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APOSTILA COMPLETA - DIREITO ADMINISTRATIVO - Prof. Francieli
APOSTILA COMPLETA - DIREITO ADMINISTRATIVO - Prof. Francieli
SUMÁRIO
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1 ORGANIZAÇÃO E FUNÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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1.1 Princípio da descentralização: artigo 10, Decreto-Lei 200/67:
1.2 Desconcentração
Órgão são criados por LEI, não mediante ato administrativo (art. 84, IV, a,
CF). Podem ser classificados conforme a esfera de atuação, posição estatal e a
composição
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a) independentes: são os derivados da Constituição, representam os
Poderes do Estado. Não são subordinados hierarquicamente e somente são
controlados uns pelos outros. (ex: Congresso Nacional, Câmara dos Deputados,
Senado Federal, Chefias do Executivo, Tribunais e Juízes e Tribunais de
Contas).
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atividades, as funções são distribuídas em vários centros de competência, sob a
supervisão do órgão de chefia.
2. AUTARQUIAS:
2.1 Características:
A) Definição: Pessoa jurídica de direito público que presta serviço típico
da Administração Público.
B) Criação/extinção: Criada por lei específica
C) Patrimônio: 100% público
D) Responsabilidade civil: Direta e objetiva. Estado responde
subsidiariamente/garantidor.
E) Regime pessoal: estatutário.
F) Regime de bens: públicos.
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G) Privilégios: tributários SIM quanto a impostos (art. 150, VI, a, CF) –
não tem imunidade quando foge da finalidade específica. Também tem
privilégios processuais (art. 183, CPC), prazo em dobro.
H) Controle: Tribunal de Contas (não há hierarquia e subordinação), só
controle de legalidade.
ATENÇÃO: a OAB não é autarquia, é uma entidade independente, pois:
-Não está vinculada a nenhum órgão administrativo
- Não está sujeita a controle ministerial
- Regime de pessoal: celetista (não exige concurso público)
- Não está sujeita ao controle do TC.
- Não integra Administração Direta ou Indireta
- É uma entidade SUI GENERIS
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Trata-se apenas de uma qualificação dada a uma autarquia ou fundação
que tenha um contrato de gestão com seu órgão supervisor, no caso um
ministério, cumprindo metas de desempenho, redução de custos e eficiência.
Assim, para ser uma agência executiva basta apenas uma qualificação dada por
um Ministro de Estado. Exemplos: Instituto Nacional de Metrologia,
Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro); Agência Nacional do
Desenvolvimento do Amazonas (ADA) e Agência Nacional do Desenvolvimento
do Nordeste (Adene) (ALVES, 2019, p. 57).
A previsão das agências executivas está na Lei 9.649/98, que dispõe
sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras
providências. O artigo 51 estabelece os requisitos necessários para que uma
autarquia ou fundação seja qualificada como agência executiva:
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a avaliação do seu cumprimento. E, o Poder Executivo definirá os critérios e
procedimentos para a elaboração e o acompanhamento dos Contratos de
Gestão e dos programas estratégicos de reestruturação e de desenvolvimento
institucional das Agências Executivas.
Os Decretos 2.487/1998 e o 2.488/1998 disciplinam as agências
executivas federais, dispõe sobre a qualificação como Agências Executivas,
estabelece critérios e procedimentos para a elaboração, acompanhamento e
avaliação dos contratos de gestão e dos planos estratégicos de reestruturação
e desenvolvimento institucional das entidades qualificadas e definem medidas
de organização administrativa específicas para as autarquias como Agências
Executivas.
A qualificação poderá ser mediante iniciativa do Ministério supervisor,
desde que tenha anuência do Ministérios da Administração Federal e Reforma
do Estado, o qual verificará o cumprimento dos seguintes requisitos, pela
entidade candidata à qualificação (art. 1º, §1º, do Decreto 2.487/1998):
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concessão de serviço público ou o exercício de poder de polícia” (SALOMÃO
FILHO, 2001, p. 15).
São autarquias de regime especial, responsáveis pela regulamentação,
controle e fiscalização de serviços públicos transferidos ao setor privado.
Exemplos: ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica; ANATEL – Agência
Nacional das Telecomunicações; ANP – Agência Nacional de Petróleo; ANVISA
– Agência Nacional de Vigilância Sanitária; ANAC – Agência Nacional de
Aviação Civil e ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar.
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Sabe-se que todo contrato de concessão (como os contratos
administrativos em geral) possui o duplo aspecto: o que diz respeito ao seu
objeto, referente à execução da atividade delegada ao particular; o que diz
respeito ao aspecto financeiro, referente aos direitos do contratado, que é, em
regra, empresa capitalista que objetiva o lucro; disso resulta a presença, na
concessão, de cláusulas regulamentares, que visam garantir que o serviço seja
prestado pela forma mais adequada ao interesse público, e de cláusulas
contratuais, que objetivam garantir o direito da concessionária ao equilíbrio
econômico-financeiro.
A lei 9.986/2000 e a lei n. 13.848/2019 vão regular a gestão e organização
das agências reguladoras, nelas está previsto que os dirigentes serão escolhidos
pelo Chefe do Executivos, dependendo da aprovação pelo Senado Federal. São
dirigidas por um colegiado, formado por 4 conselheiros ou diretores e 1
presidentes, diretor-presidente ou diretor-geral (Art. 4º, da lei 9.986/2000). Os
requisitos para ser presidente, diretor-presidente ou diretor-geral, estão
elencados no artigo 5º, da Lei 9.986/2000. Seu mandado será de 5 anos (a partir
da Lei 13.848/2019).
Art. 8º Os membros do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada ficam
impedidos de exercer atividade ou de prestar qualquer serviço no setor regulado
pela respectiva agência, por período de 6 (seis) meses, contados da exoneração
ou do término de seu mandato, assegurada a remuneração compensatória.
Nesse período, que antes era chamado de “quarentena”, pois antes da
alteração que trouxe a lei 13.848/2019, o prazo era de quatro meses, o ex-
dirigente fica proibido de exercer atividades ou prestar qualquer serviço no setor
regulado pela respectiva agência, por um período de seis meses (art. 8º, da Lei
9.986/2000) , contados da exoneração ou do término do mandato. Durante esse
período o dirigente continua vinculado à Agência, fazendo jus à remuneração
compensatória equivalente ao cargo de direção que exercia (DI PIETRO, 2017,
p. 603).
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3. AUTARQUIAS FUNDACIONAIS OU FUNDAÇÕES AUTARQUICAS OU
FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO PÚBLICO:
3.1 Características
4.1 Características:
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D) Responsabilidade civil: Direta e objetiva. Estado responde
subsidiariamente.
E) Regime pessoal: Celetista/empregado público (apesar de submetido
à concurso).
F) Regime de bens: privados com prerrogativa de público.
G) Privilégios: Foro da Justiça Federal. Não tem prazo em dobro. Não
tem processuais. Tem imunidade tributária sobre a atividade principal, mas não
sobre os demais bens.
H) Controle: Tribunal de Contas.
5. EMPRESA PÚBLICA:
5.1 Características
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6. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA:
6.1 Características
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básico: De acordo com as alterações que trouxe a lei 13.822/2019, os agentes
públicos serão celetistas.
É uma espécie de autarquia, vão adquirir personalidade jurídica a partir
da criação por lei e vai integrar a administração indireta de todos os entes
consorciados.
Somente o consórcio público de direito público pode exercer poder polícia.
A União não pode participar sozinha junto com municípios, o estado
também deverá integrar o consórcio, o mesmo se aplicar aos consórcios públicos
de direito privado!
9. PARAESTATAIS
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9.1 Organizações Sociais (OS):
➢ Pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, criadas por particulares
para a execução de serviços públicos não exclusivos do Estado, previstos
em lei. A lei 9.637/98 autorizou que fossem repassados serviços de: ensino,
pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do
meio ambiente, cultura e saúde.
➢ Requisitos:
➢ Pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos
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➢ Devem ter sido constituídas e se encontrem em funcionamento
regular há, no mínimo, 3 (três) anos, desde que os respectivos
objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos
instituídos na lei 9790/99.
➢ Podem receber verba pública, mas não podem receber cessão de bens e
servidores.
➢ São instituídas pelo Poder Público, por servidores públicos de certa entidade
estatal e com seus próprios recursos, sob forma de Fundação, Associação
ou Cooperativa.
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9.4 Serviços Sociais Autônomos (Sistema S):
10. PRINCÍPIOS
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10.2 Princípio da indisponibilidade do interesse público
Todos, sem exceção, estão sujeitos ao império da lei. Quando não houver
previsão legal, não há possibilidade de atuação da Administração Pública.
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10.5 Princípio da Moralidade
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Art. 39, §2º. CF: formação constantes.
Segundo a doutrina, ele pode ser descrito sob duas perspectivas:
1) Da atuação do servidor público espera-se o melhor desempenho
possível de suas atribuições, a fim de obter melhores resultados.
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10.10 Princípio da ampla defesa e do contraditório
REFERÊNCIAS
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 30. ed. rev. atual e apl.
Rio de Janeiro: Forense, 2017.
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