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Cap. 50 Sombras se juntaram ao redor de Azriel, Elain ao seu lado, de olhos arregalados para a exibição do espião. Rhys limpou a
garganta e acenou para Mor. Então ela se foi, Cassian e Nestha com ela. Então Azriel, tomando gentilmente a mão de Elain na sua,
como se temesse que suas cicatrizes a machucassem.
Cap. 52 Azriel se manteve a poucos passos de distância, pouco mais que a sombra de um dos carvalhos atrás de nós. — Duas dúzias
de guardas, – Murmurou. Um olhar para Elain. — E o Senhor Graysen e seu pai, Senhor Nolan. – Elain ficou imóvel como uma corça
quando os passos rangiam lá fora.
Cap. 63 Varian inclinou a cabeça. — Então vocês três... porque vocês foram feitas, podem ouvi-lo? Sentir isso?
— Parece que sim. – disse Amren.
Mas Azriel pediu suavemente: — E quanto a Elain? — Nestha estava olhando para Azriel. Então começou a correr. Ele fechou suas
asas firmemente quando passou através do espaço estreito, ignorando o grunhido de advertência de Nestha, e ajoelhou-se na cama.
Ele passou a mão cicatrizada ao longo dos cobertores amarrotados. — Eles ainda estão quentes.
Cap. 64 Das sombras perto da entrada da tenda, Azriel disse, como que em resposta a algum debate tácito: — Eu estou trazendo-a
de volta. – Os olhos castanhos de Azriel brilhavam como ouro nas sombras.
Nestha disse: — Então você vai morrer.
Azriel unicamente repetiu, com olhar refletindo raiva. — Eu estou trazendo-a de volta. — Azriel estava afiando a reveladora da
verdade com foco incansável.
Cap. 65 Elain estava de camisola. Amordaçada, punhos envoltos de aço que brilhavam violeta. Seus olhos se arregalaram quando
ela nos viu. Mudei meu rosto de volta para o meu próprio. Azriel se ajoelhava diante dela. Azriel gentilmente tirou a mordaça da
boca dela. — Você está ferida?
Ela balançou a cabeça, devorando a visão dele como se não acreditasse. — Você veio para mim. – O encantador de sombras
unicamente inclinou a cabeça.
A magia não fez nada quando ele entrou em contato com essas correntes. — Ele está vindo. – Azriel pegou Elain, ergueu os braços
amarrados ao seu pescoço. — Segure firme e não faça nenhum som. — O rugido de Azriel ecoou nas rochas quando o cão bateu
nele, arrastando essas garras de destruição por sua espinha, suas asas... A menina gritou, mas Elain se moveu. Enquanto Azriel lutava
para mantê-los no ar, manter o controle sobre eles, minha irmã mandou um chute feroz no rosto do animal. Seu olho. Outro. Outro.
Ele gritou, e Elain bateu com o pé nu e enlameado em seu rosto novamente. Com um grito de dor, ele soltou suas garras e mergulhou
no desfiladeiro. Azriel permaneceu no ar. A luz azul espalmadas sobre as feridas. Estancando o sangue, estabilizando suas asas. Ele
girou, revelando um rosto pálido... com dor, enquanto ele agarrava as duas mulheres com força. O rei disparou outras duas flechas.
Um para mim, e outra subindo para Elain com as costas expostas. Azriel bateu ambas longe com um escudo azul.
O poder de Azriel nos deixou na borda de nosso acampamento. Azriel ainda embalando Elain no peito. Ele pingava sangue atrás de
si o tempo todo, gotejando em comparação com a torrente que deveria estar vazando. Rhys foi para Azriel, tirando Elain dele e
gentilmente colocando a minha irmã para baixo. Azriel murmurou, balançando em seus pés: — Precisamos de Helion para obter
estas correntes dela. — No entanto, Elain parecia não as notar quando ela se levantou na ponta dos pés e beijou a bochecha do
encantador de sombras. E, em seguida, caminhou até mim e Nestha.
— Precisamos levá-lo ao Thesan. Agora.
Cap. 69 Ela recusou a faca que Cassian entregou-lhe. Ficou branca como a morte com a visão dela. Azriel, ainda mancando, apenas
empurrou de lado Cassian e estendeu outra opção. — Esta é a Reveladora da Verdade. – Ele disse a ela suavemente. — Eu não vou
usá-la hoje, então eu quero que fique com você. – Os olhos de Elain se arregalaram com a lâmina de obsidiana, empunhada na mão
cheia de cicatrizes de Azriel. — Ela nunca me falhou uma vez. Algumas pessoas dizem que é mágica e sempre mostra a verdade. –
Ele gentilmente pegou sua mão e apertou o punho da lâmina lendária nela. — Ela irá atendê-la bem.
— Eu... eu não sei como usar ela.
— Eu vou ter certeza que você não precise. – Elain pesava minhas palavras... e lentamente fechou os dedos em torno da lâmina.
Cassian olhava boquiaberto para Azriel, e me perguntei quantas vezes Azriel havia emprestado essa adaga.
"Nunca. Eu nunca vi, sequer uma vez, Azriel deixar outra pessoa tocar essa adaga." Elain olhou para Azriel, unindo seus olhos, sua
mão ainda persistente no punho da lâmina. Eu vi a pintura na minha mente: uma linda jovem corsa, a primavera florescendo vibrante
atrás dela. Morte, sombras e terrores espreitando sobre seu ombro. Luz e escuridão, o espaço entre seus corpos uma mistura dos
dois. A única ponte de ligação... essa adaga.
Cap. 80 Levei-a para a sala de estar. Azriel já estava esfregando as têmporas. — E agora? – Aquele sorriso cresceu, brilhante o
suficiente para que iluminasse inclusive as sombras de Azriel em toda a sala. — Eu gostaria de construir um jardim. Depois de tudo
isso... eu acho que o mundo precisa de mais jardins.
Corte de Gelo e Estrelas
Em um momento, a mão dele estava disparando para a colher de servir. No seguinte, fora impedida, pois os dedos cheios de cicatrizes
de Azriel tinham se fechado em torno de seu pulso. — Espere – disse Azriel, com nada além de comando na voz. A boca de Mor se
escancarou. Amren apenas sorriu com escárnio sobre a borda da taça de vinho.
Cassian arregalou os olhos para ele. — Esperar pelo quê? Molho?
Azriel não o soltou. — Espere até que todos estejam sentados antes de começar a comer.
— Nunca soube que você era um defensor dos bons modos, Az.
Azriel apenas soltou a mão de Cassian e encarou a própria taça de vinho. Elain entrou, sem avental e com a trança refeita. — Por
favor, não esperem por minha causa. – Cassian olhou com raiva para Azriel, que o ignorou propositalmente. — Poderia ter feito isso?
Decidido assumir uma forma masculina?
— Sim. Não tem como voltar a ser humana, menina.
— Não sei do que está falando.
Rhys estava franzindo a testa, Cassian e Mor faziam careta, e Azriel... Havia piedade em seu lindo rosto. Pena e tristeza enquanto
observava minha irmã.
C— Escolha alguém do seu tamanho.
— Tenho pena dos ratos. – murmurou Azriel. — Mor e Cassian urraram de rir, o que garantiu um rubor de Azriel e um sorriso de
gratidão de Elain e muita cara feia de Amren. Mas algo dentro de mim relaxou diante daquelas risadas, da luz que voltou aos olhos
de minha irmã.
Cap. 16 Azriel caminhou até a janela solitária na ponta do quarto e olhou para o jardim abaixo. — Jamais fiquei neste quarto. – A voz
de meia-noite dele preencheu o espaço.
— É porque você e eu fomos jogados para o final da fila, irmão. Mor fica com o quarto bom, Elain está morando no outro, então nós
ficamos com este.
— Melhor do que o sótão – sugeri.
— Pobre Lucien – disse Cassian, sorrindo.
— Se Lucien aparecer – corrigi.
— Aposto meu dinheiro que sim – falou Cassian. — Quer apostar?
— Não – respondeu Azriel, sem se virar da janela.
Cassian se sentou, o retrato do ultraje. — Não?
Azriel fechou as asas. — Você iria querer pessoas apostando em você?
— Vocês, canalhas, apostam em mim o tempo todo. Lembro da última que fizeram isso, vocês e Mor, apostando se minhas asas se
curariam. – Azriel permaneceu à janela.
Cap. 19 A mais longa noite do ano. Elain, linda com o vestido de cor ametista. O encantador de sombras estava vestindo uma jaqueta
preta e calças semelhantes a de Rhysand. Ainda usava os Sifões sobre cada mão, e sombras seguiam seus passos, enroscando-se
como brasas espiraladas, mas havia pouco sinal do guerreiro exceto por isso. Principalmente quando ele, com gentileza, desejou um
feliz Solstício a minha irmã. Elain se virou da neve que caía na escuridão adiante e abriu um leve sorriso. — Nunca participei de um
desses.
Cap. 20 — Az, este é para você. — As sobrancelhas do encantador de sombras se ergueram, mas a mão coberta de cicatrizes se
estendeu para pegar o presente.
— Ah, esse é meu. – O rosto de Azriel sequer estremeceu diante das palavras. Nem mesmo um sorriso quando ele abriu o presente.
— Pedi que Madja o fizesse. É um pó para ser misturado a qualquer bebida. É para as dores de cabeça que todos sempre causam em
você. Já que esfrega as têmporas com tanta frequência.
Silêncio de novo. Então Azriel inclinou a cabeça para trás e gargalhou. Cassian e Rhys se juntaram a ele. C— Brilhante.
Elain sorriu de novo, abaixando a cabeça. — Obrigado. – Azriel se conteve o bastante para dizer. Eu jamais vira seus olhos cor de
avelã tão brilhantes, os tons de verde em meio ao marrom e cinza como veios de esmeralda. — Isso será inestimável.
Cap. 22 Azriel e Elain permaneceram na sala de estar. Minha irmã mostrou a ele os planos que esboçara para expandir o jardim nos
fundos da casa da cidade, usando as sementes e as ferramentas que minha família dera a ela pelo Solstício. Se Azriel se importava
com tais coisas, eu não fazia ideia, mas lancei a ele uma oração silenciosa de agradecimento por aquela bondade antes de Rhys e eu
subirmos de fininho.
Elain mordeu seu lábio inferior e Azriel teve que assumir cada grama de contenção em si mesmo para não colocar seus próprios
dentes ali. — Eu deveria ir. — Mas não se moveu.
— Sim. — Ele disse, seu polegar fazendo movimentos extensos ao longo de sua garganta. A excitação dela subiu até ele e seus
olhos quase rolaram para trás de sua cabeça com seu perfume doce. Ele imploraria de joelhos por uma chance de prová-la. Azriel
apenas acariciou seu pescoço novamente. Elain estremeceu, chegando mais perto. Tão perto que uma respiração profunda roçaria
os seios dela contra seu peito. Ela olhou para ele, seu rosto tão confiável, esperançoso e franco que ele soube que ela não fazia
ideia de que ele tinha feito coisas horríveis que mancharam suas mãos muito além daquelas cicatrizes. Coisas tão horríveis que era
um sacrilégio seus dedos tocarem a pele dela, manchando-a com sua presença. Mas ele poderia ter aquilo. Esse único momento e
talvez uma prova dela, e seria apenas isso.
— Sim. – Elain respirou, como se ela tivesse entendido a decisão. Apenas essa prova na calada da noite mais longa do ano, onde
apenas a Mãe poderia testemunhá-los. A mão de Azriel deslizou pelo pescoço dela, enterrando-se em seus cabelos grossos.
Inclinando sua cabeça do modo que ele queria. A boca de Elain se separou ligeiramente, os olhos dela encarando os seus antes de
se fechar. Oferta e permissão. Ele quase grunhiu de alívio e necessidade enquanto abaixava sua cabeça na direção dela.
“Azriel.” A voz de Rhys trovejou através dele, parando-o a poucos centímetros da boca doce de Elain. “Azriel.” Uma ordem
implacável preencheu seu nome e Azriel ergueu os olhos. Rhysand estava no topo da escada. Olhando furiosamente para eles.
“Meu escritório. Agora.” Rhys desapareceu e Azriel foi deixado parado na frente de Elain, que ainda esperava o seu beijo. O
estômago dele revirou enquanto ele puxou a mão do cabelo dela e recuou. Ele se forçou a dizer. — Isso foi um erro.
Ela abriu os olhos, mágoa e confusão guerreando ali antes dela sussurrar. — Eu sinto muito.
— Você não.... Não se desculpe. Nunca se desculpe por isso. Eu é que deveria... — Ele balançou a cabeça, incapaz de suportar a
desolação que trouxe a expressão dela. — Boa noite. – Azriel atravessou nas sombras antes que ela pudesse falar qualquer coisa.
Suas sombras sussurraram em seu ouvido que Elain tinha ido para o andar de cima.
— Você está louco?
Azriel vestiu a máscara congelada que aperfeiçoou enquanto estava na masmorra de seu pai. — Eu não sei do que você está falando.
— Estou falando de você, prestes a beijar Elain no meio do corredor onde qualquer um poderia ver. Incluindo o parceiro dela.
— E se o Caldeirão estava errado?
— E a Mor, Az?
Azriel ignorou a pergunta. — O Caldeirão escolheu três irmãs. Me fale como é possível que meus dois irmãos estão com duas dessas
três irmãs, e ainda assim a terceira foi dada a outro. – Ele nunca havia ousado falar essas palavras em voz alta antes.
— Você acredita que merece ser o parceiro dela?
Azriel fez uma careta. — Eu acho que Lucien nunca vai ser bom o suficiente para ela, e de qualquer forma, ela não tem nenhum
interesse nele.
— Então você vai fazer o que? Seduzir ela para longe dele? – Azriel não disse nada. Ele não havia chegado tão longe com seu
planejamento, certamente não além das fantasias nas quais ele se satisfazia. — Você deve ficar longe dela.
— Você não pode me ordenar a fazer isso.
— Oh, eu posso e eu vou. Se Lucien descobrir que você está atrás dela, ele tem todo o direito de defender o laço deles como preferir.
— Eu acabarei com ele com pouco esforço.
— E fazendo isso, você vai acabar com qualquer paz e aliança frágil que nós temos. Se você precisar foder alguém, vá em um bordel
e pague por isso, mas mantenha-se longe dela. – Azriel rosnou baixinho. — Rosne o quanto quiser. Mas se eu ver você correndo
atrás dela novamente, farei você se arrepender. Saia. — Azriel dobrou as asas e saiu sem dizer outra palavra, caminhando pela casa
até o gramado da frente para sentar-se à luz das estrelas gélidas. Para deixar o gelo em suas veias combinar com o ar ao seu redor.
Até que ele não sentiu nada. De novo, não sentia nada. Então ele voou de volta para a Casa do Vento, sabendo que se ele dormisse
ali, acabaria fazendo algo que se arrependeria depois. Ele esteve tão vigilante em se manter o mais longe possível de Elain e se
manteve aqui para evita-la e esta noite... Esta noite provou que ele estava certo em fazer isso. Ele foi direto para a área de
treinamento, cedendo à necessidade de livrar-se da tentação, raiva, frustração e da carência contorcida. Quando Azriel retornou à
casa do rio para recolher seus presentes antes do amanhecer, encontrou o colar de Elain no meio de suas coisas.