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ESTADO MODERNO

VISÃO DOS CLÁSSICOS


CONCEITO DE ESTADO
• É uma sociedade organizada sob a forma de governantes e
governados, com território delimitado e dispondo de poder próprio
para promover o bem comum de seus membros.

• O Estado é uma entidade institucionalizadora do poder, dotada de


força irresistível, embora delimitada pelo Direito.
Hegel (1770-1831)
• O Estado político é a esfera dos interesses públicos e universais no
qual as contradições estão mediatizadas e superadas.

• O Estado não é a expressão ou o reflexo do antagonismo social, mas


sua superação. É a unidade recomposta e reconciliada consigo
mesma.
Hegel (1770-1831)
• O Estado é para Hegel o representante da coletividade social, acima
dos interesses particulares das classes, assegurando que a
competição entre os indivíduos e os grupos permanecessem em
ordem, enquanto os interesses coletivos do “todo” social seriam
preservados nas ações do próprio Estado.
Karl Marx (1818-1883)
• O Estado é para Marx, é um órgão ou instrumento de dominação de
uma classe sobre a outra. Para ele as ideias dominantes de uma época
são as ideias da classe economicamente dominante do período.

• Para Marx, a sociedade civil não é fundada pelo Estado que lhe
absorve, como afirmara Hegel. Ao contrário, é a sociedade civil, como
conjunto das relações econômicas que explica o surgimento do
Estado, seu caráter e a natureza de suas leis.
Karl Marx (1818-1883)
• A sociedade civil se divide em classes sociais que se constituem em função de diferentes
posições dos indivíduos em face dos meios de produção.

• Para Marx, o Estado é essencialmente classista, ou seja, representante de uma classe social,
no caso do Estado Moderno, da burguesia. É justamente a estrutura social que dá origem a
estrutura do Estado e não o inverso, como defendiam os contratualistas. A função do
Estado, na teoria marxiana, é defender os interesses das classes dominantes por meio de
seus instrumentos de regulação: sistema jurídico e o aparado militar e policial.

• Para esse teórico, “este Estado não é mais do que a forma de organização que os burgueses
necessariamente adotam, tanto no interior como no exterior, para garantir recíproca de sua
propriedade e de seus interesses” (MARX, 1993, p.98), impedindo que as contradições de
classes promovam uma revolução e retire da burguesia o poder econômico e político.
Émile Durkheim (1858-1917)
• Teve como referência fundamental a sociedade francesa do seu tempo, para
ele, o estado é fundamental numa sociedade que fica cada dia maior, e mais
complexa, dizia que o estado concentrava e expressava a vida social. Sua
função seria moral, pois ele deveria realizar e organizar o ideário do individuo
e assegurar-lhe pleno desenvolvimento.

• O Estado para Durkheim é um organizador da vida social, sendo independente


dela, cujo propósito é fortalecer ao mesmo tempo, a consciência coletiva

• E isso se faria por meio da educação pública. Para Durkheim, foi o estado que
emancipou o indivíduo do controle imediato dos grupos secundários, como
família, a igreja e as corporações profissionais.
Max Weber (1864-1920)
• O Estado Moderno, sob a perspectiva weberiana, é um estado racional
que detém o monopólio do uso legítimo da força física dentro do
território que controla. O Estado é, para Weber, dotado de
legitimidade e dominação legal (condições que possibilita sua
manutenção).

• O Estado Moderno é resultado do desenvolvimento da sociedade


capitalista que por sua complexidade exige uma administração racional
e burocrática. Em Weber iremos encontrar a ideia de que o Estado
seria uma “relação de dominação de homens sobre homens” (WEBER,
1999 p. 526), relação apoiada no uso legítimo da coerção/uso da força.
Referências
• DURKHEIM, Émile. Lições de Sociologia. São Paulo; Martins Fontes:
2002.

• MARX, Karl. A ideologia alemã. 9º ed. São Paulo: Hucitec, 1993

• WEBER, Marx. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia


compreensiva. V.2, Brasília: UnB, 1999.

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