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ELRIEL

Corte de Névoa e Fúria


Cap. 24 — Minhas irmãs, Nestha e Elain Archeron. – Minhas irmãs não fizeram reverência. Seus corações batiam freneticamente, e
o cheiro de terror envolvia minha língua... — Cassian. Azriel. E Rhysand, Grão-Senhor da Corte Noturna.
Ele fez uma reverência para minhas irmãs. — Obrigado pela hospitalidade... e pela generosidade.
Elain tentou devolver o sorriso, mas fracassou. — O cozinheiro deixou jantar na mesa. Deveríamos comer antes que esfrie.
— É um prazer conhecê-los – disse Elain, a voz rouca, antes de correr atrás de Nestha, e as saias de seda do vestido cobalto
farfalharam sobre os tacos do piso. Azriel parecia mais inclinado a se misturar à sombra mais próxima e evitar completamente
aquela conversa. Cassian reivindicou o assento ao lado de Elain, a qual segurou o garfo com força, como se pudesse empunhá-lo
contra o feérico. Um leve sorriso se abriu na boca de Azriel quando ele reparou os dedos de Elain com as articulações
esbranquiçadas naquele garfo, mas se manteve calado. — É... é muito difícil, entende, aceitar. – Elain lançou um olhar de súplica
para Rhys, e depois para Azriel, com um medo tão mortal envolvendo as feições, seu cheiro. — Ouvimos histórias de seu povo
cruzando a muralha para nos ferir. Nossa própria vizinha, Clare Beddor, foi levada, a família foi assassinada... É tudo muito confuso.
— Posso imaginar – disse Azriel. Cassian lançou um olhar de raiva para ele. Mas a atenção de Azriel estava em minha irmã, um
sorriso educado e calmo estampava seu rosto. Os ombros de Elain relaxaram um pouco.
Elain falou para Azriel, talvez os dois únicos civilizados ali: — Pode mesmo voar? — Azriel soltou o garfo, piscando. Talvez pudesse
até dizer que tinha ficado envergonhado.
— Sim. Cassian e eu somos de uma raça de feéricos chamados illyrianos. Nascemos ouvindo a canção do vento.
— Isso é muito lindo. Mas não é... assustador? Voar tão alto?
— Às vezes é. Se for pego em uma tempestade, se a corrente descer. Mas somos tão bem-treinados que o medo some antes de
largarmos as fraldas.
— Adjacentes, com duas camas cada. Não vou arriscar. Principalmente em uma casa com uma mulher prometida a um homem que
deu a ela um anel de noivado de ferro.
Elain corou um pouco. — Os... os quartos que têm duas camas não são adjacentes.
— Nós moveremos as coisas. Este aqui só está ranzinza porque é velho e passou da hora de dormir. — Rhys riu, a ira de Cassian se
dissipou o bastante para que ele sorrisse, e Elain, ao reparar que Azriel relaxara como prova de que as coisas não estavam, de fato,
prestes a dar errado, ofereceu um sorriso próprio também.
Cap. 49 — Elain também gostaria. Provavelmente grudasse em Azriel, apenas por um pouco de paz e silêncio. – Sorri ao pensar
naquilo... em como eles ficariam bonitos juntos.
Corte de Asas e Ruína
Cap. 24 — Vocês estão se mudando para a casa da cidade agora. — Azriel levou Elain para baixo, minha irmã silenciosa e sem
resposta em seus braços.
Azriel chegou primeiro, sem sombras a vista, minha irmã uma pálida e dourada massa em seus braços. Ele também usava sua
armadura illyriana, os cabelos castanhos-dourados de Elain se agarrando em algumas das escamas pretas em seu peito e ombros.
Ele pousou-a suavemente no tapete do vestíbulo, tendo-a levado pela porta da frente. Elain olhou para o rosto paciente e solene.
Azriel sorriu fracamente. — Quer que eu lhe mostre o jardim?
Ela parecia tão pequena diante dele, tão frágil em comparação com a escala de seus quadris, a largura de seus ombros. As asas
espreitando sobre eles. Mas Elain não se afastou dele, não se esquivou enquanto assentia apenas uma vez. Azriel, gracioso como
qualquer cortesão, ofereceu-lhe um braço. Eu não podia dizer se ela estava olhando para o seu Sifão azul. Ou para sua pele marcada
por baixo enquanto ela respirava. — Linda. – A cor floresceu nas bochechas bronzeadas de Azriel, mas inclinou a cabeça em
agradecimento e levou a minha irmã para as portas traseiras em direção do jardim, a luz do sol banhando-os.
— Azriel sabe que você está assistindo. — Elain sentou-se silenciosamente em uma das mesas de ferro forjado, uma xícara de chá
diante dela.
Azriel estava esparramado na espreguiçadeira através das pedras cinzentas, banhado suas asas com o sol e lendo o que pareceu ser
uma pilha de relatórios. Já vestido para a Cidade Escavada, a brutal e bela armadura tão em desacordo com o lindo jardim. E minha
irmã sentada no centro dela. — Por que não torná-los companheiros? Por que Lucien? E se – eu empurrei meu queixo para a janela,
para minha irmã e o encantador de sombras no jardim — ele é o que ela precisa? E se Lucien desejar a união, mas ela não?
— Um elo de acasalamento pode ser rejeitado. E às vezes, sim o vínculo funciona mal. Sempre haverá um... reboque.
— Você acha que ela e Lucien combinam bem?
— Você os conhece melhor do que eu. Mas vou dizer que Lucien é leal, ferozmente.
— O Azriel também.
Cap. 27 — Oh. – Ela cobriu sua camisola com uma xale de seda do mais pálido azul, enquanto se segurava. — Eu... eu estava
dormindo, mas ouvi... Eu não ouvi você.
Azriel deu um passo à frente. — Mas você ouviu outra coisa.
Elain parecia estar a ponto de assentir, mas apenas recuou. — Acho que estava sonhando. Eu acho que estou sempre sonhando estes
dias. [...] Eu posso ouvir ela chorando. Todo mundo acha que ela está morta. Mas ela não está. Apenas diferente. Alterada. Como eu
estava.
F — Quem. — Elain continuou subindo as escadas, aquele xale caindo pelas costas.
— O que você viu?
Elain fez uma pausa na metade da escada. Lentamente, ela se virou para olhar para ele. — Eu vi as mãos jovens murchar com a idade,
vi uma caixa de pedra negra. Vi uma pena de fogo pousar na neve e derreter. Estava com raiva. Era assim, tão irritada que algo foi
tomado. Então, foi preciso dar a eles um castigo.
F — O que isso significa? — Os olhos castanhos de Azriel se agitaram enquanto estudava minha irmã, seu corpo muito magro. E sem
uma palavra, ele atravessou. Mor observou o espaço onde ele estivera de pé muito tempo depois que ele se foi.
Cap. 30 Os dois Illyrianos pararam sua inspeção de mim para notar minhas irmãs terminando o café da manhã. Ambos os machos
deram um passo. Azriel arqueou uma sobrancelha. — Bom dia, Nestha. Elain.
— Ele estalou suas asas, quebrou seus ossos.
— Vai levar mais do que isso para me matar.
— Não, não vai.
F — Posso te esperar no jardim? As ervas que você plantou estão crescendo bem.
— Posso ajudá-la – disse Azriel, pisando perto da mesa enquanto Elain se levantava silenciosamente. Sem sombras lhe sussurrando,
sem escuridão tocando seus dedos enquanto estendia a mão. Nestha o monitorou como um falcão, mas ficou em silêncio enquanto
Elain pegava sua mão, e saíram.
Cap. 32 N— Elain-
R— Elain está bem. Azriel estava na casa da cidade. Lucien está voltando, e Mor está quase lá e eles sabem da ameaça (os corvos).
M— Uma guerra onde não temos aliados além de Keir, seja em Prythian ou além dela.
Elain disse em voz baixa: — A rainha pode vir.
Silêncio. Elain estava olhando para a lareira apagada, olhos perdidos para aquela vaga obscuridade. N— Que rainha?
E— Aquela que foi amaldiçoada.
F— Amaldiçoada pelo Caldeirão. Quando você lançou sua birra depois que você... saiu.
— Não. – Elain me estudou, depois ela. — Não aquela. A outra.
Azriel perguntou suavemente, dando um passo sobre o limiar e entrando na sala de estar, — Que outra?
Elain franziu as sobrancelhas encarando um ao outro. — A rainha... com as penas de chama. — O encantador de sombras inclinou a
cabeça.
Lucien murmurou para mim, com os olhos ainda fixos em Elain, — Nós deveríamos... ela precisa...?
— Ela não precisa de nada – respondeu Azriel sem olhar para Lucien. Elain estava olhando para o mestre espião agora, sem piscar
os olhos. — Somos nós que precisamos... Uma vidente – disse ele, mais para si mesmo do que para nós.— O Caldeirão fez de você
uma vidente.
Cap. 33 Elain virou-se para Mor. — É o que é isso? — Ela assentiu. Fazia sentido, supus, que Azriel sozinho a tivesse escutado. O
homem que ouviu coisas que não podia... Talvez ele também tivesse sofrido como Elain antes de entender o dom que possuía.
Ele perguntou a Elain. — Há outra rainha?
— Sim.
Mas Azriel assentiu. — Você sabia. Sobre a jovem rainha se transformando em uma velha. A sexta rainha está viva? – Azriel
perguntou, calmo e firme.
Elain inclinou a cabeça, como se estivesse ouvindo alguma voz interior. — Sim.

Cap. 50 Sombras se juntaram ao redor de Azriel, Elain ao seu lado, de olhos arregalados para a exibição do espião. Rhys limpou a
garganta e acenou para Mor. Então ela se foi, Cassian e Nestha com ela. Então Azriel, tomando gentilmente a mão de Elain na sua,
como se temesse que suas cicatrizes a machucassem.
Cap. 52 Azriel se manteve a poucos passos de distância, pouco mais que a sombra de um dos carvalhos atrás de nós. — Duas dúzias
de guardas, – Murmurou. Um olhar para Elain. — E o Senhor Graysen e seu pai, Senhor Nolan. – Elain ficou imóvel como uma corça
quando os passos rangiam lá fora.
Cap. 63 Varian inclinou a cabeça. — Então vocês três... porque vocês foram feitas, podem ouvi-lo? Sentir isso?
— Parece que sim. – disse Amren.
Mas Azriel pediu suavemente: — E quanto a Elain? — Nestha estava olhando para Azriel. Então começou a correr. Ele fechou suas
asas firmemente quando passou através do espaço estreito, ignorando o grunhido de advertência de Nestha, e ajoelhou-se na cama.
Ele passou a mão cicatrizada ao longo dos cobertores amarrotados. — Eles ainda estão quentes.
Cap. 64 Das sombras perto da entrada da tenda, Azriel disse, como que em resposta a algum debate tácito: — Eu estou trazendo-a
de volta. – Os olhos castanhos de Azriel brilhavam como ouro nas sombras.
Nestha disse: — Então você vai morrer.
Azriel unicamente repetiu, com olhar refletindo raiva. — Eu estou trazendo-a de volta. — Azriel estava afiando a reveladora da
verdade com foco incansável.
Cap. 65 Elain estava de camisola. Amordaçada, punhos envoltos de aço que brilhavam violeta. Seus olhos se arregalaram quando
ela nos viu. Mudei meu rosto de volta para o meu próprio. Azriel se ajoelhava diante dela. Azriel gentilmente tirou a mordaça da
boca dela. — Você está ferida?
Ela balançou a cabeça, devorando a visão dele como se não acreditasse. — Você veio para mim. – O encantador de sombras
unicamente inclinou a cabeça.
A magia não fez nada quando ele entrou em contato com essas correntes. — Ele está vindo. – Azriel pegou Elain, ergueu os braços
amarrados ao seu pescoço. — Segure firme e não faça nenhum som. — O rugido de Azriel ecoou nas rochas quando o cão bateu
nele, arrastando essas garras de destruição por sua espinha, suas asas... A menina gritou, mas Elain se moveu. Enquanto Azriel lutava
para mantê-los no ar, manter o controle sobre eles, minha irmã mandou um chute feroz no rosto do animal. Seu olho. Outro. Outro.
Ele gritou, e Elain bateu com o pé nu e enlameado em seu rosto novamente. Com um grito de dor, ele soltou suas garras e mergulhou
no desfiladeiro. Azriel permaneceu no ar. A luz azul espalmadas sobre as feridas. Estancando o sangue, estabilizando suas asas. Ele
girou, revelando um rosto pálido... com dor, enquanto ele agarrava as duas mulheres com força. O rei disparou outras duas flechas.
Um para mim, e outra subindo para Elain com as costas expostas. Azriel bateu ambas longe com um escudo azul.
O poder de Azriel nos deixou na borda de nosso acampamento. Azriel ainda embalando Elain no peito. Ele pingava sangue atrás de
si o tempo todo, gotejando em comparação com a torrente que deveria estar vazando. Rhys foi para Azriel, tirando Elain dele e
gentilmente colocando a minha irmã para baixo. Azriel murmurou, balançando em seus pés: — Precisamos de Helion para obter
estas correntes dela. — No entanto, Elain parecia não as notar quando ela se levantou na ponta dos pés e beijou a bochecha do
encantador de sombras. E, em seguida, caminhou até mim e Nestha.
— Precisamos levá-lo ao Thesan. Agora.
Cap. 69 Ela recusou a faca que Cassian entregou-lhe. Ficou branca como a morte com a visão dela. Azriel, ainda mancando, apenas
empurrou de lado Cassian e estendeu outra opção. — Esta é a Reveladora da Verdade. – Ele disse a ela suavemente. — Eu não vou
usá-la hoje, então eu quero que fique com você. – Os olhos de Elain se arregalaram com a lâmina de obsidiana, empunhada na mão
cheia de cicatrizes de Azriel. — Ela nunca me falhou uma vez. Algumas pessoas dizem que é mágica e sempre mostra a verdade. –
Ele gentilmente pegou sua mão e apertou o punho da lâmina lendária nela. — Ela irá atendê-la bem.
— Eu... eu não sei como usar ela.
— Eu vou ter certeza que você não precise. – Elain pesava minhas palavras... e lentamente fechou os dedos em torno da lâmina.
Cassian olhava boquiaberto para Azriel, e me perguntei quantas vezes Azriel havia emprestado essa adaga.
"Nunca. Eu nunca vi, sequer uma vez, Azriel deixar outra pessoa tocar essa adaga." Elain olhou para Azriel, unindo seus olhos, sua
mão ainda persistente no punho da lâmina. Eu vi a pintura na minha mente: uma linda jovem corsa, a primavera florescendo vibrante
atrás dela. Morte, sombras e terrores espreitando sobre seu ombro. Luz e escuridão, o espaço entre seus corpos uma mistura dos
dois. A única ponte de ligação... essa adaga.
Cap. 80 Levei-a para a sala de estar. Azriel já estava esfregando as têmporas. — E agora? – Aquele sorriso cresceu, brilhante o
suficiente para que iluminasse inclusive as sombras de Azriel em toda a sala. — Eu gostaria de construir um jardim. Depois de tudo
isso... eu acho que o mundo precisa de mais jardins.
Corte de Gelo e Estrelas

Cap. 4 — Realmente acha que ele abriria mão de Reveladora da Verdade?


M— Ele a deu para Elain.
— Ela a devolveu. – Elain a tinha devolvido, colocado a arma nas mãos de Azriel depois da batalha, exatamente como ele a colocara
nas mãos de minha irmã antes. E então dera as costas sem olhar para trás.
Cap. 7 — Mande Lucien, então. Como nosso emissário humano.
Estudei a tensão nos ombros de Azriel, as sombras protegendo metade de seu corpo da luz do sol. — Lucien está fora no momento.
Az ergueu as sobrancelhas. — Onde?
Pisquei os olhos para ele. — Você é meu mestre espião. Não deveria saber?
O encantador de sombras cruzou os braços, o rosto tão elegante e frio quanto a lendária adaga ao lado do corpo. — Não faço questão
de rastrear os movimentos dele.
— Por quê?
Nenhum lampejo de emoção. — Ele é parceiro de Elain. – Esperei. — Seria uma invasão da privacidade dela rastreá-lo.
Saber quando e se Lucien a procurava. O que eles faziam juntos. — Tem certeza disso? – perguntei, baixinho.
Os Sifões de Azriel tremeluziram, as pedras se tornaram tão escuras e agourentas quanto o mais profundo mar. — Acha que ele
consegue suportar ficar perto de Graysen?
O rosto inexpressivo de Az. — Por que eu deveria saber disso?
— Quer me dizer que não estava blefando quando disse que não rastreava todos os movimentos de Lucien? — Absolutamente nada
naquele rosto, naquele cheiro. As sombras, o que quer que fossem, escondiam bem demais. Azriel apenas respondeu, friamente: —
Se Lucien matar Graysen, então já foi tarde.
— Estou quase tentado a dar a Nestha direito de caça no Solstício.
— Vai dar um presente a ela?
— Achei que bancar o apartamento e a bebedeira já fosse presente o bastante.
Az passou a mão pelos cabelos pretos. — Devemos... – Incomum que ele se atrapalhasse com as palavras. — Devemos dar presentes
às irmãs?
— Não – respondi, sendo sincero. Az pareceu soltar um suspiro de alívio. Pareceu, pois foi apenas um sopro de ar que passou por
seus lábios. — Não acho que Nestha dê a mínima e não creio que Elain espere receber nada de nós. Eu deixaria que as irmãs
trocassem presentes entre elas. – Ele assentiu, distante.
Cap. 12 Azriel surgiu da sala de estar com uma taça de vinho na mão e as asas fechadas para trás, revelando a jaqueta e a calça pretas
e simples, porém elegantes. Senti, mais do que vi, minha irmã ficar imóvel quando ele se aproximou. A garganta dela oscilou. — Oi.
Az não disse nada. Não, ele seguiu na direção dela. Mor ficou tensa a meu lado. Azriel apenas tirou a pesada bandeja de batatas das
mãos de Elain e disse com a voz suave como a noite: — Sente-se. Eu cuido disso.
— Eu... eu volto já.

Em um momento, a mão dele estava disparando para a colher de servir. No seguinte, fora impedida, pois os dedos cheios de cicatrizes
de Azriel tinham se fechado em torno de seu pulso. — Espere – disse Azriel, com nada além de comando na voz. A boca de Mor se
escancarou. Amren apenas sorriu com escárnio sobre a borda da taça de vinho.
Cassian arregalou os olhos para ele. — Esperar pelo quê? Molho?
Azriel não o soltou. — Espere até que todos estejam sentados antes de começar a comer.
— Nunca soube que você era um defensor dos bons modos, Az.
Azriel apenas soltou a mão de Cassian e encarou a própria taça de vinho. Elain entrou, sem avental e com a trança refeita. — Por
favor, não esperem por minha causa. – Cassian olhou com raiva para Azriel, que o ignorou propositalmente. — Poderia ter feito isso?
Decidido assumir uma forma masculina?
— Sim. Não tem como voltar a ser humana, menina.
— Não sei do que está falando.
Rhys estava franzindo a testa, Cassian e Mor faziam careta, e Azriel... Havia piedade em seu lindo rosto. Pena e tristeza enquanto
observava minha irmã.
C— Escolha alguém do seu tamanho.
— Tenho pena dos ratos. – murmurou Azriel. — Mor e Cassian urraram de rir, o que garantiu um rubor de Azriel e um sorriso de
gratidão de Elain e muita cara feia de Amren. Mas algo dentro de mim relaxou diante daquelas risadas, da luz que voltou aos olhos
de minha irmã.
Cap. 16 Azriel caminhou até a janela solitária na ponta do quarto e olhou para o jardim abaixo. — Jamais fiquei neste quarto. – A voz
de meia-noite dele preencheu o espaço.
— É porque você e eu fomos jogados para o final da fila, irmão. Mor fica com o quarto bom, Elain está morando no outro, então nós
ficamos com este.
— Melhor do que o sótão – sugeri.
— Pobre Lucien – disse Cassian, sorrindo.
— Se Lucien aparecer – corrigi.
— Aposto meu dinheiro que sim – falou Cassian. — Quer apostar?
— Não – respondeu Azriel, sem se virar da janela.
Cassian se sentou, o retrato do ultraje. — Não?
Azriel fechou as asas. — Você iria querer pessoas apostando em você?
— Vocês, canalhas, apostam em mim o tempo todo. Lembro da última que fizeram isso, vocês e Mor, apostando se minhas asas se
curariam. – Azriel permaneceu à janela.
Cap. 19 A mais longa noite do ano. Elain, linda com o vestido de cor ametista. O encantador de sombras estava vestindo uma jaqueta
preta e calças semelhantes a de Rhysand. Ainda usava os Sifões sobre cada mão, e sombras seguiam seus passos, enroscando-se
como brasas espiraladas, mas havia pouco sinal do guerreiro exceto por isso. Principalmente quando ele, com gentileza, desejou um
feliz Solstício a minha irmã. Elain se virou da neve que caía na escuridão adiante e abriu um leve sorriso. — Nunca participei de um
desses.
Cap. 20 — Az, este é para você. — As sobrancelhas do encantador de sombras se ergueram, mas a mão coberta de cicatrizes se
estendeu para pegar o presente.
— Ah, esse é meu. – O rosto de Azriel sequer estremeceu diante das palavras. Nem mesmo um sorriso quando ele abriu o presente.
— Pedi que Madja o fizesse. É um pó para ser misturado a qualquer bebida. É para as dores de cabeça que todos sempre causam em
você. Já que esfrega as têmporas com tanta frequência.
Silêncio de novo. Então Azriel inclinou a cabeça para trás e gargalhou. Cassian e Rhys se juntaram a ele. C— Brilhante.
Elain sorriu de novo, abaixando a cabeça. — Obrigado. – Azriel se conteve o bastante para dizer. Eu jamais vira seus olhos cor de
avelã tão brilhantes, os tons de verde em meio ao marrom e cinza como veios de esmeralda. — Isso será inestimável.

Cap. 22 Azriel e Elain permaneceram na sala de estar. Minha irmã mostrou a ele os planos que esboçara para expandir o jardim nos
fundos da casa da cidade, usando as sementes e as ferramentas que minha família dera a ela pelo Solstício. Se Azriel se importava
com tais coisas, eu não fazia ideia, mas lancei a ele uma oração silenciosa de agradecimento por aquela bondade antes de Rhys e eu
subirmos de fininho.

Corte de Chamas Prateadas


Cap. 19 — Você e Nestha estão sendo requisitados lá embaixo.
— Por causa da merda que houve com Elain?
Azriel ficou imóvel. — O que aconteceu com Elain?
— Uma briga com Nestha. Não fale sobre isso. – avisou quando os olhos de Azriel escureceram. Cassian observou as sombras
reunidas ao redor de Az. — Você está bem?
Seu irmão acenou com a cabeça. — Estou. — Mas as sombras ainda o abraçavam. Cassian sabia que era mentira, mas não o
pressionou.
Cap. 20 C— Então nós rastreamos o tesouro perdido. Como?
Elain falou da porta, tendo aparecido tão silenciosamente que todos se torceram em direção a ela — Me usando.
Cap. 21 — Absolutamente não. Absolutamente não.
— Por quê? Eu devo cuidar do meu jardinzinho para sempre? Não pode se ressentir da minha decisão de ter uma vida tranquila e se
recusar a me deixar fazer algo maior.
— Então, vá atrás de aventuras. Vá beber e foder com estranhos. Não se lembra de que o Caldeirão a raptou e te levou para o coração
do acampamento de Hybern?
— Sim. E me lembro de Feyre ter me resgatado.
— Vejam quem decidiu criar garras afinal de contas. Talvez você se torne interessante, Elain, finalmente.
Ninguém falou, embora as sombras se reunissem nos cantos da sala, como cobras que se preparam para atacar. — Eu também entrei
no Caldeirão, sabe. E ele me capturou. E, mesmo assim, de alguma forma, tudo o que te ocorre é o que o meu trauma fez com você.
Encontrem-me quando quiserem começar.
Cap. 22 — Ela está volátil agora. A última vez que ela fez uma vidência, acabou mal. O Caldeirão olhou para ela. E então levou Elain.
Azriel enrijeceu. — Eu sei. Afinal, ajudei a resgatar Elain. – Az não hesitou antes de ir para o coração do campo de guerra de Hybern.
— Você acha que algum dia estará pronto para um? – Já esteve pronto para confessar a Mor o que está em seu coração?
— Não sei.
— Você quer um filho?
— Não importa o que eu quero. – Palavras distantes, aquelas que impediam Cassian de bisbilhotar mais. Ele ainda estava feliz por
ser o protetor de Mor com Azriel, mas havia uma mudança ultimamente. Em ambos. Mor não se sentou mais ao lado de Cassian,
envolveu-se sobre ele e Azriel... aqueles olhares de desejo em sua direção haviam se tornado poucos e distantes entre si. Como se
ele tivesse desistido. Depois de quinhentos anos, ele de alguma forma desistiu. Cassian não conseguia imaginar por quê.
Cap. 29 Am— Não temos tempo para esperar Nestha para decidir.
C— Eu digo que devemos abordar Elain amanhã. Melhor ter as duas trabalhando nisso.
Azriel enrijeceu, um sinal de mau gênio da parte dele enquanto dizia baixinho: — Há uma escuridão inata no tesouro da morte que
Elain não deve ser exposta.
— Mas Nestha deveria? – Cassian rosnou. Todo mundo olhou para ele. Ele engoliu em seco, oferecendo um olhar de desculpas para
Az, que encolheu os ombros.
Am— Nestha tem uma semana. Então procuramos outras rotas. – Ela acenou com a cabeça na direção de Azriel. — Incluindo Elain,
que é mais do que capaz de se defender da escuridão do Tesouro, se ela quiser. Não a subestime.
Cap. 31 F— Não permitiremos que nenhum mal aconteça a Elain. Rhys a protegeu esta manhã, e estamos de olho nela o tempo todo.
— Os olhos podem ficar cegos.
— Não os que estão sob meu comando. – disse Azriel com uma ameaça suave. Nestha encontrou seu olhar, sabendo que ele era o
único, além de Feyre, que poderia realmente entender sua hesitação. Ele foi com Feyre até o coração do acampamento de Hybern
para salvar Elain, ele conhecia o risco. — Não vamos cometer o mesmo erro duas vezes.
Ela acreditou nele. — Tudo bem. – Ela recolheu as pedras e os ossos.
Cap. 44 — Ela transformou salões de baile em campos de batalha e conspirou como qualquer general. Como vocês dois – disse Elain,
acenando com a cabeça para Cassian e, em seguida, um pouco mais tímida, para Azriel. Azriel ofereceu a ela um pequeno sorriso
que Elain rapidamente desviou o olhar. Cassian escondeu sua perplexidade. — Outra jovem herdeira estava no baile e ela
definitivamente me odiava. Ela era vários anos mais velha, e eu nunca fiz nada para provocar seu ódio, mas acho...
— Ela tinha ciúme da sua beleza. – Amren disse, com um sorriso divertido nos lábios vermelhos.
Elain corou. — Possivelmente. Bem, Nestha esperou até aquele baile, quando um belo duque do continente estava lá para encontrar
uma noiva. Ela o atraiu a convidá-la para dançar.
Az— O que aconteceu com o duque?
— Ele propôs casamento na manhã seguinte. Meu pai sabia que ela tinha insultado aquele duque apenas para punir a herdeira por
sua crueldade para comigo.
Cap. 58 — Você veio. – disse Elain atrás dela. Ela examinou Elain da cabeça aos pés, se perguntando se ela estava tendo aulas de
furtividade com Azriel ou com os dois meio-fantasmas que ela chamava de amigos. — Por favor, não perturbe Feyre. É o aniversário
dela, em primeiro lugar. E em seu estado-
— Oh, foda-se. – Nestha retrucou, e então engasgou. Elain piscou. Nestha piscou de volta. E então Elain começou a rir. Uivando, risos
meio soluços. — Eu-eu sinto muito-
— Você nunca disse uma coisa dessas para mim! – Ela riu novamente. — Acho que é um bom sinal, não é? — Elain a conduziu em
direção à sala de estar, onde Azriel estava parado na porta, monitorando-os. Como se ele tivesse ouvido a risada aguda de Elain e se
perguntado o que a causou. — Eu estava apenas verificando a sobremesa. – explicou Elain enquanto se aproximavam da porta e de
Azriel. Nestha encontrou o olhar do encantador de sombras e ele acenou com a cabeça. Então seu olhar mudou para Elain, e embora
fosse totalmente neutro, algo carregado passou por ele. Entre eles. A respiração de Elain prendeu um pouco, e ela deu a ele um
aceno superficial de saudação antes de passar por ele, levando Nestha para a sala.
Azriel permaneceu perto da porta, silencioso. — Por que você não se senta?

— Minhas sombras não gostam muito das chamas.


Ela já tinha visto Azriel perto da lareira. Mas ela olhou para quem estava sentado perto dela e sabia a resposta. — Por que você veio
se isso te atormenta tanto?
— Porque Rhys me quer aqui. Eu iria machucá-lo se eu não viesse.
— Bem, acho que feriados são estúpidos.
— Eu não. Eles unem as pessoas. E traz alegria para elas. É um momento para fazer uma pausa, refletir e reunir, e isso nunca é ruim.
— As sombras escureceram seus olhos, cheios de dor o suficiente para que ela não pudesse evitar de tocar seu ombro. Deixando-o
ver que ela entendia por que ele não se aproximava [...]. O rosto de Azriel permaneceu neutro.
Corte de Chamas Prateadas – POV Azriel
Passos suaves surgiram sob o arco da escada e lá estava ela. As luzes feéricas pintaram o cabelo solto de Elain com um tom de
dourado, fazendo-o brilhar como o sol ao amanhecer. Ela parou, a respiração presa na garganta. — Eu... – Ele observou ela engolir
em seco. — Eu ia deixar isso na sua pilha de presentes. Eu esqueci de dar a você mais cedo. – Ele não precisou que suas sombras
lessem seu tom, o leve enrijecimento de seu rosto. Ela havia esperado até todos estarem dormindo antes de voltar ao andar de
baixo, onde ela deixaria seu presente no meio dos outros presentes abertos, sutil e despercebido. Elain diminuiu a distância entre
eles e sua respiração acelerou quando ela pausou novamente, agora a poucos centímetros de distância. Ela estendeu o presente
embrulhado, sua mão trêmula. — Aqui. — Az tentou não olhar para seus dedos com cicatrizes enquanto pegava o presente. Ela não
havia comprado um presente para seu parceiro. Mas ela comprou um para Azriel no ano passado. Um pó para dor de cabeça que
ele mantinha em sua mesa de cabeceira na Casa do Vento. Não para usar, apenas para olha-lo. O que ele fazia todas as noites que
dormiu lá. Ou que tentou dormir. Azriel desembrulhou a caixa, olhando para o cartão que apenas dizia: Você talvez considere isso
útil na Casa ultimamente, e então abriu a tampa. Duas pequenas bolhas de tecido em forma de feijão estavam lá dentro. Elain
murmurou — Você os coloca nos ouvidos e eles bloqueiam qualquer som. Com Nestha e Cassian morando lá com você...
Ele riu, incapaz de suprimir o impulso. — Não me admira que você não quis que eu abrisse na frente de todos.
A boca de Elain contraiu-se em um sorriso. — Nestha não apreciaria a piada.
Ele sorriu de volta para ela. — Eu não tinha certeza se deveria dar-lhe o seu presente. – Porque seu parceiro estava aqui, dormindo
um nível acima. Porque seu parceiro estava na sala da família e Azriel teve que ficar próximo da porta o tempo todo porque não
suportava aquilo, o cheiro de seu laço de parceria, e precisava ter a opção de deixar o cômodo se aquela situação se tornasse demais.
Os grandes olhos castanhos de Elain piscaram, ciente de tudo isso. Assim como ele sabia que ela estava bem ciente do por que Azriel
raramente vinha para jantares de família hoje em dia. Mas hoje, aqui no escuro e no silencio, sem ninguém para ver.... Ele puxou a
pequena caixa de veludo das sombras ao seu redor. Abriu para ela. Elain prendeu uma respiração suave que sussurrou sobre sua
pele. Suas sombras deslizaram de volta com o som. Elas sempre foram propensas a desaparecer quando ela estava por perto. O colar
dourado parecia comum, sua corrente simples, o amuleto pequeno o suficiente que poderia ser descartado como um charme. Era
uma pequena rosa plana em forma de vitral, desenhada de uma forma que, se voltada para a luz, a verdadeira profundidade das
cores tornar-se-iam visíveis. Algo com uma beleza encantadora e secreta.
— É lindo. – Ela sussurrou, tirando-o da caixa. A luz feérica brilhou através das pequenas facetas de vidro, definindo seu encanto
brilhando com tons de vermelho, rosa e branco. — Você coloca-o em mim? – Sua mente ficou silenciosa. Mas ele pegou o colar,
abrindo o fecho enquanto ela expunha suas costas, puxando seu cabelo para cima com uma mão fazendo-o descobrir seu pescoço
longo e macio. Ele sabia que era errado, mas lá estava ele deslizando o colar ao redor dela. Deixando suas mãos com cicatrizes
tocarem a pele imaculada dela. Deixando-as acariciar o lado de sua garganta, saboreando a textura aveludada. Elain estremeceu e
ele demorou muito para fechar o fecho. Os dedos de Azriel permaneceram em sua nuca, acima do primeiro nó de sua coluna.
Lentamente, Elain girou em seu toque. Até a palma de sua mão estar plana sobre o pescoço dela. Nunca foi tão longe assim. Eles
trocaram olhares, houve ocasionais roçar de seus dedos, mas nunca isso. Nunca toque irrestrito e descarado. Errado. Era tão
errado. Ele não se importava. Ele precisava saber qual era o sabor da pele do pescoço dela. Qual o sabor daqueles lábios perfeitos.
De seus seios. Sua boceta. Ele precisava dela gozando em sua língua. O pau de Azriel endureceu por trás de suas calças, doendo de
tal forma que ele mal conseguia pensar. Ele rezou para que ela não olhasse para baixo. Rezou para que ela não entendesse a
mudança em seu cheiro. Ele só se permitia ter esse tipo de pensamento na calada da noite. Só tinha permitido que sua mão
pegasse seu pau e pensasse nela quando até mesmo suas sombras adormecessem. Como aquele lindo rosto poderia ficar
enquanto ele a penetrava, quais sons ela faria.

Elain mordeu seu lábio inferior e Azriel teve que assumir cada grama de contenção em si mesmo para não colocar seus próprios
dentes ali. — Eu deveria ir. — Mas não se moveu.

— Sim. — Ele disse, seu polegar fazendo movimentos extensos ao longo de sua garganta. A excitação dela subiu até ele e seus
olhos quase rolaram para trás de sua cabeça com seu perfume doce. Ele imploraria de joelhos por uma chance de prová-la. Azriel
apenas acariciou seu pescoço novamente. Elain estremeceu, chegando mais perto. Tão perto que uma respiração profunda roçaria
os seios dela contra seu peito. Ela olhou para ele, seu rosto tão confiável, esperançoso e franco que ele soube que ela não fazia
ideia de que ele tinha feito coisas horríveis que mancharam suas mãos muito além daquelas cicatrizes. Coisas tão horríveis que era
um sacrilégio seus dedos tocarem a pele dela, manchando-a com sua presença. Mas ele poderia ter aquilo. Esse único momento e
talvez uma prova dela, e seria apenas isso.

— Sim. – Elain respirou, como se ela tivesse entendido a decisão. Apenas essa prova na calada da noite mais longa do ano, onde
apenas a Mãe poderia testemunhá-los. A mão de Azriel deslizou pelo pescoço dela, enterrando-se em seus cabelos grossos.
Inclinando sua cabeça do modo que ele queria. A boca de Elain se separou ligeiramente, os olhos dela encarando os seus antes de
se fechar. Oferta e permissão. Ele quase grunhiu de alívio e necessidade enquanto abaixava sua cabeça na direção dela.

“Azriel.” A voz de Rhys trovejou através dele, parando-o a poucos centímetros da boca doce de Elain. “Azriel.” Uma ordem
implacável preencheu seu nome e Azriel ergueu os olhos. Rhysand estava no topo da escada. Olhando furiosamente para eles.
“Meu escritório. Agora.” Rhys desapareceu e Azriel foi deixado parado na frente de Elain, que ainda esperava o seu beijo. O
estômago dele revirou enquanto ele puxou a mão do cabelo dela e recuou. Ele se forçou a dizer. — Isso foi um erro.

Ela abriu os olhos, mágoa e confusão guerreando ali antes dela sussurrar. — Eu sinto muito.

— Você não.... Não se desculpe. Nunca se desculpe por isso. Eu é que deveria... — Ele balançou a cabeça, incapaz de suportar a
desolação que trouxe a expressão dela. — Boa noite. – Azriel atravessou nas sombras antes que ela pudesse falar qualquer coisa.
Suas sombras sussurraram em seu ouvido que Elain tinha ido para o andar de cima.
— Você está louco?
Azriel vestiu a máscara congelada que aperfeiçoou enquanto estava na masmorra de seu pai. — Eu não sei do que você está falando.
— Estou falando de você, prestes a beijar Elain no meio do corredor onde qualquer um poderia ver. Incluindo o parceiro dela.
— E se o Caldeirão estava errado?
— E a Mor, Az?
Azriel ignorou a pergunta. — O Caldeirão escolheu três irmãs. Me fale como é possível que meus dois irmãos estão com duas dessas
três irmãs, e ainda assim a terceira foi dada a outro. – Ele nunca havia ousado falar essas palavras em voz alta antes.
— Você acredita que merece ser o parceiro dela?
Azriel fez uma careta. — Eu acho que Lucien nunca vai ser bom o suficiente para ela, e de qualquer forma, ela não tem nenhum
interesse nele.
— Então você vai fazer o que? Seduzir ela para longe dele? – Azriel não disse nada. Ele não havia chegado tão longe com seu
planejamento, certamente não além das fantasias nas quais ele se satisfazia. — Você deve ficar longe dela.
— Você não pode me ordenar a fazer isso.
— Oh, eu posso e eu vou. Se Lucien descobrir que você está atrás dela, ele tem todo o direito de defender o laço deles como preferir.
— Eu acabarei com ele com pouco esforço.
— E fazendo isso, você vai acabar com qualquer paz e aliança frágil que nós temos. Se você precisar foder alguém, vá em um bordel
e pague por isso, mas mantenha-se longe dela. – Azriel rosnou baixinho. — Rosne o quanto quiser. Mas se eu ver você correndo
atrás dela novamente, farei você se arrepender. Saia. — Azriel dobrou as asas e saiu sem dizer outra palavra, caminhando pela casa
até o gramado da frente para sentar-se à luz das estrelas gélidas. Para deixar o gelo em suas veias combinar com o ar ao seu redor.
Até que ele não sentiu nada. De novo, não sentia nada. Então ele voou de volta para a Casa do Vento, sabendo que se ele dormisse
ali, acabaria fazendo algo que se arrependeria depois. Ele esteve tão vigilante em se manter o mais longe possível de Elain e se
manteve aqui para evita-la e esta noite... Esta noite provou que ele estava certo em fazer isso. Ele foi direto para a área de
treinamento, cedendo à necessidade de livrar-se da tentação, raiva, frustração e da carência contorcida. Quando Azriel retornou à
casa do rio para recolher seus presentes antes do amanhecer, encontrou o colar de Elain no meio de suas coisas.

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