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Sumário
Teoria do Poder Constituinte ........................................................................................................................ 3
Introdução: ......................................................................................................................................................... 3
Titularidade e exercício: ...................................................................................................................................... 3
Espécies: ............................................................................................................................................................. 4
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO (GENUÍNO OU DE 1ºGRAU) .......................................................................... 4
PODER CONSTITUINTE DERIVADO: ...................................................................................................................... 5
CARACTERÍSTICAS DO PODER CONSTITUINTE DERIVADO: .................................................................................... 5
PODER CONSTITUINTE DIFUSO: ........................................................................................................................... 5
PODER CONSTITUINTE SUPRANACIONAL: ............................................................................................................ 5
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Introdução:
É o poder de estabelecer a Constituição de um Estado, ou de modificar a Constituição já existente.
A titularidade do poder constituinte, como aponta a doutrina moderna, pertence ao povo. Nesse sentido,
seguindo a tendência moderna, é o que determina o §único do art.1º da CF/88:
“Parágrafo único: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.”
• A teoria do poder constituinte foi inicialmente esboçada pelo abade francês Emmanuel Sieyès, alguns
meses antes da Revolução Francesa, inspirado nas ideias iluministas do século XVIII.
• O ponto fundamental dessa teoria é a distinção entre poder constituinte e poderes constituídos. O
poder constituinte é o poder que cria a constituição. Os poderes constituídos são o resultado dessa
criação, isto é, os poderes estabelecidos pela Constituição
Titularidade e exercício:
Embora a titularidade do poder constituinte seja sempre do povo, existem duas formas distintas de
exercício:
• Democrática -> Poder constituinte legítimo
• Autocrática -> Poder constituinte usurpado
O exercício autocrático caracteriza-se pela denominada outorga:
Estabelecimento da constituição pelo indivíduo, ou grupo, sem a participação popular. É ato
unilateral do governante, que impõe as normas ao povo. Temos o que a doutrina chama de poder
constituinte usurpado.
O exercício democrático ocorre pela Assembleia Nacional Constituinte: o povo escolhe seus
representantes (democracia representativa), que formam o órgão constituinte, incumbido de elaborar a
Constituição do tipo promulgada. É a forma típica de exercício democrático do poder constituinte, desde as
origens do constitucionalismo (Convenção da Filadélfia de 1787 e Assembleia Nacional Francesa de 1789).
Com a utilização desse sistema, o povo, legítimo titular do poder constituinte, democraticamente, confere
poderes a seus representantes especialmente eleitos para a elaboração e promulgação da Constituição.
No Brasil, apontamos as constituições de 1891, 1934, 1946 e a vigente, de 1988, como resultantes
do exercício legítimo (democrático) do poder constituinte. Já as cartas de 1824, 1937, 1967 e 1969, são
resultados de usurpação do poder constituinte.
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Espécies:
Duas espécies clássicas de poder constituinte identificadas pelas doutrina:
• Originário
• Derivado
Falaremos, ainda, de duas outras espécies de poder constituinte:
• Difuso
• Supranacional
O poder Constituinte não está ligado, em seu exercício, por normas jurídicas anteriores. Não
significa, porém, e nem poderia significar, que o P. Constituinte seja um poder arbitrário, absoluto,
que não conheça quaisquer limites. Ao contrario, está o P.Constituinte limitado pelos grandes
princípios do bem comum, do direito natural, da moral, da razão. Todos esses grandes princípios,
estas exigências legais, que não são jurídico-positivas, devem ser respeitadas pelo Poder Constituinte,
para que este se exerça legitimamente. Deve acatar, aqui, “a voz do reino dos ideais promulgados
pela consciência jurídica.” (Recaséns Siches).
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