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Aft Direito Constitucional Meta 03 Poder Constituinte 1
Aft Direito Constitucional Meta 03 Poder Constituinte 1
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META 03
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DIREITO CONSTITUCIONAL – META 03
SUMÁRIO
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TEMA DO DIA
Poder Constituinte
Segundo Canotilho, o Poder Constituinte se revela como uma questão de “poder”, “força” ou
“autoridade” política que, em uma situação concreta, pode criar, garantir ou eliminar uma
“O poder constituinte é a energia (ou força) política que se funda em si mesma, a expressão
comunidade política. Autoridade suprema do ordenamento jurídico, exatamente por ser anterior a
qualquer normatização jurídica, o poder é o responsável pela elaboração da Constituição, esta norma
jurídica superior que inicia a ordem jurídica e lhe confere fundamento de validade.” (MASSON, 2021,
p. 99).
Emmanuel Joseph Sieyès: Autor relevante para memorização conhecido como o precursor dos
A doutrina aponta a existência de três poderes constituintes: originário, derivado e difuso, que
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constitucionais. O adjetivo “originário” é empregado para diferenciar o poder criador de uma nova
constituição daqueles instituídos para alterar o seu texto (Poder Constituinte Derivado) ou elaborar
Constituinte Originário pode ser definido, portanto, como um poder político, supremo e originário,
Em resumo, o Poder Constituinte originário é aquele que elabora e impõe a vigência de uma
Constituição de um Estado. O Poder Constituinte Originário instaura uma nova ordem jurídica,
De acordo com o Luís Roberto Barroso (2011, p. 95), o Poder Constituinte está presente desde
as primeiras organizações políticas. Por sua vez, a teoria do Poder Constituinte somente aparece com
o constitucionalismo moderno.
formas típicas:
B) Criação de um novo Estado: atualmente, a xciração de novos estados ocorre nos casos de
divisão de um país ou união ou pela emancipação de uma colônia ou libertação de dominação. Ex.:
fim do colonialismo europeu ao longo dos Séculos XIX e XX e desmantelamento da União Soviética;
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• Inicial: Inaugura toda a normatividade jurídica, ou seja, não existe nenhum poder anterior ou
acima dele;
Exatamente por isso, ele não pode integrar à ordem jurídica que ele mesmo
inicia, tampouco ser regido por ela. Como o poder constituinte também não
ele não pertence a ordem jurídica alguma, por isso não pode ser objeto de
• Autônomo: NÃO convive com nenhum outro poder que tenha a mesma hierarquia. Cabe
apenas ao seu titular a escolha do conteúdo que será consagrado na Constituição Federal;
• Ilimitado: para parte da doutrina, o Poder Constituinte originário não encontra limites. No
entanto, conforme será abordado existe corrente que defende a presença de limites
• Latente: É atemporal, contínuo, pois está pronto para ser acionado a qualquer momento.
“Diz-se ser o poder permanente, pois ele não se esgota quando da conclusão da Constituição.
Ele permanece, em situação de latência, podendo ser ativado quando um novo “momento
portanto, não desaparece quando finaliza seus trabalhos e institui um novo Estado jurídico,
OBSERVAÇÃO!
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são aqueles que o indivíduo passou a ter direito, mas ainda nãos realizou. De acordo com
Masson (2021, p. 106-107), não há direitos adquiridos frente a uma nova Constituição diante
das características de ser o poder constituinte inicial, incondicionado e ilimitado sob o aspecto
jurídico.
constitucionais.
da Constituição.
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criação de suas normas ocorre a partir da tradição de uma determinada sociedade, como ocorre
brasileira de 1988).
constituição, elegendo os valores a serem consagrados e a ideia de direito que irá prevalecer.
Constituinte Material.
OBSERVAÇÃO:
“O Poder Constituinte Material precede o Formal em dois aspectos: (I) logicamente, porque 'a
ideia de direito precede a regra de direito; o valor comanda a norma; a opção política fundamental, a
forma que elege para agir sobre os fatos; a legitimidade, a legalidade'; e (II) historicamente, pois o
triunfo de certa ideia de direito ou nascimento de certo regime ocorre antes de sua formalização”
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acima de toda e qualquer norma jurídica, devendo ser considerado um poder político
liberado de valores referentes à sua legitimidade. Por ter o seu sentido na existência
existência estatal a ser consagrada na constituição, sem ter que se justificar em uma
II- autônomo, por caber apenas ao seu titular a escolha do conteúdo a ser
consagrado na constituição; e
conteúdo.
apesar de não encontrar limites no direito positivo anterior, estaria subordinado aos
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titularidade.
terceira vertente híbrida, pela qual o poder constituinte tem natureza política e jurídica.
Seria manifestação de poder de fato na ruptura com o ordenamento vigente, mas poder
“A visão positivista de que o Poder Constituinte Originário tem plena liberdade para definir o
conteúdo a ser consagrado no texto constitucional é refutada com base no argumento de que, fora
do direito positivo interno, existem limitações materiais a serem observadas” (NOVELINO, 2017, p.
74).
demarcando sua esfera de intervenção. Nesse sentido, parte da doutrina sustenta o dever
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jurídicos como, por exemplo, as obrigações impostas ao Estado por normas de direito
fenômenos que têm contribuído para relativizar a soberania do Poder Constituinte. Sob
morte para além dos casos de guerra externa, antes o disposto na Convenção Americana
sobre Direitos Humanos, que veda o restabelecimento da pena de morte nos Estados que
a hajam abolido.
Durante a Idade Média, a titularidade pertencia aos soberanos como entidades divinas e que
não se submetiam a nenhuma limitação (MASSON, 2021, p. 101). Esse cenário é modificado com o
constitucionalismo moderno e existem duas teorias que pretendem justificar a quem pertence o
1. Soberania Nacional (Sieyès): a Constituição não era elaborada pelo povo, mas decorria
poder constituinte reside sempre na soberania do povo. Essa posição deve ser defendida
nas provas.
quanto no art. 1º, parágrafo único (“Todo poder emana do povo...”) denotam a adoção da soberania
popular.
Exercício do Poder Constituinte: não se confunde com sua titularidade. Em muitos Estados, a
assembleia nacional constituinte é um órgão representativo da soberania popular que exerce o Poder
Constituinte em nome de seu titular. Para Masson (2021, p. 102 e 103), o Poder Constituinte
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Constituinte.
participação popular.
OBSERVAÇÃO!
Masson (2021, p. 103), havia polêmica, hoje superada, de que a CF/88 seria fruto de poder de
reforma, pois a assembleia constituinte foi convocada por Emenda à Constituição anterior. No
entanto, diante do rompimento com a ordem anterior, da validação pela escolha dos representantes
2.6. Legitimidade
ser considerado legítimo, o Poder Constituinte deve ser exercido por representantes do
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anseios de seu titular. Nesse contexto, Canotilho afirma que o critério da legitimidade do
Poder Constituinte não é a mera posse do poder, mas a conformidade do ato constituinte
momento histórico. A consagração de uma justa ordenação dos interesses e forças sociais
as regras instituídas pelo Poder Constituinte Originário. Caracteriza-se por ser um poder instituído,
lado, prevalece na doutrina o uso da expressão como sinônimos, com a noção de que o poder
constituinte derivado é aquele que decorre imediatamente do poder originário e, por essa razão,
também guarda algumas características de criação de normas. Por sua vez, parcela considerável da
doutrina entende que se trata de poderes constituídos, pois são completamente condicionados pelo
originários e não criam uma ordem jurídica (MASSON, 2021, p. 110). Tendo em vista que todas as
expressões podem ser usadas em seu concurso, ressaltamos no título todas as formas que a
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o caso do controle exercido pelo STF sobre Emendas Constitucionais (MASSON, 2021,
p. 111)
• Condicionado ou limitado: Só pode ser exercitado nos casos previstos pelo Poder
Constituinte Originário.
O Poder Constituinte Derivado possui três subespécies: reformador, decorrente e revisor, que
específico, estabelecido pelo Poder Constituinte Originário. Ao contrário deste, que é um poder
político, o Poder Constituinte Derivado Reformador tem natureza jurídica, pois deve obedecer às
“Já se sabe que o poder constituído derivado reformador (ou, simplesmente, poder reformador)
ajustar e atualizar o texto constitucional aos novos ambientes formatados pela dinâmica social.
Isso ocorre porque as Constituições não podem ser imutáveis, precisam se adaptar às
mudanças sociais e à evolução histórica, sob pena de o texto perder a sintonia com a realidade que
Em princípio, o Poder Constituinte de Reforma NÃO pode criar cláusulas pétreas: somente o
Poder Constituinte Originário pode fazê-las. No entanto, pode ampliar o catálogo dos direitos
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Tendo em vista a rigidez para a reforma da Constituição Federal por meio de emendas
constitucionais, existem diversos limites impostos ao Poder Constituinte reformador que serão
A) Limites temporais: são as vedações impostas pela Constituição Federal de alteração dos
Quais são os limites temporais previstos na CF/88? A Constituição Federal de 1988 não estabelece
excepcionais descritas na Constituição, que tornariam sensíveis qualquer mudança que pudesse
Quais são os limites circunstanciais previstos na CF/88? De acordo com o art. 60, § 1º, do texto
constitucional, a CF não pode ser emendada durante a vigência de intervenção federal, estado de
Art. 60, § 1º, da CF/88: A Constituição não poderá ser emendada na vigência
Quais são os limites formais previstos na CF/88? A doutrina divide os limites formais em subjetivos
e objetivos:
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Senado Federal;
II - do Presidente da República;
membros.
• Pelo menos 1/3 dos membros da Câmara dos Deputados OU do Senado Federal (atenção
as casas);
• Presidente da República;
• + da ½ das assembleias legislativas, desde que aprovado em cada por maioria relativa.
constitucional por iniciativa popular diante da ausência de previsão constitucional nesse sentido,
constitucional.
• Quórum de votação: 3/5 dos votos em dois turnos de votação em cada casa do Congresso
Nacional.
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LEMBRE-SE: De acordo com o art. 5º, § 3º, da CF/88, os tratados e convenções internacionais sobre
direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por
três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem (art. 60, § 3º, da CF/88).
Note-se, portanto, que a proposta de emenda à Constituição não é encaminhada para sanção
não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (art. 61, § 5º, da CF/88)
O que é sessão legislativa? “A sessão legislativa ordinária é anual e compreende dois períodos
matéria constante de proposta de emenda rejeitada somente poderá ser reapresentada a partir do
D) Limitações materiais: há limites de conteúdo para modificação do texto constitucional por opção
pétreas, pois apresentam impactos inclusive em outros ramos do Direito. De acordo com o
art. 60, § 4º, da CF/88, não é possível a deliberação de proposta de emenda constitucional
2) Voto direto, secreto, universal e periódico (ATENÇÃO! Não há previsão do voto obrigatório
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entanto, essas emendas não podem violar o núcleo essencial das cláusulas pétreas. Não se trata,
portanto, de uma vedação absoluta à alteração do texto constitucional (NOVELINO, 2020, p. 83).
POSIÇÃO DOUTRINÁRIA: “É claro que as normas que estão protegidas como cláusulas
pétreas não podem ser revogadas ou restringidas pelo poder de reforma, ao passo que as demais
normas constitucionais, que não estão amparadas de forma idêntica, podem. Mas isso não torna o
normas imune a algo que atinge o segundo: as reformas constitucionais.” (MASSON, 2021, p. 117)
CLÁUSULAS PÉTREAS
Estado. A forma federa é aquela que prevê a descentralização do poder, que deixa de ser exercido
Como funciona o federalismo no Brasil? De acordo com o art. 1º, “caput”, da CF/88, o Brasil é
uma República Federativa e é composta pelos seguintes entes federativos: União, Estados,
Distrito Federal e Municípios. Esses entes apresentam autonomia, sendo que os Estados e DF não
são subordinados à União e os municípios não são subordinados aos Estados e à União. Note-se
2) Voto direto, secreto, universal e periódico: o voto consiste na forma de expressão da cidadania
voto:
- Voto direto: escolha dos representantes é realizada diretamente pelo povo sem intermediários;
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- Voto secreto: o eleitor tem o direito de votar sem que nenhuma outra pessoa saiba quem ela
- Voto universal: o voto é garantido a todos os cidadãos sem distinção. Vale ressaltar que há
- Voto periódico: visa assegurar a alternância de poder nos Poderes Executivo e Legislativo de
3) Separação de poderes: Os Poderes do Estado são divididos em três de acordo com o art. 2º
da CF/88: Executivo, Legislativo e Judiciário. Cada poder exerce funções típicas e atípicas que são
poderes. Qualquer proposta tende a abolir esse sistema de freios e contrapesos viola cláusula
pétrea.
faça parte. Ex.: anterioridade tributária do art. 150, III, “b”, da CF/88 foi considerada cláusula pétrea
pelo STF.
(3ª dimensão).
existência de limitações que não estão expressas no texto constitucionais, mas são
não pode ser modificado pelo poder constituído. Além disso, não se admite a alteração das
regras sobre emenda constitucional, pois haveria invasão de atribuição do poder originário.
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previstos pelo poder originário que não podem ser alterados sem quebrar a identidade
constitucional;
constitucional previsto no art. 60 da CF/88 sem que haja desnaturação do Poder reformador.
Segue resumo acerca dos limites impostos ao poder constituinte derivado reformador:
• Formais:
o Subjetivas: Iniciativa;
ordem.)
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.)
limitações expressas;
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Assim como o reformador, também é jurídico e limitado pelo originário. Possui o objetivo de
organização estabelecida pelo originário. Tal capacidade consta artigo 25 da CF/88, o qual dita que
“os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e Leis que adotarem, observados os
A doutrina aponta que os princípios que devem ser seguidos pelos Estados-membros são:
c) autonomia municipal;
b) Princípios constitucionais estabelecidos: Regras previstas para outros entes que, por
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estados pelo princípio da simetria, e podem ser expressos ou implícitos. Ex: Sistema
2ª Corrente (MAJORITÁRIA): Inexiste tal poder no âmbito dos municípios, pois estes
decorrente somente existe em face do segundo grau, ou seja, quando extrai seu
OBSERVAÇÃO:
O Distrito Federal, de acordo com o art. 32, caput, da CF/88, será regido por lei orgânica, votada
em dois turnos com interstício mínimo de 10 dias e aprovada por 2/3 da Câmara Legislativa, que a
promulgará. Tal lei orgânica deverá obedecer aos princípios estabelecidos na Constituição Federal.
Dessa forma, embora a posição particular ocupada pelo DF na Federação, já que a sua
autonomia é parcialmente tutelada pela União (arts. 21, XIII e XIV, e 22, XVII), além de acumular
competências legislativas reservadas tanto aos Estados como aos Municípios (art. 32, § 1.º), a
Nesse sentido, em interessante demonstração, o Min. Carlos Britto afirmou que, “conquanto
submetido a regime constitucional diferenciado, o Distrito Federal está bem mais próximo da
estruturação dos Estados-membros do que da arquitetura constitucional dos Municípios” (ADI 3.756,
constituinte derivado decorrente, qual seja, a competência que o DF tem para elaborar a sua lei
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Também é condicionado e limitado às regras do originário. Tal manifestação ocorreu cinco anos
60), a revisão consiste em uma via extraordinária e transitória de alteração do texto constitucional
STF: não admite o exercício de novo poder constituinte revisor após a revisão realizada nos
Constituição sem alterar o seu texto. Pelo Poder Constituinte Difuso, a interpretação do texto
constitucional é alterada.
Segundo Marcelo Novelino (2017, p. 92), a ruptura das tradicionais premissas de organização
dos Estados deu origem à ideia de existência de um Poder Constituinte pautado na cidadania
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verdadeiro titular. Este poder é considerado constituinte por ter a força de criar uma ordem jurídica
de cunho constitucional, na medida em que reorganiza a estrutura de cada um dos Estados que
ADCT
Art. 11. Cada Assembleia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição do
princípios desta.
matéria, sem caráter essencialmente constitucional – assim, por exemplo, a relativa à fixação
membro não alcança matérias às quais, delas cuidando, a Constituição da República emprestou
se harmoniza com a competência federal privativa para legislar sobre direito penal; ao contrário,
– qual seja, a autonomia administrativa de Estados e Municípios – que não é de presumir, mas,
6-10-1966, rel. p/ o ac. min. Aliomar Baleeiro). Compreende-se na esfera de autonomia dos
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motivos políticos.
Constituições e leis que adotarem (CF, art. 25), submetendo-se, no entanto, quanto ao exercício
condicionamentos normativos impostos pela CF, pois é nessa que reside o núcleo de emanação
República, que lhes assegura autonomia com condicionantes, entre as quais se tem o respeito
de interesse local. A vocação sucessória dos cargos de prefeito e vice-prefeito põe-se no âmbito
da autonomia política local, em caso de dupla vacância. Ao disciplinar matéria, cuja competência
é exclusiva dos Municípios, o art. 75, § 2º, da Constituição de Goiás fere a autonomia desses
Art. 90, § 3º, da Constituição do Estado do Rio de Janeiro. Disponibilidade remunerada dos
disponibilidade ofende materialmente a Carta Federal, pois consiste em obrigação criada pelo
Poder Legislativo que não decorre direta ou indiretamente dos pressupostos essenciais à
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instituídos, ainda que em sede do primeiro exercício do poder constituinte decorrente. O art.
41, § 3º, da CF, na sua redação originária, era silente em relação ao quantum da remuneração
que seria devida ao servidor posto em disponibilidade. Esse vácuo normativo até então
remuneratória aos seus servidores. Contudo, a modificação trazida pela EC 19/1998 suplantou
A eficácia das regras jurídicas produzidas pelo poder constituinte ( redundantemente chamado
de "originário") não está sujeita a nenhuma limitação normativa, seja de ordem material, seja
produzidas pelo poder reformador, essas têm sua validez e eficácia condicionadas à legitimação
que recebam da ordem constitucional. Daí a necessária obediência das emendas constitucionais
[ADI 2.356 MC e ADI 2.362 MC, rel. p/ o ac. min. Ayres Britto, j. 25-11-2010, P, DJE de 19-5-
2011.]
não como abarcando normas cuja observância se impôs ao próprio poder constituinte originário
com relação às outras que não sejam consideradas como cláusulas pétreas, e, portanto, possam
ser emendadas.
O poder constituinte derivado não é ilimitado, visto que se submete ao processo consignado
no art. 60, §§ 2º e 3º, da CF, bem assim aos limites materiais, circunstanciais e temporais dos
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[RE 587.008, rel. min. Dias Toffoli, j. 2-2-2011, P, DJE de 6-5-2011, Tema 107.]
para o assunto, do Tribunal de Justiça, consagrada no art. 96, II, b, da CF, de observância
imperiosa pelo poder constituinte derivado estadual, como previsto no art. 11 do ADCT/1988.
cancelamento de toda e qualquer infração é anistia, não podendo ser confundido com o poder
individualizado. Somente a própria União pode anistiar ou perdoar as multas aplicadas pelos
em questão. [ADI 2.137, rel. min. Dias Toffoli, j. 11-4-2013, P, DJE de 9-5-2013.]
empacotador em supermercados não é uma medida que aumente a proteção dos direitos do
consumidor, mas sim uma mera conveniência em benefício dos eventuais clientes. Trata-se
fornecedor de mão de obra exclusivamente com essa finalidade poderia ser facilmente
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Referência Bibliográficas:
QUESTÕES PROPOSTAS
COMENTÁRIOS
Item I. CERTO. Entretanto, vale lembrar que o professor Hsü Dau Lin, grande expoente do tema,
declara que o fenômeno em questão ocorre, em especial, naqueles Estados onde há maior rigidez
e formalidade para a modificação das normas fundamentais, porque, de acordo com ele, quando
a Constituição é flexível, é possível acompanhar a realidade, com as transformações formais da
lei, de forma mais ágil, ficando assim, menos necessária a utilização da mutação constitucional.
Item II. CERTO. Trata-se do que leciona Manoel Jorge E Silva Neto, em sua obra de Constitucional.
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Item III. CERTO. A doutrina também aponta como característica do poder constituinte difuso
a latência e a continuidade.
Item IV. ERRADO. A noção de “Living Constitucion”, que é oriunda da teoria constitucional norte-
americana e que fundamenta o instituto em questão, explica que a Constituição, ainda que escrita
e rígida, não deve ser imune à ação do tempo e às mudanças sociais subjacentes. Nesse sentido,
as normas devem adequar-se a mudanças significativas de cunho político, social e jurídico. Por
isso, segundo Daniel Sarmento, “No que concerne à rigidez, pode-se dizer que quando mais difícil
for a alteração de uma Constituição por meios formais, maior será a probabilidade e a
legitimidade de que as modificações necessárias para que ela acompanhe a evolução social
ocorram por processos informais”. (NETO, Cláudio Pereira de Souza; SARMENTO, Daniel. Direito
Constitucional: teoria, história e métodos de trabalho, 2. ed., Belo Horizonte: Fórum, 2016, p. 344.)
LETRA B
COMENTÁRIOS
Item I. ERRADO. A mutação constitucional é alteração informal da Constituição, alterando a forma
de interpretar determinado dispositivo. No entanto, deve obedecer a limitações e jamais poderá
ocorrer de forma a contrariar o texto expresso da Constituição.
Item II. CERTO. De fato, nas denominadas mutações constitucionais ocorrem silenciosas
modificações no sentido e no alcance conferidos às normas constitucionais, sem que haja
modificação material em seu texto. Trata-se de uma mudança informal da Constituição.
Item III. CERTO. A teoria da dupla revisão consiste na revogação da cláusula pétrea num primeiro
momento e a posterior abolição do direito por ela protegido. Apenas teoricamente, por essa teoria
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seria possível a abolir cláusulas pétreas. Ressalta-se, contudo, que essa teoria não é admitida no
ordenamento jurídico brasileiro.
LETRA C
COMENTÁRIOS
A- Informativo 698 do STF: A CF/88 exige que a proposta de emenda constitucional seja discutida
e votada, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos de votação (§ 2º do art. 60). O
constituinte não exigiu um tempo mínimo entre as duas votações. Logo, não há violação da CF/88
se estes dois turnos de votação ocorrerem no mesmo dia, em sessões legislativas
diferentes. Conforme manifestação do Min. Fux, esse é um caso de silêncio eloquente da
Constituição. STF. Plenário. ADI 4357/DF, ADI 4425/DF, ADI 4372/DF, ADI 4400/DF, rel. Min.
Ayres Britto, 6 e 7/3/2013.
B- A lei delegada segue as mesmas características de limitações da medida provisória, sendo certo
que há previsão de instituição do imposto sobre a propriedade territorial rural, consoante consta
do ART 62, par. 2º, CF.
C- CF/88, Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao
Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. § 1º Se o Presidente da República
considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-
lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e
comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.
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LETRA B
04 - TRT 16R - 2015 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Juiz do Trabalho Substituto)
COMENTÁRIOS
Item I. CERTO. O item traz a correta definição de poder constituinte originário. De fato, o poder
constituinte originário é um poder político, chamado ainda de poder de fato, que se caracteriza por
ser inicial, ilimitado juridicamente, incondicionado, permanente e extraordinário.
Item II. ERRADO. O poder de reforma não se confunde com mutação constitucional. A reforma
consiste na alteração formal do texto da Constituição por emendas constitucionais. A mutação
constitucional é a alteração informal e ocorre, geralmente, por meio da maneira de interpretar.
Item III. CERTO. Como exposto na assertiva, as limitações implícitas ao poder de reforma realmente
consistem em restrições à atividade do constituinte derivado, tal como as limitações materiais,
formais e circunstanciais.
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Item IV. CERTO. A dupla revisão, que consiste na revogação da cláusula pétrea num primeiro
momento e a posterior abolição do direito por ela protegido, não é admitida no ordenamento
jurídico brasileiro.
LETRA D
O filósofo norte-americano John Elster, no seu clássico livro "Ulisses e as sereias" defende a ideia da
Constituição como um instrumento de pré-compromisso ou de autolimitação, de acordo com o qual
retira-se do alcance das maiorias eventuais direitos que constituem condições de possibilidade para
a própria democracia. Servindo-se dessa ideia, a Constituição brasileira de 1988 também se protegeu
das paixões partidarizadas e resguardou os seus valores fundamentais das maiorias de ocasião.
Nesse sentido, dentre os apresentados, NÃO possui uma proteção jurídica reforçada (superrigidez)
em face do poder constitucional de reforma:
A) o voto direto, secreto, universal e periódico.
B) os direitos e garantias individuais.
C) a separação de poderes.
D) a forma federativa de Estado.
E) a forma e sistema de governo.
COMENTÁRIOS
A, B, C, D e E- CF. Art. 60. § 4.º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a
abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III -
a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais.
LETRA E
COMENTÁRIOS
A, B, C, D e E- É processo informal de alteração do conteúdo da CF sem que haja qualquer
modificação em seu texto, ou seja, o conteúdo da constituição é modificado, mas o texto
permanece o mesmo.
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LETRA B
COMENTÁRIOS
A, B, C, D e E- ART. 60° § 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
LETRA C
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