os músculos estão em sua posição contraída.
Entretanto, em função de a prótese ser mais rígida do que uma prótese tradicional,
pontos sensíveis se desenvolvem durante a função. No estado do músculo relaxado,
alimentos vão além da borda da dentadura. Em seguida, quando o paciente engole, o
alimento é empurrado para debaixo da prótese. Isto porque a SBD move menos que
uma prótese tradicional e a comida permanece sob o trabalho.
A maioria das SBD mandibulares utilizadas pelos profissionais são suportadas por
dois implantes anteriores ao forame mentual e suportados pelos tecidos moles nas
regiões posteriores (Fig. 29-8). No entanto, a perda óssea posterior ocorre de forma
quatro vezes mais rápida do que a perda óssea anterior.51,52 Em um paciente
edentado total, uma eventual parestesia e fraturas do corpo mandibular são
principalmente por perda óssea posterior. Os implantes dentários colocados na
mandíbula anterior ajudam a reter uma prótese inferior e são um benefício à prótese
total. Mas a perda de massa óssea posterior continuará e pode eventualmente levar a
complicações significativas.77-79 Os implantes anteriores permitem uma melhor
manutenção óssea anterior, e os benefícios de melhorar a prótese em função, retenção
e estabilidade. No entanto, a falta de apoio posterior na sobredentadura com dois ou
três implantes permite a contínua perda óssea posterior.
Pacientes que usam próteses fixas suportadas por implantes mostram pouca ou
nenhuma perda de massa óssea posterior e ocorrências habituais de formação óssea.
Por exemplo, estudos de Davis et al.,81 Reddy et al.,82 Wright et al.,83 observaram que
as próteses completamente suportadas por implantes na mandíbula edentada
efetivamente podem aumentar o volume posterior do osso (embora implantes
posteriores não sejam inseridos) (Fig. 29-10). Misch notou uma condição similar na
manutenção óssea, posterior e anterior, com sobredentaduras implantossuportadas,
embora nenhum implante tenha sido posicionado atrás do forame mentual (Fig. 29-11).
Observou, ainda, que enxertos de osso do ilíaco nos maxilares, que normalmente
reabsorvem em até 5 anos sem a inserção de implantes, em vez disso mantiveram o
volume ósseo total em ambas as regiões, anterior e posterior, e ao mesmo tempo
mantiveram a integração dos implantes. Portanto, a próxima evolução na filosofia de
tratamento com implantes é converter próteses suportadas por tecidos moles em uma
prótese totalmente implantossuportada (fixa ou removível).
Revisão da Literatura
O Capítulo 23 fornece uma revisão da literatura relacionada à instalação de implantes e
à sobrevivência de sobredentaduras implantossupordadas mandibulares. Artigos
relacionados com a fabricação e a manutenção das próteses também estão disponíveis.
Por exemplo, Naert et al. relatam um índice superior a 97% de sobrevivência de
implantes em sobredentaduras implantossuportadas mandibulares e observou que as
complicações foram mais relacionadas com a técnica.20 Estudos recentes confirmam
estes resultados e afirmam que menos manutenção era necessária para o sistema de
fixação de barra-clipe comparando-se com implantes individuais.32 Implantes
Brånemark foram instalados e três formas de retenção de sobredentaduras
implantossuportadas mandibulares: ímãs ou bolas, ou clipes e barras.33 Os métodos de
retenção de prótese foram classificados como bons em todos os três grupos. Mais
complicações foram encontradas para próteses com encaixes independentes (bolas ou
ímãs) pois eram menos retentivos do que as barras que tiveram menor número de
requisitos de manutenção.
Mericske-Stern avaliou 62 sobredentaduras implantossuportadas mandibulares com
dois implantes (conectados ou independentes) ou quatro implantes.21 As taxas de
sobrevivência de implantes foram semelhantes às de outros estudos. A complicação
mais comum foi a necessidade de substituir os componentes de plástico de retenção.
Johns et al. em um estudo prospectivo com 127 pacientes observaram que as taxas de
sobrevivência foram semelhantes aos de próteses fixas, com taxas de sobrevivência
mais elevadas na mandíbula do que na maxila.83 A complicação mais comum foi a
necessidade de reativação dos clipes de retenção ou fratura dos mesmos durante o
primeiro ano. Wright et al. compararam projetos de barras para sobredentaduras e
descobriram que as próteses removíveis apresentaram problemas semelhantes em
relação aos clipes e retenções.36 Hemmings et al. compararam também a manutenção
das próteses removíveis e fixas.27 As sobredentaduras implantossupordadas
precisavam de mais manutenção durante o primeiro ano. No entanto, para todos os
anos sucessivos (em um estudo de 5 anos), as próteses fixas tiveram maiores taxas de
complicações. Em contraste, Walton e McEntee relataram três vezes mais manutenção
e ajustes de próteses removíveis em comparação com as próteses fixas.84
Chan et al. relataram altos níveis de manutenção em sobredentaduras mandibulares
que usavam barra IMZ e clipes.34 Davis et al. compararam a retenção de pilares com a
observada com ímã numa sobredentadura implantossuportada mandibular e não
relataram diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos.28 Bergendal e
Engquist relataram sobre 32 sobredentaduras implantossuportadas mandibulares barra
clipe ou O-ring que foram avaliadas em função durante 7 anos com uma taxa de 100%
de sucesso.35 Problemas com os sistemas retentivos ocorreram nos primeiros anos,
que, para os autores, correspondem ao período de adaptação. Bilhan et al. avaliaram
os requisitos para a manutenção de 59 sobredentaduras mandibulares durante o
primeiro ano de serviço em 2011.29 Vinte e cinco sobredentaduras usaram O-ring, 18
usaram encaixes localizados e 16 pacientes uma barra conectada aos implantes.
Somente 33,9% das SBDs não apresentaram complicações com as protéses. As
complicações mais comuns foram ulcerações, fratura da base da prótese, clipe de
fixação desalojado e afrouxamento de parafusos. As menores complicações foram
encontradas em sobredentaduras com três implantes esplintados por uma barra.
Portanto, os relatórios parecem concordar que a modalidade de sobredentadura
mandibular é bem-ucedida, com a preocupação de que os componentes retentores
possam ser os elos fracos do sistema. Em geral, os implantes unidos com um sistema
de fixação com barra e clipe para a prótese têm menos problemas de manutenção
protética do que o uso de sistema de fixação individual ou encaixes. Entretanto, o início
da curva de aprendizagem resulta em uma taxa de complicaçoes mais elevada
relacionada ao design da prótese.
Movimento da Sobredentadura
Para desenvolver uma SBD mandibular com complicações reduzidas a prótese final
deve ser predeterminada com relação a necessária retenção, sustentação, e
estabilidade requeridas. A retenção da prótese está relacionada com a força vertical
necessária para desalojá-la.58 A quantidade de rotação da sobredentadura está
relacionada com a quantidade e o tipo de retenções. A sustentação está relacionada
com a quantidade de movimento vertical da prótese em direção ao tecido. A
estabilidade da prótese é avaliada com as forças horizontais aplicadas no cantiléver da
prótese. A estabilidade da SBD está mais relacionada à posição do implante (e barra), e
a sustentação está mais relacionada com a quantidade de implantes e o desenho da
barra na região posterior.
As reclamações, a anatomia, o desejo e o comprometimento financeiro dos
pacientes, determinam a quantidade de implantes para apoio, retenção e estabilidade
requeridos para abordar estas condições de maneira previsível. Por causa das
diferentes condições anatômicas dos pacientes e de fatores de força que influenciam
uma SBD, nem todas as próteses devem ser tratadas do mesmo modo. Em outras
palavras, os dois implantes de sobredentaduras não devem ser os únicos planos de
tratamento oferecidos a um paciente. Um deve enfatizar que a maioria das
sobredentaduras mandibulares devem ser desenhadas para ter como resultado final
uma prótese PR-4, como previamente discutido.
As complicações mais comuns encontradas com SBDs mandibulares estão
relacionadas à falta de retenção, suporte, e estabilidade das próteses. Quando
restaurações fixas são realizadas sobre os implantes, são rígidas, e cantiléveres ou
cargas fora do longo eixo são claramente identificadas. Raramente um profissional
planejará uma reabilitação fixa sobre três implantes, especialmente com cantiléveres
excessivos devido à posição dos mesmos.
Entretanto, três implantes anteriores unidos por uma barra podem sustentar uma
sobredentadura fixa, unicamente devido ao desenho e posicionamento dos encaixes. O
dentista acredita que uma sobredentadura necessita de um suporte menor, mas não
percebe que se uma sobredentadura não se movimenta durante a função é, na
verdade, uma prótese fixa. Portanto, uma sobredentadura sem movimento de prótese
(MP) deve ser sustentada pelo mesmo número, posição e desenho dos implantes
similares aos de uma prótese fixa.
Muitos encaixes de precisão com limites variáveis de movimento são usados em
SBD. Os movimentos podem acontecer em zero (rígido) a seis direções ou planos:
oclusal, gengival, facial, lingual, mesial e distal. 86,87 Um encaixe tipo 2 se movimenta
em dois planos e o encaixe tipo 4 em quatro planos. Uma SBD pode também ter um
limite de movimento durante a função. No entanto, o movimento resultante da
sobredentadura durante a função pode ser completamente diferente do permitido pelos
encaixes individualmente, e podem variar de uma a seis direções, dependendo da
posição e do número dos encaixes, mesmo quando usando o mesmo tipo.18 Por
exemplo, um O-ring permite movimentação em seis direções diferentes. Entretanto,
quando quatro O-rings são colocados ao longo de uma barra em um arco facial, o MP
durante a função ou parafunção pode não ter nenhuma direção de movimento (Fig. 29-
13). Portanto, os encaixes e MP são independentes um do outro e devem ser avaliados
como tal. Um item importante para o plano de tratamento da SBD é levar em
consideração a quantidade de MP a que o paciente consegue se adaptar ou aguentar
na prótese final.
FIGURA 29-13 O Movimento da prótese (MP) para
sobredentadura é frequentemente diferente das categorias de
movimentos dos encaixes. Nesta PR4 uma sobredentadura rígida,
(encaixe com movimentação classe 6) e clipes tipo Hader
(encaixe com movimentação classe 2). O movimento da prótese é
MP-0.
Uma prótese com uma movimentação apical e flexível é uma MP-3. Um exemplo é a
barra Dolder com um espaço fornecido acima da barra. Como resultado, a prótese se
move em direção ao tecido e depois gira. Uma MP-4 permite movimento em quatro
direções, e a MP-6 tem uma gama de movimentos em todas as direções. Os encaixes
mais comuns para uma sobredentadura do tipo MP-6 são do tipo O-ring ou encaixe
localizado (Fig. 29-17).
FIGURA 29-17 O sistema de conexão mais comum para
sobredentaduras sobre implantes independentes ou para
movimento de prótese MP-6 é um O-ring ou Locator. O Locator
possui perfil baixo e apresenta a porção macho localizada na
prótese total e a fêmea fixada na boca.
O Cantiléver Oculto
O cantiléver oculto aplica-se àquela porção do PR que se estende além do último
implante ou da barra de ligação.18 Se a PR não girar no fim do implante ou barra para
carregar o tecido mole, haverá um cantiléver oculto. Por exemplo, se a barra se
estender até o segundo pré-molar, mas forçar no segudo molar da prótese não resulta
em movimento desta (para baixo atrás e para cima na frente), o cantiléver realmente é
estendido até a posição do segundo molar. Portanto, o comprimento do cantiléver é
medido até o ponto do MP, não até o final da barra e do sistema de encaixe (Figs. 29-18
e 29-19). Os dentes na prótese final geralmente não se estendem além do primeiro
molar, logo o último dente não se estende além da barra. Próteses removíveis com
cantiléveres podem resultar na perda óssea marginal e até na falha do implante
(Fig. 29-20). Em muitos destes casos o sistema de encaixe não desgasta porque na PR
MP-0 e portanto a prótese, os parafusos dos pilares e o osso marginal estão mais em
risco.
FIGURA 29-18 O cantiléver é aquela porção da prótese
removível que se estende além da barra de ligação, e que não
gira. Se a prótese girar tendo o fulcro na posição do primeiro
molar e a barra se estender até o pré-molar, o verdadeiro
comprimento do cantiléver fica na posição do primeiro molar.
O-rings
O-rings, são polímeros sintéticos em forma de anel que possuem a capacidade de
dobrar a resistência e, em seguida, retornar à sua forma original aproximada. Em parte,
esta característica resulta de uma rede tridimensional de cadeias elastoméricas
flexíveis. O O-ring conectado liga-se a um núcleo com um sulco ou uma área rebaixada
para o O-ring. O anel de vedação é comprimido radialmente entre duas superfícies de
acoplamento que consistem num poste de metal e o encapsulador de metal no qual o
anel de vedação é instalado.92 O anel de vedação tem sido usado principalmente em
próteses removíveis como dispositivo de retenção.93 O O-ring tem demonstrado um
ressurgimento da popularidade nas sobredentaduras suportadas por implantes
endosteais e está amplamente disponível em uma variedade de sistemas de
implantes.92
O O-ring foi originalmente feito de borracha natural. O látex era tratado termicamente,
com teor de enxofre (vulcanização) para melhorar suas propriedades. O polímero
resultante, conhecido como poli-isopreno, ainda é usado na indústria. As vantagens dos
anéis de vedação são a facilidade na mudança da fixação, a vasta gama de
movimentos, o baixo custo, diferentes graus de retenção e, eventualmente, a
eliminação do tempo e do custo de uma superestrutura para a prótese.
Todas as categorias de O-ring são classificadas em termos de movimento relativo.
Em situações que exigem pouca ou nenhuma parte móvel ou movimento, o O-ring é
classificado como estático (p. ex., junta ou máquina de lavar). Em situações que
envolvem reciprocidade, a rotação ou o movimento de oscilação em relação ao O-ring,
é classificado como dinâmico. O movimento dinâmico do anel de vedação permite um
dos tipos mais resilientes ou móveis de encaixes.
O-rings podem permitir o movimento em seis direções diferentes. No entanto, se uma
superestrutura conecta os implantes, a amplitude de movimento diminui.
Se o O-ring é colocado numa barra de arco total em quatro locais diferentes e a
prótese repousa sobre a superestrutura da barra, a prótese pode ter MP de 0 (MP-0)
(Fig. 29-23). Uma prótese com dois O-rings colocados em uma barra perpendicular à
linha média pode ter de duas a seis direções de MP, se um espaçador é posto sobre a
cabeça, ou houver espaço por cima da barra (Fig. 29-24).
Metal Encapsulador
Um metal ou plástico encapsulador permite a fácil substituição do O-ring depois do uso
ou dano. Isto elimina a necessidade de cura a frio de um novo O-ring no lugar.
Praticamente todos os O-rings encapsulados têm uma região rebaixada, que aloja o O-
ring, chamado de cavidade interna. O volume do O-ring tem de ser maior do que a
cavidade interna. Como resultado, o O-ring pressiona o encapsulador em posição
impedindo que o O-ring mova ou role, enquanto está no lugar, e cause danos
prematuramente. O tamanho total da encapsulador é maior do que o O-ring e deve ser
colocado com o O-ring no poste durante a fabricação da prótese para garantir espaço
adequado (2 mm ou mais deve estar presente na prótese) (Fig. 29-25).
FIGURA 29-25 O encapsulador de metal do O-ring deve encaixar
dentro dos contornos da sobredentadura implantossuportada, de
modo que pelo menos haja 2 mm de acrílico em torno dessa
estrutura.
Em geral, o uso de metais leves, tais como alumínio, latão, bronze ou ouro devem ser
evitados para o encapsulador de metal. O aço inoxidável é recomendado, pois evita
danos ao encapsulador. Arredondamento de todos os cantos do encapsulador é
recomendado para evitar o corte do anel de vedação durante inserção ou operação.
Conector O-Ring
O conector O-ring geralmente é fabricado a partir de uma liga de titânio maquinada
quando utilizada como um dispositivo independente ou um implante “Delrin” que é
encerado e fundido em metal precioso juntamente com a barra da superestrutura em
forma de raiz (Fig. 29-26). O implante tem uma cabeça, um pescoço e um corpo. A
cabeça é maior que o pescoço, e O-ring é comprimido através da cabeça durante a
inserção. Sob a cabeça do implante há uma região reduzida chamada de pescoço ou
sulco, onde o O-ring se acopla após sua compressão pela cabeça. O corpo do implante
é conectado ao pilar do implante ou barra.
FIGURA 29-26 O O-ring pode ser um material de Delrin, que é
encerado, como parte da barra. A queima é realizada a fim de
permitir que o mesmo metal da barra possa ser utilizado como
poste.
Tamanho
O-rings e cápsulas podem vir em uma variedade de diâmetros dependendo do espaço
disponível dentro do volume da prótese. Quanto maior o diâmetro do sistema do O-ring,
mais fácil é para colocar o O-ring dentro do encapsulador. Resolver problemas de
retenção também é fácil, e uma maior retenção é possível com um O-ring de maior
diâmetro. Normalmente, três tamanhos de O-rings são utilizados em próteses sobre
implantes (pequeno, médio e grande).
Rigidez do O-ring
A rigidez do O-ring é medida com um durômetro, que mede a resistência da superfície à
penetração de um ponto de indentação/reentrância. A classificação numérica resultante
de rigidez varia de 0 a 100 em uma escala Shore A.94 Os O-rings mais macios são
geralmente de 30 a 40, e os mais rígidos são de 80 a 90. Cor não é um indicativo de
dureza. De fato, a maioria dos O-rings são pretos. Às vezes, no entanto, para a
codificação de produção ou por razões estéticas, cores fora de padrão são desejadas.
A substituição de carbono preto com enchimentos muito coloridos/escuros (ou seja,
argila, carbonato de cálcio, ou silicatos) pode resultar em alterações indesejáveis de
trabalho e propriedades físicas aumentando taxas de desgaste e complicações.
Material do O-ring
A Food and Drug Administration ( FDA) emitiu orientações para O-rings utilizados em
medicina.94 Os materiais elastoméricos que cumprem estes requisitos incluem silicone,
nitrila, fluorocarboneto e etileno-propileno. Os materiais estão disponíveis a partir de
uma variedade de fabricantes industriais.95-102
O silicone é constituído por um grupo de elastômeros produzidos a partir de silicone,
oxigênio, hidrogênio e carbono. Silicones são conhecidos por sua retenção,
características de flexibilidade e ajuste de baixa compressão. Os silicones também são
resistentes a fungos, inodoros, insípidos e não tóxicos. No entanto, as características
de pouca tração e resistência ao rasgamento, baixa resistência à abrasão e alta fricção
impedem silicones de serem usados efetivamente em O-rings na maioria das situações
dinâmicas com implantes. Além disto, o silicone não é compatível com os produtos à
base de petróleo, tais como vaselina.102,103 Etileno-propileno é um copolímero de
etileno e propileno, às vezes combinado com um terceiro comonômero. Similar ao
silicone, este elastômero tem baixo desempenho quando exposto a produtos à base de
petróleo.
Nitrila é um dos elastômeros mais amplamente utilizados para O-rings de implantes.
Nitrila combina excelente resistência a produtos à base de petróleo, lubrificantes de
silicone, água e álcoois com um bom equilíbrio de propriedades desejáveis tais como
elevada resistência à tração e à abrasão.102 Fluorocarboneto também combina
excelente resistência a produtos de petrolíferos com uma notável resistência química.
Compostos à base de fluorocarboneto se aproximam do ideal para um material de O-
ring.103
O tratamento superficial dos O-rings com lubrificantes ajuda a protegê-los de
abrasão, compressão e corte durante o uso. A lubrificação externa também ajuda a
assentar os O-rings no metal encapsulador com mínima torção ou dano e velocidade
máxima de montagem. Em todos os casos que requerem lubrificação do O-ring, devem
ser selecionados lubrificantes que sejam compatíveis com os componentes do O-ring e
com a cavidade bucal. O-rings de nitrila devem ser lubrificados com vaselina ou
pomadas à base de petróleo. Produtos à base de petróleo irão danificar O-rings
de silicone, então um lubrificante à base de água (como, p. ex., KY® [Johnson &
Johnson]) que possui um componente de glicerina deve ser o utilizado.
Extrusão e “Mordiscar”
Extrusão e mordiscar ocorrem com a extensão forçada de uma parte do O-ring para
dentro de uma folga do metal encapsulador. O problema é identificado pelo aumento do
diâmetro do O-ring ou por diversas pequenas mordidas (mordiscadas) recolhidas a
partir do diâmetro interno do O-ring, que resultam quando os materiais do O-ring são
macios demais, os fluidos orais degradam o O-ring ou o O-ring é muito grande para o
metal encapsulador. A solução clínica para este problema é usar no O-ring um material
mais rígido ou instalar um O-ring de tamanho apropriado.
A Falha Espiral
A falha espiral ocorre quando certos segmentos do O-ring deslizam enquanto outros
segmentos rolam simultaneamente (Fig. 29-28). Em um ponto em sua periferia, o O-ring
fica preso em um componente “alavanca” ou contra a parede metálica da cápsula,
causando torção, espiralamento ou cortes na superfície. Causas de problemas incluem
uma superfície desigual ou pós-acabamento da colocação (ou regulagem) pelo
laboratório, lubrificação inadequada ou material excessivamente macio do O-ring. As
sugestões feitas são avaliar a colocação para se certificar de que esta não esteja fora
do “cilindro”, “esfera”, aumentando a rigidez do O-ring, e certificar-se de que o paciente
use lubrificante diariamente.
FIGURA 29-28 Falha espiral de um O-ring apresenta uma série
de cortes profundos em espiral na superfície.
Abrasão
Abrasão pode ocorrer em O-rings dinâmicos envolvidos em movimentos alternados,
oscilantes e rotatórios. Este padrão de falha pode ser identificado por uma superfície
gasta e achatada no diâmetro interno da seção cruzada do O-ring. A causa mais comum
é o bruxismo e assentamento da sobredentadura como um hábito nervoso. Outra fonte
de problema inclui uma superfície metálica dura, áspera na colocação (atuando como
abrasivo). As sugestões são utilizar os acabamentos metálicos; mudança para um O-
ring de material mais abrasivo-resistente; ou eliminação de contaminação abrasiva, que
pode ser encontrada na dieta (como partículas abrasivas encontradas em tabaco
mastigável).107
Conjunto de Compressão
Falha no conjunto de compressão produz superfícies planas em ambos os lados da
seção cruzada do O-ring (Fig. 29-29). A causa mais comum deste tipo de falha é o
aperto parafuncional na prótese. Outras causas de problemas incluem seleção de um
elastômero com conjunto precário de propriedades compressórias, ou compressão
excessiva, ou cortes da prótese no local de assentamento da prótese. A solução é
certificar-se de que a prótese seja removida à noite ou realizar a redução da rigidez do
O-ring, que consequentemente reduz a compressão necessária para a inserção da
prótese.
FIGURA 29-29 Falha no conjunto de compressão é
representada por superfícies planas na parte superior e na parte
inferior do O-ring.
Danos de Instalação
Danos na instalação é um dos tipos mais comuns de complicações com O-rings. Este
modo de falha é marcado por pequenos cortes, entalhes e ou descascamento da
superfície da pele (Fig. 29-30). As causas incluem bordas afiadas no encapsulador
provenientes de técnicas laboratoriais precárias, bordas afiadas no pós-cabeça do O-
ring, O-ring muito grande para o encapsulador, torção ou compressão do O-ring no
encapsulador, tentativa de inserção do O-ring com um instrumento afiado, O-ring muito
pequeno para o poste, ou falta de lubrificação do O-ring durante a instalação. As
sugestões incluem a instalação de O-ring de tamanhos adequados, utilizando
instrumentos atenuantes e lubrificação durante a montagem.
FIGURA 29-30 Uma fonte comum de falha do O-ring ocorre
durante a sua instalação. Instrumentos cortantes não devem ser
utilizados para este fim.
Os clipes possuem três tipos distintos de forças para retenção e uma rotação de 20
graus, que aumenta a flexibilidade do sistema para uma variedade de necessidades e
desejos dos pacientes. Além disto, um invólucro de lâmina de ouro mantém o grampo, o
que reduz a necessidade de remediar novas fixações no local. Esta é uma vantagem
significativa. A lâmina de ouro minimiza a diferença de coloração da prótese. A barra
Hader e o clipe são encaixes do tipo 2 e devem ser usadas para os planos de
tratamentos MP-0 ou MP-2.
O padrão da barra Hader EDS possui um aspecto superior arredondado e um
“avental” abaixo na direção dos tecidos. Esse avental atua como um reforço para
aumentar a força da barra e limitar sua flexibilidade. O design arredondado da barra
flexiona em fator X4. Em outras palavras, uma barra duas vezes mais longa flexiona 2 ×
2 × 2 × 2 = 16 vezes mais. Outros formatos de barra flexionam a X3 ou 2 × 2 × 2 = 8
vezes mais. Esta é uma melhora considerável. A altura do avental ou reforço está
relacionada à quantidade de espaço livre entre a barra e a gengiva.
A rotação do clipe compensa a resiliência do tecido mole posterior, o qual é,
geralmente, 0.5 a 1 mm na mandíbula. Tecido altamente móvel, mais comumente
encontrado na maxila, requer uma maior extensão de movimentação do clipe. Para o
clipe e a barra rotacionarem, várias características importantes de design devem ser
consideradas. Por exemplo, a barra deve estar alinhada perpendicularmente à bissetriz
do ângulo entre os arcos posteriores e deve estar paralela ao plano de oclusão86
(Fig. 29-33).
A barra Hader e o clipe também podem ser usados para uma SBD MP-0. Bidez et al.
realizaram uma análise de elementos finitos de barras de Hader em quatro pontos
laterais com reforços de alturas de 1, 2 e 3 mm, com três diferentes escoras de
comprimentos (10, 15 e 20 mm) e de três ligas dentais, ouro (tipo IV), 85% ouro, e
cobalto-cromo-molibdênio109,110 (Fig. 29-34). Com um reforço de 1 mm de altura,
aumentando o comprimento da escora de 10 para 20 mm aumentou a tensão máxima
no aspecto superior da barra para a junção apical em 111% . O comprimento das
escoras foi mais significativo que a rigidez das ligas testadas, e previsões de falhas
ocorreram. Embora 2 e 3 mm de rigidez tenham melhorado os resultados, uma escora
de 20 mm atingiu o nível de fadiga estabelecido para o estudo em estimados 5 a 10
anos. Portanto, a recomendação é que quando a escora é utilizada com o sistema de
barra de Hader, esta deve ser inferior a 10 a 12 mm com uma rigidez de 3 mm de altura.
4. A quarta razão para que os quatro pontos de implante sejam repetidos para cada
opção de tratamento é para facilitar o trabalho do dentista que realizará a prótese.
Em sobredentaduras suportadas por dentes naturais, o dentista é forçado a escolher
os melhores dentes para realizar a prótese. Esses dentes remanescentes possuem
uma ampla variedade de condições clínicas e locais. Como consequência, cada
sobredentadura suportada por dentes é ligeiramente diferente em relação a
retenção, estabilidade e suporte. Em implantes odontológicos, presumidos pilares
saudáveis são pré-selecionados em locais e a variedade no número de implantes
permite que o dentista restaurador obtenha resultados clínicos mais similares para
cada opção de tratamento selecionada. No entanto, um previsível tratamento
predeterminado deve ser estabelecido para cada paciente, dependendo das
necessidades psicológicas, condições anatômicas e restrições financeiras.
Superestruturas Aparafusadas
Existem cinco opções de tratamento para sobredentaduras mandibulares. Opções de
sobredentaduras 1 a 4 possuem suporte posterior de tecido mole, principalmente da
região da “prateleira” bucal como em dentaduras mandibulares tradicionais. Entretanto,
as técnicas clínicas para sobredentaduras incluem fórmulas clássicas para fabricação
de dentaduras. Devido a maioria das opções de sobredentaduras terem barras de
conexão aparafusadas, a fabricação de próteses aparafusadas é indicada.
A barra da sobredentadura deve ser fixada por cimento ou parafusos. Uma vantagem
primária de próteses aparafusadas é quando os pilares possuem menos de 5 mm de
altura. Restaurações cimentadas requerem área de superfície e forma de resistência
para promover fixação a fim de prevenir a descimentação. Portanto, condições clínicas
com pilares curtos são uma indicação para um sistema de retenção por parafusos.
Diversas condições resultam em encurtamento da altura dos pilares, incluindo (1) EAC e
(2) sobredentaduras.
O EAC é medido a partir da crista até o plano de oclusão. Nas regiões posteriores da
boca, o EAC é menor do que nas regiões anteriores, simplesmente porque está mais
próximo à articulação temporomandibular.
Os marcos opostos às regiões posteriores (p. ex., seios maxilares e canal
mandibular) limitam a altura do osso para inserção do implante. Portanto, osteoplastia
para aumentar o EAC deve ser contraindicada. Para restaurações fixas, quando menos
de 8 mm de EAC está disponível, uma restauração aparafusada é recomendada, ao
menos que uma osteoplastia para aumento da altura da coroa seja realizada.
Sobredentaduras requerem mais EAC do que próteses fixas. Dentaduras podem
perder a forma retentiva quando a base oca se encaixar sobre a fixação. Acrílico requer
grandes quantidades de força e um espaço de 3 mm ou mais é necessário. Implantes
geralmente estão 2 mm sobre o tecido. A barra de conexão da crista e fixação requer de
3 a 7 mm de comprimento, dependendo do tipo de design. O espaço sob a barra requer
ao menos 1 mm para higiene (Fig. 29-38). Pilares aparafusados reduzem a
necessidade do comprimento da coroa e permitem um volume adicional do acrílico para
o fortalecimento da sobredentadura. Como resultado, um mínimo de 12 mm a partir da
gengiva até o plano de oclusão geralmente é necessário para uma sobredentadura
(Fig. 29-39).
FIGURA 29-38 Radiografia panorâmica de uma sobredentadura
de dois implantes (SBD) e barra de ligação. O plano de oclusão
(linha amarela) até a crista do osso (linha vermelha) é apenas de
5 mm. Fratura da SBD e prótese dentária “saltar” são
complicações comuns.
Sobredentadura Opção 1
A primeira opção de sobrendentadura mandibular (SD-1) é indicada principalmente
quando o custo é o fator significativo para o paciente. No entanto, é importante notar
que os desejos do paciente devem ser mínimos e o volume ósseo em ambas as regiões
anterior e posterior devem ser abundantes (divisão A ou B). A forma da crista posterior
deve ter o formato de um “U” invertido, com paredes altamente paralelas para
condições anatômicas de boas a excelentes para convencional suporte e estabilidade
da dentadura (Quadro 29-8).
Passos Protéticos
Dois implantes independentes são mais comumente usados quando o fator mais
importante é o custo. Nestas condições, os dentistas geralmente transformam as
próteses já existentes numa sobredentadura. Quando este é o objetivo do tratamento, o
dentista avalia a dimensão vertical desta prótese e seu equilíbrio bilateral quando o
antagonista é uma prótese total. Quando os aspectos funcionais e estéticos estão
aceitáveis, o processo pode continuar.
Os dois implantes independentes geralmente usam um sistema O-ring ou um sistema
“locator” (Figs. 29-50 e 29-51). Após a cicatrização, o dentista tira os tapa-implantes e
insere o já confeccionado O-ring de liga de titânio ou pilares “Locators” nos corpos dos
implantes. Os pilares substituem os tapa-implantes. Os componentes devem ser
paralelos um ao outro e estar na mesma altura. Quanto mais alto o pilar, mais
estabilidade lateral para a prótese. De qualquer forma, pelo menos 2 mm de acrílico
devem existir entre os dentes e as bordas da prótese em volta da cápsula do
componente.
Análogos dos “machos” dos O-ring são inseridos na moldagem, que é, então, vazada
em gesso (Fig. 29-62). O laboratório reembasa a prótese inferior e incorpora as
cápsulas de metal neste reembasamento (Fig. 29-63). Um alívio de 2 mm é feito em
torno de cada O-ring para assegurar que a base da cápsula não saia do lugar durante a
confecção da prótese.
FIGURA 29-62 A, Os análogos do pilar do implante são inseridos
nas cápsulas (transferências) dentro do material de impressão. B,
A impressão é vazada com gesso-pedra.
Sobredentadura Opção 2
Os implantes na SD-2 também são colocados nas posições B e D, mas, nesta opção,
são unidos por uma barra sem nenhuma ancoragem distal (Fig. 29-64). Cargas
menores são aplicadas nos implantes unidos quando compradas às aplicadas nos
implantes individuais. Esta segunda opção de tratamento é geralmente considerada
como opção inicial mais do que a SD-1, que é teoricamente a primeira opção. Os
requisitos anatômicos e objetivos do paciente são similares nas duas opções de
tratamento.
Mesmo quando um implante está mais distal do que o outro, a barra é desenhada
para posicionar os componentes a igual distância da linha média, na mesma linha
oclusal e mesma angulação (Fig. 29-65). A distância ideal entre os implantes é entre 14
e 16 mm ou as posições B e D. Deve-se notar que se os implantes forem colocados
mais perto um do outro do que nas posições B e D, isto vai diminuir a estabilidade da
prótese durante os movimentos de função, estando eles conectados ou não.
FIGURA 29-65 A, Quando O-rings são usados para SD-2, os
encaixes são colocados paralelamente uns aos outros e na
mesma altura oclusal. B, Os encaixes O-ring estão posicionados
à mesma distância da linha média, embora um implante possa ser
mais distal do que o outro.
A barra de conexão não deve estar apoiada na distal dos implantes (Fig. 29-66).
Quando a barra estiver apoiada além dos implantes anteriores, não existirá uma
distância A-P entre os implantes suficiente para opor ao efeito do apoio. Esse apoio irá
aumentar os riscos protéticos e o risco de afrouxamento dos pilares (Figs. 29-67 e 29-
68).
FIGURA 29-66 A barra de ligação entre implantes B e D não
deve ser balançeada para a distal.
Os implantes não devem estar nas posições A e E, mesmo conectados por uma
barra. Estas áreas são geralmente as áreas de primeiros pré-molares e, dependendo
da raça e do sexo, podem ser até as de segundos pré-molares (Fig. 29-69). Quando os
implantes são unidos com uma barra reta, a barra é mais lingual que a crista anterior. A
borda da prótese é normalmente muito irregular e pode até se posicionar sobre o ducto
submandibular (Fig. 29-70). Esta configuração de prótese pode afetar a fala. Os dentes
da prótese são anteriores à crista residual e logo agem como uma alavanca em relação
à barra, o que tira a estabilidade da prótese.
FIGURA 29-69 Este paciente tinha uma sobredentadura
construída sobre dois primeiros pré-molares. A barra se tornou
não cimentada do lado direito e, em seguida, agiu como um
cantiléver no pré-molar do lado esquerdo do paciente. Esta
situação é semelhante a um caso com implantes nas posições A
e E porque os forames mentuais são mais frequentemente entre
os pré-molares ou distal ao segundo pré-molar.
O desenho protético SD-2 tem duas vantagens principais sobre SD-1. Forças
exercidas são reduzidas sobre os dois implantes devido à barra. Isto pode resultar em
menos afrouxamento dos parafusos e perda da crista óssea do que observado com a
opção 1. Em segundo lugar, o laboratório pode posicionar os componentes
paralelamente, na mesma altura e com a mesma distância da linha média,
independentemente das posições dos implantes, reduzindo assim as complicações
protéticas.
O elemento de retenção da barra pode ser um O-ring ou clipe, dependendo da altura
da coroa disponível. A barra pode ser similar às desenhadas por Dolder ou
Hader.115,117 A secção transversal da barra ideal é ovoide (Dolder) ou redonda com
um avental, de modo a aumentar a resistência e reduzir sua flexibilidade. Em uma visão
vertical, a barra deve apresentar mais de 1 mm de distância do tecido mole para
proporcionar fácil acesso às medidas de higiene. Um espaço estreito dificulta os
procedimentos de higiene bucal e pode também ser a causa de impactação alimentar e,
consequentemente, levar à inflamação dos tecidos moles. A posição da barra pode ser
alcançada mais facilmente pela seleção do implante e altura adequada dos pilares.117
O sistema de fixação da prótese à barra é examinado de perto quando Hader e
Dolder usam clipes para retenção. A barra e os clipes devem estar perpendiculares ao
percurso de rotação e paralelos ao plano de oclusão. Para isto normalmente é
necessária uma barra reta perpendicular à linha mediana (Fig. 29-73). Uma barra curva
coloca frequentemente os clipes mais perto dos implantes e impede a rotação da
prótese.
FIGURA 29-73 A, A barra e o clipe de Hader podem ser usados
para conectar os implantes na posição B e D. B, A barra está
posicionada perpendicular à linha média e paralela ao plano de
oclusão, embora um implante esteja mais distal do que o outro.
O sistema de barra e clipe deve ser paralelo ao plano de oclusão com os anéis de
vedação na mesma altura e igual distância da linha média. Uma barra angulada não
permitirá a rotação da prótese para carregar o tecido mole posterior. O conector da
barra deve estar alinhado perpendicularmente a uma linha que atravessa o ângulo
entre os sulcos edentados posteriores para permitir a rotação da prótese. A prótese
deve ter um MP-3 ou maior, se o tecido posterior for móvel. O movimento vertical do
pêndulo anterior (barra Dolder ou O-rings) permite um alívio da tensão para compensar
o movimento do tecido posterior.
A barra deve ser fabricada após a definição final dos contornos e das posições dos
dentes. Caso isto não ocorra, comprometerá o espaço para os dentes da prótese (mais
frequentemente na superfície lingual). A barra pode ser conectada sobre a face de cada
coping do implante. Deste modo, a flange da lingual da prótese permanece dentro do
contorno de uma prótese tradicional.
Quanto maior o encaixe, mais estável é a sobredentadura. O EAC acima do encaixe
funciona como alavanca. Quanto maior for a altura da coroa, maior é a força e menos
estável a sobredentadura quando recebe força lateral. No entanto, a altura dos
encaixes na barra deve permitir uns 3 mm de acrílico entre os dentes da prótese e o
encaixe para permitir adequada dimensão de força. O aspecto interno de uma
sobredentadura retida por barra não deve ser processado contra os lados dos pilares
ou da barra, porque isso pode limitar a rotação (Fig. 29-74).
FIGURA 29-74 A, Esta prótese é processada com o acrílico ao
lado do receptor sobre os copings e a barra. Este acrílico irá
limitar (ou evitar) rotação da sobredentadura durante a função. B,
O clipe deve se adaptar sobre a barra, e a prótese não deve
apoiar sobre os implantes e nem sobre a barra.
Desvantagens
Dois SBDs não são indicados nas divisões ósseas C-h ou D e só não são indicados
quando se opõem anterior ou posteriormente a dentes naturais. O aumento da altura da
coroa e a parte posterior mais pobre da crista aumentam as forças de mordida da
mesma forma que a rígida oposição ao arco gera tensões adicionais no sistema de
implantes aumentando a incidência de complicações. Implantes adicionais devem ser
usados para diminuir a carga protegendo os implantes, os componentes e as próteses
que estão sob estas condições de risco.
Algumas desvantagens adicionais de tratamentos do tipo SD-2 comparados com SD-
1 são possíveis hiperplasias dos tecidos por baixo da barra, dificuldades de realização
dos métodos de higiene sob a barra, além de ser uma opção inicial de tratamento mais
cara. Uma barra é necessária para SD-2, e uma nova prótese na maioria das vezes
também é o indicado. Desta forma, com uma barra e uma nova prótese o custo do
tratamento é aumentado.
Fabricação da Prótese
A fabricação da barra independentemente do número de implantes segue basicamente
o mesmo protocolo. Com a prótese, o primeiro passo é remover as extensões
permucosa e selecionar os pilares de retenção (Fig. 29-75, A). Estes pilares têm várias
alturas. O pilar ideal é de 2 mm acima do tecido.
Isto proporciona espaço para a higiene ao redor do pilar e por baixo da barra. O
passo seguinte é inserir os transferentes de impressão indireta (Fig. 29-75, B). Uma
impressão preliminar com moldeira fechada copiando os bordos de forma agressiva é
feita na mandíbula, semelhante à moldagem preliminar para uma prótese completa.
Uma moldagem preliminar, também é feita da maxila. Protetores são então inseridos
sobre os componentes como tampas para evitar acúmulo de alimentos nas roscas
internas. No laboratório os pinos de moldagem são posicionados nos análogos dos
implantes e inseridos na moldagem preliminar. O gesso-pedra é então vertido na
moldagem.
Os pinos de moldagem indireta são substituídos por pinos de moldagem direta no
modelo. Uma camada de cera de 1 mm é colocada separando a área de tecido mole do
modelo. Um stop de tecido é então criado nas regiões de primeiros molares quando se
remove a tira de cera 1 mm × 3 mm. O modelo é lubrificado para que o acrílico não
derreta a cera ou grude nele. Uma moldeira aberta individual na maioria das vezes é
feita de Triad® (Dentsply, York, PA) o que reduz o efeito de contração do acrílico sobre
o modelo.
A segunda etapa clínica é inserir os pinos de moldagem direta nos pilares dos
implantes. A moldeira individual aberta é testada para confirmar se se encaixa sobre os
parafusos de fixação longos e se os pinos de moldagem não estão sobrecarregados. A
moldeira individual é então pressionada moldando todas as áreas dos tecidos moles.
(Fig. 29-75, C). A impressão final é então feita, na maioria das vezes com material à
base de poliéter, que tem mais corpo e é mais hidrofílico do que o material leve de
impressão de tecidos. Esta impressão deve incluir todos os limites anatômicos de uma
prótese tradicional, como flange lingual, região retromolar e freio lingual. Os pinos de
moldagem são, em seguida, desenroscados e a impressão removida e avaliada. A
impressão final para a prótese do arco maxilar também é feita. Os tapa-implantes são
inseridos nos pilares, e o paciente é agendado para próxima consulta.
O laboratório verte as impressões finais depois de encaixar os análogos dos
implantes nos pilares de impressão. Uma placa-base com lâmina de cera é preparada
no modelo final incorporando os copings dos transferentes de impressão direta (Fig. 29-
75, D).
O acesso aos copings é feito através da lâmina de cera. Assim, a placa-base e a
lâmina de cera também podem ser utilizadas como um gabarito para verificar e avaliar
as posições dos pilares dos implantes no modelo. O laboratório também fabrica uma
placa-base com bordo em cera para uma impressão final da maxila.
Na terceira consulta clínica, o dentista usa a placa-base com bordo em cera para
determinar a DVO, a relação cêntrica e o registro oclusal. Esta placa-base é
aparafusada usando os transferentes de moldagem direta, que também é usado como
verificador de jig. Os registros da relação oclusal DVO e relação cêntrica são idênticos
às técnicas para construção de próteses totais tradicionais. O dentista utiliza um arco
facial e o registro de mordida em protusão. A seleção de cor e forma dos dentes são
documentadas.
Com a transferência do arco facial e o auxílio da placa-base de cera, o laboratório
monta o modelo maxilar e depois monta o modelo inferior usando a placa-base com
borda de cera. Os dentes artificiais são, então, definidos com uma equilibrada oclusão
bilateral quando se opõem a uma prótese maxilar.
Durante a quarta consulta, dentista e paciente avaliam a posição e os contornos
finais das próteses. Após a aprovação, o laboratório encera a barra que ficará dentro
dos contornos do enceramento, portanto os clipes ou O-rings poderão ser colocados a
vários milímetros de distância dos dentes ou do contorno da prótese total. Os encaixes
finais devem ser definidos com cápsula metálica para assegurar quantidades
adequadas de acrílico ao seu redor. O laboratório então pode vazar os encaixes
conectados à barra no modelo (Fig. 29-75, E). Após a fabricação da barra os
componentes são posicionados e presos e a dentadura final é processada. Um método
alternativo é duplicar o modelo da barra, dos encaixes e tecidos moles e processar a
prótese no modelo duplicado.
Na quinta consulta, a barra e a prótese final são entregues (Fig. 29-75, F e G). O
dentista avalia os contornos dos tecidos moles como para uma prótese tradicional e
executa ajustes oclusais como indicado. O paciente recebe as instruções pós-
operatórias por escrito e nova marcação de consulta para que o tecido mole adjacente
e a oclusão possam ser avaliados.
Sobredentadura Opção 3
Três implantes são colocados nas posições A, C e E para a terceira opção de
tratamento com sobredentaduras (SD-3) (Quadro 29-11). Uma barra une os implantes,
mas sem cantiléver distal. Um MP-2 ou maior pode ser concebido com três implantes
anteriores em A, C e E (Fig. 29-76). A terceira opção de tratamento pode ser utilizada
quando o arco oposto é uma prótese total e o paciente tem necessidades anatômicas
de moderada a baixa. O antagônico deve ser uma prótese o que limita a magnitude da
força de mordida. Deve-se notar que quando o rebordo posterior tem forma pobre
(divisão C-h), SD-3 é a opção de tratamento menos indicada.
Para determinar o benefício de uma distância AP, as distais dos implantes mais
posteriores em cada lado são unidas com uma linha reta. A distância perpendicular
entre esta linha e a posição do implante ao centro é designada distância A-P.18, 117
Quanto maior a distância A-P melhor é a estabilidade biomecânica quando os implantes
são espintados. Quanto maior a distância AP dos implantes posicionados em A, C e E,
melhor a biomecânica do trabalho já que a barra reduz o estresse sobre os implantes
porque estes estão imobilizados.
Uma barra unindo os implantes em A-C-E é mais estável do que se estes estão em
posição B-D. A estabilidade lateral da sobredentadura é melhorada porque os implantes
estão em posições A e E e os clipes nas posições B e D mais distais do que em uma
SD-2 (Fig. 29-78). Além disso, a barra pode estar mais fora do tecido, quando a
distância da dimensão vertical e a altura de fixação do osso podem ser maiores. Como
um resultado disso, a rotação da prótese é mais limitada em comparação com o SD-1 e
SD-2. Portanto, o terceiro implante para SD-3 é uma vantagem considerável para um
paciente desdentado mandibular que é a divisão C-h disponível de altura do osso.
A SBD opção 3 normalmente não usa dois clipes Hader para fixação. Como os dois
clipes não rodam na mesma posição, a prótese é em geral demasiadamente rígida, e os
clipes não rodam a menos que expandam (Fig. 29-79). Assim, ao usar clipe e barra,
esta é uma complicação comum. Se um clipe de encaixe é desenhado para a prótese, a
barra pode ligar a face vestibular dos pilares dos implantes A e E e a face lingual do
pilar C. Como resultado, uma barra reta pode ser fabricada perpendicular à trajetória de
rotação (Fig. 29-80).
FIGURA 29-79 Uma opção sobredentadura implante 3 raramente
deve usar um clipe de Hader para o sistema de fixação.
A barra de ligação deve ser paralela ao plano oclusal, e os conectores devem ser
instalados na mesma altura ao longo da barra. Tal instalação é necessária para a
prótese rotacionar efetivamente durante a função. Nenhum cantiléver da barra deve ser
projetado neste sistema de três implantes. Porém, os conectores podem ser instalados
na distal dos pilares A e E, similar ao projeto de uma prótese parcial classe I de
Kennedy (Fig. 29-82).
FIGURA 29-82 Nenhum cantiléver da barra deve ser utilizado
com uma sobredentadura de três implantes. No entanto, o
acessório pode ser posicionado distal para o implante A e E.
Sobredentadura Opção 4
Na quarta opção de sobredentadura mandibular (SD-4), os quatro implantes são
instalados nas posições A, B, D e E. Este é frequentemente o número mínimo de
implantes quando o paciente tem como antagonista os dentes superiores, ou volume
ósseo anterior C-h com EAC superior a 15 mm. Esses implantes geralmente fornecem
apoio suficiente para incluir um cantiléver distal de até 10 mm em cada lado, se os
fatores de tensão são de intermediários a baixos (p. ex., parafunção, EAC, dinâmica da
mastigação e dentição antagonista) (Fig. 29-84).
FIGURA 29-84 Na sobredentadura opção 4, quatro implantes
são instalados nas posições A, B, D, e E. Os implantes
geralmente oferecem apoio suficiente para um cantiléver distal de
até 10 mm.
Clipes que permitem a rotação são difíceis de serem usados em superestruturas com
cantiléveres. Para permitir o movimento, o clipe deve ser colocado perpendicular à
trajetória de rotação, e não ao longo da barra com cantiléver, onde a sua única função
é a retenção (e limitar a rotação) (Fig. 29-88, A e B).
FIGURA 29-88 A, Clipes geralmente não são indicados em
barras com cantiléver porque impedem a rotação da
sobredentadura implantossuportada e resultam em um MP-0. B,
Quando os clipes são posicionados em torno do arco com cada
um tendo um trajeto diferente de rotação, a prótese não tem
movimento e é semelhante a uma prótese fixa.
Sobredentadura Opção 5
Na opção de tratamento SD-5, cinco implantes são instalados nas posições A, B, C, D, e
E. A supraestrutura geralmente apresenta cantiléver distal de até duas vezes a
extensão A-P (se quase todos os fatores de tensão forem baixos) e mede em média
15 mm, o que o coloca sob a área de primeiro molar (Fig. 29-89). A extensão distal da
barra em cantiléver está relacionada (em parte) à distância A-P. As forças exercidas
sobre os implantes e desenhos de barras em cantiléveres têm sido estudadas por
vários autores.118-124 Um achado constante é que a maioria dos implantes mais
distais recebem tensões duas a três vezes maiores do que os outros implantes. A
concentração mais elevada de tensão está no nível da crista distal do implante mais
distal do lado sob carga. Nenhuma diferença estatística foi encontrada entre os
diferentes comprimentos de implantes. As tensões aumentam com a extensão do
cantiléver. Portanto, fatores de tensão precisam ser avaliados cuidadosamente antes de
projetar um extenso cantiléver.
Um clipe de Hader pode ser colocado distalmente aos últimos O-rings de cada
secção em cantiléver. Na entrega, os O-rings podem ser apenas os conectores usados.
O clipe Hader pode ser adicionado como um sistema de backup para a retenção
adicional no caso de quebra do O-ring ou no caso da dimensão vertical de oclusão não
permitir o uso de alto perfil retentivo dos O-rings e causar repetidas fraturas do acrílico
sobrejacente da prótese. Também pode proporcionar uma retenção adicional para
evitar que os alimentos pegajosos elevem a parte posterior da prótese.
O desenho de barra com seis conectores também permite um método para diminuir a
tensão na barra e nos implantes se o afrouxamento do parafuso ou perda óssea ao
redor dos implantes forem notados. O clipe e a barra de Hader podem ser seccionados
da barra de ligação. A prótese PR-4 em seguida é convertida em uma prótese PR-5,
pois agora pode girar sobre os dois O-rings colocados distalmente aos implantes
posteriores (Fig. 29-95).
Fase Laboratorial I
A primeira etapa de laboratório para um projeto de prótese parafusada em um arco
completo é a fabricação de uma moldeira individual que pode incorporar pinos de
moldagem direta (“moldeira aberta individual”). As moldagens preliminares, com pinos
de moldagem indireta e pilares para a retenção de análogos, são vertidos em gesso
(Fig. 29-96, E).
Os pinos de moldagem indireta são então substituídos por pinos de moldagem direta
com parafuso de fixação longo no modelo de trabalho (Fig. 29-96, F). Esses pinos de
moldagem direta não engatam o hexágono rotacional do analógo (ou corpo do
implante). Os pinos de moldagem direta são travados 3 mm ao redor e entre a placa
base de cera ou argila, permitindo que o parafuso de fixação possa ser exposto
(Fig. 29-96, G). Um alívio de 1 mm na cera é feito sobre as regiões de tecido mole do
rebordo para ser capturado na moldagem com o primeiro molar. Um stop de tecido mole
é adicionado na região do molar, de modo que a moldeira não toque o rebordo
edentado a não ser no stop de tecido, que assegura espaço para o material de
montagem entre a moldeira e o tecido mole. O modelo e o enceramento são lubrificados
com um pouco de vaselina para evitar que a cera derreta na moldeira individual. Pontos
do tecido mole para ser capturado na impressão incluem os utilizados para a
construção de uma PR porque muitas destas estruturas ajudam a determinar a posição
dos dentes em relação à estética, à fonética e à função. A prótese PR-5 mandibular
deve incluir volume vestibular, triângulos retromolares e todos os outros pontos de
referência específicos para uma prótese total mandibular, porque essas regiões são
áreas principais de suporte para os componentes distais da prótese quando dois a
quatro implantes são unidos.
Uma moldeira de acrílico aberta individual é então fabricada sobre o modelo de
trabalho (Fig. 29-96, H). Os parafusos de fixação se projetam 3 mm ou mais através da
parte superior da moldeira, a moldeira é ainda fechada em torno de cada parafuso. O
modelo é removido do molde; recortada de 1 a 2 mm aquém da periferia da prótese,
semelhante a uma moldeira total individualizada; e polida. Os orifícios para a fixação
dos parafusos são aumentados para permitir a fácil inserção e remoção no modelo. As
aberturas em torno dos parafusos de fixação permitem que a moldeira individualizada
assente consistentemente na mesma posição intraoral.
A técnica original de moldagem individualizada desenvolvida por Zarb et al. usou
uma moldeira individual aberta em torno dos pinos de moldagem direta coberta com
cera.125 Depois do material de moldagem tomar presa, a cera é removida da moldeira
aberta, e os parafusos de fixação são observados. No entanto, a moldeira total aberta
pode não ter assentado o suficiente para a observação direta dos parafusos de fixação.
Os parafusos de fixação com a moldeira aberta individualizada são claramente visíveis
para facilitar a remoção dos pinos de moldagem antes de remover a moldagem. Além
disso, orifícios de tamanho limitado na moldeira para os parafusos de fixação garantem
que a moldeira é assentada na posição correta.
Fase Laboratorial II
O análogo do pilar de retenção parafusada correspondente é parafusado
cuidadosamente sobre os pinos de moldagem direta (Fig. 29-96, O). A moldagem é
vasada com gesso e pedra-pomes para uma técnica de dois passos (Fig. 29-96, P). As
instruções do fabricante especificam a quantidade adequada de gesso e de água
destilada, que corresponde à contração do material de moldagem. O gesso-pedra
selecionado é compatível com a contração do material de moldagem. Um misturador a
vácuo é usado para misturar o gesso dental, e um vibrador é usado para derramá-lo na
moldagem. Após o gesso-pedra tomar presa, os parafusos longos são removidos dos
pinos de moldagem direta, e a moldagem é retirada do modelo mestre (Fig. 29-96, Q).
Os pinos de moldagem rígida podem ser recuperados da moldagem, esterilizados e
reutilizados.
Uma base de registro de cera é fixada no implante, então o enceramento pode ser
fabricado. Este dispositivo também atua como um verificador de jig para assegurar que
a moldagem final foi correta em relação à posição do pilar do implante. Os pinos de
moldagem são colocados em posição sobre o modelo mestre e vão ser usados na
fabricação de um verificador de jig (Fig. 29-96, R). Se a altura vertical for limitada, os
pinos de moldagem podem ser cortados pela metade, ou pilares de metal preciosos
podem ser usados no final. Usando sprue de cera de calibre 8, as áreas ao redor,
abaixo e entre a interface entre os pinos de moldagem e os análogos dos pilares são
bloqueados no modelo para que eles possam ser observados abaixo da placa de base.
Um alívio na cera impede a vedação da ligação pilar-implante pelo acrílico e, depois
sendo removido, permite a visão direta dos pinos de moldagem encaixados nos
análogos no modelo e dos parafusos dos pilares de retenção intraoral.
O modelo mestre é lubrificado com um pouco de vaselina. Para reduzir a distorção
durante a contração do acrílico da base de registro, incrementos de acrílico ou resina
fotopolimerizável são aplicados ou a técnica “sal e pimenta” é usada em torno dos
pilares, incorporando os pinos de moldagem. Quantidades adicionais de acrílico são
colocadas sobre o rebordo posterior. Acrílico termopolimerizavel é deixado repousar
durante 24 horas, e acrílico fotopolimerizável de 8 a 10 minutos, seguido de
revestimento de barreira ao ar e uma polimerização adicional de 3 minutos (Fig. 29-96,
S). A base de registro é removida, e os bordos são acabados e polidos. Uma placa-
base com rolete de cera rosa é aplicada à base do registo. O rolete é ajustado para
cerca 20 mm do plano oclusal para o vestíbulo na área de freio labial. A borda posterior
é ajustada para cima a dois terços de altura do triângulo retromolar. Aberturas na cera
são feitas no parafuso de fixação mais distal em cada lado do arco (Fig. 29-96, T).
Fase de Laboratório IV
O laboratório fabrica um índice da posição dos dentes no modelo mestre. Um método é
o de fabricar uma réplica do modelo de gesso prensada a vácuo. Outra é a formação de
um índice vestibular e lingual. Esse modelo reproduz o contorno vestibular, oclusal ou
incisal e lingual do modelo de prova. A porção oclusal e incisal do modelo também
permite a posição dos dentes a serem identificados. O modelo então pode ser fixo ao
modelo antagonista com cera pegajosa na posição oclusal correta. Desta forma, o
articulador pode ser aberto para permitir o acesso ao modelo de trabalho com análogos
ou pode ser fechado para transmitir facilmente a posição do contorno da flange da
prótese e dos dentes lingual e vestibularmente. Desta maneira, o desenho da barra ou
da superestrutura pode ser encerado e fabricado a distância com contorno, resistência
e posição adequados (Fig. 29-96, Z e AA). Pilares de metais preciosos são utilizados no
enceramento para conectar a barra aos implantes. A suprarestrutura é revestida, e
fundida em uma única peça ou em secções como indicado pelo tamanho, técnica e
verificação do assentamento da placa-base (Fig. 29-96, BB a DD).
Um método otimizado para fabricar a barra é com a odontologia digital. Um
computador escaneia os pilares e projeta uma barra e o sistema de pilares dentro dos
contornos da sobredentadura final. A barra é confeccionada de titânio de sua liga. Este
método melhora a precisão de adaptação final porque a distorção da cera, expansão do
revestimento e contração do metal fundido são eliminados.
Consequências do Edentulismo
Depois de um paciente ter uma prótese mandibular implantossuportada, o arco superior
deve ser abordado. A perda de osso contínua que se torna evidente na mandíbula
também ocorre na maxila. O benefício da manutenção óssea é especialmente notável
no arco edentado maxilar. No entanto, as consequências clínicas desta perda óssea
não são observadas até que a pré-maxila se torne reabsorvida em altura. Em vez de
utilizar implantes apenas no arco mandibular edentado – porque os principais
problemas mecânicos e reclamações são neste arco – o arco superior também deve ser
abordado. Quando implantes são instalados para apoiar e posicionar uma prótese
mandibular, o osso na maxila continua a ser perdido e, eventualmente, o paciente pode
queixar-se de perda de retenção e incapacidade funcional da prótese maxilar.
O paciente é mais capaz de usar e acomodar uma prótese total superior em
comparação com a sua antagonista mandibular. Maior retenção, suporte e estabilidade
em relação à prótese inferior também estão bem documentados. Desta forma, o
paciente geralmente é capaz de usar a prótese por períodos de tempo maiores antes
de surgirem as complicações. Quando chegar o momento, os problemas mais relatados
pelo o paciente são de estabilidade e retenção, causadas pela falta da pré-maxila, o
osso maxilar, muitas vezes reabsorve completamente e é divisão D (Fig. 29-98, A).
Um estudo clínico por Heydecke et al. avaliou 13 pacientes que receberam tanto uma
sobredentadura PR-4 e uma PF, ambas por 2 meses cada.132 Avaliação psicométrica
de satisfação geral, conforto, capacidade de falar, estabilidade, estética, facilidade de
higiene oral e oclusão foi realizada para prótese. A habilidade de mastigação com sete
tipos de alimentos também foi determinada com ambas as próteses. A taxa de
satisfação geral foi significativamente maior para o grupo de sobredentadura PR-4. A
habilidade de falar e a facilidade de higiene foram melhores, mas a dinâmica
mastigatória foram similares em ambas as próteses em relação à estabilidade, à
oclusão e à mastigação. Nove dos 13 pacientes optaram por uma sobredentadura PR-4
em vez de uma PF-3.
Por outro lado, Brennan et al. também avaliaram os pacientes quanto à satisfação e
à qualidade de vida e resultado da saúde oral das SBDs maxilares e próteses totais
fixas completas. 133 Pacientes com sobredentaduras maxilares relataram satisfação
geral significativamente menor, com pontuações mais baixas em relação à capacidade
de mastigação e estética. As vantagens citadas para a prótese total foram a redução de
custos e a capacidade de realizar procedimentos de higiene oral.
Os pacientes que desejam uma prótese fixa são geralmente aqueles que querem as
vantagens psicológicas de dentes fixos ou pacientes que muito recentemente perderam
os dentes, e não estão completamente habituados a uma PR, e ainda têm suporte
vestibular do lábio. Aparentemente, a longo prazo, o portador de prótese total não
percebe a vantagem de ser o portador de uma prótese fixa em questão de fala e
benefícios de higiene. A estética também pode ser um fator motivador para o
planejamento de uma sobredentadura quando o lábio maxilar precisa de suporte
adicional.
Revisão da Literatura
Poucos estudos foram publicados a respeito de sobredentaduras maxilares se
comparado a mandíbulas edentadas.133-154 A maioria das sobredentaduras maxilares
na literatura são próteses PR-5. Quase todos os relatos indicam maiores riscos de
perda de implante e de complicações na prótese. Por Exemplo, Engquist et al. relatam
uma taxa de 6 a 7% de perda de implante para sobredentadura implantossuportadas
mandibulares e taxa de perda de 19 a 35% para SBDs maxilares.134 Em um estudo de
acompanhamento por Jemt com 70 pacientes que receberam 336 implantes, a taxa de
sobrevida foi de 70% no osso reabsorvido e de 88% no grupo intermediário, com uma
taxa geral de sobrevida de 85% .148 Smedberg et al. relataram uma taxa de sobrevida
de 86% para 20 pacientes com 86 implantes superiores, e os resultados mostraram
uma disparidade semelhante de resultados com base na qualidade do volume
ósseo.135 Em um estudo multicêntrico prospectivo de 5 anos, em 30 maxilas e 103
mandíbulas, Jem e Lekholm relataram que a taxa de sobrevida dos implantes
mandibulares foi de 94,5 e 100% para próteses mandibulares. Na maxila, a taxa de
sobrevida do implante foi 72,4% , e a taxa de sobrevida da prótese foi de 77,9% .137
Johns et al. avaliaram 133 pacientes com 117 implantes em maxilas para o suporte
de sobredentaduras. A taxa de insucesso do implante foi de 28% .145 Windborn et al.
avaliaram 22 pacientes com 13 sobredentaduras planejadas em comparação com PFs
que se transformaram em sobredentaduras durante um período de observação médio
de 5,7 anos. A taxa de sobrevida do implante no grupo planejado foi de 77% e taxa de
sobrevida no grupo não planejado foi de 46% . 147 Palmqvist et al. também obtiveram
resultados semelhantes.136
Um estudo prospectivo por Johns et al. relatou o uso de sobredentadura maxilar por
mais de 5 anos.138 Dezesseis pacientes foram acompanhados ao longo de todo o
estudo com as taxas de sucesso cumulativas de 78 e 72% para próteses e implantes,
respectivamente. Jemt et al. relataram uma taxa de sobrevida de 84% para 430
implantes maxilares em 92 pacientes consecutivos em 1 ano.139 Chan et al. e
Goodacre e Kan combinaram dados de vários relatos, chegando a uma taxa média de
perda de 21% para sobredentadura na maxila, a mais alta taxa de perda entre todos os
tipos de prótese.140,141
Por outro lado, em 1991, Naert et al. relataram o desempenho de seis
sobredentaduras maxilares em 4 anos sem nenhum implante perdido.142 Misch
acompanhou 75 pacientes com sobredentaduras superiores (PR-4) por 10 anos com
uma taxa de sobrevida dos implantes de 97% e uma taxa de sobrevida da prótese de
100% . 155 As principais diferenças nestas modalidades de tratamento têm sido número
e posição dos implantes, e diretrizes dos movimentos protéticos que seguem os
conceitos básicos biomecânicos para reduzir perdas e diminuir os riscos para as
sobredentaduras maxilares.
Sanna et al. compararam quatro a seis implantes conectados com uma barra com
dois implantes desconectados durante um período de 10 anos.146 Os implantes
conectados com a barra apresentaram uma taxa de sobrevida de 99,3% em relação a
uma taxa de sobrevida de 85,7% para os implantes independentes. Houve também
uma maior perda de osso marginal nos implantes independentes. Uma revisão de
literatura foi realizada por Slot et al. comparando sobredentaduras maxilares por 1 ano
ou mais, com seis implantes conectados com uma barra, quatro implantes com uma
barra e quatro implantes com ancoragem através de encaixes bola.143 A maior taxa de
sobrevida foi de seis implantes conectados com uma barra, seguido de quatro
implantes conectados com uma barra. A menor taxa de sobrevida ocorreu quando
quatro encaixes de esferas independentes foram utilizados para retenção da prótese.
No entanto, as taxas de sobrevida de implantes foram de 95 a 98% para os 31 estudos
revisados. Assim, a taxa de sobrevida dos implantes no primeiro ano foi similar. A
sobredentadura com quatro implantes conectados com uma barra apresentou uma taxa
de sobrevida do implante em 5 anos de 94,2% relatado por Mericske-Stern et al. 44
Três dos cinco segmentos descritos fazem parte da pré-maxila: canino, incisivos e
canino oposto. Portanto, para alcançar um sistema biomecânico capaz de sustentar as
forças laterais durante as excursões mandibulares e as forças angulares da oclusão
cêntrica, pelo menos um implante deve ser instalado em cada secção anterior e, em
seguida, unidos. Assim, pelo menos, três implantes anteriores geralmente são
necessários: um em cada posição do canino e, pelo menos, um em uma das quatro
posições dos incisivos.
Estudos anteriores demonstraram que a distribuição de forças através de três pilares
resulta em menos tensão localizada na crista óssea do que com dois pilares.159 Para
resistir às excursões mandibulares, implantes devem ser unidos, e como resultado em
uma pré-maxila edentada, implantes normalmente devem ser instalados em ambos os
caninos e pelo menos um dos incisivos posicionados na região anterior do
arco.155,158
Em uma forma de arco dental quadrado, incisivos laterais e centrais não formam um
cantiléver muito vestibularizado em relação aos caninos. Excursões mandibulares e
forças oclusais podem ser reduzidas sobre os implantes instalados na região de canino.
Como resultado, os implantes na posição do canino podem substituir os seis dentes
anteriores em uma prótese PR-4, porque eles estão unidos aos implantes adicionais
posteriores (Fig. 29-106). Os quatro pônticos entre os caninos criam forças reduzidas
porque (1) as forças são mais baixas na região de incisivos e (2) um arco quadrado na
maxila tem menos forças oclusais em cantiléver para os caninos.
FIGURA 29-106 A, Em uma forma de arco dentado quadrado, os
incisivos não estão em cantiléver em relação à posição do
canino. Implantes na região de caninos unidos às regiões
posteriores são muitas vezes suficientes para apoiar uma prótese
PR-4. B, Uma barra conecta os implantes anteriores e
posteriores. C, A sobredentadura maxilar implantossuportada
para um arco dental quadrado pode usar dois implantes
anteriores na posição dos caninos.
Se a posição final dos dentes é em forma de arco ovoide, três implantes devem estar
presentes na pré-maxila para uma sobredentadura (Fig. 29-107). Este plano de
tratamento pode necessitar de aumento ósseo antes da instalação do implante. Para a
sobredentadura num arco dental ovoide (que é a forma de arco mais comum), o
planejamento para implantes nas posições dos caninos e pelo menos um implante
adicional, de preferência, na posição de um dos incisivos centrais, é importante. O
implante adicional resiste às forças adicionais criadas nesta forma de arco, aumenta a
retenção da prótese e reduz o risco de afrouxamento do parafuso de fixação.
FIGURA 29-107 A forma do arco dental ovoide requer
geralmente três implantes anteriores (canino bilateral, e incisivo)
unidos aos implantes posteriores para uma prótese PR-4.
Quando o arco dental cônico é restaurado sobre uma forma quadrada de arco, a
instalação dos implantes na região posterior é indicada. A maior parte dos implantes
posteriores são instalados na posição de segundo molar (juntamente com um implante
na região de primeiro molar) para aumentar a distância A-P e contrabalançar algum
efeito do cantiléver anterior.
Quando uma região de canino não pode ser utilizada para instalar implante na maxila
edentada, um implante na região de pré--molar e um implante na região de incisivo
lateral de cada lado do canino ausente são necessários para compensar esta posição
vital. Um implante na região de incisivo central e um implante na posição do canino
contralateral podem ser unidos a estes dois implantes para atuar como pilares para a
sobredentadura ou para a prótese fixa.
Na presença de fatores de força maiores do que o normal, geralmente mais dois
implantes são necessários para sustentar a direção da força criada durante uma
excursão da mandíbula, o que significa o mínimo de quatro implantes sugeridos para
substituir os seis dentes anteriores. Na presença destas forças severas (p. ex.,
bruxismo), implantes de diâmetro maior devem ser usados, especialmente na posição
de canino (que tem maior angulação de carga e maiores forças de mordida). Desta
forma, em muitos casos, a maxila anterior edentada é restaurada com três ou quatro
implantes unidos para apoiar uma sobredentadura. Além disso, implantes posteriores
são geralmente necessários, especialmente para uma prótese PR-4.
Os implantes são unidos com uma barra rígida. A barra não apresenta cantiléver
distal e deve seguir a forma do arco dental ligeiramente lingual aos dentes anteriores
maxilares. A prótese deveria ter pelo menos duas direções de movimento. Assim,
quando um clipe Hader é usado, este é colocado no centro do arco e perpendicular à
linha mediana. Um alívio é realizado sobre o topo dos implantes distais à barra para
permitir o MP na direção do tecido sob forças oclusais posteriores.
Quando O-rings são usados para reter a prótese, eles podem ser posicionados mais
distais do que um clipe Hader, com frequência, imediatamente distal à posição do
canino. A prótese deveria poder mover levemente na região incisal durante a função
para girar na direção do tecido mole posterior ao redor de um fulcro (ponto de apoio)
localizado na região do canino ou de pré-molar. Os benefícios são retenção e
estabilidade, e suporte obtido a partir do tecido mole. Além disso, os implantes
anteriores podem reprimir o processo de reabsorção do osso da pré-maxila.
A prótese total é desenhada como uma prótese completa com flanges e palato
totalmente ampliados. Múltiplos clipes Hader não devem ser posicionados ao redor do
arco. O trajeto da rotação não pode girar em três direções diferentes.
Consequentemente a prótese é muito rígida (Fig. 29-117).
FIGURA 29-117 Um clipe Hader pode ser usado para uma
prótese PR-5 na linha mediana para ganhar suporte do tecido
mole posterior. Quando o clipe também é posicionado nas regiões
posteriores, a prótese é mais rígida, semelhante a uma prótese
fixa de 14 elementos.
Processo Restaurador
A restauração de uma SBD maxilar é semelhante ao método de cinco consultas passo a
passo descrita para sobredentaduras mandibulares (Fig. 29-126). A posição dos dentes
e a dimensão vertical são semelhantes aos conectores medialmente posicionados
numa oclusão lingualizada para uma prótese total maxilar discutidos no Capítulo 33.
Considerando que a oclusão para uma SBD PR-5 é de equilíbrio bilateral, o esquema
oclusal para uma SBD PR-4 é de desoclusão posterior e guia anterior quando
antagonista a uma PR-4 ou dentição fixa na mandíbula (Fig. 29-127).
FIGURA 29-126 A, Um arco maxilar com oito implantes servindo
de fundação para a sobredentadura maxilar PR-4
implantossuportada. Pilares para retenção parafusada 1-2 mm
acima do tecido têm recebido torque em posição. B, Pinos de
moldagem indireta são rosqueados dentro dos pilares de
retenção parafusada. C, Uma moldeira fechada com alginato é
feita semelhante à moldagem de uma prótese total maxilar. D,
Parafusos de cobertura são parafusados aos pilares para
protegê-los de cálculos e impactação de alimentos. E, Os pinos
de moldagem indireta são rosqueadas no suporte para parafusos
analógicos. F, Os pinos de moldagem indireta e análogos dos
implantes são inseridos dentro da moldagem preliminar da maxila.
G, A impressão é vazada com gesso dental e separada tomar
presa. H, Os pinos de moldagem indireta são removidos do
modelo. I, Os pinos de moldagem direta são parafusados nos
pilares dentro do modelo. J, Um espaçador de 3 mm é colocado
em torno dos pinos de moldagem direta e um espaçador de 1 mm
é aplicado sobre os tecidos moles. K, Uma moldeira aberta
modificada é feita com resina acrílica fotopolimerizável. L, Uma
moldeira é removida do modelo e modificada conforme
necessário. M, Os pinos de moldagem direta são parafusados
nos pilares de retenção na boca. N, A moldeira aberta modificada
é utilizada em outros pinos de moldagem direta. O, Uma
moldagem final da maxila é realizada. Os pilares de fixação dos
pinos de moldagem direta são desparafusados e a moldagem é
avaliada. P, Os pinos de moldagem direta serão conectados aos
pilares para análogos parafusados no modelo. Q, Os pilares para
análogos parafusados serão conectados aos pinos de moldagem
direta capturados na moldagem. R, O gesso dental é vertido na
moldagem e é deixado para tomar presa. Os pinos de moldagem
são desparafusados, e o modelo contém os pilares para análogos
parafusados. S, Os análogos de impressão direta são removidos
dos análogos do pilar e capturados na moldagem final. T, Uma
placa-base que incorpora os pinos de moldagem direta é
montada. U, Um enceramento é adicionado à placa-base. Dois
parafusos de fixação longos na posição canina fixarão o
dispositivo na boca. V, Uma placa-base e um enceramento são
feitos depois que o conector do pilar estiver visível, de modo que
o dispositivo seja também um jig de verificação. W, Após a
gravação de registros oclusais, uma prova do enceramento dos
dentes confirma a posição correta dos dentes. X, A barra e os
conectores são feitos dentro dos contornos da prótese e o
modelo em metal precioso (ou usinados com tecnologia CAD-
CAM). Na entrega, a barra é avaliada para um encaixe “passivo”.
Y, A prótese é processada, e a flange labial é feita semelhante à
de uma prótese total. Z, A oclusão e estética são avaliadas.
Resumo
SBDs mandibulares e maxilares compartilham vários princípios de sobredentaduras
suportadas por dentes. As vantagens de SBD referem-se à capacidade para colocar os
pilares saudáveis, rígidos, nas posições de escolha. O número, a localização, o
desenho da superestrutura e a variedade de movimento de prótese podem ser
predeterminados e com base nas necessidades expressas e desejos do paciente e
condições anatômicas. O mesmo tratamento de SBD não deve ser fornecido a todos os
pacientes edentados. Na mandíbula, apenas dois implantes instalados imediatamente
anteriores ao forame mentoniano raramente devem ser usados. Esta opção de
tratamento tem mais complicações protéticas. A sobredentadura deve ser desenhada
de forma previsível para satisfazer o desejo do paciente e suas limitações anatômicas.
A opção de sobredentadura mais comum usada pelos profissionais é a
sobredentadura com dois implantes com O-ring individuais. Porém, o único beneficio
desta abordagem era promover retenção e reduzir o custo inicial. A perda ossea é
acelerada no rebordo posterior e a manutenção do osso anterior é limitada à zona ao
redor do implante.
A abordagem ideal para a saúde geral da mandíbula em longo prazo é uma prótese
totalmente implantossuportada. O volume ósseo anterior é mantido e a perda óssea
posterior é significativamente reduzida. O suporte da carga oclusal ocorre sobre os
implantes, e não sobre os tecidos moles. A estabilidade da prótese é maxima porque ela
não se move durante a função (mastigação, fala). A retenção é excelente porque ela
pode ter de quatro a seis conectores.
O paciente pode, inicialmente, não ter condições de custear uma opção OD-5 (com
uma PR-4 ou opção de prótese fixa). Entretanto, em uma mandíbula, uma OD-3 pode se
converter em uma OD-4 após alguns anos e, eventualmente, em uma OD-5 após mais
alguns anos. Caso a transição de uma opção para outra seja em um curto período de
tempo (1 ou 2 anos), os implantes podem ser independentes e utilizar um sistema de
conector do tipo O-ring. Isto reduz os gastos com próteses transitórias porque nenhuma
barra é fabricada, e um reembasamento pode ser realizado para modificar a prótese.
Na maxila são relatadas maiores taxas de falhas com implantes individualizados. Por
isto uma PR-5 com barra unida é a melhor opção num primeiro estágio do tratamento.
Uma prótese parafusada se conecta ao pilar do implante com forças compressivas
significantes (10-30 N-cm de torque). O parafuso do casquete não deve ser instalado
sob tensão, compressão ou forças de cisalhamento na superestrutura. Para realizar o
objetivo de uma superestrutura passiva, o dentista examina todos os aspectos da
reconstrução protética em uma tentativa de reparar erros e variações durante o
processo. As variáveis de processamento mais importantes para o dentista incluem
contração do material de moldagem, deformação permanente, moldeiras convencionais
versus moldeiras individuais, variação dos componentes por parte dos fabricantes,
expansão do gesso e do revestimento, contração do metal, contração do acrílico e da
porcelana, solda e força de torque aplicada ao parafuso do pilar. O passo a passo do
protocolo clínico para uma prótese parafusada tem sido apresentado para produzir
fundições as mais passivas possível, e, portanto, minimizar a perda de crista óssea e o
afrouxamento do parafuso do pilar.
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CAPÍTULO 30
A SBI pode ser removida durante a noite para reduzir os nocivos efeitos da
parafunção noturna. Estas forças cíclicas aumentam o risco de problemas biomecânicos
não só dos implantes, mas também do sistema de implantes completo, incluindo o
material oclusal da prótese, os parafusos e os cimentos que retêm a prótese, os
parafusos dos pilares, a crista óssea marginal, a interface osso/implante completa e a
fratura de qualquer um dos componentes protéticos ou mesmo dos próprios implantes.
Um estudo clínico realizado por Heydecke et al. avaliou 13 pacientes que receberam
tanto uma sobredentadura PR-4 quanto uma PF, ambas por 2 meses cada.17 A
avaliação psicométrica de satisfação geral, conforto, capacidade de falar, estabilidade,
estética, facilidade de higiene oral e oclusão foi realizada com as duas próteses. A
capacidade de mastigação de sete tipos de alimentos também foi determinada para as
duas próteses. A classificação geral de satisfação foi significativamente maior para o
grupo de sobredentadura PR-4. A capacidade de falar e facilidade de higiene foram
melhores, e a dinâmica da mastigação foi semelhante nas duas próteses em relação à
estabilidade, oclusão e mastigação. Nove dos 13 pacientes optaram por ter uma
sobredentadura PR-4 em vez de PF-3 na conclusão do estudo.
Em contrapartida, Brennan et al. também avaliaram a satisfação de pacientes e a
relação saúde oral/qualidade de vida resultantes do uso de SBIs maxilares (PR-5 e PR-
4) e PFs totais.18 Pacientes com sobredentaduras maxilares relataram
significativamente satisfação global mais baixa, com valores menores para capacidade
de mastigação e estética. As vantagens citadas para as sobredentaduras foram os
custos reduzidos e a capacidade de realizar procedimentos de higiene oral.
As PFs implantossuportadas têm uma vantagem psicológica em comparação às
sobredentaduras. Enquanto uma sobredentadura é uma prótese, a PF é considerada
uma parte do corpo. Pacientes com uma SBI respondem: “É muito melhor do que a
minha dentadura.” Enquanto os pacientes que têm uma prótese fixa, na maioria das
vezes, afirmam: ”Estes são melhores do que os meus dentes.“
Na experiência do autor, os pacientes que desejam uma PF são geralmente aqueles
que querem as vantagens psicológicas de dentes fixos ou pacientes que muito
recentemente perderam seus dentes e não estão completamente acostumados com
uma PR. Esses pacientes também apresentam, na maioria das vezes, osso anterior e
não precisam do apoio labial de um flange da dentadura para apoiar o lábio superior.
Em contrapartida, portadores de próteses por muito tempo não percebem as vantagens
de uma PF o suficiente para compensar os benefícios de higiene. Estética também pode
ser o fator motivador para uma sobredentadura quando o lábio superior precisa de
apoio adicional.
Um grande espaço de altura da coroa (EAC) é necessário para uma sobredentadura.
Assim, quando o osso abundante está presente e implantes já estão instalados, a PF
terá menos problemas de fratura da prótese ou de posicionamento dos dentes sobre
uma barra.
A sobredentadura necessita de mais manutenção da prótese. Os conectores
desgastam-se e precisam ser substituídos, reembasamentos são necessários para
próteses PR-5 e os dentes da prótese desgastam-se mais rapidamente em uma SBI do
que em uma dentadura. Como resultado, uma nova SBI pode precisar ser fabricada a
cada 7 anos.
Um efeito colateral de uma SBI é a impacção alimentar sob a prótese. A prótese é a
fronteira moldada, de modo que os músculos estão em sua posição contraída. Caso
contrário, já que a prótese é mais rígida do que uma dentadura, feridas podem ser
desenvolvidas durante a função. No estado muscular relaxado, alimentos vão além da
borda da dentadura. Quando o paciente engole, o alimento é empurrado para baixo da
dentadura. A PF não apresenta as bordas periféricas estendidas e armazena menos
alimentos.
A vantagem de desenvolver um plano de tratamento para a saúde de longo prazo,
em vez de ganhos de curto prazo, é o benefício para o paciente. Como tal, se as
finanças não são um problema, o dentista deve desenvolver uma prótese que é
completamente suportada, retida e estabilizada por meio de implantes. Se o custo é um
fator a ser considerado, uma prótese implantorretida de transição com menos implantes
melhora bastante o desempenho de uma dentadura e detém a perda óssea na pré-
maxila. Então, o dentista pode estabelecer uma estratégia para os próximos um ou dois
passos a fim de obter uma prótese final totalmente implantossuportada.
Menos relatórios foram publicados para próteses implantossuportadas superiores do
que para a mandíbula edentada.19 Na maior parte das vezes, a literatura relatada para
a maxila edentada é semelhante ao artigos originais publicados por Branemark et al.20
Nesta abordagem, quatro a seis implantes foram posicionados anteriormente aos seios
maxilares e uma PF com cantiléver foi fabricada. Uma taxa de insucesso superior a
10% foi observada na maxila em comparação à mandíbula.21
A maioria dos relatos concorda que existe na maxila maior taxa de perda de implante
e maior risco de complicações protéticas em comparação à mandíbula em casos de
próteses totais. Além disso, as sobredentaduras maxilares apresentam taxa de falha
maior do que as PFs totais. Por exemplo, Engquist et al. relataram perda do implante de
6 a 7% para sobredentaduras implantossuportadas mandibulares e perda de 19 a 35%
para SBIs superiores.22 Smedberg et al. relataram taxa de sobrevida de 86% para 20
pacientes com 86 implantes maxilares, e os resultados mostraram uma disparidade
semelhante de resultados com base na qualidade do volume ósseo.23 Palmqvist et al.
também encontraram resultados semelhantes.24 Um estudo prospectivo por Johns et
al. acompanhou pacientes com sobredentaduras maxilares durante 5 anos.25
Dezesseis pacientes foram acompanhados ao longo de todo o estudo com um taxa de
sucesso cumulativa de 78 e 72% para próteses e implantes, respectivamente. Widborn
et al. avaliaram 22 pacientes com 13 sobredentaduras planejadas em comparação a
PFs que acabaram em sobredentaduras durante um período de observação médio de
5,7 anos.26 A taxa de sobrevida do implante no grupo com sobredentaduras planejadas
foi de 77% , e a taxa de sobrevida no grupo de SBIs não planejadas foi de 46% .
Jemt et al. relataram taxa de sobrevida de 84% para 430 implantes maxilares em 92
pacientes consecutivos em 1 ano.27 Em um acompanhamento realizado por Jemt de 70
pacientes edentados maxilares com 336 implantes, houve uma taxa de sobrevida de
70% no osso reabsorvido e 88% no grupo intermediário, com taxa de sobrevida global
do implante de 85% .28 Em um estudo prospectivo e multicêntrico de 5 anos, em 30
maxilares e 103 mandíbulas, Jemt e Lekholm informaram que as taxas de sobrevida de
implantes mandibulares foram de 94,5 e 100% para próteses mandibulares.29 Na
maxila, a taxa de sobrevida do implante foi de 72,4% e a taxa de sobrevida da prótese
foi de 77,9% .
Goodacre et al. realizaram uma revisão da literatura no período de 1981 a 2003.30 O
tipo de prótese sobre implante com a menor sobrevida do implante era uma
sobredentadura maxilar com uma taxa de insucesso de 21% , seguida de uma PF total
maxilar com uma taxa de falha de 10% . Uma sobrevida do implante similar foi relatada
por Chan et al.31 Eles combinaram dados de vários relatos que produziram uma média
de 21% de taxa de falha para sobredentaduras maxilares implantossuportadas, a maior
taxa de falha de qualquer tipo de prótese. As principais causas de falha foram
sobrecarga do implante como resultado de diminuição da densidade óssea, redução do
tamanho do implante e número de implantes reduzido.
Por outro lado, Sanna et al. relataram sobre implantes unidos para sobredentaduras
maxilares em comparação à PF total sem perda do implante.32 Eles acompanharam 75
pacientes com sobredentaduras maxilares (PR-4) e 110 com PFs totais durante 10 anos
com implantes unidos e encontraram 97% de sobrevida do implante e 100% de
sobrevida da prótese.33 Por isso, nenhuma diferença pode ser observada entre as
duas modalidades quando implantes suficientes eram usados para suportar as
próteses. As principais diferenças nestas modalidades de tratamento foram número de
implantes, posição e orientações protéticas que seguem conceitos básicos
biomecânicos para reduzir perdas e diminuir os riscos de próteses totais maxilares. Em
outras palavras, uma base de implante é específica para posição e número de
implantes.
Em suma, se um paciente edentado deseja uma PR, uma SBI é geralmente o
tratamento de escolha. Se o custo for um problema para o paciente que deseja uma PF,
a sobredentadura pode servir como um dispositivo transitório até que implantes
adicionais sejam instalados e restaurados. No entanto, quando o paciente deseja uma
restauração fixa e o osso anterior é suficiente para suportar o lábio maxilar, uma PF tem
muitas vantagens (Quadro 30-3).
Na maioria dos pacientes com osso disponível, o osso é menos denso na região
anterior da maxila do que na região anterior da mandíbula.34 Na mandíbula, uma
camada cortical densa é acoplada a um osso trabecular grosso, permitindo que os
implantes sejam suportados por um osso denso de boa qualidade. A maxila apresenta
osso poroso fino no aspecto labial, osso cortical poroso muito fino no assoalho da
região nasal e osso cortical mais denso no aspecto palatino. O osso trabecular é
geralmente fino e é também menos denso do que a região anterior da mandíbula.
Na pré-maxila, estética e fonética ditam que os dentes de reposição devem ser
colocados em sua posição original ou próximo a ela, frequentemente em cantiléver em
relação ao rebordo, que é geralmente reabsorvido palatina e superiormente (Fig. 30-9).
O arco de fechamento é anterior ao rebordo residual; como consequência, a força de
momento é maior contra as coroas anterossuperiores suportadas por implantes e
dirigida contra o osso vestibular fino33 (Fig. 30-10). Todas as excursões mandibulares
colocam forças laterais nos dentes anterossuperiores, resultando em aumento da
tensão na crista óssea, especialmente no aspecto vestibular do implante.
2. Esta região é a mais difícil para instalar implantes paralelos uns aos outros e dentro
dos contornos da prótese (Fig. 30-12). A utilização de cantiléver vestibular resulta
em aumento de momentos de cargas na crista do implante, levando muitas vezes à
remodelação localizada de crista e fratura do implante ou pilar.
Três dos cinco segmentos de arco maxilar descritos são parte da pré-maxila: o
canino, os incisivos e o canino oposto. Portanto, para atingir um sistema biomecânico
perfeito capaz de sustentar as forças laterais durante as excursões mandibulares e as
forças angulares de oclusão cêntrica, pelo menos um implante deve ser instalado em
cada secção anterior e, em seguida, unir o conjunto. Estudos anteriores demonstraram
que a força distribuída ao longo de três pilares resulta em menos tensão localizada na
crista óssea do que dois pilares.35 Por isso, pelo menos três implantes anteriores
geralmente são necessários: um em cada posição canina e pelo menos um em uma das
quatro posições dos incisivos.33,36
Em uma forma de arco dentado quadrado, incisivos laterais e centrais têm cantiléver
vestibular mínimo comparado à posição do canino. Excursões mandibulares e forças
oclusais podem ser reduzidas sobre os implantes na região de canino. Como resultado,
os implantes na região de canino podem ser suficientes para substituir os seis dentes
anteriores em uma PF total, porque eles são unidos aos implantes posteriores
adicionais (Fig. 30-18). Os quatro pônticos entre os caninos criam forças reduzidas
porque (1) as forças são mais baixas na região dos incisivos e (2) um arco quadrado na
maxila tem menos forças oclusais em cantiléver para os caninos (Fig. 30-19).
FIGURA 30-18 Uma forma de arco dentado quadrado tem os
incisivos superiores com menos de 8 mm do plano canino.
Quando os fatores de força são baixos, uma forma de arco
dentado quadrado pode usar dois implantes nas posições de
caninos quando implantes adicionais são utilizados nas regiões
posteriores. Um total de seis implantes para uma prótese fixa ou
PR-4 pode ser usado em um arco dentado quadrado na maxila
edentada. A-P, distância anteroposterior.
FIGURA 30-19 A, Prótese maxilar total fixa em forma de arco
dentado quadrado. B, Os dentes anterossuperiores estão a
menos de 8 mm a partir da posição de canino a canino. C, Dois
implantes caninos são usados para restaurar os seis dentes
anteriores. Implantes adicionais são posicionados nas regiões
posteriores para aumentar a distância anteroposterior. D, Prótese
superior de arco total PF-3 com uma forma de arco dentado
quadrado. E, A prótese PF-3 maxilar está se opondo à prótese
fixa PF-3 mandibular.
Se a posição final dos dentes é uma forma de arco oval, três implantes devem ser
posicionados na pré-maxila para uma PF33 (Fig. 30-20). Para a PF de uma forma de
arco dentado ovoide (que é a forma do arco mais comum), o planejamento para
implantes nas posições de canino e, pelo menos um implante adicional, de preferência,
em uma posição de incisivo central, é importante. O implante adicional resiste às forças
adicionais criadas nesta forma de arco, aumenta a retenção da prótese e reduz o risco
de afrouxamento do parafuso do pilar (Fig. 30-21).
Tabela 30-1
Plano de Tratamento para Pré-maxila Edentada
FIGURA 30-22 Em uma forma de arco triangular, o cantiléver
anterior dos caninos é maior e deve ser apoiado por mais
implantes na pré-maxila. Pelo menos quatro implantes posteriores
também devem ser adicionados para restaurar o arco totalmente
edentado. A-P, distância anteroposterior.
FIGURA 30-23 A, Prótese total maxilar PF-3 em paciente do
sexo masculino com uma forma de arco dentado triangular. B,
Prótese maxilar PF-3 em posição. C, Vista oclusal da PF-3 em
forma de arco dentado triangular. D, Prótese maxilar PF-3
opondo-se à prótese mandibular implantossuportada PF-3.
O pior cenário é um paciente que necessita de uma forma de arco dentado triangular
a ser restaurado em uma forma quadrada de rebordo (Fig. 30-24). Como resultado
disso, nestes casos, enxerto ósseo pode ser necessário para restaurar um rebordo
residual mais compatível. As posições de caninos bilaterais e de incisivo central são
biomecanicamente a melhor opção para a pré-maxila triangular. Essas posições são
preferidas quando outros fatores de força são maiores, como a altura da coroa, a
parafunção e a dinâmica muscular mastigatória.
FIGURA 30-24 A forma do rebordo residual é quadrada, e a
forma do arco dentado é triangular. Como resultado, os dentes
anteriores estão em cantiléver a partir dos implantes. Como os
implantes posteriores não foram utilizados para substituir os
dentes posteriores, eles também estão suspensos na prótese. A
distância anteroposterior reduzida faz esta prótese ter maior risco
de complicações biomecânicas.
Quando a região de canino não pode ser utilizada para instalação de um implante na
maxila edentada, um implante no primeiro pré--molar e um implante no incisivo lateral
de cada lado do canino ausente são indicados para compensar esta posição vital
(Fig. 30-26). Um implante na região de incisivo central e um na região de canino na
secção contralateral podem ser unidos a esses implantes para atuar como pilares para
a PF.
FIGURA 30-26 A e B, Quando um implante não é instalado na
posição do canino, implantes devem ser posicionados em
posições de lateral e de primeiros pré-molares e unidos a
implantes adicionais.
Na presença de fatores de força severos, muitas vezes mais de dois implantes são
necessários para manter a direção da força criada durante uma excursão da mandíbula,
o que significa que o mínimo de quatro implantes é indicado para substituir seis dentes
anteriores.
Na presença dessas forças severas (p. e.x., bruxismo), implantes de diâmetro mais
largos devem ser usados, especialmente na posição de caninos (que possui aumento
na angulação em excursões e forças de mordida superior). Como tal, em muitos casos,
a maxila anterior completamente edentada é restaurada com três ou quatro implantes
unidos para apoiar uma PF. Além disso, implantes posteriores são geralmente
necessários, em particular para uma prótese total fixa.
Posição precisa do implante em um aspecto mesiodistal não é obrigatória em uma
prótese PF-3 (Fig. 30-27). Os materiais de restauração cor de rosa que substituem o
contorno de tecido mole escondem a posição do implante e não afetam a largura
mesiodistal dos dentes sobrepostos.
A largura incisal anterior do plano de cera é semelhante à final dos dentes para
avaliar a fonética. Quando o paciente diz ”F“, as bordas incisais superiores devem tocar
levemente o fronteira molhada e seca do lábio inferior, similarmente à posição do lábio
inferior durante uma posição de sorriso largo.43 Quando o paciente diz ”E,“ 50% a
70% do espaço entre os lábios superiores e inferiores deve ser ocupado pelos
incisivos centrais superiores. Se menos do que 50% do espaço é ocupado, os dentes
geralmente podem ser alongados, porém se mais de 70% do espaço é ocupado por
incisivos centrais superiores, o alongamento dos dentes normalmente não é indicado. O
paciente não deve ter um sorriso invertido, onde mais espaço está abaixo das bordas
dos incisivos superiores comparado aos incisivos laterais. Um leve espaço uniforme é
aceitável.
Número de Dentes
O número de dentes mostrados na dimensão horizontal em um sorriso largo é
variável.77 Aproximadamente 7% dos pacientes só mostram os seis dentes anteriores
na maxila ou mandíbula ao sorrir ou durante a fala. O primeiro pré-molar é mais
frequentemente visto na maxila durante o sorriso e representa 48,6% da população, o
maior grupo de pacientes. De segundo a segundo pré-molares são vistos em 40,6% .
De primeiro a primeiro molares podem ser vistos em 3% dos pacientes e compõem o
menor grupo. Quando os dentes estão na zona estética, o contorno facial dos dentes
não deve ser comprometido. Acréscimo ósseo pode ser necessário para instalar os
implantes em uma posição mais ideal, para que sobreposições faciais de rebordo ou
cantiléveres não sejam necessários. No entanto, não é incomum que próteses
implantossuportadas tenham sobreposições de rebordo para restaurar a dentição.
Cerca de 70% da população adulta tem uma linha de sorriso dentro de poucos
milímetros da margem gengival livre, e aproximadamente 60% da população mostra a
papila interdental mas nenhum tecido cervical.77 Em próteses sobre implantes, se
qualquer um dos tecidos moles (p. ex., papila interdental ou tecido cervical) é exibido,
cirurgia de implantes, enxerto ósseo e prótese devem também substituir o tecido mole.
Quase 30% dos homens e 12% das mulheres com idade superior a 35 anos têm
uma linha labial baixa e não mostram a papila interdental ao sorrir (média de 20% ).77 O
autor tem observado que este percentual sobe para 40% atrás do canino maxilar e
70% atrás do primeiro pré-molar. Nestes casos, o contorno de tecido mole não requer
um foco primário na região posterior e frequentemente pode ser harmonizado com uma
prótese PF-2 quando o paciente é avisado antes do tratamento. No entanto, uma
posição média a alta durante o sorriso contraindica este tipo de prótese por causa da
estética cervical precária. Uma linha de sorriso gengival ou alta ocorre em 14% das
pacientes jovens do sexo feminino e 7% dos pacientes jovens do sexo masculino e é
menor nos pacientes idosos.77
Se a linha labial ativa alta do paciente é superior a 12 mm a partir da posição da
borda incisiva, a altura das coroas clínicas é avaliada em relação à sua largura. A altura
da coroa clínica normal é de 10 mm para o incisivo central, 9 mm para o incisivo lateral
e 10 mm para o canino. A relação altura/largura é de 0,86 para o incisivo central, 0,76-
0,79 para o incisivo lateral e 0,77-0,81 para o canino.
Em pacientes com a linha labial alta durante sorriso e com ausência de todos os
seus dentes anteriores, os dentes artificiais podem ser feitos mais compridos (até
12 mm), em vez da altura média de 10 mm para reduzir a exposição gengival, e resultar
em uma prótese mais estética. Portanto, a altura dos dentes anteriores da maxila é
determinada a princípio estabelecendo-se a borda incisal do canino pelo lábio em
repouso. Segundo, a linha alta de sorriso determina a altura do dente (de 9 a 12 mm).
33 Quando a linha alta do lábio é de 9 mm para a borda incisiva, o dente é feito com
9 mm de altura. Se a linha labial alta é de 11 mm, o dente é feito com 11 mm de altura.
Terceiro, a largura dos dentes anteriores é determinada pelas proporções de
altura/largura (Quadro 30-7 e Figs. 30-35 e 30-36).
9 mm 7,7 mm
10 mm 8,5 mm
11 mm 9,4 mm
12 mm 10,1 mm
8 mm 6,2 mm
9 mm 6,9 mm
10 mm 7,7 mm
11 mm 8,5 mm
Diversos relatos referem-se às proporções áureas para a largura dos dentes: 1,6
para 1,0 para 0,6. Esta relação não pode ser facilmente usada pelos técnicos, porque a
razão é a aparência dos dentes na pré--maxila, que é em uma curva. O canino nesta
relação é 0,6 de um incisivo lateral, mas o canino é mais largo do que o incisivo lateral.
O incisivo lateral médio tem 6,5 mm de largura, e o canino médio tem 7,5 mm de
largura. Além disso, a largura de dente mais variável na maxila é a do incisivo lateral,
com uma gama de 4,5 mm para tão grande quanto 8 mm. Não faz sentido aplicar a
proporção áurea de 1,0 ao dente com a maior variação de largura. Em vez disso, as
relações de altura e largura de 0,85, 0,77 e 0,79 são mais apropriadas para incisivo
central, incisivo lateral e canino.
Os terços cervicais dos pré-molares superiores também são observados em uma
linha alta de sorriso. Não é incomum revelar o terço cervical e gengiva da papila
interdental do pré-molar com uma linha de lábio alta. Esses dentes não devem parecer
muito curtos (ou longos) e não naturais em altura. A reabsorção óssea pode fazer com
que os implantes sejam instalados mais palatinos nesta área. A posição destas coroas
pode então ser também palatal e, por conseguinte, afetar o resultado estético. Enxertos
ósseos e de tecidos moles são os principais métodos para eliminar a necessidade de
contorno do rebordo ou adição de porcelana rosa na gengiva. Eles também são
indicados para reduzir a altura da coroa. No entanto, não é incomum sobrecontornar os
dentes na zona estética e usar materiais restauradores de cor rosa para substituir o
contorno dos tecidos moles.
Para substituição de múltiplos dentes nas regiões posteriores, quando a linha labial
alta expõe a região da papila interdental mas não a região gengival cervical, materiais
restauradores de cor rosa podem ser usados no espaço entre os implantes para
substituir as papilas. Quando a linha alta labial expõe as áreas cervicais, os aspectos
interdentais e cervicais da região devem ser abordados com cirurgia (p. ex., enxerto) ou
próteses (p. ex., próteses PF-3).
A posição elevada do lábio da maxila edentada reabilitada com uma prótese PF-3
que mostra o próprio tecido mole do paciente é mais difícil para restaurar do que
quando o EAC é maior do que o usual, mas nenhum tecido mole natural é mostrado
durante o sorriso no local edentado. Quando o tecido mole do paciente é mostrado, a
substituição protética gengival deve combinar a cor e textura do tecido do paciente.
Quando o tecido mole do paciente não é visível, os materiais restauradores não
precisam combinar a cor existente e é mais fácil obter um resultado estético.
O EAC ideal para a PF é entre 8 e 12 mm, contando com 3 mm ideais de tecido mole,
2 mm de espessura de material oclusal e 5 mm ou mais de altura do pilar. EAC superior
a 12 mm não é incomum em PFs superiores. Os dentes substituídos geralmente
requerem a adição de materiais de tom gengival em regiões estéticas. A força de
impacto maior em implantes em comparação aos dentes, juntamente ao aumento da
altura da coroa, gera maiores momentos de forças sobre os implantes e riscos de
fratura em próteses e componentes não cimentados ou não retidos. Estes problemas
são especialmente notados quando associados à biomecânica menos favorável sobre
secções suspensas de restaurações fixas.
Um EAC maior que 15 mm significa que uma grande quantidade de metal deve ser
usada na subestrutura de uma PF tradicional para manter sua porcelana com a
espessura ideal de 2 mm (Fig. 30-37). Técnicas de ajuste fino para PFs tradicionais são
necessárias nestas condições.78,79 O controle das porosidades da superfície das
subestruturas metálicas após a fundição de suas diferentes partes esfriando em taxas
diferentes torna-se cada vez mais difícil.80 Além disso, quando a fundição é reinserida
no forno para queimar a porcelana, o calor é mantido no interior da mesma em
diferentes taxas, de modo que a porcelana esfria em diferentes regiões em diferentes
taxas.81 Se não controlados adequadamente, estes dois fatores aumentam o risco de
fratura da porcelana após a carga.82
FIGURA 30-37 A, A prótese fixa em metalocerâmica de um arco
com um EAC maior que 15 mm tem de utilizar uma grande
quantidade de metal para assegurar que a porcelana tenha
apenas 2 mm de espessura, em qualquer direção. B, A porcelana
em uma prótese PF-3 não deve ter mais que 2 mm de espessura
para reduzir o risco de fratura. Aquecimento e arrefecimento de
grandes peças de metal são mais difíceis de controlar a fim de
reduzir as complicações. C, Prótese maxilar em posição.
A estrutura da prótese híbrida é fabricada para reduzir a fratura das próteses. Acrílico
tem força em volume, então anéis de conexão mais largos são colocados na
subestrutura de metal, em vez de apenas pequenas esferas retentivas (Fig. 30-39). A
estrutura é desenhada em uma viga em “I” para reduzir o risco de fadiga dos metais e
fratura (Fig. 30-40). Enquanto fundições redondas flexionam à potência de quatro, uma
viga em “I” flexiona à potência de três. Um material opaco rosa é pintado sobre a
subestrutura de modo a reduzir a quantidade de cor de metal extravasando através do
acrílico (Fig. 30-41). O aspecto cervical da viga em “I” é polido para reduzir a aderência
de placa bacteriana e não é coberto com acrílico; assim, o acrílico não está em contato
com o tecido (Fig. 30-42). Isso permite forças compressivas sobre o acrílico que segura
os dentes à estrutura durante a função e confere resistência à fratura do acrílico. Os
dentes artificiais nestas próteses não devem ser de acrílico ou compósito em razão de
uma elevada taxa de fratura e desgaste. Em vez disso, dentes artificiais de cerâmica
são sugeridos (Fig. 30-43). Em algumas situações, áreas interproximais
subcontornadas são concebidas em tais próteses para auxiliar na higiene bucal e têm
sido chamadas de próteses “águas altas”. Este é um excelente método na mandíbula;
no entanto, resulta em retenção de alimentos, afeta o fluxo de ar e pode contribuir para
problemas de fala na maxila anterior. Em vez disso, a prótese deve bloquear todos os
movimentos durante a fala e geralmente se posicionar contra o tecido. No entanto,
considerações de higiene são ainda incorporadas ao desenho interproximal adjacente a
cada implante.
2. Uma moldeira da prótese feita a vácuo é utilizada para avaliar as posições dos
pilares (Fig. 30-45).
FIGURA 30-45
3. Os pilares são preparados na boca para paralelismo com uma peça de mão de alta
rotação e brocas carbide (Fig. 30-46).
FIGURA 30-46
FIGURA 30-47
5. Os furos das roscas dos pilares são obliterados com um resina fotopolimerizável
(p. ex., Fermit) (Fig. 30-48).
FIGURA 30-48
FIGURA 30-49
FIGURA 30-51
10. Uma moldagem é feita com a moldeira a vácuo usada como moldeira individual,
juntamente a um registro de mordida (Fig. 30-53).
FIGURA 30-53
11. A moldagem dentro da moldeira personalizada permite que o laboratório verta e monte
o arco na DVO do paciente (Fig. 30-54).
FIGURA 30-54
12. Um registro de mordida com a moldeira a vácuo permite que laboratório relacione o
modelo com a mandíbula (Fig. 30-55).
FIGURA 30-55
13. Um espessímetro confirma que há espaço adequado acima dos pilares para os
materiais oclusais (Fig. 30-56).
FIGURA 30-56
14. Uma segunda moldeira a vácuo com material de impressão no palato para manter a
dimensão oclusal inicial (Fig. 30-57).
FIGURA 30-57
15. Acrílico é colocado sob a moldeira a vácuo e posicionado sobre os pilares (Fig. 30-
58).
FIGURA 30-58
16. A moldeira é posicionada para oclusão e posição da borda incisisal com acrílico
(Fig. 30-59).
FIGURA 30-59
FIGURA 30-60
FIGURA 30-62
21. A moldagem final dos pilares é feita utilizando poliéter leve (Fig. 30-64).
FIGURA 30-64
22. A moldeira de estoque com poliéter regular é assentada sobre os pilares (Fig. 30-65).
FIGURA 30-65
FIGURA 30-66
24. Uma moldagem de alginato é feita dos pilares e vertida em gesso-pedra de presa
rápida (Fig. 30-67).
FIGURA 30-67
25. O modelo de gesso é usado para fazer uma placa-base de resina fotopolimerizável
(Fig. 30-68).
FIGURA 30-68
26. A placa-base envolve apenas a parte superior de cada pilar (Fig. 30-69).
FIGURA 30-69
FIGURA 30-70
FIGURA 30-72
FIGURA 30-74
32. Aro completo com cera para dentes anteriores e DVO (Fig. 30-75).
FIGURA 30-75
33. A linha média da prótese é determinada usando fio dental para avaliar a linha média
da face (Fig. 30-76).
FIGURA 30-76
34. A linha alta labial é determinada durante o sorriso. A altura da tradução labial
corresponde à altura do dente, que determina a largura do mesmo (Fig. 30-77).
FIGURA 30-77
35. A largura da asa do nariz geralmente corresponde à posição canina (Fig. 30-78).
FIGURA 30-78
36. Material para registro de mordida é colocado na face interior da placa-base após o
adesivo ser passado sobre a região dos pilares (Fig. 30-79).
FIGURA 30-79
37. O material do registro de mordida é colocado por cima da borda de cera (Fig. 30-80).
FIGURA 30-80
38. A DVO e a mordida cêntrica são registradas na placa-base e borda de cera (Fig. 30-
81).
FIGURA 30-81
39. O tom do tecido mole é feito junto ao tom dos dentes. A forma do dente também é
selecionada (Fig. 30-82).
FIGURA 30-82
40. Depois de um registro do arco facial superior ser feito, o registro provisório é
cimentado com cimento temporário sem eugenol (Fig. 30-83).
FIGURA 30-83
FIGURA 30-84
FIGURA 30-86
FIGURA 30-88
46. A prova do acrílico que é feito de acordo com a tecnologia CAD-CAM é avaliada.
Qualquer modificação é anotada para a prótese final. Um novo registro de mordida é
feito quando indicado. A prova do metal é realizada quando uma prótese tradicional
de metalocerâmica é fabricada (Fig. 30-89).
FIGURA 30-89
FIGURA 30-90
48. A prótese final é feita. Esta prótese CAD-CAM de zircônia tem porcelana em
superfícies não oclusais e zircônia em todas as suas áreas funcionais (Fig. 30-91).
FIGURA 30-91
49. As áreas estéticas têm coloração modificada, sempre que necessário (Fig. 30-92).
FIGURA 30-92
FIGURA 30-94
52. A prótese final PF-3 CAD-CAM de zircônia é cimentada após a oclusão ser confirmada
(Fig. 30-95).
FIGURA 30-95
53. Sorriso com a prótese PF-3 instalada. A altura da papila é perceptível porque foi
determinada em relação ao formato do dente (Fig. 30-96).
FIGURA 30-96
FIGURA 30-97
FIGURA 30-98
3. Uma moldeira a vácuo sobre a dentadura é inserida na boca, e um registro de
mordida feito (Fig. 30-99).
FIGURA 30-99
5. Os pilares são inseridos no interior dos corpos dos implantes (Fig. 30-101).
FIGURA 30-101
7. Uma radiografia confirma que os pilares estão completamente assentados (Fig. 30-
103).
FIGURA 30-103
9. Uma moldagem é feita dos pilares usando a moldeira a vácuo como uma guia
personalizada (Fig. 30-105).
FIGURA 30-105
FIGURA 30-107
FIGURA 30-110
FIGURA 30-112
17. A prótese provisória é feita seguindo as diretrizes da moldeira a vácuo (Fig. 30-113).
FIGURA 30-113
FIGURA 30-114
19. Os orifícios dos parafusos dos pilares são obliterados após os parafusos serem
apertados com 35 Ncm (Fig. 30-115).
FIGURA 30-115
FIGURA 30-116
21. As próteses provisórias são cimentadas com um cimento sem eugenol (Fig. 30-117).
FIGURA 30-117
FIGURA 30-118
24. O trabalho metálico é projetado para que nenhuma região tenha mais de 2 mm de
espessura de porcelana (Fig. 30-120).
FIGURA 30-120
26. A fundição é feita, e cera branca anterior e blocos de mordida posteriores são
adicionados (Fig. 30-122).
FIGURA 30-122
27. Imagem do corpo de prova da fundição e de cera branca anterior (Fig. 30-123).
FIGURA 30-123
FIGURA 30-124
FIGURA 30-126
FIGURA 30-128
FIGURA 30-130
FIGURA 30-132
Resumo
Próteses totais superiores podem ser tão previsíveis quanto reabilitações mandibulares
quando considerações biomecânicas específicas para a maxila são incorporadas ao
plano de tratamento. Em geral, isso requer implantes em maior número e maior
consciência dos princípios protéticos.
O arco edentado superior parcial ou total é uma ocorrência comum em odontologia.
Próteses sobre implantes são geralmente o tratamento de escolha em comparação a
próteses fixas, próteses parciais tradicionais ou próteses totais. O plano de tratamento
para uma maxila edentada ou pré-maxila parcialmente edentada com vários dentes
ausentes é muitas vezes diferente de uma reabilitação mandibular. Como
consequência, os aspectos únicos do arco incluem a utilização de enxerto mais
frequentemente, mais implantes para substituir os dentes ausentes e tamanhos mais
específicos de implantes.
A sequência do tratamento é específica para a restauração do arco superior e
começa com a posição de dentes anteriores, tanto labial quanto incisal. É seguida pela
DVO, geralmente por meio de medições faciais. Os dentes inferoanteriores são
posicionados com um trespasse vertical de 2 a 4 mm e sem contato anterior em oclusão
cêntrica. O plano posterior nos dentes é definido em relação ao plano de Camper. A
dimensão horizontal é posicionada em relação à fossa mandibular central em uma linha
da cúspide para a lingual do triângulo retromolar. A linha alta labial ativa determina a
altura dos dentes anteriores e situa-se entre 9 e 12 mm. A largura dos dentes está
relacionada com sua determinada altura.
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CAPÍTULO 31
Um implante recebe uma força de impacto maior do que um dente natural, porque
não está rodeado por um complexo periodontal. O fato de o implante ser mais rígido, na
verdade, significa que o sistema implantar recebe forças maiores e apresenta maior
risco biomecânico que os dentes naturais. Lembre-se de que o sistema implantar inclui
a porcelana oclusal na coroa (que pode fraturar), a prótese pode fraturar, o cimento ou
parafuso que mantém a prótese pode descolar ou afrouxar, o parafuso do pilar que
contém os componentes pode soltar, a crista óssea marginal pode ser perdida por
sobrecarga patológica, a completa interface implante/osso pode resultar em mobilidade
e perda, um intermédio para uma posterior peri-implantite pode resultar em maus
resultados estéticos, e os componentes do implante podem fraturar (Quadro 31-2).
A largura de quase todos os dentes naturais é maior que a dos implantes utilizados
para substituir os dentes (Fig. 31-5). Quanto maior a largura de uma estrutura
transosteal (dente ou implante), menor a grandeza da tensão transmitida ao osso
circundante.17 Molares têm maiores dimensões que os pré-molares (maiores forças de
mordida na região de molares), e os molares da maxila têm maior área de superfície
radicular que as contrapartes mandibulares para compensar a diferença no osso
circundante quanto à densidade e à forma. O tamanho do implante é muitas vezes
polarizado opostamente aos dentes naturais; ele é frequentemente decidido pelo
volume de osso existente, em vez de ser pela quantidade e direção da força. Assim, os
implantes de maior tamanho (área de superfície) são muitas vezes instalados na
mandíbula anterior, seguido pela região anterior da maxila, da mandíbula posterior; os
implantes de menor porte são muitas vezes instalados na maxila posterior.
Oclusão Implantoprotegida
Um esquema oclusal adequado é um requisito primordial para a sobrevivência
implantoprotética a longo prazo, especialmente quando uma parafunção ou uma
fundação limítrofe está presente. Um esquema oclusal pobre aumenta a magnitude de
cargas e intensifica a tensão mecânica (e a deformação) direcionada ao sistema de
implantes. Esses fatores aumentam a frequência de complicações na prótese e no osso
de suporte. Perda da crista óssea pode levar a uma profundidade anaeróbia de sulco e
estado de doença peri-implantar. Essas condições podem também causar recessão do
tecido, perda de papilas interdentais e pobres condições estéticas. Todas essas
complicações podem ser causadas por tensão mecânica como resultado das cargas
oclusais (funcionais ou parafuncionais).
O conceito de oclusão implantoprotegida (OIP) refere-se a um plano oclusal
especificamente concebido para a restauração de implantes endosteais,
proporcionando um ambiente para complicações biomecânicas reduzidas e maior
longevidade clínica tanto para o implante quanto para a prótese.32,33 A racionalidade
para este conceito biomecânico foi publicada pelo autor, após longo período de estudos
de avaliação clínica e biomecânica (e era originalmente chamada medialmente-
posicionada, oclusão lingualizada).34 Esse conceito foi especificamente concebido
para próteses fixas em pacientes edentados parciais ou totais. Considerações clínicas
para esse conceito são desenhadas a partir de conceitos básicos de próteses,
princípios biomecânicos do osso e análises de elementos finitos para reduzir cargas
oclusais nocivas e estabelecer uma filosofia oclusal consistente.
A meta principal de um esquema oclusal é manter a carga oclusal que foi transferida
para o sistema de implantes dentro dos limites fisiológicos e biomecânicos de cada
paciente. Esses limites não são idênticos para todos os pacientes ou próteses. As
forças geradas por um paciente são influenciadas por faixas de parafunção, dinâmica
da mastigação, posição do implante e localização no arco, formato de arco e altura da
coroa. A filosofia do plano de tratamento para implantes dentais varia grandemente e
depende desses vários parâmetros. O implantodontista pode direcionar esses fatores
de força selecionando melhor a posição adequada, número e tamanho de implantes,
aumentando a densidade óssea quando necessário pelo carregamento gradual do osso
e selecionando o esquema oclusal adequado usando elementos de design para aliviar
a tensão.
A posição de implantes e dentes naturais, o número, o tamanho e o desenho de
próteses produzem uma infinidade de combinações possíveis. No entanto, podem ser
estabelecidos padrões oclusais consistentes. As diretrizes a seguir são utilizadas para
restaurar próteses fixas implantossuportadas. Um conceito oclusal ligeiramente
diferente do autor é apresentado para próteses totais ou próteses removíveis tipo 5
(PR-5) tipo sobredentaduras (suporte em implantes e tecidos moles) e é chamado
medialmente-posicionado, oclusão lingualizada (Cap. 33).
Os princípios do OIP para próteses fixas tratam de várias condições para diminuir a
tensão no sistema de implantes, incluindo a oclusão existente, ângulo entre o corpo do
implante e a carga oclusal, ângulo das cúspides de coroas dos implantes, articulação
mutuamente protegida, cantiléver ou cargas deslocadas, altura da coroa, contorno da
coroa, posição dos contatos oclusais, momento dos contatos oclusais e proteção dos
componentes mais fracos (Quadro 31-3).
Como regra geral, quanto mais dentes substituídos ou restaurados, mais provável
será que o paciente seja restaurado em OC. Por exemplo, se uma mandíbula totalmente
edentada está sendo restaurada com uma prótese fixa implantossuportada, a OC
fornece consistência e reprodutibilidade entre o articulador e a condição intraoral. As
pequenas alterações na dimensão vertical de oclusão (DVO) e sua relação com a
posição dos pilares de implantes anteriores para o sentido da força podem ser
estudadas e implantadas no articulador, sem a necessidade de gravar uma nova
posição vertical de oclusão no paciente. Por outro lado, quando um dente anterior está
sendo substituído, a posição MI existente é muitas vezes satisfatória para restaurar o
paciente, embora uma interferência posterior e deslize anterior em interdigitação
completa possam estar presentes (com pouca variação clínica das condições ideais).
No entanto, em um paciente parcialmente edentado, a oclusão existente deve ser
avaliada para determinar se condições nocivas estão presentes.
Uma carga axial ao longo do eixo do corpo de um implante gera menos tensão global
e uma maior proporção da tensão de compressão em comparação com uma força
angular. Quando um corpo de implante é carregado no seu eixo longitudinal, uma força
de 100 N resulta do componente de força axial de 100 N, e nenhum componente de
força lateral é observado. Portanto, o corpo do implante deve ser posicionado
perpendicular às curvas de Wilson e Spee, justamente como os dentes naturais.
A maioria das variações anatômicas do osso (p. ex., concavidades ósseas) situa-se
no aspecto facial e influencia a inclinação do corpo do implante. Um corpo de implante
pode ser posicionado com um ângulo de 15 graus para evitar uma concavidade facial e,
por conseguinte, é posicionado a 15 graus da direção da carga oclusal. Esse implante,
apesar da angulação, pode ser restaurado durante a reconstrução protética com um
pilar angulado de 15 graus. Do nível de crista do rebordo ao plano oclusal, o pilar do
implante é semelhante a um corpo de um implante axial. Assim, o técnico de laboratório
e o dentista restaurador, muitas vezes, tratam o implante angulado e o implante axial de
maneira semelhante. No entanto, em um corpo de implante em ângulo de 15 graus, a
carga para o osso facial aumenta em 25,9% quando comparado com uma carga axial32
(Fig. 31-14). Se o implantodontista colocar o corpo do implante com 30 graus de
angulação, o componente de força bucal de qualquer carga oclusal vai resultar em um
aumento de 50% da carga aplicada ao osso facial.32
Na análise de elemento finito, quando a direção da força altera para uma carga mais
inclinada ou horizontal, a magnitude da tensão é aumentada em três vezes ou
mais.51,52 Além disso, em vez de se ter primariamente um tipo de força de
compressão, os componentes de tração e de cisalhamento aumentam mais de 10 vezes
em comparação com a força axial. Em um bloco fotoelástico com implantes instalados, é
possível observar os contornos de tensão no osso (Fig. 31-18). Os implantes
carregados axialmente têm menos tensão no sistema (lado esquerdo e inferior direito
da figura). O implante mais inclinado tem linhas de tensão indicando cargas maiores
(implante superior direito).
FIGURA 31-18 Um estudo fotoelástico de implantes opostos em
uma maxila e mandíbula. Um dos corpos de implante maxilar está
angulado em relação à direção da carga. O número de linhas de
contorno de tensão no material é semelhante para os três
implantes com carga ao longo eixo. As linhas de contorno de
tensão estão aumentadas no corpo do implante angulado.
Tabela 31-2
Resistência da Cortical Óssea Relacionada com Ângulo de Carga
De Reilly DT, Burstein AH: The elastic and ultimate properties of compact bone tissue, J
Biomech 80:393-405, 1975.
Barbier e Schepers avaliaram histologicamente, em cães, implantes carregados no
longo eixo e implantes carregados fora do eixo.57 Os implantes carregados no longo
eixo tinham osso lamelar na interface. O osso lamelar é mineralizado e organizado,
sendo chamado de osso de suporte de carga na ortopedia. Os implantes carregados
fora do eixo tinham osso trançado na interface. Osso trançado é osso de reparo; ele é
menos mineralizado, mais desorganizado e mais fraco que o osso lamelar (Fig. 31-19).
Assim, as maiores tensões no osso com carga fora do eixo podem fazer com que o
osso se repare e, portanto, tenha maior risco de sobrecarga e reabsorção.
O contato oclusal ao longo de apenas uma das cúspides anguladas resulta em uma
carga inclinada para o sistema do implante, mesmo quando este não é prematuro a
outros contatos oclusais (Fig. 31-26). A magnitude da força é minimizada quando o
contato oclusal angulado não é um contato prematuro, mas, em vez disso, é uma carga
uniforme ao longo de vários dentes ou implantes. No entanto, a carga em cúspide
angulada aumenta a tensão de tração e de cisalhamento resultante sem qualquer
benefício observável. Assim, não se ganha vantagem, mas se aumenta o risco
biomecânico (p. ex., aumento do afrouxamento do parafuso do pilar, fratura da
porcelana e queda da restauração).
FIGURA 31-26 O plano da cúspide vestibulomandibular está
ocluindo com o plano lingual da cúspide maxilar. Um contato
oclusal em um ângulo cuspídeo transmite uma carga angular para
o corpo do implante.
O contato oclusal de uma coroa sobre implante, portanto, deve ser idealmente em
uma superfície lisa perpendicular ao corpo do implante. Esta posição do contato oclusal
geralmente é realizada pelo aumento da largura da fossa central para 2 a 3 mm em
coroas sobre implantes posteriores, que são posicionadas ao longo do meio do pilar do
implante. A cúspide antagonista é recontornada para ocluir com a fossa central da
coroa sobre implante diretamente sobre o corpo do implante (Fig. 31-27). Em outras
palavras, o técnico de laboratório deve identificar o meio do corpo do implante e, em
seguida, fazer uma fossa central de 2 a 3 mm de largura, ao longo desta posição
paralela às curvas de Wilson e Spee (Fig. 31-28). Os contornos bucal e lingual da coroa
podem então ser estabelecidos (reduzidos na vestibular na região posterior da
mandíbula e na lingual da maxila). O dente antagonista pode requerer recontorno de
uma cúspide oposta para ajudar a direcionar a força oclusal ao longo eixo do corpo do
implante.
FIGURA 31-27 Uma coroa sobre implante posterior deve ter uma
fossa central mais larga e perpendicular ao corpo do implante e
paralela ao plano oclusal. A cúspide do dente antagonista deve
ser modificada para ocluir com a fossa central alargada.
A condição clínica que, por vezes, causa confusão é o esquema oclusal para um
implante unitário substituindo um canino maxilar. O canino maxilar que falta é o indicado
para a coroa sobre implante único. O incisivo lateral é o dente anterior mais fraco, e o
primeiro pré-molar é, muitas vezes, o posterior. Assim, esses pilares não são grandes
candidatos para próteses de três elementos, especialmente porque as forças laterais
seriam concentradas no pré-molar.
O mecanismo proprioceptivo do canino natural em blocos de excursões bloqueia
quase 2/3 da atividade dos músculos masseter e temporal e diminui a força de mordida
quando os dentes posteriores desocluem.62 Um canino anestesiado gera uma
contração de mais massa muscular em ambos – apertamento e excursão lateral – em
comparação com o mesmo paciente antes da anestesia.71 Assim, o complexo do nervo
do ligamento periodontal dos caninos naturais ajuda a diminuir a força em excursões.
A propriocepção de caninos naturais anestesiados foi comparada com a de um
implante.72 Há uma propriocepção transmitida através do osso a partir de um implante,
mas em uma intensidade reduzida em relação à de um dente natural. Uma oclusão
mutuamente protegida ainda é benéfica quando um único canino é restaurado com um
implante. Em outras palavras, uma maior redução nas forças laterais ocorre quando
uma raiz do dente natural anterior está envolvida na excursão, em comparação com
uma coroa sobre implante, mas esta também pode diminuir a força e é melhor que um
pôntico na posição de canino. Além disso, o mecanismo de alavanca classe 3 da
posição canina ainda é capaz de reduzir a força de excursões quando os dentes
posteriores não entram em contato.
Nenhum contato oclusal ocorre em uma coroa unitária sobre implante na posição do
canino durante as excursões mandibulares para o lado oposto. Durante a protrusão, a
ausência de contato tambem é ideal. Se um contato for necessário, o ajuste oclusal é
realizado de modo que, durante uma força de mordida leve, não haja contato oclusal na
coroa do implante. Sob uma força de mordida pesada em movimentos protrusivos, a
coroa sobre implante na região do canino pode entrar em contato.
A oclusão durante a excursão de trabalho para a coroa sobre o implante em canino é
particularmente preocupante. O dentista deve fazer uma tentativa de incluir um dente
natural nas excursões laterais porque os dentes têm maior propriocepção que os
implantes. Para criar um esquema de articulação mutuamente protegida, um incisivo
lateral é preferível porque este está mais longe da ATM. Assim, com uma excursão de
trabalho lateral leve, o incisivo lateral obstrui primeiro e move 97 μm (quando em
saúde), e depois a coroa sobre implante na região do canino contata o antagonista e
ajuda na desoclusão dos dentes posteriores. Durante uma excursão lateral vigorosa, o
incisivo lateral e a coroa sobre implante contatam com magnitudes semelhantes
(Fig. 31-35). No entanto, em pacientes classe II de Angle esquelética, divisão 1, o
primeiro pré-molar pode precisar ser incluído no processo de excursão, em vez do
incisivo lateral, porque o trespasse horizontal pode ser excessivo.
FIGURA 31-35 A, Um canino maxilar direito é reabilitado com um
implante. Este paciente é classe II, divisão 2, e, portanto, tem
trespasse vertical profundo. Uma guia incisal íngreme leva a uma
força maior do que uma guia incisal rasa, o que deve ser o motivo
pelo qual o canino fraturou após terapia endodôntica. B, A
excursão mandibular é avaliada primeiramente com uma leve
força de mordida, e após com uma força mais pesada.
Idealmente, o incisivo lateral deve contatar primeiro e depois o
canino. Além disso, o contato no primeiro pré-molar deve ser
eliminado para diminuir a força direcionada ao implante.
Pelo fato de o cimento e os parafusos serem mais fracos para cargas de tração, o
pilar do implante mais distante do cantiléver muitas vezes cai, resultando no pilar fulcro
carregando a carga inteira. Uma vez que o implante é mais rígido que o dente, atua
como um fulcro com maior transferência de força. Um cantiléver de um implante
apresenta um risco mais elevado que um cantiléver de dente (Fig. 31-37). Como
consequência, perda da crista óssea, fratura e perda do implante são frequentemente
observadas. Em resumo, os cantiléveres aumentam a quantidade de tensão para o
sistema de implante.
FIGURA 31-37 A, Um dente tem mais mobilidade que um
implante. Desta forma, um implante como fulcro transmite mais
forças de tração e cisalhamento do cantiléver ao pilar do que um
dente. B, O cantiléver mesial causou falha do cimento no molar
distal. Assim, o implante atuou como fulcro, suportou toda a carga
e falhou.
Quanto maior a força sobre o cantiléver, ainda maiores serão as forças sobre os
implantes, porque o cantiléver é uma força multiplicadora. Por isso, as cargas
parafuncionais são particularmente perigosas para a sobrecarga biomecânica. Quanto
maior o comprimento do cantiléver, maior será a sua superioridade mecânica e maiores
serão as cargas sobre os implantes. Quanto menor a distância entre os implantes,
maior será a superioridade mecânica e maior será a tensão no sistema de implante
(Fig. 31-38). A força no cantiléver também varia de acordo com o número de
implantes.73,74 Cantiléveres são conhecidos como causadores de ocorrências
biomecânicas no implante e perda de componente de prótese, em especial da falha dos
parafusos de fixação da prótese ou queda de próteses cimentadas. Um estudo clínico
de Lundquist et al. também correlacionou o aumento de comprimento de cantiléveres
com a perda da crista óssea ao redor dos implantes.75
FIGURA 31-38 A, Radiografia panorâmica de uma prótese fixa
maxilar e mandibular. A restauração mandibular está em
cantiléver a partir de implantes posicionados entre os forames
mentonianos. B, Uma cefalometria lateral demonstra que a
distância anteroposterior (A-P) dos implantes é de
aproximadamente 6 mm. A prótese apresenta um cantiléver mais
de 4 vezes maior que a distância A-P. A carga posterior oclusal é
multiplicada mais de 4 vezes para os implantes anteriores e os
implantes mais distais recebem a soma total das cargas. Além
disso, o arco oposto é implantossuportado e com menos
propriocepção e forças de mordida maiores que os dentes
naturais. Todos esses fatores de risco tornam a restauração
mandibular menos previsível. O cantiléver e os contatos oclusais
posteriores devem ser reduzidos, um protetor noturno com
contatos anteriores deve ser confeccionado e trocas dos
parafusos protéticos preventivas devem ocorrer anualmente.
O objetivo do OIP com relação ao cantiléver é reduzir a tensão nos pônticos em
balanço e aumentar a tensão entre ou sobre os pilares de implantes. Para reduzir a
quantidade de força que é multiplicada pelo cantiléver, a força de contato oclusal pode
ser reduzida na porção em balanço da prótese.
Um gradiente de força que diminui gradualmente a força de contato oclusal ao longo
do comprimento do cantiléver é benéfico. Além disso, não é aplicada carga lateral na
porção da prótese em cantiléver (seja na região posterior ou anterior). Embora as
forças de oclusão durante a função mastigatória possam não ser significativamente
alteradas por esta técnica, forças parafuncionais (que são as mais prejudiciais) são
significativamente reduzidas com um gradiente de ajuste da força oclusal.
Implantes com formas de raiz mais largas podem aceitar uma ampla gama de
contatos verticais de oclusão, enquanto ainda transmitir forças menores no sítio
permucoso sob cargas deslocadas. Corpos de implantes estreitos são mais vulneráveis
à largura da mesa oclusal e cargas deslocadas. Portanto, em OIP, a largura da mesa de
oclusão está relacionada diretamente com a largura do corpo do implante.33
O técnico de laboratório, muitas vezes, tenta fabricar uma coroa sobre implante com
contornos faciais e linguais oclusais semelhantes aos dentes naturais. Quando não for
na zona estética, a coroa sobre implante posterior deve ter uma largura oclusal
reduzida em comparação com um dente natural. Uma mesa ampla oclusal favorece
contatos de compensação durante a mastigação ou parafunção. Quanto mais estreito o
contorno oclusal de uma coroa sobre implante, menor o risco de fratura da porcelana.
Um perfil facial no implante de menor diâmetro (p. ex., 10 mm do dente contra 4 a 6 mm
do implante) semelhante ao de um dente natural resulta em materiais restauradores em
balanço. Este contorno da coroa em cantiléver é muitas vezes concebido no colo de um
pôntico sobre o rebordo de uma prótese parcial fixa (Fig. 31-43). Na maioria das vezes,
a porcelana facial não é suportada por uma infraestrutura de metal, porque a região
gengival da coroa é também de porcelana. Como resultado, forças de cisalhamento
resultantes são aplicadas na cúspide vestibular de uma coroa na mandíbula ou na
cúspide lingual de uma coroa na maxila, sendo estas situações mais propícias a um
aumento no risco de fratura da porcelana. Este risco é agravado ainda mais pela força
de impacto maior em pilares sobre implantes quando comparada com a sobre os dentes
naturais. Os contornos da coroa estendidos não só aumentam as cargas deslocadas,
mas também resultam em um sobrecontorno sobre o rebordo ou extensão da porcelana
na margem gengival facial do pilar do implante (Fig. 31-44). Como resultado, os
cuidados com a higiene na região sulcular do implante são prejudicados pelo design da
coroa sobrecontornado. O fio dental ou a sonda podem passar sob o sobrecontorno e
sobre o rebordo até a margem gengival livre, mas não conseguem entrar no sulco
gengival. Assim, a higiene diária é quase impossível de ser realizada. A mesa oclusal
posterior estreita facilita a manutenção sulcular diária. Deste modo, uma mesa com
oclusal estreita combinada com um reduzido contorno bucal (na região posterior da
mandíbula) facilita os cuidados diários, melhora a carga axial, e diminui o risco de
fratura da porcelana. No entanto, na zona de estética, o desenho de um sobrecontorno
sobre o rebordo pode ser necessário para restaurar o implante, em vez de removê-lo,
realizar enxerto ósseo e substituir o mesmo.
A coroa sobre implante mandibular deve ser reduzida na região bucal e a coroa na
região da maxila deve ser reduzida em sua parte lingual; assim, a carga deslocada é
reduzida. O contorno vestibular reduzido na região posterior da mandíbula não tem
nenhuma consequência na possibilidade de causar mordidas na bochecha porque a
sobressaliência horizontal bucal é mantida (e aumentada). O contorno lingual da coroa
sobre implante mandibular é semelhante a de um dente natural (Fig. 31-46). Isso
permite a existência de uma sobressaliência horizontal e empurra a língua para fora do
caminho durante contatos oclusais (assim como nos dentes naturais). Tal como
acontece com o dente natural, a cúspide lingual nao tem nenhum contato oclusal.
A posição ideal funcional para o implante posterior maxilar está sob a fossa central,
quando a região cervical não está na zona estética. Por isso, a cúspide lingual estará
em equilibrio similarmente à cúspide vestibular do implante posterior em mandíbula.
Portanto, o contorno lingual reduzido reduz o deslocamento de cargas para a região
lingual (Fig. 31-49).
Quando os dentes posteriores superiores estão fora da zona estética, a coroa pode
ser concebida em mordida cruzada (Fig. 31-52). A sobressaliência lingual impede que o
paciente morda a língua; a sobressaliência bucal (a partir do dente mandibular) impede
que ele morda a bochecha, o implante é carregado axialmente pela cúspide lingual da
mandíbula e, dessa forma, a higiene é melhorada (Fig. 31-53).
FIGURA 31-52 Quando os implantes posterossuperiores são
instalados nas divisões B a D de volume ósseo, fora da zona
estética, a coroa sobre implante muitas vezes é restaurada em
mordida cruzada posterior. A sobressaliência horizontal lingual
maxilar impede mordedura da língua, a sobressaliência
mandibular vestibular impede a mordedura da bochecha e o
contato oclusal primário está na fossa central sobre o corpo do
implante. B, bucal; L, lingual.
FIGURA 31-53 A, Os implantes do primeiro e segundo molar da
maxila foram instalados sob a posição da cúspide lingual do
dente natural. B, As coroas sobre implantes dos molares
superiores são restauradas em mordida cruzada, porque estão
fora da zona estética alta do sorriso.
Movimento Vertical
O movimento (primário) brusco inicial do dente varia de 8 a 28 μm na direção vertical,
sob uma carga de 3 a 5 kg, dependendo do tamanho, do número, da geometria das
raízes e do tempo decorrido desde a última aplicação da carga.19,20 Este movimento
do dente tem sido chamado de movimento “primário” e é um resultado do movimento
dentro do complexo periodontal. Um implante não tem movimento vertical inicial ou
primário. Um implante com uma força de mordida pesada pode mover apicalmente até
5 μm. Após a ocorrência do movimento inicial do dente, o movimento secundário inicia
durante uma carga maior, refletindo a propriedade viscoelástica do osso circundante. O
movimento vertical secundário é mínimo e pode aproximar-se de 3 a 5 μm para um
dente natural (Fig. 31-62).
FIGURA 31-62 O movimento vertical fisiológico de um dente
natural é de 28 μm com uma força leve (F). Um implante tem até
5 μm de movimento vertical, mas necessita de uma carga pesada
oclusal.
Após o equilíbrio com uma força de mordida leve ser completado, o paciente aplica
uma força de oclusão mais pesada e range sobre o papel articular (Fig. 31-65). Um
papel de articulação plástico é benéfico, de modo que o “papel” não vai rasgar durante
a força de mordida pesada e o ranger dos dentes (p. ex., 20 μm, Accufilm®; Parkell,
Farmingdale, NY). O ponto de contato oclusal na coroa sobre implante deve
permanecer axial ao longo do corpo do implante e deve ser de intensidade semelhante
na coroa sobre implante e nos dentes adjacentes. Quando maiores forças de mordida
são usadas, todos os elementos da oclusão reagem de forma semelhante sob carga
oclusal pesada. Assim, para harmonizar as forças oclusais entre implantes e dentes, o
dentista avalia o ajuste da força oclusal da mordida pesada, porque esta deprime os
dentes naturais, posicionando-os para mais perto da posição do implante e, portanto,
possibilita a partilha equitativa da carga oclusal.33
FIGURA 31-65 A coroa sobre implante do primeiro molar é
avaliada com uma força de mordida pesada durante os
movimentos de rangimento (especialmente em um paciente com
parafunção). A coroa sobre implante neste paciente precisa ser
ajustada porque as marcas oclusais sobre as cúspides linguais e
crista marginal serão cargas deslocadas.
Movimento Horizontal
O movimento lateral inicial de dentes anteriores saudáveis é de 68 a 108 μm antes da
movimentação dentária secundária, ou duas a quatro vezes mais que o seu movimento
apical20 (Fig. 31-4). Movimentos horizontais (laterais) do implante não são imediatos e,
com forças mais pesadas, variam de 10 a 50 μm 21 (Fig. 31-67). Portanto, os dentes
anteriores apresentam até mesmo maiores diferenças nos movimentos laterais em
comparação com implantes do que os dentes posteriores. Assim, segue-se um cenário
de equilíbrio semelhante quando os implantes anteriores e dentes não são conectados
e desocluem a dentição posterior durante excursões mandibulares.
FIGURA 31-67 Quando um aumento de carga progressivo é
aplicado a um dente (superior esquerdo) e um implante (superior
direito), a amplitude de movimento é completamente diferente. O
dente (canto inferior esquerdo) move-se imediatamente sob muito
pouca força (movimentação dentária primária). À medida que a
intensidade da força é aumentada gradualmente, o dente se
desloca gradualmente (movimentação dentária secundária). O
movimento dentário primário resulta do ligamento periodontal. O
movimento dentário secundário resulta do movimento
osseodentário. O implante segue um movimento gradual que
aumenta com a força gradualmente. O movimento é semelhante
ao movimento secundário do dente. O ajuste oclusal dos
implantes e dentes no mesmo arco deve compensar a
movimentação dentária primária, que é repentina e varia de 56 a
108 μm em uma dimensão horizontal. O contato oclusal leve
avalia a movimentação dentária primária. O equilíbrio do contato
oclusal pesado avalia o movimento dentário secundário e
considera o leve movimento do implante.
Para seguir a teoria do componente mais fraco, quando pônticos estão em balanço
em ambos os arcos, eles devem, idealmente, se opor ao outro. No entanto, cantiléveres
posteriores no arco superior são menos indicados que na mandíbula. Quando implantes
posteriores maxilares apoiam dentes anteriores em balanço e implantes anteriores
mandibulares suportam os dentes posteriores em cantiléver, os esquemas oclusais não
podem minimizar as forças em ambos. Neste cenário, o componente mais fraco é
geralmente a maxila anterior, e uma força reduzida nesta região seria apropriada.
Pônticos mandibulares em balanço opostos a implantes maxilares podem ser
considerados uma situação melhor que a inversa. Uma prescrição de laboratório
detalhada indica contornos de coroa sobre implante e contatos oclusais primários para
prótese sobre implante (Fig. 31-72).
FIGURA 31-72 A folha de laboratório desenvolvida por Peter
Dawson e Carl Misch permite ao dentista orientar o contorno da
coroa sobre implante e contatos oclusais primários. Uma forma
separada para coroas sobre implantes posteriores da maxila e da
mandíbula ajuda o técnico de laboratório a projetar a prótese. A a
C, Coroas maxilares. D, Coroas mandibulares.
Osso Divisão B
Na divisão B óssea, os implantes são posicionados mais para a cúspide lingual da
posição do dente natural. Como resultado, a vestibular das coroas mandibulares é
ainda mais reduzida evitando contatos oclusais deslocados. O contato oclusal primário
em um dente natural posterior da maxila oposto é a cúspide lingual, que é reformulado
para carregar o implante axialmente. A cúspide vestibular da coroa sobre um implante
mandibular é localizada na direção da fossa central do dente natural. A coroa sobre
implante mandibular medialmente posicionada na divisão B tem uma fossa central, que
é mais lingual que no dente natural. O contorno lingual da coroa é semelhante ao do
dente natural e com sobreposição horizontal adequada com o dente oposto para evitar
mordidas na língua.
O implante mandibular posterior, eventualmente, pode estar angulado lingualmente
para evitar a invasão da fóvea submandibular. Como resultado, um pilar angulado e
uma emergência lingual reta são utilizados para minimizar o volume lingual da
restauração. Sob essas condições, um enxerto para o aumento do rebordo da
mandíbula divisão B pode ser necessário moderando os fatores de tensão e
melhorando a posição do implante e a orientação da prótese.
Em uma situação de divisão B do osso maxilar, o implante é instalado mais para a
região da cúspide palatina do dente natural original. A mesa oclusal maxilar nem
sempre pode ser reduzida a partir do aspecto vestibular por razões estéticas; por
conseguinte, a cúspide vestibular é compensada em direção vestibular, mas deixada
completamente fora de oclusão (como acontece com os dentes naturais) em OC e
durante todas as excursões mandibulares. A cúspide vestibular do dente natural oposto
é recontornada em largura e altura para reduzir as cargas deslocadas para a coroa
sobre o implante maxilar. O ângulo da cúspide palatina é reduzido e uma área plana,
paralela ao plano de oclusão, sobre o pilar do implante é projetada na coroa. O contato
oclusal primário em oclusão RC é feito pela cúspide maxilar palatina sobre o corpo do
implante e a região central da fossa do dente natural mandibular. Um aumento ósseo
para a colocação de implantes mais largos é mais indicado na maxila que na mandíbula,
devido à menor densidade óssea e pelo fato de a prótese precisar substituir o contorno
estético da coroa no aspecto bucal.
Na presença da divisão B óssea em ambos os arcos edentados, as próteses
superiores e inferiores são semelhantes ao descrito na situação anterior. No entanto, a
colocação de cargas axiais em ambos os arcos geralmente não é possível, e o implante
mais fraco relaciona-se com a densidade óssea, largura ou tipo de prótese (fixa versus
removível), determinando os requisitos de carga axial por participar do arco mais
vulnerável.
Maxilas Divisão C e D
Algumas vezes, a atrofia do rebordo maxilar das divisões ósseas de A a C ou D resulta
em uma crista maxilar sob a posição da ponta da cúspide lingual maxilar. Um enxerto no
seio restaura a quantidade de altura óssea, mas não reposiciona o rebordo residual
reabsorvido. Como consequência, o implante pode ser instalado sob a cúspide lingual
do dente maxilar.
Quando os dentes naturais mandibulares se opõem a coroas sobre implantes
maxilares, as cúspides vestibulares dos dentes inferiores naturais (ou coroas sobre
implantes) devem ser redesenhadas para minimizar as cargas deslocadas em oclusão
de RC. Então, o dentista pode manter a cúspide maxilar vestibular para estética, mas
reduzir a mesa oclusal funcional.
Em regiões estéticas posteriores da maxila (linha cervical alta do lábio durante o
sorriso), uma mesa oclusal mais ampla é necessária para o bom contorno e estética
facial. Um enxerto ósseo para aumentar a largura pode ser necessário nessas zonas
estéticas, juntamente com a colocação de um implante de maior diâmetro para permitir
o restabelecimento dos contornos cervicais e vestibulares, com os perfis emergentes
corretos para proporcionar estética e capacidade de manutenção. Idealmente, o
dentista posiciona a plataforma do implante entre a cúspide vestibular e a fossa central,
com um perfil emergente semelhante à posição de um implante anterior.
Áreas não estéticas como a metade distal do primeiro molar e o segundo molar
podem muitas vezes ser restauradas em mordida cruzada quando estas condições
existem para melhorar a direção das forças. O implante é instalado, de preferência
nesses casos, diretamente sobre a cúspide lingual do dente mandibular. Contatos
oclusais sobre o corpo do implante estarão localizados na fossa central alargada da
coroa maxilar. A sobreposição horizontal lingual maxilar é projetada para a proteção da
língua. A cúspide vestibulomandibular é mais vestibular que a cúspide vestibulomaxilar
para a proteção contra mordidas da bochecha.
Conclusão
O corpo do implante deve ser carregado em uma direção axial. Em uma divisão A do
rebordo maxilar, o implante pode ser instalado entre a região da fossa central e a
cúspide vestibular dos dentes naturais. A cúspide vestibular do dente natural no arco
inferior é a de oclusão dominante. O contorno palatino da coroa sobre implante maxilar
posterior é reduzida para eliminar cargas deslocadas. A posição da cúspide
vestibulomaxilar deve permanecer semelhante à do dente original para a estética
adequada e deve permanecer fora da oclusão em RC e todas as excursões
mandibulares. Quando mais reabsorção ocorre e o rebordo evolui da divisão do osso B
para C, a cúspide palatina maxilar pode tornar-se a área de contato primário, situada
diretamente sobre o corpo do implante. O ângulo da cúspide palatina é reduzido, e uma
área de contato é criada diretamente sobre o pilar do implante. Assim, os contatos
oclusais diferem dos de um dente natural.
Na divisão A do osso mandibular, o implante está localizado debaixo da fossa central,
mas na divisão B, o implante está localizado mais perto da região da cúspide lingual do
dente natural preexistente. Em outras palavras, os implantes endosteais mandibulares
são sempre posicionados em uma direção mais medial que as cúspides vestibulares
originais dos dentes naturais. Todos os contatos oclusais estão em uma fossa central
alargada e, muitas vezes, mais medial que aquelas em dentes inferiores naturais.
Na maxila edentada, uma prótese total pode ser fabricada em peça única. No
entanto, o dentista pode optar por colocar duas fixações rígidas (Pin Des Marets) distais
aos caninos. Isso mantém a biomecânica de um arco, ainda que a prótese possa ser
removida em três secções para facilitar a gestão da queda de uma restauração por
falha na cimentação ou fratura da porcelana. As forças laterais anteriores geradas
durante as excursões devem ser distribuídas apenas aos dentes anteriores. No entanto,
uma estrutura em peça única rígida distribui uma pequena força para alguns implantes
posteriores. Sete a 10 implantes na maxila, na maioria das vezes, são necessários para
uma prótese com 12 unidades fixas opostas a uma dentição fixa em dentes ou
implantes com fatores de tensão moderados a graves. Os implantes posteriores são
mais críticos na maxila para eliminar cantiléveres posteriores e aumentar a distância
implantar anteroposterior, o que diminui ainda mais a tensão para os implantes na
região anterior da maxila.
Resumo
Qualquer estrutura de engenharia complexa normalmente irá falhar em seu elo mais
fraco e estruturas de implantes dentais não são exceções. Assim, todas as decisões de
planejamento de tratamento para OIP devem ser baseadas em uma análise cuidadosa,
visando (1) identificar o elo mais fraco na restauração total e (2) estabelecer sistemas
de oclusão e prótese para proteger este componente da estrutura.
As considerações oclusais locais em implantodontia incluem as forças transosteais, a
biomecânica do osso, a biomecânica básica, as diferenças entre dentes naturais e
implantes, os músculos de mastigação e força oclusal e a reabsorção óssea. A
incorporação desses fatores leva a um esquema oclusal (OIP) desenvolvido pelo autor.
Neste capítulo, considerações clínicas são desenhadas a partir de conceitos
protéticos básicos, princípios biomecânicos ósseos e análises de elementos finitos para
reduzir as cargas oclusais nocivas e estabelecer uma filosofia oclusal consistente. O
conceito OIP indica várias condições para diminuir a tensão no sistema do implante,
incluindo o ângulo entre o corpo do implante e a carga oclusal, o ângulo das cúspides
das coroas, a articulação mutuamente protegida, o cantiléver ou distância em balanço,
a altura da coroa, o contorno da coroa, o sincronismo dos contatos oclusais e a
proteção do componente mais fraco. O corpo do implante idealmente deve ser
carregado no longo eixo da força (perpendicular ao plano oclusal). Os contatos oclusais
em regiões posteriores devem ser sobre o implante (na maioria das vezes, na região da
fossa central da coroa). A oclusão mutuamente protegida deve eliminar todas as forças
laterais nas próteses de implantes posteriores. Cantiléveres devem ser eliminados no
edentado total da maxila e pacientes parcialmente edentados de qualquer arco. Quando
a altura da coroa for maior que 15 mm, os cantiléveres na mandíbula edentada devem
ser reduzidos. A sincronia dos contatos oclusais em pacientes parcialmente edentados
deve ser conforme os dentes naturais. O componente mais fraco do sistema deve ser
protegido contra as forças oclusais. Este capítulo combina experiência e princípios
biomecânicos para abordar de forma consistente as considerações oclusais.
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CAPÍTULO 32
Total de Implantes*
Através dos anos, o autor tem avaliado e modificado seu conceito para incorporar
intervalos de tempo, dieta, oclusão, desenhos de prótese e materiais oclusais. Além
disso, foi observado que as perdas precoces de cristas ósseas em tipos de ossos
macios também foram reduzidas com o protocolo de carga gradual.32,33 Este capítulo
apresenta os aspectos da densidade óssea relacionadas com carga progressiva de
uma prótese sobre implante.
Neufeld observou que o osso é o mais denso em torno dos dentes (tábua cribiforme)
e mais denso na crista em torno dos dentes comparado com as regiões em torno dos
ápices45 (Fig. 32-6). A reabsorção óssea alveolar associada à terapia ortodôntica
também ilustra a sensibilidade biomecânica do processo alveolar.46,47 Orban
demonstrou uma diminuição do padrão ósseo trabecular em torno de molares da maxila
sem antagonistas em comparação com dentes com contatos oclusais no lado
contralateral48 (Fig. 32-7).
O osso D1 é principalmente osso cortical denso. O osso D2 tem uma cortical óssea
de densa para porosa na crista e na lateral do sítio do implante. Dentro dessa cortical,
encontra-se um osso trabecular grosso (Fig. 32-10). Os ossos tipo D3 têm uma crista
cortical porosa mais fina e regiões vestibular e lingual, com osso trabecular fino na
região próxima ao implante (Fig. 32-11). O osso D4 tem quase nenhuma cortical na
crista óssea e tábuas ósseas corticais laterais porosas. O osso trabecular fino
compreende quase toda a totalidade do volume do osso próximo ao implante (Fig. 32-
12). A densidade óssea pode ser determinada pela localização geral, sensação tátil
durante a cirurgia ou avaliando uma radiografia computadorizada.
A deformação real percebida pelo tecido ósseo inicia uma reação em cadeia de
eventos que resulta em uma resposta biológica. Cowin e Hegedus propuseram
mecanismos potenciais pelos quais as células ósseas percebiam a carga
mecânica.76,77 Eles sugeriram que as deformações no nível celular eram quase 10
vezes maiores que as deformações no nível tecidual. O mecanismo celular proposto
incluía deformação de membrana e ação intra e extracelular.
As células ósseas e a matriz extracelular comprimem a população celular sensível à
deformação, e cada uma exerce um papel vital na mediação da interface. Uma revisão
da literatura de estudos in vivo e in vitro tem mostrado que a carga cíclica ou dinâmica é
necessária para causar uma mudança metabólica significante na população celular
óssea.78-84 Quanto maior o valor de mudança de deformação aplicada no osso, maior
o aumento da formação óssea.85 O efeito das deformações aplicadas no osso é
determinado não apenas pelo valor de carga aplicada, mas também pela sua magnitude
e duração.
Em outras palavras, a carga protética de um implante dental muda o número e a
densidade das células ósseas. A carga cíclica é necessária para causar uma mudança
metabólica significativa na população de células ósseas. Cargas de magnitude menor
aplicadas por muitas vezes podem causar o mesmo efeito anabólico de cargas maiores
aplicadas por um limitado número de vezes.80 Portanto, uma variedade de condições
clínicas e a carga protética podem se equivaler em aumentar a densidade óssea,
tornando a carga protética uma condição lógica para um implante dental.
Tabela 32-3
Mudanças nos Valores do Periotest® durante a Carga Progressiva
Tabela 32-4
Carga Progressiva versus Cicatrização Longa
De Rotter et al.95
Appleton et al. avaliaram as mudanças no osso perimplantar em resposta à carga
óssea progressiva.96 Um estudo clínico controlado e randomizado foi elaborado para
determinar a efetividade da carga progressiva em coroas sobre implantes unitários em
pré-molares. Em um estudo piloto, 13 implantes cilíndricos com cobertura de
hidroxiapatita foram instalados em 10 pacientes. O grupo controle foi restaurado
imediatamente após 6 meses de cicatrização submersa com uma coroa
metalocerâmica. O grupo experimental foi submetido à carga progressiva com uma
coroa acrílica. O tempo de carga gradual (aumentando o contato oclusal com acrílico a
cada intervalo de tempo) foi de três períodos de 2 meses. Análise de imagens digitais e
radiologia digital de subtração mediram mudanças na perda de crista óssea e na
densidade óssea em torno dos implantes (Fig. 32-23). A média de perda de crista óssea
para os implantes submetidos à carga progressiva foi de 0,13 ± 0,05 mm em 2 meses,
0,18 ± 0,10 mm em 4 meses, 0,24 ± 0,12 em 6 meses, e 0,32 ± 0,16 mm em 12 meses.
O grupo controle teve 0,31 ± 0,08 mm em 2 meses, 0,35 ± 0,13 mm em 4 meses,
0,41 ± 0,22 mm em 6 meses, e 0,47 ± 0,47 mm em 12 meses.
FIGURA 32-23 A, Imagem digital de subtração por cor de um
implante de primeiro pré-molar na maxila. Verde indica aumento
da densidade óssea e vermelho indica perda óssea.91 B, Menor
perda de crista óssea foi observada em um implante que recebeu
carga progressivamente em comparação com o grupo controle.96
Tempo
Cicatrização Inicial
O tipo ósseo histológico em contato com o implante varia e pode afetar a quantidade
de tensão que o osso pode suportar dentro dos limites fisiológicos. O osso ideal para o
suporte protético pelo implante é o osso lamelar.56 O osso lamelar é altamente
organizado, mas leva aproximadamente 1 ano para a completa mineralização após um
trauma induzido pela instalação de um implante.34 O osso trabeculado é o mais rápido
e o primeiro tipo de osso a se formar em torno da interface do implante; entretanto, é
mineralizado apenas parcialmente e demonstra uma estrutura desorganizada menos
capaz de suportar tensão em grande escala. Em 16 semanas, o osso circundante está
apenas 70% mineralizado, e ainda exibe osso trabeculado como componente. Estudos
de densitometria radiográfica computadorizada confirmam que a interface osso/implante
diminui nos primeiros meses após a instalação cirúrgica do implante.88 A porcentagem
de mineralização óssea e o tipo de osso de suporte influenciam se uma carga na
interface osso/implante estiver nos limites fisiológicos.
Tem sido relatado que o COI está relacionado com densidade óssea e tempo de
cicatrização. Por exemplo, em um estudo de Carr et al., o COI era maior na mandíbula
que na maxila (a mandíbula é normalmente mais densa).101 Além disso, o COI foi maior
em 6 meses comparado com 3 meses em ambos os arcos. Um maior contato osso–
implante ocorreu tanto na maxila quanto na mandíbula entre 3 e 6 meses e variou de 7
a 9% de aumento101 (Fig. 32-25); assim, o tempo de cicatrização antes da aplicação
de carga do implante pode ser relacionado com densidade do osso, visto que a
resistência do osso aumenta e o COI aumenta com períodos maiores de tempo. Assim,
3 a 4 meses de cicatrização para osso D1 e D2 e 5 a 6 meses para osso D3 e D4
apresentam menor risco que períodos menores para todos os tipos ósseos. O período
de tempo entre a instalação cirúrgica e a carga oclusal completa é variável,
dependendo da densidade óssea.
FIGURA 32-25 A porcentagem de área óssea é maior em 6
meses quando comparada com 3 meses tanto na maxila quanto
na mandíbula.
Tabela 32-5
Períodos de Tratamento para a Carga Óssea Progressiva em Próteses Cimentadas
Quando o dentista utiliza implantes múltiplos, a área óssea mais fraca determina o
protocolo de carga gradual. Portanto, se a maxila anterior e posterior é restaurada em
conjunto, a maxila posterior determina o período de cicatrização inicial e o período de
tempo entre cada consulta protética.
Dieta
O dentista controla a dieta do paciente para evitar a sobrecarga durante as fases
iniciais do processo restaurador. Durante a fase inicial de cicatrização, o dentista instrui
o paciente a evitar mastigar na área, especialmente quando os implantes são
instalados em uma abordagem de estágio único, com um cicatrizador exposto. Após ser
reaberto, o implante conectado a um abutment para uma restauração cimentada está
em maior risco de sofrer carga durante a mastigação. O paciente é limitado a uma dieta
leve, como massa e peixe, do estágio da moldagem final até a entrega inicial da prótese
definitiva. A força mastigatória para esse tipo de comida é de aproximadamente
0,7 Kgf/cm2. Essa dieta não apenas minimiza a força mastigatória, mas também diminui
o risco de fratura da prótese provisória ou descolamento parcial das próteses. Cada
uma dessas consequências pode sobrecarregar um implante e causar complicações
inesperadas.
A dieta não deve ser negligenciada durante a fase restauradora do tratamento. A
maioria dos dentistas tem observado a fratura das próteses de acrílico com alimentos
duros e a maior ocorrência de restaurações soltas quando eles ignoram o tipo de dieta
durante os estágios da prótese provisória.
Após a entrega inicial da prótese definitiva, o paciente pode incluir carne vermelha
na sua dieta, que requer aproximadamente 1,48 Kgf/cm2 de força de mastigação. A
prótese definitiva pode suportar uma força maior sem risco de fratura ou descolamento.
Após a consulta de avaliação final, o paciente pode incluir vegetais crus, que
requerem aproximadamente 1,9 Kgf/cm2 de força de mastigação. Uma dieta normal é
permitida somente após avaliação da função, oclusão e cimentação adequada da
prótese definitiva.
É necessário observar que a força mais danosa para uma restauração provisória (ou
definitiva) é a parafunção, e não o ato de mastigar. Portanto, após a prótese ser
instalada em oclusão, a avaliação da parafunção e os métodos para reduzir seus
efeitos negativos são importantes para o processo de carga.
Material Oclusal
O material oclusal pode variar para gradativamente aplicar carga à interface
implante/osso. Durante as etapas iniciais, o implante não tem contato oclusal e, em
suma, não possui material sobre ele. Nas consultas subsequentes, o dentista utiliza
acrílico como material oclusal, com a vantagem de uma menor força de impacto
comparada ao metal ou à porcelana. Tanto o metal quanto a porcelana podem ser
utilizados como material oclusal definitivo
Se a parafunção ou o comprimento do cantiléver causam preocupação relativa à
quantidade de força na interface implante/osso precoce, o dentista pode estender a
dieta mais macia e a fase de restauração acrílica por vários meses. Assim, o osso tem
um período maior para se mineralizar e se organizar para receber forças maiores.
Oclusão
O dentista gradualmente intensifica os contatos oclusais durante a confecção da
prótese. Nenhum contato oclusal é permitido durante a fase de cicatrização inicial (fase
1). A primeira prótese provisória é deixada fora de oclusão em pacientes parcialmente
edentados (fase 2). Os contatos oclusais então são similares àqueles da restauração
definitiva para áreas suportadas por implantes. Entretanto, nenhum contato oclusal é
realizado em cantiléveres ou cargas a distância (fase 3). Os contatos oclusais da
restauração definitiva seguem os conceitos da oclusão protegida (descrita no
Cap. 31).103
Desenho da Prótese
Há quatro modelos potenciais de prótese em um processo restaurador. Durante a
cicatrização inicial, o dentista tenta evitar qualquer carga nos implantes, incluindo carga
nos tecidos moles. Portanto, em um paciente totalmente edentado, alívio e um
condicionador de tecido mole (também aliviado) podem ser utilizados. A primeira
prótese acrílica provisória em pacientes parcialmente edentados não pode ter contatos
ou cantiléveres. O objetivo é unir os implantes entre si e reduzir a tensão pela
vantagem mecânica e ter implantes que suportem sozinhos as forças mastigatórias. A
segunda restauração acrílica provisória tem contatos oclusais nos implantes com mesas
oclusais similares às da restauração definitiva, mas sem cantiléveres nas regiões não
estéticas. A restauração final possui mesa oclusal estreita e cantiléveres projetados
com contatos oclusais seguindo os protocolos da oclusão protegida para implantes.103
Tabela 32-6
Consultas de Carga Progressiva para uma Prótese Cimentada
Primeira Consulta
Seleção Inicial do Pilar, Moldagem Final e Primeira Prótese Provisória
O objetivo da primeira consulta protética é avaliar o implante e os tecidos moles e
garantir que todos os componentes protéticos e que os detalhes da consulta protética
sejam abordados. A oclusão do paciente também é observada e pode ser realizado um
registro cêntrico de boca fechada na mesma consulta. Quando o profissional realiza a
cirurgia e a instalação da prótese, esse procedimento pode ocorrer durante a consulta
de remoção da sutura após o segundo estágio cirúrgico ou durante o procedimento de
reabertura.
Moldagem Final e Prótese Provisória I
O dentista remove os cicatrizadores do corpo do implante e seleciona o pilar de duas
peças apropriado para retenção por cimento. O dentista parafusa manualmente o pilar
na posição com uma força aproximada de 10/N/cm (Fig. 32-27). Ele verifica o completo
assentamento do pilar com uma radiografia. Quando o pilar assenta completamente no
hexágono antirrotacional, o sistema de contratorque e o torquímetro carregam o
parafuso do pilar com a força de 20 a 35 N/cm, dependendo do material e desenho do
parafuso. O contratorque muitas vezes é uma pinça hemostática que segura o pilar
enquanto o torquímetro estica o parafuso com uma carga de tração ou cisalhamento.
Isso evita que o torque seja aplicado ao corpo do implante (Fig. 32-28).
O dentista realiza o preparo final do pilar nessa consulta para a técnica direta. Ele
seleciona o material oclusal antes do preparo final do pilar e avalia a quantidade de
retenção nos pilares. Quando uma margem subgengival é indicada, o dentista
pode inserir um fio retrator no sulco gengival. O dentista também pode fabricar (ou
reembasar uma prótese provisória pré-fabricada) para promover a cicatrização do
tecido mole e criar um perfil de emergência melhorado. O dentista obtém a moldagem
final, faz o registro oclusal cêntrico em uma posição cêntrica de boca fechada quando a
relação cêntrica é harmoniosa com a oclusão cêntrica, ou faz o registro com articulador
junto com a protusiva e registro de mordida quando necessário. O dentista cimenta a
primeira prótese provisória com um cimento de óxido de zinco sem eugenol, e os
contatos oclusais estão totalmente ausentes (Fig. 32-29).
FIGURA 32-29 A primeira restauração provisória é cimentada
com cimento temporário. A prótese está completamente fora de
oclusão.
Fase Laboratorial I
O técnico de laboratório verte as moldagens finais com gesso, monta os modelos
seguindo os princípios protéticos, faz um enceramento completo e remove 2 mm nas
regiões de porcelana para a estrutura da prótese. O técnico então constrói uma
estrutura em metal precioso (Fig. 32-30) e utiliza um índice de acrílico oclusal para
indicar o registro oclusal para as próteses implantossuportadas.
FIGURA 32-30 O técnico de laboratório confecciona uma
estrutura em metal precioso que une os pilares entre si.
Fase Laboratorial I
O técnico de laboratório verte a moldagem com gesso e, quando necessário, prende os
análogos e então separa os modelos e monta no arco antagonista com o registro de
mordida e o arco facial. O técnico de laboratório insere os pilares no corpo dos
análogos e prepara os pilares dos implantes para altura, paralelismo e posição dentro
do contorno da prótese.
O técnico então pode confeccionar uma prótese acrílica provisória. Idealmente, para
pacientes parcialmente edentados, a primeira restauração provisória fica
completamente fora de oclusão. Seu objetivo principal é manter os implantes juntos de
maneira rígida. Se um cantiléver estiver presente, nenhum contato oclusal deve existir
na porção suspensa.
Segunda Consulta Protética
Prova do Metal
O paciente retorna em 1 a 4 semanas (ou mais) dependendo da densidade óssea. O
dentista remove a primeira restauração provisória e avalia sua retenção para ajudar a
selecionar o agente cimentante ideal para a restauração definitiva. A superestrutura
metálica é provada (Fig. 32-31). Como o paciente não foi anestesiado e a boca ficou
aberta por apenas poucos minutos, essa é uma oportunidade ideal para o dentista
verificar a relação cêntrica. Se o paciente morde no índice de acrílico oclusal
laboratorial, o registro oclusal anterior foi realizado com precisão. Se o paciente oclui
em uma posição diferente, o dentista avalia e corrige a oclusão no casquete como
indicado, e faz um registro oclusal cêntrico utilizando a pasta rígida do silicone de
adição no topo do casquete (Fig. 32-32).
O dentista entrega a segunda prótese provisória (Fig. 32-33). Essa pode ser uma
nova prótese provisória ou, mais comumente, a primeira prótese provisória com uma
mesa oclusal modificada pela adição de acrílico nas áreas de contato oclusal. Primeiro,
o monômero é aplicado na face oclusal da prótese temporária e isolante é aplicado
sobre o dente antagonista. O dentista adiciona acrílico nas superfícies oclusais da
restauração provisória e o paciente oclui no material e movimenta em todas as
direções. O dentista elimina os contatos oclusais de trabalho e balanceio e pode trazer
as áreas de pôntico e pilares angulados para leve oclusão cêntrica. Contatos mais
fortes são desenvolvidos nos implantes em posicionamento ideal. Nenhum cantiléver
está presente na restauração, a não ser que seja necessário por questões estéticas. O
esquema oclusal é similar ao da prótese definitiva. O dentista avalia a oclusão
utilizando um carbono de oclusão. Os contatos oclusais são limitados aos diretamente
localizados no corpo do implante. A dieta se mantém leve com massa, peixe e alimentos
macios.
FIGURA 32-33 A prótese provisória original é modificada
adicionando acrílico na superfície oclusal, e é realizado um ajuste
oclusal com mordida forte.
Fase Laboratorial II
O técnico de laboratório completa a prótese com um esquema oclusal que segue o
protocolo oclusal de proteção do implante (Fig. 32-34). O dentista anota os implantes
angulados para que os contatos oclusais possam ser modificados no longo eixo do
implante ou reduzido em intensidade.
FIGURA 32-34 O técnico de laboratório completa a prótese
definitiva.
O dentista instala um pilar reto de duas peças para retenção cimentada no corpo dos
implantes (Fig. 32-39). Ele posiciona o modelo e o registro de mordida sobre os pilares
retos para cimentação. Isso serve como uma moldeira individual para uma moldagem
fechada. Na maxila, o dentista primeiro pode colocar material de impressão pesado na
região do palato do modelo transparente para dar conta da espessura da porção palatal
da dentadura total. O dentista avalia o comprimento dos pilares e pode realizar as
correções na boca. Ele avalia o modelo protético transparente após estar devidamente
assentado para a oclusão vertical cêntrica, e então preenche o modelo protético
transparente com um silicone de adição e reposiciona-o. O paciente fecha no registro
oclusal realizado. O dentista remove guia de moldagem e registro de mordida, que
serve como uma moldagem preliminar e registro inicial da DVO para ser montado no
laboratório com a moldagem do arco antagonista. (Fig. 32-40).
Fase Laboratorial I
Os passos laboratoriais após a primeira consulta protética incluem verter gesso na
moldagem preliminar com os pilares e os análogos. O técnico de laboratório monta os
modelos em um articulador utilizando o guia protético ou moldeira individual e registro
oclusal antes de esse ser removido do modelo (Fig. 32-41). O técnico pode ajustar os
pilares em altura, angulação e o contorno da coroa, utilizando um modelo sobreposto
do enceramento da dentadura como um guia (Figs. 32-42 e 32-43). Um enceramento
utilizando dentes de dentadura elabora a forma proposta da prótese definitiva. O
técnico confecciona um guia transparente sobre esse enceramento.
O dentista instala a primeira prótese provisória (Fig. 32-48). O passo mais importante
para a prótese provisória é a avaliação da borda incisal em relação à estética e à
fonética. O dentista deve estabelecer essa posição antes da confecção da
superestrutura para garantir suporte ideal de porcelana ou acrílico na prótese definitiva.
Esse posicionamento também influencia sobremaneira as relações de oclusão posterior
em qualquer posição excursiva. O dentista pode medir a espessura do acrílico
vestibular da prótese provisória nos pilares para cimentação para garantir o espaço
adequado para o metal e a porcelana na prótese definitiva. Se a prótese provisória não
está ideal no que diz respeito à borda incisal, DVO, estética e linha média, o dentista
posiciona a placa base modificada e o plano de cera e o utiliza para estabelecer esses
critérios de maneira similar aos métodos para uma prótese total. O dentista então obtém
a relação oclusal cêntrica e registra na placa base e plano de cera ou com um JIG na
DVO adequada. O dentista reavalia essas relações e os critérios sobre a estrutura de
metal na próxima consulta protética.
FIGURA 32-48 A primeira prótese provisória sem cantiléver é
entregue. O paciente é instruído a limitar sua dieta a alimentos
macios.
Fase Laboratorial II
O técnico de laboratório primeiro monta o modelo de trabalho no articulador utilizando
um arco facial e o registro em cêntrica, o remove, e então monta o modelo da prótese
provisória com o registro de mordida isolado ou posiciona a placa base com plano de
cera no modelo de trabalho. O técnico confecciona um índex da margem incisal e
vestibular da posição dos dentes da provisória, ou do plano de cera, na posição ideal e
reposiciona o modelo de trabalho no articulador. O técnico realiza o enceramento da
prótese final e então corta 2 mm para a espessura da porcelana nas regiões indicadas.
O técnico então confecciona a estrutura com metal precioso
O técnico pode utilizar cera branca para a forma e o tamanho dos seis dentes
anteriores na estrutura de metal, o que permitirá uma avaliação clínica da margem
incisal, estética e fala no atual modelo. O técnico confecciona índexes oclusais de
acrílico para as regiões posteriores na DVO registrada para verificar sua precisão na
consulta da prova do metal.
O paciente continua com a dieta leve de massa e peixe até a próxima consulta,
evitando ainda alimentos duros (p. ex., carne vermelha e cenoura crua). Pacientes
portadores de parafunção podem permanecer nesse estágio de prótese acrílica
provisória por períodos maiores que 4 meses. Uma prótese confeccionada em
laboratório geralmente é indicada para esses períodos longos. Se o paciente produz
forças excessivas e a prótese tiver mais de dois pônticos, uma ponte fixa de compósito
com subestrutura metálica pode ser indicada durante esse longo período de transição.
Resumo
A manutenção de uma prótese rígida durante o primeiro ano da confecção da prótese
com um mínimo de perda óssea está associada ao processo de remodelação ósseo. A
abordagem de carga progressiva oferece um ambiente favorável para o
desenvolvimento de um osso resistente à carga na interface do implante de duas
maneiras: o desenvolvimento de um período de tempo maior antes da introdução de
forças funcionais plenas e a limitação dessas forças verticais como componente
dominante. Além disso, um aumento gradual na carga permite a adaptação do osso. O
aumento da densidade óssea, que pode ser evidenciada radiograficamente, medições
através do Periotest® (valores de Periotest® diminuídos), mobilidade e melhores
condições da crista óssea em torno dos implantes quando comparadas com um
protocolo de carga súbita, resultam em um aumento na sobrevida do implante e menor
perda de crista óssea.
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CAPÍTULO 33
De muitas maneiras, a combinação de uma prótese maxilar total com uma prótese
mandibular implantossuportada assemelha-se a uma prótese maxilar total antagonista à
dentição natural mandibular. Os dentes inferiores estáveis fazem a prótese superior o
membro menos estável da dentição. Além disso, o plano oclusal da dentição mandibular
é geralmente variável e não ideal. Isto torna ainda mais difícil a obtenção de um
esquema oclusal ideal para ajudar a estabilizar a prótese maxilar.
Pode-se antecipar mais complicações após a instalação de uma prótese maxilar
removível em oposição a sobredentaduras ou próteses fixas inferiores. O paciente se
queixa de pontos doloridos no tecido mole e instabilidade da prótese maxilar. Os pontos
doloridos sob a prótese maxilar em parte ocorrem porque os pacientes com próteses
sobre implantes estáveis são capazes de gerar forças mastigatórias próximas às dos
dentes naturais, mas os portadores de dentaduras têm demonstrado exercer menos
que 25% dessas forças.6 As forças oclusais também são direcionadas em uma direção
e localização mais consistentes e ainda podem conduzir à fratura da linha média da
prótese.7 Além disso, relatos mais recentes indicam que o efeito combinado de uma
síndrome que afeta o arco maxilar pode se desenvolver associada a reabsorção do
osso alveolar e inflamação do tecido mole.8,9
A instabilidade da prótese maxilar torna-se também mais perceptível para o paciente
devido à maior conscientização oclusal e estabilidade da antagonista mandibular.7 As
sobredentaduras mandibulares implantossuportadas melhoram a propriocepção e
aumentam a consistência da posição de fechamento da mandíbula. A prótese
mandibular total removível convencional move-se mais que 10 mm durante a função, o
que pode causar qualquer contato prematuro ou imprecisões da oclusão.10 O paciente
está acostumado ao levantamento da prótese mandibular na parte do rebordo durante
as excursões mandibulares. As mudanças para fazer uma prótese mandibular sobre
implantes mais estável predispõem da consciência do paciente da instabilidade da
prótese maxilar (Quadro 33-1).
Indicações da Hidroxiapatita
O osso maxilar com divisão A usualmente tem a altura e a largura de um osso para
apoiar, manter e estabilizar a prótese. Eventualmente, rebaixamentos labiais podem
comprometer a retenção e aumentar a abrasão dos tecidos moles. Como resultado, o
dentista pode preencher áreas labiais rebaixadas com HA para melhorar o contorno da
crista. As divisões B e C–w da crista anterior ou classes I e II na classificação de Kent
et al. são bastante adequadas para o aumento do rebordo de crista com HA22 (Fig. 33-
6). O dentista pode realizar uma vestibuloplastia no mesmo procedimento para
aumentar a altura da crista anterior e melhorar ainda mais a estabilidade e a retenção
(Fig. 33-7). O paciente usa uma prótese cirúrgica por 10 a 14 dias para apoiar o enxerto
e manter a dimensão ganha com a vestibuloplastia.
FIGURA 33-6 Um enxerto de hidroxiapatita pode ser utilizado
para converter tecido móvel em tecido de suporte firme e corrigir
a forma da crista da divisão B para a divisão C das cristas
maxilares menos largas.
As divisões de rebordos D e C-h são menos adequadas para o aumento com HA.
Embora esses rebordos sejam mais necessitados, a forma precária do rebordo fornece
estrutura insuficiente para resistir à migração futura do HA para a dobra labial e pode
comprometer o sucesso a longo prazo.14
O aumento do rebordo com hidroxiapatita raramente é indicado para o arco
mandibular. A prótese inferior se move para cima 10 mm durante a função em
comparação com cerca de 2 mm de movimento da prótese maxilar total.10 Aumento do
rebordo por si só não é suficiente para o sucesso do suporte da prótese mandibular.
Além disso, as feridas são mais comuns em tecidos mais finos, não móveis; a migração
do material de aumento é de maior ocorrência (especialmente para rebordos moderada
a gravemente atróficos) juntamente com parestesia do nervo mentual.23 Os implantes
endósseos fornecem suporte, retenção e estabilidade muito melhores para a prótese
mandibular. No entanto, o arco maxilar edentado e a prótese total muitas vezes podem
se beneficiar do aumento do rebordo com HA.
Formas do Rebordo
Em muitos casos, foi formulada a hipótese errada de que, quanto maior for o rebordo
alveolar, melhor a retenção e a estabilidade da prótese. Os elementos anatômicos mais
propensos a mudar após um aumento com HA são o formato e a forma do rebordo.
Como resultado, grandes aumentos com HA do rebordo alveolar resultam em grande
aumento no tamanho do mesmo, porém na diminuição da retenção e estabilidade.
Deve-se avaliar a forma do rebordo no desenvolvimento das relações entre retenção,
estabilidade e os critérios de suporte para a prótese maxilar removível.
A forma do rebordo alveolar pode ser classificada em relação à retenção. A forma
ideal de rebordo para retenção tem paredes paralelas elevadas, grandes, e que
também melhoram a estabilidade lateral mesmo quando o deslocamento vertical ocorre.
Portanto, a retenção e a estabilidade são afetadas pelo aspecto lateral do contorno do
rebordo (Fig. 33-8, A). Um rebordo plano e atrófico possibilita pouca estabilidade, mas
um bom suporte para próteses maxilares. A forma do rebordo menos estável é a forma
em V num ângulo em relação à força de oposição. Esta forma do rebordo é também
mais desfavorável para retenção e suporte (Fig. 33-8, B).
FIGURA 33-8 A, A forma de um rebordo ideal tem altura, largura
e paredes paralelas que proporcionam excelente retenção,
estabilidade e suporte. B, A forma do rebordo menos favorável é
a forma em V, que fornece reduzida estabilidade e suporte para a
prótese. Um enxerto de hidroxiapatita pode acertar a forma do
rebordo (linha pontilhada) no aspecto palatino para melhorar a
condição. (Redesenhado de Misch CE: Contemporary implant
dentistry, ed 2, St Louis, Mosby, 1999.)
Uma terceira técnica para determinar a extensão posterior de uma prótese é pedir ao
paciente para dizer “Ah.” A “linha de vibração” entre o tecido mole móvel e o palato
duro delimita a posição posterior (Fig. 33-15, posição C). Como tal, esta é a técnica
mais usada para determinar os limites posteriores da prótese.
Alguns pacientes não se importam quando o limite posterior da prótese se estende
para além da linha de vibração (Fig. 33-15, posição D). Quando o selamento é precário,
a extensão posterior da prótese maxilar pode compensar e melhorar a retenção geral.
Assim, quando a reabsorção é de moderada a avançada, e outras alternativas de
tratamento como sobredentaduras implantossuportadas não são consideradas, a
extensão do limite posterior da prótese para além da linha de vibração melhora a
retenção.
O terceiro método para melhorar a retenção de uma prótese maxilar está relacionado
com a adaptação do aspecto interno da prótese. Para melhorar a precisão do ajuste
para o aspecto interno das próteses e proteger o osso subjacente, a espessura do
tecido deve ser de espessura total quando as moldagens dorem feitas. Kydd et al.
demonstraram que tecidos moles maxilares sofrendo cargas por 10 minutos podem ser
comprimidos a 60% da sua espessura original e permanecem em 65 a 85% por um
período prolongado, havendo a necessidade de 4 horas para recuperação completa.24
Em um paciente idoso, a recuperação da espessura do tecido após 10 minutos de
compressão pode ser de 2 ou mais horas (Fig. 33-17). Portanto, a moldagem final da
prótese e sua entrega seguem algumas orientações.
FIGURA 33-17 A espessura do tecido deve estar em seu estado
completo ao se fazer a impressão final (ou quando entregar a
prótese). Quando o tecido sob uma prótese é comprimido, ele
diminui em espessura em 40 a 50% quando mantido nesta
posição durante 10 minutos; ele pode levar mais de 2 horas em
um paciente idoso para voltar ao normal. 26
Um condicionador de tecidos pode melhorar a saúde dos tecidos e ajuda a obter sua
espessura final enquanto a prótese é usada antes de fazer a moldagem final. A prótese
deve ser removida pelo menos 4 horas antes da moldagem final. Isso geralmente
significa que a consulta para a moldagem final deve ser no início da manhã antes que o
paciente coma, e o mesmo deve retirar a prótese na noite anterior da consulta. É
importante que uma rotina semelhante seja repetida no dia da entrega da prótese. Caso
contrário, o tecido mole pode ser comprimido, e a retenção na entrega inicial pode vir a
não ser a ideal.
A adaptação da superfície interna da prótese também pode ser melhorada por meio
da diminuição do volume de contração do acrílico durante o processamento da prótese.
A utilização de uma técnica de processamento de injeção moldada para minimizar a
contração do acrílico e melhorar o ajuste e a retenção da prótese final é um benefício. A
retenção também pode ser melhorada por um post dam ao longo do limite posterior da
prótese. O post dam é usado para compensar a contração do acrílico durante o
processamento da prótese.
O quarto aspecto para melhorar a retenção da prótese maxilar é a concepção post
dam. Um projeto comum de post dam forma um monte com a maior altura (profundidade
de tecido) no meio e inclinando posterior e anteriormente.15,16 Este contorno não
reflete adequadamente a anatomia do tecido mole acima da linha de vibração. Quando
o limite da prótese é estabelecido com o paciente dizendo “Ah,” a anatomia do palato
mole direciona o projeto de post dam. Diretamente acima da linha de vibração, está um
músculo que tem a maior flexibilidade. O músculo se insere a um tendão (com um pouco
menos de movimento) que se insere ao palato duro coberto por tecido mole que tem o
menor movimento (Fig. 33-18). Portanto, a profundidade do post dam deve ser maior na
região posterior e, em seguida, se inclinar para o tecido do palato duro (Fig. 33-19). A
profundidade inicial varia para cada paciente e é determinada ao se pressionar a área
na boca com um espelho ou objeto pontiagudo.25
A posição vertical da borda incisal maxilar é, então, avaliada. Esta posição reflete
principalmente requisitos estéticos. A maioria dos dentistas determinam as posições
verticais dos dentes superiores pelos incisivos centrais em relação ao lábio superior em
repouso. Uma redução significativa do comprimento da exposição do dente incisivo
central superior com o lábio em repouso está relacionada à idade, principalmente entre
30 e 40 anos. De acordo com Vig e Brundo, uma pessoa de 30 anos de idade, expõe
mais de 3 mm do incisivo central superior quando o lábio superior está em repouso ou
descanso. 31 Uma pessoa com 40 anos de idade, mostra 1,5 mm dos incisivos centrais
superiores; uma pessoa com 50 anos de idade, cerca de 1 mm; uma pessoa com 60
anos de idade 0,5 mm de dente; e aos 80 anos de idade, o lábio é observado no nível
dos dentes. O inverso é observado com os dentes inferiores, com 0,5 mm para uma
pessoa de 20 anos de idade, 1 mm para uma pessoa com 40 anos de idade, 2 mm para
uma pessoa com 50 anos de idade, 2,5 mm para uma pessoa com 60 anos de idade e
3 mm para uma pessoa com 80 anos de idade.
A extensão do aspecto central do lábio superior da base do nariz para a sua margem
inferior é um fator determinante para a exposição dos incisivos centrais. O lábio
superior tem em média 20 a 22 mm, e 22 a 24 mm em uma mulher e um homem de 20
anos de idade, respectivamente (Fig. 33-24). Como consequência, a placa base e o
enceramento normalmente são fabricados com 22 mm de dimensão (Fig. 33-25). No
caso de discrepância labial, a linha de repouso do lábio também é afetada. Por
exemplo, lábios superiores curtos expõem mais a borda incisal e vice-versa (Fig. 33-
26).
Após o dentista determinar a posição dos lábios em repouso para a posição anterior
dos dentes, a fala deve ser avaliada. O dentista faz a largura incisal anterior do rebordo
anterior do incisivo no enceramento semelhante à dos dentes finais. O dentista avalia o
comprimento e a posição vestibulolingual com sons de “F” e “V”.33 Quando o paciente
diz “F”, as bordas incisais superiores devem tocar levemente a borda molhada e seca
do lábio inferior, semelhante à posição do lábio inferior durante um sorriso largo.
Quando o paciente diz “E”, de 50 a 70% do espaço entre o lábio superior e lábio
inferior deve ser ocupado pelos dentes incisivos centrais superiores. Se menos de 50%
do espaço é ocupado, geralmente os dentes podem ser alongados; mas, se mais de
70% do espaço é ocupado por centrais superiores, o processo de prolongamento dos
dentes geralmente não é indicado.34
Quanto mais longe da borda incisal for o osso (quanto maior for a altura da coroa),
maior será o momento de força aplicado aos dentes da prótese e menor a estabilidade
da prótese durante a função. Uma prótese convencional em uma divisão maxilar D pode
exigir que a posição da borda incisal seja ligeiramente superior ou para dentro, mais
perto do rebordo edentado, para melhorar a estabilidade anterior.
Quando os dentes (rebordo de cera) estão posicionados mais vestibularmente, a
posição vertical do lábio fica elevada. Uma alternativa para aumentar a altura dos
dentes anteriores para que eles fiquem mais visíveis com o lábio em repouso seria
aumentar a espessura da flange da prótese pré-maxilar. Esta espessura extra traz o
lábio para fora e também aumenta o vermelhão. Como resultado, os dentes não ficam
mais longos, mas a borda do lábio fica mais alta. O lábio superior mais cheio também
pode parecer mais jovem porque as linhas verticais de idade também podem ser
reduzidas. Da mesma forma, quanto mais fina a flange vestibular e mais palatina a
posição dos dentes maxilares anteriores, mais inferior ou estendida é a posição do
lábio.
Uma das razões para a polêmica do plano oclusal é que a maioria dos autores usa a
posição do plano oclusal posterior para beneficiar a estabilidade da prótese inferior em
vez de comparar o plano com os dentes naturais. Quando o plano oclusal está
orientado mais baixo do que o observado com os dentes naturais, a estabilidade da
prótese inferior é melhorada pela diminuição da altura de coroa e momentos de força, e
por permitir que a língua descanse acima dos dentes posteriores, o que ajuda a
estabilizar a prótese inferior. No entanto, quando a prótese mandibular é
implantossuportada, esta localização do plano oclusal não é indicada porque posiciona
os dentes superoposteriores mais baixo (e aumenta a altura da coroa posterior) do que
a posição original do dente. O aumento do EAC diminui a estética durante o sorriso
porque mais material gengival da prótese é exibido acima dos dentes posteriores.
(especialmente na área de pré-molares) e diminui a estabilidade da prótese (Fig. 33-
30).
FIGURA 33-30 Neste paciente, o plano oclusal da prótese
superior está acima da metade do triângulo retromolar e foi
construído com dentes posteriores planos. Uma exposição
gengival acima dos dentes posteriores não é usual nesta
configuração.
A posição do trágus foi diferente no lado contralateral em quase 25% dos pacientes.
Isto é resultado de uma orelha estar posicionada mais alta do que a outra. Assim, uma
transferência do arco da orelha para a posição do arco superior para o articulador não
é paralela ao plano horizontal em um entre quatro pacientes.
Para uma maxila tipo I, divisão A, ou tipo I, divisão B, com boa forma retentiva, o
enceramento maxilar é orientado em direção à posição do ponto médio do trágus. Um
plano de Frank Fox é colocado no maxilar de cera para avaliar esta posição (Fig. 33-
33). O ponto de referência posterior é levantado para uma posição perto do terço
superior do trágus, levantando ligeiramente o plano oclusal, para estabilizar a prótese
para uma maxila divisão C ou D menos favorável. Assim, o dentista pode variar a
orientação AP do plano oclusal em relação a comprimento e apoio do lábio superior,
forma, altura e posição. Elevar o plano oclusal posterior para uma prótese maxilar faz
com que a prótese fique mais estável porque a altura da coroa é reduzida. Também
torna a prótese mais estética em relação à posição elevada do lábio durante o sorriso
(Fig. 33-34).
FIGURA 33-33 Um plano de Frank Fox está posicionado no
enceramento maxilar para avaliar o plano de Camper.
A DVO quase nunca é muito grande em um paciente edentado e, a menos que exista
alguma interferência de fabricação, ela está dentro de diretrizes clínicas ou em colapso.
Portanto, na maioria das vezes, o protesista deve determinar se a DVO precisa ser
aumentada. Em outras palavras, a DVO existente em um paciente sem sintomas da
articulação temporomandibular serve para iniciar a avaliação, e não necessariamente
deve ser mantida.
Pode-se utilizar uma técnica alternativa para uma prótese TFG se o arco mandibular
também deva ser restaurado. Esta técnica finaliza primeiro a prótese maxilar para
obtenção de estética, contorno, conforto e plano oclusal ideais dependendo da
quantidade de reabsorção do rebordo maxilar. O arco mandibular é então restaurado
para a prótese maxilar definitiva.
O dentista posiciona a prótese maxilar final na boca do paciente posicionando
primeiro os dentes anteroinferiores e avaliando estética e fonética na dimensão vertical
desejada. Geralmente não é indicado contato anterior em oclusão cêntrica para uma
prótese maxilar removível. O dentista coloca um índice incisal sobre os dentes
anteriores para registrar a dimensão vertical na posição cêntrica do côndilo. Um registro
da oclusão vertical cêntrica permite a montagem do modelo da prótese maxilar e da
placa-base mandibular em um articulador.
Após o modelo maxilar e o registro oclusal mandibular serem montados em um
articulador, o dentista fabrica a aleta de acrílico ligada à placa-base inferior de uma
forma semelhante à técnica anterior. Durante a consulta seguinte, o profissional faz
registros de cera intraorais semelhantes aos do procedimento anterior. A configuração
dos dentes posteriores, o procedimento de polimento oclusal, e a entrega de prótese
final também são semelhantes.
Para uma sobredentadura maxilar PR-4 opondo-se a dentes naturais, uma oclusão
mutuamente protegida ou guia canina devem ser usadas.
Resumo
A prótese maxilar torna-se uma fonte de queixa quando se opõe a dentes naturais ou a
uma sobredentadura mandibular estável. Muitos conceitos para próteses removíveis
têm sido desenvolvidos para fazer a prótese mandibular mais estável. Após os
implantes serem instalados na mandíbula e conectados a uma superestrutura, a prótese
superior torna-se menos retida e menos estável. Os métodos para melhorar a
estabilidade da prótese maxilar incluem uma cuidadosa avaliação e tratamento do
tecido mole da maxila, aumento do rebordo com HA e valorização da sua forma,
elevação do plano oclusal posterior em relação ao suporte ósseo, e o estabelecimento
de uma balanceada ”oclusão lingualizada medialmente posicionada“. O resultado é a
redução de momento de forças e melhor estabilidade da prótese maxilar.
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PA R T E V I
Manutenção dos Implantes
ESBOÇO
A implantodontia tem se tornado uma ciência clínica bem compreendida e com muitas
pesquisas científicas bem documentadas que validam o que, anos atrás, era
considerado uma ciência experimental. Há um expressivo foco na pesquisa da biologia
e da biomecânica da implantodontia, com resultados que ajudam a desenvolver e
refinar técnicas com dados comprovados cientificamente em vez de técnicas antes
apenas baseadas em procedimentos de tentativas e erros. A evolução da pesquisa e a
compreensão dos conceitos biológicos na implantodontia têm causado muitos conflitos
e controvérsias. Teorias de inovação se desenvolveram e técnicas mudaram. Além
disso, os estudos científicos levaram a implantodontia para o topo do sucesso.
A grande expansão do conhecimento nesta área criou novas ideias e nova
terminologia, que é redefinida baseada no atual conhecimento.1 Em muitos exemplos,
novas pesquisas podem contradizer paradigmas estabelecidos. Isto pode fazer com
que se torne confuso para um clínico saber quais são os protocolos corretos, os
procedimentos, as ferramentas e as técnicas a serem utilizados. À medida que
materiais e técnicas são pesquisados e desenvolvidos, teorias prévias podem sofrer
críticas e serem consideradas controversas. Clínicos experientes frequentemente
atualizam e modificam técnicas e instrumentos para manter a excelência clínica ao
mesmo passo que a tecnologia e as pesquisas avançam.
Uma área de expansão de conhecimentos e de opiniões controversas se refere à
manutenção de implantes dentais. As pesquisas prévias se basearam em técnicas e
instrumentos que eram condizentes com os materiais e os métodos utilizados na época.
Embora muitos dos implantes utilizados no passado ainda existam e estejam
funcionando nos pacientes, as pesquisas e os desenvolvimentos na tecnologia
forneceram novos materiais e avanços no desenho e na estrutura de implantes,
minimizando problemas anteriores para facilitar a manutenção desses implantes.
Um entendimento da aderência mucoepitelial do implante antes de qualquer
procedimento de manutenção é essencial. As controvérsias e os parâmetros para
sondagem e perda óssea da crista alveolar são importantes e devem ser reconhecidos
pelos dentistas. Há diferenças anatômicas e fisiológicas entre o aparato de aderência
dos dentes e a osseointegração de implantes. Os desafios que o biofilme oral
bacteriano exerce sobre a interface implante/tecido podem ser significativos para o
sucesso clínico. Este capítulo explora o sucesso e a perda de implantes, e discute em
detalhes os parâmetros biológicos e mecânicos que devem ser considerados durante a
avaliação de implantes e de tecidos peri-implantares.
Quando o dentista compreende os parâmetros de implantes e de dentes, um plano
específico de manutenção pode ser criado para o paciente. O profissional deve explicar
aos pacientes sobre o que pode ser esperado e os resultados durante cada fase do
tratamento, e demonstrar as várias opções de higiene oral para suprir as necessidades
desses pacientes durante cada estágio do tratamento. Os pacientes devem ser
cuidadosamente orientados, educados e treinados antes de começar qualquer
tratamento com implantes.2 A capacidade do paciente em compreender as suas
obrigações financeiras, de tempo e de manutenção é crucial e tais obrigações devem
estar claras inicialmente e durante as consultas subsequentes. Além de educar os
pacientes, o dentista necessitará avaliar o seu comprometimento com uma rotina de
cuidados domésticos. Os pacientes também devem ter competência para realizar
procedimentos caseiros de manutenção.3 Como a aceitação e a demanda por
implantes dentais continuam aumentando, há uma maior necessidade de se
compreender a importância da manutenção, uma vez que esta é relacionada ao
sucesso do implante a longo prazo.3 O papel do técnico de higiene dental na
manutenção e nos cuidados para com os implantes está se tornando cada vez mais
relevante3 (Quadro 34-1).
Sondagem da Profundidade
A sondagem da profundidade ao redor dos dentes é um método excelente para avaliar
a saúde passada e a atual dos dentes naturais. Um aumento da profundidade do sulco
ao redor dos dentes está relacionado a doença e a perda óssea.22 No entanto, a
medição da profundidade em uma sondagem ao redor dos implantes é controversa
porque relacionar profundidade do sulco à saúde em implantes não é seguro.
Para dentes naturais, o tecido mole ao redor mede em torno de 2,04 mm entre o
fundo do sulco e o topo da crista óssea.23 Deve-se observar que o “espaço biológico”
é, na verdade, uma dimensão de altura com uma maior faixa na região posterior
comparada à região anterior, e pode medir até 4 mm em altura.24 Nos dentes, é
composto de uma inserção de tecido conjuntivo (TC) (média de 1,07 mm) acima do
osso e da aderência de um epitélio juncional (EJ) (média de 0,97 mm) na base do sulco,
com as medidas mais consistentes sendo o TC entre indivíduos (Fig. 34-1).
FIGURA 34-1 A interface natural dente/tecido é geralmente
composta de sulco, epitélio juncional e tecido conjuntivo, e mede
aproximadamente 3 mm acima da crista óssea (lado direito da
figura). Um implante tem um sulco e uma zona de epitélio
juncional que pode medir de 2 mm a mais de 8 mm acima da
crista óssea (lado esquerdo da figura).
As regiões sulculares ao redor dos dentes e ao redor dos implantes são similares em
muitos aspectos. A formação da gengiva inserida e o alinhamento histológico da
gengiva dentro do sulco são similares em implantes e dentes.25 Uma margem gengival
livre se forma ao redor do dente e do implante com um epitélio sulcular não
queratinizado, como também as células epiteliais na base do sulco são também
similares em dentes e implantes, com células do epitélio juncional em ambos. No
entanto, uma diferença fundamental caracteriza o complexo gengival ao redor dos
dentes. O dente tem duas regiões primárias que perfazem o espaço biológico enquanto
o implante possui uma única região (Fig. 34-1).
Na sondagem de um dente, a sonda mede a profundidade do sulco e pode penetrar
e medir o epitélio juncional.26 A aderência do epitélio juncional ao dente não é uma
adesão verdadeira. Uma sonda periodontal facilmente separa o contato íntimo de
hemidesmossomos das células epiteliais. Um forte jato de ar pode deslocar a adesão e
o biofilme bacteriano pode destruí-la. O posicionamento de fio retrator no sulco separa
essa adesão. A aproximação mucopolissacarídica dos hemidesmossomos do epitélio
juncional não é uma adesão real (Fig. 34-2).
FIGURA 34-2 Uma sonda periodontal penetra o sulco e o epitélio
juncional dos dentes, mas não penetra a inserção do tecido
conjuntivo. EJ, Epitélio juncional; MGL, margem gengival livre; TC,
inserção do tecido conjuntivo.
Índice de Sangramento
O sangramento gengival ao redor dos dentes após a sondagem está relacionado à
inflamação do sulco e ao índice de placa. O epitélio do sulco facilmente ulcerado
representa inflamação pela presença de biofilme, e é a primeira causa de sangramento
após a sondagem. Um índice de sangramento é um indicador de saúde do sulco. O
sangramento também pode ser provocado por força excessiva durante a sondagem.
Há uma questão controversa no uso de sangramento e saúde gengival como
indicadores de saúde do implante.27 Ao contrário de dente natural, o sucesso dos
implantes nos primeiros anos está relacionado mais frequentemente ao equilíbrio
biomecânico do que à saúde gengival. Comparativamente aos dentes naturais, a
inflamação de tecidos moles por bactérias pode ficar mais restrita ao osso supracrestal
por causa da falta da membrana periodontal ou tecido fibroso entre a interface
osso/implante. Como resultado, o índice de sangramento pode não ser um fator
importante durante a avaliação precoce da qualidade de saúde do implante.
A correlação entre a saúde gengival e o sucesso do implante parece estar
relacionada à condição da superfície cervical do implante. Em implantes dentais, foi
determinado que não há evidência de que a gengivite possa ser uma precursora da
perda óssea progressiva.40 Gengivite e bolsas profundas não foram acompanhadas
por perda óssea acelerada.36 Ambos os estudos avaliaram o desenho das roscas em
implante de superfície lisa (p. ex., Nobel Biocare®).
Em contraste aos relatos prévios com implantes de superfície lisa, foram relatadas
correlações entre a profundidade do sulco gengival e a perda do implante.41 O
desenho do implante avaliado nesse estudo tinha um corpo de pilar maior e a superfície
do implante tratada com spray de plasma (IMZ®, Alemanha). Uma correlação similar
entre perda do implante e estado de saúde gengival foi observada quando uma
superfície porosa do implante foi exposta acima do osso (Endopore®, Canadá).42,43
Além da condição da superfície do implante, outros estudos mostram uma correlação
entre saúde gengival e saúde do implante.44 Um estudo identificou níveis elevados de
enzimas proteolíticas no sulco de implantes com inflamação e sangramento na
sondagem como precursores da doença peri-implantar.44 Outros estudos relataram que
o biofilme e a mucosite ao redor dos implantes eram relacionados.36,45 Um outro
estudo concluiu que o índice de sangramento gengival está altamente relacionado ao
índice de placa e ao índice de fluido crevicular.46
O dentista já é encorajado a sondar a região sulcular para avaliar a perda da crista
óssea ao redor dos implantes. A sondagem periodontal é de menor exigência e mais
comumente usada do que a determinação do índice do volume do fluido sulcular
gengival. Pode-se observar o índice de sangramento enquanto se faz a sondagem da
bolsa e, então, registrar os valores para avaliação da saúde gengival (Fig. 34-7).
FIGURA 34-7 A, Uma sonda periodontal pode avaliar o
sangramento por meio de sondagem, que é um sinal de mucosite
ou perimplantite. B, Na sondagem, uma profundidade de vários
milímetros está presente e indica perimplantite.
Quando um implante recebe uma carga oclusal, a perda óssea pode ocorrer além da
primeira rosca ou da superfície tratada de um implante48 (Fig. 34-9). As consultas
periódicas de manutenção devem avaliar e monitorar a perda da crista óssea. Deve-se
considerar a redução da tensão oclusal se a perda óssea for além da primeira rosca do
implante ou além da superfície tratada. Isso inclui um ajuste oclusal e um dispositivo
para evitar a parafunção se necessário (placa miorrelaxante).
FIGURA 34-9 Quando o implante está em oclusão, a perda
óssea pode se estender além da primeira rosca ou da superfície
tratada do implante.
Se a irrigação oral for utilizada, o paciente deve ser instruído a usar a menor
potência e a direcionar o fluxo de irrigação através dos contatos para evitar pressão
excessiva à margem do tecido peri-implantar. O uso incorreto pode alterar a adaptação
do tecido e induzir uma bacteremia ao redor dos implantes.58 Além disso, o dentista
deve recomendar aos pacientes que sejam cuidadosos, especialmente após a cirurgia,
para evitar complicações na cicatrização advindas de procedimentos de higiene
agressivos.
Seleção do Instrumento
A manutenção da superfície do implante lisa, sem cavidades ou arranhões, pode evitar
o acúmulo de biofilme.59 A seleção do instrumento depende dos desenhos das pontas,
que não devem ser volumosas (para evitar manipulação desnecessária do tecido), e
esses desenhos devem facilitar a manipulação pelo dentista (Fig. 34-11). O clínico pode
também avaliar o desenho da prótese, a localização de depósitos e a aderência do
cálculo para ajudar na seleção dos instrumentos mais apropriados.
FIGURA 34-11 Materiais de plástico, teflon e carbono podem ser
usados em curetas para implantes. A figura mostra uma cureta de
resina. (Implacare®; Hu-Friedy, Chicago, IL)
Agentes Quimioterápicos
O gluconato de clorexidina tem sido mostrado como capaz de reduzir o acúmulo de
biofilme na cavidade oral e ao redor de implantes dentais.76 O uso a longo prazo de
antimicrobianos como o gluconato de clorexidina a 0,1% (Estados Unidos) ou a 0,2%
(Europa), ou o cloreto de cetilpiridínio, pode ser realizado em conjunto com escovas e
fio dental para minimizar o manchamento. Com as novas gerações de clorexidina, é
importante observar que o álcool serve para preservar e estabilizar as soluções.77
Alguns estudos mostraram uma diminuição do potencial antimicrobiano nas
preparações livres de álcool.78
Se o dentista utilizar irrigação subgengival, a cânula deve ser inserida
cuidadosamente no tecido peri-implantar para evitar danos à superfície do implante.
Deve-se ter cuidado para evitar a inserção da cânula na base do sulco perimplantar
para prevenir a distensão dos tecidos adjacentes pelo fluido.79 O gluconato de
clorexidina foi comprovado como uma solução irrigadora útil.80
Um estudo sobre tratamento mecânico não cirúrgico em sítios com lesões de peri-
implantite utilizando minociclina microencapsulada (Arestin®; Orapharma, Horsham, PA)
e gel de clorexidina a 20% (encontrado somente na Europa) detectou na sondagem
uma redução na profundidade de bolsa e no sangramento por um período de 12
meses.81 Terapias com antibióticos locais também provaram ter sucesso no tratamento
da peri-implantite82 e no tratamento da peri-implantite com minociclina
microencapsulada.82 Antibióticos sistêmicos podem ser usados para tratar infecções. O
acesso ao problema, as complicações e a condição a ser tratada são tão importantes
quanto conhecer a causa do problema.83 É bom salientar que é recomendado o uso de
fluoreto de sódio neutro em pacientes com implantes porque alguns fluoretos ácidos
podem alterar a superfície do implante.84,85
Escala de Qualidade de Saúde do Implante: Uma Avaliação
Clínica do Processo Saúde-Doença
Os critérios para o sucesso em implantodontia permanecem complexos. A vasta maioria
dos estudos clínicos relatando sucesso e perda não qualifica o tipo de sucesso
alcançado. Ao contrário, o termo sucesso inicialmente tem sido usado como sinônimo
de sobrevida do implante. O termo perda tem sido usado para indicar que o implante
não está mais presente na boca. Quase todos os relatos na literatura protética também
relatam sucesso como sobrevida.
O que é sucesso para um dente natural? Na literatura periodontal, a qualidade de
saúde é apresentada, e diretrizes bem estabelecidas, baseada em critérios clínicos, e
há a descrição da saúde ideal de dentes naturais. O termo geral sucesso em
implantodontia deve ser substituído pelo conceito de qualidade de saúde, com o
processo saúde-doença descrevendo o estado dos implantes.
Foram propostos critérios de sucesso para implantes endósseos previamente por
outros autores, entre os quais Schnitman e Shulman,86 Cranin et al.87, McKinney et
al.88, Albrektsson et al.89 e Albrektsson e Zarb.90 Como mostra o Quadro 34-3, o
relato de Albrektsson et al. foi específico para implantes de fixação rígida e é
largamente utilizado hoje.91 Uma escala de qualidade de saúde do implante com cinco
níveis foi estabelecida por James e modificada por Misch.91 A escala de James-Misch
também propõe modalidades de conduta correspondentes a esses cinco níveis. Em
2007, uma conferência consensual em Pisa, Itália (patrocinada pelo International
Congress of Oral Implantologists; www.icoi.org) modificou a escala de James-Misch
para quatro condições que descrevem sucesso, sobrevida e perda.92
Tabela 34-1
Escala de Saúde de Implantes
Escala de Qualidade
Condições Clínicas Tratamento
do Implante
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Índice
A
Abordagem de Brånemark, 604-605
Acrílica, 862
Agentes quimioterápicos, 973
Alargamento do pilar, 662
AlloDerm®, 60
Alongamento See also Deformação
Altura oclusal, 101
Alumínio, 73
Angulação do cíngulo, 505-506
Angulação facial, 503-505
Angulação ideal, 505-508
Anodontia, 51-486
Anquilose, 26-27, 486
Apertamento, 215-219
considerações protéticas, 217-219
diagnóstico, 215-216
fraturas por fadiga, 216
placas oclusais, 217
Ápice do implante, 31
Apicocoronal (eixo z), 432-433
Arco
completamente edentado
classificação do, 471-476
tipo 1, 472
tipo 2, 473-474
tipo 3, 474-476
maxilar
formato da prótese fixa para, 638-639
sobredentaduras maxilares implantossuportadas para, 639-648
opondo, 232-233
posição de, 231-232
Arco dentário See also Arco
Arco facial, 422
arbitrário, 422
cinemático, 422
Arco maxilar
implantes para
considerações sobre, 615-648
posições, 620-623
opções de tratamento para, 619-623
posição da linha labial superior, 619-619
sequência de, 619-619
projeto de próteses fixas para See also arco pré-maxilar
dimensão vertical de oclusão, 846-847
edentulismo maxilar anterior, consequências do, 830
fabricação de, 856-870
linhas labiais ativas, 850-856
método direto com técnica CAD-CAM, 856-864
plano de tratamento para, 834-836, 843-847
planos oclusais existentes (planos oclusais posteriores), 848-849
posição do bordo incisal mandibular, 848
posição do bordo incisal maxilar, 845-846
posição do lábio superior, 844-845
sobredentadura maxilar vs., 832-834
vantagens de, 830-834
sobredentaduras maxilares para, 639-648
opções de tratamento para, 643-646
PR-4, 646-646
PR-5, 644-646
próteses fixas vs., 647-647
Arco pentagonal, 623
Arco pré-maxilar
dentado e osso residual, 836
número de implantes e, 836-838
posterior, 838-843
Arcos parcialmente edentados, 461
classificação de, 461-471
histórico de, 461
planos de tratamento para, 461-476
classe I, 461-464
classe II, 464-466
classe III, 466-468
classe IV, 468-471
divisão A, 462-463, 465, 467-470
divisão B, 463, 465, 468, 470-471
divisão C, 463-466, 468, 471
divisão D, 464, 466, 468, 471
Área de superfície, 664-665
Articulação
simples, 421
Articuladores, 420-422
ajustável, 422
arco facial, 422
não ajustável, 421-423
seleção de, 422-423
semiajustável, 422-423
totalmente ajustável, 422-423
Avaliação pré-implante
avaliação de sítios com implantes, 141-145
diagnóstico e plano de tratamento, 141
escaneamento protético, 145
planejamento cirúrgico assistido por computador, 145-147
prótese com carga imediata, 148
Avaliação radiográfica de índices periodontais
B
Barra Hader, 769-770
Biofilme, 964-965
Biomateriais, 66-69-73, 88 Veja também tipos específicos de liga
biodegradação do, 67-68
carbono, 78
cerâmica, 73-78
cirúrgico, 66
corrosão de, 67-68
formato de, 66-67
histórico de, 66-67
metais, 69-73
pesquisa e desenvolvimento em, 67
polímeros, 78
propriedades do volume de, 67
propriedades físicas de, 67
propriedades mecânicas de, 67
ruptura por corrosão sob tensão de, 68-69
sintéticos, 66
aplicação futura de, 79
superfície de Veja também tipos específicos de biomateriais
características de, 79-87
energia de, 86
esterilização de, 87
interação tecidual e, 79-83
limpar quimicamente, 86
limpeza de, 86
modificações de, 86
passivação de, 86
poroso e propriedades de cobertura, 83-85
toxicidade de, 69
Biomecânica, 95-106
cargas, 95
força, 95-100
mecanismo de falha e distribuição de, 101-105
massa, 95
momento de inércia, 105-106
peso, 95
Biomecânica clínica, 95-106
Bruxismo, 208-215
diagnóstico, 208-212
fraturas por fadiga, 212
placas oclusais, 212-213
plano do tratamento, 215
C
CAD-CAM Veja também projeto assistido por computador/ produção assistida por
computador (CAD-CAM) para guias cirúrgicos
método direto com, 856-864
pilares, 521
tecnologia digital, futuro de, 719
Canal mandibular, 150-151, 426
Canino
pilar, 269f
Cantiléver
comprimento de, 101-105
em edentulismo parcial, 406-408
escondido, 581
oclusão implanto protegida e, 892-893
posições dos implantes, 257-267
posterior, 620
sobredentaduras mandibulares, 764
Carbono, 78
Carga óssea progressiva, 913-934 See also Ossos
baseada em estudos clínicos, 921-923
fases, 926-930
primeira consulta, 927-928
quarta consulta, 930
segunda consulta, 928-929
terceira consulta, 929-930
material oclusal, 926
momento para, 924-925
cicatrização inicial, 924-925
oclusão, 926
projeto da prótese, 926
protocolo para paciente completamente edentado, 925-926, 930-934
razões para, 920-923
Cargas Veja também Cargas específicas
mecânica, 107-118
Cargas mecânicas, 107-118
expressão genética, 112-113
mecanotransdução, 107-112
resposta biológica, 107
resposta biomecânica, 113-118
Casquete metálico, 862-863, 868, 928-929
Células
morfologia de, 111
organização de, 111
proliferação de, 110-111
Cerâmicas
alumínio, 73
bioativas, 73-78
biodegradável, 73-78
características da superfície de, 82
carbono, 78
compósito de carbono-silício, 78
fosfato de cálcio (CPCs), 73-78
aumento e reposição óssea, 73-74
condutividade de, 77-78
densidade de, 77-78
desvantagens de, 74-75
formas de, 75-77
implantes endósseos, 74
implantes subperiosteais, 74
microestruturas de, 75-77
propriedades bioativas de, 75
propriedades mecânicas de, 75-77
solubilidade de, 77-78
vantagens de, 74-75
hidroxiapatita (HA), 82-83
óxido de zircônio, 73
para implantes dentais, 73-78
titânio, 73
Cimento
para próteses fixas, 693-696
definitivo, 693-695
provisório, 693
radiopacidade de, 695
retenção See also Próteses Fixas
Cirurgia de implante
estágio 1, 31
estágio 2, 33
Classificação para maxila posterior de Misch, 561-567
opções subantrais para, 561-567
Clipe de Hader, 769-770
Cobalto, 81-82
Compósitos de carbono-silício, 78
Concavidades linguais mandibulares, 152
Contração da porcelana, 746
Contração da resina acrílica, 744-745
Contração dos metais, 745
Coroa
altura de, 893
espaço em altura, 221-230, 391-396
excessiva, 18-230, 391-393, 637-638
reduzida, 394-396
mandíbula posterior, 897
posterior, 893-899
ângulo da cúspide, 546-547
contorno de, 547-550
mandibular, 549
maxilar, 549-550
Coroa para dentes posteriores, 893-899
angulação da cúspide de, 546-547
contorno de, 547-550
mandibular, 549
maxilar, 549-550
Coroas em maxila posterior, 897-899
Coroas unidas, naturais vs. implantadas, 676-679
Corpo do implante
angulação de
cíngulo, 505-506
facial, 503-505
ideal, 505-508
moldagem para, 864-866
projeto, 348 See also Implantes
duração da força e, 368
influência sobre, 368
magnitude da força e, 364-366
relacionado a forças oclusais, 353-354
relacionado a fraturas, 364-366
biomateriais relacionados a, 366-367
resposta da célula óssea a, 355-356
regiões de, 30-31
corpo do implante, 30
plataforma, 30-31
tamanho de, 293 See also Implantes
área de superfície, 297
estética, 309-312
forças, 294-297
terminologia
Corpo do implante mais largo, 303-306
desvantagens de, 306
Custo
moldagens, 706
próteses fixas, 657-658
D
Deformação
causada por forças, 98
de moldagem, 741
Densidade óssea, 237-250
classificação de densidade óssea de Misch, 241, 916-916
etiologia da variável, 238-241, 914-916
força e, 918
índices de sucesso dos implantes, impacto sobre, 913-914
influência nos índices de sucesso dos implantes, 237
localização, 242-244
módulo de elasticidade e, 246, 917-917
osso e esquemas de classificação, 241
força de, 245-248
plano de tratamento, 248-250
razões científicas para, 245-248
pobre, 554-554
porcentagem de contato osso-implante e, 247, 918
radiográfico, 244-245
razões científicas para, 917-920
senso táctil, 245
transferência de tensão e, 247-248, 918-920
Densidade óssea radiográfica
Dentes destruídos
Dentes naturais
adjacente a sítios de implantes, 403-418
anatomia do osso adjacente, 404-406
cantiléveres em edentulismo parcial, 406-408
implantes conectados a dentes, 408-418 See also Mobilidade
opções de pilares, 403-404
paralelismo para, 679-680
pilares, 671-693
adjacentes a múltiplos sítios de implantes
falha endodôntica de
margem da coroa, 671-674
posição de, 671-674
vs. implante, 160-164
complexo nervoso sensorial vs. interface óssea direta, 162-163
complexo periodontal vs. interface óssea direta, 160-161
material oclusal, 163
mobilidade, 48-50
osso adjacente, 163-164
perda de, 164-165
projeto biomecânico, 161-162
Dentes pilares, cáries, 796
Dentes, reposição unitária de
anterior, 848
contraindicações e limitações de, 48
idade, perda relacionada com, 3-9
edentulismo parcial (perda dentária), 7-8
edentulismo total, 8-9
perda dentária unitária, 3-7
prótese parcial removível, 8
limitações da idade para, 51-489
Dentes unitários, guia para união, 413-414
Diagnóstico por imagem Veja também Imagens radiográficas Veja também tipos
específicos de
alternativas para, 438
escaneamento, 435
fabricação de, 435, 438
modelos para, 433-438
razões para, 434-435
terminologia, 433
Dieta, 925-926
Dimensão funcional do implante, 350-352
área de superfície funcional, 352
Dimensão vertical de oclusão (DVO), 856-862, 866-868
existente, 380-383
métodos de avaliação, 382-383
síndrome da combinação, 383
forma do dente posterior para, 953-953
métodos de avaliação, 951-952
posição do bordo incisal mandibular, 952-953
posição do dente posterior para, 954-956
Diretrizes para esplintagem, 413-414
Distorção da cera, 745
Doença perimplantar, 62-63
Dor, 51
DVO See also Dimensão vertical de oclusão (DVO)
E
Edentulismo Veja também Tipos específicos de
consequências anatômicas de, 10-15, 754-757
em tecido mole, 12-13
função mastigatória, 756-757
perda óssea, 10-12, 754-756
tecido mole, 12-13
consequências estéticas de, 14-15
dente único, 3-7
implante unitário, 6-7
próteses parciais fixas (pontes), 3-5
maxilar
formato da prótese fixa para, 638-639
implante para, 615-648
opções de tratamento para, 619-623
sobredentaduras maxilares implantossuportadas para, 639-648
parcial, 7-8
posterior
pré-maxilar
número e diâmetro dos implantes para, 628-629
planos de tratamento para, 626-629
planos de tratamento para edentados, 626-629
total, 8-9
Edentulismo maxilar
plano de tratamento para, 553-558 Veja também Osso; Implantes
altas forças oclusais, 556-557
contraindicações para, 558-558
espaço da altura da coroa, 554f
planos de tratamento com implantes, 629-638
considerações protéticas posteriores, 553-569f
diâmetro do implante, 629-632
histórico do tratamento e, 559-567
classificação para maxila posterior de Misch, 561-567
opções de enxerto em seio maxilar para maxila posterior, 560-560
revisão de literatura sobre, 559-560
número de implantes, 632-636
espaço da altura da coroa e, 637-638
Edentulismo na pré-maxila
múltiplos diâmetros adjacentes para, 626-628
número e diâmetro de implante para, 628-629
Edentulismo na região anterior da maxila, 615-619
limitações anatômicas do, 616-617
limitações biomecânicas do, 617-619
limitações de tratamento do, 615
Edentulismo unitário, 3-7
implantes unitários, 5-7
prótese parcial fixa (pontes), 3-5
Eixo “Y”, 426-427
Eixo “Z”, 432-433
Enceramento diagnóstico, 424
Entrega final, 864, 870
Escala de qualidade da saúde
Escala de qualidade de saúde em implantes, 973-977
Escaneamento, técnica unitária vs. dupla para, 435
Estética, 309-312
com tecnologias digitais, 700
corpo do implante, 309-312
múltiplos implantes anteriores, 310-312
para implantes unitários, 501
para próteses fixas, 689-689
próteses fixas, 656
reposição dentária posterior, 312
reposição unitária anterior em maxila, 309-310
Expansão do gesso, 743-744
expressão genética, 112-113
Extração de, com diagnóstico desfavorável, 372-378
implantes conectados a, 408-418
conectores não rígidos, 414-415
dentes naturais como pilares intermediários, 416-417
diretrizes para junção, 412-413
pilares naturais provisórios, 417-418
pilar intermediário, 416
união dentária por esplintagem, diretrizes para, 413-414
indicações para, 62-490
anodontia, 51-486
restaurações provisórias, 55-490
mobilidade de, 48
opções para, 62-60
espaço posterior, manutenção de, 48-58
implantes unitários, 48-61
prótese parcial fixa, 48-58
prótese parcial fixa adesiva, 46
próteses removíveis, 56-57
para perda dentária posterior, 62
para pré-molar, 57-491
para primeiro molar, 58-496
posição de, 849-849
seleção do corpo do implante para, 56
Extração de dentes com prognóstico desfavorável, 372-378
considerações endodônticas, 373-374
considerações periodontais, 374-377
considerações protéticas, 372
exemplos clínicos, 378
F
Fabricação
das próteses fixas, 689
estética para, 689-689
forças de impacto para, 690
laboratório, 688-689
materiais oclusais para, 689-693
modelos de estudo, 685-686
opção direta para, 683-684
opção indireta para, 686-687
modelos, 862
restauração final, 870
Fatores de força, 206 See also Arco
altura de espaço da coroa, 221-230
apertamento, 215-219
aplicação de força padrão nos dentes, 206-207
bruxismo, 208-215
dinâmica mastigatória, 230
interposição e tamanho da língua, 219-221
parafunção, 207-221
Faturas por fadiga, 168
Ferro, 81-82
Forame mentoniano, 150-151, 426
Força oclusal
projeto do corpo do implante relacionado à, 353-354
direção de, 354
influências sobre, 354
tipos de, 354
Forças, 95-101, 294-297
componentes de (vetor de resolução), 96
de cargas
impacto, 100
momento, 101
deformação causada por, 98
direção de, 296
duração de, 295
magnificação de, 296-297
magnitude de, 295
mecanismo de falha e transferências de, 101-105
braços de alavanca, 101-105
falha por fatiga, 105
momento de força, 101
tensão causada por, 98
tensão mecânica e distribuição de, 97-98
tensão causada por, 98-100
tipos de, 96-98, 295
Forças oclusais estáticas para, 690
de sobredentaduras implantossuportadas mandibulares de estrutura metálica, 868
modelos radiopacos totalmente edentados de, 438
temporário, 866
Forma de avaliação dentária
Fraturas
de próteses parafusadas, 748-748
fadiga, 168
materiais oclusais, 656-657, 691-692
pilar, 748-748
próteses e, 168-169
Fundições passivas, 738-741
G
Guias cirúrgicos, 446 Veja também Desenho e produção guias cirúrgicos assistido por
fabricação de, 446
técnicas fabricadas em laboratório, 442-445 See also Guias cirúrgicos
transformando guias radiográficos em, 445
H
Hidroxiapatita (HA), 82-85
Higiene, 971-972
I
Idade
da população, 2-3
limitações da reabilitação unitária posterior para, 51-489
perda dentária relacionada à, 3-9
edentulismo parcial (perda dentária), 7-8
edentulismo total, 8-9
perda dentária unitária, 3-7
prótese parcial removível, 8
Imagem de ressonância magnética (IRM), 148-149
Imagem See also Imagem radiográfica
Imagem quase tridimensional
Imagem radiográfica, 126-156
cefalométrica, 132
de estruturas vitais na implantodontia, 150-153
canal mandibular, 150-151
concavidades mandibulares linguais, 152
forame mentoniano, 150-151
ramo da mandíbula (sítio doador para enxerto autógeno ), 152
seio maxilar, 153
sínfise mandibular, 153
diagnóstico interativo, 139-148 See also Tomografia computadorizada interativa
(TCI)
fabricação de modelos diagnósticos usando, 154-155
tomografia computadorizada, 155
imagem de ressonância magnética, 148-149
modalidades para, 126-127
modelos para, 433-438
oclusal, 131
panorâmica, 133-135
periapical, 127-131
desvantagens de, 128
fases de, 129
técnicas para, 127
vantagens de, 128
perspectiva de, 156
plano de tratamento pré-cirúrgico e, 153-154
tomografia computadorizada, 154
pré-cirúrgico e diagnóstico, 127
técnicas para, 126
tomografia computadorizada, 135-139
Implante osseointegrado
planos de tratamento para, 315-336 See also Implantes dentais
Implantes
cavidade nasal, distância de, 426
componentes de, 31-38 Veja também Cirurgia de implantes; Próteses
comprimento de, 297-302
ideal, 303, 309
mais curto, 299-303
mais longo, 297-303
dentes naturais adjacentes a, 160-164, 403-418
anatomia do osso adjacente, 404-406
cantiléveres no edentulismo parcial, 406-408
complexo nervoso sensorial vs. interface
complexo periodontal vs. interface óssea direta, 162-163
distância entre, 425
falha de, 164-165
implantes conectados a dentes, 408-418 See also Mobilidade
material oclusal, 163
mobilidade, 48-50
opções de pilares, 403-404
osso adjacente, 163-164
projeto biomecânico, 161-162
diâmetro do, 303-308
estreito (mini), 307-308
largo, 303-306
vantagens cirúrgicas de, 303
vantagens da carga de, 304
vantagens protéticas de, 304-306
fatores de força, 187
implante e, distância entre, 425
largura ideal de, 309
ligada a dentes, 408-418
conectores não rígidos, 414-415
dente natural como pilar intermediário, 416-417
diretrizes para união, 413
pilares intermediários sobre implantes, 416
pilares naturais provisórios, 417-418
união de dentes, orientações para, 413-414
localização de
convencional, 561
enxerto de seio maxilar com instalação imediata ou tardia, 562-564
enxerto de seio maxilar com instalação tardia de, 564-567
levantamento de seio maxilar e simultâneo, 561-562
mobilidade de, 48-50
osso
densidade de, 187
disponível, 188
projeto de, 188, 340-348, 558 See also Corpo do implante
área de superfície funcional vs. teórica, 349
aspectos cirúrgicos de, 340-341
condição de superfície vs., 349-350
considerações apicais de, 363-364
contato osso-implante relacionado à carga oclusal, 352-353
dimensão funcional do implante, 350-352
“espaço biológico”, 341-348
falha relacionada ao biomaterial e magnitude da força, 367
geometria da rosca e área de superfície funcional, 356-361
plataforma, 340-348
prognóstico cirúrgico, 340-348
razões científicas para, 340-368
resposta óssea e, 361-363
seio maxilar (borda inferior), distância de, 426
tamanho de, 188
único dente, 5-7
complicações com, 529-539
contorno do perfil de emergência, 510-516
coroa maxilar anterior implantossuportada para, 499-502
coroa para, 529, 540-542 See also Coroa Veja também Técnica de restauração
direta para
estágio cirúrgico II para, 510-516
extração e, 516
fabricação de, 539-540
fase protética de, 517-521
final, 526-529
moldagem para, 521-529
posição do corpo do implante para, 505-508
posicionamento em profundidade do implante para, 508-509
preparação final para, 521-529
restauração de, 499-502
Implantes com formato de raiz
terminologia, 26-38
corpo do implante, 28-30 See also Corpo do implante; Implantes
protético, 28
Implantes curtos, 299-303
razões de, 301
vantagens de, 301-302
Implantes dentais See also Implantes
biomateriais para, 66-88
biomecânica em, 95-106
dente unitário, 5-7
complicações com, 529-539
coroa para, 529 See also Coroa
coroas implantossuportadas em maxila anterior para, 499-502
estágio II cirúrgico para, 510-516
extração e, 516
fabricação de, 539-540
fase protética de, 517-521
final, 526-529
moldagem para, 521-529
perfil de emergência dos tecidos moles, 510-516
posição do corpo do implante para, 508-509
posicionamento em profundidade do implante para, 508-509
preparo final para, 521-529
restauração do, 499-502
técnica de restauração direta para, 540-542
manutenção, 964-979
agentes quimioterápicos para, 973
biofilme, 964-965
Escala de Qualidade de Saúde em Implantes, 973-977
higiene oral do paciente, 971-972
índice estético para coroa de implante, 978
índices de sangramento, 968-979
perda da crista óssea, 970-971
procedimentos para, 973
profundidade da sondagem, 966-968
seleção de instrumento para, 972-973
planos de tratamento para, 315-336
osso disponível, 317-322
revisão de literatura, 315-317
razões para, 1-23
edentulismo, consequências anatômicas do, 10-15
envelhecimento da população, efeitos da, 2-3
perda dentária relacionada com a idade, 3-9
próteses implantossuportadas, vantagens de, 18-22
próteses totais, consequências negativas da, 16-18
reparo, 977-978
Implantes estreitos (mini), 307-308
desvantagens de, 308
Implantes unitários, 5-7
complicações com, 529-539
deficiência da papila interdental, 530-532
tecido mole, 529-530
técnica de tempo, 532-539
coroa para, 529 See also Coroa
coroas maxilares anteriores implantossuportadas para, 499-502
estética para, 501
opções de tratamento para, 500-501
estágio cirúrgico II para, 510-516
exodontia e, 516
fabricação de, 539-540
direta vs. indireta, 521-529
para coroas, 544-544
para coroas indiretas, 544
técnicas laboratoriais para, 526
fase protética do, 517-521
seleção do pilar, 517-521
final, 526-529
moldagem para, 521-529
perfil de emergência dos tecidos moles, 510-516
instalação imediata do implante após exodontia, 514-516
técnicas adicionais para, 511-512
técnica subtrativa pata, 511
posição do corpo do implante para, 502-508
angulação do corpo do implante, 503-508
mesiodistal, 502
vestibulopalatino, 503
posicionamento em profundidade do implante para, 508-509
junção cemento-esmalte, 508-509
margem gengival livre, 508-509
preparo final para, 521-529
prótese de, 499-502
técnica de prótese direta para, 540-542
para coroa, 542-542
técnica laboratorial para, 542
Implantodontia
canal mandibular, 150-151
concavidades mandibulares linguais, 152
forame mentoniano, 150-151
imagem radiográfica de estruturas vitais em, 150-153
ramo da mandíbula (local de doação para enxerto autógeno), 152
seio maxilar, 153
sínfise mandibular, 153
Índice de sangramento, 55-56, 968-968
Índices de estética de coroa sobre implante, 978
Índices periodontais, 46-63
avaliação radiográfica, 58-59
doença perimplantar, 62-63
dor, 51
índices de sangramento, 55-56
longevidade, 46-48
mobilidade, 48-50
percussão, 50-51
perda da crista óssea, 56-58
profundidade de sondagem, 51-55
revisão de literatura, 46
tecido queratinizado, 59-62
Insucesso clínico, 976-977
IPO See also Oclusão implantoprotegida (OIP)
J
Janela adaptativa, 240
Janela de desuso agudo, 240
Jateamento de partículas de titânio, 83-84
JEC See also Junção cemento-esmalte
Junção cemento-esmalte (JCE), 508f
L
Laboratório, técnicas digitais em
dental, 700-701
digital, 701
integração da prática clínica com, 713-714
Largura oclusal, 105
Ligas de cromo-cobalto-molibdênio, 72
Ligas de ferro-cromo-níquel, 72-72
Ligas See also Metais
baseado em ferro-cromo-níquel, 72-72
cobalto, 81-82
cromo-cobalto-molibdênio, 72
ferro, 81-82
interações teciduais com, 79-80
para implantes dentais, 69-73
titânio, 81
Linha alta do sorriso, 387-390, 850-856
Linha baixa do sorriso, 390
Linha plana arbitrária (média), 421-422
Linhas labiais ativas, 386-390
altura da papila, 856
linha labial alta mandibular, 390
linha labial alta maxilar, 387-390, 850-856
número de dentes, 850
número do dente, 386
Linhas labiais, ativas, 386-390
altura papilar, 856
linha labial mandibular alta, 387-390, 850-856
linha labial maxilar alta, 390
número de dentes, 850
número do dente, 386
Longevidade, 46-48
M
Magnitude do toque, 726-728
Maloclusão pseudoclasse III
Mandíbula completamente edentada, 600-613
dinâmica de, 602-605
movimentos mediais, 602
torsão, 602-604
fatores de força, 602
opções de tratamento para próteses fixas em, 604-612
a longo prazo, 612
opção 1, 604-605
opção 2, 607-608
opção 3, 608-610
opção 4, 610
opção 5, 610-612
próteses fixas vs. removíveis, 600-601
Mandíbula edentada Veja também Sobredentaduras implantossuportadas em
mandíbula
Manutenção, 964-979
agentes quimioterápicos para, 973
biofilme, 964-965
escala de Qualidade de Saúde em Implantes, 973-977
higiene bucal do paciente, 971-972
índice de sangramento, 968-968
índice estético para coroa sobre implante, 978
perda de crista óssea, 970-971
procedimentos para, 973
profundidade à sondagem, 966-968
seleção de instrumento para, 972-973
Margem gengival livre, 508-509
Materiais oclusais
conclusão para, 693
fraturas de, 691-692
Mecanotransdução, 107-112
resposta biológica, indicadores de, 109-112
teorias de remodelação óssea baseada na biomecânica, 108-109
Mesiodistal (eixo x), 427
Metais See also Ligas
interação tecidual com, 79-80
para implantes dentais, 69-73
titânio, 69-72
titânio-6 alumínio-4, vanádio (Ti, -6Al-4V), 69-72
Microcanais, 85-85
Mobilidade, 48-50
das sobredentaduras mandibulares, 579-581, 762-763 See also Próteses
classificação de, 763-764
horizontal, 411
implante, 411-412
sobre dentes, 411
natural vs. sistemas implantossuportados, 48-50
vertical, 410-411
de implante e dentes, 410-411
de próteses, 411
Modalidades de imagens análogas, 126-127
Modelos
articuladores, 420-422
ajustável, 422
arcos faciais, 822
não ajustável, 421-423
seleção de, 422-423
semiajustável, 422-423
totalmente ajustável, 422-423
cirúrgicos, 438-442 Veja também Classificação dos guias cirúrgicos
completamente limitados, 445
fabricação de, 438
material para, 440
modelos estereolitográficos, 450
não limitados, 442-445
parcialmente limitados, 445
projetos de, 441-442
próteses provisórias, 450
requisitos para, 438
restrições cirúrgicas para, 440-442
tomografia computadorizada, 445-450
modelos de gesso totalmente edentados, fabricação de, 438
para imagens radiográficas, 433-438
alternativas à, 438
escaneamento, 435
fabricação de, 435, 438
razões para, 434-435
terminologia, 433
plano de tratamento diagnóstico para, 424
completamente edentado, 424
parcialmente edentado, 424
relações maxilomandibulares, 423-424
interferências oclusais, 423-424
Modelos de gesso parcialmente edentados, fabricação de, 435
Modelos diagnósticos, 420-425
articuladores, 420-422
ajustável, 422
arcos faciais, 422
não ajustável, 421-423
seleção de, 422-423
semiajustável, 422-423
totalmente ajustável, 422-423
plano de tratamento diagnóstico para, 424
completamente edentado, 424
parcialmente edentado, 424
relações maxilomandibulares, 423-424
interferências oclusais, 423-424
Modelos radiopacos totalmente edentados, fabricação de, 438
Molares
primeiro
maxilar
pilar, 274-278
sítios de, 622-622
Moldagem dos dentes Veja também Moldagem
Moldagens, 703-718
acesso intraoral para, 705
captura de detalhe em, 705
custo de, 706
deformação permanente de, 741
desafios de, 706
diferenciação, 707-708
estabilidade a longo prazo, 706
etapas do procedimento para, 741
final, 866-868, 927
margens para, 706
materiais convencionais para, 703-706
materiais para, 741
moldeira individualizada para, 742
momento para, 705
mudanças dimensionais em, 741
para o corpo do implante, 864-866
precisão dimensional de, 705
preparo, 856-862
processo passo a passo para, 714-718
tecnologia por imagem confocal paralela, 707-708
triangulação da tecnologia de luz, 707
Moldeira individualizada para moldagens, 742
Movimentação See also Mobilidade
Músculo pterigoide
ipsilateral medial
lateral
N
Número de implantes, 278-285, 557
adicional, 558
chave, 557-558
influência da densidade óssea, 284-285
influência dos fatores de força do paciente, 284
máximo, 285
próteses fixas totais mandibulares, 285
próteses fixas totais maxilares, 285
Número máximo de implantes, 285
próteses fixas totais mandibulares, 285
próteses fixas totais maxilares, 285
O
Oclusão, comunicação de, 702-703
Oclusão implantoprotegida (OIP) See also Coroa
cantiléveres e, 892-893
existente, 880
momento de, 902-907
movimento horizontal de, 905-907
movimento vertical de, 903-905
para próteses fixas, 880
posições para, 900-902
prematuro, 880-882
Odontologia digital, para pilares, 747
O-rings, 766-767
abrasão de, 769
barra Hader e clipe para, 769-770
colocado para, 767-768
danos na instalação para, 769
dureza de, 768
extrusão e quebra de, 768
falha em espiral de, 769
materiais para sobredentaduras mandibulares implantossuportadas, 768
posição de compressão para, 769
sistema de conexão para, 766
solução de problemas, 768
tamanho de, 768
Osso abundante, divisão A, 322-323 Veja também Divisão A (osso abundante)
Osso disponível, 317-322
altura de, 318-319
altura do espaço da coroa, 321
angulação do, 321
comprimento de, 320
divisões de, 322-335
divisão A (osso abundante), 322-323
divisão B (osso pouco suficiente), 323-326
divisão C (osso comprometido), 326-332
divisão D (osso deficiente), 332-334
regiões posteriores, 334
largura de, 319-320
Osso, divisão A (osso abundante), 322-323
opções protéticas, 322-323
Osso, divisão B (osso pouco suficiente), 323-326
divisão B-w (B com menor largura), 326
Osso, divisão C (osso comprometido), 326-332
opções protéticas para, 332
regiões posteriores de, 326-332
Osso, divisão D (osso deficiente), 332-334
regiões anteriores de, 332-334
Ossos
P
Parafunção, 207-221
Parafusos das próteses, 725-730
Parafusos Veja também Parafusos para pilares
diâmetro de, 730
metal, 726
pilar, 724-725
afrouxamento, 725-730
conexão, 730-734
reapertamento, 734
projeto da cabeça de, 728-729
Paralelismo, 679-680
Percussão, 49-50
Perda de crista óssea, 56-58
manutenção, 970-971
Perda óssea, 10-12
PF-1, 195-196, 426, 428, 432-433
PF-2, 197-198, 426-427, 431
PF-3, 198-202, 427, 431
Pilar com diâmetro mais largo, 517-518
Pilar de implante, 680-683
Pilar em linha zero, 674-676
Pilares
alargamento de, 662-662
altura, 665
anatômicos pré-fabricados, 518-519
angulado, 520
área de superfície, 664-665
CAD/CAM, 521
cerâmicas, 519
complicações com, 747-748
cônicos, 664
dentes naturais, 671-693
insucesso endodôntico da posição de, 671-674
términos cervicais adjacentes a múltiplos sítios de implantes, 671-674
diâmetro mais largo, 517-518
duas peças, 669-671
fraturas, 748-748
geometria de, 665
implante, 680-683
linha tênue, 674-676
não paralelos, 680-683
odontologia digital para, 747
opções, 255-278
guia canina, 269-274
guia de primeiro molar, 274-278
posição dos implantes, 256-268
para próteses parafusadas, 663-665, 668-671, 724-725 Veja também Parafusos dos
pilares; Parafusos
baixo perfil, 735
cimento residual, 735-736
complicações de, 736-737
composição do metal, 730
condição de superfície, 730
contração da porcelana, 746
contração da resina acrílica, 744-745
contração de metal fundido, 745
desenho e número da rosca, 729
distorção de cera, 745
expansão do gesso, 743-744
fatores externos de força, 736-737
fixação de, 747
força, 735
fratura de, 748-748
magnitude do toque, 726-728
não paralelo, 736
passivo, 737-747 See also Moldagens
pré-carga, 726
proteção de, 734-735
solda, 746-747
vantagens de, 735-736
variância análoga em, 744
peça única, 668-669
personalizados, 520-521
pré-fabricados, 517-518
princípios para, 724-748
próteses fixas sobre implantes cimentadas
complicações com, 659-665
coroas unidas, 676-679
força, 658
inserção gengival, 659-660
não paralelo, 659
prótese recuperável, 651
residual, 658-658
retenção de baixo perfil, 658
término cervical, 660-661
trajeto de inserção, 679-680
vantagens de, 652-659
resistência e, 665-671
seleção de, 856-862, 866, 927
textura de superfície, 665
Pilares parafusados, 730-734 Veja também Conexões parafusadas
afrouxamento, 725-730
reapertamento, 734
Pilares provisórios com dentes naturais adjacentes a múltiplos sítios de implantes
Planos oclusais (planos oclusais posteriores maxilares e mandibulares), 385-386
Plataforma, 30-31
Plexo pterigomaxilar
Polímeros
elementos intramóveis, 79
estrutura biomédica, 78
inserções, 79
Pônticos, 620
Ponto focal, 138
Posição do bordo incisal mandibular, 952-953
Posição dos implantes, 187
angulação, 426
a partir de estruturas anatômicas e vitais, 425-433
apico-coronal (eixo z), 432-433
cantiléveres, 257-267
dentes ausentes, 8-267
diretrizes para, 425-433
mesio-distal (eixo x), 424-431
PF-1, 426, 428, 432-433
PF-2, 426-427, 431
PF-3, 427, 431
pônticos, 267-268
PR-4, 427, 431, 433
PR-5, 427, 431, 433
variações em, 431-432
vestibulolingualmente (eixo “y”), 426-427
PR-4, 427, 431, 433, 646-646
PR-5, 427, 431, 433, 644-646
Primeira prótese provisória, 927
Primeiros molares
pilares, 274-278
sítios de, 622-622
Produção linear vs. vertical, 702
Produção vertical, 702
Profundidade de sondagem, 51-55, 966-968
Projeto
de guias cirúrgicos
limites completos, 441-442
não limitados, 441
parcialmente limitados, 441
do corpo do implante, 348 See also Implantes
área de superfície teórica vs. funcional, 349
aspectos cirúrgicos de, 340-341
condições de superfície vs., 340-341
considerações sobre o ápice, 363-364
contato osso-implante relacionado à carga oclusal, 352-353
de implantes, 188, 340-348, 558 See also Corpo do implante
dimensão funcional do implante, 350-352
duração de força e, 368
“espaço biológico”, 341-348
falha relacionada ao biomaterial e magnitude de força, 367
geometria da rosca e área de superfície funcional, 356-361
influência sobre, 367
magnitude da força e, 364-366
plataforma, 340-348
prognóstico cirúrgico, 340-348
razões científicas para, 340-368
relação com forças oclusais, 353-354
relação com fraturas, 364-367
resposta das células ósseas ao, 355-356
resposta óssea e, 361-363
para o arco maxilar, 638-639 See also Arco pré-maxilar
consequências do edentulismo na maxila anterior, 830
dimensão oclusal vertical, 846-847
fabricação de, 856-870
linhas labiais ativas, 850-856
método direto com técnica CAD-CAM, 856-864
plano de tratamento para, 834-836, 843-847
planos oclusais existentes (planos oclusais posteriores mandibulares e
maxilares), 848-849
posição do bordo incisal mandibular, 848
posição do bordo incisal maxilar, 845-846
posição do lábio superior, 844-845
sobredentadura maxilar vs., 832-834
vantagens de, 830-834
Prótese final, 863
Prótese fixa total mandibular, 285
Prótese fixa total maxilar, 285
Prótese maxilar
avaliação do tecido duro, 940-941
forma do rebordo, 942
hidroxiapatita, 941-941
avaliação do tecido mole, 939-940
moldagem para, 942-944
opondo-se a uma prótese sobre implantes, 938-961
plano de oclusão maxilar posterior, 948-949
dimensão vertical de oclusão, 950-956
plano oclusal, 948-949
posição dos dentes maxilares anteriores para, 945-948
Prótese parcial provisória, 451
Prótese, pré-implante, 372-401 See also Tratamento
articulação temporomandibular, 396
dimensão vertical de oclusão existente, 380-383
espaço da altura da coroa, 391-396
extração de dentes com prognóstico desfavorável, 372-378
forma do arco, 396-397
linhas labiais ativas, 386-390
oclusão existente, 391
planos oclusais existentes (planos oclusais maxilares e mandibulares posteriores),
385-386
posição do bordo incisal mandibular, 383-385
posição do dente anterior maxilar, 379-380
prótese existente, 396
suporte por tecido mole, 397-398
Prótese provisória, 451
Próteses fixas, 650-696
acesso para, 657
arco mandibular total, 285
arco maxilar total, 285
carga axial, 655-656
carga progressiva, 652-655
cimentadas vs. parafusadas, 650-651 See also Pilares
complicações com, 659-665
coroas unidas, 676-679
força, 658
inserção gengival, 659-660
margem da coroa, 660-662
não paralelo, 659
prótese recuperável, 651
residual, 659
retenção de baixo perfil de, 658
trajeto de inserção, 679-680
vantagens de, 652-659
cimentos para, 693-696
definitivo, 693-695
provisório, 693
radiopacidade de, 695
custo e tempo para, 657-658
desgaste, 690-691
eficiência mastigatória de, 690
espaço inter-arcos para, 692
estética, 656
fabricação de, 683-687
estética para, 689-689
forças de impacto para, 690
forças oclusais estáticas para, 690
laboratório, 688-689
materiais oclusais para, 689-693
modelos de estudo, 685-686
opção direta para, 683-687
opção indireta para, 686-687
fratura do componente de, 657
fratura do material oclusal, 656-657
higiene de, 656
não passivas, 655
precisão de, 692
projeto para arco maxilar, 638-639 See also arco pré-maxilar
consequências do edentulismo maxilar anteiror, 830
dimensão vertical oclusal, 846-847
fabricação de, 856-870
linhas labiais ativas, 850-856
métodos diretos com técnicas CAD-CAM, 856-864
plano de tratamento para, 834-836, 843-847
planos oclusais existentes (planos oclusais maxilares e mandibulares
posteriores), 848-849
posição do bordo incisal mandibular, 848
posição do bordo incisal maxilar, 845-846
posição do lábio superior, 844-845
sobredentadura maxilar vs., 832-834
vantagens de, 830-834
proteção de, 650-651
prótese não retida de, 650
provisório, 684-685
Próteses implantossuportadas, 18-22
Próteses Veja também protético; próteses específicas
fabricação de, 34
laboratório, 38
implantossuportadas, 874-911 See also Oclusão implantoprotegida (OIP)
ângulo da cúspide da coroa posterior para, 887-887
articulação mutualmente protegida para, 888-891
carga protética angulada para, 885-887
confecção, 907
dentes naturais vs., 875-879
direção da força e mecânica óssea para, 883-885
oclusão implantoprotegida para, 879
orientação do corpo do implante para, 882-883
vantagens de, 18-22
volume ósseo para, 907-910
movimento de, 580-581
parafusadas
pilar para, 663-665, 668-671, 724-725 Veja também Parafusos para pilares
reembasamento, 455-459
classificação de, 457
condicionador tecidual para, 457
material ideal para, 455-459
material macio para, 457
material rígido para, 457
temporárias, 866-868
terminologia dos componentes, 28
Próteses Veja também Tipos específicos de
maxilares
avaliação do tecido duro, 940-941
avaliação do tecido mole, 939-940
considerações protéticas
moldagens para, 942-944
oposição a próteses sobre implantes, 948-949
posições dos dentes anteriores maxilares para, 945-948
parciais removíveis, 8
totais, 16-18
Próteses não paralelas, 736
Próteses parafusadas, pilares para, 663-665, 668-671, 724-725 Veja também
Parafusos para pilares; Parafusos
alteração dimensional do gesso, 743-744
baixo perfil, 735
cimento residual, 735-736
complicações de, 736-737
composição metálica, 730
condição da superfície, 730
contração da porcelana, 746
contração da resina acrílica, 744-745
contração do metal fundido de, 745
distorção da cera, 745
fatores externos de força, 736-737
fixação de, 747
força, 735
formato e número da rosca, 729
fratura de, 748-748
magnitude do toque, 726-728
não paralelo, 736
passivo, 737-747 See also Moldagens
pré-carga, 726
proteção de, 734-735
solda, 746-747
vantagens de, 735-736
variação análoga em, 743
Próteses parciais fixas, 3-5
Próteses pré-implante, 372-401 See also Tratamento
articulação temporomandibular, 396
dimensão vertical de oclusão existente, 380-383
espaço da altura da coroa, 391-396
exodontia com diagnóstico desfavorável, 372-378
forma do arco, 396-397
linhas labiais ativas, 386-390
oclusão existente, 391
planos oclusais existentes (planos oclusais posteriores maxilares e mandibulares),
385-386
posição do bordo incisal mandibular, 383-385
posição do dente anterior maxilar, 379-380
prótese existente, 396
suporte por tecido mole, 397-398
Próteses provisórias, 450-450, 927
para sítios parcialmente edentados, 451-455
prótese parcial removível, 451
próteses fixas, 451
próteses removíveis, 451-455
para sítios totalmente edentados, 455
prótese total, 455
Próteses provisórias imediatas não funcionais (N-FIT)
Próteses removíveis parciais, 8
Próteses sobre implantes cimentadas, 650-651 See also Pilares
complicações com, 659-665
coroas unidas, 676-679
força, 658
inserção gengival, 659-660
não paralelas, 659
reparabilidade da prótese, 651
residuais, 658-658
retenção de baixo perfil, 658
término cervical, 660-661
trajeto de inserção, 679-680
vantagens de, 652-659
Próteses totais
consequências negativas de, 16-18
consequências sistemáticas, 17
efeitos na fala, 18
função mastigatória, 16-17
perdas dentárias, aspectos psicológicos de, 18
próteses, satisfação de, 18
Protético, 193 Veja também Prótese
conectores para, 33-34
direta, 34
fixa, 195-202
PF-1, 195-196
PF-2, 197-198
PF-3, 198-202
indireta, 34-38
opções para, 195-202
projeto para completamente edentados, 193-194
projeto para parcialmente edentados, 195
removível, 202-203
PR-4, 203
PR-5, 203
Ptose
R
Radiografia cefalométrica, 132
Radiografia panorâmica, 133-135
Radiografia periapical, 127-131
desvantagens de, 128
fases de, 129
radiografia de controle, 130-131
radiografia do componente protético, 129
radiografia do pilar, 129
radiografia para manutenção, 130-131
radiografia pós-tratamento protético, 129
técnica para, 127
vantagens de, 128
Ramo da mandíbula, (local de doação para enxerto autógeno), 152
Reembasamento de próteses, 455-459
classificação de, 457
condicionador de tecido para, 457
material flexível para, 457
material ideal para, 455-459
material rígido para, 457
Registro de mordida, 856-862
Registro em mordida cêntrica, 856-862
Relação de arcos Classe II esquelética de Angle, 383-385, 396
Reposição unitária posterior
contraindicações e limitações de, 48
indicações para, 62-490
anodontia, 51-486
restaurações provisórias, 55-490
limitações da idade para, 51-489
opções para, 62-60
espaço posterior, manutenção de, 48-58
implantes unitários, 48-61
prótese parcial fixa, 48-58
prótese parcial fixa adesiva, 46
próteses removíveis, 56-57
para perda dentária posterior, 62
para pré-molar, 57-491
para primeiro molar, 58-496
seleção do corpo do implante para, 56
Resistência, 665-671
Resposta biológica, 107
células
morfologia de, 111
organização de, 111
proliferação de
indicadores de, 109-112
integrinas dos osteoblastos, 111-112
mediadores intracelulares, 109-110
Resposta biomecânica, 113-118
carga, 114-116
densidade estrutural, 117-118
espécies e localização anatômica, 116-117
limitações secundárias, 117
Restaurações
para sítios parcialmente edentados, 451-455
prótese parcial removível, 451
próteses fixas, 451
próteses removíveis, 451-455
para sítios totalmente edentados, 455
prótese total, 455
procedimentos para, 796-807
fase II laboratorial, 805
fase I laboratorial, 798-805
fase IV laboratorial, 806
fatores de força desafiadores, 807
moldagem final, 805
moldagem preliminar, 796-798
prova do casquete metálico e entrega final, 806-807
prova dos dentes, 806
prova dos dentes em cera e registros, 805-806
seleção do pilar, 796-798
Restaurações provisórias, 450-455, 489-490, 856-862
Revisão de literatura
edentulismo maxilar posterior, 559-560
implantes dentais, 315-317
índices periodontais, 46
sobredentaduras implantossuportadas, 578-579, 761-764
sobredentaduras mandibulares implantossuportadas, 578-579, 761-764
sobredentaduras maxilares implantossuportadas, 809-809
RM See also Imagem de Ressonância magnética
Rosca
área de superfície funcional e geometria da, 356-361
formato, 360-361
polegada da, 359-360
S
Saúde ideal, 974
Saúde satisfatória, 975-976
Seio maxilar, 153
anatomia de, 555
expansão de, 555
Síndrome combinada, 383
Sínfise mandibular, 153
Sobrecarga oclusal See also Fraturas
afrouxamento de parafusos, 169-170
sobre componentes protéticos, 168-170
Sobredentadura opção 1 (OD-1), 582-586, 774-778
Sobredentadura opção 2 (OD-2), 586-590
Sobredentadura opção 3 (OD-3), 590-592, 788-790
Sobredentadura opção 4 (OD-4), 592-594, 790-793
Sobredentadura opção 5 (OD-5), 594-595, 794-796
Sobredentaduras implantossuportadas
mandibulares Veja também Sobredentaduras implantossuportadas maxilares
componentes para encapsuladores metálicos, 767
conectores para, 765-770 See also O-rings
design e fabricação, 753-825
desvantagens de, 576-578, 759-761
fabricação de, 786-796
fatores de força desafiadores, 596
filosofia de, 575-576
movimento de, 579-581, 762-763
opções de tratamento para, 762, 773-786
opções para, 555
O-rings, 766-767
procedimento restaurador para, 796-807
revisão de literatura sobre, 578-579, 761-764
seleção de sítio para, 581-595, 771-773
vantagens de, 573-597, 757-758
maxilar Veja também Sobredentaduras mandibulares implantossuportadas
arco pré-maxilar, 811-813
complicações com, 817-818
edentulismo, consequências do, 807-808
localização posterior para, 813-814
planos de tratamento, 810-811, 814-817
procedimento restaurador para, 818
vs. próteses fixas, 808-811
Sobredentaduras mandibulares See also Sobredentaduras maxilares
conectores para, 765-770 See also O-rings
conectores para encapsuladores metálicos, 767
desvantagens de, 576-578, 759-761
fabricação de, 786-796
fatores de força desafiadores, 596
filosofia de, 575-576
movimentação de, 579-581, 762-763 See also Próteses
classificação de, 763-764
opções de tratamento, 762, 773-786
sobredentadura opção 1 (OD-1), 582-586, 774-778
sobredentadura opção 2 (OD-2), 586-590
sobredentadura opção 3 (OD-3), 590-592, 788-790
sobredentadura opção 4 (OD-4), 592-594, 790-793
sobredentadura opção 5 (OD-5), 594-595, 794-796
opções para, 574
O-rings, 766-767
T
Tamanho da língua e interposição lingual, 219-221
TCI See also Tomografia computadorizada interativa (TCI)
TC See also Tomografia computadorizada (TC)
Tecido queratinizado, 59-62
Tecnologia digital, 700-722
comunicação de oclusão, 702-703
em laboratório
dental, 700-701
digital, 701
integração da prática dentária com, 713-714
plano de tratamento e, 702
produção linear vs. vertical, 702
escâner digital intraoral tridimensional, 708-711
função e estética com, 700
integração do fluxo de trabalho, 711-713
moldagem, 703-718
acesso intraoral para, 705
captura de detalhes em, 705
custos de, 706
desafios de, 706
diferenciando, 707-708
estabilidade a longo prazo de, 706
margens para, 706
materiais convencionais para, 703-706
momento para, 705
precisão dimensional de, 705
processo passo-a-passo para, 714-718
tecnologia por imagem confocal paralela, 707-708
triangulação de tecnologia de luz, 707
odontologia CAD-CAM, futuro de, 719
processo digital, 701-701
produção linear vs. vertical, 702
projeto e fabricação computadorizados, 703
próteses fixas digitais, 702
Tecnologia por imagem confocal paralela, 707-708
Teorema do Equacionamento das Tensões, 159-188 See also Implantes
causas biológicas, 171-177
hipótese da osteotomia do implante, 171
hipótese de resposta autoimune do hospedeiro, 172
hipótese do “espaço biológico”, 172-175
hipótese do projeto da plataforma do implante, 175-177
hipótese do reflexo periosteal, 171
causas biomecânicas, 177-183
estudos animais, 179-180
hipótese do projeto do corpo do implante, 182-183
hipótese do trauma oclusal, 177-178
princípios da engenharia, 178
propriedades mecânicas do osso, 179
relatos clínicos, 181-182
contenção da perda da crista óssea, 184
biomecânica do projeto do implante, 184
fisiologia óssea, 184
dentes naturais vs. sistemas implantossuportados, 160-164
efeitos de, 186-187
número do implante, 188
perda em carga precoce, 165-168
biomecânica celular, 165-166
princípios da engenharia, 165-168
perda óssea marginal, 170-171
projeto da prótese, 187
sobrecarga oclusal em componentes protéticos, 168-170
Titânio, 69-73, 81
Titânio-6 alumínio-4 vanádio (Ti-6Al-4V), 69-72
Tomografia computadorizada interativa (TCI), 139, 148
formação da imagem, 141
usando a avaliação pré-implante
avaliação de sítios com implantes, 141-145
carga imediata, 148
diagnóstico e plano de tratamento, 141
escaneamento protético, 145
planejamento cirúrgico guiado por computador, 145-147
Tomografia computadorizada por feixe cônico, 136-139
Tomografia computadorizada (TC), 135-139
campo de visão, 139
cone-beam, 136-139
variação de dose efetiva, 139
desenvolvimento de, 136
histórico de, 135
médica, 136
ponto focal, 138
tipos de, 136-139
Tomografia médica computadorizada (CT), 136
Transferência do coping
Tratamento, 253-291
arcos parcialmente edentados, 461-476
classe I, 461-464
classe II, 464-466
classe III, 466-468
classe IV, 468-471
divisão A, 462-463, 465, 467-470
divisão B, 463, 465, 468, 470-471
divisão C, 463-466, 468, 471
divisão D, 464, 466, 468, 471
bruxismo, 215
coroas unidas vs. independentes, 287-291
densidade óssea, 248-250
edentulismo na maxila anterior, limitações da, 615
fatores de risco e, 255
fundições, 424
honorários para
economia de, 254-255
implante ósseo, 315-336
implantes dentais, 315-336
mandíbula totalmente edentada, 604-612
longo-prazo, 612
opção 1, 604-605
opção 2, 607-608
opção 3, 608-610
opção 4, 610
opção 5, 610-612
número de implantes e, 278-285
máximo, 285
opções de pilares, 255-278
próteses, 398-401
avaliação estética, 400
carga progressiva, 399
comportamento psicológico, 400
dimensão vertical de oclusão, 399-400
limitações financeiras, 399
próteses fixas, 398-399
próteses removíveis, 399
razões de, 253
sequência de, 255
sobredentaduras mandibulares implantossuportadas, 762, 773-786
sobredentadura opção 1 (OD-1), 582-586, 774-778
sobredentadura opção 2 (OD-2), 586-590
sobredentadura opção 3 (OD-3), 590-592, 788-790
sobredentadura opção 4 (OD-4), 592-594, 790-793
sobredentadura opção 5 (OD-5), 594-595, 794-796
tecnologia digital, 702
Triangulação de tecnologia de luz, 707
V
Vestibulolingual (eixo y), 426-427
vs. parafusadas See also Próteses fixas