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DIREITO DO TRABALHO - Aprendizagem Profissional
DIREITO DO TRABALHO - Aprendizagem Profissional
Aprendizagem profissional
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SUMÁRIO
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DIREITO DO TRABALHO
TEMAS DO DIA
Aprendizagem profissional.
RESUMO DA DOUTRINA
Prezados(as) alunos(as),
1. APRENDIZAGEM
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Art. 7º da CF/88: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito
e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz,
a partir de quatorze anos.
A aprendizagem somente é destinada aos empregados com menos de 18 anos? Não. A aprendizagem
é realizada entre 14 anos e 24 anos de idade. Vale ressaltar que o aprendiz com deficiência pode ser contratado
independentemente da idade.
ATENÇÃO!
As Atividades relacionadas à insalubridade, à periculosidade ou se incompatíveis com o
desenvolvimento físico e moral dos adolescentes deverão ser ministradas para os jovens de 18 a 24 anos.
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OBSERVAÇÃO!
“O contrato de aprendizagem previsto na CLT era regulamentado pelo Decreto nº 5.598/2005. Ocorre
que, no dia 22 de novembro de 2018, o Presidente da República editou o Decreto nº 9.579/2018 que
consolidou os atos normativos editados pelo Poder Executivo federal que dispõem sobre a temática do
lactente, da criança e do adolescente e do aprendiz, e sobre o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente, o Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente e os programas federais da criança e do
adolescente. Dessa forma, os dispositivos que antes constavam do Decreto nº 5.598/2005 foram compilados
nos art. 42 a 75 do novo Decreto nº 9.579/2018.” (CORREIA, 2021). Registre-se que o Decreto nº 11.479, de
2023 promoveu alterações no Decreto 9.579/2018, devendo ser lido do artigo 43 ao 76.
outros. O estagiário não é empregado e não tem os direitos trabalhistas asseguradas por expressa previsão na
legislação atinente conforme analisamos na rodada passada.
Para fins didáticos, segue tabela adaptada do Livro Manual de Direito da Criança e do Adolescente dos
Autores Paulo Lépore e Luciano Alves Rossato (2021, p. 138), que apresentam as principais diferenças entre
estágio e aprendizagem. Destacamos que iremos trabalhar as principais características dispostas na tabela
acerca da aprendizagem ao longo dessa rodada:
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O que é formação técnico profissional? De acordo com o art. 428, § 4º, da CLT, é aquele composta por
atividades teóricas e práticas, metodicamente organizadas
49603 em tarefas de complexidade progressiva
desenvolvidas no ambiente de trabalho.
2) Aprendiz: obriga-se a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação.
Requisitos de validade do contrato de aprendizagem: o art. 428 da CLT traça os requisitos de validade
do contrato de aprendizagem que deverão ser observados durante a contratação:
2º Requisito: A CTPS do empregado deve ser devidamente anotada constando a aprendizagem. Note-
se que, atualmente, a CTPS é emitida preferencialmente em meio eletrônico após as alterações promovidas
pela Lei 13.874/2019.
3º Requisito: Matrícula e frequência do aprendiz na escola caso não tenha concluído o ensino médio.
Note-se, portanto, que a aprendizagem é possível desde que a formação escolar seja garantida. Nas
localidades onde não houver oferta de ensino médio, a contratação do aprendiz poderá ocorrer sem a
frequência à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino fundamental.
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ATENÇÃO!
Nos termos do art. 428, § 6º, da CLT, a comprovação da escolaridade do aprendiz com deficiência deve
considerar as habilidades e competência relacionadas com a profissionalização.
Além disso, para o aprendiz com deficiência com 18 (dezoito) anos ou mais, a validade do contrato de
aprendizagem pressupõe anotação na CTPS e matrícula e frequência em programa de aprendizagem
desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica.
demanda dos estabelecimentos, é possível suprir por outras entidades qualificadas em formação técnico-
profissional metódica nos termos do art. 430 da CLT:
Estrutura: As entidades que irão fornecer os cursos de formação técnico-profissional deverão ter
estrutura adequada ao desenvolvimento dos programas de aprendizagem, de forma a manter a qualidade do
processo de ensino, bem como acompanhar e avaliar os resultados.
Art. 9º da CLT - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de
desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente
Consolidação.
Art. 47 do Decreto nº 9.579/2018. O descumprimento das disposições legais e
regulamentares importará a nulidade do contrato de aprendizagem, nos termos do
disposto no art. 9º da CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, situação em
que fica estabelecido o vínculo empregatício diretamente com o empregador
responsável pelo cumprimento da cota de aprendizagem.
Parágrafo único. O disposto 49603
no caput não se aplica, quanto ao vínculo, a pessoa
jurídica de direito público.
Contrato por prazo determinado: Como já ressaltado, o contrato de aprendizagem é realizado por
prazo determinado e não pode ser firmado por mais de 2 anos com o mesmo empregador. Se ultrapassado o
período, o contrato é convertido em contrato por prazo indeterminado.
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Exceção dos aprendizes com deficiência: não se sujeitam ao limite de prazo para contratação. Sendo
assim, o contrato pode ser celebrado com prazo de duração maior.
Salário: o aprendiz recebe salário e, portanto, todas as disposições da CLT acerca do pagamento e
garantias do salário devem ser estendidas a esses trabalhadores.
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Garantia do salário-mínimo hora: O aprendiz, salvo condição mais favorável, deve receber o salário-
mínimo hora:
Art. 428, § 2º da CLT: Ao aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o
salário-mínimo hora.
Direito ao vale-transporte: De acordo com o art. 70 do Decreto 9.579/2018, o aprendiz tem direito ao
benefício do vale-transporte previsto na Lei 7.418/1985 nos mesmos moldes dos demais empregados. Nas
rodadas de salário e remuneração, abordaremos com profundidade a regulamentação atinente ao vale-
transporte:
1.4. FGTS
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Direito ao FGTS: todos49603
os empregados urbanos e rurais têm assegurado o direito ao FGTS nos termos
do art. 7º, III, da CF/88. No entanto, os aprendizes têm uma particularidade em relação aos demais
empregados, pois os depósitos mensais pelo empregador correspondem a apenas 2% de sua remuneração. A
título de comparação, os demais empregados recebem o percentual de 8% de sua remuneração.
OBSERVAÇÃO!
As demais hipóteses acerca do FGTS são aplicáveis ao aprendiz como hipóteses de saque dos depósitos,
recebimento da indenização de 20% ou 40% sobre os depósitos a depender da espécie de término do contrato
e a possibilidade de solicitação do saque-aniversário. Teremos uma rodada específica apenas para
trabalharmos as características e regras do FGTS.
Jornada de trabalho do aprendiz: é reduzida, em regra, a 6 horas diárias. Excepcionalmente, poderá ser
ampliada para 8 horas, se o aprendiz já tiver completado o Ensino Fundamental, e, ainda, se nessas horas
forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica.
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Jornadas somadas: quando o aprendiz com menos de 18 anos for empregado em mais de um
estabelecimento, as horas de trabalho em cada um deles serão totalizadas.
ATENÇÃO!
Não confunda a prestação de horas extras do aprendiz com a prestação de horas extras do empregado
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adolescente:
b) Empregado adolescente não aprendiz: é possível a compensação de jornada por negociação coletiva
e a prestação de horas extras limitadas a 12 horas diárias na hipótese de força maior.
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Contratação de aprendizes: De acordo com o art. 429 da CLT, os estabelecimentos de qualquer natureza
são obrigados a contratar número de aprendizes equivalente a, no mínimo, 5% até, no máximo, 15% dos
trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional:
Lei nº 13.420/2017: estabeleceu a obrigação das empresas destinarem até 10% de sua cota de aprendizes à
formação técnico-profissional metódica em diversas áreas da atividade desportivas:
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Funções que demandam formação profissional compatível com a aprendizagem: são aquelas descritas
na Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho e o devem incluir todas as funções que
demandem formação profissional, independentemente de serem proibidas para empregados com menos de
18 anos:
Atividades excluídas da base de cálculo da cota de aprendizagem: são trazidas pelo §único do art. 52
e pelo art. 54 do Decreto 9.579/2018:
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Art. 52 (...) Parágrafo único. Ficam excluídas do cálculo as funções que: (Incluído
pelo Decreto nº 11.479, de 2023)
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II - os aprendizes já contratados. (Redação dada pelo Decreto nº 11.479, de 2023)
Entidades que estão dispensadas da contratação de aprendizes: De acordo com a CLT e com o Decreto
9.579/2018, não precisam contratar aprendizes as seguintes entidades:
Lei 13.840/2019: “modificou diversos artigos da Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas). Dentre as
alterações realizadas, houve modificação no Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (SISNAD) e
na oferta de vagas a aprendizes. Esse sistema tem
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o objetivo de prevenir o uso indevido das drogas, auxiliar
na reinserção social de usuários e dependentes e na repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito
de drogas. Com o objetivo de auxiliar a reinserção social dessas pessoas, a Lei estabelece como um de seus
princípios o estímulo à capacitação técnica e profissional e à edição de políticas voltadas à educação
continuada e ao trabalho.” (CORREIA, 2021)
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Empresas com dificuldade na contratação de aprendizes: há empresas cuja maioria das atividades
desenvolvidas dificilmente poderão ser utilizadas para empregar aprendizes. Nesse caso, surge a possibilidade
de instituição da cota social de aprendizagem.
Tendo em vista a obrigatoriedade do preenchimento da cota legal, surgem controvérsias acerca de seu
cumprimento nas atividades em que haja dificuldade na contratação de aprendizes, como ocorre em empresas
de vigilância e limpeza. Essas hipóteses receberam regulamentação no ano de 2015, com a edição da Portaria
nº 1.288/2015, a qual, todavia, foi revogada pela Portaria
49603 nº 21/2015.
Regulamentação da Cota social: No ano de 2016, o art. 23-A do antigo Decreto nº 5.598/2005
regulamentou a cota social de aprendizagem. Atualmente, o tema está disciplinado no art. 66 do Decreto nº
9.579/2018:
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I - os setores da economia em que a aula prática poderá ser ministrada nas entidades
concedentes; e (Redação dada pelo Decreto nº 11.479, de 2023)
I - órgãos públicos;
O que é a cota social? O estabelecido contratante que tiver atividades peculiares que criem embaraços
para aulas práticas, poderão celebrar termo de compromisso com unidade descentralizada do Ministério do
Trabalho para o cumprimento da cota em entidade concedente da experiência prática do aprendiz.
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Como funciona a cota social na prática? A empresa paga os salários e todos os demais direitos
trabalhistas do aprendiz, mas as atividades teóricas e práticas são realizadas em entidade concedente de
experiência prática do aprendiz, quais sejam: órgãos públicos, organizações da sociedade civil e unidades do
Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), cujo custo será arcado pela própria empresa
contratante.
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Prioridade: A seleção de aprendizes, nesse caso, deverá priorizar a inclusão de jovens e adolescentes
elencados nas hipóteses do art. 66, § 5º do Decreto nº 9.579/2018.
“No ano de 2017, o Ministério do Trabalho baixou a Portaria de nº 693/ 2017, para prever os
estabelecimentos que poderão requerer junto à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da
Unidade da Federação em que o estabelecimento estiver
49603 situado, a assinatura do Termo de Compromisso,
XI – Atividades de Telemarketing;
XII – Comercialização de combustíveis; e
XII – Empresas cujas atividades desenvolvidas preponderantemente estejam
previstas na lista TIP (Decreto 6.481/2008).
Formação de vínculo de emprego do aprendiz: De acordo com o Professor Henrique Correia (2021), o
vínculo empregatício do aprendiz poderá ocorrer de duas formas distintas: 49603
a) Diretamente com a empresa que presta os serviços: é a principal forma de contratação e o vínculo
é formado diretamente com a empresa onde se realizará a aprendizagem.
b) Entidades sem fins lucrativos ou de prática desportiva: supletivamente, com as entidades sem fins
lucrativos que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e à educação profissional ou com as entidades
de prática desportiva das diversas modalidades filiadas ao sistema nacional do desporto ou aos sistemas
estaduais, distrital ou municipal de desporto.
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OBSERVAÇÃO!
Note que nesse caso, há verdadeira intermediação de mão de obra prevista em lei, pois a entidades sem
fins lucrativos atuam como intermediários na relação. São elas que contratam o aprendiz, mas o trabalho é
prestado diretamente na tomadora dos serviços.
Extinção natural: ocorrerá com o termo final do contrato por prazo determinado após 2 anos de
prestação de serviços, ou ainda se o empregado aprendiz completar 24 anos.
Extinção antecipada: está prevista no art. 433 da CLT para as seguintes hipóteses:
I. desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz, salvo para o aprendiz com deficiência quando
desprovido de recursos de acessibilidade, de tecnologias assistivas e de apoio necessário ao desempenho de
suas atividades; (Redação dada pela Lei nº 13.146/2015)
OBSERVAÇÃO!
Note que a dispensa sem justa causa do aprendiz não é autorizado, pois o empregador para efetuar o
término antecipado do contrato deverá justificá-lo em uma das hipóteses do art. 433 da CLT.
VAMOS ESQUEMATIZAR?
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 10. ed. São Paulo: LTr, 2016.
CORREIA, Henrique; MIESSA, Élisson. Súmulas, OJs do TST e Recursos Repetitivos. 9. ed. Salvador: Juspodivm,
2021.
ROSSATO, Luciano Alves; LÉPORE, Paulo. Manual de Direito da Criança e do Adolescente. Salvador:
Juspodivm, 2021.
QUESTÕES PROPOSTAS
01 - Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: LIQUIGÁS Prova: CESGRANRIO - 2018 - LIQUIGÁS - Assistente
Administrativo I. Para a validação do contrato de aprendizagem de um menor aprendiz numa empresa
industrial, o assistente administrativo anotou na sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS): o seu
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número de matrícula, a frequência à escola onde ele está concluindo o ensino fundamental, assim como o
número de inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação do Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (SENAI). Esses registros são fundamentais porque
Alternativas
A) o contrato de aprendizagem é um contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo
estipulado de mais de 2 (dois) anos, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de
quatorze e menor de vinte e quatro anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-
profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico.
B) o descumprimento da legislação e regulamento importará na nulidade do contrato de aprendizagem,
estabelecendo vínculo empregatício diretamente com a empresa.
C) a contratação de aprendizes deverá atender, prioritariamente, aos adolescentes entre dezoito e vinte
e quatro anos, exceto quando as atividades práticas da aprendizagem ocorrerem fora do
estabelecimento, sujeitando os aprendizes à insalubridade ou à periculosidade, sem que se possa
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20% (vinte por cento), no mínimo, e 40% (quarenta por cento), no máximo, dos trabalhadores
existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional.
E) os estabelecimentos necessitam formalizar que a duração do trabalho do aprendiz excederá de 6
horas diárias até 8 horas diárias para os aprendizes que estejam cursando o ensino fundamental, se
nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica.
COMENTÁRIOS
Art. 428/CLT Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo
determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24
(vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica,
compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e
diligência as tarefas necessárias a essa formação.
§ 3 o O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto quando se
tratar de aprendiz portador de deficiência
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CLT. Art. 429. Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos
dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a cinco por cento, no mínimo,
e quinze por cento, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções
demandem formação profissional.
CLT. Art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a
prorrogação e a compensação de jornada. §1o O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas
diárias para os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas
as horas destinadas à aprendizagem teórica.
GABARITO: B
02 - Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: TST Prova: FGV - 2023 - TST - Juiz do Trabalho Substituto
Considerando as normas relativas ao contrato de aprendizagem, é correto afirmar que:
A) em qualquer hipótese, o contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de dois anos;
B) a duração do trabalho do aprendiz não excederá cinco horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a
compensação de Jornada;
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A. INCORRETA - CLT, Art. 428 da CLT, § 3o - O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais
de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência.
B. INCORRETA – CLT, Art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo
vedadas a prorrogação e a compensação de jornada.
§ 1o O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já tiverem
completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem
teórica.
C. INCORRETA – CLT, Art. 428, § 1o A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira
de Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz na escola, caso não haja concluído o
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D. CORRETA. CLT, Art. 433. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz
completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no § 5o do art. 428 desta Consolidação,
ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses
I - desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz, salvo para o aprendiz com deficiência quando
desprovido de recursos de acessibilidade, de tecnologias assistivas e de apoio necessário ao desempenho
de suas atividades;
E. INCORRETA. Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito
e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e
menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional
metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com
zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação
GABARITO: D
03 - Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: HORTOPREV - SP Prova: VUNESP - 2022 - HORTOPREV - SP - Assessor
Jurídico
Determinado empregado aprendiz, com jornada das 6h00
49603 às 12h00, celebrou acordo de prorrogação de horas
com seu empregador, obrigando-se a trabalhar mais duas horas diárias por duas vezes na semana. Diante
dessa situação, é correto afirmar que
A) o acordo de prorrogação é legal, pois a jornada total corresponde ao máximo de 8 (oito) horas.
B) o acordo de prorrogação é ilegal, mas serão devidas as horas extras laboradas além da sexta diária.
C) as horas extras só poderão integrar o banco de horas, por se tratar de contrato de aprendizagem.
D) a validade do acordo de prorrogação dependerá da concordância do representante legal, se o aprendiz for
adolescente.
E) as horas extras não serão exigíveis, pois a jornada de 6 (seis) horas ao empregado aprendiz é uma
liberalidade do empregador.
COMENTÁRIOS
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CLT
Art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a
prorrogação e a compensação de jornada.
§ 1o O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já tiverem
completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica.
O acordo de prorrogação de horas do aprendiz citado no enunciado é ilegal, pois é vedada a prorrogação e
a compensação de jornada dom aprendiz, entretanto, por coerência lógica, as horas extras já trabalhadas
são devidas, não cabe o enriquecimento do empregador as custas de uma ilegalidade.
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GABARITO: B
04 - Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Marília - SP Prova: VUNESP - 2017 - Prefeitura de Marília
- SP - Procurador Jurídico. Em relação ao contrato de aprendizagem, é corretor afirmar que 49603
Alternativas
A) poderá ser ajustado de forma tácita ou verbal.
B) deverá ser entabulado com o maior de 16 (dezesseis) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em
programa de aprendizagem, no qual se assegura formação técnico-profissional metódica.
C) garantirá o salário-mínimo mensal.
D) extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, salvo em se
tratando de portador de deficiência.
E) não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas em qualquer hipótese a prorrogação e a
compensação de jornada.
COMENTÁRIOS
a) CLT. Art. 428, caput. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por
escrito e por prazo determinado (...) 49603
b) CLT. Art. 428, caput. (...) em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14
(quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos (...)
c) CLT. Art. 428, §2º. Ao aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo hora.
d) CORRETA.
e) CLT. Art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas
a prorrogação e a compensação de jornada. § 1o O limite previsto neste artigo poderá ser de até
oito horas diárias para os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental se nelas
forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica.
GABARITO: D
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