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AFT DIREITO DO TRABALHO META 07 Relacao de Trabalho Lato Sensu
AFT DIREITO DO TRABALHO META 07 Relacao de Trabalho Lato Sensu
META 07
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SUMÁRIO
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TEMA DO DIA
RESUMO DA DOUTRINA
uma pessoa física a um determinado tomador de serviços, que pode ser pessoa física ou
jurídica. Além da relação de emprego, engloba outras formas de prestação de serviço, como
Note-se que o conceito de relação de emprego é mais restrito que a de relação de trabalho.
Relações de trabalho “lato sensu”: Nesse tópico, analisaremos as relações de trabalho que
não configuram vínculo de emprego, ou seja, são relações de trabalho que não são protegidas, em
regra, pelas normas de Direito do Trabalho. É necessário destacar a situação peculiar do trabalho
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avulso que, por previsão no texto constitucional, tem equiparados os direitos trabalhistas em relação
aos empregados.
Trabalho passou a ser competente para processar e julgar causas envolvendo relações de trabalho e
OBSERVAÇÃO!
seguinte tese de repercussão geral: “Preenchidos os requisitos dispostos na Lei 4.886/65, compete
representada comerciais, uma vez que não há relação de trabalho entre as partes".
Trabalhador autônomo: “é o prestador de serviços que atua como patrão de si mesmo, ou seja,
é a pessoa física que presta serviços por conta própria, assumindo os riscos do empreendimento.
(CORREIA, 2021).
fungível ou infungível. Será infungível quando o trabalhador não puder ser substituído por outra
pessoa, como é o caso do empregado no traço da pessoalidade. Nada impede, contudo, que a
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contratação ocorra de forma fungível, ou seja, contrata-se o serviço do autônomo, que poderá
o pintor envia um colega seu em seu lugar. Essa hipótese não descaracteriza o trabalho autônomo.
“O autônomo pode, contudo, ser pactuado com cláusula de rígida pessoalidade – sem prejuízo
3º desta Consolidação.
trabalhador autônomo, de acordo com as formalidades legais, exclui a condição de emprego prevista
na CLT. Além disso, o dispositivo permite que o autônomo seja contratado com ou sem exclusividade,
ainda que previsto em contrato a condição de trabalhador autônomo, o vínculo de emprego será
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Trabalho da ANAMATRA:
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1º, III e IV, 5º, caput e 7º da CF/1988), devendo o art. 442-B da CLT ser
sobre o autônomo, cuja legalidade é questionada na medida em que há previsão de normas sem
aparato legal que a embase. No entanto, é importante destacar as disposições desse diploma para
seu concurso:
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empregatício.
A Uberização das relações de trabalho é tema recente que poderá ser cobrado em seu
relação de trabalho autônomo. O tema vem sendo pautado nos mais recentes artigos e discussões
pessoas estão cada vez mais integradas ao meio digital e o uso de apps para o desenvolvimento
das tarefas cotidianas está cada vez mais presente. A utilização do celular para escutar uma
música, deslocar-se até a casa de um amigo, pedir comida, consultar e realizar transações
bancárias passou a ser a realidade da sociedade atual. Nesse sentido, diversas empresas passaram
Mas, afinal, o que significa “uberização” das relações de trabalho? A empresa Uber
Ocorre que os motoristas contratados pela Uber para prestar os serviços de transporte não são
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regulamentação das novas formas de trabalho que não se enquadram na configuração tradicional
do vínculo de emprego. A uberização das relações de trabalho pode ser conceituada como a nova
De acordo com o art. 11-A da Lei nº 12.587/2012, é de competência exclusiva dos Municípios
de comunicação em rede, tais como o Uber. Ocorre que somente a União pode versar sobre normas
de Direito do Trabalho (art. 22, I, CF/88). Portanto, persistem as dúvidas quanto à formação do
vinculado ao Ministério da Economia, que autoriza que os motoristas de aplicativo como o Uber
possam ser contratados como microempreendedor individual e, com isso, contribuir para o INSS.
Microempreendedor individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como
pequeno empresário, desde que seu faturamento não seja superior a R$ 60.000,00 por ano e que
No dia 18/12/2018, a 8ª Turma do TST proferiu decisão que não reconheceu o vínculo de emprego
de autonomia do trabalhador na prestação dos serviços. Além disso, de acordo com o tribunal, a
divisão dos valores arrecadados entre o motorista e o Uber aproxima-se de regime de parceria,
Há, entretanto, sentenças em várias partes do país, em primeira instância, que reconheceram
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Trabalho tem o posicionamento de que há presença de vínculo de emprego. Nesse sentido, houve
o ajuizamento de duas ações civis públicas, uma em face da empresa Loggi Tecnologia LTDA1 e
outra em face da empresa Ifood2. Na primeira delas (Loggi), o vínculo foi reconhecido na sentença
e na outra o pedido foi indeferido. Essas ações ilustram a forte controvérsia sobre o tema, o que
Trabalho eventual: O trabalhador eventual presta serviços ocasionais OU é aquele que atua
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Teorias que justificam o trabalho eventual (Maurício Godinho Delgado, 2016, p. 310-312):
atividade específica, sendo que seu trabalho dura enquanto persistir o evento
ocorrido, o qual não pode ter duração temporal muito ampla. Ou seja, o
1.3 Trabalhador avulso (art. 7º, XXXIV, CF/88 e Leis 13.815/2013 e 12.023/2009
pelo sindicato ou Órgão Gestor de mão de obra – OGMO. O obreiro avulso corresponde à modalidade
de trabalhador eventual que oferta sua força de trabalho, por curtos períodos entrecortados, a
distintos tomadores, sem se fixar especificamente a qualquer deles. A entidade intermediadora é que
Ausência de não eventualidade: Como o serviço é prestado para diversos tomadores por
intermédio de outra entidade (sindicato ou OGMO), está ausente o requisito da não eventualidade.
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direitos conferidos aos trabalhadores com vínculo empregatício (art. 7º, XXXIV).
Art. 7º, XXXIV, CF/88: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além
avulso.
(…)
Relação de trabalho avulso portuário (CORREIA, 2021): cabe destacar a presença de três
1) Operador Portuário, que é responsável pela exploração da atividade ligada aos portos;
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2) Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), por sua vez, que é criado pelo operador
Rotina do trabalhador avulso: “Esse trabalhador se dirige até os portos para concorrer à escala
de trabalho. Nem todos os dias conseguirá prestar serviços, pois há um rodízio entre eles. Cabe frisar
que ele deverá receber vale-transporte mesmo nos dias em que não for escalado para o trabalho. A
do Ogmo, exceto se o porto for particular; 2. o Ogmo, de acordo com o rodízio igualitário, escala os
trabalhadores entre os que estão presentes no dia; 3. o pagamento é feito pelo operador portuário
ao Ogmo, que, por sua vez, deve repassar em até 48 horas aos trabalhadores avulsos.” (CORREIA,
2021).
Intervalo mínimo: deve ser observado intervalo mínimo de 11 horas entre duas jornadas de
trabalho nas escalações do trabalhador portuário avulso, salvo situações excepcionais previstas em
do trabalhado avulso.
Funções do Órgão Gestor de Mão de obra: Estão previstas no art. 32 da Lei nº 12.815/2013:
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o no cadastro;
c) cancelamento do registro;
II - promover:
portuário avulso; e
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avulso; e
bloco e vigilância de embarcações, nos portos organizados. Essas categorias constituem categoria
exercer quaisquer das atividades abaixo desde que possuam a qualificação necessária. É importante
memorizar a diferença de cada uma dessas categorias que já foi objeto de concurso:
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embarcações;
ATENÇÃO!
De acordo com o art. 40, § 2º, da Lei 12.815/2013, a contratação de trabalhadores portuários
de capatazia, bloco, estiva, conferência de carga, conserto de carga e vigilância de embarcações com
vínculo empregatício por prazo indeterminado será feita exclusivamente dentre trabalhadores
Inscrição no cadastro de trabalhador portuário: Ressalta-se que, de acordo com o art. 41, §
1º, Lei nº 12.815/2013, somente poderá exercer a atividade de trabalhador portuário avulso aquele
que realizar a inscrição no cadastro do trabalhador portuário, a qual depende de prévia habilitação
profissional do interessado com a realização de treinamento pelo Ogmo. Além disso, a seleção para
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o trabalho deverá ser realizada de acordo com a disponibilidade de vagas e a ordem cronológica do
cadastro.
Divisão entre cadastrados e registrados: Os avulsos registrados primeiros são aqueles que
realmente são selecionados pelo Ogmo para trabalhar para o operador portuário que o requisitar. Os
cadastrados, por sua vez, apenas exercem a função de complementar a equipe quando não se
embarcações deve ser feita exclusivamente entre os portuários avulsos registrados (art. 40, § 2º, Lei
nº 12.815/2013).
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vigência da Lei nº 12.815/2013, em 5.6.2013, nos termos de seu art. 40, § 2º.
Prescrição do avulso:
Trabalhador avulso não portuário: “É considerado trabalhador avulso não portuário aquele
cuja atividade não é intermediada pelo órgão gestor de mão de obra, mas pelo sindicato da categoria
profissional respectiva. Esse trabalhador pode ou não ser sindicalizado. A intermediação feita pelo
sindicato não o obriga à filiação automática, que é uma prática vedada no país (art. 8º, V, da CF/88).”
(CORREIA, 2021).
em geral exercidas por trabalhadores avulsos, para os fins desta Lei, são
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são objeto de negociação entre as entidades representativas dos trabalhadores avulsos e dos
tomadores de serviços.
trabalhadores com vínculo empregatício ou em regime de trabalho avulso nas empresas tomadoras
ou à sua continuidade.
folhas de pagamento dos trabalhadores avulsos com a indicação do tomador de serviços (art. 4º,
Os tomadores dos serviços devem pagar ao sindicato os valores devidos pelos serviços
requisitado. Referido valor deve ser repassado aos beneficiários pelos sindicatos também no prazo
Lei nº 12.023/2009:
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trabalhador avulso;
trabalho;
condições de trabalho.
13o salário e férias acrescidas de 1/3 (um terço), para viabilizar o pagamento
extraordinários e noturnos;
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requisitado;
recolhimento dos encargos fiscais e sociais, bem como das contribuições ou de outras importâncias
devidas à Seguridade Social, no limite do uso que fizerem do trabalho avulso intermediado pelo
sindicato.
fornecimento dos Equipamentos de Proteção Individual e por zelar pelo cumprimento das normas de
segurança no trabalho.
A Justiça do Trabalho, conforme previsto no art. 114 da CF, é competente para julgar os
prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de
legislação própria.
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O tema será abordado de forma integral na rodada sobre modalidades de contrato de trabalho
com a análise da regulamentação trazida pela Reforma Trabalhista nos art. 443, § 3º e 452-A, ambos
da CLT:
(...)
não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos
descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias,
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I - remuneração;
V - adicionais legais.
Trabalho temporário: Previsto na lei nº 6.019/74, há uma relação triangular de trabalho entre
características:
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Trabalhador voluntário: ”no trabalho voluntário não há o requisito da onerosidade. Nesse caso,
o prestador de serviços não tem a intenção de receber qualquer contraprestação pelo trabalho
ou seja, é o trabalho desenvolvido de forma benevolente sem que haja a intenção de contraprestação
pelos trabalhadores prestados. Mas atenção! A falta de pagamento de salários não se confunde com
Sendo assim, um trabalho prestado em uma empresa não pode ser considerado trabalho voluntário.
Art. 1º. Considera-se serviço voluntário, para os fins desta Lei, a atividade
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privada, e o prestador do serviço voluntário, dele vendo constar o objeto e as condições de seu
que comprovadamente realizou no trabalho voluntário. Essas despesas devem estar expressamente
autorizadas pela entidade a que for prestado o serviço. Note-se que esses valores recebidos não
1.7 Cooperado
esforços, a alcançar um objetivo comum. O próprio nome já diz, cooperar é atuar em conjunto.
Exemplo: taxistas que se juntam para fundar uma cooperativa, com o intuito de dinamizar suas
atividades (prestar serviços de transporte para várias empresas e diminuir custos com novas
tecnologias, como rádios, GPS etc.). Às cooperativas de trabalho se aplica a Lei nº 12.690/12 e, no
que com esta não colidir, a Lei nº 5.764/70 e o Código Civil.” (CORREIA, 2021).
Ausência de subordinação: Entre cooperados não há qualquer subordinação. Dessa forma, não
atividade.
Art. 442 da CLT. Parágrafo único. Qualquer que seja o ramo de atividade da
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subordinados às ordens nem da cooperativa nem dos demais cooperados, pois prestam
transporte ou limpeza), não tem possibilidade de escolher determinada pessoa, pois houve a
a) Princípio da dupla qualidade: o filiado à cooperativa deve ser, ao mesmo tempo, cooperado
e cliente, sendo que o associado deve ser um dos beneficiários da atividade prestada pela
cooperativa;
associado receba uma retribuição pessoal superior àquela que receberia caso não estivesse
associado.
empregador por equiparação e estará sujeita a todas as normas que versam sobre os poderes e
cooperativas de trabalho.
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atividades laborativas ou profissionais com proveito comum, autonomia e autogestão para obterem
melhor qualificação, renda, situação socioeconômica e condições gerais de trabalho (art. 2º).
assembleia geral, das regras de funcionamento da cooperativa e da forma de execução dos trabalhos.
trabalhos.
Composição mínima: A cooperativa somente poderá ser constituída com número mínimo de 7
sócios.
Atenção! De acordo com o art. 5º da Lei nº 12.690/2012, “a Cooperativa de Trabalho não pode
12.690/2013:
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II - gestão democrática;
IV - autonomia e independência;
VI - intercooperação;
VIII - preservação dos direitos sociais, do valor social do trabalho e da livre iniciativa;
Estatuto Social.
do rol de direitos assegurados é importante para sua prova caso seja questionadas diferenças em
– Retiradas não inferiores ao piso da categoria profissional e, na ausência deste, não inferiores
desenvolvidas;
– Duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 horas semanais, exceto
quando a atividade, por sua natureza, demandar a prestação de trabalho por meio de plantões
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Ressalta-se que as normas de saúde e segurança do trabalho devem ser atendidas. No caso
normas, quando os serviços forem prestados em seu estabelecimento ou em local por ele
principais profissões regulamentadas que poderão ser cobradas em seu concurso e já iniciamos a
Além disso, daremos início à análise das normas de proteção ao trabalho da criança e do
adolescente, com destaque às diferenças entre aprendizagem e contrato de estágio (este último
também uma hipótese de relação de trabalho que não configura vínculo de emprego).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORREIA, Henrique; MIESSA, Élisson. Súmulas, OJs do TST e Recursos Repetitivos. 9. ed. Salvador:
Juspodivm, 2021.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 14. ed. São Paulo: Ltr, 2015
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2021.
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SILVA, Homero Batista Mateus da. Curso de Direito do Trabalho Aplicado. Livro das Profissões
QUESTÕES PROPOSTAS
COMENTÁRIOS
A, B, C, D e E- A questão suscitou diversas dúvidas e recursos. Assim, segue a resposta aos
recursos feitos contra o gabarito da questão, dado pelo TRT15ª:
"A questão suscitou bastante debate e isso é positivo. Não há, no entanto, motivo para alteração
do gabarito ou anulação da questão. O Enunciado da questão não deixa dúvida do que se pretende:
que se aponte dentre as alíneas enumeradas aquela que reflete os argumentos específicos e
adequados para a hipótese tratada. Ora, na hipótese tratada o empregador, uma instituição
educacional, explicitou o motivo pelo qual efetivou a dispensa da professora, que era uma
professora de ensino religioso. Assim, em sua defesa não seria próprio falar em “direito
potestativo”, vez que isso não representaria um fundamento jurídico para o motivo que ele mesmo
aduziu para a efetivação da dispensa. Dentre as opções apresentadas, sob a perspectiva do
empregador, a única que se relaciona juridicamente ao motivo alegado é a que traz o fundamento
do direito de imagem, vez que a instituição de ensino buscava, pela dispensa da professora, como
dito no enunciado da questão, preservar as suas diretrizes religiosas.
De outra parte, as expressões intimidade e privacidade são comumente apresentadas
como sinônimas e ainda que alguns autores tenham tentado apresentar uma diferenciação
a respeito não há unanimidade ou mesmo predominância teórica a respeito. Como esclarece
Sandra Lia Simón, na obra, Proteção Constitucional da Intimidade e da Vida Privada do
Empregado, “Como se pode perceber, é extremamente complexa a tarefa de conceituar o direito à
intimidade e à vida privada. Tanto que muitos doutrinadores não se arriscaram a elaborar um
conceito preciso e terminam por analisar casos práticos, a fim de verificar os parâmetros que
delimitam a definição. Outros apenas mencionam que tipos de proteção estão compreendidos
nesses casos, para, depois, analisá-los.” (São Paulo: LTr, 2000, p. 78)
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De todo modo, a hipótese está mais próxima do direito à intimidade, vez que não houve invasão
da privacidade da trabalhadora, tendo havido mais propriamente um ferimento de ordem moral,
dada a produção de um efeito negativo pela sua opção de, mesmo sendo professora de ensino
religioso, não seguir preceitos religiosos que a impediriam de se divorciar e se casar novamente.
Sua privacidade não foi invadida e a indenização por dano moral pleiteada estará
melhor fundamentada pela dor moral, de natureza íntima, conforme, ademais,
manifestado expressamente na decisão judicial utilizada como paradigma, proferida pela 1ª. Turma
do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. Ainda assim, cabe reiterar: no conjunto, os
fundamentos da alínea “d” são bem mais adequados e específicos do que aqueles trazidos nas
demais alíneas, incluindo os da letra “c”, pois o argumento do direito potestativo é genérico, não
cuidando, especificamente, da situação tratada.
LETRA D
02. FGV - 2022 - TRT - 13ª Região (PB) - Analista Judiciário - Área Judiciária
Flávio é um jovem de 17 anos de idade que, como muitos outros brasileiros, estuda e trabalha com
sacrifício desde os 16 anos de idade para se manter e ajudar a sua família. Atualmente Flávio procura
emprego, e foi selecionado para uma vaga como recepcionista numa casa noturna de shows
musicais, na qual trabalhará de 4ª feira a domingo, dias em que o estabelecimento tem maior
movimento, das 20:00 às 5:00 horas, com 1 hora de pausa. O futuro empregador assegurou que
Flávio terá a CTPS assinada e todos os direitos legais garantidos.
A respeito da situação retratada e dos termos da CLT e da Constituição Federal, assinale a afirmativa
correta.
COMENTÁRIOS
A, B, C, D e E- Art. 7º, XXXIII, CF: XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a
menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de
aprendiz, a partir de quatorze anos;
LETRA B
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33
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PRÉ-EDITAL AFT
DIREITO DO TRABALHO – META 07
1. E
2. D
3. D
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34
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